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Peça 11 - Mandado de Seguranda

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA FAZENDA 
PÚBLICA DA ___ VARA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ZETA Ltda, sociedade empresária, cnpj nº _________, 
localizada à (endereço)________, nº, bairro, cidade de ___ , SP, CEP _______, vem por 
meio de seu advogado ao final assinado, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, propor, com fundamento no artigo 1º da Lei 12.016/09 o presente: 
 MANDADO DE SEGURANÇA 
Em face do Superintendente de Fiscalização do Estado 
de São Paulo, pelos atos praticados pelo Auditor Fiscal da Receita Estadual, que 
pertence ao quadro de servidores do Estado de São Paulo, pessoa jurídica de direito 
público, com sede à _____ (endereço), nº ___, Bairro _____, cidade de ___ - SÃO 
PAULO, CEP _______, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
 
 
 
 
1. DOS FATOS 
A impetrante é uma sociedade empresária e possui o 
objeto social de compra, venda e montagem de peças metálicas utilizadas em estruturas 
de shows e demais eventos. 
Ocorre que para o regular exercício de sua atividade, 
usualmente necessita transferir tais bens entre seus estabelecimentos, localizados 
entre diferentes municípios do Estado de São Paulo. 
Nessas operações não há transferência da propriedade 
dos bens, mas apenas seu deslocamento físico entre diferentes filiais de Zeta, 
todavia, o fisco do Estado de São Paulo entende que há incidência de Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS nesse remanejamento. 
Diante da falta de recolhimento do imposto, o fisco já 
reteve por mais de uma vez, por meio de seus Auditores Fiscais, algumas mercadorias 
que estavam sendo deslocadas entre as filiais, buscando, assim, forçar o pagamento 
do imposto pela sociedade empresária. 
Com receio de sofrer novas cobranças de ICMS e novas 
retenções, e pretendendo a rápida liberação das mercadorias já apreendidas, uma 
vez que elas são essenciais para a continuidade de suas atividades, a sociedade 
empresária Zeta, tendo em vista que com um período de inferior ao de dois meses, 
ainda que, todas as provas necessárias já se encontram acostadas aos autos e que, o 
efetivo pagamento do tributo ou o depósito integral deste, obstaria a continuidade das 
operações da empresa que, ademais, não quer se expor ao risco de eventual 
condenação em honorários, no caso de insucesso na medida judicial a ser proposta, 
impetra este mandado de segurança. 
Vale ressaltar que entre a retenção e a constituição do 
advogado, há período inferior a 120 (cento e vinte) dias, e que, para a demonstração 
dos fatos, há a necessidade, apenas, de prova documental que está anexa aos autos. 
 
2. DOS DIREITOS 
2.1 - Da Incidência de ICMS 
Frente aos acontecimentos relatados, é crucial observar 
que não há margem para discussão quanto ao fato gerador do ICMS nas transferências 
de mercadorias entre estabelecimentos pertencentes ao mesmo titular. 
É importante ressaltar que, de acordo com a Súmula nº 
166 do STJ, a mera movimentação das mercadorias de um estabelecimento para outro, 
ambos pertencentes ao mesmo contribuinte, sem configurar uma transação 
comercial, não justifica a incidência do imposto de ICMS. 
Portanto, o Estado em questão não teria embasamento 
legal para exigir o pagamento dos impostos, uma vez que as mercadorias pertencem à 
empresa Zeta. 
As mercadorias estavam sendo deslocadas de um local 
para outro, sem que houvesse qualquer transação envolvendo as mesmas. Assim, ao 
exigir a cobrança desse imposto, o Estado em questão estaria diretamente violando a 
Lei estabelecida na mencionada Súmula. 
 
2.2 Da apreensão das Mercadorias 
Sobre a apreensão das mercadorias, importante analisar a 
Súmula nº 323 do STF, a qual versa: 
“É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio 
coercitivo para pagamento de tributos” 
 
Isto posto, conclui-se que apreender a mercadoria para 
forçar o pagamento do imposto é caracterizado como confisco. Portanto, o ato de 
apreensão das mercadorias como método de obrigatoriedade do recolhimento de 
imposto ICMS traz à tona, de forma incisiva, o descumprimento da Lei perante as 
realizações do Estado. 
 
2.3 Dos Requisitos da Liminar 
Diante do caso exposto, é necessário destacar, com 
urgência e necessidade, a presença do princípio de fumus boni iuris como fundamento 
para uma medida liminar solicitada, considerando a plausibilidade do direito alegado 
pela empresa Zeta. 
Além disso, é imprescindível enfatizar, também em caráter 
de urgência, a existência do princípio de periculum in mora, devido ao significativo risco 
enfrentado pela empresa em virtude de possíveis atrasos na concessão da providência 
jurisdicional solicitada. Sem o acesso às suas mercadorias, será impossível para a 
empresa manter-se em atividade. 
Por fim, mediante de todos os princípios e legislações aqui 
expostos, deve ser requerida a concessão do mandado de segurança, com a 
confirmação da liminar de liberação da mercadoria em definitivo, declaração de que não 
há incidência imposto de ICMS no caso concreto e a determinação de abstenção de 
novas retenções e cobranças futuras. 
 
3. DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
a) Deferimento do Pedido Liminar 
b) Restitua as mercadorias já apreendidas; 
c) Abstenção da exigência do ICMS no caso, nos termos 
do disposto no artigo 151, inciso IV do CTN; 
d) Abstenção de nova retenção das mercadorias para 
forçar o pagamento do imposto; 
e) Procedência do pedido para a concessão do mandado 
de segurança; 
f) Confirmação da liminar, com a consequente liberação 
definitiva das mercadorias; 
g) Declaração de que não há incidência de ICMS no caso; 
h) Ordem de abstenção de novas retenções e cobranças 
futuras. 
i) Notificação da Autoridade Coatora para prestar 
informações; 
j) Cientificação do Estado de São Paulo; 
k) Intimação do Ministério Público; 
l) - Condenação do Estado de São Paulo nas custas 
processuais. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ________. 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
 
Local e Data 
Advogada 
OAB

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