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PROCESSOS INFECCIOSOS-convertido

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PROCESSOS INFECCIOSOS DA CAVIDADE BUCAL 
PROCESSOS INFECCIOSOS 
O isolamento de determinado microrganismo não significa 
que ele seja responsável pela infecção. O exemplo clássico é 
o isolamento de S. aureus em portadores sadios. 
Nº de microrganismos X virulência 
Resistência do hospedeiro 
A virulência dos microrganismos é representada pelo 
conjunto de forças agressivas contra o hospedeiro, isto é, 
seu pode invasor e toxígeno. 
A resistência do hospedeiro é representada pelo arsenal 
defensivo de que ele dispõe contra a ação dos 
microrganismos. 
MECANISMOS DE DEFESA DO HOSPEDEIRO 
Defesa local: barreira anatômica intacta, microbiota normal 
Defesa humoral: imunoglobulinas, complemento 
Defesa celular: granulócitos (neutrófilos 90-95%), 
monócitos, linfócitos 
PROCESSOS INFECCIOSOS DA CAVIDADE BUCAL – 
CLASSIFICAÇÃO 
 Maxilar ou perimaxilar (Graziani, 1986) 
 Agudo ou crônico 
 Leve, moderado ou severo 
PROCESSOS INFECCIOSOS DA CAVIDADE BUCAL - ORIGEM 
 Odontogênica 
 Complicações traumáticas 
 Complicações cirúrgicas 
 Complicações de erupção de terceiros molares 
 Hematogênica 
 
PROCESSOS INFECCIOSOS ODONTOGÊNICOS 
HISTÓRIA NATURAL DA PROGRESSÃO DAS INFECÇÕES 
ODONTOGÊNICAS 
Origem: periapical ou periodontal → podem evoluir para 
abscesso dento alveolar 
Evolução da cárie: 
1ª imagem: cárie inicial – produção de dentina esclerótica 
2ª imagem: avanço da cárie – produção de dentina reacional 
por odontoblastos 
3ª imagem: cárie próxima a polpa – atrofia de odontoblastos 
VIAS DE DRENAGEM DE ABSCESSOS DENTO ALVEOLARES 
*FOTO* 
 Periapical, extraoral, intraoral, via sulcular... 
PROCESSOS INFECCIOSOS – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Locais 
 Sistêmicas 
MANIFESTAÇÕES LOCAIS 
Dor, rubor, tumefação, calor, desaparecimento de sulcos, 
salivação abundante, hálito fétido, trismo, nódulos linfáticos 
engurgitados (palpáveis) e dente abalado, dolorido ou pode 
ter sido extraído. 
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS 
- Mal-estar geral 
- Febre (cefaleia) 
- Aumento da frequência cardíaca e respiratória 
- História de calafrios, suor, anorexia 
A cefaleia que frequentemente acompanha a infecção, 
geralmente é associada a febre e é considerada como 
resultado do estiramento de estruturas sensitivas que 
circundam as artérias intracranianas dilatadas. 
FEBRE X ANTIBIÓTICOS 
A febre constitui a reação dos mecanismos defensivos do 
organismo. 
A temperatura axilar normal é 36,5°C pela manhã e 37,2ºC a 
tarde, sendo a temperatura bucal aproximadamente 0,5°C 
maior do que a axilar. 
A temperatura corporal, em situações de normalidade, sofre 
variação rítmica diária com amplitude de 1°C a 1,5°C, 
atingindo o valor mais elevado entre 18 e 23 horas e o mais 
baixo durante o sono, entre 4 e 6 horas da manhã. 
Temperatura normal 36-36,9ºC 
Estado febril 37-37,5ºC 
Febre baixa 37,6-38ºC 
Febre moderada* 38,1-39ºC 
Febre alta* Acima de 39,1ºC 
*Deve ser combatida 
A elevação da temperatura corporal: 
 Inibe o crescimento de diversos microrganismos que 
crescem dentro de uma variação relativamente estreita 
de temperatura. 
 Estimula a atividade fagocitária dos leucócitos e a 
produção dos anticorpos, atestado pelo aumento das 
gamaglobulinas. 
