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tut 5 - voz

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O profissional da voz é o indivíduo que depende da
produção e da qualidade vocal para sua profissão.
Cantores, atores, professores, profissionais de
telemarketing são alguns dos profissionais que
requerem o uso da voz. Dentro da voz profissional
existe a voz artística e não artística, sendo ela a
artística por exemplo a de um cantor que
desenvolve uma qualidade vocal típica, com ajustes
preferidos de acordo com o estilo musical.
 Exemplo de voz não artística é o professor, pois
apesar de uma enorme demanda vocal a que é
submetido, não necessita da dimensão artística
em sua qualidade vocal. Na literatura é possível
observar a diferenciação nos termos uso
profissional e no uso ocupacional. Enquanto o uso
profissional da voz pressupõe a necessidade de
ajustes específicos e diferentes dos empregados
na emissão habitual do indivíduo, o uso ocupacional
da voz geralmente não é precedido por nenhum
preparo para responder adequadamente as
demandas de quantidade e intensidades vocais
Diferenças entre a voz falada e voz cantada
Há duas modalidades básicas de voz profissional,
a voz falada e voz cantada. A voz falada é em
geral natural e inconsciente, não necessitando de
ajustes ou treinamento prévio, enquanto que a voz
profissional, particularmente a cantada, exige
treinamento e adaptações prévias específicas e
conscientes. A emissão da voz falada geralmente
prima pela transmissão da mensagem com a
necessidade de articulação precisa para a
transmissão do conteúdo verbal, a voz cantada
tem no controle de sua qualidade, a sua principal
caracterização ser observada a redução
articulatórias, prolongamentos vocais e introdução
de recursos específicos como o vibratório e o
formante do cantor.
 Segundo Behlau e Rehder os parâmetros
diferenciais mais comuns são a respiração,
fonação, ressonância e projeção de voz, qualidade
vocal, vibrato, articulação dos sons e da fala,
pausa e postura corporal. E Além desses fatores
ressalta que a relação entre entre emoção emoção
a voz é muito diferente entre a voz falada não
profissional e a voz profissional tanto falada
quanto cantada.
Respiração
Na voz falada, a respiração é natural e o ciclo
respiratório completo varia de acordo com as
emoções e o comprimento das frases. A inspiração
é relativamente lenta e nasal nas pausas longas,
sendo mais rápida e bucal durante a fala; o volume
de ar utilizado é médio e apenas nas situações de
forte intensidade há maior mobilização da caixa
torácica. Ocorre pequena movimentação pulmonar
durante a tomada de ar, com pouca expansão
torácica. A saída de ar na expiração é um
processo passivo. O ciclo respiratório durante a
voz falada é um dos parâmetros que mais se
altera frente a emoções, a mudança mais comum
está relacionada com o ritmo
inspiração/expiração.
 Na voz cantada, a respiração é treinada e os
ciclos respiratórios são pré-programados de
acordo com as frases musicais. A inspiração é
muito rápida e bucal e o volume de ar utilizado é
maior. Ocorre grande movimentação dos pulmões
na tomada de ar, com expansão de todas as
paredes do tórax. O controle da expiração é ativo,
mantendo a caixa torácica expandida durante o
maior tempo possível.
 Existem duas técnicas respiratórias principais, 
que são belly in e belly out. Na técnica belly in a 
barriga pra dentro, a parede abdominal fica 
contraída durante o canto. Belly out, barriga pra 
fora, a parede abdominal fica distendida ao longo 
da emissão. A técnica respiratória não tem poder 
de definir a qualidade técnica de um cantor.
Fonação
Na voz falada, as pregas vocais fazem ciclos
vibratórios com o cociente de abertura levemente
maior que o de fechamento. Produz-se uma série
relativamente regular de harmônicos,
teoricamente infinita, porém em média 20 deles
são suficientes para oferecer a identidade de uma
vogal. Na fala, o atrito da mucosa das pregas
vocais é bastante aumentada nas situações de
Tutorial 5
 → Diferença entre voz falada e voz 
cantada 
pigarro, tosse ou ataque vocal brusco e podem
ocorrer instabilidades ocasionais, sem que isso
comprometa a comunicação do indivíduo. Na voz
cantada popular, pode não haver nenhuma
diferença nos ciclos fonatórios , ou pode ainda
haver modificações excepcionais nos cocientes de
fechamento e abertura dos ciclos vibratórios. No
canto o atrito da mucosa nas pregas vocais é
reduzido e os atos de pigarrear e tossir são
inadmissíveis. A ênfase não é feita com ataque
vocal brusco, mas sim com mudança da tensão nas
estruturas e nuanças discretas de frequência e
intensidade.
