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PROVA I - PROJETO I (INTERFACES BIOLÓGICAS E CULTURAIS COM OS FENÔMENOS PSICOLÓGICOS) UNIDADE 1 – O problema da causalidade O problema da causalidade é um conceito filosófico que se refere à dificuldade em estabelecer uma relação de causa e efeito entre eventos ou fenômenos. Em outras palavras, é a dificuldade em determinar se um evento é a causa de outro ou se ambos são simplesmente correlacionados de alguma forma.Esse problema pode ser particularmente relevante em áreas como a ciência e a medicina, onde é crucial entender as causas subjacentes de doenças e outros fenômenos naturais. Muitas vezes, os cientistas tentam estabelecer relações de causa e efeito através de experimentos controlados, onde variáveis específicas são manipuladas para verificar seu efeito sobre outras variáveis. No entanto, mesmo com métodos rigorosos, a causalidade ainda pode ser difícil de estabelecer. Isso porque há muitos fatores que podem influenciar o surgimento de um determinado evento, incluindo outros eventos, características individuais, ambiente e outros fatores externos. Em resumo, o problema da causalidade é um desafio que a humanidade enfrenta ao tentar entender como os eventos estão conectados uns aos outros. É importante reconhecer essa dificuldade ao interpretar correlações e inferir causas em várias áreas da vida. Diversidade da compreensão dos fenômenos e processos psicológicos. A Diversidade da compreensão dos fenômenos e processos psicológicos é um tema importante na psicologia. Isso se deve ao fato de que a psicologia é uma ciência que estuda o comportamento humano e como ele é influenciado por fatores internos e externos. E como cada indivíduo tem sua própria bagagem de experiência e história de vida, é natural que haja diferentes interpretações sobre os fenômenos e processos psicológicos. Por exemplo: uma pessoa pode ter uma compreensão diferente sobre a ansiedade do que outra. Uma pode enxergá-la como algo patológico que precisa de tratamento, enquanto outra pode vê-la como uma resposta natural do corpo a situações estressantes e que pode ser controlada como meditação e respiração. A diversidade na compreensão dos fenômenos e processos psicológicos também pode ser influenciada pelo contexto cultural em que cada indivíduo está inserido. Cada cultura tem suas próprias visões e crenças sobre o comportamento humano, e isso pode afetar a maneira como seus membros interpretam e lidam com os fenômenos psicológicos. Dessa forma, é importante que os profissionais da psicologia estejam atentos a essa diversidade e busquem compreender as diferentes perspectivas e interpretações sobre os fenômenos e processos psicológicos. Isso permite que eles possam oferecer um atendimento mais adequado e personalizado aos seus pacientes, levando em consideração suas particularidades e contextos culturais. Determinismos biológico e social, e a relação deles com o comportamento. O determinismo biológico e social, são duas teorias que explicam as origens do comportamento humano. O determinismo biológico afirma que o comportamento humano é determinado principalmente pela biologia, ou seja, por fatores genéticos, hormonais e neurais. Por outro lado, o determinismo social argumenta que o comportamento humano é resultado de fatores sociais, culturais e ambientais. Embora ambas as teorias possam explicar o comportamento humano em diferentes situações, a maioria dos psicólogos concorda que a relação entre o determinismo biológico e social é muito complexa. De fato, a maioria dos comportamentos resulta de uma combinação de fatores biológicos e sociais. Por exemplo: a agressividade é um comportamento muitas vezes associado ao determinismo biológico, já que há evidências de que a testosterona pode influenciar a agressividade de um indivíduo. No entanto, a cultura, a educação e as condições sociais também podem ter um impacto significativo no comportamento agressivo de uma pessoa. Em conclusão, embora o determinismo biológico e social possam influenciar o comportamento humano em diferentes graus, é preciso ter em mente que o comportamento humano é uma questão complexa que envolve múltiplos fatores biológicos e sociais, e que é preciso considerá-los em conjunto para uma compreensão mais profunda do comportamento humano. O papel do reducionismo (busca explicar um fenômeno complexo em termos de suas partes componentes mais simples). O papel do reducionismo é fornecer uma compreensão mais clara sobre como os sistemas complexos funcionam, ao desmembrá-los em partes mais simples. Isso permite que os cientistas analisem e estudam os fenômenos de uma forma mais detalhada, ajudando no desenvolvimento de novas teorias e descobertas. Porém, o reducionismo também tem suas limitações. Ele pode levar a uma visão simplista e incompleta do fenômeno estudado, ignorando as interações entre as partes componentes. Além disso, pode não levar em conta as influências do contexto e do ambiente. Nesse sentido, é importante usar o reducionismo com cautela, buscando uma abordagem integrada que inclua tanto a análise das partes quanto das interações entre elas. Determinismos neurogenético e social e o comportamento O determinismo neurogenético e social é uma teoria que defende que o comportamento humano é determinado por fatores biológicos e sociais. Segundo essa teoria, tanto a genética quanto o ambiente social em que uma pessoa vive são responsáveis por moldar seu comportamento. No que diz respeito ao determinismo neurogenético, as características biológicas de uma pessoa, incluindo seu cérebro e seu sistema nervoso, são consideradas determinantes fundamentais do comportamento humano. De acordo com essa abordagem, nossos genes e nosso ambiente biológico determinam a forma como pensamos, sentimos e nos comportamos. Por outro lado, o determinismo social sugere que o ambiente social em que uma pessoa vive é um fator primordial na determinação do seu comportamento. Nessa abordagem, as experiências sociais, incluindo a cultura, a educação, a influência de amigos e familiares, e outros fatores que moldam a forma como as pessoas veem o mundo e se comportam. Em resumo, o determinismo neurogenético e social sugere que o comportamento humano é moldado por uma combinação de fatores biológicos e sociais. Embora esta teoria tenha suas limitações e críticas, ela ainda oferece uma perspectiva útil para entender como o comportamento humano é influenciado por múltiplos fatores. Situações cotidianas que envolvam a questão dos determinismos, biológico e social Existem diversas situações cotidianas que podem exemplificar a questão dos determinismos, biológico e social. Um exemplo é o comportamento agressivo de uma pessoa. De acordo com o determinismo neurogenético, essa agressividade poderia ser decorrente de uma predisposição biológica, como um desequilíbrio hormonal, por exemplo. Já de acordo com o determinismo social, o ambiente em que essa pessoa vive pode ter influenciado o seu comportamento agressivo, como situações de violência em sua infância e adolescência. Outro exemplo é o desempenho escolar de um estudante. De acordo com o determinismo biológico, a inteligência e o potencial cognitivo de uma pessoa são determinados pela genética, o que influencia diretamente no seu desempenho escolar. Já de acordo com o determinismo social, o ambiente em que esse estudante vive, incluindo o acesso a recursos educacionais e o incentivo da família e professores, pode ter grande impacto no seu desempenho escolar. É importante ressaltar que, apesar de existirem fatores biológicos e sociais que podem influenciar o comportamento humano, isso não significa que os indivíduos não tenham controle sobre suas ações. A consciência e a capacidade de fazer escolhas são características fundamentais da condição humana. SLIDE - AULA / DIVERSIDADE NA COMPREENSÃO DOS FENÔMENOS PSICOLÓGICOS: O PROBLEMA DA CAUSALIDADE ● DETERMINISMO BIOLÓGICO Seleção Natural; As espécies são selecionadas de acordo com sua capacidade de se adaptar ao ambiente; “Descender com modificações”; Hereditariedade; As característicasde um ser vivo são provenientes de um par de unidades elementares de hereditariedade, chamado genes; Seleção Natural + genética = evolução ocorre por meio da seleção natural, mutações e recombinações genéticas. Hereditariedade; Estudo do sistema nervoso; Explicação de disfunções do comportamento através de disfunções cerebrais; Explicações químicas e neurobiológicas dos comportamentos = inadequadas/ deficiências neuroquímicas; Estudo do comportamento social usando conceitos da biologia, o que permitiria subsumir as ciências sociais às naturais = Comportamentos e sentimentos, como o altruísmo e a agressividade, são em parte derivados da genética, e não apenas adquiridos. DETERMINISMO BIOLÓGICO: Tendência de explicar uma enorme gama de características de sociedades humanas — desde o aparato jurídico, passando por interesses, comportamentos, variações de habilidades, capacidades, padrões cognitivos, manifestações da sexualidade, até a posição ocupada por diferentes grupos nas sociedades — que envolvem limites e privilégios, como sendo universais, porque estariam inscritas em determinadas partes do corpo humano ou animal, e/ou porque seriam transmitidas de geração em geração, há milhões de anos, por entidades como genes, apelos e propensões instintivas. (Citeli, 2007, p. 1). PROBLEMÁTICA ● Genes da esquizofrenia.... ● Bioquímica da depressão... ● Violência... ● Alcoolismo... Desresponsabiliza as condições ambientais que podem interferir na manifestação e tratamento da patologia = Determinismo reducionista biológico. DETERMINISMO BIOLÓGICO: É conhecida a eficácia social que possui este tipo de explicação: aquilo que tem uma origem orgânica identificável poderá ser resolvido com a terapêutica apropriada, seja ela farmacológica ou cirúrgica, conforme as exigências das mudanças tecnocientíficas. Hoje é possível afirmar que uma droga capaz substituir o déficit de dopamina (a