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Processo de Controle de Frequência - UC 6 - TRH - Senac

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Recursos Humanos
Processo de controle de frequência
Nesta unidade curricular, abordaremos todos os processos que envolvem
os controles além de registros do empregado. Essas informações se tornam
muito importantes para os controles tanto do empregador como do empregado e
têm como objetivo criar um padrão nas organizações, tornando-se também um
hábito para o empregado.
Todos esses registros são diários. Ao final de cada período, esses
controles serão computados para confecção da folha de pagamento, sempre
observando os horários registrados.
Esse é um tema importante, pois as relações entre empregado e
empregador nas organizações econômicas obedecem a normas e condutas
estabelecidas nas chamadas rotinas trabalhistas. A regra geral é de que as
jornadas de trabalho dos empregados devem ser controladas de acordo com os
contratos de trabalho conforme a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, ou
por acordos coletivos.
As rotinas trabalhistas estabelecem que empresas com mais de dez
trabalhadores precisam, obrigatoriamente, registrar os horários de entrada e de
saída dos funcionários. Essa marcação poderá ser manual, mecânica ou
eletrônica, de acordo com instruções do Ministério da Economia, respeitando
sempre o período de repouso, nos termos dos parágrafos 1º e 2º, do artigo 74,
da CLT.
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Formas de registros
Os empregados da organização terão sua frequência registrada,
diariamente, com marcação da hora de entrada e da hora de saída. Esse
registro poderá ser manual, mecânico ou eletrônico, em conformidade com a
jornada de trabalho estabelecida no contrato assinado entre empregado e
empresa, inclusive quanto aos intervalos para alimentação ou lanche.
Como acontece essas formas de registro?
O registro de ponto manual é realizado pelo colaborador manualmente no livro ponto
ou em folha ponto fornecida pela empresa.
O registro do ponto mecânico se dá por meio do relógio ponto cartográfico, no qual o
colaborador insere um cartão e o relógio registra dia e horário da marcação.
O registro de ponto eletrônico é realizado pela identificação do colaborador pelo seu
cartão/crachá ou por sua própria digital (ponto biométrico) e as informações são
transmitidas do relógio para um software de tratamento de ponto.
O registro eletrônico de ponto foi instituído pela Portaria nº 1.510, 21 de
agosto de 2009, pelo Ministério da Economia. O sistema de registro eletrônico
de ponto (SRPE) é o conjunto de equipamento e programas informatizados com
o objetivo de anotações por meio eletrônico de entrada e saída dos empregados
das empresas, em atenção ao artigo 74 da CLT e ao Decreto-Lei nº 5.452, de 1º
de maio de 1943.
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Atualmente, por uma questão de agilidade e segurança, a maioria das
empresas utiliza o ponto eletrônico. Porém, a validade desse dispositivo está
diretamente ligada à correta observância das disposições que estão contidas na
Portaria nº 1.510 anteriormente mencionada.
Manter-se atualizado é importante. Por isso, quando necessário, consulte o
site do Ministério da Economia, lá você encontrará informações atualizadas.
Empregados desobrigados da marcação
Os empregados desobrigados do registro ponto são os relacionados no
artigo 62 da CLT, ou seja, aqueles funcionários que dificilmente conseguirão
marcar o seu horário com precisão, por estarem fazendo trabalho externo.
Porém, essa situação deve estar expressamente registrada na CTPS ou no
contrato de trabalho.
Os gestores que ocupam cargo de confiança também se enquadram nessa
modalidade, ou seja, estão desobrigados do registro da marcação ponto. Como
exemplo, temos o cargo de gerente administrativo, um cargo de confiança que
não precisa registrar ponto.
Cada organização tem uma forma de realizar o controle das horas
trabalhadas destes trabalhadores.
Registro de serviços externos
Para o controle de frequência dos funcionários que exercem atividade
externa, pode ser utilizada uma folha individual de ponto externo, de acordo
com o padrão da organização. Nesse documento, deve constar a indicação
“cartão de ponto externo”. A folha individual de ponto externo permanece com o
funcionário para a inclusão dos registros das horas trabalhadas externamente,
com todos os detalhes dos minutos (6h42, 16h42 etc.).
