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Atividade Prática Supervisionada Direito Tributário Aplicado Sophia Esther Lopes de Lima – RA: 5700584 IMUNIDADES RECÍPROCA TEMPLOS DE QUALQUER CULTO PARTIDOS POLÍTICOS, ENTIDADES SINDICAIS, ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS JORNAIS, LIVROS E PERIÓDICOS FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS PREVISÃO LEGAL ART. 150, VI, a, §2º e 3º, CF. ART. 150, VI, b, §4º, CF. ART. 150, VI, c, §4º, CF ART. 150, VI, d, CF. ART. 150, VI, e, CF. ELEMENTOS IMUNIDADE SUBJETIVA GARANTE A AUTONOMIA DOS ENTES FEDERADOS PROTEGE A FORMA DO ESTADO E SEUS TRÊS PODERES IMPEDE A INTERVENÇÃ O OU INFLUÊNCIA DOS ENTES FERADOS UM NO OUTRO IMUNIDADE SUBJETIVA ASSEGURA A LIBERDADE RELIGIOSA DEFENDE A LIVRE MANIFESTAÇÃ O DE CRENÇA ENDOSSA O ART. 5º, VI DA CF. ABRANGE O PATRIMÔNIO, RENDA E SERVIÇOS RELATIVOS ÀS ATIVIDADES DA ENTIDADE RELIGIOSA . IMUNIDAEDE SUBJETIVA ASSEGURA O PLURALISMO PARTIDÁRIO ASSEGURA A LIBERDADE SINDICAL TUTELA A EXISTÊNCIA DE ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS QUE ATENDEM O INTERESSE COLETIVO E SOCIAL FAZENDO O PAPEL DO ESTADO EM ALGUNS SEGMENTOS IMUNIDADE OBJETIVA TUTELA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DIVULGAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA ESTENDE-SE TAMBÉM AO MATERIAL UTILIZADO NA PRODUÇÃO DESTES ITENS (PAPÉIS, POR EXEMPLO) E HOJE, AOS DISPOSITIVOS PARA ACESSAR CONTEÚDOS VIRTUAIS COMO E-BOOKS. IMUNIDADE OBJETIVA ASSEGURA A DIVULGAÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA E DOS SEUS AUTORES PROTEGE SEUS DIREITOS E DIVULGA A CULTURA MUSICAL BRASILEIRA ESTENDE-SE AO MATERIAL UTILIZADO PARA A PRODUÇÃO DOS ITENS IMUNES 1. IMUNIDADE RECÍPROCA Trata-se de uma imunidade subjetiva que beneficia entidades que não tributam umas às outras, incluindo autarquias e fundações, visando proteger a função federal do Estado. Sua origem remonta à decisão do caso McCulloch e Maryland pela Suprema Corte dos Estados Unidos, quando o estado de Maryland tentou cobrar impostos sobre cédulas de um banco. A imunidade estende-se também a empresas públicas e privadas que prestam serviços típicos do Estado, desde que não distribuam lucros ou atuem em regime de concorrência. As súmulas 76 e 324 do Supremo Tribunal Federal asseguram a imunidade a autarquias e fundações, mas não a empresas de capital misto. A importância dessa imunidade para o Estado Democrático de Direito reside na proteção de todos os entes federativos, garantindo que não sejam tratados como entidades federais. 2. TEMPLOS DE QUALQUER CULTO O §4º do art. 150 da Constituição Federal define a imunidade tributária aplicável a qualquer templo de qualquer religião. Tal imunidade recai sobre os bens e serviços relacionados às finalidades da instituição religiosa, bem como sobre aqueles de uso recorrente. Essa isenção fiscal tem como objetivo assegurar a liberdade de expressão religiosa e a liberdade de crença, previstas no art. 5º, VI, da Constituição Federal. O entendimento atual do STF se concentra nas atividades filantrópicas dos templos de qualquer culto, cujos lucros são totalmente destinados aos fins da organização, e que não devem pagar impostos sobre produtos importados destinados às suas atividades. O primeiro marco do ordenamento jurídico brasileiro foi estabelecido de forma implícita na Constituição de 1891, que proibia os Estados e a União de impedirem o subsídio ao exercício do culto religioso, conforme disposto no art. 11, II. Analisando todo o contexto da imunidade, percebe-se que seu objetivo é fortalecer o Estado laico, que não está vinculado a nenhuma religião em particular, garantindo que todas as pessoas possam expressar sua fé e que aqueles que tentem impedir tal expressão sejam punidos de acordo com a previsão legal. Essa proteção é estendida a todas as religiões, de modo a assegurar que a intolerância religiosa seja considerada violadora dos princípios constitucionais e tipificada no Código Penal Brasileiro, no art. 208. 