ritalina) fará com que as crianças diagnosticadas com déficit de atenção modifiquem sua conduta e permaneçam obedientes por um período que oscila entre quatro e 24 horas, desconsiderando a multiplicidade de fatores pedagógicos, sociais, familiares que podem afetar a criança nesse momento. (Caponi, 2007, p.334). CONTEXTO E CULTURA ● DIVERSIDADE E CULTURA; ● O ser humano é social, histórico e ativo; ● O pensamento é dependente do contexto histórico e cultural ao qual estamos submetido; ● O ser humano é inerentemente social e, como tal, sempre ligado às condições sociais. Constitui-se enquanto tal na relação com o outro social; ● Não pode ser compreendido independentemente do seu contexto, de suas relações e vínculos: é a cultura que o humaniza; DETERMINISMO REDUCIONISTA SOCIAL ● Socialmente somos determinados a “X” comportamentos? ● Contexto de violência e pobreza = Indivíduo violento, comportamento criminoso = Determinismo reducionista social. INTERFACE BIOLOGIA E CULTURA ● Causalidade em Psicologia: Múltipla; ● Biopsicossocial; ● Biológico, Psíquico, Social. UNIDADE 2 – Visão biológica, psicológica e social da saúde e do adoecimento. A visão biológica da saúde e do adoecimento considera os aspectos físicos e químicos do corpo humano, bem como as doenças e disfunções que podem afetar esses aspectos. Essa abordagem enfatiza a importância de práticas preventivas e diagnósticos precisos, permitindo o tratamento adequado e efetivo. A visão biológica também visa melhorar a qualidade de vida através da promoção da saúde e bem-estar. Já a visão psicológica da saúde e do adoecimento observa a relação entre fatores psicológicos, como crenças, emoções e comportamentos, e a saúde física. Essa abordagem destaca a importância do suporte social, autoestima e resiliência na prevenção e tratamento de doenças. A visão psicológica também enfatiza o papel da terapia e a conscientização dos fatores emocionais relacionados à saúde. Por fim, a visão social da saúde e do adoecimento considera o contexto social em que as pessoas vivem e como isso influencia a saúde. Aspectos como classe social, gênero, raça e etnia têm um potencial impacto sobre a saúde e incidência de doenças. Essa abordagem promove a diversidade e a igualdade de acesso a recursos e oportunidades de saúde, bem como a conscientização e prevenção de doenças relacionadas à desigualdade social. Embora essas abordagens possam parecer distintas, elas são interconectadas e complementares. Ao considerar todos os aspectos de saúde e adoecimento, é possível abordá-los de maneira mais integrada e completa, permitindo uma abordagem holística para a promoção da saúde e bem-estar. Conceitos de Saúde. E o processo saúde-doença A saúde é um conceito que pode ser definido de diversas formas, variando de acordo com diferentes áreas e perspectivas. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade". Ou seja, a saúde não é apenas a ausência de doença, mas também envolve o bem-estar físico, mental e social.O processo saúde-doença refere-se ao continuum em que as pessoas estão em diferentes estados de saúde e doença ao longo do tempo. Este processo é influenciado por vários fatores, como biológicos (por exemplo, genética, idade), ambientais (por exemplo, poluição, acesso a alimentos saudáveis), comportamentais (por exemplo, dieta, exercício físico), socioeconômicos (por exemplo, situação financeira, educação) e psicológicos (por exemplo, estresse, suporte social). A abordagem do processo saúde-doença considera que a saúde e a doença são processos contínuos e dinâmicos, em vez de estados binários (estar saudável ou doente). Assim, a prevenção e o tratamento da doença devem levar em consideração todos os fatores que afetam a saúde de uma pessoa, incluindo aspectos mentais, emocionais, sociais e ambientais. Em resumo, o conceito de saúde é amplo e envolve bem-estar físico, mental e social, enquanto o processo saúde-doença reconhece que a saúde e a doença são processos contínuos e influenciados por vários fatores. É importante considerar todos esses aspectos para promover e manter a saúde das pessoas. Histórico da evolução do conceito de saúde-doença até o surgimento do modelo biomédico. O conceito de saúde-doença tem sido objeto de estudo e reflexão por muitos séculos. Na Grécia antiga, a saúde era vista como um estado de equilíbrio entre as quatro humores do corpo: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. Qualquer desequilíbrio nesses humores poderia levar à doença.Ao longo dos séculos seguintes, outras teorias sobre saúde e doença foram propostas, muitas das quais incluíam fatores espirituais ou sociais. No final do século XIX, o germismo se tornou uma teoria popular na medicina, que defendia que as doenças eram causadas por micro-organismos. Com o avanço da ciência e da tecnologia no século XX, o modelo biomédico emergiu como a visão dominante da saúde e da doença. Esse modelo se concentra exclusivamente em fatores biológicos e considera a doença como uma falha em algum sistema fisiológico, que deve ser tratada com intervenções médicas específicas. Embora o modelo biomédico tenha proporcionado avanços significativos na prevenção e tratamento de várias doenças, ele também recebeu críticas por seu foco limitado em fatores biológicos e sua negligência em relação a fatores psicológicos, sociais e ambientais que influenciam a saúde. Nos últimos anos, tem havido uma tendência crescente de integrar diferentes abordagens para a saúde, incluindo medicina tradicional e complementar, bem como a adoção de modelos mais holísticos e centrados no paciente. Essas abordagens reconhecem a complexidade da saúde-doença e a importância de levar em consideração fatores biopsicossociais para uma abordagem completa e eficaz. Saúde é apenas ausência de doença? Não, saúde não é apenas ausência de doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. Ou seja, saúde é um estadode equilíbrio e harmonia entre o corpo, a mente e o meio ambiente. Isso significa que a saúde envolve diversos aspectos como a alimentação saudável, o exercício físico regular, o sono adequado, o equilíbrio emocional, a qualidade dos relacionamentos sociais, entre outros fatores que influenciam na qualidade de vida das pessoas. Os três domínios da saúde: físico, mental e social. Os três domínios da saúde são essenciais para o bem-estar geral do indivíduo, e são eles: físico, mental e social. O domínio físico refere-se à saúde do corpo, incluindo aspectos como a nutrição, exercício físico, padrões de sono, higiene e prevenção de doenças. Manter um estilo de vida saudável nesse âmbito é fundamental para prevenir condições crônicas, doenças cardiovasculares e outras enfermidades. O domínio mental é a saúde emocional e psicológica, englobando aspectos como a estabilidade emocional, autoestima, gestão do estresse e enfrentamento de problemas emocionais, como a ansiedade e a depressão. Manter a saúde mental em dia é importante para se ter uma perspectiva positiva na vida, a fim de enfrentar os desafios do dia-a-dia com resiliência. O domínio social abrange o relacionamento com pessoas, dentro e fora do ambiente familiar. É a forma como o indivíduo se relaciona com os demais, incluindo questões como o apoio social, a qualidade dos relacionamentos, o senso de comunidade e de conexão com outras pessoas. O apoio social, especialmente em momentos de crise, pode ser fundamental para manter a saúde mental e física. Equilibrar esses três domínios é essencial para manter o bem-estar geral da pessoa. Cada pessoa deve buscar formas de cuidar dessas áreas, criando um estilo de vida saudável e equilibrado, que atenda às suas necessidades individuais. Além disso, é fundamental contar com o apoio de profissionais da saúde, quando necessário. Aspectos sócio-culturais da saúde-doença Os aspectos socio-culturais da saúde-doença são fundamentais para entender como uma sociedade concebe e lida com a saúde e a doença. Isso inclui fatores como crenças, valores, normas, tabus, estilos de vida, conhecimentos, práticas, costumes, relações sociais, gênero, raça e classe social. As crenças e valores socio-culturais influenciam como as pessoas percebem e reagem aos problemas de saúde, como buscam tratamento e se envolvem em comportamentos de risco ou cuidados preventivos. Por exemplo, algumas culturas podem acreditar que a doença é causada por forças sobrenaturais ou desequilíbrios energéticos, enquanto outras podem enfatizar causas biológicas ou psicológicas. As normas e tabus socio-culturais podem influenciar os comportamentos individuais e coletivos, incluindo o acesso a cuidados de saúde. Por exemplo, algumas culturas podem ter normas rígidas em relação à sexualidade e estigmatizar doenças relacionadas a essas práticas, o que pode impedir o acesso a exames ou tratamentos eficazes. Os estilos de vida e práticas culturais também podem afetar a saúde das pessoas. Por exemplo, a dieta e hábitos alimentares podem ser influenciados por tradições culturais que podem levar à obesidade ou deficiência nutricional. Além disso, o contexto social em que as pessoas vivem, como a falta de acesso a alimentos saudáveis ou opções de lazer, pode contribuir para problemas de saúde. O gênero, a raça e a classe social também são fatores importantes nos aspectos sócio-culturais da saúde-doença. Por exemplo, a desigualdade de gênero pode afetar a saúde mental e física. Interface: Psicologia Social / Saúde. A interface entre psicologia social e saúde é de extrema importância para compreender a saúde humana como um fenômeno complexo e multifacetado. A psicologia social tem o objetivo de estudar como as relações sociais afetam o comportamento humano e a saúde é um dos principais aspectos influenciados por essas relações. Por exemplo, a psicologia social pode ajudar a entender os fatores psicológicos envolvidos na tomada de decisão sobre a busca por cuidados de saúde e o engajamento em práticas saudáveis de comportamento. O estudo da psicologia social também é fundamental para