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Urinálise - Funções e Doenças Renais e Testes da Função Renal


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SISTEMA DE ENSINO
URINÁLISE
Funções e Doenças Renais e Testes da 
Função Renal
Livro Eletrônico
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Funções e Doenças Renais e Testes da Função Renal
URINÁLISE
Pollyana Lyra
Sumário
Funções e Doenças Renais e Testes da Função Renal ...............................................................................4
1. Sistema Urinário: Órgãos e Funções .................................................................................................................4
1.1. O Néfron e a Formação da Urina .......................................................................................................................6
2. Doenças Renais ............................................................................................................................................................9
2.1. Vasculopatia Renal .................................................................................................................................................9
2.2. Doenças Glomerulares...................................................................................................................................... 10
2.3. Insuficiência Renal Aguda (IRA) ................................................................................................................. 10
2.4. Doenças Tubulointersticiais ...........................................................................................................................11
2.5. Doença Renal Crônica (DRC) ...........................................................................................................................11
2.6. Cistite ............................................................................................................................................................................11
2.7. Síndrome Urêmica ..................................................................................................................................................11
2.8. Diabetes Insípido (DI) .........................................................................................................................................12
2.9. Cálculos Renais (Nefrolitíase) .......................................................................................................................12
3. Testes da Função Renal ........................................................................................................................................13
3.1. Dosagem de Ureia ..................................................................................................................................................13
3.2. Dosagem de Creatinina ......................................................................................................................................14
3.3. Relação Ureia/Creatinina .................................................................................................................................15
3.4. Dosagem da Depuração de Creatinina Endógena (ou Clearance de Creatinina) .............15
3.5. Depuração da Insulina .......................................................................................................................................17
3.6. Dosagem de Ácido Úrico ...................................................................................................................................17
Exercícios ............................................................................................................................................................................19
Gabarito ..............................................................................................................................................................................26
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................27
Referências .......................................................................................................................................................................39
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Funções e Doenças Renais e Testes da Função Renal
URINÁLISE
Pollyana Lyra
Olá! Hoje vamos iniciar uma nova etapa: o estudo de urinálise. Antes de mais nada, saiba 
que essa é uma das partes mais tranquilas de análises clínicas e ao mesmo tempo muito valo-
rizada na prática clínica e em concursos, isso porque vive caindo em provas.
Então, convido você para imergir nesse universo de análise desse sistema que nos dá tan-
tas respostas quando a dúvida é como está o funcionamento do organismo.
Vamos lá?
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FUNÇÕES E DOENÇAS RENAIS E TESTES DA FUNÇÃO 
RENAL
1. SiStema Urinário: ÓrgãoS e FUnçõeS
O sistema urinário exerce papel fundamental na homeostase corporal, ou seja, na manu-
tenção do equilíbrio dinâmico do meio interno. É composto por rins, ureteres, bexiga e uretra.
Figura 1. Órgãos do sistema urinário. Fonte: COMPRI-NARDY et al,2009.
Os rins são órgãos em formato de feijão situados um de cada lado da coluna vertebral, 
posteriores ao peritônio. Participam da homeostase por meio de três processos:
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Por meio dos processos citados, resulta a urina, líquido corporal que reflete de forma direta 
as alterações do meio interno e proporciona, por meio de sua análise laboratorial (urinálise ou 
uroanálise), informações valiosas sobre o trato urinário, bem como acerca de algumas molés-
tias extra-renais. Após sua formação, a urina passa pelos ureteres até chegar à bexiga, onde 
ficará armazenada até sua eliminação pela uretra.
Observa-se que o rim é um órgão complexo e seu papel vai muito além da formação da 
urina. Dentre as funções renais destacam-se:
Para entendermos como tudo isso acontece, é necessário conhecer a unidade organizacio-
nal básica do rim, o néfron...
O néfron é a menor de unidade funcional do rim e cada rim humano contém mais de um 
milhão de néfrons. Essa estrutura é constituída por um plexo capilar chamado glomérulo e 
um túbulo complexo que se divide em cápsula de Bowman e túbulos contorcidos proximal 
e distal, que se ligam pela alça de Henle. A alça de Henle é formada pelo ramo descendente, 
curvatura em grampo e ramo ascendente. Para formar o glomérulo, a arteríola aferente penetra 
na cápsula, ramifica-se para aumentar a área de filtração, reunifica-se e então sai como arte-
ríola aferente. Sendo assim, os glomérulos são os conectores do sistema cardiovascular aos 
túbulos excretores.
A figura abaixo mostra o esquema geral de um néfron. Observe identificando as estrutu-
ras citadas.
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Figura 2. Esquema geral de um néfron. Fonte: COMPRI-NARDY et al,2009.
Agora que já conhecemos a estrutura básica do néfron, vamos aprofundar um pouco no 
entendimento de suas funções.
1.1. o néFron e a Formação da Urina
A função do glomérulo é a filtração. Para que isso ocorra, a pressão dos capilares dos glo-
mérulos deve ser superior à pressão dentro do túbulo. Essa diferença de pressão é chamada 
pressão efetiva de filtração (PEF) e, sob condições normais varia de 20 a 50mmHg. A partir 
daí surge um marcador importante para avaliar o nível da função renal global, tanto em indi-
víduos sadios como em doentes, a taxa de filtração glomerular (TFG). A TFG é a medida de 
uma substância que é filtrada livremente pelos glomérulos e não sofre reabsorção ou secreção 
tubular. Resumidamente, é o volume de líquido que é filtrado por unidade de tempo, sob influên-
cia da pressão e da regulação do fluxo sanguíneo das arteríolas glomerulares. O nível normal 
da TFG varia de acordo com a idade, sexo e tamanho corporal, sendo em média 130mL/min 
(180L em 24h).
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Continuando...
No que se refere aos túbulos coletores, sua função é absorver parte do líquido que é filtra-
do, podendo ainda, de acordo com as necessidades corporais, secretar substâncias. O líquido 
resultante do processo de filtração passa pela cápsula de Bowman de onde segue para o túbu-
lo proximal, região onde estima-se que cerca de 65% do total de sódio e água presentes no fil-
trado sejam reabsorvidos. Glicose e aminoácidos são quase que completamente reabsorvidos.
Quando o filtrado chega na alça de Henle são reabsorvidos principalmente sais. Então, o 
líquido segue pelo túbulo contorcido distal, que realiza o ajuste da concentração de eletrólitos 
de acordo com as necessidades do organismo. Nessa região (e na primeira parte do ducto 
coletor) todo o sódio restante é reabsorvido (a menos que haja um excesso de sódio no or-
ganismo). Tal mecanismo envolve o hormônio aldosterona, que é um retentor de sódio. Já o 
hormônio antidiurético (ADH), também chamado vasopressina, controla a reabsorção de água 
para estabelecer o equilíbrio osmótico. Além disso, ocorrem a secreção de íons hidrogênio e a 
reabsorção de bicarbonato para auxiliar a regulação ácido-base. Saindo do túbulo contorcido 
distal, o líquido se acumula no ducto coletor, de onde passa para a pelve renal. Finalmente a 
urina segue para a bexiga, através dos ureteres, onde fica armazenada até sua eliminação 
pela uretra.
Resumindo...
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Figura 3. Formação da urina. Fonte:https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/
Museu2_qualidade_corpo_renal3.htm
Como podemos ver, basicamente o néfron é responsável por dois processos em série que 
resultam na formação da urina: ultrafiltração glomerular e reabsorção/secreção tubular. Va-
mos esquematizar esses conceitos para memorização:
E o que tem na urina?
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https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/Museu2_qualidade_corpo_renal3.htm
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A urina é composta principalmente por água (cerca de 95%) e ureia (cerca de 2%), além de 
outras substâncias em pequena quantidade, tais como cloro, potássio, sulfato, fosfato, creati-
nina, sódio, amônio, ácido úrico, cálcio e magnésio. Pode conter ainda, em quantidades inferio-
res, vitaminas, hormônios, medicamentos. As quantidades podem variar em relação ao padrão 
alimentar, atividade física, metabolismo e função endócrina do indivíduo.
Elementos que não fazem parte do filtrado plasmático original também podem ser encon-
trados na urina, como células epiteliais, leucócitos, hemácias, cristais, muco e bactérias. Tais 
elementos em quantidades elevadas podem indicar doenças.