Ressonância e projeção de voz
A ressonância, na voz falada, é geralmente média,
em condições naturais do trato vocal, sem uso
particular de alguma cavidade e sem a
necessidade de grande projeção vocal. Quando
necessária projeção vocal, geralmente inspira-se
mais profundamente, abre-se mais a boca e
utilizam-se sons mãos agudos e mais longos. 
 Na voz cantada, a ressonância é geralmente alta,
o que indica que o foco de ressonância concentra-
se na parte superior do trato vocal. A intensidade
quase nunca é constante, no canto lírico
observando variações controladas e rápidas.
Qualidade vocal
A qualidade vocal na voz falada pode ser neutra ou
com pequenos desvios que não chegam a ser
considerados sinais de disfonia. A qualidade vocal
é extremamente sensível ao interlocutor, à
natureza do discurso e os aspectos emocionais da
situação, podendo ficar momentaneamente
trêmula ou susurrada, especialmente diante de
emoções. Vozes desviadas com certo grau de
rouquidão, soprosidade, aspereza ou natalidade
são geralmente aceitas na maior parte das
profissões. Profissionais da voz falada ou mesmo
da voz cantada popular podem ter desvios
expressivos de suas qualidades vocais
apresentando tipos de vozes até mesmo
consideradas disfonicas, mas com grande
aceitação pelo público e sucesso comercial.
Vibrato
A emissoa da voz falada, coloquial ou profissional
não apresenta vibrato. O vibrato é um recurso
vocal estético muito valorizado em determinados
estilos de canto, como o lírico, e consiste de
modulação repetida de frequência observado nos
cantos treinados e possivelmente representa a
amplificação natural e rítmica de uma oscilação
fisiológica, um contrabalançar muscular entre os
músculos tireoaritenoídeo e cricoaritenóideo. O
vibrato é acusticamente caracterizado por uma
modulação frequente de 5 a 7 ondulações por
segundo, com uma variação aproximadamente de 1
semitom, feita de modo regular. Esta variação
depende de vários fatores, como sexo, idade e
envolvimento emocional, mas permanece constante
para cada cantor.
Fisiologicamente, a origem do vibrato não está
completamente definida. Para Hirano, Habi &
Hagino 1995 a produção do vibrato exige a
participação dos músculos intrínsecos da laringe,
mais particularmente do músculo cricotireoídeo.
Existe também uma oscilação no fluxo aéreo,
causada pela atividade laringiea e não pulmonar,
além de uma possível associação da oscilação de
um vários órgãos fonatórios (véu, língua, parede
faringea e mandíbula), o que auxilia na produção
do vibrato. Além disso, os autores afirmam que
não existe informações suficientes que
comprovem um mecanismo neurológico para esta
produção, mas assim como existe o tremor do
Parkinson ou aquele associado ao frio, pode exigir
algum evento neurológico que explique a produção
do vibrato.
Articulação dos sons da fala
O objetivo da voz falada é a transmissão da
mensagem, portanto a articulação deve ser
precisa e a identidade dos sons precisa ser
mantida. Vogais e consoantes tem duração
definida pela língua que se fala, porém, o padrão
de articulaçãosofre grande influência dos
aspectos emocionais do falante no discurso. Na
voz falada profissional a articulação geralmente é
realizada com movimentos musculares precisos e
ampliados, a fim de conferir precisão máxima à
mensagem, principalmente no rádio, onde a
transmissão basea-se exclusivamente na onda da
fala. Outros falantes profissionais podem ter
menor exigência articulatória; contudo, na
avaliação desses indivíduos é importante analisar
se o desvio observado não representa um limite à
fluência da emissão e nem uma sobrecarrega ao
aparelho fonador. Quando os desvios nos pontos
articulatórios são vistos como particularidades
individuais aceitáveis fisiologicamente, pode-se
optar por mantê-los.
 A mensagem a ser transmitida na voz cantada
está além das palavras e, portanto, pode-se
privilegiar os aspectos musicais e não verbais, o
que significa em alguns casos uma subarticulação.
