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Artigo 04


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A PROMOÇÃO DA SAÚDE NAS 
ORGANIZAÇÕES COMO FATOR DE 
VANTAGEM COMPETITIVA 
SUSTENTÁVEL 
 
MIRIAN DAMARIS BENAGLIA (CEETEPS ) 
mi_benaglia@yahoo.com.br 
Silvia Ines Dallavalle de Padua (FEARP ) 
dallavalle.silvia@gmail.com 
 
 
 
Considerando a íntima relação entre saúde e trabalho, podemos dizer 
que o estado de saúde dos trabalhadores não é independente de sua 
atividade laboral. Mas para que o trabalhador possa gozar de saúde é 
necessário compreender os condicionanntes sociais, econômicos, 
tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida 
bem como os fatores de riscos ocupacionais - físicos, químicos, 
biológicos, mecânicos e aqueles decorrentes da organização laboral - 
presentes nos processos de trabalho. Assim, as ações de promoção da 
saúde e da qualidade de vida do trabalhador têm como foco as 
mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações 
trabalho-saúde em toda a sua complexidade. Como a qualidade de vida 
no trabalho tem relação direta com as finanças e produtividade da 
empresa, intervir e agir no ambiente de forma a aplicar o ciclo de 
ações voltadas à melhoria das condições de trabalho e promoção da 
saúde, contribui para a prática da responsabilidade social e da 
sustentabilidade na organização, como um processo contínuo e 
interativo que visa manter uma organização como um conjun¬to 
apropriadamente integrado a seu ambiente de forma estratégica, 
visando vantagem competitiva sustentável. 
 
Palavras-chaves: Promoção da Saúde, Qualidade de Vida no trabalho, 
Responsabilidade Social e Sustentabilidade 
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos 
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 
 
 
 
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos 
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
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1. Introdução 
A década de 1980 presenciou, nos países de capitalismo avançado, profundas transformações 
no mundo do trabalho, nas suas formas de inserção na estrutura produtiva, nas formas de 
representação sindical e política. Foram tão intensas as modificações, que a classe que vive do 
trabalho sofreu a mais aguda crise deste século, atingindo não só a materialidade, mas com 
repercussões profundas na sua subjetividade e por fim, a sua forma de ser (ANTUNES, 2010). 
A expansão da capacidade produtiva, com altas escalas de produção, desenvolveu um 
processo de “coisificação” dos indivíduos e das relações humanas, com a perda da dimensão 
do indivíduo/subjetividade ou com a instrumentalização da subjetividade, no sentido de uma 
sociedade laboriosa e 'racional', movida pela lógica do lucro, da acumulação e retorno do 
capital investido e do domínio da natureza a qualquer preço (FRANCO; DRUCK, 1998). 
É neste cenário, que grande parcela dos trabalhadores, tem sofrido com as constantes 
mudanças tecnológicas e científicas da atualidade; que trazem consigo uma maior exploração 
de sua força de trabalho (HELOANI;CAPITÃO, 2003,online). 
As exigências de qualificação especial, mesmo que seja para apertar um simples botão, têm 
sido intensas e a ameaça do desemprego funcional faz com que milhares de pessoas entrem 
em estado de alerta, pois a única ferramenta de que dispõem - sua força de trabalho - pode ser 
dispensada a qualquer momento. Encontram-se ainda, nesse mesmo contexto, problemas 
relacionados à precarização do trabalho, informalização do emprego, bem como, problemas 
de saúde, de ordem física e psíquica; ocasionados, em muitos casos, por procedimentos 
durante a execução da atividade e pela falta de “adaptação” socio-psico-biofisicamente às 
máquinas (posturas, gestos repetitivos, velocidade) e às tarefas cada vez mais parceladas e 
fragmentadas. 
O Ministério da Saúde (2001), comenta que as condições de trabalho (sejam elas físicas, 
químicas e biológicas) vinculadas à execução do trabalho e a sua organização (estruturação, 
hierarquia, divisão de tarefa, jornada, ritmo, trabalho em turno, intensidade, monotonia, 
repetitividade e responsabilidade excessiva) favorecem o aparecimento das doenças 
ocupacionais. 
Para não contribuir com tais circunstâncias, o ambiente de trabalho deve oferecer condições 
adequadas para as atividades laborais, evitando dessa forma o processo de adoecimento e 
 
