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Prova 3 - Produção e Tecnologia de Sementes

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CONTEÚDOS DE AULA PARA 3° PROVA DE FIT- 331
As sementes são colhidas com alto teor de umidade, geralmente superior ao desejado
para o armazenamento:
● Frutos secos são colhidos com aproximadamente 18% de umidade e precisam
estar com 12% de umidade para armazenamento;
● Frutos carnosos são colhidos com aproximadamente 40% de umidade e
precisam estar com 4-6% para armazenamento.
Nesse sentido, após ocorrer a colheita, é fundamental uma série de etapas de
beneficiamento para obtenção de lotes de sementes com qualidade.
1 - Colheita dos frutos
● Sementes de grandes culturas quando atingem a maturidade fisiológica (MF)
ainda possuem alto teor de água, o que dificulta a colheita mecanizada (caules
tenros, muitas folhas, etc causam embuchamento na máquina) e ocasionar
muitos danos mecânicos à semente (amassamento). Após a MF, a umidade cai
bruscamente até chegar em equilíbrio com a umidade relativa do ar (UR),
sendo este ponto o ideal para realizar a colheita destas sementes. Vale ressaltar
que após atingir o ponto de colheita, é preciso colher o quanto antes para evitar
deterioração no campo.
● Frutos carnosos não climatéricos são colhidos amadurecidos para obtenção da
maior qualidade fisiológica das sementes. Deve-se atentar para não colher os
frutos passados para evitar deterioração das sementes;
● Frutos carnosos climatéricos: são colhidos no início do amadurecimento do
fruto, pois passam por repouso para maturação completa e obtenção de
sementes com qualidade máxima;
● Frutos secos não são colhidos no ponto de maturidade fisiológica para evitar
dano mecânico e embuchamento na máquina devido ao alto teor de umidade.
No caso do milho, é feita a colheita da espiga na maturidade fisiológica. Após a
secagem, faz-se a debulha.
● Problemas na colheita: são causados por maquinário desregulado (intensidade
do impacto, velocidade do cilindro debulhador, abertura do côncavo), teor
inadequado de umidade das sementes, local de impacto, número de danos
(prejudicam a debulha => efeito do dano é cumulativo). Primeiro a semente
perde vigor e depois germinação.
○ Maturação:
■ Pode ocorrer a maturação desuniforme dos frutos: plantas em
diferentes estádios;
○ Perda natural antes da colheita: degrana (queda do fruto, comum em
gramíneas (Poaceae) e forrageiras) e deiscência (abertura da vagem
antes da colheita, comum em leguminosas (Fabaceae) e forrageiras. As
sementes que caem no campo são responsáveis por fontes de
contaminação em safras seguintes por originarem as plantas tigueras e
servirem de “ponte verde”.
○ Perda durante colheita mecanizada pode ocorrer devido à má regulagem
e excesso de velocidade da colhedora e colheita de sementes com
elevada umidade (momento inadequado);
Considere: A = local antes da colheita em si; B = local da plataforma; C
= local depois que a colhedora já passou.
● Perda na pré-colheita = A
● Perda na plataforma da colhedora = B-A
● Perda no mecanismo interno = C-B
○ Danificação mecânica
■ Colheita com teor de umidade elevado: dano por amassamento.
Em situações nas quais o teor de umidade é igual ou menor que
11% ocorre dano por trinca/quebra;
■ Efeito prejudicial imediato: detecção pelo teste do vigor;
■ Efeito prejudicial latente: se manifesta após o armazenamento,
principalmente se as condições não forem adequadas, o que é
preocupante. Pequenos danos se ampliam e são detectados meses
após a semeadura. Em sementes como soja e milho o ponto de
colheita é avaliado de acordo com o teor de água. A colheita
quando feita no ponto de maturação proporciona muito dano
mecânico, principalmente por amassamento, devido a elevada
umidade da semente. Essas sementes danificadas pela colhedora
não são eliminadas no beneficiamento, pois o peso e o formato da
semente se mantém. Dessa forma, é extremamente importante
aguardar que a semente extrapole o ponto de maturação e
diminua sua umidade até atingir por volta dos 18%;
■ Sementes-fruto são mais resistentes a danos mecânicos devido à
sua cobertura, posição do eixo embrionário e tipo de tecido de
reserva. O milho é formado por pericarpo aderido + tegumento +
endosperma (tecido morto) + eixo embrionário protegido, por
isso, ele é mais resistente do que a soja, formada por: tegumento
+ cotilédone (tecido vivo) + eixo embrionário na borda da
semente.
