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PROVA I - PROJETO I (INTERFACES BIOLÓGICAS E CULTURAIS COM OS FENÔMENOS PSICOLÓGICOS)

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PROVA I - PROJETO I (INTERFACES BIOLÓGICAS E CULTURAIS COM
OS FENÔMENOS PSICOLÓGICOS)
UNIDADE 1 – O problema da causalidade
O problema da causalidade é um conceito filosófico que se refere à dificuldade em
estabelecer uma relação de causa e efeito entre eventos ou fenômenos. Em outras palavras, é
a dificuldade em determinar se um evento é a causa de outro ou se ambos são simplesmente
correlacionados de alguma forma.Esse problema pode ser particularmente relevante em áreas
como a ciência e a medicina, onde é crucial entender as causas subjacentes de doenças e
outros fenômenos naturais. Muitas vezes, os cientistas tentam estabelecer relações de causa e
efeito através de experimentos controlados, onde variáveis específicas são manipuladas para
verificar seu efeito sobre outras variáveis. No entanto, mesmo com métodos rigorosos, a
causalidade ainda pode ser difícil de estabelecer. Isso porque há muitos fatores que podem
influenciar o surgimento de um determinado evento, incluindo outros eventos, características
individuais, ambiente e outros fatores externos.
Em resumo, o problema da causalidade é um desafio que a humanidade enfrenta ao tentar
entender como os eventos estão conectados uns aos outros. É importante reconhecer essa
dificuldade ao interpretar correlações e inferir causas em várias áreas da vida.
Diversidade da compreensão dos fenômenos e processos psicológicos.
A Diversidade da compreensão dos fenômenos e processos psicológicos é um tema
importante na psicologia. Isso se deve ao fato de que a psicologia é uma ciência que estuda o
comportamento humano e como ele é influenciado por fatores internos e externos. E como
cada indivíduo tem sua própria bagagem de experiência e história de vida, é natural que haja
diferentes interpretações sobre os fenômenos e processos psicológicos.
Por exemplo: uma pessoa pode ter uma compreensão diferente sobre a ansiedade do que
outra. Uma pode enxergá-la como algo patológico que precisa de tratamento, enquanto outra
pode vê-la como uma resposta natural do corpo a situações estressantes e que pode ser
controlada como meditação e respiração.
A diversidade na compreensão dos fenômenos e processos psicológicos também pode ser
influenciada pelo contexto cultural em que cada indivíduo está inserido. Cada cultura tem
suas próprias visões e crenças sobre o comportamento humano, e isso pode afetar a maneira
como seus membros interpretam e lidam com os fenômenos psicológicos.
Dessa forma, é importante que os profissionais da psicologia estejam atentos a essa
diversidade e busquem compreender as diferentes perspectivas e interpretações sobre os
fenômenos e processos psicológicos. Isso permite que eles possam oferecer um atendimento
mais adequado e personalizado aos seus pacientes, levando em consideração suas
particularidades e contextos culturais.
Determinismos biológico e social, e a relação deles com o comportamento.
O determinismo biológico e social, são duas teorias que explicam as origens do
comportamento humano. O determinismo biológico afirma que o comportamento humano é
determinado principalmente pela biologia, ou seja, por fatores genéticos, hormonais e
neurais. Por outro lado, o determinismo social argumenta que o comportamento humano é
resultado de fatores sociais, culturais e ambientais. Embora ambas as teorias possam explicar
o comportamento humano em diferentes situações, a maioria dos psicólogos concorda que a
relação entre o determinismo biológico e social é muito complexa. De fato, a maioria dos
comportamentos resulta de uma combinação de fatores biológicos e sociais.
Por exemplo: a agressividade é um comportamento muitas vezes associado ao determinismo
biológico, já que há evidências de que a testosterona pode influenciar a agressividade de um
indivíduo. No entanto, a cultura, a educação e as condições sociais também podem ter um
impacto significativo no comportamento agressivo de uma pessoa.
Em conclusão, embora o determinismo biológico e social possam influenciar o
comportamento humano em diferentes graus, é preciso ter em mente que o comportamento
humano é uma questão complexa que envolve múltiplos fatores biológicos e sociais, e que é
preciso considerá-los em conjunto para uma compreensão mais profunda do comportamento
humano.
O papel do reducionismo (busca explicar um fenômeno complexo em termos de suas partes
componentes mais simples).
O papel do reducionismo é fornecer uma compreensão mais clara sobre como os sistemas
complexos funcionam, ao desmembrá-los em partes mais simples. Isso permite que os
cientistas analisem e estudam os fenômenos de uma forma mais detalhada, ajudando no
desenvolvimento de novas teorias e descobertas. Porém, o reducionismo também tem suas
limitações. Ele pode levar a uma visão simplista e incompleta do fenômeno estudado,
ignorando as interações entre as partes componentes. Além disso, pode não levar em conta as
influências do contexto e do ambiente. Nesse sentido, é importante usar o reducionismo com
cautela, buscando uma abordagem integrada que inclua tanto a análise das partes quanto das
interações entre elas.
Determinismos neurogenético e social e o comportamento
O determinismo neurogenético e social é uma teoria que defende que o comportamento
humano é determinado por fatores biológicos e sociais. Segundo essa teoria, tanto a genética
quanto o ambiente social em que uma pessoa vive são responsáveis por moldar seu
comportamento. No que diz respeito ao determinismo neurogenético, as características
biológicas de uma pessoa, incluindo seu cérebro e seu sistema nervoso, são consideradas
determinantes fundamentais do comportamento humano. De acordo com essa abordagem,
nossos genes e nosso ambiente biológico determinam a forma como pensamos, sentimos e
nos comportamos. Por outro lado, o determinismo social sugere que o ambiente social em que
uma pessoa vive é um fator primordial na determinação do seu comportamento. Nessa
abordagem, as experiências sociais, incluindo a cultura, a educação, a influência de amigos e
familiares, e outros fatores que moldam a forma como as pessoas veem o mundo e se
comportam.
Em resumo, o determinismo neurogenético e social sugere que o comportamento humano é
moldado por uma combinação de fatores biológicos e sociais. Embora esta teoria tenha suas
limitações e críticas, ela ainda oferece uma perspectiva útil para entender como o
comportamento humano é influenciado por múltiplos fatores.
Situações cotidianas que envolvam a questão dos determinismos, biológico e social
Existem diversas situações cotidianas que podem exemplificar a questão dos determinismos,
biológico e social. Um exemplo é o comportamento agressivo de uma pessoa. De acordo com
o determinismo neurogenético, essa agressividade poderia ser decorrente de uma
predisposição biológica, como um desequilíbrio hormonal, por exemplo. Já de acordo com o
determinismo social, o ambiente em que essa pessoa vive pode ter influenciado o seu
comportamento agressivo, como situações de violência em sua infância e adolescência. Outro
exemplo é o desempenho escolar de um estudante. De acordo com o determinismo biológico,
a inteligência e o potencial cognitivo de uma pessoa são determinados pela genética, o que
influencia diretamente no seu desempenho escolar. Já de acordo com o determinismo social,
o ambiente em que esse estudante vive, incluindo o acesso a recursos educacionais e o
incentivo da família e professores, pode ter grande impacto no seu desempenho escolar. É
importante ressaltar que, apesar de existirem fatores biológicos e sociais que podem
influenciar o comportamento humano, isso não significa que os indivíduos não tenham
controle sobre suas ações. A consciência e a capacidade de fazer escolhas são características
fundamentais da condição humana.
SLIDE - AULA / DIVERSIDADE NA COMPREENSÃO DOS FENÔMENOS
PSICOLÓGICOS: O PROBLEMA DA CAUSALIDADE
● DETERMINISMO BIOLÓGICO
Seleção Natural;
As espécies são selecionadas de acordo com sua capacidade de se adaptar ao ambiente;
“Descender com modificações”;
Hereditariedade;
As característicasde um ser vivo são provenientes de um par de unidades elementares de
hereditariedade, chamado genes;
Seleção Natural + genética = evolução ocorre por meio da seleção natural, mutações e
recombinações genéticas. Hereditariedade;
Estudo do sistema nervoso;
Explicação de disfunções do comportamento através de disfunções cerebrais;
Explicações químicas e neurobiológicas dos comportamentos = inadequadas/ deficiências
neuroquímicas;
Estudo do comportamento social usando conceitos da biologia, o que permitiria subsumir as
ciências sociais às naturais = Comportamentos e sentimentos, como o altruísmo e a
agressividade, são em parte derivados da genética, e não apenas adquiridos.
DETERMINISMO BIOLÓGICO: Tendência de explicar uma enorme gama de
características de sociedades humanas — desde o aparato jurídico, passando por interesses,
comportamentos, variações de habilidades, capacidades, padrões cognitivos, manifestações
da sexualidade, até a posição ocupada por diferentes grupos nas sociedades — que envolvem
limites e privilégios, como sendo universais, porque estariam inscritas em determinadas
partes do corpo humano ou animal, e/ou porque seriam transmitidas de geração em geração,
há milhões de anos, por entidades como genes, apelos e propensões instintivas. (Citeli, 2007,
p. 1).
PROBLEMÁTICA
● Genes da esquizofrenia....
● Bioquímica da depressão...
● Violência...
● Alcoolismo...
Desresponsabiliza as condições ambientais que podem interferir na manifestação e
tratamento da patologia = Determinismo reducionista biológico.
DETERMINISMO BIOLÓGICO: É conhecida a eficácia social que possui este tipo de
explicação: aquilo que tem uma origem orgânica identificável poderá ser resolvido com a
terapêutica apropriada, seja ela farmacológica ou cirúrgica, conforme as exigências das
mudanças tecnocientíficas. Hoje é possível afirmar que uma droga capaz substituir o déficit
de dopamina (a ritalina) fará com que as crianças diagnosticadas com déficit de atenção
modifiquem sua conduta e permaneçam obedientes por um período que oscila entre quatro e
24 horas, desconsiderando a multiplicidade de fatores pedagógicos, sociais, familiares que
podem afetar a criança nesse momento. (Caponi, 2007, p.334).
