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V iv ia n L a v a n d e r M e n d o n ça C iê n c ia s E n s in o F u n d a m e n t a l 4 NO D A E S C O L A P A R A O M U N D O 4ANO Ciências Ensino Fundamental Anos Iniciais Vivian Lavander Mendonça Tereza Costa Manual do Professor CAPA_DEPOM_FUND_I_OBJ1_SCIPIONE_PNLD_2023_CIE_4ano.indd 6CAPA_DEPOM_FUND_I_OBJ1_SCIPIONE_PNLD_2023_CIE_4ano.indd 6 8/16/21 12:29 PM8/16/21 12:29 PM Ciências Ensino Fundamental Anos Iniciais 4ANO Manual do Professor 1a edição, São Paulo, 2021 Vivian Lavander Mendonça Bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP) Mestra em Ciências pelo Instituto de Biociências da USP Ex-professora de Ciências e Biologia na rede particular de ensino (São Paulo, SP) Autora de obras didáticas para a Educação Básica Tereza Costa Bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar-SP) Mestra em Ecologia e Recursos Naturais pela Ufscar-SP Ex-professora de Biologia da rede pública de ensino do estado de São Paulo Tecnologista em Saúde Pública na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) FRONTIS_DEPOM_FUND_I_OBJ1_SCIPIONE_PNLD_2023_CIE_MP.indd 4FRONTIS_DEPOM_FUND_I_OBJ1_SCIPIONE_PNLD_2023_CIE_MP.indd 4 8/16/21 12:31 PM8/16/21 12:31 PM 2 Direção editorial: Lauri Cericato Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel Coordenação de área: Daniela Teves Nardi Coordenação de obra: Natalia Almeida Santos Mattos Edição: Gabriela A. de Lima, Kamille Ewen de Araújo, Luana Agostini, Vinícius Leonardo Biffi, Vivian Vieira e Jeynne Carrillo Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha Revisão: Mariana Braga de Milani (ger.), Alexandra Costa da Fonseca, Ana Maria Herrera, Ana Paula C. Malfa, Carlos Eduardo Sigrist, Flavia S. Vênezio, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Hires Heglan, Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana, Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Sandra Fernandez, Sueli Bossi e Vanessa P. Santos Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.), Letícia Lavôr (edição de arte), Ponto Inicial (diagramação) Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.), Douglas Cometti e Caio Mazzilli (pesquisa iconográfica), Emerson de Lima (tratamento de imagens) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.), Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.) Ilustrações: David Martins, Ilustra Cartoon, Jorge Zaiba, Luis Moura, Mauro Nakata, Osni de Oliveira, Oswaldo Sequetin, Paulo Manzi e R2 Editorial Cartografia: Mouses Sagiorato Design: Luis Vassallo (proj. gráfico, capa e Manual do Professor) Foto de capa: SensorSpot/Getty Images Todos os direitos reservados por Editora Scipione S.A. Avenida Paulista, 901, 4o andar Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200 Tel.: 4003-3061 www.edocente.com.br atendimento@aticascipione.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua - CRB-8/7057 2021 Código da obra CL 720065 CAE 774628 (AL) / 774807 (PR) 1a edição 1a impressão De acordo com a BNCC. Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Impressão e acabamento 4_Vem_Voar_Cie_g23At_002_INICIAIS_MP.indd 24_Vem_Voar_Cie_g23At_002_INICIAIS_MP.indd 2 8/9/21 8:18 PM8/9/21 8:18 PM A p re se n ta ç ã o Querido professor, Acreditamos na fundamental importância da educação para o desenvolvimento de cada indivíduo e para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável. Tal importância é inequívoca nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, etapa em que a prioridade é a alfabetização, o desenvolvimento da literacia e da numeracia. As habilidades desenvolvidas no âmbito do ensino de Ciências da Natureza muito têm a contribuir para essa etapa. Com base nas observações de fenômenos naturais e na curiosidade das crianças sobre eles, podemos criar contextos que enriquecem o ambiente alfabetizador. Além disso, as atividades das aulas de Ciências da Natureza podem favorecer a criatividade, a sensibilidade, a capacidade de trabalhar em equipe e de buscar informações, entre outras habilidades essenciais para conviver em um mundo de múltiplos e acelerados processos de mudança. Desse modo, elaboramos esta coleção para apoiar o seu trabalho, sugerindo estratégias e abordagens que facilitem o desenvolvimento das habilidades e competências que são direitos de aprendizagem dos estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Neste manual, você encontra uma parte inicial com orientações gerais, apresentando objetivos, referenciais e estrutura da coleção, e uma parte com orientações específicas para cada volume, contendo a lista de objetivos pedagógicos de cada unidade, sugestão de itinerário de aulas, diretrizes acerca das avaliações sugeridas e a reprodução reduzida das páginas do Livro do Estudante com orientações didáticas. Esperamos contribuir para o seu trabalho! Os autores. 3 P2_4_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_003a004_MP_INICIAIS.indd 3P2_4_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_003a004_MP_INICIAIS.indd 3 8/14/21 12:22 AM8/14/21 12:22 AM Sumário Orientações gerais ................................................................................................................................5 Objetivos fundamentais da coleção ..................................................................................................5 Referenciais teóricos e práticas pedagógicas da coleção .........................................................5 O ensino por competências e habilidades segundo a BNCC ....................................................9 O ensino de Ciências e a literacia, a alfabetização e a numeracia ....................................... 11 Práticas e abordagens ......................................................................................................................... 13 Avaliação .................................................................................................................................................. 15 A estrutura da coleção ........................................................................................................................ 16 Competências e Habilidades da BNCC .......................................................................................... 18 Orientações específicas ................................................................................................................... 21 Introdução ao volume ......................................................................................................................... 21 Organizando o trabalho com as unidades do livro .................................................................. 21 Avaliação formativa.............................................................................................................................. 22 Conteúdo e cronograma ..................................................................................................................... 23 Reprodução do Livro do Estudante .............................................................................................. 27 Orientações gerais para a seção O que eu já sei? ........................................................................ 36 Introdução da unidade 1 .................................................................................................................... 38 Conclusão da unidade 1 .....................................................................................................................76 Introdução da unidade 2 .................................................................................................................... 78 Conclusão da unidade 2 ...................................................................................................................120 Introdução da unidade 3 ..................................................................................................................122 Conclusão da unidade 3 ...................................................................................................................154 Introdução da unidade 4 ..................................................................................................................156 Conclusão da unidade 4 ...................................................................................................................192 Orientações gerais para a seção O que eu aprendi? ................................................................196 Referências bibliográficas comentadas ..................................................................................199 4 P2_4_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_003a004_MP_INICIAIS.indd 4P2_4_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_003a004_MP_INICIAIS.indd 4 8/14/21 12:22 AM8/14/21 12:22 AM Orientações gerais Objetivos fundamentais da coleção O estudo das Ciências da Natureza é uma importante ferramenta para que crianças e jovens ampliem sua visão de mundo, pois, partindo da própria curiosidade, os estu- dantes aprendem a sistematizar suas observações e analisar e investigar os fenômenos naturais que nos cercam. Essas habilidades, que são