2. doençaS renaiS
Como podemos observar, o rim está encarregado de diversas funções essenciais ao fun-
cionamento do organismo, logo qualquer falha no desempenho dessas funções pode trazer 
sérios problemas, alguns até irreversíveis. A partir de agora vamos adentrar no estudo das 
principais patologias que acometem esses órgãos.
2.1. VaScUlopatia renal
Distúrbios nas artérias renais estão entre as doenças renais mais comuns. Caracteriza-se 
por alterações morfológicas e funcionais e é tem como causa, principalmente, estreitamento 
ou oclusões no sistema arterial. Como consequência, ocorre uma redução na perfusão para o 
parênquima renal.
Clinicamente, apresentam as seguintes alterações: perda parcial da capacidade de con-
centração, proteinúria moderada e, ocasionalmente, sedimento urinário anormal. TFG normal 
ou levemente alterada.
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2.2. doençaS glomerUlareS
Doenças glomerulares são síndromes que resultam em glomerulopatias, ou seja, patolo-
gias que acometem os glomérulos. Dentre elas destacam-se:
• Glomerulonefrites – caracterizam-se por uma reação inflamatória intraglomerular e pro-
liferação celular. O dano glomerular pode afetar todas as funções renais pelo impedi-
mento do fluxo sanguíneo através do sistema vascular peritubular. A doença avançada 
também apresenta danos estruturais dos túbulos, dos vasos sanguíneos e do tecido 
intersticial.
A glomerulonefrite aguda ocorre frequentemente como uma complicação tardia de uma 
faringite ou infecção de pele, causada por uma cepa de estreptococos β-hemolítico, sendo ca-
racterizada clinicamente pelo início abrupto de edema, hipertensão, hematúria e proteinúria.
A síndrome nefrítica é a manifestação da glomerulonefrite caracterizada pela presença 
súbita de hematúria com cilindros hemáticos ou eritrócitos dismórficos e proteinúria, indi-
cando origem renal. Nesse contexto, a presença eritrócitos dismórficos (hemácias com alte-
rações na forma, cor, volume) no sedimento urinário é um indicativo de que a hematúria é de 
origem glomerular. Tal condição está associada à retenção de sódio e água, o que acarreta 
hipertensão e edema. É também encontrada uma insuficiênciacardíaca, com proteinúria entre 
moderada e severa.
A glomerulonefrite crônica é caracterizada por proteinúria persistente, insuficiência renal 
crônica e hipertensão. Ocorre como uma sequela tardia da doença aguda e pode permanecer 
por algumas semanas ou até por toda a vida. Os rins se apresentam simetricamente contraí-
dos e granulares, com fibrose e perda glomerular e com presença de atrofia tubular e fibrose 
intersticial. É comumente causada por uma condição genética.
Vale lembrar que muitas doenças sistêmicas também afetam a função glomerular, como 
lúpus eritematoso sistêmico, mieloma múltiplo, endocardite bacteriana e infecções virais, en-
tre outras.
• Síndrome nefrótica - Há um aumento da permeabilidade glomerular (principalmente 
para albumina), acarretando perda de grande quantidade de proteínas plasmáticas da 
urina. Caracteriza-se por proteinúria maciça, hipoalbuminemia e edema. Já o sedimen-
to urinário pode apresentar cilindros graxos (ou lipoides), com lipidúria secundária à 
hiperlipidemia. Pode ocorrer como uma lesão renal primária ou como um componente 
secundário de uma doença sistêmica, como acontece na diabetes mellitus.
2.3. inSUFiciência renal agUda (ira)
Basicamente, é uma condição em que os rins param de funcionar por completo ou quase 
completamente. É caracterizada por uma queda súbita da capacidade do rim em manter suas 
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funções homeostáticas, além das alterações eletrolíticas, ácidos-base e de volume. Pode ser 
por oligúria (excreção de urina <500mL/24h) ou anúria (ausência de excreção de urina). Em 
geral, é irreversível.
2.4. doençaS tUbUlointerSticiaiS
As doenças tubulointersticiais formam um grupo clínico de doenças caracterizadas por 
lesão tubular e intersticial, cujas causas podem ser físicas, imunológicas, bacterianas ou por 
substâncias químicas. São observados defeitos da função renal, o que acarreta impedimento 
da capacidade de concentrar a urina, perda de sal e redução da capacidade de excretar ácidos, 
ou defeitos na reabsorção tubular e na secreção. Nos estágios crônicos de nefrite tubulointers-
ticial são observados defeitos glomerulares, apresentando proteinúria e hipertensão.
2.5. doença renal crônica (drc)
Segundo o Ministério da Saúde, é portador de DRC qualquer indivíduo que, independen-
temente da causa, apresente por pelo menos três meses consecutivos uma TFG < 60ml/
min/1,73m². Pode resultar de muitas etiologias diferentes e descreve a existência de uma in-
suficiência renal avançada e, em geral, de desenvolvimento gradual, progressivo e irreversível.
O desfecho mais grave é a insuficiência renal. A função renal diminuída está associada 
com complicações em praticamente todos os sistemas de órgãos. Nos pacientes com DRC, 
eventos de doença cardiovascular são mais comuns do que a insuficiência renal
2.6. ciStite
A cistite é uma infecção e/ou inflamação de bexiga caracterizada por bacteriúria 
(ou, ocasionalmente, fungúria) e piúria. Na análise do sedimento urinário também 
pode haver hematúria. É confirmada pela urocultura e, na maioria dos casos, é 
causada pela bactéria Escherichia coli. No trato urinário pode infectar a uretra(u-
retrite) ou os rins (pielonefrite). Os testes da função renal podem estar normais. As 
manifestações clínicas principais são dor, desconforto ou sensação de queimação ao urinar.
2.7. Síndrome Urêmica
É a manifestação terminal da insuficiência renal. Compreende um conjunto de sinais, sin-
tomas e achados anormais que resultam no colapso dos rins em manter adequadamente as 
funções de excreção, regulação e endócrina.
As características bioquímicas da síndrome urêmica são: retenção de metabólitos (como 
ureia, creatinina e ácido úrico), distúrbios eletrolíticos, intolerância a carboidratos, metabolis-
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mo lipídico anormal, distúrbios endócrinos, efeitos cardiovasculares, distúrbios hematológi-
cos, osteodistrofia renal, doenças digestórias e manifestações musculoesqueléticas.
2.8. diabeteS inSípido (di)
É um distúrbio em que há aumento anormal na produção de urina, com densidade diminu-
ída, e muita sede. Isso ocorre devido à uma resposta inadequada ao hormônio antidiurético 
(ADH), podendo ser por uma deficiência na sua secreção, por falha ou falta de resposta do 
órgão final.
2.9. cálcUloS renaiS (neFrolitíaSe)
Nefrolitíase é uma condição caracterizada pela presença de cálculos renais, popularmente 
conhecido como “pedras nos rins”. Podem ocorrer na pelve renal, nos ureteres e na bexiga. É 
muitas vezes considerada uma doença nutricional ou ambiental, porém a causa também pode 
estar relacionada a anormalidades genéticas ou anatômicas. A maioria das “pedras” são com-
postas por estas substâncias pouco solúveis que se cristalizam: oxalato de cálcio, com ou sem 
fosfato; fosfato de amônio magnésio; fosfato de cálcio; urato; cistina e uma mistura complexa.
Para a maioria dos tipos de cálculo, é mais frequente a ocorrência em homens do que em 
mulheres. A passagem da “pedra” é causa da dor chamada cólica renal, que pode ser bem in-
tensa e durar de 15 minutos a horas, geralmente associada a náuseas e vômitos.
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3. teSteS da FUnção renal
O laboratório de análises clínicas é fundamental para auxiliar no diagnóstico dos distúrbios 
que acometem o sistema renal. O exame de urina, Elementos Anormais do Sedimento (EAS) 
é o mais cobrado em provas, e, portanto, será detalhado em uma aula exclusiva. Por agora, 
veremos outros testes comumente solicitados para avaliação da função renal.