CONTEXTO E CULTURA
● DIVERSIDADE E CULTURA;
● O ser humano é social, histórico e ativo;
● O pensamento é dependente do contexto histórico e cultural ao qual estamos
submetido;
● O ser humano é inerentemente social e, como tal, sempre ligado às condições sociais.
Constitui-se enquanto tal na relação com o outro social;
● Não pode ser compreendido independentemente do seu contexto, de suas relações e
vínculos: é a cultura que o humaniza;
DETERMINISMO REDUCIONISTA SOCIAL
● Socialmente somos determinados a “X” comportamentos?
● Contexto de violência e pobreza = Indivíduo violento, comportamento criminoso =
Determinismo reducionista social.
INTERFACE BIOLOGIA E CULTURA
● Causalidade em Psicologia: Múltipla;
● Biopsicossocial;
● Biológico, Psíquico, Social.
UNIDADE 2 – Visão biológica, psicológica e social da saúde e do adoecimento.
A visão biológica da saúde e do adoecimento considera os aspectos físicos e químicos do
corpo humano, bem como as doenças e disfunções que podem afetar esses aspectos. Essa
abordagem enfatiza a importância de práticas preventivas e diagnósticos precisos, permitindo
o tratamento adequado e efetivo. A visão biológica também visa melhorar a qualidade de vida
através da promoção da saúde e bem-estar. Já a visão psicológica da saúde e do adoecimento
observa a relação entre fatores psicológicos, como crenças, emoções e comportamentos, e a
saúde física. Essa abordagem destaca a importância do suporte social, autoestima e resiliência
na prevenção e tratamento de doenças. A visão psicológica também enfatiza o papel da
terapia e a conscientização dos fatores emocionais relacionados à saúde. Por fim, a visão
social da saúde e do adoecimento considera o contexto social em que as pessoas vivem e
como isso influencia a saúde. Aspectos como classe social, gênero, raça e etnia têm um
potencial impacto sobre a saúde e incidência de doenças. Essa abordagem promove a
diversidade e a igualdade de acesso a recursos e oportunidades de saúde, bem como a
conscientização e prevenção de doenças relacionadas à desigualdade social. Embora essas
abordagens possam parecer distintas, elas são interconectadas e complementares. Ao
considerar todos os aspectos de saúde e adoecimento, é possível abordá-los de maneira mais
integrada e completa, permitindo uma abordagem holística para a promoção da saúde e
bem-estar.
Conceitos de Saúde. E o processo saúde-doença
A saúde é um conceito que pode ser definido de diversas formas, variando de acordo com
diferentes áreas e perspectivas. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define
saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência
de doença ou enfermidade". Ou seja, a saúde não é apenas a ausência de doença, mas também
envolve o bem-estar físico, mental e social.O processo saúde-doença refere-se ao continuum
em que as pessoas estão em diferentes estados de saúde e doença ao longo do tempo. Este
processo é influenciado por vários fatores, como biológicos (por exemplo, genética, idade),
ambientais (por exemplo, poluição, acesso a alimentos saudáveis), comportamentais (por
exemplo, dieta, exercício físico), socioeconômicos (por exemplo, situação financeira,
educação) e psicológicos (por exemplo, estresse, suporte social). A abordagem do processo
saúde-doença considera que a saúde e a doença são processos contínuos e dinâmicos, em vez
de estados binários (estar saudável ou doente). Assim, a prevenção e o tratamento da doença
devem levar em consideração todos os fatores que afetam a saúde de uma pessoa, incluindo
aspectos mentais, emocionais, sociais e ambientais.
Em resumo, o conceito de saúde é amplo e envolve bem-estar físico, mental e social,
enquanto o processo saúde-doença reconhece que a saúde e a doença são processos contínuos
e influenciados por vários fatores. É importante considerar todos esses aspectos para
promover e manter a saúde das pessoas.
Histórico da evolução do conceito de saúde-doença até o surgimento do modelo
biomédico.
O conceito de saúde-doença tem sido objeto de estudo e reflexão por muitos séculos. Na
Grécia antiga, a saúde era vista como um estado de equilíbrio entre as quatro humores do
corpo: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. Qualquer desequilíbrio nesses humores
poderia levar à doença.Ao longo dos séculos seguintes, outras teorias sobre saúde e doença
foram propostas, muitas das quais incluíam fatores espirituais ou sociais. No final do século
XIX, o germismo se tornou uma teoria popular na medicina, que defendia que as doenças
eram causadas por micro-organismos. Com o avanço da ciência e da tecnologia no século
XX, o modelo biomédico emergiu como a visão dominante da saúde e da doença. Esse
modelo se concentra exclusivamente em fatores biológicos e considera a doença como uma
falha em algum sistema fisiológico, que deve ser tratada com intervenções médicas
específicas. Embora o modelo biomédico tenha proporcionado avanços significativos na
prevenção e tratamento de várias doenças, ele também recebeu críticas por seu foco limitado
em fatores biológicos e sua negligência em relação a fatores psicológicos, sociais e
ambientais que influenciam a saúde. Nos últimos anos, tem havido uma tendência crescente
de integrar diferentes abordagens para a saúde, incluindo medicina tradicional e
complementar, bem como a adoção de modelos mais holísticos e centrados no paciente. Essas
abordagens reconhecem a complexidade da saúde-doença e a importância de levar em
consideração fatores biopsicossociais para uma abordagem completa e eficaz.
Saúde é apenas ausência de doença?
Não, saúde não é apenas ausência de doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
define a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a
ausência de doença ou enfermidade. Ou seja, saúde é um estadode equilíbrio e harmonia
entre o corpo, a mente e o meio ambiente. Isso significa que a saúde envolve diversos
aspectos como a alimentação saudável, o exercício físico regular, o sono adequado, o
equilíbrio emocional, a qualidade dos relacionamentos sociais, entre outros fatores que
influenciam na qualidade de vida das pessoas.
Os três domínios da saúde: físico, mental e social.
Os três domínios da saúde são essenciais para o bem-estar geral do indivíduo, e são eles:
físico, mental e social.
O domínio físico refere-se à saúde do corpo, incluindo aspectos como a nutrição, exercício
físico, padrões de sono, higiene e prevenção de doenças. Manter um estilo de vida saudável
nesse âmbito é fundamental para prevenir condições crônicas, doenças cardiovasculares e
outras enfermidades.
O domínio mental é a saúde emocional e psicológica, englobando aspectos como a
estabilidade emocional, autoestima, gestão do estresse e enfrentamento de problemas
emocionais, como a ansiedade e a depressão. Manter a saúde mental em dia é importante para
se ter uma perspectiva positiva na vida, a fim de enfrentar os desafios do dia-a-dia com
resiliência.
O domínio social abrange o relacionamento com pessoas, dentro e fora do ambiente familiar.
É a forma como o indivíduo se relaciona com os demais, incluindo questões como o apoio
social, a qualidade dos relacionamentos, o senso de comunidade e de conexão com outras
pessoas. O apoio social, especialmente em momentos de crise, pode ser fundamental para
manter a saúde mental e física.
Equilibrar esses três domínios é essencial para manter o bem-estar geral da pessoa. Cada
pessoa deve buscar formas de cuidar dessas áreas, criando um estilo de vida saudável e
equilibrado, que atenda às suas necessidades individuais. Além disso, é fundamental contar
com o apoio de profissionais da saúde, quando necessário.
Aspectos sócio-culturais da saúde-doença
Os aspectos socio-culturais da saúde-doença são fundamentais para entender como uma
sociedade concebe e lida com a saúde e a doença. Isso inclui fatores como crenças, valores,
normas, tabus, estilos de vida, conhecimentos, práticas, costumes, relações sociais, gênero,
raça e classe social. As crenças e valores socio-culturais influenciam como as pessoas
percebem e reagem aos problemas de saúde, como buscam tratamento e se envolvem em
comportamentos de risco ou cuidados preventivos. Por exemplo, algumas culturas podem
acreditar que a doença é causada por forças sobrenaturais ou desequilíbrios energéticos,
enquanto outras podem enfatizar causas biológicas ou psicológicas. As normas e tabus
socio-culturais podem influenciar os comportamentos individuais e coletivos, incluindo o
acesso a cuidados de saúde. Por exemplo, algumas culturas podem ter normas rígidas em
relação à sexualidade e estigmatizar doenças relacionadas a essas práticas, o que pode
impedir o acesso a exames ou tratamentos eficazes. Os estilos de vida e práticas culturais
também podem afetar a saúde das pessoas. Por exemplo, a dieta e hábitos alimentares podem
ser influenciados por tradições culturais que podem levar à obesidade ou deficiência
nutricional. Além disso, o contexto social em que as pessoas vivem, como a falta de acesso a
alimentos saudáveis ou opções de lazer, pode contribuir para problemas de saúde. O gênero, a
raça e a classe social também são fatores importantes nos aspectos sócio-culturais da
saúde-doença. Por exemplo, a desigualdade de gênero pode afetar a saúde mental e física.
Interface: Psicologia Social / Saúde.