Essa situação é mais evidente no canto lírico, no
qual as vogais podem apresentar modificações em
seu grau de abertura e duração, para manter o
equilíbrio da qualidade vocal. 
 Os movimentos articulatórios básicos podem ser
reduzidos, como joncaso dos sons plosivos,
recebendo influência dos aspectos melódicos da
música e da frase musical em si; desta forma, as
construções que produzem os sons não são
realizados totalmente, minimizando as alterações
na área transversal do trato vocal.
Pausas
Na voz falada, as pausas são individuais ao
falante, podendo ocorrer hesitação, por valor
enfático ou ainda refletir interrupções naturais
do discurso. As pausas de hesitação são normais e
aceitáveis, podendo ser silenciosas ou preenchidas
por sons prolongados. Já na voz cantada, as
pausas são pré programadas e definidas por uma
série de aspectos. O cantor popular reserva-se o
direito de inseri-las onde desejar, alterando até
mesmo as fases musicais do compositor, ou a letra
da música.
Velocidade e ritmo
 A velocidade e o ritmo da emissão falada
coloquial são pessoais e dependem de múltiplos
fatores, tais como: características da língua
falada, personalidade, profissão do falante,
obejtivo emocional do discurso e fatores de
controle neurológico. Alterações na velocidade e
no ritmo da emissão geralmente ocorrem
independente da consciência do falante, mas
podem ser reguladas de acordo com o objetivo
emocional da emissão.
 Já na voz falada profissional, as diferentes
realidades de emissão definem os aspectos
temporais a serem observados. Certas locuções
comerciais e locução esportiva, particularmente o
futebol exigem velocidade aumentada,
característica dessas emissões. Já o ator tem
velocidade e o ritmo definido pelo personagem e,
seguramente, esse é o profissional da voz falada
que deve apresentar a maior flexibilidade nesses
aspectos.
 Na voz cantada, a velocidade e o ritmo da
emissão depende do tipo da música, da harmonia,
da melodia e do andamento utilizado pelo cantor,
ou definido pelo regente do coro. Alterações são
usualmente controladas, pré-programadas e
ensaiadas.
Postura corporal
 Na voz falada, a postura é variável, com
mudanças constantes. As mudanças habituais na
postura corporal não interfere de modo
significativo na produção da voz coloquial. A
linguagem corporal acompanha a comunicação
verbal e intenção do discurso. 
 Na voz cantada a postura é menos variável,
procurando-se manter sempre o corpo ereto.
Alguns cantores populares, grupos de canto de
capela, cantores de roque e vocalistas de banda
podem apresentar grande atividade física do
palco, dançado, representando e tocando
instrumentos musicais. Tal associação exige boa
forma sisica e os ciclos respiratórios podem
tornar-se evidentes, o que muitas vezes é usado
como recurso de Interpretação. No canto lírico, a
postura geralmente é mais rígida e constante, com
tendência tendência manutenção da cabeça e
tronco alinhados e eretos, neste caso as mudanças
na postura interfere tanto na produção da voz
quanto na estabilidade da qualidade vocal, devido
ao grande controle respiratório necessário. A
linguagem corporal não é favorecida neste canto
que privilegia particularmente expressão facial e
alguns gestos de mãos.
Emoção na voz
 A voz é a ferramenta mais poderosa para
extravasar emoções. É possível reconhecer o
impacto das diferentes emoções na voz e pode ser
tão intenso a ponto de desestruturar totalmente
o padrão vocal habitual, podendo levar o indivíduo
à afonia.
 A correlação entre voz e emoção é direta e
automática no dia-a-dia, embora nem sempre
consciente e com níveis de manifestação diversos
de acordo com a personalidade do indivíduo e com
seu treinamento do controle emocional. Tal fato,
embora possa representar um problema para o
indivíduo, geralmente não compromete sua
qualidade de vida; contudo quando se trata de um
profissional da voz, quer seja na fala ou no canto,
duas questões podem ser consideradas; a
necessidade do bloqueio de emoções excessivas ou
ao contrário a necessidade de manifestações das
mais diversas emoções, com caráter
interpretativo.
 O processo de colocar emoção no canto reside o
maior desafio, pois o sistema fonoarticulatório
deve ser estável o suficiente para garantir a
sonoridade desejada e concomitante expressar
também o sentimento envolvido. Cantar com
expressão emocional pessoal requer que o cantor
adicione uma microemtonação sobre a
macroemtonação previamente decidida pelo autor,
o que envolve mudança de glóticas, supraglóticas e
articulatórias que incluem também modificações
nas características temporais da emissão.