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preservando a qualidade de vida do trabalhador; pois o estado de saúde precário significa não 
somente fracasso para conseguir a produtividade máxima, como também sangria de riquezas e 
recursos. 
A Figura 1 ilustra os fatores que colaboram para que ocorra o processo de adoecimento do 
trabalhador, no ambiente de trabalho. 
Figura 1 – Fatores do processo de adoecimento 
 
Fonte: Elaborado pelas autoras 
Dados do anuário estatístico do Ministério da Previdência Social, em 2010, demonstram que 
houve um aumento considerável nas concessões de afastamentos por problemas de saúde. 
Constatou-se 154.500 (cento e cinqüenta e quatro mil e quinhentos) afastamentos por 
transtornos mentais e comportamentais, 254.677 (duzentos e cinqüenta e quatro mil, 
seiscentos e setenta e sete) afastamentos por doenças do sistema osteomuscular e tecido 
conjuntivo, 71.893 (setenta e um mil, oitocentos e noventa e três) afastamentos por doenças 
do aparelho circulatório e 27.194 (vinte e sete mil, cento e noventa e quatro) por neoplasias 
(cânceres); número que cresce vertiginosamente se comparado ao ano anterior (2009), onde 
foram concedidos 122.032 (cento e vinte e dois mil e trinta e dois) afastamentos por 
transtornos mentais e comportamentais, 200.548 (duzentos mil, quinhentos e quarenta e oito) 
afastamentos por doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo, 59.812 (cinqüenta e 
nova mil, oitocentos e doze) afastamentos por doenças do aparelho circulatório e 21.306 
(vinte e um mil, trezentos e seis) por neoplasias (cânceres); num custo aproximado de R$ 
1.276.814,00 (Hum milhão, duzentos e setenta e seis mil, oitocentos e quatorze reais), 
direcionados para estas espécies de benefício (auxílio-doença). 
 
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Em função deste quadro nada promissor, onde o efeito do trabalho sob o trabalhador tem 
proporcionado uma diminuição em sua qualidade de vida e interferido diretamente em sua 
produtividade; é fundamental compreender por que o processo trabalho-doença ocorre, quais 
os mecanismos de prevenção existentes, que tipos de políticas de saúde ocupacional as 
empresas adotam e como os trabalhadores podem minimizar as consequências dessa nova 
realidade. 
Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo, investigar com base na revisão da 
literatura e pesquisa quantitativa, discutir a vantagem competitiva que uma organização pode 
ter, ao se oferecer programas e ações diferenciadas sobre saúde e qualidade de vida no 
trabalho, como parte de sua política de responsabilidade social e sustentabilidade. 
 
2. A relação existente entre o trabalho e a saúde 
O trabalho sempre fez parte da vida do homem, desde a sua mais primórdia existência. 
Da criação, como contam os relatos bíblicos, passando pelo desenvolvimento das civilizações 
durante a história antiga, o trabalho foi fator de progresso, pois gerou conhecimentos, riquezas 
materiais e desenvolvimento econômico. Por isso, ele é e sempre foi muito valorizadoem 
todas as sociedades. 
No entanto, nos últimos anos, o universo do trabalho sofreu grandes mutações, trazendo 
consigo além das reestruturações e a inserção de novas tecnologias produtivas, novas relações 
de competitividade entre as empresas, que passaram a ser globalizadas. 
Apesar de se elevar à produtividade e os lucros, as condições de 
trabalho dos operários não melhoraram. O sistema de produção 
em massa causava diversos problemas de ordem psicológica e 
emocional, resultado da alienação e aborrecimento devido ao tipo 
de trabalho executado (PONTES, 2006). 
Neste novo contexto, surgiram a precarização das relações de trabalho, a intensificação do 
ritmo, a diminuição de postos, a sobrecarga das exigências de polivalência dos que 
permanecem trabalhando, à perda de importância de determinadas profissões e setores, a 
flexibilização dos contratos de trabalho, terceirização de serviços, oferta de trabalho 
 
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autônomo, postos de trabalho temporário e a perda do poder de barganha de quem procura 
emprego (LACMAN, 2004, pg.26). 
Considerando que o trabalho é entendido como todo esforço que o homem faz, no exercício 
de sua capacidade física e mental, para executar e atingir seus objetivos, sua má estruturação, 
tanto em termos técnicos como organizacionais tende a interferir diretamente sobre a saúde de 
quem o executa, podendo levar o indivíduo a uma variedade de doenças e afecções; e o 
excesso de horas-extras a mortes prematuras (SIVIERI, 1995). 
Na figura 2, a contextualização dos resultados do desequilíbrio entre as condições e a 
organização do trabalho. 
Figura 2 – Resultados das condições a organização do trabalho 
 