A interface entre psicologia social e saúde é de extrema importância para compreender a
saúde humana como um fenômeno complexo e multifacetado. A psicologia social tem o
objetivo de estudar como as relações sociais afetam o comportamento humano e a saúde é um
dos principais aspectos influenciados por essas relações. Por exemplo, a psicologia social
pode ajudar a entender os fatores psicológicos envolvidos na tomada de decisão sobre a busca
por cuidados de saúde e o engajamento em práticas saudáveis de comportamento. O estudo
da psicologia social também é fundamental para entender como as desigualdades
socioeconômicas moldam a saúde de indivíduos e comunidades. Além disso, a interface entre
psicologia social e saúde é importante para abordar questões específicas relacionadas à saúde
feminina, como a saúde reprodutiva, as doenças sexualmente transmissíveis e a igualdade de
gênero na saúde. É necessário compreender como as demandas sociais, culturais e
econômicas afetam a saúde da mulher e como as intervenções podem ser desenhadas para
promover a saúde. Portanto, a interface entre psicologia social e saúde é fundamental para
uma abordagem mais abrangente e integrada da saúde, permitindo que profissionais de saúde
e pesquisadores conheçam as necessidades de diferentes grupos e desenvolvam intervenções
mais eficazes e acessíveis.
Psicossomática: noções básicas
A psicossomática é uma área da medicina que visa compreender a relação entre as emoções e
as doenças físicas. Ela é baseada na concepção de que o corpo humano e a mente não podem
ser vistos como entidades separadas e independentes uma da outra, mas sim como
componentes inter-relacionados de uma única pessoa. A psicossomática, portanto, considera
que as emoções e os pensamentos podem ser expressos através de doenças físicas e a saúde
do indivíduo deve ser abordada de forma integrada.
Noções básicas da psicossomática incluem o entendimento da conexão entre os estados
emocionais e os sistemas fisiológicos do corpo, entendendo que emoções negativas
prolongadas podem desencadear respostas físicas como a elevação do nível de estresse e a
redução da resposta imunológica do corpo.
A psicossomática também é conhecida por identificar fatores psicológicos que podem estar
contribuindo para uma doença física, como o estresse crônico, a ansiedade, a depressão, a
raiva ou o trauma. A partir dessa identificação, medidas podem ser tomadas para tratar o
paciente de forma mais holística.
Por exemplo, em uma situação em que uma pessoa que sofre de doenças cardíacas pode estar
conversando com um médico que percebe que as causas são emocionais, como ansiedade ou
estresse, os profissionais da área podem trabalhar com um psicólogo para ajudar a paciente a
lidar com os fatores psicológicos para melhorar a saúde do coração.
Em resumo, a psicossomática é uma abordagem integral de cuidados de saúde que leva em
consideração os fatores emocionais, psicológicos e físicos de uma pessoa. Ela visa tratar o
indivíduo como um todo para promover uma saúde mais plena e uma melhor qualidade de
vida.
Psiconeuroendocrinoimunologia (PNEI): a ação sistemas conjunta entre os sistemas
nervoso, imunológico e endocrinológico.
A Psiconeuroendocrinoimunologia (PNEI) é um campo interdisciplinar da ciência que se
concentra na interação entre os sistemas nervoso, imunológico e endócrino. Esses três
sistemas são capazes de se comunicar e influenciar a função um do outro de maneira muito
complexa e interdependente.
O sistema nervoso central, que inclui o cérebro e a medula espinhal, é responsável por
coordenar as respostas do corpo a estímulos internos e externos. O sistema endócrino inclui
as glândulas que produzem hormônios, como a tireoide e as adrenais, que afetam o controle
do metabolismo, crescimento e reprodução. O sistema imunológico protege o corpo contra
invasores estrangeiros, como bactérias e vírus. Todas essas funções estão interligadas, sendo
afetadas por agentes estressores, incluindo psicológicos, ambientais e fisiológicos.
A PNEI estuda como o estresse afeta a função dos sistemas nervoso, imunológico e
endócrino e como cada um desses sistemas afeta o funcionamento dos demais. O estresse
crônico tem sido associado a uma série de condições de saúde, incluindo doenças
autoimunes, como a artrite reumatoide e o lúpus, e doenças mentais, como a ansiedade e a
depressão. A PNEI tem implicações importantes para a prática clínica e a pesquisa, pois
reconhece a importância de tratar o paciente como um todo, em vez de apenas trataruma
condição isolada. Além disso, a pesquisa em PNEI tem o potencial de fornecer uma
compreensão mais aprofundada dos mecanismos biológicos subjacentes aos efeitos da
psicoterapia e outras intervenções psicológicas sobre a saúde e o bem-estar.
Em resumo, a PNEI é um campo de estudo multidisciplinar que busca entender a interação
entre os sistemas nervoso, imunológico e endócrino. Seu objetivo é fornecer um
entendimento mais completo dos mecanismos biológicos subjacentes aos efeitos físicos e
psicológicos de estressores, bem como desenvolver novas terapias e intervenções para tratar
doenças e melhorar o bem-estar.
Aborda a questão do estresse na vida profissional e o adoecimento, bem como das
diferentes formas de se lidar com ele
O estresse na vida profissional é um problema crescente em nosso mundo cada vez mais
acelerado e exigente. Muitas vezes, as demandas do trabalho podem levar ao estresse crônico,
que pode levar a problemas de saúde física e mental, como doenças cardíacas, depressão e
ansiedade. Um dos principais fatores de estresse no trabalho é a sobrecarga de trabalho e a
falta de tempo para lidar com todas as tarefas. A pressão para alcançar metas e prazos
também pode ser estressante, especialmente quando essa pressão vem de superiores ou
colegas de trabalho.Outros fatores de estresse no trabalho podem incluir conflitos com
colegas de trabalho, assédio moral e bullying, falta de reconhecimento e recompensa,
insegurança no emprego e falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Para lidar com o estresse no trabalho, existem algumas técnicas que podem ser úteis. Uma
delas é a prática de exercícios físicos regulares, como caminhadas, corridas ou ioga, que
podem ajudar a aliviar a tensão muscular e reduzir a ansiedade. Também é importante
aprender a gerenciar o tempo e as prioridades, desenvolver uma boa comunicação com
colegas e superiores, e estabelecer metas realistas. A busca por apoio emocional, seja através
de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental, também pode ser útil. Por fim, é
essencial saber quando pedir ajuda profissional quando o estresse começa a se tornar
avassalador ou quando começa a afetar a saúde física ou mental. Isso pode incluir conversar
com o médico ou psicólogo, ou procurar programas de apoio emocional no trabalho ou em
organizações da comunidade. A prevenção e o tratamento do estresse no trabalho são
fundamentais para preservar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores e garantir um ambiente
laboral saudável e produtivo.
UNIDADE 3 –Temáticas na interface dos fenômenos psicológicos com fenômenos
biológicos e culturais.
A interface entre fenômenos psicológicos, biológicos e culturais é uma área de grande
interesse na ciência contemporânea, permitindo uma abordagem multidisciplinar na
compreensão da saúde e bem-estar. Alguns exemplos de temáticas que exploram essa
interface são:
1. Cultura e Emoção: Como emoções são influenciadas por fatores culturais? Por exemplo,
diferentes culturas podem ter variações na expressão de emoções como raiva, medo, tristeza e
alegria.
2. Neurociência e Comportamento: Como o cérebro se relaciona com o comportamento
humano? Novas descobertas e técnicas em neurociência têm permitido uma compreensão
mais profunda sobre mecanismos biológicos relacionados a comportamentos sociais e
individuais.
3. Psicologia Genética: Como genes podem afetar comportamentos e transtornos
psicológicos? Estudos que exploram aspectos genéticos em psicologia têm apresentado
recentemente grandes avanços na identificação de genes que podem estar associados com
transtornos psicológicos.
4. Cultura e Saúde: Como fatores culturais podem afetar a saúde física e mental? Por
exemplo, as crenças sobre doenças e tratamentos variam entre culturas e podem afetar a
escolha de tratamentos e aderência ao tratamento médico.
5. Epigenética e Trauma: Como eventos traumáticos podem afetar a expressão gênica?
Estudos têm proposto uma relação entre experiências traumáticas e mudanças na expressão
gênica, o que pode afetar o desenvolvimento de transtornos psicológicos.
A compreensão dessas temáticas pode contribuir para uma abordagem mais integrada e
holística na promoção da saúde e bem-estar, permitindo que a saúde seja entendida como um
fenômeno resultante da interação entre fatores biológicos, culturais e psicológicos.
Comportamento alimentar
O comportamento alimentar é fundamental para a manutenção da saúde e do bem-estar. Ele
se refere à forma como escolhemos os alimentos que consumimos, como os preparamos e
como os ingerimos. O comportamento alimentar pode influenciar tanto aspectos físicos
quanto emocionais e psicológicos. Existem diferentes fatores que influenciam o
comportamento alimentar, como as preferências pessoais, as crenças culturais e religiosas, as
condições socioeconômicas, entre outros. Além disso, a fome e a saciedade são sensações
importantes que afetam nossas escolhas alimentares. É importante lembrar que o consumo
excessivo ou inadequado de alimentos pode levar a problemas como obesidade, diabetes,
doenças cardiovasculares e outras doenças relacionadas à alimentação. Ao contrário, a
privação alimentar ou a escolha de dietas restritivas, também pode levar a distúrbios
alimentares. Por isso, é importante desenvolver hábitos alimentares saudáveis e equilibrados,
baseados em uma variedade de alimentos que fornecem os nutrientes necessários para o bom
funcionamento do organismo. Além disso, é importante aprender a identificar e respeitar as
sensações de fome, saciedade e satisfação, evitando o consumo excessivo ou o apego
emocional aos alimentos. O comportamento alimentar é um aspecto importante da vida, que
deve ser cuidado e cultivado de forma saudável. Ao adotar hábitos alimentares equilibrados, é
possível manter a saúde física e emocional, evitando problemas de saúde e garantindo o
bem-estar.
A subjetividade como ‘envelope cultural’ dos transtornos alimentares
Os transtornos alimentares são distúrbios psicológicos que afetam a relação de uma pessoa
com a alimentação e com seu próprio corpo. Eles podem se manifestar de várias formas,
como a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar.
