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CONTEÚDOS DE AULA PARA 3° PROVA DE FIT- 331 As sementes são colhidas com alto teor de umidade, geralmente superior ao desejado para o armazenamento: ● Frutos secos são colhidos com aproximadamente 18% de umidade e precisam estar com 12% de umidade para armazenamento; ● Frutos carnosos são colhidos com aproximadamente 40% de umidade e precisam estar com 4-6% para armazenamento. Nesse sentido, após ocorrer a colheita, é fundamental uma série de etapas de beneficiamento para obtenção de lotes de sementes com qualidade. 1 - Colheita dos frutos ● Sementes de grandes culturas quando atingem a maturidade fisiológica (MF) ainda possuem alto teor de água, o que dificulta a colheita mecanizada (caules tenros, muitas folhas, etc causam embuchamento na máquina) e ocasionar muitos danos mecânicos à semente (amassamento). Após a MF, a umidade cai bruscamente até chegar em equilíbrio com a umidade relativa do ar (UR), sendo este ponto o ideal para realizar a colheita destas sementes. Vale ressaltar que após atingir o ponto de colheita, é preciso colher o quanto antes para evitar deterioração no campo. ● Frutos carnosos não climatéricos são colhidos amadurecidos para obtenção da maior qualidade fisiológica das sementes. Deve-se atentar para não colher os frutos passados para evitar deterioração das sementes; ● Frutos carnosos climatéricos: são colhidos no início do amadurecimento do fruto, pois passam por repouso para maturação completa e obtenção de sementes com qualidade máxima; ● Frutos secos não são colhidos no ponto de maturidade fisiológica para evitar dano mecânico e embuchamento na máquina devido ao alto teor de umidade. No caso do milho, é feita a colheita da espiga na maturidade fisiológica. Após a secagem, faz-se a debulha. ● Problemas na colheita: são causados por maquinário desregulado (intensidade do impacto, velocidade do cilindro debulhador, abertura do côncavo), teor inadequado de umidade das sementes, local de impacto, número de danos (prejudicam a debulha => efeito do dano é cumulativo). Primeiro a semente perde vigor e depois germinação. ○ Maturação: ■ Pode ocorrer a maturação desuniforme dos frutos: plantas em diferentes estádios; ○ Perda natural antes da colheita: degrana (queda do fruto, comum em gramíneas (Poaceae) e forrageiras) e deiscência (abertura da vagem antes da colheita, comum em leguminosas (Fabaceae) e forrageiras. As sementes que caem no campo são responsáveis por fontes de contaminação em safras seguintes por originarem as plantas tigueras e servirem de “ponte verde”. ○ Perda durante colheita mecanizada pode ocorrer devido à má regulagem e excesso de velocidade da colhedora e colheita de sementes com elevada umidade (momento inadequado); Considere: A = local antes da colheita em si; B = local da plataforma; C = local depois que a colhedora já passou. ● Perda na pré-colheita = A ● Perda na plataforma da colhedora = B-A ● Perda no mecanismo interno = C-B ○ Danificação mecânica ■ Colheita com teor de umidade elevado: dano por amassamento. Em situações nas quais o teor de umidade é igual ou menor que 11% ocorre dano por trinca/quebra; ■ Efeito prejudicial imediato: detecção pelo teste do vigor; ■ Efeito prejudicial latente: se manifesta após o armazenamento, principalmente se as condições não forem adequadas, o que é preocupante. Pequenos danos se ampliam e são detectados meses após a semeadura. Em sementes como soja e milho o ponto de colheita é avaliado de acordo com o teor de água. A colheita quando feita no ponto de maturação proporciona muito dano mecânico, principalmente por amassamento, devido a elevada umidade da semente. Essas sementes danificadas pela colhedora não são eliminadas no beneficiamento, pois o peso e o formato da semente se mantém. Dessa forma, é extremamente importante aguardar que a semente extrapole o ponto de maturação e diminua sua umidade até atingir por volta dos 18%; ■ Sementes-fruto são mais resistentes a danos mecânicos devido à sua cobertura, posição do eixo embrionário e tipo de tecido de reserva. O milho é formado por pericarpo aderido + tegumento + endosperma (tecido morto) + eixo embrionário protegido, por isso, ele é mais resistente do que a soja, formada por: tegumento + cotilédone (tecido vivo) + eixo embrionário na borda da semente. ■ Na colheita e no beneficiamento ocorrerem a maior parte dos danos mecânicos. ○ Mistura de variedades/cultivares podem inviabilizar lotes: ■ São necessárias técnicas de campo para eliminar plantas atípicas (roguing); ■ Deve ser feita limpeza rigorosa e inspecionada dos equipamentos; ■ Cuidado com reuso de sacaria (sementes anteriores); ■ É fácil separar sementes quanto a espécies, tamanho, densidade, etc , mas não quanto a cultivares da mesma espécie; ■ É importante controlar plantas daninhas para evitar mistura de sementes e embuchamento nas colhedoras; ○ Uso de dessecantes ■ Objetiva controlar a colheita ao propiciar a secagem uniforme das plantas. Só compensa se as condições forem inadequadas para colheita (alta UR e alta T), tomando-se os devidos cuidados para não comprometer a qualidade das sementes. ○ Chuvas na colheita: não se deve misturar lotes de sementes colhidos antes e após a chuva para não comprometer a qualidade de um lote grande (avaliação deve ser feita separadamente); ● Planejamento na colheita: ○ Mão-de-obra treinada; ○ Maquinário regulado + peças extras; ○ Cuidados com perdas; ○ Determinação do momento da colheita deve ser criteriosa e feita através do monitoramento: para milho, usa-se a formação de LL, camada preta ou teor de umidade; para frutos carnosos, a cor e consistência do endosperma; para leguminosas e gramíneas a % de degrana; para sementes de híbridos, deve-se colher primeiro as plantas masculinas e depois as femininas a fim de evitar mistura. 2- Seleção dos frutos ● A etapa de seleção dos frutos ocorre antes, durante e após a colheita; ● Nesta etapa ocorre a eliminação dos frutos fora do padrão, seja por doença, malformação, outras espécies e cultivares ou qualquer outra característica que comprometa sua qualidade. 3 - Repouso dos frutos climatéricos (não obrigatória) ou armazenamento temporário ● Consiste no armazenamento temporário dos frutos climatéricos por tempo variável de acordo com a espécie após a colheita, a fim de melhoria e uniformização da qualidade de sementes; ● Este processo facilita a extração das sementes devido à perda de água; ● O número de colheitas é reduzido. Logo, a operação torna-se menos onerosa e o manejo dos lotes recebidos na UBS é facilitado. 4 - Extração das sementes A extração de sementes de frutos carnosos ocorre via úmida e pode ser feita de forma manual ou mecânica; ● Manual: corte longitudinal ou esmagamento; ● Mecanizada: extrator de sementes; cilindro perfurado; esmagador de frutos; esmagador de forragem; desembagaçador (uva); extração com jato d’água (melão). 5 - Remoção da mucilagem ● A mucilagem é rica em pectinas. Ela mantém as sements unidas, torna o ambiente propício para desenvolvimento de patógenos e pode conter inibidores de germinação, como os que impedem a entrada de oxigênio nas sementes; ● Essa etapa é necessária para individualizar as sementes, facilitar secagem, beneficiamento, embalagem e plantio, evitar doenças e eliminar inibidores de germinação; ● Principais métodos de retirada da mucilagem: ○ Fermentação natural: os frutos são esmagados e deixados em ambiente aberto, considerando binômio tempo x temperatura, para que ocorra a fermentação natural com produção de ácidos que degradam a mucilagem. Caso não haja umidade suficiente, pode-se adicionar água. Esse processo auxilia no controle parcial ou total de doenças. É importante se atentar ao tempo de fermentação para evitar a desnaturação de enzimas que causam o escurecimento das sementes devido ao excesso de fermentação e germinação precoce; ○ Uso de enzimas para degradação de mucilagens: pectinases (caro); ○ Seca natural ao sol: após secas, as sementes passam por esfregaço para remoção da mucilagem. É muito comum parasementes de maracujá; ○ Uso de produtos químicos como ácido clorídrico e carbonato de sódio: degradam a mucilagem e deixam as sementes claras e brilhantes (laboratório); ○ Liquidificador com as navalhas protegidas: remoção da mucilagem em velocidade baixa. Comum para sementes de mamão; ○ Mistura com serragem e cal + esfregaço: remoção de mucilagem de sementes de cacau e citrus; ○ Extração mecânica e posterior lavagem: remoção de mucilagem durante processo de extração de sementes de frutos carnosos. 