FEBRE 
 O metabolismo basal aumenta 13% a 15% a cada grau 
acima de 37°C, requerendo mais oxigênio e calorias para 
os tecidos. 
 Pode-se afirmar que a frequência cardíaca se eleva 
aproximadamente 10 batimentos a cada 0,56 graus de 
elevação de temperatura corporal. 
ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL 
Aumento da frequência cardíaca e respiratória → ajuda a 
distribuir e dissipar o calor corporal 
Aumento do metabolismo → aumenta a perda de líquidos 
através dos pulmões e da pele 
ATENÇÃO: frequência cardíaca superior a 100 batimentos 
por minuto pode significar infecção grave e exigira 
tratamento imediato mais agressivo. 
SINTOMAS FREQUENTEMENTE ASSOCIADOS A FEBRE 
– Sensação de frio ou calor 
– Cefaleia 
– Mialgia 
– Artralgia 
– Fraqueza geral 
– Relatos de calafrios recorrentes são comuns em abscesso 
e bacteriemia 
ATENÇÃO: pacientes jovens têm febre alta mesmo durante 
infecções triviais (leves), enquanto os mais velhos podem ter 
pequenas alterações de temperatura mesmo em infecções 
severas. (Goldberg & Topazian, 1997) 
Pacientes com sinais vitais normais com pequena elevação 
de temperatura, frequentemente apresentam infecção leve, 
que pode ser rapidamente tratada. 
Pacientes com sinais vitais alterados, com elevação de 
temperatura, do pulso e da frequência respiratória, 
frequentemente apresentam infecção severa e devem ser 
considerados como tendo problemas potenciais. (Peterson, 
1996) 
PROCESSOS INFECCIOSOS - DIAGNÓSTICO 
– Diagnostico clinico 
– Diagnostico microbiológico (nem sempre é realizado) 
– Diagnóstico topográfico 
– Conhecimento da história natural da doença 
DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO – CULTURA 
O diagnóstico microbiológico é realizado por meio do exame 
de cultura dos microrganismos. 
ANTIBIOGRAMA 
Após o exame de cultura realiza-se o antibiograma, que é um 
teste de laboratório para determinação da sensibilidade de 
microrganismos a determinados antibióticos. 
O antibiograma representa um estado dinâmico e indica 
hábitos de antibioticoterapia seguidos em certa época, em 
certa área geográfica. (Sole-Vernin & Uthida Tanaka, 1969) 
ATENÇÃO: o diagnóstico microbiológico e infecções na 
cavidade bucal nem sempre é realizado, pois tais infecções 
são provocadas por um grupo altamente previsível de 
bactérias. 
DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO – INDICAÇÕES 
– Infecção que se dissemina rapidamente 
– Infecção que não responde ao tratamento convencional 
– Infecção recidivante 
– Comprometimento das defesas orgânicas 
Microrganismos envolvidos nas infecções odontogênicas 
estão relacionados a placa dental, carie dental e, 
posteriormente, a polpa dental. 
AGENTE INFECTANTE 
Os estreptococos como grupo são os microrganismos mais 
frequentemente encontrados nas infecções da cavidade 
bucal. 
As bactérias envolvidas em mais de 90% das infecções 
odontogênicas são estreptococos aeróbios e anaeróbios, 
peptoestreptococos, prevotella e fusobactérias. 
CARACTERÍSTICA MICROBIOLÓGICA DAS INFECÇÕES 
ODONTOGÊNICAS 
– 60% aeróbios e anaeróbios 
– 35% unicamente anaeróbios 
– 5% unicamente aeróbios 
ATENÇÃO: infecções anaeróbias não se estabelecem em 
tecidos sadios que são bem oxigenados. 
ESTABELECIMENTO DE CONDIÇÕES DE ANAEROBIOSE 
Bactérias aeróbias e anaeróbias facultativas consomem o 
oxigênio presente e dessa forma, os microrganismos 
anaeróbios estritos podem sobreviver e multiplicar-se. 
Interrupção de fluxo sanguíneo provoca a privação de 
oxigênio que favorece a infecção anaeróbia. 