3.1. doSagem de Ureia
Os aminoácidos provenientes do catabolismo sofrem eliminação do grupo amina com a 
produção de amônia. Tal composto é potencialmente tóxico, então é convertido em ureia (NH₂-
-CO-NH2) no fígado, associado ao CO2. A ureia constitui a maior parte do nitrogênio não pro-
teico no sangue. Após ser sintetizada no fígado, é transportada pelo plasma até os rins, onde 
é filtrada pelos glomérulos.
Dosagens de ureia sérica e urinária podem fornecer informações clínicas úteis em circuns-
tâncias particulares. A dosagem em líquidos de diálise é amplamente utilizada para avaliar 
a terapia adequada em transplante renal. Entretanto, notou-se que a dosagem de creatinina 
é um indicador melhor da função renal. A concentração de ureia circulante sofre influência 
de vários fatores extra renais, o que limita seu valor como teste da função renal. Um exemplo 
disso é o fato de a concentração de ureia sérica ser aumentada no caso de uma dieta rica em 
proteínas.
A principal utilidade clínica da ureia sérica consiste na sua quantificação em conjunto com 
a da creatinina sérica e posterior cálculo da razão ureia/creatinina, que tem sido utilizada 
como um diferenciador bruto entreuremia pré e pós-renal. Já a quantificação de ureia urinária 
tem pouca importância no diagnóstico clínico.
Métodos analíticos - os mais utilizados são os enzimáticos. Baseiam-se na hidrólise preli-
minar de ureia com urease para gerar amônia, que então é quantificada. Abordagens espectro-
fotométricas para a quantificação de amônia incluem a reação de Berthelot (em presença de 
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salicilato+hipoclorito, em meio alcalino, formando um cromógeno azul-esverdeado) e o ensaio 
enzimático com glutamato desidrogenase (a amônia combina com 2-oxoglutarato e o NADH 
na presença de glutamato-desidrogenase para produzir glutamato e NAD+). Esse último é o 
método utilizado em muitos equipamentos automáticos.
Valores de Referência - Soro: 10 a 50mg/dl ou 1,7 a 8,3 mmol/l
Urina: 15 a 30 g/24h
Obs.: � *Esses valores variam bastante de uma literatura para outra!
Hiperuremia (aumento de ureia): problemas renais, intoxicações com CCl4 e HgCl2, inges-
tão aumentada de proteínas, coma diabético, insuficiência circulatória e desidratação.
Hipouremia (diminuição de ureia): gravidez, insuficiência hepática e desnutrição.
3.2. doSagem de creatinina
A creatinina, assim como a ureia e o ácido úrico, é um metabólito nitrogenado não proteico 
que é depurado do organismo pelo rim após filtração glomerular. É o produto da desidratação 
não enzimática da creatina muscular, que, por sua vez, é sintetizada no fígado, nos rins e no 
pâncreas. As dosagens de creatinina plasmática e sua depuração renal (clearance de creati-
nina) são usadas como indicadores para avaliação da função renal.
A quantidade de creatinina que é excretada diariamente é proporcional à massa muscular 
é não é afetada por dieta (salvo em caso de consumo excessivo de carne), idade, sexo, ou ati-
vidade física. A mulher excreta menos do que o homem devido à menor massa muscular. Além 
disso, a excreção de creatinina também diminui com a idade.
Métodos analíticos – A dosagem de creatinina sérica geralmente é realizada por métodos 
químicos ou enzimáticos, embora outros métodos também possam ser utilizados, como por 
exemplo o HPLC. A maioria dos métodos químicos baseiam-se na reação de Jaffe. Em 1886, 
Jaffe demonstrou que a creatinina com picrato alcalino produzia um complexo laranja-aver-
melhado (complexo de Janovski). A partir disso, vários métodos para dosagem no sangue ou 
na urina estão baseados no aparecimento desse produto colorido.
Um sério problema analítico com a reação de Jaffe é sua falta de especificidade com a 
creatinina. A reação está sujeita a interferências por vários compostos presentes no sangue, 
como: ácido ascórbico, glicose, piruvato, corpos cetônicos, proteínas, ácido acetoacético, áci-
do úrico e cefalosporinas. Nesse contexto, foram desenvolvidas diversas modificações para 
reduzir as interferências, como por exemplo o método de O’ Leary (oxida bilirrubina e biliverdi-
na, reduzindo sua interferência) e os métodos cinéticos (baseados na medida da velocidade 
da reação entre a creatinina e o ácido pícrico). Os métodos cinéticos têm sido implementados 
a partir de vários instrumentos automatizados, e, apesar de ainda possuírem limitações, são 
bastante utilizados por serem baratos, rápidos e fáceis de executar.
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Uma outra abordagem muito utilizada são os métodos enzimáticos, a partir do emprego da 
creatininase ou creatinase. Essas reações são acopladas a sistemas que poder ser medidos 
espectrofotometricamente, como NADH/NAD+ ou H2O2 em água. A enzima creatina-desami-
nase catalisa a conversão da creatinina em N-metil-hidantoina e amônia. A amônia, como já 
vimos, é medida pela reação de Berthelot. Uma vantagem desses métodos é que sofrem pou-
cas interferências.
Valores de Referência:
Homens: 0,72 a 1,18 mg/dL
Mulheres: 0,55 a 1,02 mg/dL
Urina (Homens): 14 a 26 mg/kg/dia
Urina (Mulheres): 11 a 20 mg/kg/dia
Hipercreatinemia: Qualquer condição que reduza a TFG promove menor excreção urinária 
de creatinina, com consequente aumento da sua concentração plasmática. As causas podem 
ser pré-renais (como necrose muscular esquelética ou atrofia, poliomielite, esclerose amio-
trófica, miastenia grave, fome, ICC, choque, depleção de sais, uso excessivo de diuréticos, dia-
betes insipido, entre outros), renais (como lesão do glomérulo, dos túbulos dos vasos sanguí-
neos, ou do tecido intersticial renal) ou pós-renais (como hipertrofia prostática, compressões 
extrínsecas dos ureteres, cálculos e anormalidades congênitas que comprimem ou bloqueiam 
os ureteres). A hipercreatinemia pós transplante renal pode indicar rejeição do órgão.
Valores diminuídos de creatinina não apresentam significado clínico.
3.3. relação Ureia/creatinina
O cálculo da relação entre a ureia e creatinina sérica pode ser útil particularmente na ava-
liação de pacientes com quedas abruptas da TFG. Em condições normais, a relação ureia/
creatinina é em média de 30.
3.4. doSagem da depUração de creatinina endÓgena (oU clearance 
de creatinina)
Define-se depuração como o volume mínimo de plasma sanguíneo que contém a quanti-
dade total de determinada substância excretada na urina em 1 minuto. É calculada pela fór-
mula geral:
U: concentração da substância na urina;
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V: volume urinário por unidade de tempo em mm/min;
P: concentração plasmática;
C: clearance em mL/min.
A depuração de uma substância que não é absorvida nem secretada pelos túbulos e cuja 
concentração plasmática é idêntica à do filtrado glomerular é empregada como medida da 
TFG. Até recentemente, a depuração da creatinina em urina de 24 horas era considerada o me-
lhor método de determinação da TFG na prática clínica. Todavia, esse marcador não preenche 
os critérios de um marcador ideal da TFG, pois, além de filtrada, a creatinina também é secre-
tada pelo túbulo contornado proximal. Assim, a depuração da creatinina superestima a TFG.
Outra questão negativa é a necessidade de se coletar urina de 24 horas, o que pode ser com-
plicado para crianças, pessoas com déficit cognitivo ou nos casos de incontinência urinária. 
Como vantagens temos o fato de a creatinina de ser produção endógena, sua determinação 
ser de baixo custo e ser facilmente realizada na maioria dos laboratórios de análises clínicas.
O nível plasmático de creatinina e sua excreção total são proporcionais à massa muscular, 
logo, costuma-se expressar a TFG em relação à superfície corporal do indivíduo (1,73m²).
