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Fórum da Teoria Marxista da Dependência - Economia Política Internacional

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Melanie Steigleder 
 
 
 
A teoria marxista da dependência busca entender as relações econômicas 
e políticas entre os países desenvolvidos, conhecidos como "centro" ou 
"metrópole", e os países subdesenvolvidos, conhecidos como "periferia" ou 
"dependentes”, além de argumentar que o desenvolvimento desigual e 
combinado do capitalismo global cria uma relação de dependência entre os 
países, afirmando que os países periféricos são explorados e mantidos em uma 
posição subordinada em relação aos países centrais, que controlam os meios de 
produção, tecnologia e mercados. 
A afirmação de Rui Mauro Marini está diretamente alinhada com a teoria 
marxista da dependência., uma vez que ele argumenta que a dependência dos 
países periféricos não é apenas uma questão de desigualdade econômica, mas 
também uma relação de subordinação política e social entre nações que são 
formalmente independentes. 
Segundo Marini, as relações de produção nos países periféricos são 
modificadas ou recriadas de acordo com os interesses das nações centrais ou 
metrópoles. Isso significa que as estruturas econômicas e sociais nos países 
dependentes são moldadas de forma a assegurar a reprodução ampliada da 
dependência. 
Essa modificação ou recriação das relações de produção pode ocorrer de 
várias maneiras. Por exemplo, as economias dos países periféricos podem ser 
orientadas para a exportação de produtos primários ou commodities, em vez de 
desenvolverem uma base industrial diversificada. Isso acaba mantendo esses 
países em uma posição de fornecedores de matérias-primas para as nações 
centrais, que possuem o controle sobre a tecnologia e a produção de bens 
manufaturados. 
Além disso, os países periféricos frequentemente enfrentam condições 
desfavoráveis nos acordos comerciais internacionais, como termos de troca 
 
Melanie Steigleder 
 
 
desiguais e barreiras comerciais protecionistas impostas pelas nações centrais. 
Esses fatores contribuem para a reprodução da dependência e impedem o 
desenvolvimento autônomo dos países subordinados. 
Sendo assim, estando em consonância com a teoria marxista da 
dependência, Marini em sua afirmação enfatiza que a dependência dos países 
periféricos não é apenas uma consequência da desigualdade econômica, mas 
também um processo ativo de subordinação política e social, no qual as relações 
de produção são estruturadas para garantir a continuidade e a ampliação da 
dependência em relação às nações centrais.

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