Na categoria de canto popular brasileiro é
possível reconhecer diversos estilos. Os mais
comumente encontrados no Brasil são MPB, bossa-
nova, samba, roque, sertanejo, pagode, além do
axé e do rap. Cada estilo tem características
auditivas específicas que são facilmente
identificadas
MPB
 A MPB existe uma enorme variedade vocal, na
quais as exigências vocais podem ser desde
mínimas, o que se observa em um tipo de canto
quase falado, até mais sofisticadas com demanda
de controle de frequência, intensidade e qualidade
vocal. MPB representa a junção de vários estilos e
influências, com artistas diversos. 
 Mas o que a gente conhece como MPB surgiu lá na
época da ditadura militar, com alguns gigantes da
música: Caetano, Gilberto Gil, Chico Buarque, Elis
Regina e por aí vai.
 A música popular brasileira nos deu canções de
protesto, movimentos como Jovem Guarda e
Tropicália e também muita música pra curtir a
vida. E tem o que muita gente chama de nova
MPB: Tiago Iorc, Anavitória, Maria Gadú e mais.
Sertanejo
O cantor sertanejo pode apresentar um maior
grau de compressão laríngea mediana e, muitas
vezes, um foco importante na ressonância nasal e
excesso do vibrato; a constrição supraglótica
antero- posterior é um gesto motor
frequentemente observado, com qualidade vocal
que pode ser tensa e comprimida, com objetivos
interpretativos, porém, com menos grau de
rouquidão e aspereza, mais comuns nos cantores
de roque.
 Um dos maiores gêneros na música brasileira, o
sertanejo surgiu como uma representação do povo
do interior, especialmente do sertão, como o nome
sugere. É um estilo super tradicional, que teve um
começo simples: eram os caipiras que entravam
com a roda de viola e começaram a compor o tal
modão, cantando sobre as alegrias e angústias da
vida na roça. Hoje, o estilo já se transformou
bastante e deu origem a subgêneros como o
sertanejo universitário.
Samba 
 O samba e o pagode podem exigir rápidas
variações rítmicas e de qualidade, com alguns
desvios vocais de natureza interpretativa,
podendo levar a um fonotrauma.
 O samba é outro gênero que tem uma história
muito antiga noBrasil: nasceu na Bahia, com
influência africana, nas chamadas rodas de samba,
muito parecidas com rodas de capoeira, e
ESTILOS MUSICAIS
desembarcou pouco tempo depois no Rio, onde
rapidamente se popularizou e foi se tornando
parte até da nossa identidade nacional. 
 Tudo isso começou como uma campanha do então
presidente Getúlio Vargas, que queria que o samba
virasse um símbolo brasileiro — e funcionou!
Quando chegaram os Carnavais e vieram as
escolas de samba, então, o estilo ficou gigante. E
dele veio o samba-canção, os sambas-enredo, a
bossa, o pagode e vários gêneros que a gente ama.
E muitos nomes do samba são grandes ídolos da
música: Noel Rosa, Cartola, Pixinguinha, Martinho
da Vila…
Roque 
 O cantor de roque é mais submetido a exigências
que requerem tensões e construções laringeas,
com uma qualidade vocal que pode ser
intensamente desviada, áspera ou rouca, por vezes
tensa e comprimida, marcada pelos excessos na
produção dos sons, principalmente em agudos e em
forte intensidade.
Bossa Nova
Bossa nova é quase sempre produzida com
qualidade vocal de pequeno volume, podendo
chegar a ser soprosa, exigindo melodia e métrica,
mais do que projeção e ajustes laringeos
específicos. Há quem diga que a bossa é parte do
samba e há quem diga que são coisas
diferentes.foi ela que nos deu João Gilberto, Tom
e Vinícius, com essa misturinha de jazz e samba. 
Funk 
Tudo começou como uma expressão da cultura da
periferia, com samples do hip-hop e letras
explícitas, mas que mostravam um pouco do dia a
dia dos bailes. o funk virou uma potência e hoje
toca em todo o Brasil, O estilo segue se
transformando entre funk e eletrônico, botando
todo mundo pra dançar.
