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Psicologia Médica Julia L. Bellan Caso 7 è > 60 anos – segundo OMS; Idoso jovem: 65 – 74 anos(em geral ativos, animados e com vigor) Idoso Idoso: 75 – 84 anos Idoso + velho: >85 anos (mais propensos a fragilidade e doença, com dificuldade de administrar as atividades da vida diária) è Devido ao aumento da qualidade de vida, a população está cada vez mais velha, com a tendencia de se envelhecer cada vez melhor, por isso a importância de estudar o idoso; è Nem todos envelhecem doentes; è Vão existir declínios que não necessariamente são patológicos; é preciso avaliar para não cairmos no rótulo de que todos são dependentes e muito doentes è Com o envelhecimento prolongado, o idoso é inserido no grupo social gerando adaptação a esta nova realidade. è O tipo de relação estabelecida com a família na terceira idade é reflexo da relação que desenvolveram ao longo da vida. è Vivenciar as conquistas e evolução dos netos; prolongamento a reedição de sua própria vida e contribui para uma velhice sadia. Ansiedade x rejuvenescimento: Busca por mais procedimentos estéticos, para manter a aparência ainda jovem. A sabedoria da meia idade: Acúmulo de saberes considerando a história de vida do sujeito., porém depende do ambiente em que ele vive (sociedade, família) A velhice e as culturas: Representação do idoso muda dentre as sociedades, numa sociedade oriental o idoso é visto muitas vezes com mais “respeito, como pessoas mais sábias do que quando comparamos a sociedade ocidental. - Segundo Erick Erikson - Tarefa: desenvolver relacionamentos íntimos VII – Adulto: Preocupação com a próxima geração Há previsão do declínio de suas vidas e necessidade de deixar um legado, ou seja, deixar algo para a continuação da vida. A estagnação acontece quando o sujeito não consegue dar resolver essa necessidade – pode ficar prezo aos seus próprios prazeres e mesmo inerte. Uma falha nessa capacidade pode significar uma estagnação pessoal Fase marcada por reavaliação de vida: - Amigos - Família - Trabalho - Lazer A partir da reavaliação de vida: Pode haver período de conflito entre manter ou desfazer algumas estruturas (família, trabalho, etc.). Estágio Crise psicossocial Aquisição VIII - Adulto Geratividade X Estagnação Cuidado Idoso Senilidade Senescência Psicologia Médica Julia L. Bellan Algum desespero é inevitável, pois as pessoas precisam lamentar suas perdas, agora mais evidentes. Isso ocorre ao início da velhice – próximo dos 60 ou 70 anos, com a queda das funções e capacidades. Na elaboração da terceira tarefa vital (ErikErikson), nesta fase, o sujeito não fica em desespero, mas alcança a sabedoria. Personalidade ainda em formação (Erik Erikson) – inclui self (si mesmo) múltiplo - que somos, podemos e queremos ser. Na elaboração da última tarefa vital, o idoso atinge a sabedoria: Sabedoria: aceitar a vida que se viveu sem maiores arrependimentos. Integridade: depende da reflexão do passado, além de uma continua estimulação e desafio. - Adaptacao ao envelhecimento - Ajustamento saudável pode acontecer Fatores biológicos, fisiológicos e sociais impactam nesse ajustamento A patologia da velhice se encontra na demência e em situações com outros transtornos Capacidade funcional -> Capacidade que de uma pessoa de interagir em um ambiente físico e social. A avaliação deste aspecto é fundamental ao cuidar do paciente idoso. Idadismo = preconceito ou discriminação baseado na idade. Depressão: - Devemos considerar as perdas e luto da velhice. - O idoso pode elaborar seus lutos de forma saudável, podendo haver velhice sem depressão, por isso devemos investir na saúde mental do idoso Não devemos dizer que: - Depressão é previsível. - Depressão é esperada. - Idoso é deprimido mesmo. - “Idoso está sem carinho” - “quer chamar atenção” Saúde mental: - Doença mental é mais comum entre adultos mais jovens do que nos mais idosos. - Declínio cognitivo e comportamental podem acontecer e devem ser acompanhados. Situações difíceis do adoecer na terceira idade (aderência ao tratamento) Dificuldades cognitivas (em função do próprio envelhecimento) ou comorbidades demenciais. Dificuldades operacionais (ex: uma ida ao médico pode levar um dia inteiro) Depressão Tristeza e desmotivação Sobrecarga ou estresse (ex: avós que tomam conta da casa, dos netos, etc.) Superdosagem ou intoxicação (ex: erro na administração medicamentosa) Pessoas agindo sobre o idoso (ex: levar ao médico a força) Médico despreparado não fazer o devido diagnóstico, não escutar o paciente, logo medicar, etc. Tranquilização superficial (ex: isso não é nada; é assim mesmo; você está bem; etc.) Alterações e a psicodinâmica do idoso Psicologia Médica Julia L. Bellan Vida sexual: - O idoso possui vida sexual ativa. - Sexualidade deve ser abordada na consulta médica. - Mesmo sem cônjuge pode haver vida sexual e o idoso deve ser orientado. è Indivíduos mais estruturados emocionalmente, sofrem com perdas/doenças, mas raramente chegam ao descontrole; è Pessoas mais imaturas emocionalmente, tendem a ser mais ansiosos, grosseiros, irritadiços e impulsivos e assim, em momentos de frustração (perdas e enfermidade) podem agir mais agressivamente expressa insegurança medo de ser enganado necessidade de autoafirmação. Estudos apontam a acentuação de traços de personalidade do idoso: - O idoso prudente pode se tornar covarde - O econômico pode se tornar avarento - O pouco isolado pode se tornar misantropo (aversão às pessoas, que se aborrece na companhia humana) Psicodinâmica do idoso: - Prudência, conservadorismo e aversão ao novo: reações de defesa relacionadas com a perda de flexibilidade, de agilidade e de eficiência desse idoso. - Lembrança incessante do passado: mecanismo de defesa contra o tempo e o sentimento de insegurança. Vivendo perda de suas capacidades, funções, autoestima, o idoso: - Vivencia um luto de todas as perdas experimentadas nessa fase da vida - Utiliza como mecanismo de defesa a rigidez, o dogmatismo, a desconfiança e o autoritarismo - Essas traços evidenciam uma resistência à mudança (tudo que é novo pode ser perigoso) - Da mesma maneira, a avareza e o ritual de colecionar objetos, podem representar uma busca de substitutos concretos de segurança. Como lidar com o paciente agressivo? - Buscar compreender o motivo do comportamento agressivo - Manter a tranquilidade e objetividade necessária ao diagnóstico correto O médico pode ficar agressivo? - Espera-se preparo do profissional que estudou as relações humanas, que visa realizar serviço de qualidade, então espera-se o manejo desse tipo de situação - O paciente busca ajuda e cuidado, está em situação de vulnerabilidade. A maioria, não possui preparo para compreender determinadas situações Profissional de saúde e o idoso - Deve atender as demandas do paciente com respeito, empatia e validação; - Deve auxiliá-lo no “balanço da vida”, sempre estimulando o envelhecimento saudável - Deve avaliar os aspectos biopsicossociais (percepção do estado emocional e funções cognitivas) - Realizar os encaminhamentos necessários para proporcionar um cuidado integral em saúde Aspectos emocionais e a agressividade
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