relacionadas ao pensamento científico, podem ser aplicadas não apenas às questões diretamente relacionadas aos temas das Ciências da Natureza, mas tam- bém a diversos contextos da vida social que necessitem de raciocínio lógico e pensamento crítico. Tal aprendizado, que continua por toda a vida, é aplicado em posicionamentos e tomadas de decisões nos âmbitos pessoal e coletivo e inclui o respeito e o cuidado em relação a si mesmo, ao outro, à sociedade e ao ambiente. Saber reconhecer informações confiáveis e tomar decisões conscientes revelaram-se habilidades ainda mais prementes quando esta obra estava sendo elaborada, momento no qual a população mundial enfrentava um desafio sanitário e so- cioeconômico: a pandemia de covid-19. Nesse cenário, muitas informações equivocadas, ou até mesmo falsas, se alastraram principalmente pelas mídias digitais, e era imprescindível saber como identificar a desinformação e reconhecer dados confiá- veis para agir de forma segura e responsável. Por esse motivo, esta coleção foi elaborada considerando as Ciências da Natureza um importante instrumento para que os estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental se familiarizem com o pensamento científico, conhecendo mais o mundo em que vivem e desenvolvendo, com o tempo, a capacidade de atuar sobre ele, propondo soluções sustentáveis para os desafios da atualidade e exercendo ple- namente a cidadania. Além disso, esta coleção assume o compromisso de con- tribuir para a alfabetização, a literacia e a remediação das defasagens de aprendizado dos estudantes que não tiveram acesso ao ensino presencial ou remoto durante a etapa de Educação Infantil ou durante os anos iniciais do Ensino Fun- damental devido às restrições impostas pela pandemia. Com base em tais princípios norteadores, definimos co- mo objetivos essenciais da obra: • promover o letramento científico, nos termos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com base em ele- mentos da Teoria da Aprendizagem Significativa; • contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades, de acordo com a BNCC; • contribuir para a consolidação da literacia, da alfabetiza- ção e da numeracia; • sugerir práticas e abordagens para a organização de um currículo de Ciências da Natureza alinhado à BNCC; • sugerir momentos e atividades de avaliação diagnóstica, processual e de resultado. Essas diretrizes permeiam toda esta coleção, constituída de cinco volumes, do 1o ao 5o ano do Ensino Fundamental. A seguir, vamos compartilhar com você os referenciais teóricos utilizados na elaboração desta coleção e explicar como eles se concretizam em sua estrutura. Referenciais teóricos e práticas pedagógicas da coleção Letramento científico à luz da BNCC Os conceitos das Ciências da Natureza nem sempre são bem compreendidos, sendo, muitas vezes, interpre- tados como um conjunto de dogmas ou verdades in- questionáveis. Para romper com essa visão, pesquisadores da área de Ensino de Ciências indicam ser necessário compreender conceitos científicos e, ao mesmo tempo, compreender a natureza do conhecimento científico. As pesquisadoras Melina Furman e Maria Eugenia de Podestá (2009) utilizam como analogia as duas faces de uma moe- da: por um lado, as Ciências da Natureza constituem um conjunto de conhecimentos construídos pela humanida- de, que procura explicar o mundo onde vivemos, e, por outro lado, configuram-se como um modo de investigar e 5 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 5P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 5 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM interpretar os fenômenos naturais. Assim, o conhecimen- to científico é produto de um processo que envolve, entre outros aspectos, o raciocínio lógico, o questionamento, a observação, a experimentação, a elaboração de modelos e o permanente debate na comunidade científica. Nesse contexto, qual seria o papel da escola em relação à compreensão do pensamento científico? Segundo as pesquisadoras: [...] a escola primária é a chave para colocar as pedras fundamentais do pensamento cien- tífico. Neste momento, assentam-se as bases para o que se conhece como alfabetização científica (FOUREZ, 1997). Esse processo, que culmina na escola secundária, implica que os alunos conheçam a natureza da ciência e os fundamentos de como o conhecimento cien- tífico é gerado, e aprendam não somente os conceitos, mas também as competências re- lacionadas com o modo científico de fazer e de pensar, as quais lhes permitem participar como cidadãos críticos e responsáveis em um mundo em que a ciência e a tecnologia pos- suem um papel fundamental. FURMAN, M.; PODESTÁ, M. E. de. La aventura de enseñar Ciencias Naturales. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2009. p. 41. [Tradução livre dos autores.] Considerando a importância do conhecimento científico e do desenvolvimento tecnológico no mundo onde vive- mos, aprender Ciências da Natureza não é um fim em si mesmo, mas um meio para consolidar a participação no mundo. Compartilhamos do entendimento de que esse aprendizado é uma importante ferramenta para inclusão social de mulheres e homens, conforme defendido pelo pesquisador brasileiro Attico Chassot: Assim como se exige que os alfabetizados em língua materna sejam cidadãs e cidadãos críticos, [...] seria desejável que os alfabetizados cientificamente não apenas tivessem facilita- da a leitura do mundo em que vivem, mas entendessem as necessidades de transfor- má-lo – e, preferencialmente, transformá-lo em algo melhor. CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, n. 22, abr. 2003. Disponível em: https://tedit.net/Zv8J3f. Acesso em: 28 jun. 2021. No contexto da BNCC, o termo alfabetização científica é substituído por letramento científico, que não é exata- mente sinônimo e que: [...] envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tec- nológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. [...]. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC: SEB, 2018. p. 321. Disponível em: https://tedit.net/hGZ2NN. Acesso em: 25 jun. 2021. Os dois conceitos, porém,consideram que as Ciências da Natureza são uma linguagem de descrição e compreen- são da natureza; por esse motivo, é necessário um proces- so de aprendizagem dessa linguagem para que ela seja compreendida e utilizada. Com base nessas considerações, elaboramos uma coleção para apresentar as Ciências da Natureza em suas duas faces ou dimensões, de maneira integrada, auxi- liando os estudantes a compreender tanto os conceitos quanto o pensamento científico, sempre de modo ade- quado ao nível escolar e de forma progressiva ao longo dos volumes. A ampliação de vocabulário e a construção de significa- dos também são parte essencial do letramento científico. Segundo Romanatto e Viveiro (2015): [...] a linguagem científica (vocabulário específico, simbolismos) é um aspecto que demanda atenção [...]. Por um lado, essa lin- guagem está ancorada na língua materna e, assim, palavras do dia a dia são utilizadas no âmbito científico e precisam ser esclarecidas nesse domínio. Por outro lado, a linguagem científica traz novas palavras, assim como símbolos, que também precisam ser incorpo- rados e significados. [...] ROMANATTO, M. C.; VIVEIRO, A. A. Alfabetização científica: um direito de aprendizagem. In: BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Ciências da Natureza no Ciclo de Alfabetização. Caderno 8. Brasília, DF: MEC: SEB, 2015. p. 13. Além disso, em textos e atividades desta coleção, pro- curou-se problematizar os temas abordados e estimular a atitude investigativa, buscando valorizar e desenvolver a 6 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 6P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 6 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM curiosidade, a criatividade e habilidades como elaborar hi- póteses, reconhecer relações entre fatos ou conceitos, re- gistrar observações e interpretar dados. Nesse sentido, o aprendizado de Ciências da Natureza pode se tornar insti- gante e prazeroso para os estudantes. Aprendizagem significativa Segundo David Ausubel (1918-2008), que propôs a Teo- ria da Aprendizagem Significativa, quando o processo de ensino e aprendizagem se baseia na memorização e reprodução mecânica dos conteúdos, os estudantes ten- dem a esquecer as novas informações em pouco tempo. O aprendizado é considerado mecânico, pois não são estabelecidas relações entre as novas informações e o que o estudante já sabe, ou seja, seus conhecimentos prévios. Por outro lado, quando as novas informações são incor- poradas ao arcabouço de conhecimentos já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz, ou seja, quando há inte- ração entre conhecimentos prévios e novos, o estudante confere significado ao que está sendo estudado e a apren- dizagem se torna significativa. Aprendizagem significativa é aquela em que ideias expressas simbolicamente intera- gem de maneira substantiva e não-arbitrária com aquilo que o aprendiz já sabe. Substanti- va quer dizer não-literal, não ao pé-da-letra, e não-arbitrária significa que a interação não é com qualquer ideia prévia, mas sim com algum conhecimento especificamente rele- vante já existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende. A este conhecimento, especificamente re- levante à nova aprendizagem, o qual pode ser, por exemplo, um símbolo já significati- vo, um conceito, uma proposição, um modelo mental, uma imagem, David Ausubel (1918- -2008) chamava de subsunçor ou ideia-âncora. [...] Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significado para o sujeito e os co- nhecimentos prévios adquirem novos signi- ficados ou maior estabilidade cognitiva. MOREIRA, M. A. O que é afinal aprendizagem significativa? Revista cultural La Laguna. Espanha, 2012. Disponível em: https://tedit.net/39ID5k. Acesso em: 25 jun. 2021. Como explicitado anteriormente, a mobilização dos conhecimentos prévios dos estudantes a respeito de um tema influencia fortemente novas aprendizagens, tor- nando-as mais “duráveis”. Contudo, é preciso ressaltar que a aprendizagem significativa não é sinônimo de aprendizagem inesquecível ou, tampouco, necessaria- mente correta. As conhecidas concepções alternativas, tão pesquisadas na área de ensino de ciências, geralmente são aprendizagens significativas (e, por isso, tão resistentes à mudança con- ceitual). Por exemplo, se uma pessoa acredita que no verão estamos mais próximos do sol e no inverno mais distante, explicando assim as estações do ano, isso pode ser significativo para ela embora não seja a explicação cienti- ficamente aceita. MOREIRA, M. A. O que é afinal aprendizagem significativa? Revista cultural La Laguna. Espanha, 2012. Disponível em: https://tedit.net/39ID5k. Acesso em: 25 jun. 2021. Também é necessário ter em mente que a aprendiza- gem significativa e a aprendizagem mecânica, calcada na memorização temporária de informações, não cons- tituem uma dicotomia, mas dois extremos de um contí- nuo, como mostrado na imagem a seguir. ZONA CINZA Armazenamento literal, arbitrário, sem significado; não requer compreensão, resulta em aplicação mecânica a situações conhecidas. Incorporação substantiva, não arbitrária, com significado; implica compreensão, transferência, capacidade de explicar, descrever, enfrentar situações novas. APRENDIZAGEM MECÂNICA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA Ensino Potencialmente Significativo [...] Na prática grande parte da aprendizagem ocorre na zona intermediária desse contínuo e [...] um ensino potencialmente significativo pode facilitar “a caminhada do aluno nessa zona cinza”. MOREIRA, M. A. O que é afinal aprendizagem significativa? Revista cultural La Laguna. Espanha, 2012. p. 12. Disponível em: https://tedit.net/39ID5k. Acesso em: 25 jun. 2021. 7 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 7P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 7 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM Uma das estratégias recomendadas para a promoção de uma aprendizagem significativa, e que é adotada em diferentes momentos desta coleção, é o levantamento e a avaliação dos conhecimentos prévios dos estudantes. Essa prática possibilita identificar concepções do grupo, que podem orientar o trabalho coletivo em sala de aula, e de determinados estudantes, que podem demandar um trabalho individualizado. Da mesma forma, a prática per- mite identificar dúvidas, inseguranças e concepções alter- nativas em relação a determinado conceito. Assim, o levantamento de conhecimentos prévios também serve de instrumento de avaliação inicial e ponto de partida para o planejamento das estratégias didáticas mais ade- quadas para uma turma e/ou para um estudante. A etapa de levantamento de conhecimentos prévios envolve a elaboração de perguntas que sejam instigan- tes e que sirvam de ponto de partida para novos apren- dizados. Essas perguntas devem ser retomadas nas etapas seguintes do estudo para que os estudantes re- conheçam a reformulação de suas concepções prévias e a construção de novos significados. Essa construção só pode ser realizada pelos próprios estudantes, e, nes- se cenário, o professor atua como facilitador e orientador do processo. Seja no levantamento dos conhecimentos prévios ou não, os materiais destinados a promover a aprendizagem significativa – chamados por Ausubel de materiais po- tencialmente significativos – devem ser relacionáveis à estrutura cognitiva do aprendiz e privilegiar conteúdos relevantes e motivadores. Joseph Novak, um dos contribuidores da Teoria da Aprendizagem Significativa, afirma que a predisposição para aprender – uma das condições para a aprendizagem significativa – está relacionada à experiência afetiva do aprendiz. Em sua estratégia humanista, ele considera que a aprendizagem significativa integra positivamente pen- samentos, sentimentos e ações, conduzindo ao empo- deramento (em uma traduçãolivre do termo em inglês empowerment) humano. Predisposição para aprender e aprendi- zagem significativa guardam entre si uma relação praticamente circular: a aprendiza- gem significativa requer predisposição para aprender e, ao mesmo tempo, gera este tipo de experiência afetiva. Atitudes e sentimentos positivos em relação à experiência educativa têm suas raízes na aprendizagem significativa e, por sua vez, a facilitam. MOREIRA, M. A.; CABALLERO, M. C.; RODRÍGUEZ, M. L. (org.) Aprendizagem significativa: um conceito subjacente. In: Actas del Encuentro Internacional sobre el Aprendizaje Significativo. Burgos, Espanha, 1997. Aprendizagem significativa no contexto do letramento cient’fico No contexto do letramento científico, como proposto pela BNCC, a construção de novos conceitos envolve, muitas vezes, o rompimento com noções do senso co- mum. Isso ocorre de forma muito semelhante ao que se dá no processo de construção de significados durante a aprendizagem significativa e que envolve a reformulação das concepções prévias, que podem ser ampliadas ou abandonadas, dependendo do caso (AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN, 1980). Esse processo pode ser potencializado pela experimentação, em atividades adequadas, pelo fazer e pelo pensar de modos científicos e pela mobili- zação de novos conceitos para resolver situações-pro- blema e produzir explicações, comparações, discussões, argumentações e decisões. Nesse sentido, esta coleção prioriza temas relaciona- dos ao cotidiano como estratégia para facilitar o letra- mento científico e a aprendizagem significativa, além de atividades que envolvem aspectos lúdicos para favorecer a motivação para aprender. Sugerimos que, durante as aulas, você aprofunde a relação entre os temas apresen- tados e o dia a dia dos estudantes, buscando, sempre que possível, utilizar exemplos de espécies, ecossistemas, matérias-primas, tecnologias e costumes comuns na co- munidade em que a escola está inserida. Nesta coleção, o resgate dos conhecimentos prévios é incentivado por meio de questões em diversos mo- mentos de cada livro: • no início de cada volume; • no início de cada unidade temática; • na página inicial de cada capítulo, em que o texto busca dialogar com o estudante-leitor; • em atividades ao longo dos capítulos; • nos títulos que introduzem os temas dentro de cada capítulo e que estão na forma de perguntas como estímulo para a mobilização de concepções prévias. Veja a seguir, como exemplo, a página inicial do capí- tulo 2 do primeiro volume da coleção. 8 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 8P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 8 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM MEU CORPO E O AMBIENTE CAPÍTULO 2 COMO PERCEBEMOS O QUE ESTÁ AO NOSSO REDOR? NA FOTOGRAFIA, O MENINO ESTÁ SENTADO NA AREIA DA PRAIA. NESSA SITUAÇÃO, ELE PODE SENTIR A AREIA EM CONTATO COM O CORPO. O MENINO PODERIA PERCEBER SE A AREIA ESTÁ QUENTE OU FRIA? O QUE MAIS O MENINO PODERIA PERCEBER SOBRE A AREIA? QUE SONS ELE PODERIA OUVIR NESSE AMBIENTE? VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR COMO CONSEGUIMOS OUVIR OS SONS? COMO SABEMOS SE ALGO ESTÁ QUENTE OU FRIO? COMO SENTIMOS OS CHEIROS? SABEMOS QUANDO T É MA TEMPERATURA: MEDIDA USADA ARA K a m ir a /S h u tt e rs to c k Introdução de tópico com um título na forma de pergunta. Texto propõe perguntas que convidam o estudante a expor opiniões e conhecimentos. Imagem que contextualiza a discussão inicial acerca do tema a ser estudado. O ensino por competências e habilidades segundo a BNCC Pelo que vimos até aqui e de acordo com a BNCC, os conceitos, os procedimentos, as atitudes e os valores têm igual importância no processo de ensino e aprendizagem, pois o objetivo principal da Educação Básica deve ser a formação de pessoas capazes de resolver problemas e de participar no mundo atual de forma crítica e propositiva. Para tanto, a BNCC explicita, em consonância com o con- ceito de educação integral e por meio de um conjunto de competências, aquilo que os estudantes em território nacional devem “saber” e o que devem “saber fazer”. Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e pro- cedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para re- solver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 8. Disponível em: https://tedit.net/hGZ2NN. Acesso em: 25 jun. 2021. A BNCC apresenta dez competências gerais da Educação Básica, relacionadas aos direitos fundamentais de aprendiza- gem e desenvolvimento dos estudantes em território brasileiro. A descrição de cada competência contém verbos, que indicam os processos cognitivos a serem desenvolvidos, e o comple- mento aos verbos, que explicita o objetivo da aprendizagem. Além das competências gerais, a BNCC ainda apresen- ta competências específicas por área do conhecimento e um conjunto de habilidades por componente curricular para a etapa do Ensino Fundamental. As competências específicas de Ciências da Naturezas explicitam como as competências gerais se expressam no contexto dessa área do conhecimento. As habilidades, por sua vez, visam ga- rantir o desenvolvimento das competências específicas e estão relacionadas a diferentes objetos do conhecimento (conteúdos, conceitos e processos), que são organizados em unidades temáticas. Conforme explicitado na BNCC, as habilidades pre- vistas para cada ano escolar devem estar presentes no currículo planejado para as diferentes áreas do conhe- cimento e componentes curriculares, embora conceitos, 9 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 9P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 9 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM procedimentos, atitudes e valores a serem abordados não se restrinjam à lista. Desse modo, cada volume desta cole- ção apresenta conteúdos que complementam, ampliam ou criam oportunidades para que as habilidades de Ciên- cias da BNCC sejam trabalhadas. Como exemplo, citamos o estudo da diversidade humana e do respeito às diferenças no volume 1 da coleção. Esse estudo pretende desenvol- ver o objeto de conhecimento “Respeito à diversidade”, previsto na BNCC para o 1o ano do Ensino Fundamental, do componente curricular Ciências, e é complementado com a apresentação do que são os direitos humanos. Mais adiante, disponibilizamos o texto completo das competências gerais e as competências específicas de Ciências da Natureza e as habilidades de Ciências para os anos iniciais do Ensino Fundamental presentes na BNCC. Ao longo deste Manual, citamos as competências apenas por seu número, como “competência geral 1” e “compe- tência específica 8”, e as habilidades pelo seu código, co- mo “EF01CI01”. Nos casos em que citamos habilidades de outras áreas do conhecimento ou de outra etapa escolar, optamos por inserir tanto seu código quanto sua redação. A seguir, relacionamos as habilidades da BNCC com as unidades de cada volume desta coleção. 1o ano Unidade Habilidades da BNCC trabalhadas Eu e meu corpo EF01CI02 EF01CI03 EF01CI04 Eu e as outras pessoas EF01CI04 O mundo ao meu redor EF01CI01 O tempo EF01CI05 EF01CI06 2o ano Unidade Habilidades da BNCC trabalhadas Seres vivos e ambientes EF02CI04 EF02CI05 EF02CI06 O mundo das plantas EF02CI04 EF02CI05 EF02CI06 Objetos e materiais no cotidiano EF02CI01 EF02CI02 EF02CI03 Sol: luz e calor EF02CI07 EF02CI08 3o ano Unidade Habilidades da BNCC trabalhadas Ambientes do Brasil EF03CI04 O mundo dos animais EF03CI04 EF03CI05 EF03CI06 Luz e som EF03CI01 EF03CI02 EF03CI03 Terra, nosso planeta EF03CI07 EF03CI08 EF03CI09 EF03CI10 4o ano Unidade Habilidades da BNCC trabalhadas Seres vivos e o ambiente EF04CI04 EF04CI05 EF04CI06 Um mundo além davisão EF04CI06 EF04CI07 EF04CI08 Materiais, misturas e transformações EF04CI01 EF04CI02 EF04CI03 Ritmos da Terra EF04CI09 EF04CI10 EF04CI11 5o ano Unidade Habilidades da BNCC trabalhadas Matéria e energia EF05CI01 EF05CI04 EF05CI05 A água no planeta Terra EF05CI02 EF05CI03 EF05CI04 Por dentro do corpo humano EF05CI06 EF05CI07 EF05CI08 EF05CI09 Observando o Universo EF05CI10 EF05CI11 EF05CI12 EF05CI13 10 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 10P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 10 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM O ensino de Ciências e a literacia, a alfabetização e a numeracia Os primeiros anos do Ensino Fundamental têm a literacia e a alfabetização como foco. O professor polivalente, entendido aqui como o responsável por todo o currículo dos anos iniciais do Ensino Fundamental, deve concentrar seus esforços para que os estudantes se apropriem do sistema de escrita alfa- bética e possam, com essa apropriação, seguir aprendendo e desenvolvendo seus conhecimentos. Isso significa que o professor precisa estar atento a todas as oportunidades nas quais possa ajudar os estudantes a compreender as proprie- dades desse sistema. Podemos afirmar, então, que os temas das diferentes áreas do conhecimento estão a serviço da literacia e da alfabetização nessa etapa da escolarização, assim como a literacia e a alfabetização estão a serviço da construção dos conhecimentos das áreas específicas. Desse modo, quanto mais experiências e contato com a escrita, mais rapidamen- te os estudantes podem elaborar seus aprendizados e se apropriar dos conceitos científicos. [...] Podemos começar pela leitura compar- tilhada na família e na escola, desde os pri- meiros meses de vida do bebê e ao longo de todo o desenvolviment infantil [...] a leitura compartilhada realizada entre o adulto e a(s) criança(s) contribui para o desenvolvimento das habilidades linguísticas necessárias à lei- tura autônoma, cujo objetivo final pode ser a compreensão, aprendizagem, fruição, etc. GABRIEL, R. Letramento, alfabetização e literacia: um olhar a partir da ciência da leitura. Revista Prâksis, Novo Hamburgo, a. 14, v. 2, jul./dez. 2017. Disponível em: https://tedit.net/K0T71z. Acesso em: 28 jun. 2021. Nesse contexto, as aulas de Ciências da Natureza cons- tituem oportunidades para a consolidação de habilidades de literacia e a remediação de defasagens da alfabetização com temas relevantes e motivadores para as crianças. Como alguns exemplos dessas oportunidades, podemos citar: produzir listas, ligar imagens à escrita, escrever e ler legen- das de imagens, unir letras e sílabas para formar palavras relacionadas aos conteúdos explorados, ouvir a leitura de um artigo de divulgação científica para o público infantil e recontar o que ouviu. A partir do 3o ano do Ensino Fundamental, devemos promover a consolidação das aprendizagens adquiridas nos dois anos iniciais e garantir oportunidades para o desenvol- vimento da fluência de leitura e de escrita dos estudantes. Nesse sentido, ampliam-se gradativamente o tamanho e a complexidade dos textos e das atividades, auxiliando a remediação de eventuais dificuldades ou defasagens e contribuindo para o desenvolvimento das habilidades necessárias para que os estudantes se tornem leitores e escritores competentes. Outra recomendação para a consolidação da literacia e da alfabetização é a prática de leitura e produção de textos em duplas; Artur Gomes de Morais, professor da UFPE e pes- quisador, escreve em seu livro Sistema de escrita alfabética: A criança ainda não alfabetizada, ao par- ticipar de situações em que o professor ou um colega mais experiente lê textos que ela não consegue ler sozinha, pode avançar no apren- dizado. [...] Também quando participa de situa- ções de produção coletiva de textos, nas quais o professor funciona como escriba daquilo que os alfabetizandos ditam [...] avança em seus co- nhecimentos letrados. MORAIS, A. G. de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012. p. 119. Nos volumes que compõem esta coleção, os temas de Ciências da Natureza são apresentados de forma a permi- tir seu uso como contexto para o desenvolvimento da literacia e da alfabetização e a fornecer oportunidades de desenvolvimento da numeracia. Ao longo deste Manual, você encontrará sugestões de momentos para avaliar pos- síveis defasagens e sugestões de estratégias para reme- diá-las, tendo também como foco a integração das crianças que ficaram fora da escola em consequência da pandemia de covid-19. Segundo pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC), o número de crianças e ado- lescentes entre 6 e 17 anos fora da escola praticamente dobrou entre 2019 e 2020, e: Os impactos da pandemia na educação foram mais sentidos pelos estudantes de 6 a 10 anos, que compõem 41% das crianças e adolescentes que não tiveram atividades escolares ou esta- vam fora da escola no final de 2020. [...] Para Romualdo [Portela de Oliveira], há dois grandes fatores que precisam ser olhados para 11 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 11P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 11 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM entender como a pandemia tem afetado os(as) alunos(as): a acessibilidade e a pobreza. [...] A pobreza e a sua relação com a exclusão escolar aparece de forma muito evidente no es- tudo. Em 2019, 90% das crianças e adolescen- tes de 4 a 17 anos que estavam fora da escola tinham renda familiar per capita menor que um salário mínimo. CASTRO, T. Crianças de 6 a 10 anos são as mais afetadas pela exclusão escolar na pandemia. CENPEC, 29 abr. 2021. Disponível em: https://tedit.net/vHouuu. Acesso em: 28 jun. 2021. Além disso, todo o trabalho com literacia, alfabetização e numeracia realizado nesta coleção teve como referência a Política Nacional de