entender como as desigualdades socioeconômicas moldam a saúde de indivíduos e comunidades. Além disso, a interface entre psicologia social e saúde é importante para abordar questões específicas relacionadas à saúde feminina, como a saúde reprodutiva, as doenças sexualmente transmissíveis e a igualdade de gênero na saúde. É necessário compreender como as demandas sociais, culturais e econômicas afetam a saúde da mulher e como as intervenções podem ser desenhadas para promover a saúde. Portanto, a interface entre psicologia social e saúde é fundamental para uma abordagem mais abrangente e integrada da saúde, permitindo que profissionais de saúde e pesquisadores conheçam as necessidades de diferentes grupos e desenvolvam intervenções mais eficazes e acessíveis. Psicossomática: noções básicas A psicossomática é uma área da medicina que visa compreender a relação entre as emoções e as doenças físicas. Ela é baseada na concepção de que o corpo humano e a mente não podem ser vistos como entidades separadas e independentes uma da outra, mas sim como componentes inter-relacionados de uma única pessoa. A psicossomática, portanto, considera que as emoções e os pensamentos podem ser expressos através de doenças físicas e a saúde do indivíduo deve ser abordada de forma integrada. Noções básicas da psicossomática incluem o entendimento da conexão entre os estados emocionais e os sistemas fisiológicos do corpo, entendendo que emoções negativas prolongadas podem desencadear respostas físicas como a elevação do nível de estresse e a redução da resposta imunológica do corpo. A psicossomática também é conhecida por identificar fatores psicológicos que podem estar contribuindo para uma doença física, como o estresse crônico, a ansiedade, a depressão, a raiva ou o trauma. A partir dessa identificação, medidas podem ser tomadas para tratar o paciente de forma mais holística. Por exemplo, em uma situação em que uma pessoa que sofre de doenças cardíacas pode estar conversando com um médico que percebe que as causas são emocionais, como ansiedade ou estresse, os profissionais da área podem trabalhar com um psicólogo para ajudar a paciente a lidar com os fatores psicológicos para melhorar a saúde do coração. Em resumo, a psicossomática é uma abordagem integral de cuidados de saúde que leva em consideração os fatores emocionais, psicológicos e físicos de uma pessoa. Ela visa tratar o indivíduo como um todo para promover uma saúde mais plena e uma melhor qualidade de vida. Psiconeuroendocrinoimunologia (PNEI): a ação sistemas conjunta entre os sistemas nervoso, imunológico e endocrinológico. A Psiconeuroendocrinoimunologia (PNEI) é um campo interdisciplinar da ciência que se concentra na interação entre os sistemas nervoso, imunológico e endócrino. Esses três sistemas são capazes de se comunicar e influenciar a função um do outro de maneira muito complexa e interdependente. O sistema nervoso central, que inclui o cérebro e a medula espinhal, é responsável por coordenar as respostas do corpo a estímulos internos e externos. O sistema endócrino inclui as glândulas que produzem hormônios, como a tireoide e as adrenais, que afetam o controle do metabolismo, crescimento e reprodução. O sistema imunológico protege o corpo contra invasores estrangeiros, como bactérias e vírus. Todas essas funções estão interligadas, sendo afetadas por agentes estressores, incluindo psicológicos, ambientais e fisiológicos. A PNEI estuda como o estresse afeta a função dos sistemas nervoso, imunológico e endócrino e como cada um desses sistemas afeta o funcionamento dos demais. O estresse crônico tem sido associado a uma série de condições de saúde, incluindo doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e o lúpus, e doenças mentais, como a ansiedade e a depressão. A PNEI tem implicações importantes para a prática clínica e a pesquisa, pois reconhece a importância de tratar o paciente como um todo, em vez de apenas trataruma condição isolada. Além disso, a pesquisa em PNEI tem o potencial de fornecer uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos biológicos subjacentes aos efeitos da psicoterapia e outras intervenções psicológicas sobre a saúde e o bem-estar. Em resumo, a PNEI é um campo de estudo multidisciplinar que busca entender a interação entre os sistemas nervoso, imunológico e endócrino. Seu objetivo é fornecer um entendimento mais completo dos mecanismos biológicos subjacentes aos efeitos físicos e psicológicos de estressores, bem como desenvolver novas terapias e intervenções para tratar doenças e melhorar o bem-estar. Aborda a questão do estresse na vida profissional e o adoecimento, bem como das diferentes formas de se lidar com ele O estresse na vida profissional é um problema crescente em nosso mundo cada vez mais acelerado e exigente. Muitas vezes, as demandas do trabalho podem levar ao estresse crônico, que pode levar a problemas de saúde física e mental, como doenças cardíacas, depressão e ansiedade. Um dos principais fatores de estresse no trabalho é a sobrecarga de trabalho e a falta de tempo para lidar com todas as tarefas. A pressão para alcançar metas e prazos também pode ser estressante, especialmente quando essa pressão vem de superiores ou colegas de trabalho.Outros fatores de estresse no trabalho podem incluir conflitos com colegas de trabalho, assédio moral e bullying, falta de reconhecimento e recompensa, insegurança no emprego e falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Para lidar com o estresse no trabalho, existem algumas técnicas que podem ser úteis. Uma delas é a prática de exercícios físicos regulares, como caminhadas, corridas ou ioga, que podem ajudar a aliviar a tensão muscular e reduzir a ansiedade. Também é importante aprender a gerenciar o tempo e as prioridades, desenvolver uma boa comunicação com colegas e superiores, e estabelecer metas realistas. A busca por apoio emocional, seja através de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental, também pode ser útil. Por fim, é essencial saber quando pedir ajuda profissional quando o estresse começa a se tornar avassalador ou quando começa a afetar a saúde física ou mental. Isso pode incluir conversar com o médico ou psicólogo, ou procurar programas de apoio emocional no trabalho ou em organizações da comunidade. A prevenção e o tratamento do estresse no trabalho são fundamentais para preservar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores e garantir um ambiente laboral saudável e produtivo. UNIDADE 3 –Temáticas na interface dos fenômenos psicológicos com fenômenos biológicos e culturais. A interface entre fenômenos psicológicos, biológicos e culturais é uma área de grande interesse na ciência contemporânea, permitindo uma abordagem multidisciplinar na compreensão da saúde e bem-estar. Alguns exemplos de temáticas que exploram essa interface são: 1. Cultura e Emoção: Como emoções são influenciadas por fatores culturais? Por exemplo, diferentes culturas podem ter variações na expressão de emoções como raiva, medo, tristeza e alegria. 2. Neurociência e Comportamento: Como o cérebro se relaciona com o comportamento humano? Novas descobertas e técnicas em neurociência têm permitido uma compreensão mais profunda sobre mecanismos biológicos relacionados a comportamentos sociais e individuais. 3. Psicologia Genética: Como genes podem afetar comportamentos e transtornos psicológicos? Estudos que exploram aspectos genéticos em psicologia têm apresentado recentemente grandes avanços na identificação de genes que podem estar associados com transtornos psicológicos. 4. Cultura e Saúde: Como fatores culturais podem afetar a saúde física e mental? Por exemplo, as crenças sobre doenças e tratamentos variam entre culturas e podem afetar a escolha de tratamentos e aderência ao tratamento médico. 5. Epigenética e Trauma: Como eventos traumáticos podem afetar a expressão gênica? Estudos têm proposto uma relação entre experiências traumáticas e mudanças na expressão gênica, o que pode afetar o desenvolvimento de transtornos psicológicos. A compreensão dessas temáticas pode contribuir para uma abordagem mais integrada e holística na promoção da saúde e bem-estar, permitindo que a saúde seja entendida como um fenômeno resultante da interação entre fatores biológicos, culturais e psicológicos. Comportamento alimentar O comportamento alimentar é fundamental para a manutenção da saúde e do bem-estar. Ele se refere à forma como escolhemos os alimentos que consumimos, como os preparamos e como os ingerimos. O comportamento alimentar pode influenciar tanto aspectos físicos quanto emocionais e psicológicos. Existem diferentes fatores que influenciam o comportamento alimentar, como as preferências pessoais, as crenças culturais e religiosas, as condições socioeconômicas, entre outros. Além disso, a fome e a saciedade são sensações importantes que afetam nossas escolhas alimentares. É importante lembrar que o consumo excessivo ou inadequado de alimentos pode levar a problemas como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e outras doenças relacionadas à alimentação. Ao contrário, a privação alimentar ou a escolha de dietas restritivas, também pode levar a distúrbios alimentares. Por isso, é importante desenvolver hábitos alimentares saudáveis e equilibrados, baseados em uma variedade de alimentos que fornecem os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Além disso, é importante aprender a identificar e respeitar as sensações de fome, saciedade e satisfação, evitando o consumo excessivo ou o apego emocional aos alimentos. O comportamento alimentar é um aspecto importante da vida, que deve ser cuidado e cultivado de forma saudável. Ao adotar hábitos alimentares equilibrados, é possível manter a saúde física e emocional, evitando problemas de saúde e garantindo o bem-estar. A subjetividade como ‘envelope cultural’ dos transtornos alimentares Os transtornos alimentares são distúrbios psicológicos que afetam a relação de uma pessoa com