6 - Separação e lavagem das sementes ● Pode ser feita em tanques, onde as sementes de boa qualidade afundam e as chochas e material inerte boiam, sendo descartados os sobrenadantes. Para algumas esp´cis pode ser feita a lavagem com mangueira; ● Essa etapa facilita a secagem, beneficiamento, embalagem e semeadura 7 - Pré-secagem ● Após a lavagem, as sementes estão com elevada umidade. Por isso, a secagem inicial deve ser feita de forma lenta à sombra por 1 ou 2 dias. Se a região não estiver muito quente, pode ser feita a pleno sol antes das 10h e depois 15h. Quanto maior o teor de água da semente, maior sua sensibilidade a temperatura, por ser mais propícia a desnaturação de enzimas. ● Pode-se fazer a pré-secagem em secador até 30°C. 8 - Secagem - A temperatura da massa de sementes não pode ultrapassar os 43/45ºC para evitar processo de desnaturação de proteínas. Operação quase sempre obrigatória Sistema eficiente de secagem ● o retardamento da secagem compromete a qualidade da semente ● bom produtor de semente- possui um bom processo de secagem 1) importância da secagem- armazenagem é feita com teor de 11 a 12 % em sementes secas/ grão ou 4 a 8% em frutos carnosos a. planejamento racional da colheita- ciclo diferente b. antecipar a colheita para liberar o campo- próximo ao MF c. quando menor o teor de água da semente melhor o metabolismo permitindo a melhor conservação durante um período longo d. semente ortodoxas: toleram secagem e. semente recalcitrantes- não toleram secagem f. reduz o teor de água, menor a atividade se inseto e microrganismo- permitindo a conservação g. secagem coloca a semente com teor de água adequado para armazenamento e comercialização 2) equilíbrio higroscópico- a semente vai perder ou receber água do ambiente até chegar ao equilíbrio a. pressão de vapor leva a ocorrência desse fator até que o sistema entre em equilíbrio b. teor de água de semente em equilíbrio com alguns valores de UR em ambiente de 25º i. UR- alta UR com alta Umidade-> ambiente aberto ii. temperatura- alta T, alta energia livre da água junto com baixa umidade iii. histerese- quando a semente seca, pode perder alguns pontos de umidade- apresenta diferentes resultados dependendo do sentido que ocorre- com isso a secagem e o umedecimento iv. espécies- semente oleaginosas têm tendência a absorver maior umidade do que sementes amiláceas como milho v. umidade do teor de água de uma espécies em um ambiente- permite determinar qual teor de água colocar a semente, o tipo de embalagem, o métodos utilizados, como secar ao ar vi. UR(%)= UA/US x 100 ao aquecer a unidade atual é a mesma, alterando a umidade de saturação- ao elevar a T eleva a US, isso faz o UR reduzir vii. embalagem impermeável com baixa unidade, onde o teor de água é de 4 a 8% permitindo um menor metabolismo, e evitando deterioração- bom em ambiente tropical 3) O processo de secagem- dois passos que ocorrem simultaneamente - vai perdendo água para o meio ambiente. Ao perder água superficial, governado pela pressão de vapor, isso cria um gradiente interno na semente, levando ao deslocamento da umidade do centro, para a superfície a. Secagem rápida- causa trincas nos tegumentos da semente- pode causar o encolhimento, principalmente em semente que a migração de água é lenta. Pode induzir a impermeabilização da semente, dificultando o plantio b. secagem lenta- as sementes longe do secador, demoram a secar 4) temperatura de secagem- importante é a temperatura da massa de secagem, e não a temperatura do ar a. a massa de semente não deve passar 45 º por poder causar desnaturação de enzimas e proteínas- a temperatura da massa pode chegar a temperatura do ar com isso dependendo do processo usado a temperatura pode ser maior ou menor b. U>18%--> 32º c. 10%<U<18%--> 38º d. u<10%-->43º e. temperatura da massa de semente f. danificação mecânica- intermitente- movimentação da semente 9 - Esfriamento A secagem de grãos e sementes é diferenciada pela temperatura de massa atingida. Após a secagem com ar aquecido, a semente precisa passar pelo resfriamento para desacelerar o metabolismo. Ao ser armazenada com temperatura elevada, o ar quente entra em contato com a parede do silo e ocorre a condensação. Diferença