Deve-se suspeitar de infecção anaeróbia nas seguintes 
situações: 
- Material purulento fétido 
- Cultura bacteriana negativa após 24 a 48 horas 
- Presença de tecido necrótico, gangrena e formação de 
pseudomembrana 
O processo infeccioso não pode ser resolvido com fórmulas 
simples, cada paciente e cada processo infeccioso é um caso 
particular que necessita ser observado. 
O princípio básico do tratamento de processos infecciosos 
odontogênicos é executar a drenagem cirúrgica e remover a 
causa da infecção. 
OBJETIVOS DO TRATAMENTO DO PROCESSO INFECCIOSO 
– Alívio da dor 
– Restauração da função 
– Preservação das estruturas orgânicas vitais 
– Prevenção de recidivas 
– Limitação do período de invalidez 
TRATAMENTO DOS PROCESSOS INFECCIOSOS 
TRATAMENTO LOCAL 
- Localização do processo 
- Drenagem cirúrgica 
- Eliminação do agente causal 
 
 Localização do processo: 
– O calor úmido 
– Emprego de emolientes 
Tendem a acelerar as alterações metabólicas e a ação dos 
mecanismos de defesa local, assim como apressar a 
resolução e a localização do processo. 
 Drenagem cirúrgica: 
A drenagem cirúrgica do pus promove a redução na tensão 
dos tecidos, o que diminui a sintomatologiadolorosa, 
melhora o suprimento sanguíneo no local e favorece a 
chegada das defesas do hospedeiro à área. 
 Eliminação do agente causal: 
- Tratamento endodôntico 
- Extração dental 
EXTRAÇÃO DENTAL – OPORTUNIDADE DA INTERVENÇÃO 
Deve ser avaliada a temperatura do paciente. Em caso de 
envolvimento do estado geral com febre superior a 38°C, 
algumas precauções devem ser tomadas previamente a 
intervenção. 
Em caso de envolvimento do estado geral com febre igual 
ou superior a 38°C, recomenda-se: 
– Administrar imediatamente terapêutica antibiótica 
– Instituir suporte dietético adequado (proteinoterapia) 
– Administrar analgésicos não antipiréticos 
– Instituir bochechos com soluções antissépticas mornas 
– Aumentar o consumo de líquidos 
Esta terapêutica deve ser mantida por 7 a 10 dias. O 
tratamento cirúrgico será instituído somente após 24 horas 
sem febre. 
Em caso de ausência de febre, prescrever a terapêutica 
sugerida e, se possível, instituir o tratamento cirúrgico 
recomendado. 
TRATAMENTO SISTÊMICO 
Visa proporcionar conforto, controlar a infecção e favorecer 
o aumento da resistência orgânica do paciente. 
– Repouso 
–Suporte dietético 
– Aumento do consumo de líquidos 
– Uso de analgésicos e antibióticos 
ESCALA DE OPÇÕES DE ANTIBIÓTICOS 
1. Penicilina 
2. Eritromicina 
3. Clindamicina 
Em algumas situações pode ser utilizado penicilina + 
metronidazol → pericoronarite severa 
EFEITOS TERAPÊUTICOS DA ANTIBIOTICOTERAPIA 
– Diminuição da febre 
– Melhora do estado geral de saúde 
– Desaparecimento de adenopatias 
– Desaparecimento dos sinais locais de infecção 
PROCESSOS INFECCIOSOS – AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO 
Na maioria das situações, 48 horas após o início do 
tratamento há redução apreciável da dor e de edema. 
Durante os curativos outros parâmetros como febre, trismo 
e sensações subjetivas de melhora devem ser avaliados. 