a alimentação e com seu próprio corpo. Eles podem se manifestar de várias formas, como a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar. A subjetividade é um aspecto central na compreensão desses transtornos. Ela se refere ao conjunto de características psicológicas, emocionais, culturais e sociais que influenciam a forma como cada pessoa vive e percebe o mundo ao seu redor. Em relação aos transtornos alimentares, a subjetividade é como um "envelope cultural" que envolve e influencia a percepção e a experiência de uma pessoa em relação ao seu próprio corpo e à alimentação. Dentro desse envelope cultural, encontramos crenças, valores e padrões estéticos que podem estimular comportamentos alimentares inadequados, como a busca desenfreada pelo corpo perfeito ou a negação das necessidades nutricionais do organismo. O ambiente familiar, os amigos, a mídia e a cultura em que se está inserido também podem influenciar fortemente a construção dessa subjetividade em relação ao corpo e à alimentação. Além disso, fatores psicológicos como a baixa autoestima, a ansiedade, o estresse e a depressão também influenciam a subjetividade e a relação com a alimentação, levando a comportamentos extremos para alcançar padrões inalcançáveis de perfeição física. Portanto, é fundamental entender a subjetividade de cada indivíduo dentro do seu contexto cultural e social para compreender e tratar adequadamente os transtornos alimentares. É necessário ajudar as pessoas a desenvolverem uma relação positiva e saudável com seu próprio corpo e a alimentação, respeitando as suas necessidades nutricionais e oferecendo tratamentos adequados e individualizados para cada caso. Uma visão sobre a obesidade A obesidade é um problema de saúde pública e um desafio para as sociedades modernas. Ela se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo, geralmente causado pelo consumo excessivo de alimentos ricos em calorias e pela falta de atividade física. Embora a obesidade seja comumente associadaa questões estéticas, ela representa um problema muito mais profundo, que vai além da aparência física. A obesidade é um fator de risco para diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer. Além disso, a obesidade pode causar impactos negativos na qualidade de vida, na autoestima e na saúde mental dos indivíduos. A obesidade tem várias causas, incluindo fatores genéticos, ambientais e comportamentais. A solução para combater a obesidade, portanto, requer uma abordagem multifacetada que vise a adoção de hábitos alimentares saudáveis, a prática regular de atividade física, a identificação e tratamento de doenças pré-existentes, o acesso a informações e recursos para adotar um estilo de vida mais saudável e a promoção de políticas públicas que incentivem escolhas alimentares mais saudáveis. É fundamental que as pessoas entendam a importância de manter um peso saudável e compreendam os riscos associados à obesidade. Além disso, é necessário aumentar a conscientização sobre os fatores que contribuem para a obesidade e as possibilidades de prevenção e tratamento. Com uma abordagem holística e um esforço conjunto de indivíduos, governos, empresas e instituições, a obesidade pode ser combatida e a saúde e qualidade de vida das pessoas podem ser preservadas e melhoradas. Transtornos alimentares: anorexia e bulimia Os transtornos alimentares são distúrbios psicológicos graves que afetam a relação de uma pessoa com a alimentação e com o próprio corpo. A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são dois dos transtornos alimentares mais conhecidos e diagnosticados. A anorexia nervosa é caracterizada pela recusa persistente em manter um peso corporal adequado, medo intenso de ganhar peso e uma imagem corporal distorcida. As pessoas com anorexia nervosa podem parar de comer ou restringir severamente sua ingestão de alimentos, além de praticar exercícios físicos excessivos e utilizar laxantes e diuréticos para perder peso. A anorexia nervosa pode levar a várias complicações graves, como desidratação, desnutrição, danos aos órgãos internos e até mesmo a morte. A bulimia nervosa é caracterizada por episódios recorrentes de ingestão excessiva de alimentos, seguida de comportamentos compensatórios inadequados, como vômitos auto induzidos, uso de laxantes ou diuréticos, jejum ou exercícios físicos excessivos. As pessoas com bulimia nervosa podem sofrer com sentimentos de vergonha, culpa e ansiedade em relação à sua alimentação e imagem corporal. A bulimia nervosa também pode levar a complicações graves, como desequilíbrios nos eletrólitos, desidratação, problemas dentários e danos aos órgãos internos. Ambos os transtornos alimentares são mais comuns em mulheres do que em homens e costumam ter causas multifatoriais, como fatores genéticos, psicológicos, familiares, sociais e culturais. O tratamento para os transtornos alimentares geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, com intervenções médicas, psicológicas e nutricionais. A recuperação completa pode ser um processo longo e difícil, mas é possível com o apoio adequado e o comprometimento da pessoa afetada. É essencial buscar ajuda profissional o mais cedo possível, uma vez que a intervenção precoce pode melhorar significativamente as chances de recuperação. SLIDE - AULA / MÍDIA, SUBJETIVIDADE E COMPORTAMENTO ALIMENTAR ● O IDEAL DA IMAGEM CORPORAL A partir da década de 60 as mulheres foram conquistando espaço no mercado de trabalho, legitimando a sua emancipação, tendo direito ao voto e ao uso da pílula anticoncepcional. Entretanto passou a enclausurar-se/ser enclausurada no próprio corpo sob a égide do mito da beleza. ● CORPO: PRODUTO IDEAL; Individualismo narcísico e hedonista: elegem-se o corpo como os depositários dos valores pessoais na atualidade. Corpo como símbolo de poder: bem simbólico. Investimento midiático em temas relacionados à beleza e aquisição do corpo perfeito: corpo atrelado à mulher moderna: Sucesso profissional e amoroso, felicidade, dinamismo, bem-estar, etc. Fabricação de subjetividades. O apelo midiático-imagético modela subjetividades e impulsiona o lucrativo mercado da indústria da magreza, coopta o simbólico feminino em suas necessidades básicas, seduzindo-a para o alcance do corpo perfeito. ● MÍDIA E SUBJETIVIDADE “Fabricação de subjetividades”: violência simbólica. Culto à magreza; Insatisfação crônica com o corpo; Violência e preconceito relacionado ao corpo gordo; Falsas crenças; Basta querer para adquirir a imagem ideal; O corpo é infinitamente maleável, podendo alcançar o ideal estético com dietas, exercícios e cirurgias, negligenciando-se as determinações biológicas e genéticas; Medicalização social; Somos expropriados de nós mesmos; Doença como refúgio diante da falência da identidade; Sofrimento como metáfora; Instalação de comportamentos alimentares patológicos. ● TRANSTORNOS ALIMENTARES (TAS) Quadros psiquiátricos caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação; Resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o comportamento psicossocial; Acometem uma ampla faixa etária (principalmente entre 13 e 21 anos) e podem ter evolução fatal quando não tratados, em função da gravidade da doença ou das consequências dos agravos à saúde; São predominantes em mulheres de todas as classes sociais; Anorexia nervosa (AN) e bulimia nervosa (BN) são os dois tipos mais prevalentes de TAs. ● ETIOLOGIA Multifatorialidade: vários fatores interagem entre si de uma forma complexa e se conjugam na produção dos sintomas; Envolve: fatores genéticos, traços de personalidade, psicopatologia parental, padrões familiares, experiências adversas, pressões socioculturais, entre outros; Abordagem biopsicossocial. ● ANOREXIA NERVOSA (AN) Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando ao peso corporal significativamente baixo; Medo intenso de ganhar peso ou engordar; Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados; Influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso atual; Distorção da imagem corporal; Distorção da imagem corporal: Relacionada ao perfeccionismo, à autoestima rebaixada e à hegemonia cultural da magreza; Dá origem e/ou mantém a insatisfação com o corpo e o desejo de produzir seu próprio corpo não-gordo. ● ANOREXIA NERVOSA (AN): CLÍNICA Grave perda de peso; Grave distorção da imagem corporal; Maior incidência aos 16 anos; Mais introvertidas; Negam fome; Comportamento alimentar e desejo de emagrecer considerados normais pelo paciente; Sexualmente inativos; Amenorreia; Traços obsessivos de personalidade; Perfeccionismo e rigidez; Inferioridade, inadequação e insegurança; Retraimento e condutas de evitação; Comorbidade com doenças afetivas e transtornos ansiosos. ● BULIMIA NERVOSA (BN) Repetições de episódios de compulsão alimentar (binge eating), seguidos de uma sensação de perda de controle; São realizados exercícios físicos excessivos, dietas rigorosas, provocação de vômitos e uso abusivo de laxantes, diuréticos e anorexígenos, devido à preocupação excessiva com o peso e a forma do corpo e à busca de alívio após a ingestão de quantidade excessiva de alimento. ● BULIMIA NERVOSA (BN): CLÍNICA Pouca perda de peso, peso normal ou até acima do normal; Distorção da imagem corporal pouco acentuada; Maior incidência por volta dos 20 anos de idade; São mais extrovertidos; Referem fome; Os comportamentos de compulsão e purgação são motivo de vergonha e culpa, havendo desejo de ocultá-los; São sexualmente ativos; Há comorbidade com transtornos afetivos e abuso de álcool e outras drogas; Impulsividade acentuada; Baixa autoestima; Poucas fontes de prazer. ● TAS: TRATAMENTO Considerando-se a multifatorialidade etiológica dos TAs, faz-se necessário um tratamento multidisciplinar, que utilize uma abordagem integrada; Aqueles tratamentosfocados exclusivamente no sintoma alimentar ou nos conteúdos psicológicos do paciente mostram-se parciais e incompletos; Propostas integradas que atribuem equivalente importância à recuperação de peso, à