Fonte: Elaborado pelas autoras 
Dados fornecidos pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), apontam para um gasto 
de 4% (quatro) do PIB mundial relacionado às doenças profissionais, seus tratamentos, suas 
incapacitações e pensões; além dos absenteísmos provocados. (OIT, 2002) 
 
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Por esta razão, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), convencionou legislação 
específica para a melhoria do trabalho com um foco especial direcionado à saúde, higiene, 
satisfação e segurança do trabalhador. 
Neste sentido, a compreensão das condições do trabalho, bem como, do modo como ele está 
organizado é fundamental para evitar o processo de adoecimento e favorecer melhores 
condições à saúde do trabalhador. 
Atualmente, a legislação de vários países reconhece que existe 
uma relação dos agentes físicos, químicos ou biológicos como 
produtores de doenças ocupacionais (FRANÇA e RODRIGUES, 2011). 
Segundo Verdussen (1978), um local de trabalho, seja um escritório ou uma oficina, deve ser 
sadio e agradável. O homem precisa encontrar aí condições capazes de lhe proporcionar um 
máximo de proteção e, ao mesmo tempo, de satisfação pelo que faz. 
Numa perspectiva mais subjetiva, pode-se dizer que ter um ambiente saudável para se 
trabalhar é ter um espaço que proporcione qualidade de vida ao trabalhador, pois a relação 
que existe entre a saúde, qualidade de vida no trabalho e a produtividade traduz uma latente 
realidade: a de que empresas deixam de lucrar, gastam em excesso e têm grande custo social, 
devido a sua má gestão dos processos nos quais os trabalhadores estão envolvidos (GALEANO 
et al, 2010,online). 
Na figura 3, a ilustração da importância da promoção da saúde e da qualidade de vida no 
trabalho. 
Figura 3 – Resultados da promoção da saúde e da qualidade de vida no trabalho 
 
 
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Fonte: Elaborado pelas autoras 
Como o conceito de qualidade de vida avalia as condições da existência do ser humano em 
relação ao ambiente que o cerca, e o trabalho compõe um dos ambientes mais próximos ao 
homem, é preciso que “trabalhadores e gestores colaborem com um processo contínuo de 
melhoria para proteger e promover a saúde, o bem-estar, a segurança e sustentabilidade do seu 
local de trabalho” (OMS,2010), contribuindo dessa forma, com ações estratégicas dos recursos 
humanos e com a responsabilidade social organizacional da corporação, visando a sua 
sustentabilidade. 
O alto custo de assistência médica, a necessidade de melhoria na 
produtividade e no ambiente organizacional, bem com o 
envelhecimento da força de trabalho são alguns dos motivadores 
pelos quais as corporações tem-se interessado pelos programas de 
qualidade de vida (OGATA,2009). 
Com a finalidade de evitar afastamentos e incapacidades laborais, minimizar os custos com 
saúde e os associados com a alta rotatividade, visando aumentar a produtividade a longo prazo 
bem como a qualidade dos produtos e serviços, a Organização Mundial da Saúde – OMS 
(2010), incentiva as organizações a aderirem aos princípios dos ambientes de trabalho 
saudáveis. 
 
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Na Figura 4, a estrutura de um modelo de ambiente de trabalho saudável sugerido pela OMS, 
para as organizações que alinham política de saúde e qualidade de vida no ambiente de 
trabalho. 
Figura 4 - Modelo de um ambiente de trabalho saudável adotado pela OMS 
 
Fonte: ABQV, 2013 – Adaptado da Organização Mundial da Saúde (2010) 
O modelo do ambiente corporativo saudável abrange: o ambiente físico (minimizando os 
riscos ocupacionais específicos), o ambiente psicossocial (incluindo organização do trabalho e 
a cultura organizacional), os recursos e suporte à saúde nos locais de trabalho (incluindo 
programas de prevenção, gerenciamento de doenças e de retorno ao trabalho após afastamento 
por doença) e a participação da comunidade dessa organização (trabalhadores, seus familiares 
e todas as demais pessoas que serão impactadas pelas operações de empresa), como fatores 
estruturais para serem vistos e revistos durante o processo de melhoria contínua da 
organização. 
Segundo Ogata apud Goetzel et al, (2009), uma abordagem mais eficiente para ter melhores 
resultados financeiros é a promoção da saúde do empregado. Por estar adquirindo status 
estratégico cada vez maior na formulação de políticas de gestão de pessoas associadas à 
responsabilidade social organizacional, as ações de qualidade de vida promovidas no 
ambiente de trabalho, nos remete a uma questão importante – a de harmonizar produtividade 
 
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e bem-estar do colaborador, considerando que o sucesso dos negócios depende da saúde dos 
trabalhadores. 
 