Procedimento: Primeiramente o paciente deve se hidratar com, no mínimo, 500mL de água 
(evitar chá, café e fármacos no dia). Em seguida deverá esvaziar a bexiga completamente e 
anotar a hora. Recolher toda a urina por um período determinado (por exemplo, 4, 12 ou 24 
horas). Duranteesse período a urina deve ser armazenada sob refrigeração (não usar con-
servantes). Além disso é preciso se hidratar bem durante o período. Uma amostra de sangue 
deverá ser colhida, em qualquer momento durante o período da coleta da urina. O volume total 
de urina será medido e anotado, juntamente com o período de coleta em minutos. Então, se-
rão dosadas a concentração de creatinina sérica e a urinária. Utilizar a seguinte fórmula para 
calcular a depuração da creatinina endógena corrigida:
U: concentração da creatinina na urina em mg/dL;
V: volume urinário em mL/min (para um volume de 24h, dividir por 1.440);
P: teor de creatinina sérica em mg/dL;
A: superfície corporal obtida em m² (1,73 é o valor médio).
As limitações do teste na avaliação da função renal levaram vários autores a propor dife-
rentes fórmulas para a estimativa da filtração glomerular. Uma delas é a fórmula proposta por 
Cockroft e Gault:
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Para mulheres, multiplica-se o resultado obtido por 0,85.
Valores de Referência:
Homens: 85 – 125mL/min/1,73m²
Mulheres: 75 – 115 mL/min/1,73m²
Crianças: 70 – 140 mL/min/1,73m²
Valores aumentados: pode estar aumentada na fase inicial do diabetes, no hipertireoidis-
mo e na acromegalia.
Valores diminuídos: nefropatias congênitas, insuficiência renal terminal, enfermidades 
agudas ou crônicas do glomérulo ou em algum dos seus componentes.
3.5. depUração da inSUlina
Uma variedade de marcadores exógenos e endógenos tem sido utilizada para estimar a 
TFG com maior precisão. Dentre as substâncias exógenas, destaca-se a inulina. Tal substância 
é um polímero da frutose, cuja massa molecular é de 5 kDa. Exceto por ser um marcador exó-
geno, preenche os demais critérios que um marcador ideal de filtração glomerular deveria ter.
Como desvantagens podemos citar as dificuldades para a realização do exame propria-
mente dito, tais como: padronização estrita do método, infusão endovenosa contínua do mar-
cador, dosagem laboratorial complexa e trabalhosa e alto custo.
Apesar disso, atualmente se considera que o padrão-ouro para medida do ritmo de filtra-
ção glomerular é a determinação do ritmo de depuração renal da inulina após infusão con-
tínua. Porém, sua viabilidade prática de aplicação é limitada devido a sua difícil obtenção. 
Sendo assim, na prática laboratorial, a dosagem da creatinina plasmática e sua depuração 
continuam sendo amplamente utilizadas para avaliação da TFG.
3.6. doSagem de ácido Úrico
O ácido úrico é o produto do catabolismo das purinas (adenina e guanina) nos seres hu-
manos. É formado principalmente no fígado, a partir da xantina, pela ação da enzima xan-
tina-oxidase. Quase todo o ácido úrico no plasma está na forma de urato monossódico. É 
encontrado em pequenas quantidades na urina e seus sais depositam-se nas articulações nos 
episódios de gota. Tal desordem clínica caracteriza-se por hiperuricemia, deposição de cristais 
de uratos monossódicos insolúveis nas juntas das extremidades, crises recorrentes de artrite 
inflamatória aguda, nefropatia, cálculos renais de ácido úrico e, em alguns casos, várias defor-
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midades. O ácido úrico é usado como um marcador para várias anormalidades metabólicas e 
hemodinâmicas.
O manejo renal do ácido úrico envolve quatro passos: 1) filtração glomerular de pratica-
mente todo o ácido úrico no plasma em direção ao glomérulo; 2) reabsorção no túbulo proxi-
mal de cerca de 98 a 100% de ácido úrico filtrado; 3) secreção para o lúmen do túbulo proximal; 
4) mais reabsorção no túbulo distal.
A quantidade de ácido úrico na urina é influenciada pelo conteúdo de purina na dieta. Já o 
seu teor plasmático é influenciado por muitos fatores fisiológicos, tais como: sexo (maior em 
homens), obesidade (maior em indivíduos obesos), padrão alimentar (maior em dietas ricas 
em proteínas e ácidos nucleicos, assim como no elevado consumo de álcool).
Métodos analíticos – frequentemente incluem ácido fosfotúngstico (PTA), uricase e mé-
todos baseados em HPLC. Métodos com PTA baseiam-se da capacidade de o ácido úrico, em 
solução alcalina, reduzir o PTA a azul de tungstênio. A absorbância do cromógeno é medida 
espectrofotometricamente. Estão sujeitos a muitas interferências, sendo os métodos de urica-
se superiores em especificidade.
A uricase age sobre o ácido úrico produzindo alantoína, peróxido de hidrogênio e dióxido 
de carbono. Os métodos de uricase tornaram-se viáveis e populares por sua disponibilidade 
de preparações de alta qualidade e baixo custo da enzima.
Valores de Referência:
Homens: 3,5 a 7,2 mg/dL
Mulheres: 2,6 a 6 mg/dL
Urina de 24h: 250 a 750mg/dia
Hiperuricemia: O ácido úrico sérico é dosado predominantemente na investigação e trata-
mento da gota. A hiperuricemia pode se dar por formação aumentada (como nas desordens 
metabólicas adquiridas, excesso de purinas na dieta, leucemia, mieloma, psoríase, metabolis-
mo alterado de ATP, psoríase, excesso de álcool, entre outras) ou excreção diminuída (doença 
renal aguda e crônica, aumento de reabsorção renal, secreção reduzida, envenenamento por 
chumbo, síndrome de Down, entre outros) e em ambos os casos pode ser de causa idiopática.
Hipouricemia: É bem menos frequente que a hiperuricemia. Pode ser encontrada em algu-
mas condições como: doença hepatocelular grave com redução de síntese de purina ou ativi-
dade de xantina oxidase, defeitos na reabsorção tubular de ácido úrico (como na síndrome de 
Fanconi), tratamento excessivo com medicamentos uricosúricos e quimioterapia.
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EXERCÍCIOS
001. (OBJETIVA CONCURSOS/FARMACÊUTICO/2020/ADAPTADA) Sobre as doenças bac-
terianas do sistema urinário, analisar os itens abaixo:
I – maioria dos casos de cistite deve-se a infecções por E. coli.
II – Em casos não tratados, a cistite pode progredir para pielonefrite, a inflamação de um 
ou ambos os rins.
III – A pielonefrite geralmente resulta em bacteremia; culturas sanguíneas e uma coloração 
de Gram da urina para a identificação da presença de bactérias são estratégias úteis no 
diagnóstico.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item I.
b) Somente o item II.
c) Somente os itens I e II.
d) Somente os itens I e III.
e) Todos os itens.
002. (UPENET/IAUPE/BIOQUÍMICO/2019) As hematúrias são achados comuns nos exames 
de urina de rotina e nem sempre são sinais de doenças. A presença de hematúria associada 
a outras alterações urinárias, especialmente a proteinúria, sugere comprometimento do trato 
urinário e necessidade de investigação. O dismorfismo eritrocitário, como indicativo do local 
do sangramento, é de grande importância para definir se a hemorragia é glomerular ou não 
glomerular e, assim, definir a conduta médica. O dismorfismo eritrocitário estáassociado à
a) Litíase renal.
b) Cistinúria.
c) Glomerulonefrite.
d) Mononucleose infecciosa.
e) Artrite reumatoide.
003. (FADESP/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO/2019) A fórmula de Cockcroft-Gault é utiliza-
da na avaliação laboratorial da função renal na:
a) avaliação da produção de nitrogênio proteico em pacientes de hemodiálise.
b) interpretação de resultados de altos valores de ureia plasmática em portadores de doença 
renal crônica.
c) estimativa da filtração glomerular a partir da depuração da creatinina endógena.
d) dosagem de creatinina em amostra de urina coletada durante 24 horas.