de 6 a 7 ºC entre a semente e estruturas do silo, já é suficiente para que o processo de migração ocorra. Perda de peso ● Ocorre devido a secagem. ● Cálculo de perda de peso não é feito com regra de 3. ● Fórmula do cálculo: Pi (100 - Ui) = Pf (100 - Uf) Em que: Pi: massa inicial das semenetes (Kg) Pf: massa final das sementes (Kg) Ui: umidade inicial da semente (%) Uf: umidade final da semente em (%) ● Fórmula da porcentagem de quebra (%Q) Q(%) = [100 - (Ui - Uf)]/(100 - Uf) ● A massa seca é a mesma antes e após a secagem. A fim de reduzir problemas comerciais, em relação a perda de água que a semente pode sofrer até chegar ao produtor, a comercialização da semente em número tem sido usada. Empresas que fazem a comercialização utilizando a massa, fazem o ensacamento da semente no momento de comércio, ou coloca-se sementes a mais. ● Sementes maiores são mais sujeitas a danos mecânicos, já as sementes menores, por possuírem menos reservas, comumente são menos vigorosas - 10- Beneficiamento: envolve a limpeza e a classificação das sementes: Objetivos 1- Visa eliminar materiais indesejáveis, sementes mal formadas, leves (poucas reservas) e que apresentam danos mecânicos; 2- Aumentar a eficiência do trabalho pela mecanização: melhoria da qualidade do lote de sementes; Obs: a base de separação se refere à diferença física. Maquinário 1- MAP (máquina de ar e peneira) ou MVP (máquina de ventilação e peneira) ● O modelo mais simples possui duas peneiras. A peneira 1 possui crivo maior do que a semente, eliminando impurezas maiores do que ela (desfolha). A peneira 2 possui crivo menor do que a semente, eliminando impurezas menores do que ela. Assim, a semente atravessa a peneira 1 e passa sobre a 2. As impurezas saem para os lados, materiais leves para cima (removidos pelo sistema de ventilação) e as sementes por baixo. ● Base de separação: tamanho e peso. ● Regulagem: tipo de crivo/peneira, vibração, angulação da peneira, regulação do ar e alimentação da máquina. ● Tipos de peneira: Chapa metálica: pode ser circular (separação pela largura: tamanho pode ser dado em mm ou em frações de polegada. Ex: 20 = 20/64 pol) ou oblonga (separação pela espessura e comprimento: tamanho é dado em mm pela relação entre medidas ). Malha de arame: podem ter malha quadrada ou retangular e o tamanho é dado em função do número de malhas que cabem em uma polegada. 2- Separador pneumático ● Máquina de baixo rendimento em que o fluxo de ar de baixo para cima levanta material leve (impurezas e sementes chochas) e pesado (sementes para grão) e as sementes boas saem por outro orifício na frente da máquina. Muito utilizado para sementes de olerícolas. ● Base de separação: peso ● Regulagem: alimentação e fluxo de ar. 3- Separador espiral ● Nesta máquina as sementes são colocadas no topo e descem por gravidade por duas espirais. Na espiral central permanecem as sementes quebradas, chochas e impurezas. As sementes mais redondas giram com maior velocidade e pulam para a espiral externa. Este sistema é muito usado para sementes esféricas, como soja e brássicas ● Base de separação:formato da semente: ● Regulagem: alimentação. 4- Mesa densimétrica ou gravitacional ● É utilizada para todas as espécies e é a máquina mais difícil de regularpois são várias as regulagens a serem feitas, mas é essencial na UBS. O fluxo de ar de baixo para cima movimenta as sementes sobre a mesa vibratória. As sementes de baixa sanidade são leves, sendo separadas. As sementes boas são pesadas, portanto, atingem o lado oposto da mesa e as intermediárias ficam no centro. Deve ser mantida uma fina camada de sementes sobre a mesa. ● Base de separação: peso específico (relação massa/volume); ● Regulagem: alimentação, inclinação lateral e longitudinal, vibração da mesa, fluxo de ar e paleta de coleta de sementes e impurezas. ● Ar: muito ar faz com que todas as sementes fiquem na borda da mesa e pouco ar faz com que elas saiam rapidamente. Nos dois casos, não ocorre separação. ● Inclinação: quanto maior é a inclinação da mesa, maior é a saída de sementes (mais densas primeiro). ● Arroz: sementes de arroz descascadas devido ao dano mecânico possuem maior peso específico, portanto, são separadas das sementes boas nesta máquina. 