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VITAMINA D by Dr. Frederico F. R. Maia CRM-SP 135.915 | RQE 30397 Médico Endocrinologista, especialista titular pela SBEM; PhD, Mestrado e Pós-doutorado pela Unicamp; Pós-graduado em Medicina Esportiva; Capacitado em Nutrologia Esportiva. Material exclusivo para profissionais de saúde. Índice pág. Introdução03 06 Hipovitaminose D, grupos de risco e técnicas de diagnóstico 05 Tipos de vitamina D e seu metabolismo 08 Valores de referência e atualização das diretrizes de suplementação 10 Recomendações de suporte nutricional da vitamina D 11 Vitamina D e saúde mental 16 Vitamina D e atividade física 18 Take home message 19 Referências 20 Conheça mais sobre Corona Cero Sunbrew 15 Vitamina D e seu papel antioxidante 13 Vitamina D e imunidade 02VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. Na última década, observamos uma busca crescente por bons hábitos de vida, gerenciamento do stress, prevenção de doenças autoimunes e câncer, maior prática de exercício físico e maior preocupação com a qualidade alimentar e complementação necessária para uma vida saudável e longeva. Nesse quesito, há um interesse especial em relação à deficiência de vitamina D na população geral, devido a sua alta prevalência e forte correlação com maior mortalidade geral, incluindo indivíduos com câncer e diabetes.¹-³ É uma vitamina ou um hormônio? Diversos estudos têm sugerido que a vitamina D (calciferol) não deveria ser considerada uma vitamina, mas sim um pré-hormônio. De característica lipossolúvel, quando ingerida, é incorporada aos quilomícrons e absorvida pelo sistema linfático.28 Já é sabido que manter níveis mais elevados de vitamina D (30 à 60 ng/mL) está associado com a melhora da saúde global e qualidade de vida, uma vez que esse nutriente está diretamente correlacionado com a incidência das doenças e alterações apresentadas na figura 1. Figura 1. Adaptado de Dzik KP e cols. (2019).7 Introdução Estima-se que sua absorção no intestino delgado seja de 80%28 Sensibilidade à insulina Risco de câncer Risco cardiovascular Inflamação Depressão Neurodegeneração Fraqueza muscular Redução biogenese mitocondrial Disfunção mitocondrial Atrofia muscular Estresse oxidativo DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D 03VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. Uma metanálise robusta, onde foram revisados 56 estudos randomizados controlados (RCT) com aproximadamente 95 mil pacientes no total, demonstrou redução de mortalidade geral com 12% menor mortalidade por câncer, após média de 5 anos de suplementação com vitamina D, reforçando a importância desse pré-hormônio na vida da população, com melhora de qualidade de vida.6 Na metanálise de Pannu e cols. (2016), os autores evidenciaram uma relação inversa entre perda de peso e aumento dos níveis séricos de 25(OH)D, que está intimamente associado a redução de doenças metabólicas, autoimunes e alguns tipos de câncer na população geral.8 Ao mesmo tempo, observamos um aumento exponencial do consumo de “vitaminas”, incluindo a vitamina D, por pessoas em busca de prevenção.9 De acordo com um estudo científico americano, realizado com quase 40 mil pessoas, o nº de adultos que suplementavam diariamente doses de 1.000 – 4.000 UI ou mais de vitamina D aumentou.9 No geral, 3% da população avaliada excedeu o limite de UL (tolerable upper intake level) de 4.000 UI/dia e 18% excederam 1.000 UI diariamente, provavelmente indicando a busca intencional de suplementação.9 Adaptado de Lacagnina et. al. (2018). Nutrição Atividade física Qualidade de sono Manejo do estresse Saúde mental Propósito de vida A busca de um estilo de vida saudável, com melhora da alimentação, atividade física regular, sono de qualidade e redução de peso, coincidem com a elevação de níveis de vitamina D.7-8 04VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde.Material exclusivo para profissionais de saúde. Na natureza, dois compostos possuem atividade de vitamina D:28 Tipos de vitamina D e seu metabolismo COLECALCIFEROL (D3) Formado na pele