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004. (IMPARH/BIOQUÍMICO/2018) Em pacientes com diabetes insipidus, a urina apre-
senta-se com:
a) volume e densidade aumentados.
b) volume e densidade diminuídos.
c) volume menor e densidade maior.
d) volume maior e densidade menor
005. (EBSERH/BIOMÉDICO/2019) A medida da função glomerular pode ser feita determinan-
do-se o clearance (ou depuração) renal de uma substância que é filtrada no glomérulo sem 
sofrer qualquer processamento (reabsorção ou secreção) tubular. Além disso, deve ser fisio-
logicamente inerte e não deve alterar a função de filtração renal. Sobre a função glomerular, 
assinale a alternativa correta.
a) O Clearance de uma substância é o volume de plasma que é totalmente depurado desta 
substância em uma hora.
b) O padrão-ouro para medida da taxa de filtração glomerular é a determinação do ritmo renal 
da inulina.
c) A substância que melhor preenche os critérios para avaliação da função renal é a inulina.
d) A medida da ureia no soro é útil como medida da função glomerular.
e) Gravidez e uso de medicamentos não interferem na taxa de filtração glomerular.
006. (EBSERH/BIOMÉDICO/2016) “Gota é uma doença caracterizada pela elevação de 
____________no sangue, o que leva a um depósito de cristais de monourato de sódio nas articu-
lações. É esse depósito que gera os surtos de artrite aguda secundária, que tanto incomodam 
seus portadores”
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Ureia.
b) Creatinina.
c) Ácido úrico
d) Albumina.
e) Sódio.
007. (AMEOSC/BIOQUÍMICO/2019) A análise de creatinina é utilizada para determinação:
a) Da eficiência da coagulação.
b) Do dano causado por lesão ao músculo esquelético.
c) Da eficiência da função hepática.
d) Da eficiência da função renal.
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008. (VUNESP/ENFERMEIRO NEFROLOGIA/2019) Os rins são considerados órgãos vitais e 
suas principais funções são: Excretória e Secretória. Assinale a alternativa que apresenta quais 
são essas funções.
a) Regular a composição de líquidos no organismo, secretar amilase e pancrease e excretar os 
produtos residuais do corpo.
b) Secretar Testosterona, produzir hormônios e excretar os produtos residuais do corpo.
c) Regular a composição de líquidos no organismo, produzir hormônios e armazenar os produ-
tos residuais do corpo.
d) Regular a composição de líquidos no organismo, produzir hormônios e excretar os produtos 
residuais do corpo
e) Regular a composição de líquidos no organismo, não produzir nenhum hormônio e excretar 
os produtos residuais do corpo.
009. (VUNESP/ENFERMEIRO NEFROLOGIA/2019) Assinale a alternativa que apresenta os 
hormônios produzidos pelos rins.
a) Eritropoietina e Glucagón.
b) Renina e Eritropoietina.
c) Glucagón e Progesterona.
d) Folículo estimulante e Luteinizante.
e) Triiodotironina e Tiroxina.
010. (VUNESP/ENFERMEIRO NEFROLOGIA/2019) Os rins têm um importante papel que con-
siste em remover e regular. Sobre os tipos de funções e suas atribuições, relacione as colunas 
abaixo. I. Funções Excretórias II. Funções Secretórias.
(  )	� Remover os produtos residuais.
(  )	� Regular a pressão arterial.
(  )	� Regular os níveis de eletrólitos.
(  )	� Regular a produção de glóbulos vermelhos.
(  )	� Remover o excesso de líquidos.
(  )	� Regular o equilíbrio ácido-base.
(  )	� Regular a captação de cálcio (vitamina D ativa).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) II, I, I, II, I, I, II.
b) I, II, I, II, I, I, II.
c) I, I, II, II, I, II, II.
d) II, I, II, I, II, I, II.
e) I, II, I, II, I, II, I.
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011. (VUNESP/ENFERMEIRO NEFROLOGIA/2019) Sobre o local onde ocorre a filtração glo-
merular, assinale a alternativa correta:
a) Cápsula glomerular.
b) Néfrons.
c) Glomérulos.
d) Rins.
e) Artéria Renal.
012. (FUNDATEC/MÉDICO NEFROLOGISTA INFANTIL/2021) Mãe observou sangue no vaso 
sanitário. Ao questionar seu filho de 8 anos de idade, ele relatou estar apresentando urina 
escura há 3 dias, cansaço, vontade de dormir e muita dor de cabeça. Urinando a quantidade 
habitual, sem outras queixas. Mãe relata que há 2 semanas ele fez um tratamento para uma 
amigdalite com amoxicilina durante 7 dias. A família não notou outras alterações. Previamente 
hígido. Ao exame físico, apresenta-se em bom estado geral, hidratado, com taquipneia, sem 
tiragem intercostal (40mrpm). Ausculta pulmonar com estertores bolhosos em bases pulmo-
nares. Ausculta cardíaca normal, frequência cardíaca=120bpm, abdome flácido, depressível, 
sem defesa, sem visceromegalias. Edema em membros inferiores de ++/4+, pressão arte-
rial=120x80 mmHg (acima do percentil 95). O sedimento urinário mostra: densidade 1020, pH 
6,5, leucócitos 3/campo, hemácias > 100 / campo, bacteriúria discreta. Qual a hipótese diag-
nóstica inicial?
a) Síndrome nefrótica.
b) Síndrome hemolítico-urêmica.
c) Glomerulonefrite difusa aguda.
d) Infecção urinária.
e) Litíase renal.
013. (CESPE/MÉDICO PATOLOGISTA/MEDICINA LABORATORIAL/2018) Enfermidades re-
nais com tipos diversificados de lesões (glomerular, tubular, intersticial ou vascular) podem 
sinalizar elevação dos teores de ureia plasmática; no entanto, essa elevação não é forte indi-
cativo de lesão renal.
014. (CESPE/MÉDICO PATOLOGISTA/MEDICINA LABORATORIAL/2019) Uma idosa de 60 
anos com múltiplas morbidades apresenta hematúria indolor há uma semana. Ao analisar sua 
urina, você percebe que as hemácias presentes estão com formato diferente das presentes no 
sangue periférico. Sobre este tema, assinale a alternativa correta.
a) O achado de dismorfismo eritrocitário é compatível com câncer de bexiga.
b) A presença de cilindros hemáticos é contraditória ao achado de dismorfismo eritrocitário.
c) O histórico da paciente de nefrolitíase explica o achado.
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d) Neste caso, a presença de bacteriúria abundante fecharia o diagnóstico de infecção do tra-
to urinário.
e) Como a paciente é hipertensa e diabética, pode haver algum tipo de lesão glomerular.
015. (UFF/MÉDICO UROLOGISTA/2021) Na maioria dos casos, a cistite aguda está 
associada à:
a) Escherichia coli.
b) Klebsiella aerogenes.
c) Proteus mirabilis.
d) Estafilococos beta-hemolítico.
e) Enterococos faecium
016. (INÉDITA/2022) Paciente do sexo feminino, 62 anos, diabética. Em acompanhamento 
pós transplante renal apresentou elevação súbita da creatinina sérica seis semanas após o 
procedimento. Sobre o tema é correto afirmar:
a) A suspeita inicial deveria ser de erro de laboratório, pois não existem na literatura relatos de 
casos de elevação de creatinina sérica pós transplante renal.
b) A conduta mais coerente seria avaliação da ureia em virtude da sua maior correlação com 
a avaliação da função renal.
c) A paciente deveria ser encaminhada a profissional nutricionista para introdução de dieta ve-
getariana, pois é sabido que a elevação da creatinina pós transplante está diretamente ligada 
ao consumo excessivo de carne.
d) A elevação súbita da creatinina pós transplante renal pode ser indicativo de rejeição 
do enxerto.
e) A elevação apresentada não tem significado clínico.
017. (INÉDITA/2022) Os métodos enzimáticos para a dosagem de ácido úrico são baseados 
na hidrólise preliminar com a enzima urease gerando amônia, que então é quantificada.
018. (INÉDITA/2022) A Taxa de Filtração Glomerular (TFG) costuma ser expressa em relação 
à superfície corporal do indivíduo (1,73m²). Isso ocorre por levar em consideração a associa-
ção entre o nível plasmático de creatinina e a massa muscular corporal.
019. (INÉDITA/2022) Em relação à determinação do Clearance de Creatinina para avaliação 
da função renal, uma desvantagem observada é a necessidade de se coletar urina de 24 ho-
ras, o que pode ser complicado para crianças, pessoas com déficit cognitivo ou nos casos de 
incontinência urinária.
