Prévia do material em texto
Descorna cosmética em bovinos • Conceito → ablação ou exérese dos cornos indicação • Traumatismos • Dermatite ou infecção • Tumores • Manejo • Estética Técnicas • Cauterização química ou física (térmica) do botão córneo (animais jovens) – Mochar Preparo do paciente • Jejum alimentar (24-48h) • Restrição hídrica (24h) MPA • Xilazina IM associada ou não • Acepromazina IM → na mesma seringa da xilazina (associação) Anestesia local • Bloqueio perineural do nervo cornual + infiltração ramo cervical • Lidocaína 2% → 10 a 20mL por chifre Técnica operatória • Incisão de pele circunscrevendo toda a base do chifre (zona de transição) • Incisão de pele longitudinal inferior (base do chifre e comissura externa do olho) • Proceder incisão de pele longitudinal dorsal (entre os dois chifres) • Divulsionar a pele do osso frontal com auxilio do bisturi • Realizar hemostasia do plexo cornual por torção • Divulsionar a pele da porção caudal do chifre • Proceder ressecção dos chifres empunhando a serra no sentido FRONTO-CAUDAL • Após o corte ósseo → rotacionar o chifre para completa remoção e hemostasia dos vasos • Obstruir a entrada do seio frontal com gaze (lembrar de retirar na hora da sutura) • Sutura com fio inabsorvível → náilon 0,60 mm • Pontos Wolf, festonado, simples separado ou continuo • Repetir o procedimento no outro lado (manter a angulação) Cuidados pós-operatórios • Antibioticoterapia → penicilina benzatina (a cada 48h, 3 aplicações) • Analgésicos → Flunixin meglumine (IV), dipirona sódica (IM) • Curativo com iodopolvidine e unguento ao redor da ferida Complicações Sinusites Afecções cirúrgicas de cabeça – Grandes animais • Sinusite ou empiema primário é o acumulo de exsudato dentro das cavidades sinusais que ocorre geralmente como resultado de infecções bacterianas primarias ou secundarias Primarias • Geralmente ligada a infecções do trato respiratório superior (Streptococcus spp.) ➔ Traumatismos, cistos foliculares maxilares, neoplasias e granulomas fúngicos também podem ser a causa do problema • O sinal clinico mais comum de sinusite primaria é a secreção nasal mucopurulento unilateral • A comunicação do seio com a cavidade nasal pode estar obstruída por massa purulenta grumosa, o que impedirá a observação de fluxo nasal purulento ➔ Nestes casos, é comum a observação de abaulamento dos ossos da face, destruição óssea e fistulação do processo para o exterior Secundarias • Equinos – periodontites, fraturas dentarias, pulpites e tumores • Bovinos – descorna e fraturas dos cornos Diagnóstico • Baseado nos sintomas → corrimento nasal, percussão alterada, dor a compressão, deformação, exoftalmia Tratamento • Trepanação, irrigação e lavagem • Além da remoção da causa (dente?) • Antibioticoterapia sistêmica Trepanação • É definida como a abertura do osso com auxilio de trépano, principalmente ossos do crânio e da face Hematoma etmoidal progressivo • Crescimento de tecido mole, benigno e incomum • Usualmente progressivo, com origem na mucosa do corneto etmoidal Sintomas • Descarga nasal intermitente com sangue ou sangramento pequeno • Obstrução das vias nasais • Deformação dos ossos da face Diagnostico • Histórico • Exame clinico • Raio X • Endoscopia Tratamento • Injeção intralesional de formaldeído • Criocirurgia • Laser • Remoção cirúrgica simples Histologia • Hematoma em crescimento • Vários graus de degeneração • Capsula fina (mucosa nasal e finas camadas de conjuntivo) com distribuição irregular Doenças das bolsas guturais • Timpanismo • Empiema • Condroide • Micose Timpanismo • Acomete principalmente potros com menos de 1 ano • Posição anormal da trompa (prega salpingo- faríngea) • Penetração de ar na inspiração e deglutição • Adultos – infecção e obstrução do óstio Sintomas • Dilatação SEM dor • Não há corrimento • Som timpânico á percussão • Alteração na deglutição em casos de distensão muito acentuada Tratamento • Reestabelecer a drenagem normal • Remoção da prega ou cistiguturotomia • Fenestração do septo medial Triangulo de Viborg • Borda caudal do ramo da mandíbula • Face dorsal do tendão do musculo esternoencefálico • Veia linguofacial Empiema • Acumulo de pus na bolsa gutural (garrotilho) Sintomas • Corrimento nasal purulento • O corrimento ocorre principalmente ao abaixar a cabeça • Alterações de respiração e deglutição Tratamento • Irrigação com PVPI 0,5 a 2,0% • Antibioticoterapia sistêmica • Drenagem (via acesso cirúrgico) se necessário Condroide • Acumulo de pus espessado, secreções da mucosa inflamada, restos alimentares, etc. Sintomas • Semelhantes ao empiema Tratamento • Remoção por cistiguturotomia • Irrigação com PVPI 0,5 a 2,0% • Antibioticoterapia sistêmica Micose • Infecção