A subjetividade é um aspecto central na compreensão desses transtornos. Ela se refere ao
conjunto de características psicológicas, emocionais, culturais e sociais que influenciam a
forma como cada pessoa vive e percebe o mundo ao seu redor. Em relação aos transtornos
alimentares, a subjetividade é como um "envelope cultural" que envolve e influencia a
percepção e a experiência de uma pessoa em relação ao seu próprio corpo e à alimentação.
Dentro desse envelope cultural, encontramos crenças, valores e padrões estéticos que podem
estimular comportamentos alimentares inadequados, como a busca desenfreada pelo corpo
perfeito ou a negação das necessidades nutricionais do organismo. O ambiente familiar, os
amigos, a mídia e a cultura em que se está inserido também podem influenciar fortemente a
construção dessa subjetividade em relação ao corpo e à alimentação. Além disso, fatores
psicológicos como a baixa autoestima, a ansiedade, o estresse e a depressão também
influenciam a subjetividade e a relação com a alimentação, levando a comportamentos
extremos para alcançar padrões inalcançáveis de perfeição física. Portanto, é fundamental
entender a subjetividade de cada indivíduo dentro do seu contexto cultural e social para
compreender e tratar adequadamente os transtornos alimentares. É necessário ajudar as
pessoas a desenvolverem uma relação positiva e saudável com seu próprio corpo e a
alimentação, respeitando as suas necessidades nutricionais e oferecendo tratamentos
adequados e individualizados para cada caso.
Uma visão sobre a obesidade
A obesidade é um problema de saúde pública e um desafio para as sociedades modernas. Ela
se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo, geralmente causado pelo
consumo excessivo de alimentos ricos em calorias e pela falta de atividade física. Embora a
obesidade seja comumente associadaa questões estéticas, ela representa um problema muito
mais profundo, que vai além da aparência física. A obesidade é um fator de risco para
diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e até mesmo
alguns tipos de câncer. Além disso, a obesidade pode causar impactos negativos na qualidade
de vida, na autoestima e na saúde mental dos indivíduos. A obesidade tem várias causas,
incluindo fatores genéticos, ambientais e comportamentais. A solução para combater a
obesidade, portanto, requer uma abordagem multifacetada que vise a adoção de hábitos
alimentares saudáveis, a prática regular de atividade física, a identificação e tratamento de
doenças pré-existentes, o acesso a informações e recursos para adotar um estilo de vida mais
saudável e a promoção de políticas públicas que incentivem escolhas alimentares mais
saudáveis. É fundamental que as pessoas entendam a importância de manter um peso
saudável e compreendam os riscos associados à obesidade. Além disso, é necessário
aumentar a conscientização sobre os fatores que contribuem para a obesidade e as
possibilidades de prevenção e tratamento. Com uma abordagem holística e um esforço
conjunto de indivíduos, governos, empresas e instituições, a obesidade pode ser combatida e
a saúde e qualidade de vida das pessoas podem ser preservadas e melhoradas.
Transtornos alimentares: anorexia e bulimia
Os transtornos alimentares são distúrbios psicológicos graves que afetam a relação de uma
pessoa com a alimentação e com o próprio corpo. A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são
dois dos transtornos alimentares mais conhecidos e diagnosticados.
A anorexia nervosa é caracterizada pela recusa persistente em manter um peso corporal
adequado, medo intenso de ganhar peso e uma imagem corporal distorcida. As pessoas com
anorexia nervosa podem parar de comer ou restringir severamente sua ingestão de alimentos,
além de praticar exercícios físicos excessivos e utilizar laxantes e diuréticos para perder peso.
A anorexia nervosa pode levar a várias complicações graves, como desidratação, desnutrição,
danos aos órgãos internos e até mesmo a morte.
A bulimia nervosa é caracterizada por episódios recorrentes de ingestão excessiva de
alimentos, seguida de comportamentos compensatórios inadequados, como vômitos auto
induzidos, uso de laxantes ou diuréticos, jejum ou exercícios físicos excessivos. As pessoas
com bulimia nervosa podem sofrer com sentimentos de vergonha, culpa e ansiedade em
relação à sua alimentação e imagem corporal. A bulimia nervosa também pode levar a
complicações graves, como desequilíbrios nos eletrólitos, desidratação, problemas dentários e
danos aos órgãos internos.
Ambos os transtornos alimentares são mais comuns em mulheres do que em homens e
costumam ter causas multifatoriais, como fatores genéticos, psicológicos, familiares, sociais e
culturais. O tratamento para os transtornos alimentares geralmente envolve uma abordagem
multidisciplinar, com intervenções médicas, psicológicas e nutricionais. A recuperação
completa pode ser um processo longo e difícil, mas é possível com o apoio adequado e o
comprometimento da pessoa afetada. É essencial buscar ajuda profissional o mais cedo
possível, uma vez que a intervenção precoce pode melhorar significativamente as chances de
recuperação.
SLIDE - AULA / MÍDIA, SUBJETIVIDADE E COMPORTAMENTO ALIMENTAR
● O IDEAL DA IMAGEM CORPORAL
A partir da década de 60 as mulheres foram conquistando espaço no mercado de trabalho,
legitimando a sua emancipação, tendo direito ao voto e ao uso da pílula anticoncepcional.
Entretanto passou a enclausurar-se/ser enclausurada no próprio corpo sob a égide do mito
da beleza.
● CORPO: PRODUTO IDEAL;
Individualismo narcísico e hedonista: elegem-se o corpo como os depositários dos valores
pessoais na atualidade.
Corpo como símbolo de poder: bem simbólico.
Investimento midiático em temas relacionados à beleza e aquisição do corpo perfeito: corpo
atrelado à mulher moderna: Sucesso profissional e amoroso, felicidade, dinamismo,
bem-estar, etc.
Fabricação de subjetividades.
O apelo midiático-imagético modela subjetividades e impulsiona o lucrativo mercado da
indústria da magreza, coopta o simbólico feminino em suas necessidades básicas,
seduzindo-a para o alcance do corpo perfeito.
● MÍDIA E SUBJETIVIDADE
“Fabricação de subjetividades”: violência simbólica.
Culto à magreza;
Insatisfação crônica com o corpo;
Violência e preconceito relacionado ao corpo gordo;
Falsas crenças;
Basta querer para adquirir a imagem ideal;
O corpo é infinitamente maleável, podendo alcançar o ideal estético com dietas, exercícios
e cirurgias, negligenciando-se as determinações biológicas e genéticas;
Medicalização social;
Somos expropriados de nós mesmos;
Doença como refúgio diante da falência da identidade;
Sofrimento como metáfora;
Instalação de comportamentos alimentares patológicos.
● TRANSTORNOS ALIMENTARES (TAS)
Quadros psiquiátricos caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no
comportamento relacionado à alimentação;
Resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete
significativamente a saúde física ou o comportamento psicossocial;
Acometem uma ampla faixa etária (principalmente entre 13 e 21 anos) e podem ter
evolução fatal quando não tratados, em função da gravidade da doença ou das consequências
dos agravos à saúde;
São predominantes em mulheres de todas as classes sociais;
Anorexia nervosa (AN) e bulimia nervosa (BN) são os dois tipos mais prevalentes de TAs.
● ETIOLOGIA
Multifatorialidade: vários fatores interagem entre si de uma forma complexa e se conjugam
na produção dos sintomas;
Envolve: fatores genéticos, traços de personalidade, psicopatologia parental, padrões
familiares, experiências adversas, pressões socioculturais, entre outros;
Abordagem biopsicossocial.
● ANOREXIA NERVOSA (AN)
Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando ao peso corporal
significativamente baixo;
Medo intenso de ganhar peso ou engordar;
Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados;
Influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente
de reconhecimento da gravidade do baixo peso atual;
Distorção da imagem corporal;
Distorção da imagem corporal: Relacionada ao perfeccionismo, à autoestima rebaixada e
à hegemonia cultural da magreza;
Dá origem e/ou mantém a insatisfação com o corpo e o desejo de produzir seu próprio
corpo não-gordo.
● ANOREXIA NERVOSA (AN): CLÍNICA
Grave perda de peso;
Grave distorção da imagem corporal;
Maior incidência aos 16 anos;
Mais introvertidas;
Negam fome;
Comportamento alimentar e desejo de emagrecer considerados normais pelo paciente;
Sexualmente inativos;
Amenorreia;
Traços obsessivos de personalidade;
Perfeccionismo e rigidez;
Inferioridade, inadequação e insegurança;
Retraimento e condutas de evitação;
Comorbidade com doenças afetivas e transtornos ansiosos.
● BULIMIA NERVOSA (BN)
Repetições de episódios de compulsão alimentar (binge eating), seguidos de uma sensação
de perda de controle;
São realizados exercícios físicos excessivos, dietas rigorosas, provocação de vômitos e uso
abusivo de laxantes, diuréticos e anorexígenos, devido à preocupação excessiva com o peso e
a forma do corpo e à busca de alívio após a ingestão de quantidade excessiva de alimento.
● BULIMIA NERVOSA (BN): CLÍNICA
Pouca perda de peso, peso normal ou até acima do normal;
Distorção da imagem corporal pouco acentuada;
Maior incidência por volta dos 20 anos de idade;
São mais extrovertidos;
Referem fome;
Os comportamentos de compulsão e purgação são motivo de vergonha e culpa, havendo
desejo de ocultá-los;
São sexualmente ativos;
Há comorbidade com transtornos afetivos e abuso de álcool e outras drogas;
Impulsividade acentuada;
Baixa autoestima;
Poucas fontes de prazer.
● TAS: TRATAMENTO
Considerando-se a multifatorialidade etiológica dos TAs, faz-se necessário um tratamento
multidisciplinar, que utilize uma abordagem integrada;
Aqueles tratamentosfocados exclusivamente no sintoma alimentar ou nos conteúdos
psicológicos do paciente mostram-se parciais e incompletos;
Propostas integradas que atribuem equivalente importância à recuperação de peso, à
melhora da sintomatologia psiquiátrica e à compreensão de aspectos psicológicos mais
profundos.