FALHAS NO TRATAMENTO 
1. Tratamento cirúrgico inadequado 
2. Comprometimento das defesas do hospedeiro 
3. Presença de corpo estranho na ferida 
4. Falta de medidas complementares 
5. Problemas relacionados a antibioticoterapia 
PROBLEMAS COM ANTIBIÓTICO 
– Diagnostico microbiológico errado 
– Seleção incorreta do antibiótico 
– Falta de colaboração do paciente 
– O antibiótico não alcança o local 
– Posologia deficiente 
SITUAÇÕES CLINICAS EM QUE NÃO SE EMPREGA 
ANTIBIÓTICO 
– Abscesso crônico bem localizados 
– Alveolite seca 
– Pericoronarite moderada 
CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO AO CIRURGIÃO 
BUCO-MAXILO-FACIAL 
– Dificuldade de respirar 
–Dificuldade de deglutir 
– Desidratação 
– Trismo moderado a grave 
– Edema severo 
– Temperatura superior a 38°C 
– Grave mal-estar 
– Comprometimento das defesas do hospedeiro 
– Falha no tratamento inicial 
PROCESSOS INFECCIOSOS ODONTOGÊNICOS – 
TRATAMENTO AMBULATORIAL 
PROCESSOS INFECCIOSOS ODONTOGÊNICOS 
 Pericoronarite 
 Abscesso dento alveolar 
 Abscesso periodontal 
 Abscesso subperiosteal 
PERICORONARITE 
Infecção que ocorre nos tecidos que recobrem um dente 
geralmente semi-incluso. 
 É a condição patológica mais frequentemente associada 
ao terceiro molar inferior. 
 Aproximadamente 10% dos terceiros molares inferiores 
extraídos apresentam pericoronarite. 
INCIDÊNCIA 
Idade: maior prevalência entre 18 e 28 anos 
Dentes envolvidos: terceiros molares inferiores 
FATORES PREDISPONENTES 
– Opérculo gengival favorecendo a proliferação bacteriana 
– Umidade 
– Proteção (estagnação) 
– Posição dental 
– Temperatura constante 
– Alimento 
– Obscuridade 
– Anaerobiose 
– Irritação traumática 
– Inflamação 
– Diminuição da vitalidade tecidual 
FATORES COADJUVANTES 
– Stress físico ou emocional 
– Diminuição do fluxo salivar 
– Aumento da virulência e/ou diminuição da resistência 
STRESS 
Passanezi et al. (1983) estudando a pericoronarite relataram 
que em 30% dos casos avaliados havia relatos de alguma 
forma de estresse físico ou emocional. 
Nitzan et al. (1985) observaram que 66% dos pacientes com 
pericoronarite relataram estresse emocional precedendo as 
manifestações da doença. 
POSIÇÃO DO TERCEIRO MOLAR 
Wallace (1966) relatou que a pericoronarite ocorreu em 90% 
dos casos de terceiros molares inferiores verticais e no 
mesmo nível da face oclusal do segundo molar. 
Posição vertical 67% 
Posição disto angular 14% 
Posição mesio angular 12% 
Outras opções 7% 
 
RISCO DE PERICORONARITE 
Dentes com maior risco para pericoronarite aguda são os 3º 
molares inferiores verticais totalmente irrompidos, que 
estão em contato com o 2º molar ou estão acima do plano 
oclusal e parcialmente encapsulados por tecidos moles ou 
duros (Leone et al. 1986). 
The mandibular third molar position as a predictive criteria 
for risk for pericoronaritis: a retrospective study → os 
autores concluíram que na população estudada, o risco para 
pericoronarite parece aumentar com a maior angulação 
vertical e com a posição mais alta do dente durante a 
erupção. 
PERICORONARITE – DADOS BACTERIOLÓGICOS 
Estudos avaliando a microbiota presente em pericoronarite 
mostram predominância de estreptococos viridans e 
estafilococos aureus coagulase positivos ou tem descrito 
uma microbiota normal na área da infecção. 
A presença de espiroquetas e fusobactérias em 
pericoronarite pode estar relacionado ao estado da higiene 
bucal, uma vez que esses microrganismos são 
frequentemente encontrados em tecidos bucais que não 
tem sido mantidos limpos. 
O fato de espiroquetas e fusobactérias normalmente não 
habitarem a cavidade bucal antes da adolescência, pode 
explicar a rara ocorrência de pericoronarite durante a 
erupção de dentes decíduos. 
CLASSIFICAÇÃO DA PERICORONARITE 
 Aguda 
 Sub-aguda 
 Crônica 
OBS.: não podemos tratar casos de pericoronarite aguda, 
apenas sub-aguda e crônica. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA PERICORONARITE 
- Dente parcialmente erupcionado ou semi-incluso. 
