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22 Insuficiência arterial periférica • É uma síndrome clínica, causada pela doença arterial periférica (DAP) • É associada a arteriosclerose, na qual a placa de gordura pode causar uma redução do fluxo sanguíneo arterial e a formação de trombos • Acomete a aorta, as artérias ilíacas e demais vasos dos MMII • Aumento significativo da morbidade e da mortalidade • Pacientes com DAP tem alto risco de desenvolvimento de doença cerebrovascular e cardiovascular • Cerca de metade dos portadores da DAP são assintomáticos • Fatores de risco • Idade • História familiar de DAP • Dislipidemia • Doença renal crônica • Diabetes mellitus - possui maior chance de desenvolvimento de DAP, sendo associada a uma das principais causas de amputação, uma vez que aumenta a gravidade da aterosclerose • Tabagismo - associado às alterações endoteliais e provoca o aumento da resistência periférica e da viscosidade plasmática Síndrome isquêmica aguda • É a interrupção brusca do fluxo sanguíneo • Apresenta etiologia variável • A manifestação clínica depende da área comprometida • O paciente relata dor, uma vez que o metabolismo anaeróbico provoca o acúmulo de ácido lático e de prostaglandinas • Alteração de permeabilidade vascular Evolução da doença arterial periférica • O paciente apresenta claudicação intermitente (dor ao andar referida em grupos musculares que ocorre devido a obstruções arteriais) • Sensação de cansaço, fraqueza nas pernas, cãibra - a dor pode ser resolvida ao parar de andar (em menos de 5 minutos) • Obstrução da aorta e das artérias i líacas - o paciente relata dor na região glútea e pode causar impotência erétil • Obstrução fêmoro-poplítea - o paciente relata dor em panturrilha • Obstrução infra-poplítea - o paciente relata dor nos pés • Com o tempo, a artéria se estreita cada vez mais, de forma que o paciente apresenta dor em repouso, melhorando apenas com a elevação das pernas • O paciente pode apresentar edema, paresia • Pode evoluir com palidez de extremidades, cianose e necrose (perda tecidual) • É um caso de isquemia crítica Síndrome isquêmica aguda dos membros • Dor de forte intensidade • Súbita ou insidiosa - sensação de formigamento ou dormência • Leve ou ausente - a doença crônica pode ter a dor reduzida, uma vez que pode ter a formação da circulação colateral • O paciente idoso pode apresentar a formação de circulação colateral • Com a evolução - a dor se torna intensa, apresentando caráter constritivo e o paciente apresenta incapacidade funcional • Parestesias • Paralisia - a irrigação do SN está comprometida • Vasa vasorum Yarlla Cruz 23 • Progresso da obstrução - alteração da cor (palidez e depois cianose que desaparece ao toque) • Com o tempo, a cianose se torna fixa • Alteração de temperatura - a extremidade torna-se fria • Contratura muscular • Ausência de pulsos periféricos Quadro clínico • Se a isquemia persistir - perda da sensibil idade térmica, tátil, dolorosa e dos movimentos • Dores musculares intensas a palpação e a movimentação do membro • Após 4-6 horas - contratura muscular irreversível (contratura isquêmica de Volkmann) • Palidez • Caso seja fixa, pode ser irreversível e com necrose tecidual Outras manifestações clínicas da iap • Alteração da sensibil idade ou fraqueza • Temperatura mais fria em perna ou pés, principalmente quando se compara com o lado contralateral • Feridas que não cicatrizam ou demoram a cicatrizar • Perda de pelos ou crescimento lento • Unhas com crescimento lento • Pele fina e brilhante • Disfunção erétil • Dor ou cãibras ao caminhar e/ou subir escadas Exame clínico • Inspeção - cicatrizes de cirurgias vasculares ou cardíacas prévias • Manchas nos dedos indicativas de tabagismo • Xantelasmas - depósito de gordura abaixo da superfície da pele • Abdome - presença de massas ou tumores que podem comprimir a irrigação • Palpação de todos os pulsos • O pulso carotídeo deve ser auscultado antes e caso não tenha sopro, realizar a palpação • MMII • Cicatrizes cirúrgicas • Lesões tróficas da pele • Úlceras e áreas de necrose/gangrena • Nos pacientes diabéticos, a avaliação vascular deve ser associada à neurológica e à musculoesquelética, pelo risco de desenvolvimento de lesões no chamado pé diabético • Úlceras arteriais - localização no dorso do pé, em região maleolar e no calcâneo • Apresenta bordas regulares • Venosa - acima do maleólo, bordas irregulares Exames complementares • Ultrassonografia Doppler a beira do leito • Índice tornozelo/braquial - a braçadeira é colocada na região do tornozelo e do braço • Estimativa da pressão sistólica a nível de tibial posterior ou pediosa e de artéria braquial - divisão entre a maior pressão sistólica obtida no pé sobre a maior pressão sistólica obtida no braço (tornozelo esquerdo com braço esquerdo) • Paciente idoso, diabético e tabagista • ITB < 0,9 - é considerado anormal e indicativo de DAP • Sem qualquer manifestação clínica define o quadro de DAP assintomática • ITB < 0,4 - é indicativo de isquemia crítica de membro inferior Yarlla Cruz 24 • ITB > 1,2 - é associada à calcificação arterial que pode ocorrer em diabéticos e renais crônicos Yarlla Cruz
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