020. (INÉDITA/2022) São possíveis causas de hiperuremia, exceto:
a) Coma diabético.
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b) Desnutrição.
c) Problemas renais.
d) Desidratação.
e) Ingestão aumentada de proteínas.
021. (INÉDITA/2022) São componentes encontrados na urina de indivíduos saudáveis, exceto:
a) Cloro.
b) Ureia.
c) Potássio.
d) Albumina.
e) Sulfato.
022. (INÉDITA/2022) A nefrolitíase, vulgarmente conhecida como “pedra nos rins” é uma con-
dição causada exclusivamente por fatores genéticos que acarretam anormalidades anatômi-
cas renais.
023. (INÉDITA/2022) A reação em que a uricase age sobre o ácido úrico produzindo alantoína, 
peróxido de hidrogênio e dióxido de carbono é utilizada como princípio de método analítico 
para determinação do ácido úrico. No entanto tal metodologia tornou-se obsoleta devido ao 
seu alto custo.
024. (INÉDITA/2022) A quantidade de ácido úrico plasmático é fortemente influenciada pelo 
consumo excessivo de proteínas e ácidos nucleicos na dieta. O elevado consumo de álcool, 
por sua vez, afeta exclusivamente o teor de ácido úrico urinário.
025. (INÉDITA/2022) Quanto a Doença Renal Crônica (DRC) é correto afirmar que seu desfe-
cho mais grave é a síndrome nefrítica, condição que tem como característica hematúria maci-
ça com dismorfismo eritrocitário.
026. (INÉDITA/2022) Quanto a dosagem de creatinina, a maioria dos métodos químicos ba-
seiam-se em uma reação em que é formado um complexo laranja-avermelhado (complexo de 
Janovski) na presença de picrato alcalino.
027. (INÉDITA/2022) A condição clínica em que os rins param de funcionar por completo 
ou quase completamente, caracterizada por oligúria ou anúria, é chamada Insuficiência Renal 
Aguda (IRA).
028. (INÉDITA/2022) As doenças tubulointersticiais formam um grupo clínico de doenças ca-
racterizadas por lesão tubular e intersticial, cujas causas são exclusivamente bacterianas.
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029. (INÉDITA/2022) A reação utilizada para quantificação de amônia, na qual o reagente usa-
do é composto por uma solução alcalina de fenol e hipoclorito, formando um produto de cor 
azul é conhecida como reação de Jaffe.
030. (INÉDITA/2022) Uma das aplicações práticas da dosagem de ureia na avaliação da fun-
ção renal é a possibilidade de se determinar a relação ureia/creatinina, que em condições 
normais e em média de 30.
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GABARITO
1. e
2. c
3. c
4. d
5. b
6. c
7. d
8. d
9. b
10. b
11. a
12. c
13. C
14. e
15. a
16. d
17. E
18. C
19. C
20. b
21. d
22. E
23. E
24. E
25. E
26. C
27. C
28. E
29. E
30. C
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GABARITO COMENTADO
001. (OBJETIVA CONCURSOS/FARMACÊUTICO/2020/ADAPTADA) Sobre as doenças bac-
terianas do sistema urinário, analisar os itens abaixo:
I – A maioria dos casos de cistite deve-se a infecções por E. coli.
II – Em casos não tratados, a cistite pode progredir para pielonefrite, a inflamação de um 
ou ambos os rins.
III – A pielonefrite geralmente resulta em bacteremia; culturas sanguíneas e uma coloração 
de Gram da urina para a identificação da presença de bactérias são estratégias úteis no 
diagnóstico.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item I.
b) Somente o item II.
c) Somente os itens I e II.
d) Somente os itens I e III.
e) Todos os itens.
Bem tranquila, né?! Apesar de ser uma questão com foco na microbiologia, apenas com o 
conhecimento das principais doenças do sistema urinário, no caso em tela a cistite, você não 
teria dificuldade em responder essa questão.
A cistite é uma infecção e/ou inflamação de bexiga caracterizada por bacteriúria (ou, ocasio-
nalmente, fungúria) e piúria. Na análise do sedimento urinário também pode haver hematúria. É 
confirmada pela urocultura e, na maioria dos casos, é causada pela bactéria Escherichia coli. No 
trato urinário pode infectar a uretra(uretrite) ou os rins (pielonefrite).
Letra e.
002. (UPENET/IAUPE/BIOQUÍMICO/2019) As hematúrias são achados comuns nos exames 
de urina de rotina e nem sempre são sinais de doenças. A presença de hematúria associada 
a outras alterações urinárias, especialmente a proteinúria, sugere comprometimento do trato 
urinário e necessidade de investigação. O dismorfismo eritrocitário, como indicativo do local 
do sangramento,é de grande importância para definir se a hemorragia é glomerular ou não 
glomerular e, assim, definir a conduta médica. O dismorfismo eritrocitário está associado à
a) Litíase renal.
b) Cistinúria.
c) Glomerulonefrite.
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d) Mononucleose infecciosa.
e) Artrite reumatoide.
Primeiramente vamos destacar as palavras-chaves da questão: “hematúria”, “proteinúria”, “dis-
morfismo eritrocitário”. Com isso já sabemos que se trata de uma síndrome nefrítica, condição 
associada às glomerulonefrites.
A síndrome nefrítica é a manifestação da glomerulonefrite caracterizada pela presença súbita 
de hematúria com cilindros hemáticos ou eritrócitos dismórficos e proteinúria, indicando origem 
renal. Nesse contexto, a presença eritrócitos dismórficos (hemácias com alterações na forma, 
cor, volume) no sedimento urinário é um indicativo de que a hematúria é de origem glomerular.
Letra c.
003. (FADESP/FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO/2019) A fórmula de Cockcroft-Gault é utiliza-
da na avaliação laboratorial da função renal na:
a) avaliação da produção de nitrogênio proteico em pacientes de hemodiálise.
b) interpretação de resultados de altos valores de ureia plasmática em portadores de doença 
renal crônica.
c) estimativa da filtração glomerular a partir da depuração da creatinina endógena.
d) dosagem de creatinina em amostra de urina coletada durante 24 horas.
Questão simples, mas que poderia assustar quem nunca ouviu falar na fórmula de Cock-
croft e Gault.
Vamos relembrar...
As limitações do teste da depuração da creatinina na avaliação da função renal levaram vários 
autores a propor diferentes fórmulas para a estimativa da filtração glomerular. Uma delas é a 
fórmula proposta por Cockroft e Gault.
Para mulheres, multiplica-se o resultado obtido por 0,85.
Letra c.
004. (IMPARH/BIOQUÍMICO/2018) Em pacientes com diabetes insipidus, a urina apre-
senta-se com:
a) volume e densidade aumentados.
b) volume e densidade diminuídos.
c) volume menor e densidade maior.
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d) volume maior e densidade menor
Esse é o tipo de questão que faz a gente sonhar com o dia da posse, não é mesmo?!
Diabetes Insípido (DI)
É um distúrbio em que há aumento anormal na produção de urina, com densidade diminuída, e 
muita sede.
Letra d.
005. (EBSERH/BIOMÉDICO/2019) A medida da função glomerular pode ser feita determinan-
do-se o clearance (ou depuração) renal de uma substância que é filtrada no glomérulo sem 
sofrer qualquer processamento (reabsorção ou secreção) tubular. Além disso, deve ser fisio-
logicamente inerte e não deve alterar a função de filtração renal. Sobre a função glomerular, 
assinale a alternativa correta.
a) O Clearance de uma substância é o volume de plasma que é totalmente depurado desta 
substância em uma hora.
b) O padrão-ouro para medida da taxa de filtração glomerular é a determinação do ritmo renal 
da inulina.
c) A substância que melhor preenche os critérios para avaliação da função renal é a inulina.
d) A medida da ureia no soro é útil como medida da função glomerular.
e) Gravidez e uso de medicamentos não interferem na taxa de filtração glomerular.
Questão bem interessante! À primeira vista, pode parecer que as alternativas “b” e “c” poderiam 
ser consideradas corretas, pois muitos autores consideram que a inulina é o marcador ideal 
da TFG. Porém vale levar em consideração que se trata de uma substância exógena e de difícil 
acesso. Então apesar de realmente ser o padrão-ouro, não é correto afirmar que é a substância 
que melhor preenche os critérios para avaliação da função renal. Sendo assim, dentre as alter-
nativas, a letra “b” é a MAIS CORRETA.