Rap
O rap representa um falar cantado moderno,
geralmente utilizado como crítica social,
acompanhado da marcação corporal rítmica
definida e repetitiva. A ampla movimentação
corporal observada na axé e no rap requer
atenção especial para produção vocal
principalmente nas variações de frequência e na
coordenação pneumofonoarticulatória. O rap
brasileiro cresceu muito nas últimas décadas e
ocupa uma grande parte do que toca nas rádios. E
é claro que teria a cara do Brasil: são letras que
falam da realidade de quem mora no nosso país,
especialmente nas periferias. 
 Dos duelos de MC’s nas capitais, já saíram nomes
importantíssimos pra gente hoje, como Criolo e
Emicida. O rap também se mistura muito com o
pop, MPB, e gera colaborações entre vários
artistas fenomenais.
Primeiramente é necessário fazer uma anamnese
que seja completa e direcionada ao uso da voz,
mas também incluindo questões da saúde geral
como a qualidade de vida. Porque assim se terá
uma boa compreensão do problema do indivíduo.
 Devem ter no roteiro clínico básico, informações
sobre os sintomas apresentados e sua
manifestação no uso profissional habitual da voz. 
 Circunstâncias que levam ao desenvolvimento do
problema, uso diário da voz, atividades que
agravam o problema, informações sobre os tipos
de atividades realizadas que envolvam o uso da
voz, com número de horas, forma utilizada,
descrição do ambiente, uso de microfone, público
alvo...
Hábitos negativos, posturas inadequadas
 Para cantores histórico sobre o tipo e a
quantidade de treinamento vocal, estilos musicais
diferentes que executa, realização e duração de
aquecimento e destaque cimento vocais,
dificuldades específicas na fala e no canto,
flexibilidade da agenda e objetivos de carreira.
 Também é importante informações sobre doenças
existentes e uso de medicamentos.
ASPECTOS DA AVALIAÇÃO
COMPORTAMENTAL VOCAL
 A avaliação básica do comportamento vocal é a
avaliação perceptivo-auditiva, considerando-se o
esperado para a realidade profissional do
indivíduo. 
INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA VOZ 
CANTADA
 A avaliação comportamental inclui a descrição da
qualidade vocal, do padrão respiratório, dos
órgãos fonoarticulatórios, da articulação dos sons
da fala, do ritmo e da velocidade empregados, das
funções reflexo-vegetativas, dos aspectos globais
da comunicação e segue protocolo geral de
avaliação de voz.
 Diferenças extremas entre qualidade vocal
empregada na voz habitual e na voz profissional,
ou uso
prolongado da qualidade vocal profissional:
 A qualidade vocal empregada nas duas situações
é muito diferente e sobrecarrega o aparelho
fonador, o que pode predispor uma disfonia. O
hábito de usar emissão basal na fala coloquial e a
necessidade de uso de uma voz projetada e
brilhante na emissão profissional; e cantores que
falam em uma frequência muito grave e cantamos
na região aguda.
 Outras vezes o indivíduo continua empregando o
ajuste da voz profissional além das situações
específicas necessárias, o que representa um uso
excessivo na voz profissional. Nessa situação
mesmo com a produção da voz correta, o paciente
pode apresentar disfonia por fadiga vocal ou
produzir lesão de massa.
Tensões musculares específicas
Zonas específicas de hipertonicidade muscular
devem ser cuidadosamente observada no
profissional da voz. As regiões principais são:
Língua, musculatura, supra-hióidea, posição da
laringe no pescoço, mandíbula, relação da cabeça
com o tronco e ombros. A tensão de língua
promove uma retração deste órgão, causando uma
modificação do trato vocal e no foco de
ressonância, podendo, também, de forma indireta,
provocar tensão no modo vibratório das pregas
vocais e nas estruturas laringeas e supraglótica.
 A tensão muscular supra-hióidea provoca uma
posição levada da laringe no pescoço e dificulta a
livre excursão mandibular, tornando a produção
vocal menos flexível.
Avaliação acústica
 É uma avaliação complementar a análise
perceptivo-auditiva. Os parâmetros usualmente
avaliados são: Frequência fundamental, índices de
perturbação, medidas de ruído e avaliação global
do traço espectografico com análise da
distribuição dos harmônicos no espectro e dos
formantes do som. Esse protocolo inclui a
avaliação de uma vogal sustentada em emissão
habitual e na voz profissional, assim como na
análise espectografica da fala encadeada ou da
emissão em voz cantada. 