■ Na colheita e no beneficiamento ocorrerem a maior parte dos
danos mecânicos.
○ Mistura de variedades/cultivares podem inviabilizar lotes:
■ São necessárias técnicas de campo para eliminar plantas atípicas
(roguing);
■ Deve ser feita limpeza rigorosa e inspecionada dos equipamentos;
■ Cuidado com reuso de sacaria (sementes anteriores);
■ É fácil separar sementes quanto a espécies, tamanho, densidade,
etc , mas não quanto a cultivares da mesma espécie;
■ É importante controlar plantas daninhas para evitar mistura de
sementes e embuchamento nas colhedoras;
○ Uso de dessecantes
■ Objetiva controlar a colheita ao propiciar a secagem uniforme das
plantas. Só compensa se as condições forem inadequadas para
colheita (alta UR e alta T), tomando-se os devidos cuidados para
não comprometer a qualidade das sementes.
○ Chuvas na colheita: não se deve misturar lotes de sementes colhidos
antes e após a chuva para não comprometer a qualidade de um lote
grande (avaliação deve ser feita separadamente);
● Planejamento na colheita:
○ Mão-de-obra treinada;
○ Maquinário regulado + peças extras;
○ Cuidados com perdas;
○ Determinação do momento da colheita deve ser criteriosa e feita através
do monitoramento: para milho, usa-se a formação de LL, camada preta
ou teor de umidade; para frutos carnosos, a cor e consistência do
endosperma; para leguminosas e gramíneas a % de degrana; para
sementes de híbridos, deve-se colher primeiro as plantas masculinas e
depois as femininas a fim de evitar mistura.
2- Seleção dos frutos
● A etapa de seleção dos frutos ocorre antes, durante e após a colheita;
● Nesta etapa ocorre a eliminação dos frutos fora do padrão, seja por doença,
malformação, outras espécies e cultivares ou qualquer outra característica que
comprometa sua qualidade.
3 - Repouso dos frutos climatéricos (não obrigatória) ou armazenamento temporário
● Consiste no armazenamento temporário dos frutos climatéricos por tempo
variável de acordo com a espécie após a colheita, a fim de melhoria e
uniformização da qualidade de sementes;
● Este processo facilita a extração das sementes devido à perda de água;
● O número de colheitas é reduzido. Logo, a operação torna-se menos onerosa e
o manejo dos lotes recebidos na UBS é facilitado.
4 - Extração das sementes
A extração de sementes de frutos carnosos ocorre via úmida e pode ser feita de forma
manual ou mecânica;
● Manual: corte longitudinal ou esmagamento;
● Mecanizada: extrator de sementes; cilindro perfurado; esmagador de frutos;
esmagador de forragem; desembagaçador (uva); extração com jato d’água
(melão).
5 - Remoção da mucilagem
● A mucilagem é rica em pectinas. Ela mantém as sements unidas, torna o
ambiente propício para desenvolvimento de patógenos e pode conter inibidores
de germinação, como os que impedem a entrada de oxigênio nas sementes;
● Essa etapa é necessária para individualizar as sementes, facilitar secagem,
beneficiamento, embalagem e plantio, evitar doenças e eliminar inibidores de
germinação;
● Principais métodos de retirada da mucilagem:
○ Fermentação natural: os frutos são esmagados e deixados em ambiente
aberto, considerando binômio tempo x temperatura, para que ocorra a
fermentação natural com produção de ácidos que degradam a
mucilagem. Caso não haja umidade suficiente, pode-se adicionar água.
Esse processo auxilia no controle parcial ou total de doenças. É
importante se atentar ao tempo de fermentação para evitar a
desnaturação de enzimas que causam o escurecimento das sementes
devido ao excesso de fermentação e germinação precoce;
○ Uso de enzimas para degradação de mucilagens: pectinases (caro);
○ Seca natural ao sol: após secas, as sementes passam por esfregaço para
remoção da mucilagem. É muito comum parasementes de maracujá;
○ Uso de produtos químicos como ácido clorídrico e carbonato de sódio:
degradam a mucilagem e deixam as sementes claras e brilhantes
(laboratório);
○ Liquidificador com as navalhas protegidas: remoção da mucilagem em
velocidade baixa. Comum para sementes de mamão;
○ Mistura com serragem e cal + esfregaço: remoção de mucilagem de
sementes de cacau e citrus;
○ Extração mecânica e posterior lavagem: remoção de mucilagem durante
processo de extração de sementes de frutos carnosos.