pela irradiação dos raios UVB.28 ERGOCALCIFEROL (D2) Obtido de leveduras e de esteróis de plantas, muito utilizado para enriquecimento e fortificação de alimentos.28 E além desses compostos, você sabia que a forma ativa de vitamina D utilizada nos suplementos (colecalciferol) pode ser encontrada através de fontes sintéticas e naturais? As plantas da família Solanaceae apresentam em sua estrutura um glicosídeo similar a forma ativa da vitamina D. Com isso, estas plantas foram utilizadas comercialmente para a extração deste metabólito, afim de produzir uma versão herbal da vitamina D ativa.29-30 A grande diferença entre a forma sintética e a natural está em sua velocidade de absorção. Enquanto a sintética está pronta para ser absorvida e utilizada pelo corpo, a versão herbal necessita da hidrólise deste glicosídeo, tornando a absorção mais lenta.29-30 A vitamina D (25(OH)D) é um pré-hormônio sintetizado na pele a partir dos raios UVB e metabolizada no fígado e rim, até sua forma ativa final, com atuação em mais de 200 genes regulados pelos receptores de vitamina D (VDR) em todo o corpo, conforme figura abaixo.2 Rins 1,25-dihidroxivitamina D3 Vitamina D3 Vitamina D2 25-hidroxivitamina D3 Pele Aporte dietético 7-dehidrocolesterol Luz solar Fígado colecalciferol (vitamina D3) Adaptado de Maeda et. al. (2014) 05VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. A biodisponibilidade e a ingesta dietética de vitamina D são extremamente baixas, atingindo menos de 10% da necessidade mínima diária para a população adulta (~100 UI/dia), conforme estudo randomizado10, o que reforça a necessidade de um diagnóstico precoce aliado à suplementação adequada para fins de prevenção em diferentes perfis de indivíduos. De acordo com os dados da última POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), nos últimos 10 anos, a prevalência de hipovitaminose D vêm aumentando, independente da faixa etária analisada. Dados da cidade de São Paulo, envolvendo jovens atletas hígidos, evidenciaram níveis de vitamina D inferiores a 20 ng/mL em 19%; e, até 75% de deficiência quando estabelecido o “target” de vitamina D > 40 ng/mL.11 Em adultos, a hipovitaminose D leva a aumento compensatório de PTH (paratormônio), remodelação óssea, fraqueza muscular e maior risco de quedas e fraturas, por fim, osteoporose mais grave e maior mortalidade.1-3 Hipovitaminose D, grupos de risco e técnicas de diagnóstico 90% da população brasileira sofre com a hipovitaminose D Técnicas de diagnóstico da hipovitaminose D O padrão-ouro para o diagnóstico da hipovitaminose D, de acordo com a Endocrine Society, é baseado na dosagem do metabólito calcidiol [25(OH)D] no sangue, enquanto que a forma ativa 1,25(OH)D sofre influência do PTH e da atividade da 1-alfa-hidroxilase, não sendo recomendada para diagnóstico de hipovitaminose D.2,3 Quanto à técnica utilizada, recomenda-se o uso da cromatografia líquida de alta performance (HPLC) com espectrometria de massa (LC-MS)1,2 que permite dosagem direta da 25(OH)D, com menor interferência analítica. 06VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. A população de maior risco que devemos estar atentos e investigar a rotina estão descritos no Quadro 1, em que chamamos atenção para o estilo de vida “acelerado” de nossas grandes cidades. Ampliação do grupo de risco: deficiência de Vitamina D além do osso Exposição solar limitada: Medicações: Doenças crônicas não transmissíveis:Sistema reprodutor: Gruposespecíficos: Pigmentação da pele Roupas longas Protetor Solar Trabalhadores de turno (dormem durante o dia) Anti-convulsionantes Anti-fúngicos Corticóides Colestiramina Anti-retrovirais Obesidade Resistência insulínica Diabetes Esteatose Insuficiência hepática Doenças autoimunes Doença renal crônica Doenças granulomatosas Câncer Síndrome dos ovários policísticos Dismenorreia Endometriose Infertifilidade Hipogonadismo masculino Gestantes Lactantes Atletas Idosos (>60 anos) com quadro de quedas, fraturas e/ou sarcopenia Má absorção: Clínica (celíacos, síndrome do intestino irritável, etc.) Pós-bariátrica 07VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. Valores de referência e atualização das diretrizes de suplementação Os valores de referência para deficiência de vitamina D são objeto de debates contínuos em congressos e publicações. O que seria um nível adequado para indivíduos saudáveis? E a população do chamado “grupo de risco”? Desde 2007, após a clássica publicação do professor Holick na referendada New England Journal of Medicine¹, considerava-se como deficiência níveis séricos de 25(OH)D < 20 ng/mL e como insuficiência níveis de 21 a 29 ng/mL, corroborado pela Endocrine Society³ e pelo nosso consenso brasileiro (SBEM, 2014).² No entanto, no ano de 2017, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), posteriormente corroborada pela SBEM (2018), emitiu um novo posicionamento, no qual se discutiu a mudança dos critérios para diagnóstico, estabelecendo que para indivíduos “saudáveis” os níveis ideais seriam acima de 20 ng/ mL; sendo o intervalo de 30 a 60 ng/mL considerado para grupos de risco (quedas ou fraturas recorrentes, 60 anos ou mais, gestantes e lactantes, sarcopenia, raquitismo, osteomalácia, osteoporose e hiperparatireoidismo secundário, candidatos à cirurgia bariátrica, com doença inflamatória, autoimune e renal, obesidade, diabetes e câncer).13 Em contrapartida, para indivíduos saudáveis que buscam performance em treinamento de força, os níveis ótimos de vitamina D têm sido considerados acima de 40 ng/mL em diversos estudos.12 Já McKenna & Freaney (1998), bem como Pedrosa & Castro (2005), consideraram que para uma função neuromuscular ótima, níveis de 25(OH)D acima de 40 ng/mL seriam o ideal, referendado pelo novo documento da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) em 2020.12 “Esses, entre diversos outros recentes estudos publicados, mostram a complexidade desse debate acerca de novos pontos de corte para vitamina D em indivíduos saudáveis, que buscam prevenção, maior longevidade e qualidade de vida.” Quanto ao risco de malignidade futura (câncer), verifica-se 50% menor risco para câncer colorretal com níveis de 25(OH)D acima de 33 ng/mL quando comparados a 25(OH)D ≤ 12 ng/mL, assim como em mulheres com níveis acima de 40 ng/mL, onde se verificou 67% menos risco para câncer versus níveis inferiores a 20 ng/mL.14,15 ABRAN***ENDOCRINO SOCIETY E SBEM* SBPC/ML** E SBEM 2018 2020 2014 População geral Deficiência < 20 ng/mL População geral Ideal Acima de 20 ng/mL População geral Ideal Acima de 40 ng/mL Insuficiência 21-29 ng/mL Grupo de risco Ideal 30-60 ng/mL * Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia; ** Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial; *** Associação Brasileira de Nutrologia MAIS RECENTE A evolução dos valores de referência no decorrer dos anos 08VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. “A literatura atual oferece uma visão mais moderna e prática sobre o manejo das deficiências de vitamina D em uma perspectiva global do indivíduo, indo além dos ossos, que são rotineiramente verificados na prática clínica.” Fonte: Filho DR, et al. Int. J Nutrol 2020. O pré-diabetes, por exemplo, é uma condição comum em nosso meio, associado ao excesso de peso. Sabemos que a melhora do padrão do sono, ajuste nutricional e exercício regular, promovendo reduções de 5-10% do peso corporal, são eficientes na regressão desse estado pré-diabético e diversas outras condições metabólicas. Em estudo controlado randomizado (RCT), com pessoas em estado de pré-diabetes, observou-se uma menor progressão para DM2* após seis meses de suplementação (3%) da vitamina D, quando comparado ao grupo placebo, em que 28% dos indivíduos evoluíram para DM2*. Os autores verificaram redução expressiva dos índices HOMA-IR** no grupo suplementado com níveis médios de 25(OH)D final 36 ng/mL.16 Frente as novas evidências de benefícios de níveis mais elevados de 25(OH)D (> 30-40 ng/mL), como em atletas de alto rendimento, desportistas saudáveis e na prevenção de doenças crônicas, recentemente, a ABRAN publicou seu novo posicionamento conforme mostrado na