Depuração da Inulina
...Exceto por ser um marcador exógeno, preenche os demais critérios que um marcador ideal de 
filtração glomerular deveria ter.
...Apesar disso, atualmente se considera que o padrão-ouro para medida do ritmo de filtração 
glomerular é a determinação do ritmo de depuração renal da inulina após infusão contínua.
Letra b.
006. (EBSERH/BIOMÉDICO/2019) “Gota é uma doença caracterizada pela elevação de 
____________no sangue, o que leva a um depósito de cristais de monourato de sódio nas articu-
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lações. É esse depósito que gera os surtos de artrite aguda secundária, que tanto incomodam 
seus portadores”
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Ureia.
b) Creatinina.
c) Ácido úrico
d) Albumina.
e) Sódio.
Essa está de graça! Gota = aumento de ácido úrico!!
Letra c.
007. (AMEOSC/BIOQUÍMICO/2019) A análise de creatinina é utilizada para determinação:
a) Da eficiência da coagulação.
b) Do dano causado por lesão ao músculo esquelético.
c) Da eficiência da função hepática.
d) Da eficiência da função renal.
Mais uma que o examinador entregou de graça!
Creatinina Função Renal
Letra d.
008. (VUNESP/ENFERMEIRO NEFROLOGIA/2019) Os rins são considerados órgãos vitais e 
suas principais funções são: Excretória e Secretória. Assinale a alternativa que apresenta quais 
são essas funções.
a) Regular a composição de líquidos no organismo, secretar amilase e pancrease e excretar os 
produtos residuais do corpo.
b) Secretar Testosterona, produzir hormônios e excretar os produtos residuais do corpo.
c) Regular a composição de líquidos no organismo, produzir hormônios e armazenar os produ-
tos residuais do corpo.
d) Regular a composição de líquidos no organismo, produzir hormônios e excretar os produtos 
residuais do corpo.
e) Regular a composição de líquidos no organismo, não produzir nenhum hormônio e excretar 
os produtos residuais do corpo.
A alternativa “d” resume perfeitamente as funções excretoras e secretoras dos rins: regular a 
composição de líquidos, produzir hormônios e excretar produtos resuduais.
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Letra d.
009. (VUNESP/ENFERMEIRO NEFROLOGIA/2019) Assinale a alternativa que apresenta os 
hormônios produzidos pelos rins.
a) Eritropoietina e Glucagón.
b) Renina e Eritropoietina.
c) Glucagón e Progesterona.
d) Folículo estimulante e Luteinizante.
e) Triiodotironina e Tiroxina.
A única alternativa que apresenta dois hormônios secretados pelos rins é a alternativa “b” – 
Renina e Eritropoietina.
Letra b.
010. (VUNESP/ENFERMEIRO NEFROLOGIA/2019) Os rins têm um importante papel que con-
siste em remover e regular. Sobre os tipos de funções e suas atribuições,relacione as colunas 
abaixo. I. Funções Excretórias II. Funções Secretórias.
(  )	� Remover os produtos residuais.
(  )	� Regular a pressão arterial.
(  )	� Regular os níveis de eletrólitos.
(  )	� Regular a produção de glóbulos vermelhos.
(  )	� Remover o excesso de líquidos.
(  )	� Regular o equilíbrio ácido-base.
(  )	� Regular a captação de cálcio (vitamina D ativa).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) II, I, I, II, I, I, II.
b) I, II, I, II, I, I, II.
c) I, I, II, II, I, II, II.
d) II, I, II, I, II, I, II.
e) I, II, I, II, I, II, I.
(I) Remover os produtos residuais - Excretora (excreção de metabólitos residuais).
(II) Regular a pressão arterial – Secretora (secreção de renina).
(I) Regular os níveis de eletrólitos – Excretora (excreção de sais).
(II) Regular a produção de glóbulos vermelhos – Secretora (secreção de EPO).
(I) Remover o excesso de líquidos - Excretora (excreção de líquidos).
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(I) Regular o equilíbrio ácido-base – Excretora (excreção de ácidos).
(II) Regular a captação de cálcio (vitamina D ativa) – Secretora (síntese de 1,25-(OH2) -vi-
tamina D2).
Segue o quadro de resumo para relembrar...
Letra b.
011. (VUNESP/ENFERMEIRO NEFROLOGIA/2019) Sobre o local onde ocorre a filtração glo-
merular, assinale a alternativa correta:
a) Cápsula glomerular.
b) Néfrons.
c) Glomérulos.
d) Rins.
e) Artéria Renal.
A filtração é feita pelo glomérulo, na região (LOCAL) do néfron chamada capsula de Bowman 
(também chamada cápsula glomerular)
Letra a.
012. (FUNDATEC/MÉDICO NEFROLOGISTA INFANTIL/2021) Mãe observou sangue no vaso 
sanitário. Ao questionar seu filho de 8 anos de idade, ele relatou estar apresentando urina 
escura há 3 dias, cansaço, vontade de dormir e muita dor de cabeça. Urinando a quantidade 
habitual, sem outras queixas. Mãe relata que há 2 semanas ele fez um tratamento para uma 
amigdalite com amoxicilina durante 7 dias. A família não notou outras alterações. Previamente 
hígido. Ao exame físico, apresenta-se em bom estado geral, hidratado, com taquipneia, sem 
tiragem intercostal (40mrpm). Ausculta pulmonar com estertores bolhosos em bases pulmo-
nares. Ausculta cardíaca normal, frequência cardíaca=120bpm, abdome flácido, depressível, 
sem defesa, sem visceromegalias. Edema em membros inferiores de ++/4+, pressão arte-
rial=120x80 mmHg (acima do percentil 95). O sedimento urinário mostra: densidade 1020, pH 
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6,5, leucócitos 3/campo, hemácias > 100 / campo, bacteriúria discreta. Qual a hipótese diag-
nóstica inicial?
a) Síndrome nefrótica.
b) Síndrome hemolítico-urêmica.
c) Glomerulonefrite difusa aguda.
d) Infecção urinária.
e) Litíase renal.
Caso clínico apresentado para médicos nefrologistas infantis, logo apresenta vários detalhes 
clínicos. Porém, trata-se de uma questão simples...observe os pontos importantes para matar 
a questão: edema, hipertensão, hematúria, amigdalite anterior...pronto...já podemos pensar em 
uma glomerulonefrite!
Letra c.
013. (CESPE/MÉDICO PATOLOGISTA/MEDICINA LABORATORIAL/2018) Enfermidades re-
nais com tipos diversificados de lesões (glomerular, tubular, intersticial ou vascular) podem 
sinalizar elevação dos teores de ureia plasmática; no entanto, essa elevação não é forte indi-
cativo de lesão renal.
Correto! A ureia elevada realmente não é forte indicativo de lesão renal porque sofre influência 
da dieta, por exemplo.
A concentração de ureia circulante sofre influência de vários fatores extra renais, o que limita 
seu valor como teste da função renal. Um exemplo disso é o fato de a concentração de ureia 
sérica ser aumentada no caso de uma dieta rica em proteínas.
Certo.
014. (FUNESP/MÉDICO PATOLOGISTA/MEDICINA LABORATORIAL/2019) Uma idosa de 60 
anos com múltiplas morbidades apresenta hematúria indolor há uma semana. Ao analisar sua 
urina, você percebe que as hemácias presentes estão com formato diferente das presentes no 
sangue periférico. Sobre este tema, assinale a alternativa correta.
a) O achado de dismorfismo eritrocitário é compatível com câncer de bexiga.
b) A presença de cilindros hemáticos é contraditória ao achado de dismorfismo eritrocitário.
c) O histórico da paciente de nefrolitíase explica o achado.
d) Neste caso, a presença de bacteriúria abundante fecharia o diagnóstico de infecção do tra-
to urinário.
e) Como a paciente é hipertensa e diabética, pode haver algum tipo de lesão glomerular.
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Paciente com múltiplas morbidades + hematúria com dismorfismo eritrocitário = indicativo de 
lesão de origem glomerular
Letra e.