da bolsa gutural por fungos Sintomas • Semelhantes ao empiema (cronicidade) Tratamento • Irrigação com PVPI 0,5 a 2.0% • Tratamento sistêmico com thiabendazole ou anfotericina B • Remoção das placas micóticas (endoscopia) • Ligadura preventiva da artéria carótida interna (risco de hemorragia usualmente fatal) • Cicatrização por segunda intenção Enucleação Indicações • Infecções da córnea • Neoplasias de córnea • Neoplasia orbitaria • Trauma ocular severo – dor e cegueira Anestesia • Anestesia geral inalatória • Anestesia dissociativa – cetamina e detomidina • Anestesia local infiltrativa subpalpebral • Anestesia peineural retrobulbar Técnica • Incisão na pele e subcutâneo • NÃO entrar na conjuntiva • Suturar a pálpebra com fio longo para tração Manejo pós-cirúrgico • Antibioticoterapia → sepsia acentuada • Anti-inflamatório – Flunixin Meglumine 1.1mg/kg → para manejo de dor e em caso de aumento de volume Ressecção da terceira pálpebra • Em caso de carcinoma de células escamosas • Tumor menor que 2,5cm de diâmetro • Envolvimento da porção livre da membrana • Cirurgia em posição quadrupedal Técnica • Pinça Kelly curva para separar área envolvida de área sadia • Retirar a área afetada • Deixar a pinça por 5 minutos • Instilar adrenalina Ulcera de córnea • Doença ameaçadora para a visão • Diagnóstico clinico precoce • Confirmação laboratorial ➔ Terapia medica • Terapia cirúrgica → tratada como emergência • TODAS as lesões de córnea devem ser coradas com fluoresceína • Avaliar a presença de ulcera e a extensão da lesão • Acompanhar a evolução terapêutica • As ulceras de córnea são classificadas de acordo com a profundidade da lesão → superficial, profunda ou descemetocele • As superficiais chegam ao epitélio • As profundas chegam ao estroma e podem ou não gerar liquefação → quando ocorre liquefação são denominadas ulceras em melting • Descemetocele são ulceras profundas em que a membrana de Descemet está exposta e as camadas da córnea, membrana basal e estroma estão comprometidas • Degradação do colágeno → forma arcabouço do estroma corneano • Colagenólise verdadeira → proteases produzidas por PMN • Proteases derivadas de bactérias → contribuem para a colagenólise após dano inicial Microbiota ocular • Varia de acordo com a estação • Potencialmente patogênica após trauma ocular Métodos terapêuticos Sistema de tratamento • Subpalpebral para animais indóceis ou com muita dor • Sedação, acinesia das pálpebras, bloqueio sensitivo das pálpebras e anestesia tópica Tratamento medico • Antibacterianos → soluções oftálmicas de clorafenicol, gentamicina, ciprofloxacina ou tobramicina NÃOUSAR CORTICÓIDES • Antifúngicos → solução oftálmica de miconazol, anfotericina • Controle da uveíte → fenilbutazona ou flunixin meglumine em doses anti- inflamatórias ➔ Atropina tópica: dilatação pupilar, prevenção de sinequias ➔ Cuidado com cólicas! Ulceras que não respondem ao tratamento usualmente efetivo → cultura e antibiograma! Tratamento cirúrgico • Recobrimento com terceira pálpebra – flap • Maior suporte e proteção para a córnea Associar a Crioterapia e Quimioterapia Entrópio • Inversão da pálpebra superior ou inferior Condição anatômica primaria ou secundária • Microftalmia • Desidratação • Má nutrição • Prematuridade • Trauma palpebral, formação cicatricial Sintomas • Lacrimejamento aumentado • Blefarospasmo • Conjuntivite • Ulcera de córnea - Atrito com pelos Avaliação para correção cirúrgica • Movimento palpebral • Problemas oculares concomitantes • Extensão do defeito primário • Quantidade de componente espástico • Técnica Hotz-Celsus Potros • Eversão da pálpebra com suturas não absorvíveis em padrão colchoeiro vertical • Duas a três suturas em cada pálpebra → fio não absorvível 4-0 ou 5-0 • 1mm da borda palpebral • Englobar 10 a 20mm de pálpebra na sutura • 10 a 14 dias Atresia/agenesia parcial do ducto naso-lacrimal • Pouco frequente • Obstrução das pregas da mucosa em potros (geralmente defeitos na porção distal, onde o ducto normalmente desemboca dentro do vestíbulo nasal) e inflamação em bovinos e equinos • Se caracteriza por epifora e secreção mucopurulenta decorrente de dacriocistite Diagnostico • Exame clinico • Teste de patência do ducto nasolacrimal • Dacriocistorinografia → raio X contrastado Tratamento • Obstrução por prega da mucosa ou agenesia requer cirurgia • Abertura de um orifício nasal, estabelecendo a comunicação deste com o ducto, por meio da aplicação de um cateter de polietileno que funcionará como um “stent” provisório até a epitelização da mucosa nasal → favorece assim a drenagem da lagrima e de sujidades • Obstrução por secreção → lavagem do ducto nasolacrimal com cateter ou sonda uretral (tamanho 6 ou 8) •