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INSUFICIENCIA ARTERIAL PERIFERICA - YARLLA CRUZ

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Insuficiência arterial periférica 
• É uma síndrome clínica, causada pela 
doença arterial periférica (DAP) 
 • É associada a arteriosclerose, na qual a 
placa de gordura pode causar uma 
redução do fluxo sanguíneo arterial e a 
formação de trombos 
 • Acomete a aorta, as artérias ilíacas e 
demais vasos dos MMII 
 • Aumento significativo da morbidade e 
da mortalidade 
 • Pacientes com DAP tem alto risco de 
desenvolvimento de doença 
cerebrovascular e cardiovascular 
 • Cerca de metade dos portadores da 
DAP são assintomáticos 
• Fatores de risco 
 • Idade 
 • História familiar de DAP 
 • Dislipidemia 
 • Doença renal crônica 
 • Diabetes mellitus - possui maior chance 
de desenvolvimento de DAP, sendo 
associada a uma das principais causas de 
amputação, uma vez que aumenta a 
gravidade da aterosclerose 
 • Tabagismo - associado às alterações 
endoteliais e provoca o aumento da 
resistência periférica e da viscosidade 
plasmática 
 
 
Síndrome isquêmica aguda 
• É a interrupção brusca do fluxo sanguíneo 
• Apresenta etiologia variável 
• A manifestação clínica depende da área 
comprometida 
• O paciente relata dor, uma vez que o 
metabolismo anaeróbico provoca o 
acúmulo de ácido lático e de 
prostaglandinas 
 • Alteração de permeabilidade vascular 
 
Evolução da doença arterial 
periférica 
• O paciente apresenta claudicação 
intermitente (dor ao andar referida em 
grupos musculares que ocorre devido a 
obstruções arteriais) 
 • Sensação de cansaço, fraqueza nas 
pernas, cãibra - a dor pode ser resolvida ao 
parar de andar (em menos de 5 minutos) 
 • Obstrução da aorta e das artérias i líacas 
- o paciente relata dor na região glútea e 
pode causar impotência erétil 
 • Obstrução fêmoro-poplítea - o paciente 
relata dor em panturrilha 
 • Obstrução infra-poplítea - o paciente 
relata dor nos pés 
 • Com o tempo, a artéria se estreita cada 
vez mais, de forma que o paciente 
apresenta dor em repouso, melhorando 
apenas com a elevação das pernas 
 • O paciente pode apresentar edema, 
paresia 
• Pode evoluir com palidez de 
extremidades, cianose e necrose (perda 
tecidual) 
 • É um caso de isquemia crítica 
 
 
Síndrome isquêmica aguda dos 
membros 
• Dor de forte intensidade 
 • Súbita ou insidiosa - sensação de 
formigamento ou dormência 
 • Leve ou ausente - a doença crônica 
pode ter a dor reduzida, uma vez que pode 
ter a formação da circulação colateral 
 • O paciente idoso pode apresentar a 
formação de circulação colateral 
 • Com a evolução - a dor se torna intensa, 
apresentando caráter constritivo e o 
paciente apresenta incapacidade 
funcional 
• Parestesias 
• Paralisia - a irrigação do SN está 
comprometida 
 • Vasa vasorum 
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• Progresso da obstrução - alteração da cor 
(palidez e depois cianose que desaparece 
ao toque) 
 • Com o tempo, a cianose se torna fixa 
• Alteração de temperatura - a 
extremidade torna-se fria 
• Contratura muscular 
• Ausência de pulsos periféricos 
 
Quadro clínico 
• Se a isquemia persistir - perda da 
sensibil idade térmica, tátil, dolorosa e dos 
movimentos 
• Dores musculares intensas a palpação e a 
movimentação do membro 
 • Após 4-6 horas - contratura muscular 
irreversível (contratura isquêmica de 
Volkmann) 
• Palidez 
 • Caso seja fixa, pode ser irreversível e 
com necrose tecidual 
 
Outras manifestações clínicas da iap 
• Alteração da sensibil idade ou fraqueza 
• Temperatura mais fria em perna ou pés, 
principalmente quando se compara com o 
lado contralateral 
• Feridas que não cicatrizam ou demoram 
a cicatrizar 
• Perda de pelos ou crescimento lento 
• Unhas com crescimento lento 
• Pele fina e brilhante 
• Disfunção erétil 
• Dor ou cãibras ao caminhar e/ou subir 
escadas 
 
Exame clínico 
• Inspeção - cicatrizes de cirurgias 
vasculares ou cardíacas prévias 
 • Manchas nos dedos indicativas de 
tabagismo 
 • Xantelasmas - depósito de gordura 
abaixo da superfície da pele 
• Abdome - presença de massas ou 
tumores que podem comprimir a irrigação 
• Palpação de todos os pulsos 
 • O pulso carotídeo deve ser auscultado 
antes e caso não tenha sopro, realizar a 
palpação 
• MMII 
 • Cicatrizes cirúrgicas 
 • Lesões tróficas da pele 
 • Úlceras e áreas de necrose/gangrena 
• Nos pacientes diabéticos, a avaliação 
vascular deve ser associada à neurológica 
e à musculoesquelética, pelo risco de 
desenvolvimento de lesões no chamado pé 
diabético 
• Úlceras arteriais - localização no dorso do 
pé, em região maleolar e no calcâneo 
 • Apresenta bordas regulares 
• Venosa - acima do maleólo, bordas 
irregulares 
 
Exames complementares 
• Ultrassonografia Doppler a beira do leito 
• Índice tornozelo/braquial - a braçadeira é 
colocada na região do tornozelo e do 
braço 
 • Estimativa da pressão sistólica a nível de 
tibial posterior ou pediosa e de artéria 
braquial - divisão entre a maior pressão 
sistólica obtida no pé sobre a maior pressão 
sistólica obtida no braço (tornozelo 
esquerdo com braço esquerdo) 
 • Paciente idoso, diabético e tabagista 
 • ITB < 0,9 - é considerado anormal e 
indicativo de DAP 
 • Sem qualquer manifestação clínica 
define o quadro de DAP assintomática 
 • ITB < 0,4 - é indicativo de isquemia crítica 
de membro inferior 
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 • ITB > 1,2 - é associada à calcificação 
arterial que pode ocorrer em diabéticos e 
renais crônicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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