5- Separador de cilindro/Triuer ● Materiais de menor comprimento são levados pelos alvéolos, como sementes quebradas, e o material de maior comprimento (sementes boas) são retidos dentro do cilindro. Máquina muito usada para separação de sementes de arroz. ● Base de separação: comprimento da semente. ● Regulagem: troca de cilindro, tamanho dos alvéolos, inclinação, velocidade de rotação, altura da calha e portinhola de saída. 6- Seletron/ Catadora eletrônica ● Célula fotoelétrica separa as sementes por cor, eliminando sementes fermentadas, doentes, com dano mecânico, etc. É um equipamento muito caro e de baixo rendimento. Utilizado para sementes de café. 7- Transportadores de sementes na UBS ● Elevador de caneca de descarga interna ● Elevador de descarga pela força centrífuga: arremesso de sementes = dano mecânico. É necessário ter fosso para que os funcionários entrem para fazer limpeza para evitar a mistura de sementes; ● Elevador de descarga por gravidade: sementes não são arremessadas. Elas escorregam pelas “costas” da pá seguinte. ● Calha transportadora/ transportador vibratório ● Correia transportadora ● Rosca sem fim: danos mecânicos 8- Esfriamento artificial dinâmico ● O jato frio é aplicado na tulha com as sementes beneficiadas no momento do ensaque. Deve-se atentar à temperatura, que não pode ser muito baixa para evitar condensação/orvalho nas sementes, que podem absorver água novamente, o que é indesejado. Essa tecnologia nova. 9- Planejamento da UBS ● Localização: próxima à região produtora de sementes, com energia elétrica, água, internet, mão-de-obra, terreno plano, longe de comunidades (barulho), setor de armazenamento com baixa T e baixa UR; ● Capacidade: máquinas que beneficiem mais espécies com capacidade média para evitar sobrecarga; é importante dar vida útil com uso intenso para espécies em que a colheita é feita em épocas diferentes (soja e milho); ● Estrutura: pé direito alto para permitir instalação de elevadores para escoamento de sementes por gravidade e temperatura interna amena; telhado de alumínio para refletir calor; lanternim ou exaustores para eliminação de ar quente; lanternins e janelas teladas e portas bem fechadas para evitar problemas com pássaros e ratos; alvenaria+estrutura metálica; piso liso de fácil limpeza. ● Dimensionamento: depende da capacidade de produção da região, culturas, época de colheita, escolha do processo de secagem, possibilidade de instalação de local para armazenamento temporário (silos pulmões); ● Compra de equipamentos: analisar acabamento, vida útil, fixação das máquinas que vibram, simplicidade de regulagem, mecanismo anti-vibração/ruídos, dispositivos para minimizar danos mecânicos, assistência técnica. Se possível, visitar UBS e conversar com funcionários; ● Sementes não passam por todas as máquinas se o transporte é manual, mas passam se é por transportadores, portanto, é necessário ter flexibilidade e aproveitar racionalmente o espaço, com cuidado para evitar mistura. Exemplos: ○ Soja: MVP, separador espiral, mesa densimétrica ○ Milho: MVP, triuer ○ Feijão: MVP ○ Arroz: MVP, triuer ○ Olerícolas e ornamentais: transporte manual (menor volume). Máquinas: MVP, separador pneumático, espiral e mesa densimétrica. 11 - Tratamento de sementes - Recobrimento - TIS (tratamento industrial de sementes) ● Peliculização: formação de película fina que não modifica significativamente as dimensões das sementes. Esse processo facilita o fluxo da semente no maquinário na semeadura ao torná-la mais lisa e brilhante pela aplicação de polímeros com grafite e corantes; ● Incrustação: modifica tamanho e peso em até 5 x, mas não altera a forma. Esse processo facilita o fluxo da semente no maquinário na semeadura ao torná-la mais lisa e brilhante pela aplicação de polímeros (film coating) com grafite e corantes; evita a deriva de sementes leves pelo aumento do peso e permite a adição de produtos fitossanitários e micronutrientes que irão favorecer o desenvolvimento inicial das plântulas; ● Peletização: altera peso, tamanho e forma. Esse processo facilita o fluxo da semente no maquinário na semeadura ao torná-la mais lisa e brilhante pela aplicação de polímeros (film coating) com grafite e corantes; evita a deriva de sementes leves pelo aumento do peso e permite a adição de produtos fitossanitários e micronutrientes que irão favorecer o desenvolvimento inicial das plântulas; agrega valor às sementes que possuem tamanho pequeno e alto valor de mercado. Formato de esfera facilita a semeadura; ● Priming: pré-embebição controlada para promover rápida germinação da semente após o plantio; ● O momento de aplicação depende da durabilidade do recobrimento. 