tabela ao lado, para fins de diagnóstico e indicações de suplementação de vitamina D nos dias de hoje. Lembramos que os documentos considerados “referência” no assunto (vitamina D) até hoje, são “consensos/guidelines”1-3 que datam de quase dez anos atrás. Com a associação crescente entre a hipovitaminose D e várias situações clínicas, é essencial buscar uma definição mais precisa dos “pontos de corte” para interpretação dos exames e critérios de suplementação, visando prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida da população em geral. Insuficiência Deficiência Deficiência severa Suficiência Desejável Risco de toxicidade > 100 > 40 50 -75 21-29 < 50 < 20 < 30 < 12 75-150 30-60 250 > 100 Níveis séricos ideais de vitamina D para população em geral nmol/L ng/mL *Diabetes mellitus tipo 2; **HOMA-IR: cálculo matemático baseado nos resultados de glicemia e insulinemia de jejum a fim de avaliar a resistência à insulina. 09VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. O consumo diário e dose de complementação deve ser individualizada e acompanhada por nutricionista/médico capacitados, sendo que doses de 2.000 a 5.000 UI ao dia mostram-se extremamente seguras em diversos estudos e relacionadas com maior eficiência na manutenção do target de 25(OH)D acima de 30 ng/mL. Nesse cenário, as recomendações da Endocrine Society são para complementação pelo suporte nutricional, exposição solar de 15 minutos ao dia em cerca de 20% de área corporal, e uso da vitamina D, conforme na tabela abaixo. Conforme a resolução do CFN no 656, de 2020, o nutricionista deve respeitar os limites de “UL”*, que implica na prescrição de até 4.000 UI/dia (100 μg). Atenção especial deve ser dada a gestantes, lactantes, obesos, portadores de doenças crônicas, idosos e pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, bem como atletas e indivíduos saudáveis que buscam prevenção e longevidade. *Tolerable upper intake levels. RN (bebês) < 1 ano Crianças 1-8 anos Adolescentes 9-18 anos Adultos >19-70 anos Idosos > 70 anos Gestante/ lactante US RDA Endocrne Society Necessidade diária Máxima dose tolerável 400 UI 2.000 UI 400 - 1.000 UI 600 UI 400 UI 600-1.000 UI 600 UI 400 UI 600-1.000 UI 600 UI 10.000 UI 1500 - 2.000 UI 800 UI 10.000 UI 1.500 - 2.000 UI 800 UI 10.000 UI 1.500 - 2.000 UI Recomendações de suporte nutricional da vitamina D Recomendações de necessidades diárias de vitamina D para a população conforme idade 10VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. Vitamina D e saúde mental A vitamina D é um nutriente essencial para a saúde humana, desempenhando um papel crucial na saúde mental, afetando aspectos como o humor, cognição e regulação emocional. Nos últimos anos, agravados pela pandemia da COVID-19, observamos um aumento crescente dos casos de ansiedade, depressão,burnout, aliados ao “home-office” e período prolongado de isolamento social.33 Nesse mesmo cenário, tivemos uma redução da exposição solar, com menos contato direto com o sol e prática esportiva ao ar livre, menos regularidade nas consultas médicas e exames laboratoriais, culminando com maiores taxas de deficiência de vitamina D na nossa população.23-24 Sintomas depressivos são mais comuns em pacientes de média idade e idosos, aliados ao déficit hormonal tanto no homem quanto na mulher (menopausa).17,18,19 Os índices de ansiedade/depressão são significativamente mais altos nessas situações clínicas e, possivelmente, agravados pela deficiência de vitamina D.20-21 11VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde.Material exclusivo para profissionais de saúde. “Reforçamos aqui a importância do monitoramento e investigação da deficiência de vitamina D, a fim de se definir uma suplementação oportuna e que promova menor risco de depressão/ ansiedade na população geral, com atenção especial aos portadores de doenças crônicas, idosos e pacientes renais.” Diversas regiões do encéfalo possuem áreas de alta expressão dos receptores VDR (receptores de vitamina D), com ação direta de vitamina D em nível central. Observa-se uma maior