melhora da sintomatologia psiquiátrica e à compreensão de aspectos psicológicos mais profundos. (GRATA= grupo de assistência em transtornos alimentares). ● TAS: DESAFIOS AN: pacientes inicialmente com intenso conflito, ambivalência e sofrimento face à aceitação de ajuda e resistente à mudança: medo de perder o controle sobre o corpo e vida em geral - “Quero melhorar mas não quero mudar de peso”. BN: expectativa de mudança rápida e eficaz para seu sofrimento. Expectativas de perder peso, melhoria do autocontrole e autoestima. Faz-se importante: Tratamento que estabeleça limites, respeitando a autonomia do paciente. Contrato de aliança: relação dinâmica e de confiança. Sexualidade e gênero Sexualidade e gênero são duas questões que muitas vezes são confundidas, mas que possuem diferenças importantes. Enquanto gênero se refere às construções sociais e culturais que determinam o papel e as características que são esperadas de homens e mulheres, a sexualidade se refere às preferências e desejos sexuais de uma pessoa. A identidade de gênero é a forma como uma pessoa se identifica, sejam elas homens, mulheres, não binárias, entre outras. Já a orientação sexual se refere à atração física e emocional de uma pessoa por outra pessoa, podendo ser heterossexual, homossexual, bissexual, entre outras. É importante ressaltar que, apesar das diferenças, as questões de sexualidade e gênero estão intrinsecamente ligadas. A forma como a sociedade define e espera que homens e mulheres sejam influenciados pela forma como as pessoas enxergam a sexualidade. Por exemplo, a sociedade muitas vezes espera que os homens sejam sexualmente ativos e que as mulheres sejam mais passivas. A diversidade sexual e de gênero é uma realidade da sociedade atual, e é importante que haja respeito e aceitação de todas as formas de expressão de gênero e orientações sexuais. Todos têm o direito de ser quem são e de amar quem desejam. Uma visão histórica de questões da sexualidade e gênero A visão histórica das questões de sexualidade e gênero demonstra que essas questões têm sido importantes ao longo do tempo, e que as atitudes da sociedade têm mudado significativamente em relação a esses temas. Na Grécia Antiga, por exemplo, a homossexualidade era vista como algo natural e aceito, e era comum a prática de relações entre homens mais velhos e jovens. Já na Idade Média, a Igreja Católica tinha uma forte influência sobre a sociedade, e a homossexualidade era vista como pecado, o que resultou em perseguições e até mesmo mortes de pessoas LGBTQ+. Durante o Iluminismo, houve uma maior aceitação da sexualidade como uma parte natural do ser humano, mas a visão sobre a homossexualidade ainda era negativa. Foi na segunda metade do século XX que começaram a surgir os movimentos LGBTQ+ e a luta pelos direitos dessa comunidade. Hoje em dia, muitos países têm leis que protegem os direitos das pessoas LGBTQ+, incluindo o direito ao casamento e à adoção. A discussão sobre gênero também tem sido cada vez mais presente, com a luta pela igualdade entre homens e mulheres e a visibilidade de pessoas não binárias. É importante salientar que ainda há muito a ser feito na luta pelos direitos das minorias sexuais e de gênero, mas a mudança gradual na visão da sociedade mostra progresso e esperança para um futuro mais inclusivo. ARTIGOS: UNIDADE 1: Artigo: ‘Determinismo reducionista biológico e a explicação do comportamento’ – Neto e Menezes. O artigo discute a visão determinista reducionista que algumas teorias biológicas apresentam ao tentar explicar o comportamento humano. Essa visão sugere que todo comportamento é determinado por fatores biológicos e que o livre-arbítrio não existe. No entanto, os autores argumentam que essa visão é insuficiente, uma vez que o comportamento humano é influenciado por um complexo conjunto de fatores biológicos, sociais e culturais. Além disso, eles enfatizam a importância de considerar a pessoa como um todo, e não apenas seus elementos biológicos, ao tentar entender o comportamento humano. Artigo: ‘As falsas promessas deterministas’ – Citelli. No artigo "As falsas promessas deterministas", o autor Antonio Citelli faz uma reflexão sobre a ideia de que as novas tecnologias e a inteligência artificial poderiam trazer soluções deterministas para os problemas da humanidade. Ele argumenta que essa promessa é falsa, pois não é possível prever todas as variáveis que influenciam os eventos e que a própria natureza humana é complexa e imprevisível. Além disso, a adoção de tecnologias sem reflexão crítica pode levar à perda de controle e ao surgimento de problemas ainda maiores. Citelli sugere que é necessário um debate mais amplo sobre as implicações éticas e sociais das novas tecnologias e que a solução dos problemas da humanidade não pode ser entregue a algoritmos e inteligências artificiais, mas deve envolver a participação ativa e consciente dos seres humanos Artigo: ‘A perturbadora ascensão do determinismo neurogenético’ – Rose. O artigo aborda a crescente influência do determinismo neurogenético na sociedade atual e sua visão de que nossas ações e escolhas são determinadas pela genética. O autor argumenta que essa perspectiva reducionista é problemática, pois ignora o papel do ambiente e da cultura na formação de nossa personalidade e comportamento. Além disso, a ideia de que somos totalmente controlados por nossos genes pode ter implicações negativas na sociedade, como a discriminação contra grupos que são vistos como geneticamente inferiores. O autor conclui que devemos ter cuidado ao lidar com o determinismo neurogenético e lembrar que somos seres complexos influenciados por uma variedade de fatores, incluindo nossa própria capacidade de escolha. Artigo: ‘Da herança à localização cerebral sobre o determinismo biológico de condutas indesejadas’ – Caponi. O artigo discute a crescente crença no determinismo biológico, que sugere que nossas ações e comportamentos são determinados por fatores biológicos, como genes ou localizações específicas no cérebro. O autor argumenta que essa visão é problemática porque cria uma narrativa simplista de como as condutas indesejáveis são formadas, ignorando o papel do ambiente e da cultura na formação de comportamentos. Além disso, o autor destaca como essa perspectiva pode ser usada para justificar políticas discriminatórias, como a esterilização forçada de pessoas consideradas "indesejáveis" pela sociedade. O autor conclui que devemos ser críticos em relação à ideia do determinismo biológico. UNIDADE 2: Cap. 1 – ‘Introdução à Psicologia da Saúde’ – Straub. O capítulo 1 do livro "Psicologia da Saúde: Uma Abordagem Biopsicossocial" de Straub apresenta uma introdução à psicologia da saúde, que é um campo interdisciplinar que se concentra nos processos psicológicos e comportamentais relacionados à saúde e à doença. O autor começa descrevendo como a psicologia da saúde evoluiu ao longo do tempo, enfatizando a importância da abordagem biopsicossocial para entender a saúde e a doença. Ele também destaca a necessidade de uma abordagem integrativa que combine fatores biológicos, psicológicos e sociais na compreensão dos problemas de saúde. Straub discute os diferentes modelos de saúde e doenças. Artigo: ‘A interface psicologia social e saúde – perspectivas e desafios’. Traverso-Yépez. O artigo "A interface psicologia social e saúde - perspectivas e desafios" escrito por Traverso-Yépez discute a interação entre a psicologia social e a saúde. O autor argumenta que a psicologia social pode contribuir para a compreensão de questões relacionadas à saúde, como o papel da cultura, das relações sociais e das desigualdades sociais na saúde das pessoas. No entanto, o autor também destaca os desafios encontrados na aplicação da psicologia social na área da saúde, como a necessidade de uma maior integraçãoentre as disciplinas e a importância de uma abordagem interdisciplinar para o estudo dessas questões. O artigo conclui que a interface entre a psicologia social e a saúde é uma área promissora de pesquisa, mas que é necessário um esforço conjunto para superar os desafios e aproveitar plenamente o potencial dessa abordagem. Cap. 5 – ‘Humor e Doenças’ – Ballone. O capítulo 5 do livro "Humor e saúde", escrito por Antonio Carlos Ballone, discute a relação entre o humor e as doenças. O autor argumenta que o humor pode ter um efeito positivo ou negativo na saúde, dependendo do tipo de humor e do contexto em que é utilizado. Ele revisa pesquisas sobre os efeitos do humor na saúde física e mental, e destaca que o humor pode ajudar a reduzir o estresse, melhorar o sistema imunológico e aliviar a dor. No entanto, o autor também enfatiza que o humor inadequado pode levar a consequências negativas, como o agravamento de problemas de saúde mental, conflitos interpessoais e exclusão social. O capítulo conclui que o humor pode ser uma ferramenta útil para melhorar a saúde, desde que seja utilizado de forma adequada e consciente. Artigo: ‘Emoções e sistema imunológico: um olhar sobre a Psiconeuroimunologia’ – Costa Maia. O artigo "Emoções e sistema imunológico: um olhar sobre a Psiconeuroimunologia" escrito por Costa Maia discute a relação entre as emoções e o sistema imunológico do corpo humano. Através da perspectiva da psiconeuroimunologia, a autora argumenta que as emoções podem afetar a resposta imunológica do organismo, impactando a saúde física e mental das pessoas. O artigo revisa estudos que relacionam emoções positivas, como a felicidade e o amor, com a melhoria do sistema imunológico, enquanto emoções negativas, como o estresse e a depressão, podem ter um efeito negativo na resposta imunológica. A autora também destaca a importância de abordagens integrativas de saúde, que consideram não apenas a dimensão física, mas também a dimensão psicológica e social dos pacientes. O artigo conclui que a compreensão da relação entre emoções e sistema imunológico é fundamental para a promoção da saúde e prevenção de doenças. UNIDADE 3: Artigo: ‘Mídia