 A análise da frequência fundamental e de seus
índices de perturbação oferece dados sobre
asimilaridade dos ciclos gloticos sucessivos e
sobre a estabilidade da fonte glótica.
 As medidas de ruido oferecem informações
objetiva sobre a relação entre o comportamento
harmônico e o componente ruído na onda sonora. A
avaliação global do traço espectografico, oferece
informações descritivas importantes sobre a
natureza de fonte sonora e a contribuição do
sistema de ressonância.
Avaliação de distribuição de harmônicos no 
espectro
 Oferece uma indicação simples e direta sobre a
ressonância e projeção vocal do paciente. Quanto
maior a série de harmônicos identificada, mais
rica é a qualidade vocal do paciente. Além disso,
quanto mais individualizados estão os harmônicos
unitários, e quanto mais linear é o seu traçado,
maior é o componente harmônico da emissão e a
estabilidade na sustentação. 
 A presença de um traçado irregular, retorcido,
interrompido e uma imagem de enovelamento
semelhante à um borrão, são indicativos de
aumento do componente ruído da emissão.
Análise dos formantes do som
Em vozes profissionais trabalhadas, geralmente
evidência faixas uniformes e de mesmo grau de
escurecimento, com largura de banda estreita
definida. Formantes com registro interrompido,
irregular de escurecimento variável e com largura
de banda aumentada traduzem uma voz produzida
com ruído, instabilidade da fonte glótica e pouco
aproveitamento da ressonância. O formante
cantor é um incremento de energia na região
aguda do espectro, com o objetivo de conferir
audibilidadeda voz sobre o ruído, principalmente
de orquestra é outras vozes não treinadas.
 A voz é o principal recurso de trabalho do cantor.
Estes possuem elevada prevalência de distúrbios
vocais autorrelatados entre cantores,
principalmente entre os cantores populares,
quando comparados aos clássicos. Em comparação
a indivíduos com baixa demanda de voz, o cantor
pode ter alterações vocais com mais frequência.
 Determinados tipos de desvio vocal no canto
popular podem ser percebidos como uma
alteração, ou interpretados como uma
performance mais original e própria, dentro do
contexto da música comercial contemporânea. O
impacto do problema de voz no cantor pode se
manifestar pela percepção de desvantagem no
canto, ou seja, pelas dificuldades em manter a
qualidade vocal, levando ao comprometimento da
carreira.
 A alta demanda vocal dessa população apresenta
diferentes graus de exigências e requintes, que
podem interferir de maneiras distintas no
exercício da profissão. No canto popular, a falta
de treinamento formal e técnica de canto podem
contribuir para o desenvolvimento distúrbios de
voz.
 Na área da voz, existe o protocolo Índice de
Desvantagem para o Canto Moderno (IDCM), com
o objetivo de determinar como o problema da voz
afeta os diversos aspectos da qualidade de vida
do cantor e utilizado no presente estudo. 
 Certamente a voz cantada é a forma mais natural
e antiga de se fazer música, e de modo
profissional, por inúmeros artistas. Esses artistas
apresentam características individuais da voz em
seus diferentes gêneros musicais e precisam
realizar ajustes laríngeos em maior ou menor
complexidade em função das exigências da
interpretação. Assim, para os cantores o
conhecimento a respeito da inter-relação entre
ciência e arte, é de suma importância para o
adequado aperfeiçoamento da voz cantada. A
falta de preparo, o mau uso da voz ou seu abusivo
da voz, podem favorecer risco de distúrbios
vocais, podendo ser esta uma população suscetível
para desenvolver disfonias.
 As disfonias são comuns em profissionais da voz,
mais especificamente em cantores que, muitas
vezes, selecionam ajustes musculares inadequados
à voz cantada sendo classificada como disfonia
funcional primária por falta de conhecimento
vocal. A variação da voz cantada pode decorrer de
vários fatores como a utilização de métodos
empíricos por alguns professores de canto, a falta
de conhecimentos específicos sobre aspectos
relacionados à produção vocal, classificação vocal
errônea ou por vontade do cantor, usos vocais
incorretos, e até mesmo pela não realização das
técnicas de aquecimento e desaquecimento vocais.
 
COMPREENDER O IMPACTO DO ADOECIMENTO 
VOCAL DE UM CANTOR

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