6 - Separação e lavagem das sementes
● Pode ser feita em tanques, onde as sementes de boa qualidade afundam e as
chochas e material inerte boiam, sendo descartados os sobrenadantes. Para
algumas esp´cis pode ser feita a lavagem com mangueira;
● Essa etapa facilita a secagem, beneficiamento, embalagem e semeadura
7 - Pré-secagem
● Após a lavagem, as sementes estão com elevada umidade. Por isso, a secagem
inicial deve ser feita de forma lenta à sombra por 1 ou 2 dias. Se a região não
estiver muito quente, pode ser feita a pleno sol antes das 10h e depois 15h.
Quanto maior o teor de água da semente, maior sua sensibilidade a
temperatura, por ser mais propícia a desnaturação de enzimas.
● Pode-se fazer a pré-secagem em secador até 30°C.
8 - Secagem
- A temperatura da massa de sementes não pode ultrapassar os 43/45ºC para
evitar processo de desnaturação de proteínas.
Operação quase sempre obrigatória
Sistema eficiente de secagem
● o retardamento da secagem compromete a qualidade da semente
● bom produtor de semente- possui um bom processo de secagem
1) importância da secagem- armazenagem é feita com teor de 11 a 12 % em
sementes secas/ grão ou 4 a 8% em frutos carnosos
a. planejamento racional da colheita- ciclo diferente
b. antecipar a colheita para liberar o campo- próximo ao MF
c. quando menor o teor de água da semente melhor o metabolismo
permitindo a melhor conservação durante um período longo
d. semente ortodoxas: toleram secagem
e. semente recalcitrantes- não toleram secagem
f. reduz o teor de água, menor a atividade se inseto e microrganismo-
permitindo a conservação
g. secagem coloca a semente com teor de água adequado para
armazenamento e comercialização
2) equilíbrio higroscópico- a semente vai perder ou receber água do ambiente
até chegar ao equilíbrio
a. pressão de vapor leva a ocorrência desse fator até que o sistema entre
em equilíbrio
b. teor de água de semente em equilíbrio com alguns valores de UR em
ambiente de 25º
i. UR- alta UR com alta Umidade-> ambiente aberto
ii. temperatura- alta T, alta energia livre da água junto com baixa
umidade
iii. histerese- quando a semente seca, pode perder alguns pontos
de umidade- apresenta diferentes resultados dependendo do sentido que ocorre- com
isso a secagem e o umedecimento
iv. espécies- semente oleaginosas têm tendência a absorver maior
umidade do que sementes amiláceas como milho
v. umidade do teor de água de uma espécies em um ambiente-
permite determinar qual teor de água colocar a semente, o tipo de embalagem, o
métodos utilizados, como secar ao ar
vi. UR(%)= UA/US x 100 ao aquecer a unidade atual é a mesma,
alterando a umidade de saturação- ao elevar a T eleva a US, isso faz o UR reduzir
vii. embalagem impermeável com baixa unidade, onde o teor de
água é de 4 a 8% permitindo um menor metabolismo, e evitando deterioração- bom
em ambiente tropical
3) O processo de secagem- dois passos que ocorrem simultaneamente - vai
perdendo água para o meio ambiente. Ao perder água superficial, governado pela
pressão de vapor, isso cria um gradiente interno na semente, levando ao deslocamento
da umidade do centro, para a superfície
a. Secagem rápida- causa trincas nos tegumentos da semente- pode
causar o encolhimento, principalmente em semente que a migração de água é lenta.
Pode induzir a impermeabilização da semente, dificultando o plantio
b. secagem lenta- as sementes longe do secador, demoram a secar
4) temperatura de secagem- importante é a temperatura da massa de secagem, e
não a temperatura do ar
a. a massa de semente não deve passar 45 º por poder causar
desnaturação de enzimas e proteínas- a temperatura da massa pode chegar a
temperatura do ar com isso dependendo do processo usado a temperatura pode ser
maior ou menor
b. U>18%--> 32º
c. 10%<U<18%--> 38º
d. u<10%-->43º
e. temperatura da massa de semente
f. danificação mecânica- intermitente- movimentação da semente
9 - Esfriamento
A secagem de grãos e sementes é diferenciada pela temperatura de massa atingida.
Após a secagem com ar aquecido, a semente precisa passar pelo resfriamento para
desacelerar o metabolismo.
Ao ser armazenada com temperatura elevada, o ar quente entra em contato com a
parede do silo e ocorre a condensação. Diferença de 6 a 7 ºC entre a semente e
estruturas do silo, já é suficiente para que o processo de migração ocorra.