e subjetividade – impacto no comportamento alimentar feminino’, Andrade & Bosi. O artigo "Mídias e subjetividade - impacto no comportamento alimentar feminino" de Andrade e Bosi analisa como as mídias influenciam a subjetividade e o comportamento alimentar das mulheres. As autoras destacam que as representações midiáticas de corpos ideais e a pressão social por um padrão estético influenciam diretamente a relação que as mulheres têm com a alimentação e com seus corpos. Além disso, o artigo discute como essas influências podem levar a transtornos alimentares e problemas de saúde mental. As autoras defendem a necessidade de uma abordagem crítica e consciente por parte das mulheres em relação às mensagens midiáticas e à sua própria subjetividade, a fim de promover uma relação mais saudável com a alimentação e o corpo. Artigo: ‘Abordagem psicológica da obesidade mórbida...’, Travado et al. O artigo "Abordagem psicológica da obesidade mórbida" de Travado e colegas apresenta uma revisão da literatura sobre a relação entre obesidade mórbida e aspectos psicológicos. Os autores destacam a importância da avaliação psicológica para um tratamento efetivo da obesidade mórbida, uma vez que fatores emocionais e comportamentais podem estar envolvidos no desenvolvimento e manutenção da condição. O artigo discute também os principais transtornos psicológicos associados à obesidade mórbida, como a depressão, ansiedade e transtornos alimentares. Os autores enfatizam a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no tratamento da obesidade mórbida, que inclua não apenas intervenções médicas, mas também psicológicas e comportamentais. Por fim, o artigo destaca a importância do suporte psicológico no processo de perda de peso e manutenção dos resultados a longo prazo. Artigo: ‘Avaliação clínica nas doenças do comportamento alimentar’, Bouça e Sampaio. O artigo "Avaliação clínica nas doenças do comportamento alimentar" de Bouça e Sampaio apresenta uma revisão da literatura sobre a avaliação clínica de pacientes com transtornos alimentares. Os autores destacam a importância da avaliação cuidadosa e individualizada para um diagnóstico preciso e um tratamento efetivo dessas condições. O artigo discute os principais instrumentos de avaliação utilizados na prática clínica, como entrevistas clínicas, questionários e escalas de avaliação de sintomas. Além disso, os autores abordam as particularidades da avaliação de pacientes com diferentes tipos de transtornos alimentares, como a anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtornos alimentares não especificados. O artigo destaca a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento dos transtornos alimentares, envolvendo profissionais de diferentes áreas, como médicos, psicólogos e nutricionistas. Por fim, os autores enfatizam a importância da prevenção e intervenção precoce nos transtornos alimentares, com o objetivo de minimizar os impactos negativos na saúde e qualidade de vida dos pacientes. Artigo: ‘Sexualidade na adolescência’, Cano et al. O artigo ‘Sexualidade na adolescência’ de Cano et al. aborda a importância do diálogo aberto e honesto entre pais e filhos sobre questões relacionadas à sexualidade durante a adolescência, fase em que os jovens estão experimentando mudanças hormonais e emocionais que afetam sua sexualidade. Os autores destacam a necessidade de os pais estarem informados sobre o assunto e preparados para orientar seus filhos de forma adequada e responsável, evitando omissões ou mitos que possam prejudicar a saúde física e mental dos adolescentes. O texto também destaca a importância da educação sexual nas escolas como complemento ao trabalho realizado pelas famílias. Por fim, os autores fazem um alerta para a necessidade de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce, enfatizando a importância do uso de métodos contraceptivos adequados e do respeito ao próprio corpo e ao corpo do outro. PROVAS ANTIGAS 1) Segundo o texto: ‘Avaliação clínica das doenças do comportamento alimentar’, sobre comportamento alimentar, como deve ser a avaliação clínica e a intervenção do psicólogo no tratamento da anorexia e bulimia nervosa (explique os fatores a serem considerados e a importância deles)? A avaliação clínica e a intervenção do psicólogo no tratamento da anorexia e bulimia nervosa são fundamentais para o sucesso do tratamento dessas doenças do comportamento alimentar. A seguir, serão apresentados os fatores que devem ser considerados durante a avaliação clínica e a intervenção do psicólogo no tratamento dessas doenças. 1. História clínica e alimentar: o psicólogo deve coletar informações sobre a história clínica e alimentar do paciente, incluindo informações sobre o peso, altura, índice de massa corporal (IMC), hábitos alimentares, comportamentos alimentares anormais, histórico de dietas restritivas e compulsões alimentares. 2. Comorbidades: o psicólogo deve avaliar a presença de comorbidades, como depressão, ansiedade, transtornos de personalidade, abuso de substâncias e transtornos alimentares relacionados. 3. Fatores psicológicos: o psicólogo deve avaliar os fatores psicológicos que contribuem para a anorexia e bulimia nervosa, como baixa autoestima, perfeccionismo, ansiedade, estresse, traumas e dificuldades interpessoais. 4. Suporte social: o psicólogo deve avaliar o suporte social do paciente, incluindo a presença de familiares e amigos que possam apoiá-lo durante o tratamento. 5. Intervenção psicológica: o psicólogo deve desenvolver um plano de intervenção psicológica que inclua terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, terapia familiar e terapia de grupo. A intervenção psicológica deve ser adaptada às necessidades individuais do paciente. 6. Tratamento multidisciplinar: o psicólogo deve trabalhar em conjunto com outros profissionais de saúde, como nutricionistas, médicos e psiquiatras,para garantir um tratamento multidisciplinar eficaz. A importância desses fatores na avaliação clínica e intervenção do psicólogo no tratamento da anorexia e bulimia nervosa é fundamental para garantir um tratamento eficaz e duradouro. A avaliação clínica cuidadosa permite que o psicólogo identifique os fatores que contribuem para a doença e desenvolva um plano de intervenção psicológica adaptado às necessidades individuais do paciente. A intervenção psicológica, em conjunto com o tratamento multidisciplinar, pode ajudar o paciente a superar a anorexia e bulimia nervosa e levar uma vida saudável e feliz. 2) Segundo o texto: ‘Mídias e subjetividade: impacto no comportamento alimentar feminino (Andrade e Bosi, 2003). Qual a relação entre mídia, subjetividade e comportamento alimentar? (Responda utilizando a discussão que o texto traz sobre o assunto). De acordo com o texto "Mídias e subjetividade: impacto no comportamento alimentar feminino" de Andrade e Bosi (2003), há uma relação entre mídia, subjetividade e comportamento alimentar feminino. A mídia, por meio de imagens de corpos idealizados e padrões de beleza inatingíveis, pode afetar a percepção que as mulheres têm de seus próprios corpos e contribuir para distúrbios alimentares. A subjetividade, por sua vez, é influenciada pela cultura e pelas experiências individuais, o que pode levar a uma busca pela conformidade com os ideais de beleza propagados pela mídia. Essa busca pode levar a comportamentos alimentares disfuncionais, como dietas extremas e restrição alimentar excessiva. 3) Explique e exemplifique como os fatores sociais e culturais, físicos e individuais influenciam o estresse? (Utilize o texto: ‘Estresse, saúde e coping’. Hockenbury? O estresse é influenciado por uma variedade de fatores sociais e culturais, físicos e individuais, como discutido no livro "Estresse, Saúde e Coping" de Hockenbury. Os fatores sociais e culturais, por exemplo, podem incluir o ambiente em que uma pessoa vive, as pressões do trabalho, as expectativas dos amigos e familiares, além de valores culturais que podem afetar a maneira como uma pessoa lida com o estresse. Por exemplo, em muitas culturas ocidentais, é valorizada a ideia de que o indivíduo deve ser capaz de lidar com o estresse de forma independente e autossuficiente, enquanto em outras culturas, é valorizada a busca de apoio social e comunitário. Os fatores físicos podem incluir a saúde geral da pessoa, bem como condições médicas crônicas que podem afetar a capacidade de lidar com o estresse. Por exemplo, indivíduos com hipertensão arterial ou diabetes podem apresentar maior dificuldade em lidar com o estresse. Os fatores individuais, por sua vez, incluem a personalidade, as crenças, os valores e as atitudes de uma pessoa em relação ao estresse. Algumas pessoas podem ser mais propensas a sentir estresse do que outras, devido a suas características pessoais. Além disso, a maneira como uma pessoa interpreta e avalia as situações estressantes pode afetar sua capacidade de lidar com elas. Um exemplo de como esses fatores podem interagir para influenciar o estresse é o caso de um indivíduo com uma condição médica crônica que vive em um ambiente altamente estressante, como uma área de alto índice de criminalidade. Além dos desafios físicos impostos pela condição médica, essa pessoa pode enfrentar pressões adicionais devido ao ambiente em que vive, o que pode aumentar seu nível de estresse. Se essa pessoa tiver uma personalidade mais propensa a sentir estresse e crenças negativas em relação à sua capacidade de lidar com o estresse, seu nível de estresse pode se tornar ainda mais elevado. 