prevalência de ansiedade, depressão e doença de Alzheimer em idosos com baixos níveis de 25(OH)D.3,17,18 A incidência de distúrbios ansioso-depressivos aumenta consideravelmente em portadores de doenças crônicas, como DM2*, obesidade e câncer, todas situações que, sabidamente, também são agravadas pela deficiência de vitamina D.6,8,16,17 A avaliação da saúde mental de 533 pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) e baixos níveis de 25(OH)D (19 ng/mL), demonstrou maiores taxas de depressão em pacientes renais (50%) em comparação com a população geral e a portadores de IRC sem déficit de vitamina D, onde a taxa de depressão foi de 32%.19 Um outro estudo avaliou indivíduos acima de 60 anos e com depressão grave que tinham níveis médios de 25(OH)D de 21 ng/mL e receberam 50.000 UI de vitamina D por semana vs. placebo, durante dois meses. Os autores encontraram elevação de vitamina D de forma significativa, atingindo níveis > 40 ng/mL com melhora do escore de depressão em relação ao grupo placebo (p=0,0001).20 Em consonância com esses dados, uma importante metanálise que envolveu seis RCTs e cerca de 16 mil pessoas, corroborou fortemente esses resultados. Os autores revisaram e analisaram 1.157 casos de depressão, onde foi observado que para cada 10 ng/mL de elevação nos níveis séricos de 25(OH)D, verificava-se uma redução de 12% no risco de depressão.21 Adaptado de Harvard Medical School (2022); Pandya et. al. (2012) *Diabetes mellitus tipo 2 Amígdala cerebral Tálamo Hipocampo Córtex pré-frontal Áreas cerebrais envolvidas na depressão 12VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. Vitamina D e imunidade Muito comum na prática diária do consultório a queixa de pacientes em relação ao seu estado de imunidade, principalmente, em tempos de pós-pandemia. É natural pensarmos diretamente na vitamina D nesses casos, pois diversas pesquisas nesse cenário veem sendo publicadas e debatidas. Estudos demonstram um papel da 25(OH)D no sistema imune mediada por linfócitos B e T, células CD4 e CD8 ativadas, antígenos de apresentação celular, devida a forte expressão de receptores de vitamina D (VDR) nessas células. O VDR atua como um modulador da resposta imune inata e adaptativa. A 25(OH)D baixa favorece o desenvolvimento de células T autorreativas e aumenta a síntese de interleucinas pró-inflamatórias (IL-12, INF-gama), favorecendo o aparecimento de doenças autoimunes.7-12-27 IL-12 INF-gama 25(0H) D Pouca vitamina Menor proteção a doenças autoimunes Aumento da síntese de interleucinas pró-Inflamatórias 13VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde.Material exclusivo para profissionais de saúde. Redução da circulação de células B, T e NK (natural killer) Redução da atividade das células NK e células T Redução da fagocitose nasal por neutrófilos Redução dos níveis nasais e salivares de IgA Aumento de citocinas pró- e anti-inflamatórias Adaptado de Dzik KP, Kaczor JJ (2019); Owens DJ et al. (2018) Para prevenção de doenças e ótima imunidade em atletas, o consenso atual (2018) recomenda a suplementação de vitamina D em doses mínimas de 1.000 – 2.000 UI diariamente, sobretudo no inverno. 22 Já no contexto da pandemia COVID-19, diversos estudos avaliaram a relação entre vitamina D e maior risco para contrair o vírus, bem como pior prognóstico e mortalidade. Liu e cols. (2021) em uma robusta metanálise com cerca de 360 mil participantes, evidenciaram a relação entre vitamina D abaixo de 30 ng/dl e alto risco para COVID-19.23 Dados recentes evidenciam não apenas o risco de contaminação, mas também a severidade da COVID-19 e mortalidade associados à hipovitaminose D. Boulkrane e cols. (2020), relataram que a presença de níveis supostamente “normais” de vitamina D, entre 20-30 ng/dl, aumentariam em cerca de 12.5x o risco de morte pela COVID-19.24 “Todo esse cenário nos traz a reflexão da importância de avaliar os níveis de vitamina D da nossa população, ainda que saudável, em face ao agravamento de IVAS e COVID-19.” Para indivíduos saudáveis que praticam exercício físico regular, o sistema