Alfabetização (PNA), conforme deta- lhado a seguir. O ensino de Ci•ncias e a PNA Conforme disposto na PNA: [...] se não houver uma atuação eficaz das escolas, principalmente das públicas, pode- rá abrir-se um fosso de aprendizagem entre as crianças de famílias mais favorecidas e as crianças de famílias menos favorecidas. Por isso é necessário ofertar a toda criança as condições que possibilitem aprender a ler e a escrever nos anos iniciais do ensino funda- mental; daí a priorização da alfabetização no 1o ano como uma das diretrizes da PNA. BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília, DF: MEC: Sealf, 2019. p. 32. Assim, a prioridade do ensino escolar no 1o ano é a alfa- betização, cuja consolidação deve ocorrer no 2o ano. Do 3o ao 5o ano, objetiva-se o desenvolvimento das habilidades mais avançadas de literacia, como fluência em leitura oral e compreensão de textos. Ainda segundo a PNA: Outro meio poderoso no processo de alfabe- tização é a leitura, à qual se segue a prática da escrita (art. 5o, V). A leitura pode introduzir-se bem cedo na vida infantil, com histórias lidas em voz alta pelos pais, cuidadores ou professores; mais tarde, já alfabetizada e em fase de aquisição de fluência, a criança passa à leitura autônoma de textos cada vez mais complexos e começa a expressar por escrito suas impressões. O hábi- to da leitura é fundamental para que a criança venha a se tornar um leitor hábil. [...] BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília, DF: MEC: Sealf, 2019. p. 41. Esta coleção visa contribuir com as diretrizes do PNA, constituindo um apoio ao desenvolvimento da literacia, da alfabetização e da numeracia. Em seu livro de Ciências da Natureza, o estudante poderá encontrar textos explicativos adequados à sua faixa etária, além de exemplos de textos literários, de divulgação científica, receitas culinárias, letras de canção, reportagens, fotolegendas e outrosgêneros que possibilitam o enriquecimento de seu vocabulário e o de- senvolvimento do gosto pela leitura. Nas Orientações didáticas que acompanham a reprodu- ção das páginas do Livro do Estudante, estão sugeridos os momentos em que os componentes essenciais para a al- fabetização e os processos gerais de compreensão de lei- tura podem ser trabalhados no contexto das aulas de Ciências da Natureza. As abordagens e atividades indicadas contribuem para a promoção da literacia e da numeracia, constituindo um apoio ao seu trabalho como alfabetizador. A seguir, relacionamos as unidades de cada volume desta coleção que contêm atividades dessa natureza. Atividades que propiciam o trabalho com: 1o ano 2o ano 3o ano 4o ano 5o ano Unidades Unidades Unidades Unidades Unidades Consciência fonológica e fonêmica 1 e 3 4 1 — — Conhecimento alfabético 1 e 3 — 1 e 2 — — Fluência em leitura oral 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 Desenvolvimento de vocabulário 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 Compreensão de textos 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 Produção escrita 2, 3 e 4 (escrever palavras) 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 Numeracia 1, 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 1, 2 e 4 2, 3 e 4 1, 2, 3 e 4 12 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 12P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 12 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM Práticas e abordagens Embora existam diversas estratégias didáticas importan- tes para o ensino de Ciências da Natureza, destacaremos a seguir algumas práticas e abordagens que estão de acordo com os referenciais mencionados anteriormente e que po- dem auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. Essas práticas e abordagens serão apresentadas de forma breve, com a sugestão de fontes para aprofundamento. Caixa de perguntas O letramento científico, como proposto na BNCC, busca desenvolver capacidades como questionar, observar e inves- tigar. Aproveitando a curiosidade inerente aos estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, é possível incentivar o levantamento de perguntas e o refinamento das questões ao longo do tempo, e a “caixa de perguntas” é uma ferramenta que pode auxiliar nesse sentido. Essa ferramenta didática foi proposta por Ward et al. (2010), que tomam como pressuposto: É amplamente aceito que os alunos trazem conhecimentos prévios para a nova situação, e isso forma a base sobre a qual ampliam seu en- tendimento. Para ampliar seu conhecimento, os alunos devem ser incentivados a fazer perguntas sobre o mundo que os rodeia. O fato de terem que levantar questões e encontrar as próprias res- postas para elas possibilita que eles relacionem novas ideias à experiência passada e usem seu conhecimento e entendimento atuais. Embora considerem isso difícil, os alunos, com um pouco de incentivo, levantarão questões apropriadas que possam ser investigadas. [...] Nas 1a e 2a séries, os alunos devem ser in- centivados a ampliar o tipo de perguntas que fazem, para incluir, por exemplo, “como?”, “por quê?”, “o que acontece se...?” [...] e decidir como podem encontrar as respostas para elas. [...] O papel do professor aqui é escutar as ideias dos alunos, modificá-las e transformá-las em algo que possa ser investigado. WARD, H.; RODEN, J.; HEWLETT, C.; FOREMAN, J. Ensino de Ciências. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 36, 37 e 67. Com os estudantes dos anos seguintes do Ensino Fun- damental, a ênfase pode estar no incentivo para que eles pensem em como fariam para responder à pergunta e, sempre que possível, estimular e orientar aqueles que de- sejam realizar uma pesquisa ou uma investigação para se aprofundar em um assunto. Segundo a referência citada, a “caixa de perguntas” pode ser colocada em sala de aula e os estudantes podem depositar suas questões sobre o tema em estudo, na oca- sião que desejarem ou quando as questões surgirem. O professor pode selecionar algumas questões para trabalhar em cada aula ou semana, por exemplo. Elas podem ser analisadas com toda a turma ou em “duplas de conversa”, nas quais os estudantes trocam ideias e conhecimentos. Contudo, é preciso ter em mente que nem todas as pergun- tas elaboradas pelos estudantes serão adequadamente res- pondidas ao longo do ano letivo. Algumas podem requerer conhecimentos além do repertório esperado para a faixa etá- ria, outras podem não ter resposta conhecida até o momento e, possivelmente, ainda haverá aquelas que não pertencem ao âmbito científico. Não obstante, a formulação de perguntas em si mesma pode ser uma atividade motivadora, capaz de produzir desejo de aprender e engajamento a longo prazo. Afinal, os estudantes terão muitas oportunidades de revisitar suas perguntas ao longo da trajetória escolar (e mesmo fora dela), em um processo de ampliação e (re)construção de seus conhecimentos. Tome-se por exemplo a pergunta: “O que é célula?”; uma resposta considerada rudimentar para um estu- dante de Ensino Médio pode ser satisfatória neste momento. Para saber mais • UNIVERSIDADE das Crianças – Perguntas. Disponível em: https:// tedit.net/29w9FP. Acesso em: 15 jun. 2021. O site desse projeto da Universidade Federal de Minas Gerais traz perguntas feitas por crianças e respondidas por especialis- tas. Nos artigos, geralmente outros questionamentos são feitos com base na curiosidade inicial da criança. O site pode ser usa- do como fonte de consulta pelos estudantes do 4o e do 5o ano. Glossário científico Como o próprio nome sugere, o glossário científico pode compilar verbetes elaborados pelos próprios estudantes. Eles podem escolher livremente, ao longo do ano letivo, as pala- vras novas que aprenderam nas aulas de Ciências da Natu- reza e anotá-las no glossário, que pode ser um caderno coletivo da turma ou um arquivo digital, caso haja compu- tadores disponíveis na escola. Os verbetes podem ser reto- mados no decorrer das aulas, com ajustes ou complementos à medida que novos conceitos são estudados. No 1o e no 2o ano, elaborar o glossário científico pode au- xiliar no desenvolvimento de vocabulário e da codificação das palavras. Você pode escrever os verbetes com base nas definições ditadas pelos estudantes. Eles podem fazer dese- nhos e colagens para complementar o glossário, se desejarem. Ao consultar o glossário ou inserir novos verbetes, os estu- dantes vão consolidando o aprendizado da ordem alfabética. Nos anos seguintes, você pode explicar o significado de alguns termos e pedir aos estudantes que registrem os 13 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 13P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 13 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM verbetes criando seu próprio texto. Os estudantes podem se revezar nessa atividade. Outra opção é orientar a busca do significado em dicionários ou outras fontes de consulta. O glossário elaborado por uma turma pode ser disponibilizado para outras turmas – por exemplo, os estudantes do 4o ano podem consultar o glossário elaborado pela turma do 3o ano ao precisarem relembrar um conceito já estudado. Atividades práticas de observação e/ou investigação Segundo Ward et al. (2010): A pesquisa sobre as atitudes dos alunos em relação à ciência revela que elas se formam já com pouca idade. Portanto, é crucial que se capte esse interesse natural pela ciência e se capitalizem as experiências das crianças de co- nhecer o mundo por meio da exploração. [...] Plantando algumas sementes à razão de uma por dia durante duas semanas, e monito- rando seu crescimento, as habilidades práticas desenvolvidas são maiores que as que seriam obtidas assistindo uma semente germinar. Essa não é uma investigação, mas uma atividade de observação – uma atividade científica válida – e proporcionará oportunidades para os alunos aprenderem sobre ciência e usarem essas habi- lidades para fazer suas próprias investigações. WARD, H.; RODEN, J.; HEWLETT, C.; FOREMAN,J. Ensino de Ciências. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 22 e 46. Concordando com a importância de atividades práticas para a alfabetização científica, elas estão presentes ao lon- go de todos os volumes desta coleção, oportunizando o desenvolvimento das capacidades de observar, elaborar hipóteses, comparar, coletar dados de diferentes maneiras, organizar-se para manipular materiais e seguir procedimen- tos, entre outras. Além disso, muitas atividades práticas podem ser realizadas em grupo, o que incentiva o desen- volvimento da cooperação e da resolução de conflitos. Os estudantes também poderão compreender a impor- tância do registro de observações e resultados, além da co- municação e do compartilhamento de conclusões com os colegas. O registro dos resultados pode ser feito em peque- nos relatos e, a partir do 3o ano, em um relatório estruturado, com introdução, descrição e análise dos resultados e conclu- são. Na introdução, você pode solicitar aos estudantes que escrevam suas ideias ou hipóteses iniciais, que podem ser retomadas na conclusão. O compartilhamento dos resultados pode ser feito em rodas de conversa e, a partir do 3o ano, também por meio de apresentações ou exposições. As atividades práticas constituem ainda uma oportunida- de de avaliar o desenvolvimento dos estudantes em relação à sua capacidade de trabalhar em grupo e de se organizar, entre outros procedimentos e atitudes. Considerando que, por vezes, as atividades práticas de observação de fenômenos naturais têm períodos de exe- cução superiores ao tempo de uma aula, ao longo deste Manual buscamos sinalizar as atividades que precisam ser iniciadas com antecedência ou ser retomadas após alguns dias, a fim de colaborar com seu planejamento. Além disso, algumas atividades práticas de investigação podem neces- sitar de materiais e, por esse motivo, recomendamos que suas Orientações didáticas sejam previamente consultadas para antecipar essas eventuais necessidades. Práticas de acessibilidade O direito à educação em condições de igualdade no acesso e na permanência na escola é assegurado às pessoas com deficiência (PcD) pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394/1996) e pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei n. 13.146/2015). Para que esse direito seja plenamente garantido é preciso que recursos de acessibilidade, que variam de acordo com o tipo de deficiência, sejam disponibilizados a todos os estudan- tes. Além do uso de rampas e adequações arquitetônicas, é possível buscar estratégias de adaptação em materiais didáti- cos (como versão MecDaisy ou braile), jogos e atividades re- creativas adequados às especificidades de cada estudante. Vale lembrar que a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência estabelece ao estudante o direito de ter um pro- fissional de apoio escolar oferecido pela escola. O currículo também pode ser adaptado, assim como as avaliações, que podem ser realizadas em tempo maior ou em local diferente, reservado e adaptado. Além desses recursos, é fundamental valorizar a acessibilidade atitudinal, isto é, enco- rajar os estudantes a perceberem-se uns aos outros sem pre- conceitos, estereótipos e, sobretudo, discriminações. De um ponto de vista mais abrangente, a inclusão não se refere apenas a estudantes com deficiência ou necessi- dades educacionais especiais (como disortografia ou dis- calculia); cada criança deve ser acolhida e respeitada em sua individualidade, incluindo dificuldades e habilidades. Em apoio à consolidação de uma escola inclusiva, esta coleção apresenta oportunidades para que o respeito às diferenças seja trabalhado nas aulas de Ciências da Natureza. Há também sugestões de vídeos e sites com tradução em Língua de Sinais Brasileira (Libras). Em relação aos estudantes com deficiência visual, você pode fazer adaptações de ativi- dades, como a produção de desenhos e esquemas táteis utilizando uma prancheta ou um papelão forrado com tela mosquiteiro de plástico. O papel é colocado por cima da tela e o relevo do desenho se forma no verso do papel. Esse recurso pode ser usado por estudantes com ou sem defi- ciência visual, em todas as atividades que envolverem a re- presentação por desenhos. 14 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 14P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 14 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM Avaliação Segundo as diretrizes e bases da educação nacional dis- postas pela Lei n. 9.394/1996, em especial o disposto no arti- go 24, inciso V, a Educação Básica deve ser organizada de tal maneira que a verificação do rendimento escolar deverá, entre outros critérios, promover a [...] avaliação contínua e cumulativa do de- sempenho do aluno, com prevalência dos as- pectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de even- tuais provas finais [...] BRASIL. Casa Civil. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF, 1996. Disponível em: https://tedit.net/bjpqEZ. Acesso em: 24 maio 2021. Neste sentido, esta coleção lança mão da avaliação for- mativa como estratégia de avaliação contínua e cumulativa, assumindo que: É formativa toda avaliação que ajuda o alu- no a aprender e a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo. [...] PERRENOUD, P. Avaliação – da excelência à regulação das aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999. p. 103. A principal característica da avaliação formativa é o acom- panhamento integral do processo de ensino-aprendizagem, permitindo ao professor tomar decisões mais precisas, basea- das nas necessidades e no desenvolvimento de cada estu- dante. Ela pode ser conduzida por meio de estratégias diversas, entre elas provas, trabalhos, seminários, rodas de conversa, debates, registros de observação, autoavaliação do estudante, etc. Qualquer que seja a estratégia adotada, o ob- jetivo é acompanhar o processo de formação pessoal, cogni- tiva e social dos estudantes. A avaliação formativa não verifica apenas o aprendizado de conteúdos, mas a evolução e a subjetividade dos estudan- tes, subjetividade essa que diz muito sobre o trajeto de cada um para alcançar objetivos e desenvolver conhecimentos, habilidades e competências. Como resultado desse processo avaliativo, uma relação de leveza no processo de aprendiza- gem é estabelecida, humanizando a avaliação e colocando o estudante como uma pessoa em processo de desenvolvi- mento e constante aprendizado. Desse modo, quando falamos de avaliação formativa, é imprescindível considerar que ela é um processo. É impor- tante ter em mente que os estudantes não chegam prontos, mas também não são folhas em branco a serem preenchidas. Justamente por isso, o estudante deve ser colocado como protagonista do seu processo avaliativo: de tempos em tem- pos, ele precisa ser convidado a refletir sobre si, o que sabe e o que precisa vir a saber, suas habilidades e suas competências e, o mais importante, sobre como chegar a determinados objetivos. Por esse motivo, a avaliação formativa deve partir do levantamento de conhecimentos prévios dos estudantes, o que pode ser feito no início do ano letivo por meio da ava- liação diagnóstica. A avaliação diagnóstica consiste em um conjunto de estra- tégias para mapear os conhecimentos dos estudantes antes do trabalho com os objetivos pedagógicos do período letivo que será iniciado. Ela pode ser realizada por meio de questio- nários contendo atividades de múltipla escolha, dissertativas ou de opinião; por meio da análise do histórico escolar dos estudantes ou conversas com professores anteriores; ou até por meio de entrevistas com os próprios estudantes. Nesta coleção, sugerimos uma avaliação diagnóstica ao início de cada volume, na seção O que eu já sei?. As atividades propostas estão intimamente relacionadas aos pré-requisitosdos objetivos pedagógicos que serão trabalhados ao longo do volume. Neste Manual, a avaliação diagnóstica é acompa- nhada de uma rubrica sugerida para interpretação dos resul- tados e de orientações didáticas, de modo a auxiliar no mapeamento dos conhecimentos prévios dos estudantes. Com base na avaliação diagnóstica, para orientar o trabalho ao longo do ano letivo, você e os demais professores da escola podem criar uma pasta para cada estudante, contendo os re- sultados das avaliações, desde a primeira. Com os resultados da avaliação diagnóstica, você pode obter evidências de de- fasagens, aptidões e interesses de cada estudante, permitindo planejar estratégias didáticas coletivas e individuais que sejam Para saber mais • VENTORINI, S. E.; SILVA, P. A.; ROCHA, G. F. S. (org.). Deficiên- cia visual, práticas pedagógicas e material didático. 