Perda de peso
● Ocorre devido a secagem.
● Cálculo de perda de peso não é feito com regra de 3.
● Fórmula do cálculo:
Pi (100 - Ui) = Pf (100 - Uf)
Em que:
Pi: massa inicial das semenetes (Kg)
Pf: massa final das sementes (Kg)
Ui: umidade inicial da semente (%)
Uf: umidade final da semente em (%)
● Fórmula da porcentagem de quebra (%Q)
Q(%) = [100 - (Ui - Uf)]/(100 - Uf)
● A massa seca é a mesma antes e após a secagem.
A fim de reduzir problemas comerciais, em relação a perda de água que a
semente pode sofrer até chegar ao produtor, a comercialização da semente em
número tem sido usada. Empresas que fazem a comercialização utilizando a
massa, fazem o ensacamento da semente no momento de comércio, ou
coloca-se sementes a mais.
● Sementes maiores são mais sujeitas a danos mecânicos, já as sementes
menores, por possuírem menos reservas, comumente são menos vigorosas
-
10- Beneficiamento: envolve a limpeza e a classificação das sementes:
Objetivos
1- Visa eliminar materiais indesejáveis, sementes mal formadas, leves (poucas
reservas) e que apresentam danos mecânicos;
2- Aumentar a eficiência do trabalho pela mecanização: melhoria da qualidade
do lote de sementes;
Obs: a base de separação se refere à diferença física.
Maquinário
1- MAP (máquina de ar e peneira) ou MVP (máquina de ventilação e
peneira)
● O modelo mais simples possui duas peneiras. A peneira 1 possui crivo
maior do que a semente, eliminando impurezas maiores do que ela
(desfolha). A peneira 2 possui crivo menor do que a semente,
eliminando impurezas menores do que ela. Assim, a semente atravessa a
peneira 1 e passa sobre a 2. As impurezas saem para os lados, materiais
leves para cima (removidos pelo sistema de ventilação) e as sementes
por baixo.
● Base de separação: tamanho e peso.
● Regulagem: tipo de crivo/peneira, vibração, angulação da peneira,
regulação do ar e alimentação da máquina.
● Tipos de peneira:
Chapa metálica: pode ser circular (separação pela largura: tamanho pode
ser dado em mm ou em frações de polegada. Ex: 20 = 20/64 pol) ou
oblonga (separação pela espessura e comprimento: tamanho é dado em
mm pela relação entre medidas ).
Malha de arame: podem ter malha quadrada ou retangular e o tamanho é
dado em função do número de malhas que cabem em uma polegada.
2- Separador pneumático
● Máquina de baixo rendimento em que o fluxo de ar de baixo para cima
levanta material leve (impurezas e sementes chochas) e pesado
(sementes para grão) e as sementes boas saem por outro orifício na
frente da máquina. Muito utilizado para sementes de olerícolas.
● Base de separação: peso
● Regulagem: alimentação e fluxo de ar.
3- Separador espiral
● Nesta máquina as sementes são colocadas no topo e descem por
gravidade por duas espirais. Na espiral central permanecem as sementes
quebradas, chochas e impurezas. As sementes mais redondas giram com
maior velocidade e pulam para a espiral externa. Este sistema é muito
usado para sementes esféricas, como soja e brássicas
● Base de separação:formato da semente:
● Regulagem: alimentação.
4- Mesa densimétrica ou gravitacional
● É utilizada para todas as espécies e é a máquina mais difícil de regularpois são várias as regulagens a serem feitas, mas é essencial na UBS. O
fluxo de ar de baixo para cima movimenta as sementes sobre a mesa
vibratória. As sementes de baixa sanidade são leves, sendo separadas.
As sementes boas são pesadas, portanto, atingem o lado oposto da mesa
e as intermediárias ficam no centro. Deve ser mantida uma fina camada
de sementes sobre a mesa.
● Base de separação: peso específico (relação massa/volume);
● Regulagem: alimentação, inclinação lateral e longitudinal, vibração da
mesa, fluxo de ar e paleta de coleta de sementes e impurezas.
● Ar: muito ar faz com que todas as sementes fiquem na borda da mesa e
pouco ar faz com que elas saiam rapidamente. Nos dois casos, não
ocorre separação.
● Inclinação: quanto maior é a inclinação da mesa, maior é a saída de
sementes (mais densas primeiro).