(GRATA= grupo de assistência em transtornos alimentares).
● TAS: DESAFIOS
AN: pacientes inicialmente com intenso conflito, ambivalência e sofrimento face à aceitação
de ajuda e resistente à mudança: medo de perder o controle sobre o corpo e vida em geral
- “Quero melhorar mas não quero mudar de peso”.
BN: expectativa de mudança rápida e eficaz para seu sofrimento. Expectativas de perder
peso, melhoria do autocontrole e autoestima.
Faz-se importante:
Tratamento que estabeleça limites, respeitando a autonomia do paciente.
Contrato de aliança: relação dinâmica e de confiança.
Sexualidade e gênero
Sexualidade e gênero são duas questões que muitas vezes são confundidas, mas que possuem
diferenças importantes. Enquanto gênero se refere às construções sociais e culturais que
determinam o papel e as características que são esperadas de homens e mulheres, a
sexualidade se refere às preferências e desejos sexuais de uma pessoa.
A identidade de gênero é a forma como uma pessoa se identifica, sejam elas homens,
mulheres, não binárias, entre outras. Já a orientação sexual se refere à atração física e
emocional de uma pessoa por outra pessoa, podendo ser heterossexual, homossexual,
bissexual, entre outras. É importante ressaltar que, apesar das diferenças, as questões de
sexualidade e gênero estão intrinsecamente ligadas.
A forma como a sociedade define e espera que homens e mulheres sejam influenciados pela
forma como as pessoas enxergam a sexualidade. Por exemplo, a sociedade muitas vezes
espera que os homens sejam sexualmente ativos e que as mulheres sejam mais passivas. A
diversidade sexual e de gênero é uma realidade da sociedade atual, e é importante que haja
respeito e aceitação de todas as formas de expressão de gênero e orientações sexuais. Todos
têm o direito de ser quem são e de amar quem desejam.
Uma visão histórica de questões da sexualidade e gênero
A visão histórica das questões de sexualidade e gênero demonstra que essas questões têm
sido importantes ao longo do tempo, e que as atitudes da sociedade têm mudado
significativamente em relação a esses temas.
Na Grécia Antiga, por exemplo, a homossexualidade era vista como algo natural e aceito, e
era comum a prática de relações entre homens mais velhos e jovens. Já na Idade Média, a
Igreja Católica tinha uma forte influência sobre a sociedade, e a homossexualidade era vista
como pecado, o que resultou em perseguições e até mesmo mortes de pessoas LGBTQ+.
Durante o Iluminismo, houve uma maior aceitação da sexualidade como uma parte natural do
ser humano, mas a visão sobre a homossexualidade ainda era negativa. Foi na segunda
metade do século XX que começaram a surgir os movimentos LGBTQ+ e a luta pelos
direitos dessa comunidade.
Hoje em dia, muitos países têm leis que protegem os direitos das pessoas LGBTQ+,
incluindo o direito ao casamento e à adoção. A discussão sobre gênero também tem sido cada
vez mais presente, com a luta pela igualdade entre homens e mulheres e a visibilidade de
pessoas não binárias. É importante salientar que ainda há muito a ser feito na luta pelos
direitos das minorias sexuais e de gênero, mas a mudança gradual na visão da sociedade
mostra progresso e esperança para um futuro mais inclusivo.
ARTIGOS:
UNIDADE 1:
Artigo: ‘Determinismo reducionista biológico e a explicação do comportamento’ – Neto
e Menezes.
O artigo discute a visão determinista reducionista que algumas teorias biológicas apresentam
ao tentar explicar o comportamento humano. Essa visão sugere que todo comportamento é
determinado por fatores biológicos e que o livre-arbítrio não existe. No entanto, os autores
argumentam que essa visão é insuficiente, uma vez que o comportamento humano é
influenciado por um complexo conjunto de fatores biológicos, sociais e culturais. Além disso,
eles enfatizam a importância de considerar a pessoa como um todo, e não apenas seus
elementos biológicos, ao tentar entender o comportamento humano.
Artigo: ‘As falsas promessas deterministas’ – Citelli.
No artigo "As falsas promessas deterministas", o autor Antonio Citelli faz uma reflexão sobre
a ideia de que as novas tecnologias e a inteligência artificial poderiam trazer soluções
deterministas para os problemas da humanidade. Ele argumenta que essa promessa é falsa,
pois não é possível prever todas as variáveis que influenciam os eventos e que a própria
natureza humana é complexa e imprevisível. Além disso, a adoção de tecnologias sem
reflexão crítica pode levar à perda de controle e ao surgimento de problemas ainda maiores.
Citelli sugere que é necessário um debate mais amplo sobre as implicações éticas e sociais
das novas tecnologias e que a solução dos problemas da humanidade não pode ser entregue a
algoritmos e inteligências artificiais, mas deve envolver a participação ativa e consciente dos
seres humanos
Artigo: ‘A perturbadora ascensão do determinismo neurogenético’ – Rose.
O artigo aborda a crescente influência do determinismo neurogenético na sociedade atual e
sua visão de que nossas ações e escolhas são determinadas pela genética. O autor argumenta
que essa perspectiva reducionista é problemática, pois ignora o papel do ambiente e da
cultura na formação de nossa personalidade e comportamento. Além disso, a ideia de que
somos totalmente controlados por nossos genes pode ter implicações negativas na sociedade,
como a discriminação contra grupos que são vistos como geneticamente inferiores. O autor
conclui que devemos ter cuidado ao lidar com o determinismo neurogenético e lembrar que
somos seres complexos influenciados por uma variedade de fatores, incluindo nossa própria
capacidade de escolha.
Artigo: ‘Da herança à localização cerebral sobre o determinismo biológico de condutas
indesejadas’ – Caponi.
O artigo discute a crescente crença no determinismo biológico, que sugere que nossas ações e
comportamentos são determinados por fatores biológicos, como genes ou localizações
específicas no cérebro. O autor argumenta que essa visão é problemática porque cria uma
narrativa simplista de como as condutas indesejáveis são formadas, ignorando o papel do
ambiente e da cultura na formação de comportamentos. Além disso, o autor destaca como
essa perspectiva pode ser usada para justificar políticas discriminatórias, como a esterilização
forçada de pessoas consideradas "indesejáveis" pela sociedade. O autor conclui que devemos
ser críticos em relação à ideia do determinismo biológico.
UNIDADE 2:
Cap. 1 – ‘Introdução à Psicologia da Saúde’ – Straub.
O capítulo 1 do livro "Psicologia da Saúde: Uma Abordagem Biopsicossocial" de Straub
apresenta uma introdução à psicologia da saúde, que é um campo interdisciplinar que se
concentra nos processos psicológicos e comportamentais relacionados à saúde e à doença. O
autor começa descrevendo como a psicologia da saúde evoluiu ao longo do tempo,
enfatizando a importância da abordagem biopsicossocial para entender a saúde e a doença.
Ele também destaca a necessidade de uma abordagem integrativa que combine fatores
biológicos, psicológicos e sociais na compreensão dos problemas de saúde. Straub discute os
diferentes modelos de saúde e doenças.
Artigo: ‘A interface psicologia social e saúde – perspectivas e desafios’. Traverso-Yépez.
O artigo "A interface psicologia social e saúde - perspectivas e desafios" escrito por
Traverso-Yépez discute a interação entre a psicologia social e a saúde. O autor argumenta que
a psicologia social pode contribuir para a compreensão de questões relacionadas à saúde,
como o papel da cultura, das relações sociais e das desigualdades sociais na saúde das
pessoas. No entanto, o autor também destaca os desafios encontrados na aplicação da
psicologia social na área da saúde, como a necessidade de uma maior integraçãoentre as
disciplinas e a importância de uma abordagem interdisciplinar para o estudo dessas questões.
O artigo conclui que a interface entre a psicologia social e a saúde é uma área promissora de
pesquisa, mas que é necessário um esforço conjunto para superar os desafios e aproveitar
plenamente o potencial dessa abordagem.
Cap. 5 – ‘Humor e Doenças’ – Ballone.
O capítulo 5 do livro "Humor e saúde", escrito por Antonio Carlos Ballone, discute a relação
entre o humor e as doenças. O autor argumenta que o humor pode ter um efeito positivo ou
negativo na saúde, dependendo do tipo de humor e do contexto em que é utilizado. Ele revisa
pesquisas sobre os efeitos do humor na saúde física e mental, e destaca que o humor pode
ajudar a reduzir o estresse, melhorar o sistema imunológico e aliviar a dor. No entanto, o
autor também enfatiza que o humor inadequado pode levar a consequências negativas, como
o agravamento de problemas de saúde mental, conflitos interpessoais e exclusão social. O
capítulo conclui que o humor pode ser uma ferramenta útil para melhorar a saúde, desde que
seja utilizado de forma adequada e consciente.
Artigo: ‘Emoções e sistema imunológico: um olhar sobre a Psiconeuroimunologia’ –
Costa Maia.
O artigo "Emoções e sistema imunológico: um olhar sobre a Psiconeuroimunologia" escrito
por Costa Maia discute a relação entre as emoções e o sistema imunológico do corpo
humano. Através da perspectiva da psiconeuroimunologia, a autora argumenta que as
emoções podem afetar a resposta imunológica do organismo, impactando a saúde física e
mental das pessoas. O artigo revisa estudos que relacionam emoções positivas, como a
felicidade e o amor, com a melhoria do sistema imunológico, enquanto emoções negativas,
como o estresse e a depressão, podem ter um efeito negativo na resposta imunológica. A
autora também destaca a importância de abordagens integrativas de saúde, que consideram
não apenas a dimensão física, mas também a dimensão psicológica e social dos pacientes. O
artigo conclui que a compreensão da relação entre emoções e sistema imunológico é
fundamental para a promoção da saúde e prevenção de doenças.