12 - Armazenamento ● O armazenamento pode ser feito em ambiente, caso as condições permitam (baixa UR e baixa T), em câmaras frias (4-10°C), em câmaras secas (30-50% UR) ou em câmaras frias e secas. ● Sementes genéticas e básicas serão utilizadas para multiplicação, logo, devem ser armazenadas em câmaras frias e secas para evitar mutações; ● Criopreservação: armazenamento de sementes em N líquido em banco de germoplasma (caro e necessita de muitos estudos e cuidados. Não são todas as sementes que aceitam este tipo de armazenamento). ● Fatores que afetam a conservação: ○ Histórico do lote de sementes indica o potencial de armazenamento: condução da lavoura, irrigação, adubação, uso de material propagativo sadio e vigoroso, cuidados na secagem e tratamentos, regulagem de máquinas, controle de pragas/doenças/plantas daninhas; ○ Condições do ambiente de armazenamento; ○ Tipo de embalagem escolhida; ○ Características intrínsecas das sementes: oleaginosas são mais difíceis de conservar do que as amiláceas pois os lipídeos são instáveis; ● Estudo de caso do armazenamento de sementes de cebola em condições diferentes (%U inicial=11% e %G=75%), mostrando a importância das escolhas: ○ Região tropical (alta T e alta UR): embalagem permeável permitiu absorção de água e a impermeável tornou-se uma estufa. Ao final do experimento a %G foi zero por isso. Alternativas: secar mais as sementes e utilizar câmaras frias e secas, se possível (caro); ○ Região desértica (baixa UR, alta T durante o dia e baixa T durante a noite): %G foi menor na embalagem impermeável pois a alta temperatura tornou-a uma estufa durante o dia. Na embalagem permeável houve aumento da %G pois as sementes secaram devido à baixa UR, podendo ser utilizada por pouco tempo. Neste ambiente, pode-se secar menos as sementes e não é necessário uso de embalagens impermeáveis; ○ Região fria (alta UR e baixa T): embalagem permeável absorveu umidade e foi baixa a %G. Na embalagem impermeável as sementes foram conservadas pela baixa T; ● Para grandes culturas, as embalagens utilizadas são aquelas que permitem a troca de ar e umidade com o meio. ● Para olerícolas, as embalagens são impermeáveis para reduzir trocas com o meio, uma vez que o teor de água das sementes deve ficar entre 4 e 7%, já que a validade do teste de germinação é de 2 anos, e para manteressa viabilidade é necessário reduzir o metabolismo da semente. EXTRAÇÃO E REMOÇÃO DE MUCILAGEM DE SEMENTES DE TOMATE Processo que usa muito água A etapa 1 consiste em: Amassar, posteriormente deixar fermentar por no mínimo 48 horas, esse processo leva ao desprendimento da mucilagem. Durante a fermentação é necessário vigiar a temperatura. Pois caso a temperatura seja alta, pode levar a germinação das sementes Etapa 2: tanque de fermentação ou lavagem- local onde a massa esmagada e já fermentada, e coloca em um tanque, e encher de água. Nesse processo as sementes boas sedimentam , e o material sobrenadante ( constituído de polpa) é pescado Etapa 3- abre a válvula e o material sedimentado, passa ao tanque de decantação onde será retido o material mais denso. Nesse processo, o material do tanque de lavagem passa por uma peneira cuja malha é maior que a semente, permitindo sua passagem para o tanque de decantação. Tal tanque possui drenos que conduziram para a bica de lavagem Etapa 4- bica de lavagem é onde as sementes boas sedimentaram, por meio da inclinação e o controle da velocidade da água, possibilitarem fazer a limpeza e condução da sementes por meio da abertura de barragem durante o percurso O processo permite que a semente sai com alta umidade Ao final a semente limpa é espalhada e colocada para secar, a medida que seca vai aumentando as horas de sol e temperatura Posteriormente vai para a máquina de ar e peneira que é usada no beneficiamento
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