● Arroz: sementes de arroz descascadas devido ao dano mecânico
possuem maior peso específico, portanto, são separadas das sementes
boas nesta máquina.
5- Separador de cilindro/Triuer
● Materiais de menor comprimento são levados pelos alvéolos, como
sementes quebradas, e o material de maior comprimento (sementes
boas) são retidos dentro do cilindro. Máquina muito usada para
separação de sementes de arroz.
● Base de separação: comprimento da semente.
● Regulagem: troca de cilindro, tamanho dos alvéolos, inclinação,
velocidade de rotação, altura da calha e portinhola de saída.
6- Seletron/ Catadora eletrônica
● Célula fotoelétrica separa as sementes por cor, eliminando sementes
fermentadas, doentes, com dano mecânico, etc. É um equipamento
muito caro e de baixo rendimento. Utilizado para sementes de café.
7- Transportadores de sementes na UBS
● Elevador de caneca de descarga interna
● Elevador de descarga pela força centrífuga: arremesso de sementes =
dano mecânico. É necessário ter fosso para que os funcionários entrem
para fazer limpeza para evitar a mistura de sementes;
● Elevador de descarga por gravidade: sementes não são arremessadas.
Elas escorregam pelas “costas” da pá seguinte.
● Calha transportadora/ transportador vibratório
● Correia transportadora
● Rosca sem fim: danos mecânicos
8- Esfriamento artificial dinâmico
● O jato frio é aplicado na tulha com as sementes beneficiadas no
momento do ensaque. Deve-se atentar à temperatura, que não pode ser
muito baixa para evitar condensação/orvalho nas sementes, que podem
absorver água novamente, o que é indesejado. Essa tecnologia nova.
9- Planejamento da UBS
● Localização: próxima à região produtora de sementes, com energia
elétrica, água, internet, mão-de-obra, terreno plano, longe de
comunidades (barulho), setor de armazenamento com baixa T e baixa
UR;
● Capacidade: máquinas que beneficiem mais espécies com capacidade
média para evitar sobrecarga; é importante dar vida útil com uso intenso
para espécies em que a colheita é feita em épocas diferentes (soja e
milho);
● Estrutura: pé direito alto para permitir instalação de elevadores para
escoamento de sementes por gravidade e temperatura interna amena;
telhado de alumínio para refletir calor; lanternim ou exaustores para
eliminação de ar quente; lanternins e janelas teladas e portas bem
fechadas para evitar problemas com pássaros e ratos; alvenaria+estrutura
metálica; piso liso de fácil limpeza.
● Dimensionamento: depende da capacidade de produção da região,
culturas, época de colheita, escolha do processo de secagem,
possibilidade de instalação de local para armazenamento temporário
(silos pulmões);
● Compra de equipamentos: analisar acabamento, vida útil, fixação das
máquinas que vibram, simplicidade de regulagem, mecanismo
anti-vibração/ruídos, dispositivos para minimizar danos mecânicos,
assistência técnica. Se possível, visitar UBS e conversar com
funcionários;
● Sementes não passam por todas as máquinas se o transporte é manual,
mas passam se é por transportadores, portanto, é necessário ter
flexibilidade e aproveitar racionalmente o espaço, com cuidado para
evitar mistura. Exemplos:
○ Soja: MVP, separador espiral, mesa densimétrica
○ Milho: MVP, triuer
○ Feijão: MVP
○ Arroz: MVP, triuer
○ Olerícolas e ornamentais: transporte manual (menor volume).
Máquinas: MVP, separador pneumático, espiral e mesa
densimétrica.
11 - Tratamento de sementes - Recobrimento - TIS (tratamento industrial de sementes)
● Peliculização: formação de película fina que não modifica significativamente
as dimensões das sementes. Esse processo facilita o fluxo da semente no
maquinário na semeadura ao torná-la mais lisa e brilhante pela aplicação de
polímeros com grafite e corantes;
● Incrustação: modifica tamanho e peso em até 5 x, mas não altera a forma. Esse
processo facilita o fluxo da semente no maquinário na semeadura ao torná-la
mais lisa e brilhante pela aplicação de polímeros (film coating) com grafite e
corantes; evita a deriva de sementes leves pelo aumento do peso e permite a
adição de produtos fitossanitários e micronutrientes que irão favorecer o
desenvolvimento inicial das plântulas;
● Peletização: altera peso, tamanho e forma. Esse processo facilita o fluxo da
semente no maquinário na semeadura ao torná-la mais lisa e brilhante pela
aplicação de polímeros (film coating) com grafite e corantes; evita a deriva de
sementes leves pelo aumento do peso e permite a adição de produtos
fitossanitários e micronutrientes que irão favorecer o desenvolvimento inicial
das plântulas; agrega valor às sementes que possuem tamanho pequeno e alto
valor de mercado. Formato de esfera facilita a semeadura;
● Priming: pré-embebição controlada para promover rápida germinação da
semente após o plantio;
● O momento de aplicação depende da durabilidade do recobrimento.