 3. A importância da promoção da saúde nas organizações como fator de 
responsabilidade social corporativa 
No início do século XX, a palavra-chave era eficiência. No final do mesmo século, a palavra-
chave era competitividade. A eficiência continua sendo uma preocupação dominante, como 
nos tempos de Taylor e Ford, mas por razões diferentes. Ainda é preciso fazer mais, com 
menos recursos, em função das exigências do mercado. (BENAGLIA, 2006) 
Diantedessa difícil realidade e pelas inúmeras transformações no ambiente corporativo, os 
gestores visionaram uma existência mais ampla para as empresas, não apenas voltada para 
maximização e obtenção de lucro, mas também para fins sociais. Assim, passaram a prática 
de ações diferenciadas, indo além de um simples agente econômico com a missão de produzir 
riqueza, mas também como um agente social (ARREBOLA, 2013). 
A empresa moderna existe para fornecer um serviço específico à 
sociedade. Portanto, tem de participar da comunidade, ser uma 
vizinha, realizar suas tarefas dentro de um cenário social [...] Os 
impactos sociais que causa, inevitavelmente, ultrapassam a 
contribuição específica, que é a razão da sua existência. 
(DRUCKER, 2001, p. 81) 
A partir dessa visão mais humanista, adotada pelos empresários, surgiu a responsabilidade 
social, que tem sido utilizada como nova estratégia para maximizar o lucro e potencializar seu 
desenvolvimento organizacional, em decorrência de consumidores que buscam produtos que 
não agridam o meio ambiente e que proporcionem melhorias para a comunidade. Assim, 
quanto mais consciência os consumidores possuírem, quanto mais capazes forem de exercer a 
cidadania, maior será a exigência pela prática de ações de responsabilidade social, e pelo 
desenvolvimento, por parte da empresa, de estratégias competitivas que sejam corretas, 
ambientalmente saudáveis, economicamente viáveis e que atendam o público interno e 
externo a ela (ARREBOLA,2013). 
Nesse sentido, a responsabilidade social organizacional, além de ser um exercício de 
cidadania empresarial, se torna um meio capaz de proporcionar qualidade de vida à população 
 
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de trabalhadores, por intermédio de ações voltadas a promoção da saúde no ambiente de 
trabalho. 
Como os programas de qualidade de vida no trabalho estão cada vez mais disseminados em 
todo o mundo, é importante perceber que as ações sobre saúde e qualidade de vida 
promovidas no trabalho estão influenciando pessoas a adotarem estilos de vida saudáveis e a 
melhorarem seus níveis de saúde. Como resultado a essa nova estratégia da área de Recursos 
Humanos, as organizações contam com estatísticas menores em absenteísmos, presenteísmos 
e custos com assistência médica, além de terem uma mão-de-obra com maior capacidade 
produtiva. (OGATA, 2009) 
Responsabilidade social é a obrigação administrativa de tomar 
atitudes que protejam e promovam os interesses da organização 
juntamente com o bem-estar da sociedade como um todo. 
Reconhecer que tais obrigações existem tem, necessariamente, 
um impacto sobre o processo de administração estratégica. 
(CERTO; PETER, 1993, p. 21) 
Nesse sentido, adotar uma postura pró-saúde, na agenda de ações voltadas a responsabilidade 
social da organização, traz uma nova alavanca mercadológica, utilizando-se do marketing 
social para valorizar suas ações nos mercados de capitais e valorizar a sua imagem. 
Assim, investir em saúde, bem como no desenvolvimento de um ambiente de trabalho 
equilibrado, contribui não só como fator de responsabilidade social organizacional, mas 
também como um diferencial estratégico na política estratégica da empresa, como um meio 
para se chegar ao sucesso. 
Resultados 
Para analisar o tema proposto nesta pesquisa (A importância de se promover saúde nas 
organizações como fator de responsabilidade social organizacional), e levantar informações 
com o objetivo de verificar quais as ações voltadas à promoção da saúde e da qualidade de 
vida do trabalhador oferecidos pelas empresas e como elas se utilizam desses programas para 
proporcionar um ambiente mais saudável, foram aplicados questionários junto aos Recursos 
Humanos de empresas privadas, sendo uma delas a ELEKTRO, a melhor empresa para se 
trabalhar no Brasil, premiada pela revista Exame, 2012, para que tivéssemos uma breve 
amostragem sobre a realidade. 
 