imune é de grande importância para prevenção de infecções, sobretudo de vias aéreas superiores (IVAS).27 O exercício intenso pode ocasionar uma série de alterações imunes (Quadro 2), que culminam em maiores taxas de IVAS nos atletas, prejudicando muitas vezes seu ciclo de treinamento, a chamada curva em “J” de Niemann e Canarella; sendo essa uma situação clínica potencialmente reversível com a suplementação adequada de vitamina D. 7-12-27 Alterações da imunidade secundárias ao exercício intenso 14VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. A vitamina D é atribuída à prevenção de doenças crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares e doença renal pela regulação do estresse oxidativo.34 Fatores dietéticos e nutrientes com potencial papel protetor no processo oxidativo e na resposta inflamatória têm sido implicados na gênese ou na evolução dessas doenças.41-42-43 Em níveis adequados de vitamina D, acontece a modulação de uma séria de respostas antioxidantes no organismo, tais como: De acordo com a OMS, a poluição atmosférica é uma das maiores ameaças ambientais à saúde humana, estimando que cause 7 milhões de mortes prematuras por ano.36 Mecanismos de apoptose e autofagia; Ativação da via SIRT1, culminando com menor expressão de NF-kB, mTOR e FoxO; Ativação das vias de superóxido dismutase (SOD) com redução das espécies reativas de oxigênio (ROS);7 Redução da atividade PGC-1alfa, com disfunção mitocondrial, que se traduz em menor risco vascular cardíaco e cerebral, por exemplo.7-12-27 Redução da peroxidação lipídica e inibição NOX2; Vitamina D e seu papel antioxidante Em 2011 Delfino demonstrou que exposição a poluentes atmosféricos, com material particulado de até 10 µm de diâmetro, induzem o estresse oxidativo e subsequente inflamação, podendo causar sintomas respiratórios e efeitos cardiovasculares adversos.35 Além disso, alguns estudos demonstram que o nível de poluição do ar está inversamente relacionado com a extensão de UVB solar que atinge a superfície terrestre, ou seja, em áreas poluídas há uma passagem reduzida de raios UVB, que por sua vez diminui a síntese endógena de vitamina D na pele.40 Uma revisão de estudos transversais conduzida por Romieu (2005), sugere que as vitaminasantioxidantes têm um efeito protetor contra doenças pulmonares.37 E ainda auxiliam no combate ao estresse oxidativo de uma forma holística, reforçando também o quanto a vitamina D demonstrou ter propriedades antioxidantes. 34,41,42,43 Adaptado de Dzik KP, Kaczor JJ (2019); Owens DJ et al. (2018) 15VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. A quantidade e qualidade de músculo esquelético no indivíduo ao longo da vida é o resultado entre a síntese proteica muscular (SPM) vs. a degradação muscular. O balanço entre esses dois processos determina se a massa muscular aumentará, diminuirá ou permanecerá constante.4,12 Em indivíduos adultos saudáveis, entre 20 e 40 anos de idade, a síntese é similar à degradação, sem grandes variações da massa muscular total. No entanto quando há predomínio da degradação proteica muscular, aliados a um baixo estímulo para síntese, é provável que ocorra a redução da massa muscular esquelética e da performance, levando ao quadro de sarcopenia. Lembramos ainda que após os 40 anos, há um declínio progressivo da massa muscular, cerca 8% por década.5 A sarcopenia, conforme o consenso europeu, é definida pela perda progressiva de força, potência, massa muscular e da função física.5 Vitamina D e atividade física A vitamina D é conhecida por sua importância para a saúde óssea, mas também desempenha um papel crucial no desempenho físico e na atividade física. Além de ajudar na absorção de cálcio e fósforo, a vitamina D é fundamental para o crescimento e desenvolvimento muscular, melhora a força e a função física em geral. A doença atinge cerca de 10-15% da população acima de 60 anos, associada a um aumento do risco de quedas e fraturas, redução da independência, com piora da qualidade de vida dos idosos.5 Sedentarismo Alcoolismo Restrição dietética calórica e