3. PARTIDOS POLÍTICOS, ENTIDADES SINDICAIS, ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS Existem imunidades que requerem amparo legal para existir. A imunidade política refere-se às pessoas jurídicas de direito privado, mas com fins públicos, conforme o art. 44, V, do Código Civil. A imunidade sindical é aplicável apenas no desempenho de funções sindicais essenciais, definidas no artigo 8º da Constituição Federal, e não se estende aos sindicatos patronais, estando sujeita a critérios legais. As entidades sem fins lucrativos procuram cumprir o direito constitucional de todos os cidadãos de terem acesso a serviços que devem ser fornecidos pelo Estado. Na ausência deste, essas entidades assumem o papel do Estado e, portanto, são imunes à tributação, por servirem ao bem e interesse coletivo. Por fim, a imunidade assistencial visa garantir o direito à previdência social e à assistência social, conforme estabelecido no artigo 194 da Constituição Federal. Essa imunidade já estava presente em constituições anteriores à atual e destaca a importância de garantir a autonomia dessas entidades, a fim de que possam exercer suas funções sem obstáculos. No entendimento atual do STF, as entidades de economia mista não possuem imunidade tributária, segundo a Súmula 76. Além disso, reconheceram em 2021 que esta imunidade protege também os Impostos sobre Operações Financeiras (IOF) destas instituições. 4. JORNAIS, LIVROS E PERIÓDICOS Essa imunidade, prevista na Constituição Federal, protege a liberdade de manifestação do pensamento e a difusão do conhecimento, permitindo a democratização desses bens. Sua aplicação abrange diversos tipos de suportes, tais como livros eletrônicos, álbuns de figurinhas, listas telefônicas e outros materiais impressos, além de dispositivos eletrônicos como tablets, o kindle, dispositivo produzido pela Amazon e livros didáticos que tratam da montagem de computadores e outros papéis, incluindo filmes fotográficos. No âmbito nacional, a relevância dessa imunidade se evidencia na garantia do acesso à cultura e à informação, direitos fundamentais assegurados pela Constituição. É imprescindível a sua manutenção para que o direito à educação e à cultura sejam efetivamente exercidos pela população. O Supremo Tribunal Federal, em seu último entendimento acerca dessa imunidade, incluiu os e-books e dispositivos eletrônicos para sua aplicação, tendo em vista que a decisão original foi proferida em 1988, época em que essas opções digitais ainda não existiam. 5. FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS A proteção jurídica da imunidade referente a fonogramas e videofonogramas tem como finalidade a promoção da cultura brasileira e dos artistas nacionais, estimulando o desenvolvimento da indústria fonográfica no país. Tal proteção é estendida a gravações de áudio ou vídeo realizadas no Brasil, que contenham obras interpretadas por artistas brasileiros, bem como a suportes materiais ou arquivos digitais que as contenham. Essa imunidade tem como objetivo preservar todo o universo da música brasileira, assegurando seu progresso e a difusão cultural. Isso abrange a facilitação da entrada de novos artistas na cena musical brasileira e o aumento da divulgação de fonogramas e videofonogramas, democratizando o acesso a essas obras. A última decisão do STF acerca desta imunidade ocorreu em 2020, ampliando- a para suportes materiais produzidos fora do Brasil que contenham obras de artistas brasileiros.
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