- Colonização de bactérias entre a coroa do dente e a gengiva 
que a recobre, devido ao acumulo de alimentos. 
- Sulco profundo entre a coroa do dente e a gengiva. 
- Dificuldade de higienização do local em questão ou higiene 
deficiente. 
- Trauma dos tecidos moles que recobrem, ainda que 
parcialmente, a coroa do dente ou provocado pelo dente 
antagonista (maxilar) ou pela própria mastigação. 
SINAIS E SINTOMAS DA PERICORONARITE 
- Edema e dor na área do opérculo gengival 
- Exsudação entre a coroa dental e o opérculo gengival 
- Dificuldade de mastigação e deglutição 
- Dor pode ser irradiada para a área do ouvido 
- Mau hálito 
- Trismo 
- Dor irradiada para o ouvido, assoalho bucal e/ou garganta 
- Pode haver sangramento gengival 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS SISTÊMICAS 
Febre, calafrios, mal-estar, nódulos linfáticos endurecidos e 
dolorosos. 
TRATAMENTO DA PERICORONARITE 
O tratamento da pericoronarite em fase aguda consiste 
inicialmente em reverter o processo para uma fase crônica, 
procedendo a seguir o tratamento definitivo. 
 Local 
 Sistêmico 
TRATAMENTO LOCAL 
- Limpeza mecânica do espaço sob o opérculo e irrigação 
com peróxido de hidrogênio a 3%. 
- Drenagem na presença de ponto de flutuação. 
- Irrigação com solução de digluconato de clorexidina a 
0,12% ou cloreto de cetilpiridínio a 50%. 
- Verificar dente antagonista. 
- Confeccionar placa anterior. 
- Desgastar cúspides. 
- Extração do dente antagonista. 
TRATAMENTO LOCAL (EM CASA) 
- Irrigação com solução fisiológica aquecida. 
- Bochechos frequentes com solução salina ou antissépticos 
(solução de digluconato de clorexidina a 0,12% ou cloreto de 
cetilpiridínio a 50%) VER SE É ISSO MESMO, NÃO DEU PARA 
ENXERGAR NA FOTO. 
Se a pericoronarite é bem definida, a curetagem, irrigação e 
drenagem, na maioria dos casos, levam à resolução de todos 
os sintomas e sinais presentes em alguns dias. 
TRATAMENTO SISTÊMICO 
- Analgésicos 
- Antibióticos (em caso de manifestações sistêmicas) 
EMPREGODE ANTIBIÓTICOS 
 Casos que não respondem à terapia mecânica. 
 Casos severos com manifestações sistêmicas (febre 
acima de 38ºC). 
 Casos disseminados. 
ANTIBIOTICOTERAPIA – PERICORONARITE 
1ª opção – amoxicilina (500mg) associada ou não ao 
metronidazol (250 a 400mg) 
2ª opção – clindamicina (600mg) 
ENCAMINHAR O PACIENTE AO CTBMF 
Em caso de: 
– Trismo com abertura bucal limitada a 20mm 
– Febre superior a 38ºC 
– Edema facial 
– Dor severa 
– Mal-estar geral severo 
TRATAMENTO DENTAL 
Deve ser realizado quando a pericoronarite estiver na fase 
crônica ou subaguda. 
 Conservador → ulotomia 
- Ausência de indicação de extração dental 
- Dentes contíguos com prognóstico desfavorável 
 Radical → extração do 3º molar* 
- Dente incluso ou semi-incluso 
- Falta de espaço 
- Acidentes infecciosos frequentes 
* A extração deve ser feita sob cobertura antibiótica 
ABSCESSO DENTO ALVEOLAR 
É o acúmulo de exsudato purulento em uma cavidade criada 
nos tecidos pela desintegração tecidual. 
ABSCESSO DENTO ALVEOLAR AGUDO 
 Fase inicial 
 Fase em evolução 
 Fase evoluída 
ABSCESSO DENTO ALVEOLAR AGUDO – CARACTERÍSTICAS 
DA FASE EVOLUÍDA 
 Radiograficamente pode ou não ser observada área de 
rarefação óssea apical. 
 Sintomatologia dolorosa encontra-se atenuada. 
 Há edema mole com ponto de flutuação. 
VIAS DE DRENAGEM INTRABUCAL 
 Via trans-óssea 
 Via canal 
 Via periodontal 
ABSCESSO DENTO ALVEOLAR – DADOS BACTERIOLÓGICOS 
Naves & Rocha Barros (1991) avaliando a microbiota de 74 
amostras de abscessos dento alveolares isolaram: 
– Estreptococos em 47% (87,3% eram do grupo viridans) 
– Peptostreptococos anaeróbios em 9,5% 
– Estafilocos 24,6% 
– Enterococos 23,9% 
Goumas et al (1997) investigaram a microbiota de abscessos 
periapicais. As infecções foram puramente aeróbias em 6% 
dos casos, puramente anaeróbias em 17% e mistas em 75%. 
Entre os microrganismos anaeróbios, predominaram os do 
grupo Bacteróides (38,5%), Peptostreptococcus spp (24,6%), 
Peptococcus spp (13,9%) e Fusobacteium spp (4,1%). 
Bottino & Rocha Barros (1998) avaliando a distribuição de 
microrganismos gram positivos e negativos em 105 casos de 
abscessos dento alveolares agudos, obtiveram 
microrganismos gram positivos em 79,2% dos casos e 
negativos em 17,7%. 
TRATAMENTO DO ABSCESSO DENTO ALVEOLAR NA FASE 
EVOLUÍDA 
Local: 
– Drenagem cirúrgica 
Sistêmico: 
– Analgésicos 
– Bochechos com antissépticos 
– Antibióticos 
DRENAGEM CIRÚRGICA 
– Determinação do ponto de flutuação 
– Incisão 
– Divulsão 
– Colocação do dreno 
ABSCESSO PERIODONTAL 
Coleção purulenta que se forma nos tecidos periodontais, 
principalmente, na presença de bolsa periodontal, sendo ara 
a sua ocorrência na ausência de bolsa. 
Na ausência de bolsa periodontal, esse abscesso aparece em 
decorrência de trauma direto ou devido à perfuração lateral 
da raiz dental. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Abscesso dento alveolar X abscesso periodontal 
– Aspecto clínico 
– Sintomatologia dolorosa 
– Vitalidade pulpar 
– Aspecto radiográfico 
– Via de drenagem 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
– Elevação ovóide de gengiva vizinha à superfície lateral da 
raiz dental 
– Gengiva encontra-se edemaciada, avermelhada, lisa e 
brilhante 
– Pode haver exsudação 
– O dente encontra-se vital 
– Pode haver mobilidade dental 
– Elevação do dente no alvéolo 
– Pode haver linfadenite 
– Febre e mal-estar geral 
– A consistência e o contorno da gengiva na zona 
edemaciada variam 
– A dor é pulsátil e irradiada 
– Há sensibilidade à percussão, à palpação e à mordida 
– Radiograficamente a lesão é para apical e não periapical 
– A drenagem ocorre por via periodontal 
Paciente apresentando um abscesso agudo reclama de dor 
entorpecedora e sensação de dente crescido no alvéolo. Os 
sinais de distensão tecidual e exudação são evidentes. 
ABSCESSO SUBPERIOSTEAL 
O abscesso subperiosteal pode ocorrer semanas após um 
processo de reparo aparentemente sem problemas da 
extração de um terceiro molar inferior. 
DIAGNÓSTICO 
 História clínica 
 Exame clínico 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
– Dor localizada moderada ou severa 
– Tumefação endurecida no tecido muco periosteal 
– História de extração dental recente (geralmente terceiro 
molar inferior) 
TRATAMENTO 
 Local 
 Sistêmico 
TRATAMENTO LOCAL 
Drenagem do processo após o aparecimento de ponto de 
flutuação. 
TRATAMENTO SISTÊMICO 
– Analgésicos 
– Bochechos com soluções antissépticas 
– Antibiótico em caso de envolvimento sistêmico (mal-estar 
acentuado e febre superior a 38°

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