UNIDADE 3:
Artigo: ‘Mídia e subjetividade – impacto no comportamento alimentar feminino’,
Andrade & Bosi.
O artigo "Mídias e subjetividade - impacto no comportamento alimentar feminino" de
Andrade e Bosi analisa como as mídias influenciam a subjetividade e o comportamento
alimentar das mulheres. As autoras destacam que as representações midiáticas de corpos
ideais e a pressão social por um padrão estético influenciam diretamente a relação que as
mulheres têm com a alimentação e com seus corpos. Além disso, o artigo discute como essas
influências podem levar a transtornos alimentares e problemas de saúde mental. As autoras
defendem a necessidade de uma abordagem crítica e consciente por parte das mulheres em
relação às mensagens midiáticas e à sua própria subjetividade, a fim de promover uma
relação mais saudável com a alimentação e o corpo.
Artigo: ‘Abordagem psicológica da obesidade mórbida...’, Travado et al.
O artigo "Abordagem psicológica da obesidade mórbida" de Travado e colegas apresenta uma
revisão da literatura sobre a relação entre obesidade mórbida e aspectos psicológicos. Os
autores destacam a importância da avaliação psicológica para um tratamento efetivo da
obesidade mórbida, uma vez que fatores emocionais e comportamentais podem estar
envolvidos no desenvolvimento e manutenção da condição. O artigo discute também os
principais transtornos psicológicos associados à obesidade mórbida, como a depressão,
ansiedade e transtornos alimentares. Os autores enfatizam a necessidade de uma abordagem
multidisciplinar no tratamento da obesidade mórbida, que inclua não apenas intervenções
médicas, mas também psicológicas e comportamentais. Por fim, o artigo destaca a
importância do suporte psicológico no processo de perda de peso e manutenção dos
resultados a longo prazo.
Artigo: ‘Avaliação clínica nas doenças do comportamento alimentar’, Bouça e Sampaio.
O artigo "Avaliação clínica nas doenças do comportamento alimentar" de Bouça e Sampaio
apresenta uma revisão da literatura sobre a avaliação clínica de pacientes com transtornos
alimentares. Os autores destacam a importância da avaliação cuidadosa e individualizada para
um diagnóstico preciso e um tratamento efetivo dessas condições. O artigo discute os
principais instrumentos de avaliação utilizados na prática clínica, como entrevistas clínicas,
questionários e escalas de avaliação de sintomas. Além disso, os autores abordam as
particularidades da avaliação de pacientes com diferentes tipos de transtornos alimentares,
como a anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtornos alimentares não especificados. O
artigo destaca a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento dos transtornos
alimentares, envolvendo profissionais de diferentes áreas, como médicos, psicólogos e
nutricionistas. Por fim, os autores enfatizam a importância da prevenção e intervenção
precoce nos transtornos alimentares, com o objetivo de minimizar os impactos negativos na
saúde e qualidade de vida dos pacientes.
Artigo: ‘Sexualidade na adolescência’, Cano et al.
O artigo ‘Sexualidade na adolescência’ de Cano et al. aborda a importância do diálogo aberto
e honesto entre pais e filhos sobre questões relacionadas à sexualidade durante a
adolescência, fase em que os jovens estão experimentando mudanças hormonais e emocionais
que afetam sua sexualidade. Os autores destacam a necessidade de os pais estarem
informados sobre o assunto e preparados para orientar seus filhos de forma adequada e
responsável, evitando omissões ou mitos que possam prejudicar a saúde física e mental dos
adolescentes. O texto também destaca a importância da educação sexual nas escolas como
complemento ao trabalho realizado pelas famílias. Por fim, os autores fazem um alerta para a
necessidade de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce,
enfatizando a importância do uso de métodos contraceptivos adequados e do respeito ao
próprio corpo e ao corpo do outro.
PROVAS ANTIGAS
1) Segundo o texto: ‘Avaliação clínica das doenças do comportamento alimentar’,
sobre comportamento alimentar, como deve ser a avaliação clínica e a
intervenção do psicólogo no tratamento da anorexia e bulimia nervosa (explique
os fatores a serem considerados e a importância deles)?
A avaliação clínica e a intervenção do psicólogo no tratamento da anorexia e bulimia nervosa
são fundamentais para o sucesso do tratamento dessas doenças do comportamento alimentar.
A seguir, serão apresentados os fatores que devem ser considerados durante a avaliação
clínica e a intervenção do psicólogo no tratamento dessas doenças.
1. História clínica e alimentar: o psicólogo deve coletar informações sobre a história clínica
e alimentar do paciente, incluindo informações sobre o peso, altura, índice de massa corporal
(IMC), hábitos alimentares, comportamentos alimentares anormais, histórico de dietas
restritivas e compulsões alimentares.
2. Comorbidades: o psicólogo deve avaliar a presença de comorbidades, como depressão,
ansiedade, transtornos de personalidade, abuso de substâncias e transtornos alimentares
relacionados.
3. Fatores psicológicos: o psicólogo deve avaliar os fatores psicológicos que contribuem
para a anorexia e bulimia nervosa, como baixa autoestima, perfeccionismo, ansiedade,
estresse, traumas e dificuldades interpessoais.
4. Suporte social: o psicólogo deve avaliar o suporte social do paciente, incluindo a presença
de familiares e amigos que possam apoiá-lo durante o tratamento.
5. Intervenção psicológica: o psicólogo deve desenvolver um plano de intervenção
psicológica que inclua terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, terapia
familiar e terapia de grupo. A intervenção psicológica deve ser adaptada às necessidades
individuais do paciente.
6. Tratamento multidisciplinar: o psicólogo deve trabalhar em conjunto com outros
profissionais de saúde, como nutricionistas, médicos e psiquiatras,para garantir um
tratamento multidisciplinar eficaz.
A importância desses fatores na avaliação clínica e intervenção do psicólogo no tratamento
da anorexia e bulimia nervosa é fundamental para garantir um tratamento eficaz e duradouro.
A avaliação clínica cuidadosa permite que o psicólogo identifique os fatores que contribuem
para a doença e desenvolva um plano de intervenção psicológica adaptado às necessidades
individuais do paciente. A intervenção psicológica, em conjunto com o tratamento
multidisciplinar, pode ajudar o paciente a superar a anorexia e bulimia nervosa e levar uma
vida saudável e feliz.
2) Segundo o texto: ‘Mídias e subjetividade: impacto no comportamento alimentar
feminino (Andrade e Bosi, 2003). Qual a relação entre mídia, subjetividade e
comportamento alimentar? (Responda utilizando a discussão que o texto traz
sobre o assunto).
De acordo com o texto "Mídias e subjetividade: impacto no comportamento alimentar
feminino" de Andrade e Bosi (2003), há uma relação entre mídia, subjetividade e
comportamento alimentar feminino. A mídia, por meio de imagens de corpos idealizados e
padrões de beleza inatingíveis, pode afetar a percepção que as mulheres têm de seus próprios
corpos e contribuir para distúrbios alimentares. A subjetividade, por sua vez, é influenciada
pela cultura e pelas experiências individuais, o que pode levar a uma busca pela
conformidade com os ideais de beleza propagados pela mídia. Essa busca pode levar a
comportamentos alimentares disfuncionais, como dietas extremas e restrição alimentar
excessiva.
3) Explique e exemplifique como os fatores sociais e culturais, físicos e individuais
influenciam o estresse? (Utilize o texto: ‘Estresse, saúde e coping’. Hockenbury?
O estresse é influenciado por uma variedade de fatores sociais e culturais, físicos e
individuais, como discutido no livro "Estresse, Saúde e Coping" de Hockenbury.
Os fatores sociais e culturais, por exemplo, podem incluir o ambiente em que uma pessoa
vive, as pressões do trabalho, as expectativas dos amigos e familiares, além de valores
culturais que podem afetar a maneira como uma pessoa lida com o estresse. Por exemplo, em
muitas culturas ocidentais, é valorizada a ideia de que o indivíduo deve ser capaz de lidar
com o estresse de forma independente e autossuficiente, enquanto em outras culturas, é
valorizada a busca de apoio social e comunitário.
Os fatores físicos podem incluir a saúde geral da pessoa, bem como condições médicas
crônicas que podem afetar a capacidade de lidar com o estresse. Por exemplo, indivíduos com
hipertensão arterial ou diabetes podem apresentar maior dificuldade em lidar com o estresse.
Os fatores individuais, por sua vez, incluem a personalidade, as crenças, os valores e as
atitudes de uma pessoa em relação ao estresse. Algumas pessoas podem ser mais propensas a
sentir estresse do que outras, devido a suas características pessoais. Além disso, a maneira
como uma pessoa interpreta e avalia as situações estressantes pode afetar sua capacidade de
lidar com elas.
Um exemplo de como esses fatores podem interagir para influenciar o estresse é o caso de um
indivíduo com uma condição médica crônica que vive em um ambiente altamente estressante,
como uma área de alto índice de criminalidade. Além dos desafios físicos impostos pela
condição médica, essa pessoa pode enfrentar pressões adicionais devido ao ambiente em que
vive, o que pode aumentar seu nível de estresse. Se essa pessoa tiver uma personalidade mais
propensa a sentir estresse e crenças negativas em relação à sua capacidade de lidar com o
estresse, seu nível de estresse pode se tornar ainda mais elevado.
4) Segundo o texto: ‘Sexualidade no climatério’ (Áurea Beltrão), explique a frase:
“menopausa não é sinônimo de sexo pausa” (leve em consideração na sua
resposta às mudanças biopsicossociais que influenciam na sexualidade de
homens e mulheres no climatério).