proteica Deficiência de vitamina D Hipogonadismo Menopausa Senioridade Fatores que interferem na síntese proteica muscular Adaptado de Gago LC, Gago FCP (2016) 16VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. A vitamina D apresenta um papel relevante na saúde muscular, uma vez que ela promove efeitos estimulatórios na síntese proteica muscular, expressão gênica, função neuromuscular, síntese de citocinas anti-inflamatórias e melhora da força e função muscular. Ainda está associada a maior estímulo das fibras musculares tipo II e um down regulation da miostatina, modulando a resposta de degradação muscular, o que resulta em um efeito anabólico e anticatabólico no músculo.12 Para mulheres jovens, em alto nível de treinamento e prevenção da síndrome da mulher atleta, o consenso sobre o tema recomenda a suplementação diária de ao mínimo 600 UI de vitamina D, com alvo de vitamina D acima de 32-50 ng/dl pelo menos.25 Já em mulheres idosas, com baixos níveis de 25(OH)D suplementadas com 2.000 UI de vitamina D diariamente, por 2 anos, observou-se redução de queda de 59% no grupo tratado e aumento do diâmetro da fibra tipo II (+96%) vs. redução de 22% nessa fibra do grupo placebo.26 Conforme Owens e cols. (2018), para atletas deve-se manter suplementação otimizada de vitamina D, na dose de 2.000 a 4.000 UI ao dia, para uma ótima performance.27 Mulheres jovens Atletas > 600 UI de suplementação diária 2.000 a 4.000 UI de suplementação diária 2.000 UI de suplementação diária Mulheres idosas Referências de suplementação em: 17VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde.Material exclusivo para profissionais de saúde. Portanto, a vitamina D desempenha um papel funcional muito importante na nutrição, funções imunológicas, resistência a doenças e manutenção da saúde, além de: Redução dos níveis de vitamina D estão associados ao aumento de mortalidade; Níveis adequados de vitamina D reduzem doenças autoimunes, metabólicas e câncer; A vitamina D baixa favorece o desenvolvimento de células T autorreativas e aumenta a síntese de interleucinas pró-inflamatórias; Bons níveis de vitamina D associados a redução e gravidade da COVID-19; Baixos níveis de vitamina D estão associados a casos de ansiedade e depressão; Vitamina D promove ação antioxidante, aumento de citocinas anti-inflamatórias e melhora função neuromuscular; Ideal manter níveis de vitamina D acima de 30 ng/dL até 100 ng/dL para melhora da saúde global e qualidade de vida; Doses diárias de 2.000-5.000 UI de vitamina D se mostram seguras em diversos estudos clínicos. TAKE HOME MESSAGE by. Dr. Frederico F. R. Maia 18VITAMINA D Um novo olhar holístico sobre suas evidências científicas e ações no organismo Material exclusivo para profissionais de saúde. 1. Holick MF. Vitamin D. N Engl J Med. 2007;357(3):26681. 2. Maeda SS, Borba VZC, Camargo MBR, Silva DMW, Borges JLC, Bandeira F, et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D. Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58(5):411-33. 3. Holick MF, Binkley NC, Bischoff-Ferrari HA, Gordon CM, Hanley DA, Heaney RP, et al.; Endocrine Society. Evaluation, treatment, and prevention of vitamin D deficiency: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2011;96(7):1911- 30. 4. Mithal A, Wahl DA, Bonjour JP, Burckhardt P, Dawson Hughes B, Eisman JA, et al.; IOF Committee of Scientific Advisors (CSA) Nutrition Working Group. Global vitamin D status and determinants of hypovitaminosis D. Osteoporos Int. 2009;20(11):180720. 5. Gago LC, Gago FCP. 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Não contém quantidade significativa de Gorduras totais, Gorduras saturadas, Gorduras trans e Fibra alimentar INFORMAÇÃO NUTRICIONAL 330 ml (1 unidade)** ���������������������������� �������������������� ����� Ingredientes: água, malte de cevada, arroz, açúcar de cana, lúpulo, colecalciferol (vitamina D) e aromatizantes. Material exclusivo para profissionais de saúde. prev page 3: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Botão 2: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: