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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO- UFPE 
 
 
 
 
PARASITOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2023 
Diógenes Luís Albuquerque De Souza 
 
CASOS CLÍNICOS 
 
CASO 1: J.M.S., sexo feminino, 4 anos, pernambucana, procedente do 
bairro do Pina, Recife, Pernambuco. Na anamnese há apenas referência sobre 
quadro de febre há cinco dias, tosse com expectoração hialina e diarreia, sendo as 
fezes líquidas e claras sem muco ou sangue. Criança apresentou também queda do 
apetite. Apresentava uma internação anterior, com mais ou menos 1 ano de idade, 
devido “infestação por parasitas”. Dos exames admissionais observou-se alteração 
apenas no hemograma que evidenciou eosinofilia. Sobre as condições 
socioeconômicas, a mãe informou que moram em casa de madeira, 3 co-habitantes 
(mãe e 2 filhas), os dejetos são despejados na maré, não há saneamento básico, a 
água utilizada é de um poço da comunidade, onde também não existe coleta de 
lixo. Foi observada na criança, a Síndrome de Loeffler, com eosinofilia pulmonar 
simples com alterações radiográficas. 
 
a) Qual provável agente etiológico? Ascaris 
lumbricoides 
b) Qual método de diagnóstico? O exame 
parasitológico das fezes é a melhor forma de se 
diagnosticar. Existindo mais de um tipo de método 
como: O método de Lutz, que consiste na 
sedimentação em vaso cônico e os métodos de 
contagem como o de Stoll ou o de Kato Katz, 
sendo possível estimar a carga parasitária do 
paciente. 
c) Quais medidas de controle e de reinfecção? O 
uso de medicamentos como Albendazol, 
Mebendazol, Pirantel ou Lavamisol. Como 
medidas de reinfecção é necessário manter as 
mãos e unhas bem limpas, lavar bem os 
alimentos, deixar as comidas bem cobertas, evitar 
levar as mãos a boca, cozinhar bem os alimentos. 
 
CASO 2: M.C.P.C., sexo feminino, 5 anos de idade. Trazida a consulta de 
Pediatria por corrimento vaginal recorrente desde há 3 meses e prurido. Desde há 
3 meses apresenta desconforto vulvovaginal e prurido; leucorreia escassa; sem 
melhoria com as medidas de higiene específicas. Nega queixas urinárias ou 
alterações do trânsito intestinal. Nega alterações do estado geral, emagrecimento. 
Nega história de possível corpo estranho, nega possível abuso sexual. Quando 
questionada, a mãe referia agravamento das queixas à noite, com prurido intenso 
perianal. Ao exame objetivo: Rubor vulvar e vaginal, Escoriações (aparentes 
lesões de coceira) perianais. 
a) Qual provável agente etiológico? Enterobius 
vermiculares 
b) Qual método de diagnóstico? A busca por 
ovos ou verme no períneo, pelo método de Hall 
(swab anal), ou de Graham (fita gomada), 
fazendo com que os ovos ou o verme sejam 
aderidos a fita e em seguida é colada em uma 
lâmina que será analisada no microscópio. 
c) Quais medidas de controle e de reinfecção? 
Para o tratamento, geralmente são receitados 
remédios como: Albendazol, Mebendazol, 
Pamoato de Pirantel, Piperazina, Pamoato de 
pirvínio. É importante manter alguns bons hábitos 
para evitar a reinfecção como: lavar as mãos com 
água e sabão após usar o banheiro e antes de 
comer ou preparar alimentos; trocar as roupas de 
banho e cama frequentemente; manter unhas 
curtas e limpas; tomar banho de manhã; trocar 
roupas de cama e banho diariamente; manter o 
quarto limpo. 
 
CASO 3: F.S.R, criança de um ano de idade, residente em aglomerado, em 
 comunidade da Cidade de Olinda-PE, em condições precárias de saúde, é levado 
à Unidade Básica de Saúde com história de diarreia frequente com muco e sangue. 
Mãe relata vários episódios de “saída de hemorroida”, sendo que a reversão do 
quadro se deu com a ajuda da mãe, que já tinha experiência com outro filho. 
 
a) Qual(is) a(s) provável(is) etiologia(s) da diarreia? É provável 
que ocorra devido a uma irritação da inervação local, causando 
hipersensibilidade e absorção intestinal. 
b) Cite as causas mais comuns na infância da alteração referida 
pela mãe como “saída de hemorroida”. A contaminação por vermes, 
podendo ser nesse caso o Trichuris trichiura. 
c) Quais medidas de controle e de reinfecção? Como medida de 
controle é indicado o uso de Albendazol ou de Mebentazol. É importante 
um saneamento básico adequado para evitar contaminações, assim como 
uma boa higiene, lavar bem as mãos antes de comer, andar sempre calçado 
pelas ruas evitando contato com o solo. 
 
CASO 4: Criança de quatro anos de idade, da Zona da Mata do Estado de 
Pernambuco, chega à Unidade Básica de Saúde com história de vômitos, distensão 
abdominal e parada de eliminação de fezes iniciados há 10 horas. Relato de queda 
do estado geral, prostração. A mãe relata que a criança estava eliminando “vermes 
brancos pela boca” há 15 dias. Na ocasião procurou um médico que pediu exame 
parasitológico de fezes. 
 
a) Qual o diagnóstico provável? Ascaridíase 
b) Para esse caso, há necessidade de exames complementares? O 
exame mais indicado é o de fezes, porém existe alguns métodos de 
contagem para estimar a carga parasitária, como leve, regular ou 
pesada, que são os métodos de Stoll ou o de Kato Katz. 
c) Quais complicações podem ocorrer nessa criança? Espasmos, volvo, 
intussuscepção (invaginação de um segmento intestinal 
 em outro), obstrução intestinal por um bolo de áscaris, peritonite 
 entre outros, podendo até levar a morte da criança. 
 
CASO 5: Adolescente, treze anos, sexo masculino, residente em comunidade 
desprovida de saneamento básico, foi encaminhado ao ambulatório, queixando-se 
de dores abdominais difusas e perda de peso. Ao exame físico foram observados 
 abdômen distendido, emagrecimento significativo, icterícia, e dor à palpação 
profunda de toda extensão abdominal. Exames de imagem sugeriram distensão 
intestinal e oclusão por verminose. Em função do quadro ictérico o menino foi 
ainda submetido à endoscopia. O paciente foi submetido à cirurgia desobstrutiva e 
tratamento com vermífugo. 
a) Questões: Qual o provável parasita do caso acima? 
Ascaris lumbricoides 
b) Qual a associação entre o ciclo biológico do parasita e os sinais e 
sintomas apresentados pelo menino do caso clínico? Em casos avançados é 
comum o acúmulo de vermes no intestino, fazendo com que o abdômen fique 
distendido causando dores. A perca de apetite, além do mais, os parasitas absorvem 
todo nutriente de seu hospedeiro, causando o emagrecimento excessivo e a 
icterícia. Em casos graves como este é necessária a cirurgia.

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