A frase "menopausa não é sinônimo de sexo pausa", presente no texto "Sexualidade no
Climatério" de Áurea Beltrão, significa que a menopausa não é o fim da vida sexual das
mulheres e que elas podem continuar a ter uma vida sexual saudável e satisfatória mesmo
após a menopausa. Embora a menopausa possa trazer algumas mudanças biopsicossociais
que podem afetar a sexualidade feminina, como a diminuição dos níveis hormonais, a secura
vaginal e as mudanças na autoimagem, essas mudanças não necessariamente impedem a
atividade sexual. Na verdade, muitas mulheres relatam que suas experiências sexuais
melhoram durante a menopausa, pois elas se sentem mais experientes e confiantes em suas
habilidades sexuais, além de terem mais tempo e liberdade para se dedicar ao sexo.
Além disso, é importante destacar que os homens também passam por mudanças
biopsicossociais que podem afetar sua sexualidade durante o climatério, como a diminuição
dos níveis de testosterona e a disfunção erétil. No entanto, assim como as mulheres, os
homens também podem continuar a ter uma vida sexual saudável e satisfatória com as
devidas intervenções e tratamentos.
Portanto, a frase "menopausa não é sinônimo de sexo pausa" enfatiza que o climatério não
deve ser visto como o fim da atividade sexual, mas sim como uma fase de mudanças que
pode exigir adaptações e cuidados específicos para a manutenção de uma vida sexual
saudável e satisfatória.
5) Segundo o texto: ‘sexualidade na adolescência: um estudo bibliográfico’ (Cano,
Ferrini e Gomes, 2000), como podemos entender o paradoxo comportamento de
pais que apresentam um discurso liberal sobre a sexualidade mas na hora de
passar para os filhos se apegam a educação tradicional que tiveram
demonstrando uma dificuldade em se falar sobre a sexualidade com os filhos?
De acordo com o estudo bibliográfico "Sexualidade na Adolescência" de Cano, Ferrini e
Gomes (2000), o paradoxo comportamento de pais que apresentam um discurso liberal sobre
a sexualidade, mas na hora de passar para os filhos se apegam à educação tradicional que
tiveram, demonstrando dificuldade em se falar sobre sexualidade com os filhos, pode ser
explicado por diversos fatores. Um desses fatores é a influência da cultura e da tradição na
educação sexual dos pais. Muitos pais foram educados em um contexto em que a sexualidade
era um assunto tabu e não era discutida abertamente, o que pode influenciar sua capacidade
de falar sobre o tema com seus filhos. Além disso, a educação sexual é um assunto complexo,
que envolve valores, crenças e atitudes pessoais, e muitos pais podem não se sentir
preparados para transmitir essas informações aos filhos de maneira assertiva e adequada. O
medo de que a conversa possa ser mal interpretada pelos filhos, ou de que possam ser
julgados como pais, também pode influenciar a dificuldade em se falar sobre sexualidade
com os filhos. Outro fator que pode contribuir para o paradoxo é a falta de clareza sobre o
que se entende por uma educação sexual liberal. Muitos pais podem acreditar que ser liberal
significa permitir que os filhos façam o que quiserem, sem limites ou orientações. No
entanto, uma educação sexual liberal envolve informação, orientação e diálogo aberto e
honesto sobre sexualidade, com o objetivo de ajudar os adolescentes a tomarem decisões
informadas e responsáveis.Portanto, o paradoxo comportamento de pais que apresentam um
discurso liberal sobre a sexualidade, mas na hora de passar para os filhos se apegam à
educação tradicional que tiveram, demonstrando dificuldade em se falar sobre sexualidade
com os filhos, pode ser explicado pela influência da cultura e da tradição na educação sexual
dos pais, pela complexidade do tema e pelo medo de julgamento ou de não saber como
transmitir informações de maneira adequada.
6) Como o psicólogo deve se posicionar diante do determinismo biológico e social?
O papel do psicólogo é entender o ser humano em sua complexidade, levando em conta tanto
os aspectos biológicos quanto sociais que o influenciam. O determinismo biológico e social
são duas correntes teóricas que buscam explicar o comportamento humano a partirde fatores
específicos, mas ambas apresentam limitações em sua abordagem.
Diante do determinismo biológico, que postula que os comportamentos humanos são
determinados por fatores biológicos, como a genética, o psicólogo deve ter uma postura
crítica e cautelosa, considerando que não se pode reduzir a complexidade humana a uma
única dimensão. Embora fatores biológicos possam influenciar o comportamento humano, é
importante lembrar que o ser humano é um ser social e histórico, influenciado por diversos
fatores, tais como a cultura, a educação, a experiência pessoal, entre outros.
Por outro lado, o determinismo social postula que o comportamento humano é determinado
por fatores sociais, como a cultura, a educação e o meio ambiente. Nesse caso, o papel do
psicólogo é considerar que fatores sociais podem exercer influência sobre o comportamento
humano, mas que o ser humano também possui uma dimensão biológica que não pode ser
ignorada.
Assim, o psicólogo deve adotar uma postura integrativa, considerando tanto os aspectos
biológicos quanto sociais que influenciam o comportamento humano, sem reduzir a
complexidade da condição humana a uma única dimensão. Além disso, o psicólogo deve
atuar de forma crítica, questionando as limitações e pressupostos de cada corrente teórica e
considerando a individualidade de cada pessoa.
7) Qual a diferença entre modelo biomédico e o biopsicossocial? (Apresente as
características de cada uma nessa diferenciação.
O modelo biomédico e o modelo biopsicossocial são duas abordagens teóricas distintas que
buscam explicar a saúde e a doença. A principal diferença entre elas está na forma como cada
modelo concebe a natureza dos problemas de saúde e a abordagem terapêutica adequada.
O modelo biomédico é uma abordagem que se concentra principalmente na dimensão
biológica da saúde e da doença, considerando que a doença é uma disfunção orgânica ou
celular que pode ser tratada ou curada através da intervenção médica. Nessa abordagem, a
doença é vista como um fenômeno objetivo e mensurável, que pode ser identificado a partir
de sinais e sintomas clínicos. O tratamento é, portanto, focado na correção ou eliminação da
disfunção biológica, através de intervenções médicas como medicação, cirurgia, entre outros.
Por outro lado, o modelo biopsicossocial é uma abordagem que considera que a saúde e a
doença são influenciadas por fatores biológicos, psicológicos e sociais, e que esses fatores
devem ser levados em conta na avaliação e no tratamento das condições de saúde. Nesse
modelo, a doença é vista como um fenômeno multidimensional e complexo, que pode estar
relacionado a fatores biológicos, mas também a fatores psicológicos, sociais e ambientais.
O tratamento no modelo biopsicossocial é, portanto, mais abrangente e integrativo, levando
em consideração as dimensões biológica, psicológica e social da saúde e da doença. Por
exemplo, além de medicamentos, o tratamento pode incluir terapia psicológica, mudanças no
estilo de vida, intervenções sociais e ambientais, entre outros.
Em resumo, enquanto o modelo biomédico se concentra principalmente na dimensão
biológica da saúde e da doença, o modelo biopsicossocial considera que a saúde e a doença
são influenciadas por múltiplos fatores biológicos, psicológicos e sociais, e requer uma
abordagem de tratamento mais abrangente e integrativa.
8) O que é a “reificação”, “aglomeração arbitrária” e a “quantificação
inadequada” para Steven Rose e como isso é utilizado pelo determinismo
reducionista?
Steven Rose é um biólogo e neurocientista crítico do determinismo reducionista, corrente
teórica que postula que todos os fenômenos podem ser reduzidos a causas puramente físicas
ou biológicas. Segundo Rose, o determinismo reducionista utiliza três estratégias conceituais
que ele considera problemáticas: a reificação, a aglomeração arbitrária e a quantificação
inadequada.
A reificação se refere ao processo de tratar conceitos abstratos como se fossem entidades
concretas e reais. No contexto do determinismo reducionista, isso significa tratar fenômenos
complexos e multifacetados, como as emoções ou a consciência, como se fossem entidades
físicas ou biológicas isoladas. Segundo Rose, essa abordagem pode levar a uma compreensão
superficial e reducionista dos fenômenos em questão, ignorando sua complexidade e
contextualidade.
A aglomeração arbitrária ocorre quando diferentes fenômenos são agrupados arbitrariamente
em categorias amplas e mal definidas, sem levar em conta suas diferenças ou nuances. Isso
pode levar a uma compreensão simplista e estereotipada dos fenômenos em questão. No
contexto do determinismo reducionista, isso pode levar a uma compreensão limitada e
estereotipada do comportamento humano, por exemplo, agrupando todos os comportamentos
humanos em categorias amplas, como "instintos" ou "genes".
A quantificação inadequada se refere ao processo de medir fenômenos complexos e
multifacetados em termos quantitativos, sem levar em conta sua complexidade e nuances. No
contexto do determinismo reducionista, isso pode levar a uma compreensão limitada e
simplista dos fenômenos em questão, ignorando sua complexidade e contextualidade.
Em resumo, Rose argumenta que o determinismo reducionista utiliza a reificação, a
aglomeração arbitrária e a quantificação inadequada como estratégias conceituais para reduzir
fenômenos complexos e multifacetados a causas puramente físicas ou biológicas, o que pode
levar a uma compreensão limitada.
9) Como a psicossomática entende o binômio saúde-doença e como as emoções
participam dessa visão?
A abordagem psicossomática entende o binômio saúde-doença como um continuum que
envolve aspectos físicos, mentais, emocionais e sociais da experiência humana. Nessa
perspectiva, a saúde pode ser vista como um estado de equilíbrio e harmonia entre esses
diferentes aspectos, enquanto a doença pode ser entendida como um desequilíbrio ou uma
perturbação nesse estado natural de equilíbrio.