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Constatou-se pela maioria dos entrevistados que a promoção da saúde no ambiente de 
trabalho tem como objetivo tornar as pessoas mais saudáveis e menos doentes, diminuir o 
custo com assistência médica, aumentar a produtividade do colaborador e diminuir o número 
de acidentes de trabalho ocorridos nas organizações. Mas para que estas ações ocorram é 
preciso que a liderança compreenda o assunto e o insira nos assuntos de prioridade da 
organização. 
O retorno financeiro esperado está relacionado com a diminuição do FAP – Fator Acidentário 
Previdenciário, que é um multiplicador, que varia de 0,5 a 2 pontos, a ser aplicado às 
alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a 
folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes 
de acidentes de trabalho (INSS, 2013, online). 
A organização demora em média de 02 a 03 anos para implantar um programa de qualidade 
de vida no trabalho e na maioria dos casos, as empresas iniciam suas ações de saúde e 
qualidade de vida através de palestras de orientação e conscientização, bem como pelo 
oferecimento de oportunidades para cuidar da saúde dos seus colaboradores, como 
acompanhamento nutricional, programas de atividade física e grupos de apoio social (grupos 
de corrida). 
Constatou-se, de forma positiva, uma maior motivação e consequente melhora no 
desempenho da capacidade produtiva do colaborador, após a implantação de ações de 
favorecimento da saúde e da qualidade de vida no ambiente de trabalho; demonstradas por um 
maior engajamento e comprometimento do trabalhador em relação as suas atividades na 
organização e na diminuição de absenteísmos e acidentes de trabalho. 
 
Considerações Finais 
Considerando a íntima relação entre saúde e trabalho, podemos dizer que o estado de saúde 
dos trabalhadores não é independente de sua atividade laboral. Mas para que o trabalhador 
possa gozar de saúde é necessário compreender os condicionantes sociais, econômicos, 
tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida bem como os fatores de 
riscos ocupacionais – físicos, químicos, biológicos, mecânicos e aqueles decorrentes da 
organização laboral – presentes nos processos de trabalho. Assim, as ações de promoção da 
 
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saúde e da qualidade de vida do trabalhador têm como foco as mudanças nos processos de 
trabalho que contemplem as relações trabalho-saúde em toda a sua complexidade. 
Como a qualidade de vida no trabalho tem relação direta com as finanças e produtividade da 
empresa, intervir e agir no ambiente de forma a aplicar o ciclo de ações voltadas à melhoria 
das condições de trabalho e promoção da saúde, contribui para a prática da responsabilidade 
social e da sustentabilidade na organização, como um processo contínuo e interativo que visa 
manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado a seu ambiente de forma 
estratégica, visando vantagem competitiva sustentável. 
Referências 
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho?: Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 
14ªed. São Paulo: Cortez, 2010. 
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PONTES, S. K.; Produção enxuta e saúde do trabalhador: um estudo de caso. 2006. 136 p. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia de Produção - CCET-Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia. EP) – Universidade 
Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, São Carlos, 2006. 
SIVIERI, L.H. Saúde no trabalho e mapeamento dos riscos. In:TODESCHINI, R. (Org.). Saúde, meio ambiente 
e condições de trabalho: conteúdos básicos para uma ação sindical. São Paulo: CUT/Fundacentro, 1995. p.75-
111. 
VERDUSSEN, R., Ergonomia: a racionalização humanizada do trabalho – Rio de Janeiro: Livros Técnicos e 
Científicos, 1978. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.who.int/
 
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos 
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
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Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questionário para pesquisa – Área:Recursos Humanos 
 
Empresa: 
Ramo de atividade: 
 
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos 
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
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Nome: Idade: Sexo: ( ) Masc. ( ) Fem. 
Cargo: Cidade: Estado: 
 