015. (UFF/MÉDICO UROLOGISTA/2021) Na maioria dos casos, a cistite aguda está 
associada à:
a) Escherichia coli.
b) Klebsiella aerogenes.
c) Proteus mirabilis.
d) Estafilococos beta-hemolítico.
e) Enterococos faecium.
Essa questão se repete muito em diferentes bancas e cargos. Com certeza você não vai se 
esquecer que a E. coli é a causa da maioria das cistites agudas.
Letra a.
016. (INÉDITA/2022) Paciente do sexo feminino, 62 anos, diabética. Em acompanhamento 
pós transplante renal apresentou elevação súbita da creatinina sérica seis semanas após o 
procedimento. Sobre o tema é correto afirmar:
a) A suspeita inicial deveria ser de erro de laboratório, pois não existem na literatura relatos de 
casos de elevação de creatinina sérica pós transplante renal.
b) A conduta mais coerente seria avaliação da ureia em virtude da sua maior correlação com 
a avaliação da função renal.
c) A paciente deveria ser encaminhada a profissional nutricionista para introdução de dieta ve-
getariana, pois é sabido que a elevação da creatinina pós transplante está diretamente ligada 
ao consumo excessivo de carne.
d) A elevação súbita da creatinina pós transplante renal pode ser indicativo de rejeição 
do enxerto.
e) A elevação apresentada não tem significado clínico.
Como vimos, a creatinina é um bom indicador da função renal porque (ao contrário da ureia) 
não é influenciada pela dieta. A dosagem de creatinina também é útil no acompanhamento pós 
transplante. Valores elevados podem indicar rejeição do órgão.
...A hipercreatinemia pós transplante renal pode indicar rejeição do órgão.
Letra d.
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017. (INÉDITA/2022) Os métodos enzimáticos para a dosagem de ácido úrico são baseados 
na hidrólisepreliminar com a enzima urease gerando amônia, que então é quantificada.
Não se confunda! Essa é a descrição dos métodos enzimáticos para dosagem de UREIA!
Errado.
018. (INÉDITA/2022) A Taxa de Filtração Glomerular (TFG) costuma ser expressa em relação 
à superfície corporal do indivíduo (1,73m²). Isso ocorre por levar em consideração a associa-
ção entre o nível plasmático de creatinina e a massa muscular corporal.
Corretíssimo! Não se esqueça que a creatinina é o produto da desidratação não enzimática da 
creatina muscular, daí sua relação com a quantidade de massa muscular do indivíduo.
Certo.
019. (INÉDITA/2022) Em relação à determinação do Clearance de Creatinina para avaliação 
da função renal, uma desvantagem observada é a necessidade de se coletar urina de 24 ho-
ras, o que pode ser complicado para crianças, pessoas com déficit cognitivo ou nos casos de 
incontinência urinária.
Isso mesmo! É por essas e outras limitações que muitos autores propuseram fórmulas alter-
nativas para estimar a TFG em substituição ao clearence de creatinina com urina de 24 horas.
Certo.
020. (INÉDITA/2022) São possíveis causas de hiperuremia, exceto:
a) Coma diabético.
b) Desnutrição.
c) Problemas renais.
d) Desidratação.
e) Ingestão aumentada de proteínas.
Coma diabético, problemas renais, desidratação e ingestão aumentada de proteínas são cau-
sas de hiperuremia. Já a desnutrição é causa de HIPOUREMIA. Lembre-se da relação entre a 
ureia e a dieta.
Letra b.
021. (INÉDITA/2022) São componentes encontrados na urina de indivíduos saudáveis, exceto:
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a) Cloro.
b) Ureia.
c) Potássio.
d) Albumina.
e) Sulfato.
Glomérulos saudáveis devem filtrar as substâncias de baixo peso molecular, retendo as prote-
ínas. Logo, em condições normais não encontraremos albumina na urina.
Letra d.
022. (INÉDITA/2022) A nefrolitíase, vulgarmente conhecida como “pedra nos rins” é uma con-
dição causada exclusivamente por fatores genéticos que acarretam anormalidades anatômi-
cas renais.
O erro está no EXCLUSIVAMENTE. Fatores genéticos podem sim causar nefrolitíase, porém 
esta é também uma doença nutricional.
Errado.
023. (INÉDITA/2022) A reação em que a uricase age sobre o ácido úrico produzindo alantoína, 
peróxido de hidrogênio e dióxido de carbono é utilizada como princípio de método analítico 
para determinação do ácido úrico. No entanto tal metodologia tornou-se obsoleta devido ao 
seu alto custo.
Tudo certo...menos a última frase. É uma metodologia popularmente utilizada.
Os métodos de uricase tornaram-se viáveis e populares por sua disponibilidade de preparações 
de alta qualidade e baixo custo da enzima.
Errado.
024. (INÉDITA/2022) A quantidade de ácido úrico plasmático é fortemente influenciada pelo 
consumo excessivo de proteínas e ácidos nucleicos na dieta. O elevado consumo de álcool, 
por sua vez, afeta exclusivamente o teor de ácido úrico urinário.
O alto consumo de álcool, além do alto consumo de proteínas, é um dos fatores para o aumen-
to do teor de ácido úrico plasmático.
Errado.
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025. (INÉDITA/2022) Quanto a Doença Renal Crônica (DRC) é correto afirmar que seu desfe-
cho mais grave é a síndrome nefrítica, condição que tem como característica hematúria maci-
ça com dismorfismo eritrocitário.
Nada disso! O desfecho mais grave para a DRC é a IRA, condição em que os rins param de 
funcionar.
Errado.
026. (INÉDITA/2022) Quanto a dosagem de creatinina, a maioria dos métodos químicos ba-
seiam-se em uma reação em que é formado um complexo laranja-avermelhado (complexo de 
Janovski) na presença de picrato alcalino.
Correto! Essa é a famosa reação de Jaffe.
Certo.
027. (INÉDITA/2022) A condição clínica em que os rins param de funcionar por completo 
ou quase completamente, caracterizada por oligúria ou anúria, é chamada Insuficiência Renal 
Aguda (IRA).
Correta definição da Insuficiência Renal Aguda.
Certo.
028. (INÉDITA/2022) As doenças tubulointersticiais formam um grupo clínico de doenças ca-
racterizadas por lesão tubular e intersticial, cujas causas são exclusivamente bacterianas.
Exclusivamente não!
As doenças tubulointersticiais formam um grupo clínico de doenças caracterizadas por lesão 
tubular e intersticial, cujas causas podem ser físicas, imunológicas, bacterianas ou por subs-
tâncias químicas.
Errado.
029. (INÉDITA/2022) A reação utilizada para quantificação de amônia, na qual o reagente usa-
do é composto por uma solução alcalina de fenol e hipoclorito, formando um produto de cor 
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O golpe tá aí...não caia! Essa é a reação de Berthelot!!
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Errado.
030. (INÉDITA/2022) Uma das aplicações práticas da dosagem de ureia na avaliação da fun-
ção renal é a possibilidade de se determinar a relação ureia/creatinina, que em condições 
normais e em média de 30.
Perfeito!
O cálculo da relação entre a ureia e creatinina sérica pode ser útil particularmente na avaliação 
de pacientes com quedas abruptas da TFG. Em condições normais, a relação ureia/creatinina é 
em média de 30.
Certo.
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Funções e Doenças Renais e Testes da Função Renal
URINÁLISE
Pollyana Lyra
REFERÊNCIAS
BASTOS, MG. Biomarcadores de função renal na DRC. e-book Biomarcadores na Nefrologia. 
Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2011.
BURTIS, Carl, A.; BRUNS, David E. Tietz. Fundamentos de Química Clínica e Diagnóstico Mole-
cular. Tradução da 7a edição. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda. 2016.
COMPRI-NARDY, M.; STELLA, M. B.; DE OLIVEIRA, C. Práticas de Laboratório de Bioquímica e 
Biofísica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
MASTROIANNI KIRSZTAJN, G. Avaliação do ritmo de filtração glomerular. J Bras Patol Med 
Lab, v. 43, n. 4, p. 257-264, 2007.
MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Medbook, 2009.
https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/Museu2_qualidade_
corpo_renal3.htm.
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Pollyana Lyra
Farmacêutica, Especialista em Farmacologia, Professora