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Quadro de horário
É utilizado em empresas em que o registro fica em livro ponto. Conforme o
artigo 74 da CLT, o horário de trabalho constará neste quadro, organizado
conforme modelo padrão do Ministério da Economia, fixado em um local visível,
de acordo com o leiaute da organização, e de fácil acesso para todos os
trabalhadores.
Registro de intervalos de refeição ou descanso
Os intervalos de descanso ou repouso durante a jornada de trabalho estão
garantidos pela CLT, conforme o artigo 71, que determina que em qualquer
trabalho contínuo, com duração maior que seis horas, é obrigatória a concessão
de um intervalo para o repouso ou alimentação de, no mínimo, uma hora e, no
máximo, duas horas, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário.
Para jornadas de trabalho maiores do que quatro horas e que não
excedam seis horas de duração, será obrigatório um intervalo de 15 minutos.
O trabalhador é o responsável pelo devido registro de seu intervalo.
Registro de horas extras
Não se consideram horas extras as variações de horário de cinco a dez
minutos no registro do ponto, segundo o artigo 58 da CLT. Da mesma forma,
essa variação de cinco a dez minutos não será objeto de desconto.
A legislação trabalhista vigente estabelece que a jornada de trabalho
corresponde a 44 horas semanais.
Caso o empregado trabalhe um período maior, a jornada não pode exceder
duas horas diárias, para efeito de horas extras, salvo exceção prevista em
acordos anteriores, conforme contrato ou convenção coletiva.
A remuneração da hora extra será superior à hora normal, sendo 50% de
segunda a sexta-feira, e 100% aos domingos e feriados.
Observação: esses referenciais podem variar, sempre dependendo dos
acordos coletivos da categoria em que a empresa está inserida.
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Registro de falta e atrasos
São registrados quando o empregado, sem motivo justificado, chegar
atrasado ou faltar ao trabalho. Nesses casos, o empregador pode descontar do
salário do empregado a quantia correspondente ao atraso ou à falta.
Entretanto, o artigo 473 da CLT admite determinadas situações em que o
empregado poderá deixar de comparecer ao trabalho sem desconto do salário.
Dentre elas podemos citar como exemplo os seguintes casos:
Até dois dias consecutivos, em caso de falecimento de cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social, viva sob sua dependência econômica.
Até três dias consecutivos, em virtude de casamento.
Por cinco dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana.
Conforme já referido anteriormente, a empresa pode abonar os atrasos até
dez minutos diários, em atenção ao disposto no artigo 58, parágrafo 1º, da CLT.
Nota: as faltas justificadas, amparadas por lei, devem ser devidamente
comprovadas na empresa por meio de documentos legais.
Os atestados médicos devem indicar o tempo de dispensa concedido ao
funcionário (quantidade de dias numericamente e por extenso) e para serem
válidos devem ter carimbo e assinatura do médico e respectivo registro no
conselho profissional, conforme prescreve a Portaria nº 3.291, de 20 de
fevereiro de 1984, do Ministério da Previdência Social – MPAS.
É importante que o atestado faça referência ao código internacional da
doença – CID, mas isso fica condicionado à autorização da empresa e do
paciente. Esse detalhe pode ser dispensado, não prejudicando a validade do
atestado, conforme Resolução 1.484/1997 do Conselho Federalde Medicina.
Os atestados odontológicos também são válidos para abono de faltas ao
trabalho, conforme dispõe o inciso III do artigo 6º da Lei 5.081/1966, na redação
dada pela Lei 6. 215/1975.
Os atestados devem ser autênticos. Um atestado ou comprovante falso
pode levar o funcionário à demissão por justa causa.
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Neste material, conhecemos os processos de controles de frequência das
organizações amparados pela CLT ou originados de acordos coletivos entre as
categorias dos empregados e empregadores. Esses controles são fundamentais
para que o empregado tenha segurança quanto à correção de seus registros e
quanto ao valor do salário que vai receber.

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