As emoções, nessa visão, desempenham um papel fundamental na saúde e na doença. Isso
porque as emoções podem influenciar o funcionamento do corpo, através do sistema nervoso
autônomo, do sistema endócrino e do sistema imunológico. Por exemplo, emoções como o
estresse, a ansiedade e a tristeza podem afetar a função cardiovascular, aumentar a produção
de hormônios do estresse, como o cortisol, e reduzir a resposta imunológica do organismo.
Além disso, a abordagem psicossomática entende que as emoções podem desempenhar um
papel importante na gênese e no curso de muitas doenças físicas. Por exemplo, a depressão
pode estar associada a um aumento do risco de doenças cardíacas, enquanto o estresse
crônico pode estar relacionado ao desenvolvimento de doenças autoimunes, como a artrite
reumatoide. Em resumo, a abordagem psicossomática entende o binômio saúde-doença como
um continuum que envolve aspectos físicos, mentais, emocionais e sociais da experiência
humana. Nessa perspectiva, as emoções desempenham um papel fundamental na saúde e na
doença, influenciando o funcionamento do corpo e podendo estar relacionadas à gênese e ao
curso de muitas doenças físicas.
10)Discorra sobre a questão do índice de massa corporal (IMC) ser uma medida
adequada para avaliação da condição física das pessoas, no que diz respeito ao
percentual de gordura corporal e de massa muscular.
O índice de massa corporal (IMC) é uma medida amplamente utilizada para avaliar a
condição física das pessoas, especialmente no contexto de avaliação do risco de doenças
relacionadas à obesidade. No entanto, o IMC tem algumas limitações importantes quando se
trata de avaliar a composição corporal, isto é, a proporção de massa muscular e gordura no
corpo. O IMC é calculado dividindo o peso da pessoa pela sua altura ao quadrado e, portanto,
não leva em conta a distribuição de gordura corporal ou a massa muscular. Como resultado,
pessoas com uma proporção maior de massa muscular podem ter um IMC mais elevado, o
que pode levar a uma classificação incorreta, como sobrepeso ou obesidade. Da mesma
forma,pessoas com uma proporção maior de gordura corporal podem ter um IMC mais
baixo, o que pode levar a uma classificação incorreta como normal ou até mesmo abaixo do
peso. Outro problema com o uso do IMC é que ele não diferencia entre os diferentes tipos de
gordura corporal. A gordura visceral, que se acumula ao redor dos órgãos internos, é
considerada mais perigosa para a saúde do que a gordura subcutânea, que se acumula sob a
pele. No entanto, o IMC não leva em conta essa distinção e, portanto, pode subestimar o risco
de doenças relacionadas à gordura visceral. No geral, enquanto o IMC pode ser uma medida
útil para avaliar a condição física das pessoas em relação ao risco de doenças relacionadas à
obesidade, é importante reconhecer suas limitações. Para uma avaliação mais precisa da
composição corporal, outras medidas, como a circunferência da cintura, a bioimpedância ou a
densitometria óssea, podem ser mais adequadas.
11) A situação que ocorreu recentemente, de forma repetida, em que um pai ou mãe
se esqueceram do filho (a) bebê dentro do carro por muitas horas, culminando
na morte dele, pode ser analisada como base nos estudos sobre como o estresse
afeta a saúde humana. No que diz respeito aos pais dessa situação específica,
como o estresse pode ter afetado a saúde deles: de forma direta ou indireta?
Justifique a resposta.
A situação em que pais ou mães se esquecem de seus filhos dentro do carro e acabam
causando sua morte é extremamente trágica e lamentável. Do ponto de vista da saúde dos pais
envolvidos nessa situação, é possível que o estresse tenha afetado sua saúde de várias
maneiras, tanto direta quanto indiretamente.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a situação em si é extremamente estressante e
traumática. O fato de terem esquecido o filho no carro e, em seguida, descobrir sua morte, é
uma experiência altamente estressante que pode ter efeitos imediatos e duradouros na saúde
mental e física dos pais. O estresse agudo pode desencadear uma série de reações fisiológicas,
como aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e níveis de hormônios do estresse, que
podem ter efeitos negativos na saúde a curto e longo prazo.
Além disso, a situação também pode ter efeitos indiretos na saúde dos pais, como o
desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e transtorno de estresse
pós-traumático (TEPT). Esses transtornos podem aumentar o risco de outras condições de
saúde, como doenças cardíacas e diabetes, e reduzir a qualidade de vida dos pais.
Por fim, é importante lembrar que o estresse também pode afetar a saúde dos pais por meio
de comportamentos de risco, como consumo excessivo de álcool e tabaco, falta de sono
adequado e má alimentação, que podem levar a problemas de saúde a longo prazo.
Em resumo, a situação em que pais ou mães esquecem seus filhos dentro do carro e causam
sua morte é altamente estressante e pode afetar a saúde dos pais de várias maneiras, tanto
direta quanto indiretamente. É importante que sejam fornecidos suporte e tratamento
adequados para esses pais, para ajudá-los a lidar com as consequências emocionais e físicas
dessa situação traumática.
12) Apresente duas vantagens e duas desvantagens do determinismo segundo o texto
‘As falsas promessas deterministas’, (Teresa Citeli), ‘O determinismo
reducionista biológica’ (Marcus Bentes).
Vantagens do determinismo:
1. Proporciona uma sensação de ordem e previsibilidade no mundo.
Pode ser útil para entender as causas de eventos passados ou prever possíveis resultados
futuros.
2. Desvantagens do determinismo:
3. Pode reduzir a liberdade e a responsabilidade individual, ao sugerir que nossas ações
são determinadas por fatores além do nosso controle.
4. Ignora a complexidade e a imprevisibilidade do mundo, e pode levar a conclusões
simplistas e equivocadas sobre a realidade.
13) Sandra Caponi (2007) no texto: ‘Da herança à localização cerebral: sobre o
determinismo biológico de condutas indesejadas”, apresenta duas formas de explicar o
determinismo biológico. A primeira foi representada pelos higienistas, alienistas,
médicos e psiquiatras do início do século XX; a segunda, pela Neurobiologia, genética e
sociobiologia, que aparecem como marco obrigatório de referência a partir das últimas
décadas do século XX. Qual a diferença das duas formas de explicar o determinismo
biológico?
A primeira forma de explicar o determinismo biológico, representada pelos higienistas,
alienistas, médicos e psiquiatras do início do século XX, enfatizava a influência de fatores
ambientais e sociais na formação de comportamentos indesejados, mas também postulava a
existência de fatores biológicos determinantes, como predisposições genéticas ou doenças
mentais. Já a segunda forma, representada pela Neurobiologia, genética e sociobiologia a
partir das últimas décadas do século XX, enfatiza a influência exclusiva de fatores biológicos
na formação de comportamentos indesejados, negligenciando os aspectos sociais e culturais
que também influenciam esses comportamentos.
14) Determinismo neurogenético proclama ser capaz de explicar tudo - da violência
urbana à orientação sexual - pelas propriedades do cérebro ou pelos genes”. Esse trecho
extraído do texto: ‘A perturbadora ascensão do determinismo neurogenético, de Steven
Rose apresenta uma explicação pra uma série de fenômenos como violência,
agressividade, alcoolismo e homossexualidade. Quais os erros (apresente 4 e
explique-os) desse tipo de argumentação determinista neurogenético apresentado pelo
autor é porque esse pensamento tem muito espaço na mídia?
O autor apresenta os seguintes erros do determinismo neurogenético:
1. Reducionismo biológico: O determinismo neurogenético reduz a complexidade e a
diversidade da experiência humana a processos puramente biológicos, ignorando o
papel fundamental dos fatores ambientais e sociais na formação dos comportamentos.
2. Falta de causalidade unidirecional: A relação entre a biologia e o comportamento é
complexa e bidirecional, ou seja, o comportamento também pode afetar a biologia
cerebral e genética.
3. Simplificação excessiva: O determinismo neurogenético tende a apresentar
explicações simplistas para comportamentos complexos, ignorando a grande
variedade de fatores que podem influenciar esses comportamentos.
Estigma e discriminação: A crença de que a homossexualidade, por exemplo, é determinada
geneticamente pode levar a estigmatização e discriminação de pessoas LGBTQ+, além de
ignorar a complexidade da formação da identidade sexual.
4. O pensamento determinista neurogenético tem muito espaço na mídia porque oferece
explicações aparentemente simples para comportamentos complexos, que podem ser
facilmente divulgadas e compreendidas pelo público em geral. No entanto, essa
abordagem ignora a complexidade e a diversidade da experiência humana, não
oferece soluções práticas para problemas sociais e pode levar a estigmatização e
discriminação de grupos vulneráveis.
15) No texto humor e doenças, Ballone apresenta uma explicação para as doenças
psicossomáticas. Como podemos entender o efeito das emoções negativas no corpo
podendo favorecem o aparecimento ou piora das doenças? (Explique o mecanismo
todo).
Segundo o texto de Ballone, as emoções negativas podem afetar o corpo por meio de um
mecanismo chamado de "reação de alarme". Quando uma pessoa é exposta a situações
estressantes ou ameaçadoras, o corpo libera hormônios do estresse, como o cortisol, que
podem afetar a atividade do sistema imunológico e causar inflamação crônica em diferentes
partes do corpo. Essa inflamação, por sua vez, pode contribuir para o aparecimento ou piora
de doenças psicossomáticas.
16) Apresente os fatores que favorecem o desenvolvimento do modelo biomédico e do
modelo biopsicossocial.
O modelo biomédico é favorecido pelos seguintes fatores:
1. Avanços tecnológicos: A medicina baseada em evidências e a tecnologia médica
avançada, como exames de imagem e técnicas cirúrgicas, auxiliaram no
desenvolvimento do modelo biomédico, que foca principalmente

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