4) Segundo o texto: ‘Sexualidade no climatério’ (Áurea Beltrão), explique a frase: “menopausa não é sinônimo de sexo pausa” (leve em consideração na sua resposta às mudanças biopsicossociais que influenciam na sexualidade de homens e mulheres no climatério). A frase "menopausa não é sinônimo de sexo pausa", presente no texto "Sexualidade no Climatério" de Áurea Beltrão, significa que a menopausa não é o fim da vida sexual das mulheres e que elas podem continuar a ter uma vida sexual saudável e satisfatória mesmo após a menopausa. Embora a menopausa possa trazer algumas mudanças biopsicossociais que podem afetar a sexualidade feminina, como a diminuição dos níveis hormonais, a secura vaginal e as mudanças na autoimagem, essas mudanças não necessariamente impedem a atividade sexual. Na verdade, muitas mulheres relatam que suas experiências sexuais melhoram durante a menopausa, pois elas se sentem mais experientes e confiantes em suas habilidades sexuais, além de terem mais tempo e liberdade para se dedicar ao sexo. Além disso, é importante destacar que os homens também passam por mudanças biopsicossociais que podem afetar sua sexualidade durante o climatério, como a diminuição dos níveis de testosterona e a disfunção erétil. No entanto, assim como as mulheres, os homens também podem continuar a ter uma vida sexual saudável e satisfatória com as devidas intervenções e tratamentos. Portanto, a frase "menopausa não é sinônimo de sexo pausa" enfatiza que o climatério não deve ser visto como o fim da atividade sexual, mas sim como uma fase de mudanças que pode exigir adaptações e cuidados específicos para a manutenção de uma vida sexual saudável e satisfatória. 5) Segundo o texto: ‘sexualidade na adolescência: um estudo bibliográfico’ (Cano, Ferrini e Gomes, 2000), como podemos entender o paradoxo comportamento de pais que apresentam um discurso liberal sobre a sexualidade mas na hora de passar para os filhos se apegam a educação tradicional que tiveram demonstrando uma dificuldade em se falar sobre a sexualidade com os filhos? De acordo com o estudo bibliográfico "Sexualidade na Adolescência" de Cano, Ferrini e Gomes (2000), o paradoxo comportamento de pais que apresentam um discurso liberal sobre a sexualidade, mas na hora de passar para os filhos se apegam à educação tradicional que tiveram, demonstrando dificuldade em se falar sobre sexualidade com os filhos, pode ser explicado por diversos fatores. Um desses fatores é a influência da cultura e da tradição na educação sexual dos pais. Muitos pais foram educados em um contexto em que a sexualidade era um assunto tabu e não era discutida abertamente, o que pode influenciar sua capacidade de falar sobre o tema com seus filhos. Além disso, a educação sexual é um assunto complexo, que envolve valores, crenças e atitudes pessoais, e muitos pais podem não se sentir preparados para transmitir essas informações aos filhos de maneira assertiva e adequada. O medo de que a conversa possa ser mal interpretada pelos filhos, ou de que possam ser julgados como pais, também pode influenciar a dificuldade em se falar sobre sexualidade com os filhos. Outro fator que pode contribuir para o paradoxo é a falta de clareza sobre o que se entende por uma educação sexual liberal. Muitos pais podem acreditar que ser liberal significa permitir que os filhos façam o que quiserem, sem limites ou orientações. No entanto, uma educação sexual liberal envolve informação, orientação e diálogo aberto e honesto sobre sexualidade, com o objetivo de ajudar os adolescentes a tomarem decisões informadas e responsáveis.Portanto, o paradoxo comportamento de pais que apresentam um discurso liberal sobre a sexualidade, mas na hora de passar para os filhos se apegam à educação tradicional que tiveram, demonstrando dificuldade em se falar sobre sexualidade com os filhos, pode ser explicado pela influência da cultura e da tradição na educação sexual dos pais, pela complexidade do tema e pelo medo de julgamento ou de não saber como transmitir informações de maneira adequada. 6) Como o psicólogo deve se posicionar diante do determinismo biológico e social? O papel do psicólogo é entender o ser humano em sua complexidade, levando em conta tanto os aspectos biológicos quanto sociais que o influenciam. O determinismo biológico e social são duas correntes teóricas que buscam explicar o comportamento humano a partirde fatores específicos, mas ambas apresentam limitações em sua abordagem. Diante do determinismo biológico, que postula que os comportamentos humanos são determinados por fatores biológicos, como a genética, o psicólogo deve ter uma postura crítica e cautelosa, considerando que não se pode reduzir a complexidade humana a uma única dimensão. Embora fatores biológicos possam influenciar o comportamento humano, é importante lembrar que o ser humano é um ser social e histórico, influenciado por diversos fatores, tais como a cultura, a educação, a experiência pessoal, entre outros. Por outro lado, o determinismo social postula que o comportamento humano é determinado por fatores sociais, como a cultura, a educação e o meio ambiente. Nesse caso, o papel do psicólogo é considerar que fatores sociais podem exercer influência sobre o comportamento humano, mas que o ser humano também possui uma dimensão biológica que não pode ser ignorada. Assim, o psicólogo deve adotar uma postura integrativa, considerando tanto os aspectos biológicos quanto sociais que influenciam o comportamento humano, sem reduzir a complexidade da condição humana a uma única dimensão. Além disso, o psicólogo deve atuar de forma crítica, questionando as limitações e pressupostos de cada corrente teórica e considerando a individualidade de cada pessoa. 7) Qual a diferença entre modelo biomédico e o biopsicossocial? (Apresente as características de cada uma nessa diferenciação. O modelo biomédico e o modelo biopsicossocial são duas abordagens teóricas distintas que buscam explicar a saúde e a doença. A principal diferença entre elas está na forma como cada modelo concebe a natureza dos problemas de saúde e a abordagem terapêutica adequada. O modelo biomédico é uma abordagem que se concentra principalmente na dimensão biológica da saúde e da doença, considerando que a doença é uma disfunção orgânica ou celular que pode ser tratada ou curada através da intervenção médica. Nessa abordagem, a doença é vista como um fenômeno objetivo e mensurável, que pode ser identificado a partir de sinais e sintomas clínicos. O tratamento é, portanto, focado na correção ou eliminação da disfunção biológica, através de intervenções médicas como medicação, cirurgia, entre outros. Por outro lado, o modelo biopsicossocial é uma abordagem que considera que a saúde e a doença são influenciadas por fatores biológicos, psicológicos e sociais, e que esses fatores devem ser levados em conta na avaliação e no tratamento das condições de saúde. Nesse modelo, a doença é vista como um fenômeno multidimensional e complexo, que pode estar relacionado a fatores biológicos, mas também a fatores psicológicos, sociais e ambientais. O tratamento no modelo biopsicossocial é, portanto, mais abrangente e integrativo, levando em consideração as dimensões biológica, psicológica e social da saúde e da doença. Por exemplo, além de medicamentos, o tratamento pode incluir terapia psicológica, mudanças no estilo de vida, intervenções sociais e ambientais, entre outros. Em resumo, enquanto o modelo biomédico se concentra principalmente na dimensão biológica da saúde e da doença, o modelo biopsicossocial considera que a saúde e a doença são influenciadas por múltiplos fatores biológicos, psicológicos e sociais, e requer uma abordagem de tratamento mais abrangente e integrativa. 8) O que é a “reificação”, “aglomeração arbitrária” e a “quantificação inadequada” para Steven Rose e como isso é utilizado pelo determinismo reducionista? Steven Rose é um biólogo e neurocientista crítico do determinismo reducionista, corrente teórica que postula que todos os fenômenos podem ser reduzidos a causas puramente físicas ou biológicas. Segundo Rose, o determinismo reducionista utiliza três estratégias conceituais que ele considera problemáticas: a reificação, a aglomeração arbitrária e a quantificação inadequada. A reificação se refere ao processo de tratar conceitos abstratos como se fossem entidades concretas e reais. No contexto do determinismo reducionista, isso significa tratar fenômenos complexos e multifacetados, como as emoções ou a consciência, como se fossem entidades físicas ou biológicas isoladas. Segundo Rose, essa abordagem pode levar a uma compreensão superficial e reducionista dos fenômenos em questão, ignorando sua complexidade e contextualidade. A aglomeração arbitrária ocorre quando diferentes fenômenos são agrupados arbitrariamente em categorias amplas e mal definidas, sem levar em conta suas diferenças ou nuances. Isso pode levar a uma compreensão simplista e estereotipada dos fenômenos em questão. No contexto do determinismo reducionista, isso pode levar a uma compreensão limitada e estereotipada do comportamento humano, por exemplo, agrupando todos os comportamentos humanos em categorias amplas, como "instintos" ou "genes". A quantificação inadequada se refere ao processo de medir fenômenos complexos e multifacetados em termos quantitativos, sem levar em conta sua complexidade e nuances. No contexto do determinismo reducionista, isso pode levar a uma compreensão limitada e simplista dos fenômenos em questão, ignorando sua complexidade e contextualidade. Em resumo, Rose argumenta que o determinismo reducionista utiliza a reificação, a aglomeração arbitrária e a quantificação inadequada como estratégias conceituais para reduzir fenômenos complexos e multifacetados a causas puramente físicas ou biológicas, o que pode levar a uma compreensão limitada. 