 
1. Pq é importante promover saúde no ambiente de trabalho? 
( ) Pq as pessoas se tornam mais saudáveis e menos doentes 
( ) Pq o custo com assistência médica diminui 
( ) Pq a produtividade do colaborador aumenta 
( ) Pq diminuem o acidentes de trabalho 
( ) Outros: Especificar: ____________________________________________ 
( ) Todas as anteriores 
2. Pq a empresa resolveu promover saúde no ambiente de trabalho? 
( ) Pq a liderança compreende a importância pelo conhecimento que tem sobre o assunto 
( ) Pq tiveram indicadores financeiros que demonstraram a importância 
( ) Pq tiveram indicadores do setor de saúde ocupacional que demonstraram a importância 
( ) Pq o retorno financeiro é maior que o custo da promoção da saúde 
( ) Outros: Especificar: ____________________________________________ 
( ) Todas as anteriores 
3. Que tipo de retorno financeiro a empresa obteve ao promover saúde no ambiente de 
trabalho? 
( ) Diminuição com custo de assistência médica 
( ) Diminuição com turn over 
( ) Diminuição com absenteísmo 
( ) Diminuição do presenteísmo e maior produtividade 
( ) Diminuição dos acidentes de trabalho 
( )Outros: Especificar: ____________________________________________ 
( ) Todas as anteriores 
4. Quais foram os programas relacionados à Qualidade de Vida no Trabalho a empresa 
decidiu adotar? 
( ) Nutrição e Ginástica Laboral 
( ) Nutrição, Ginástica Laboral, Atendimento Psicológico e Ergonomia 
( ) Nutrição, Ginástica Laboral, Atividade Física, Atendimento Psicológico e Ergonomia 
( ) Outros. Especificar:Ginástica Laboral, Atendimento Psicológico e Ergonomia 
 5. Os colaboradores estão mais satisfeitos com a empresa após a adoção de programas de 
Qualidade de Vida? 
( ) Sim ( ) Não ( ) Outros: ___________________________ 
6. Houve melhora da produtividade por parte dos colaboradores? 
( ) Sim ( )Não muito ( ) Não ( ) Não houve medição 
7. Quanto tempo levou para a implantação dos Programas de Qualidade de Vida no Trabalho? 
( ) 6 meses a 01 ano ( ) 01 a 2 anos ( ) 02 a 03 anos ( ) mais de 03 anos 
8. Quais os fatores que a empresa considerou para implantar os Programas de Saúde e 
Qualidade de Vida no Trabalho: 
( ) Motivação 
 
( ) Número de AcidentesXXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos 
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
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( ) Absenteísmos 
( ) Atestados Médicos frequentes 
( ) Outros: Especificar: ____________________________________________________ 
9. Que tipo de doença ocupacional é mais frequente na sua empresa: 
( ) Aquelas relacionadas questões Ergonômicas. Especificar:______________________ 
( ) Aquelas relacionadas questões Físicas. Especificar: __________________________ 
( ) Aquelas relacionadas questões Emocionais. Especificar: ______________________ 
( ) Aquelas relacionadas questões ao Stress. Especificar: ________________________ 
10.Como a empresa busca diminuir o fator Stress no ambiente de trabalho? 
( ) Palestras de conscientização e orientação 
( ) Oferecimento de orientação nutricional juntamente com programas de atividade física 
( ) Pausa para relaxar 
( ) Grupos de apoio social 
( ) Outros. Especificar: _____________________________________________________ 
11. No quesito, saúde mental, que ações a empresa tem adotado para cuidar do colaborador? 
( ) Acompanhamento Psicológico individualizado 
( ) Grupo de apoio social 
( ) Encaminhamento Psiquiátrico 
( ) Outros. Especificar: _____________________________________________________ 
12.No quesito, saúde física, que ações a empresa tem adotado para melhorar as condições do 
ambiente de trabalho? 
( ) Palestras de conscientização e orientação 
( ) Oferecimento de atividades para mudança de hábito do colaborador. Quais: __________ 
( ) Outros. Especificar: ______________________________________________________ 
13. A promoção da saúde no ambiente de trabalho está relacionada com a responsabilidade 
social organizacional de sua empresa? 
( ) Sim Pq: _______________________________________________________________ 
( ) Não 
( ) Outros: _________________________________________________________________ 
14. A promoção da saúde no ambiente de trabalho favorece a sustentabilidade sua empresa? 
( ) Sim Pq: _______________________________________________________________ 
( ) Não 
( ) Outros: _________________________________________________________________

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