12 - Armazenamento
● O armazenamento pode ser feito em ambiente, caso as condições permitam
(baixa UR e baixa T), em câmaras frias (4-10°C), em câmaras secas (30-50%
UR) ou em câmaras frias e secas.
● Sementes genéticas e básicas serão utilizadas para multiplicação, logo, devem
ser armazenadas em câmaras frias e secas para evitar mutações;
● Criopreservação: armazenamento de sementes em N líquido em banco de
germoplasma (caro e necessita de muitos estudos e cuidados. Não são todas as
sementes que aceitam este tipo de armazenamento).
● Fatores que afetam a conservação:
○ Histórico do lote de sementes indica o potencial de armazenamento:
condução da lavoura, irrigação, adubação, uso de material propagativo
sadio e vigoroso, cuidados na secagem e tratamentos, regulagem de
máquinas, controle de pragas/doenças/plantas daninhas;
○ Condições do ambiente de armazenamento;
○ Tipo de embalagem escolhida;
○ Características intrínsecas das sementes: oleaginosas são mais difíceis
de conservar do que as amiláceas pois os lipídeos são instáveis;
● Estudo de caso do armazenamento de sementes de cebola em condições
diferentes (%U inicial=11% e %G=75%), mostrando a importância das
escolhas:
○ Região tropical (alta T e alta UR): embalagem permeável permitiu
absorção de água e a impermeável tornou-se uma estufa. Ao final do
experimento a %G foi zero por isso. Alternativas: secar mais as
sementes e utilizar câmaras frias e secas, se possível (caro);
○ Região desértica (baixa UR, alta T durante o dia e baixa T durante a
noite): %G foi menor na embalagem impermeável pois a alta
temperatura tornou-a uma estufa durante o dia. Na embalagem
permeável houve aumento da %G pois as sementes secaram devido à
baixa UR, podendo ser utilizada por pouco tempo. Neste ambiente,
pode-se secar menos as sementes e não é necessário uso de embalagens
impermeáveis;
○ Região fria (alta UR e baixa T): embalagem permeável absorveu
umidade e foi baixa a %G. Na embalagem impermeável as sementes
foram conservadas pela baixa T;
● Para grandes culturas, as embalagens utilizadas são aquelas que permitem a
troca de ar e umidade com o meio.
● Para olerícolas, as embalagens são impermeáveis para reduzir trocas com o
meio, uma vez que o teor de água das sementes deve ficar entre 4 e 7%, já que
a validade do teste de germinação é de 2 anos, e para manteressa viabilidade é
necessário reduzir o metabolismo da semente.
EXTRAÇÃO E REMOÇÃO DE MUCILAGEM DE SEMENTES DE
TOMATE
Processo que usa muito água
A etapa 1 consiste em: Amassar, posteriormente deixar fermentar por no mínimo 48
horas, esse processo leva ao desprendimento da mucilagem.
Durante a fermentação é necessário vigiar a temperatura. Pois caso a temperatura seja
alta, pode levar a germinação das sementes
Etapa 2: tanque de fermentação ou lavagem- local onde a massa esmagada e já
fermentada, e coloca em um tanque, e encher de água. Nesse processo as sementes
boas sedimentam , e o material sobrenadante ( constituído de polpa) é pescado
Etapa 3- abre a válvula e o material sedimentado, passa ao tanque de decantação onde
será retido o material mais denso. Nesse processo, o material do tanque de lavagem
passa por uma peneira cuja malha é maior que a semente, permitindo sua passagem
para o tanque de decantação. Tal tanque possui drenos que conduziram para a bica de
lavagem
Etapa 4- bica de lavagem é onde as sementes boas sedimentaram, por meio da
inclinação e o controle da velocidade da água, possibilitarem fazer a limpeza e
condução da sementes por meio da abertura de barragem durante o percurso
O processo permite que a semente sai com alta umidade
Ao final a semente limpa é espalhada e colocada para secar, a medida que seca vai
aumentando as horas de sol e temperatura
Posteriormente vai para a máquina de ar e peneira que é usada no beneficiamento

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