1. ed. São João del-Rei: Agência Carcará, 2016. p. 127. Disponível em: https://tedit.net/RE6I4i. Acesso em: 11 jan. 2021. Consulte o documento para conhecer sugestões de práticas pedagógicas e material didático que permitem integrar estudantes com deficiência visual nas práticas de sala de aula, como a da prancheta forrada com tela. • A CRIANÇA que gagueja na escola: orientação aos profes- sores. Associação Brasileira de Gagueira. Disponível em: https://tedit.net/i8E0Ge. Acesso em: 25 jun. 2021. Consulte o site para orientações sobre estudantes que ga- guejam. • COMUNIDADE Aprender Criança. Cartilha da Inclusão Escolar: inclusão baseada em evidências científicas. So- ciedade Brasileira de Pediatria, 2014. Disponível em: https://tedit.net/Ddue8z. Acesso em: 18 jun. 2021. Essa cartilha foi elaborada por profissionais que estudam o desenvolvimento infantil, em especial da área da Neurociên- cia, e traz informações fundamentais para a concretização da escola inclusiva, considerando a diversidade de habilida- des e dificuldades que os estudantes possam ter. 15 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 15P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 15 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM adequadas ou necessárias para o desenvolvimento de cada um. Além desse mapeamento, a avaliação formativa deve promover momentos de avaliação ao longo do processo de ensino-aprendizagem, com o intuito de mapear o desenvol- vimento de conhecimentos, habilidades e competências de cada estudante. Esses momentos podem ser chamados ava- liação de processo, ou avaliação processual. A avaliação de processo possibilita a adequação da prática docente, já que, ao comparar os conhecimentos prévios e as etapas de desenvolvimento dos estudantes, o professor pode estabelecer novos objetivos, adotar novas estratégias, traçar novos caminhos, reelaborar planos de aula e desenvol- ver projetos que se adequem às necessidades do grupo e de cada estudante. Além disso, a avaliação de processo também pode compreender uma rotina de visitação aos meios físicos e virtuais de registro do estudante (caderno, exercícios on-line, vídeos com apresentações, participação nas aulas), sempre com o objetivo de desenvolver as potencialidades e melhorar as inevitáveis falhas durante o processo. Nesta coleção, além das atividades ao longo dos capítulos, que possibilitam a avaliação cotidiana dos estudantes, reser- vamos um momento específico para uma avaliação de pro- cesso focada nos objetivos pedagógicos de cada unidade, a seção Rever ideias. Neste Manual, cada avaliação de processo é acompanhada de uma rubrica sugerida para interpretação dos resultados e de orientações didáticas. Como última ação, a avaliação formativa deve possibilitar o mapeamento de conhecimentos, habilidades e competências desenvolvidos ao final do período letivo que foi vivenciado (ano letivo, semestre, trimestre ou bimestre). Esse mapeamento pode ser chamado avaliação de resultado. Assim como a avaliação diagnóstica, a avaliação de resul- tado pode ser realizada por meio de questionários contendo atividades de múltipla escolha, dissertativas ou de opinião; por meio da análise das demais avaliações feitas ao longo do período letivo; ou até por meio de entrevistas com os próprios estudantes. Além disso, ela pode ser registrada para ser recuperada no período letivo seguinte, mesmo que por outros professores. Nesta coleção, sugerimos uma avaliação de resultado ao final de cada volume, na seção O que eu aprendi?. As atividades propostas estão intimamente relacionadas aos objetivos pe- dagógicos que foram trabalhados ao longo do volume. Como nas outras seções específicas de avaliação propostas nesta obra, a avaliação de resultado é acompanhada de uma rubrica sugerida para interpretação dos resultados e de orientações didáticas presentes neste Manual. Os resultados obtidos com essa avaliação, ao serem compa- rados com os resultados da avaliação diagnóstica e daquelas feitas ao longo do ano letivo, podem evidenciar o desenvol- vimento de cada estudante. Com base nos resultados, você pode programar estratégias para retomar alguns temas com os estudantes nas aulas finais do ano letivo, visando remediar aspectos específicos que representam defasagens. Você pode, também, fazer anotações para orientar o planejamento do ano seguinte, levando em conta as necessidades, as aptidões e os interesses de cada um. Além disso, para os estudantes, essa é uma oportunidade de rever os conceitos estudados e reconhecer o próprio aprendizado. Além da avaliação formativa, é comum que os estudantes vivenciem avaliações de larga escala, ou seja, análises reali- zadas por diferentes instituições e que podem ser utilizadas para censos municipais, estaduais e federais com o objetivo de auxiliar na definição de políticas públicas relacionadas à Educação. Para que os estudantes estejam preparados para vivenciar esses momentos, deve-se garantir um processo de ensino-aprendizagem estruturado na avaliação contínua e cumulativa, como o proposto nesta coleção. Em resumo, o processo avaliativo, em especial a avaliação formativa, não deve ser elaborado para classificar os estudantes em posições como excelente, bom e ruim. A potencialidade da avaliação reside na possibilidade de análise qualitativa do desempenho e no mapeamento dos aprendizados que o estudante já atingiu, para que seus pontos fortes sejam elen- cados como pontos de apoio na melhoria do que for preciso. Em outras palavras, a avaliação não deve existir para punir, mas para celebrar conquistas, corrigir rotas e explorar novas possibilidades de trabalho. A estrutura da coleção Esta coleção é composta de 5 volumes, sendo: • livros consumíveis: 1o, 2o e 3o ano; • livros não consumíveis: 4o e 5o ano. Os volumes são formados por quatro unidades, cada uma com três capítulos. Cada unidade aborda um tema principal, explorado em diferentes aspectos ao longo dos capítulos. Segue breve descrição da organização do conteúdo na coleção. O que eu já sei? Esta seção marca o início de cada volume e pode ser utiliza- da como instrumento de avaliação diagnóstica. Suas atividades abordam pré-requisitos para o desenvolvimento dos objetos do conhecimento trabalhados em todas as unidades do volume. Abertura de unidade Duas páginas marcam o início de uma unidade, apresen- tando imagens e questões que estimulam a interpretação das imagens e o levantamento de conhecimentos prévios dos estudantes sobre o tema a ser estudado na unidade. A escolha das imagens das aberturas de unidade priori- zou aquelas que podem despertar o interesse e a curiosi- dade, além de possibilitar a fruição, entendida como o deleite, o estranhamento e a sensibilização promovidos por 16 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 16P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 16 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM uma produção artística. Por isso, muitas aberturas de uni- dade apresentam obras artísticas, em um convite à apre- ciação e ao desenvolvimento do repertório imagético do estudante. A Arte tambémestá presente em outros mo- mentos dos volumes e possibilita ao estudante perceber relações do tema científico com outras esferas da vida. Glossário Ao longo dos textos, há pequenos boxes com o significa- do de uma palavra ou expressão, para facilitar a compreensão textual e contribuir para o desenvolvimento do vocabulário. As definições são adequadas à faixa etária dos estudantes. Atenção Nos textos, há pequenos boxes de orientações e alertas a respeito dos assuntos abordados. Ressalte sempre aos estudan- tes o boxe com instruções de segurança para uma atividade. Pensando e praticando Esta seção está presente em todas as unidades, trazendo roteiros de atividades práticas que favorecem o desenvol- vimento do pensamento científico e dos procedimentos característicos das Ciências da Natureza, como a observa- ção, a coleta e a interpretação de dados, o registro de re- sultados, a montagem de um experimento e a verificação experimental de um fenômeno. Os estudantes poderão desenvolver, de forma gradual e progressiva, sua capacida- de de organização, tanto de materiais quanto de dados, de observar atentamente, de seguir um roteiro de procedi- mentos, de trabalhar em equipe, entre outras. Recomendamos que consulte sempre as orientações didá- ticas deste Manual para comentários que podem auxiliar no planejamento e facilitar a realização das atividades desta seção. Rede de conhecimentos Esta seção traz temas que permitem trabalhar a interdis- ciplinaridade, ou seja, a relação de um assunto estudado na unidade com outra(s) área(s) do conhecimento. A apre- sentação do assunto, realizada por texto e imagens, é acom- panhada de atividades para estimular a compreensão e a análise mais aprofundada, convidando os estudantes a ampliar seu espectro de visão sobre o tema. Leitura de imagem