9) Como a psicossomática entende o binômio saúde-doença e como as emoções participam dessa visão? A abordagem psicossomática entende o binômio saúde-doença como um continuum que envolve aspectos físicos, mentais, emocionais e sociais da experiência humana. Nessa perspectiva, a saúde pode ser vista como um estado de equilíbrio e harmonia entre esses diferentes aspectos, enquanto a doença pode ser entendida como um desequilíbrio ou uma perturbação nesse estado natural de equilíbrio. As emoções, nessa visão, desempenham um papel fundamental na saúde e na doença. Isso porque as emoções podem influenciar o funcionamento do corpo, através do sistema nervoso autônomo, do sistema endócrino e do sistema imunológico. Por exemplo, emoções como o estresse, a ansiedade e a tristeza podem afetar a função cardiovascular, aumentar a produção de hormônios do estresse, como o cortisol, e reduzir a resposta imunológica do organismo. Além disso, a abordagem psicossomática entende que as emoções podem desempenhar um papel importante na gênese e no curso de muitas doenças físicas. Por exemplo, a depressão pode estar associada a um aumento do risco de doenças cardíacas, enquanto o estresse crônico pode estar relacionado ao desenvolvimento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide. Em resumo, a abordagem psicossomática entende o binômio saúde-doença como um continuum que envolve aspectos físicos, mentais, emocionais e sociais da experiência humana. Nessa perspectiva, as emoções desempenham um papel fundamental na saúde e na doença, influenciando o funcionamento do corpo e podendo estar relacionadas à gênese e ao curso de muitas doenças físicas. 10)Discorra sobre a questão do índice de massa corporal (IMC) ser uma medida adequada para avaliação da condição física das pessoas, no que diz respeito ao percentual de gordura corporal e de massa muscular. O índice de massa corporal (IMC) é uma medida amplamente utilizada para avaliar a condição física das pessoas, especialmente no contexto de avaliação do risco de doenças relacionadas à obesidade. No entanto, o IMC tem algumas limitações importantes quando se trata de avaliar a composição corporal, isto é, a proporção de massa muscular e gordura no corpo. O IMC é calculado dividindo o peso da pessoa pela sua altura ao quadrado e, portanto, não leva em conta a distribuição de gordura corporal ou a massa muscular. Como resultado, pessoas com uma proporção maior de massa muscular podem ter um IMC mais elevado, o que pode levar a uma classificação incorreta, como sobrepeso ou obesidade. Da mesma forma,pessoas com uma proporção maior de gordura corporal podem ter um IMC mais baixo, o que pode levar a uma classificação incorreta como normal ou até mesmo abaixo do peso. Outro problema com o uso do IMC é que ele não diferencia entre os diferentes tipos de gordura corporal. A gordura visceral, que se acumula ao redor dos órgãos internos, é considerada mais perigosa para a saúde do que a gordura subcutânea, que se acumula sob a pele. No entanto, o IMC não leva em conta essa distinção e, portanto, pode subestimar o risco de doenças relacionadas à gordura visceral. No geral, enquanto o IMC pode ser uma medida útil para avaliar a condição física das pessoas em relação ao risco de doenças relacionadas à obesidade, é importante reconhecer suas limitações. Para uma avaliação mais precisa da composição corporal, outras medidas, como a circunferência da cintura, a bioimpedância ou a densitometria óssea, podem ser mais adequadas. 11) A situação que ocorreu recentemente, de forma repetida, em que um pai ou mãe se esqueceram do filho (a) bebê dentro do carro por muitas horas, culminando na morte dele, pode ser analisada como base nos estudos sobre como o estresse afeta a saúde humana. No que diz respeito aos pais dessa situação específica, como o estresse pode ter afetado a saúde deles: de forma direta ou indireta? Justifique a resposta. A situação em que pais ou mães se esquecem de seus filhos dentro do carro e acabam causando sua morte é extremamente trágica e lamentável. Do ponto de vista da saúde dos pais envolvidos nessa situação, é possível que o estresse tenha afetado sua saúde de várias maneiras, tanto direta quanto indiretamente. Em primeiro lugar, é importante destacar que a situação em si é extremamente estressante e traumática. O fato de terem esquecido o filho no carro e, em seguida, descobrir sua morte, é uma experiência altamente estressante que pode ter efeitos imediatos e duradouros na saúde mental e física dos pais. O estresse agudo pode desencadear uma série de reações fisiológicas, como aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e níveis de hormônios do estresse, que podem ter efeitos negativos na saúde a curto e longo prazo. Além disso, a situação também pode ter efeitos indiretos na saúde dos pais, como o desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Esses transtornos podem aumentar o risco de outras condições de saúde, como doenças cardíacas e diabetes, e reduzir a qualidade de vida dos pais. Por fim, é importante lembrar que o estresse também pode afetar a saúde dos pais por meio de comportamentos de risco, como consumo excessivo de álcool e tabaco, falta de sono adequado e má alimentação, que podem levar a problemas de saúde a longo prazo. Em resumo, a situação em que pais ou mães esquecem seus filhos dentro do carro e causam sua morte é altamente estressante e pode afetar a saúde dos pais de várias maneiras, tanto direta quanto indiretamente. É importante que sejam fornecidos suporte e tratamento adequados para esses pais, para ajudá-los a lidar com as consequências emocionais e físicas dessa situação traumática. 12) Apresente duas vantagens e duas desvantagens do determinismo segundo o texto ‘As falsas promessas deterministas’, (Teresa Citeli), ‘O determinismo reducionista biológica’ (Marcus Bentes). Vantagens do determinismo: 1. Proporciona uma sensação de ordem e previsibilidade no mundo. Pode ser útil para entender as causas de eventos passados ou prever possíveis resultados futuros. 2. Desvantagens do determinismo: 3. Pode reduzir a liberdade e a responsabilidade individual, ao sugerir que nossas ações são determinadas por fatores além do nosso controle. 4. Ignora a complexidade e a imprevisibilidade do mundo, e pode levar a conclusões simplistas e equivocadas sobre a realidade. 13) Sandra Caponi (2007) no texto: ‘Da herança à localização cerebral: sobre o determinismo biológico de condutas indesejadas”, apresenta duas formas de explicar o determinismo biológico. A primeira foi representada pelos higienistas, alienistas, médicos e psiquiatras do início do século XX; a segunda, pela Neurobiologia, genética e sociobiologia, que aparecem como marco obrigatório de referência a partir das últimas décadas do século XX. Qual a diferença das duas formas de explicar o determinismo biológico? A primeira forma de explicar o determinismo biológico, representada pelos higienistas, alienistas, médicos e psiquiatras do início do século XX, enfatizava a influência de fatores ambientais e sociais na formação de comportamentos indesejados, mas também postulava a existência de fatores biológicos determinantes, como predisposições genéticas ou doenças mentais. Já a segunda forma, representada pela Neurobiologia, genética e sociobiologia a partir das últimas décadas do século XX, enfatiza a influência exclusiva de fatores biológicos na formação de comportamentos indesejados, negligenciando os aspectos sociais e culturais que também influenciam esses comportamentos. 14) Determinismo neurogenético proclama ser capaz de explicar tudo - da violência urbana à orientação sexual - pelas propriedades do cérebro ou pelos genes”. Esse trecho extraído do texto: ‘A perturbadora ascensão do determinismo neurogenético, de Steven Rose apresenta uma explicação pra uma série de fenômenos como violência, agressividade, alcoolismo e homossexualidade. Quais os erros (apresente 4 e explique-os) desse tipo de argumentação determinista neurogenético apresentado pelo autor é porque esse pensamento tem muito espaço na mídia? O autor apresenta os seguintes erros do determinismo neurogenético: 1. Reducionismo biológico: O determinismo neurogenético reduz a complexidade e a diversidade da experiência humana a processos puramente biológicos, ignorando o papel fundamental dos fatores ambientais e sociais na formação dos comportamentos. 2. Falta de causalidade unidirecional: A relação entre a biologia e o comportamento é complexa e bidirecional, ou seja, o comportamento também pode afetar a biologia cerebral e genética. 3. Simplificação excessiva: O determinismo neurogenético tende a apresentar explicações simplistas para comportamentos complexos, ignorando a grande variedade de fatores que podem influenciar esses comportamentos. Estigma e discriminação: A crença de que a homossexualidade, por exemplo, é determinada geneticamente pode levar a estigmatização e discriminação de pessoas LGBTQ+, além de ignorar a complexidade da formação da identidade sexual. 4. O pensamento determinista neurogenético tem muito espaço na mídia porque oferece explicações aparentemente simples para comportamentos complexos, que podem ser facilmente divulgadas e compreendidas pelo público em geral. No entanto, essa abordagem ignora a complexidade e a diversidade da experiência humana, não oferece soluções práticas para problemas sociais e pode levar a estigmatização e discriminação de grupos vulneráveis. 15) No texto humor e doenças, Ballone apresenta uma explicação para as doenças psicossomáticas. Como podemos entender o efeito das emoções negativas no corpo podendo favorecem o aparecimento ou piora das doenças? (Explique o mecanismo todo). Segundo o texto de Ballone, as emoções negativas podem afetar o corpo por meio de um mecanismo chamado de "reação de alarme". Quando uma pessoa é exposta a situações estressantes ou ameaçadoras, o corpo libera hormônios do estresse, como o cortisol, que podem afetar a atividade do sistema imunológico e causar inflamação crônica em diferentes partes do corpo. Essa inflamação, por sua vez, pode contribuir para o aparecimento ou piora de doenças psicossomáticas. 16) Apresente os fatores que favorecem o desenvolvimento do modelo biomédico e do modelo biopsicossocial. O modelo biomédico é favorecido pelos seguintes fatores: 1. Avanços tecnológicos: A medicina baseada em evidências e a tecnologia médica avançada, como exames de imagem e técnicas cirúrgicas, auxiliaram no desenvolvimento do modelo biomédico, que foca principalmente
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