Como o próprio nome indica, esta seção promove a lei- tura de imagens, tendo como base um assunto específico da unidade. O conteúdo desta seção permite, por exemplo, o desenvolvimento do senso estético, a interpretação de informações e de reflexões por meio de leitura imagética. Pretende-se, assim, unir o desenvolvimento da criticidade ao estímulo da sensibilidade do olhar dos estudantes. Ela é composta de um texto introdutório e três etapas: • Observe: imagem para apreciação e análise; • Explore: atividades para promover a análise da imagem e identificação das relações com um dos temas estuda- dos na unidade; • Amplie: como o título sugere, são atividades para am- pliação do tema suscitado pela imagem. Atividades Presente nos volumes destinados ao 4o e ao 5o ano, este boxe contém questões que permitem ao estudante levan- tar conhecimentos prévios, verificar o que aprendeu e/ou ampliar os conhecimentos referentes a um tópico. O boxe aparece ao longo dos capítulos e as atividades podem ser respondidas oralmente ou com registro no caderno, de- pendendo da questão. Mais atividades Presente nos volumes destinados ao 4o e ao 5o ano, esta seção complementa o objetivo dos boxes Atividades. Loca- lizada ao final dos capítulos, a seção permite ao estudante retomar e sistematizar os principais assuntos estudados. As atividades propostas também podem servir para vo- cê avaliar processualmente a compreensão dos conceitos e se há necessidade de retomá-los, caso perceba, por exem- plo, que há estudantes com dúvidas ou dificuldades para realizar os exercícios propostos. Ler e entender Esta seção está presente no final das unidades, com a função de promover o trabalho com um determinado gê- nero textual, cujo tema se relaciona ao que foi estudado na unidade. Os gêneros textuais escolhidos estão de acordo com aqueles dispostos nas habilidades de Língua Portu- guesa para cada ano escolar. Desse modo, são objetivos gerais da seção: 1. desenvolver nos estudantes as capacidades de leitura e de compreensão exigidas por diferentes gêneros textuais; 2. fazer os estudantes perceberem, pouco a pouco, as pos- sibilidades que a leitura propicia em termos de associa- ções e interdisciplinaridade. Para estimular o trabalho com o texto, são propostas atividades em duas etapas: • Explore: atividades para análise do texto e identificação das relações do texto com um dos temas estudados na unidade; • Amplie: como o título sugere, são atividades para am- pliação do tema trazido pelo texto. Rever ideias Esta seção está presente no final das unidades. A primei- ra atividade sempre retoma a abertura de unidade, permi- tindo ao estudante verificar como suas percepções iniciais sobre o tema podem se modificar ao longo do estudo. 17 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 17P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 17 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM Conforme já comentado, a seção representa um mo- mento específico para o desenvolvimento de uma avaliação processual, pois as atividades retomam todos os objetivos pedagógicos definidos para a unidade. Como a seção tem objetivo avaliativo, as perguntas abor- dam os principais conceitos relacionados com as habilida- des trabalhadas na unidade. Venha descobrir! Esta seção apresenta dicas de livros, vídeos e outras fon- tes que complementam a abordagem dos temas da unidade e podem contribuir para o desenvolvimento do gosto pela leitura e do repertório cultural dos estudantes. Os títulos são indicados ao longo deste Manual como com- plemento aos conteúdos trabalhados. O que eu aprendi? Esta seção marca o final de cada volume e pode ser utilizada como instrumento de avaliação de resultado. Suas atividades abordam os objetos do conhecimento trabalha- dos em todas as unidades do volume. Competências e Habilidades da BNCC Competências gerais da Educação Básica 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digi- tal para entender e explicar a realidade, continuar apren- dendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das Ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para inves- tigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resol- ver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, mate- mática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de infor- mação e comunicação de forma crítica, significativa, re- flexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar infor- mações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, au- tonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioam- biental e o consumo responsável em âmbito local, re- gional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade huma- na e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhi- mento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e po- tencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, respon- sabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, to- mando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreen- dimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas expli- cativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação cien- tífica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a cons- trução de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3. Analisar, compreender e explicar características, fenô- menos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as 18 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 18P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 18 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da Ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, in- cluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioam- biental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimen- tos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões diante de questões científico-tecno- lógicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Habilidades de Ciências para os anos iniciais do Ensino Fundamental 1o ano (EF01CI01) Comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente. (EF01CI02) Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funções. (EF01CI03) Discutir as razões pelas quais os hábitos de hi- giene do corpo (lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes, limpar os olhos, o nariz e as orelhas etc.) são neces- sários para a manutenção da saúde. (EF01CI04) Comparar características físicas entre os colegas, reconhecendo a diversidade e a importância da valorização, do acolhimento e do respeito às diferenças. (EF01CI05) Identificar e nomear diferentes escalas de tempo: os períodos diários (manhã, tarde, noite) e a sucessão de dias, semanas, meses e anos. (EF01CI06) Selecionar exemplos de como a sucessão de dias e noites orienta o ritmo de atividades diárias de seres huma- nos e de outros seres vivos. 2o ano (EF02CI01) Identificar de que materiais (metais, madeira, vidro etc.) são feitos os objetos que fazem parte da vida cotidiana, como esses objetos são utilizados e com quais materiais eram produzidos no passado. (EF02CI02) Propor o uso de diferentes materiais para a construção de objetos de uso cotidiano, tendo em vista algumas propriedades desses materiais (flexibilidade, dureza, transparência etc.). (EF02CI03) Discutir os cuidados necessários à prevenção de acidentes domésticos (objetos cortantes e inflamáveis, eletrici- dade, produtos de limpeza, medicamentos etc.). (EF02CI04) Descrever características de plantas e animais (ta- manho, forma, cor, fase da vida, local onde se desenvolvem etc.) que fazem parte de seu cotidiano e relacioná-las ao ambiente em que eles vivem. (EF02CI05) Investigar a importância da água e da luz para a manutenção da vida de plantas em geral. (EF02CI06) Identificar as principais partes de uma planta (raiz, caule, folhas, flores e frutos) e a função desempenhada por cada uma delas, e analisar as relações entre as plantas, o am- biente e os demais seres vivos. (EF02CI07) Descrever as posições do Sol em diversos horários do dia e associá-las ao tamanho da sombra projetada. (EF02CI08) Comparar o efeito da radiação solar (aquecimento e reflexão) em diferentes tipos de superfície (água, areia, solo, superfícies escura, clara e metálica etc.). 3o ano (EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir da vibração de varia- dos objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno. (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passa- gem da luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies polidas (espelhos) e na intersecção com objetos opacos (pare- des, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). (EF03CI03) Discutir hábitos necessários para a manutenção da saúde auditiva e visual considerando as condições do ambien- te em termos de som e luz. (EF03CI04) Identificar características sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo. (EF03CI05) Descrever e comunicar as alterações que ocorrem desde o nascimento em animais de diferentes meios terrestres ou aquáticos, inclusive o homem. (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 19 P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 19P4_1_Vem_Voar_Ciencias_g23At_MP_005a020_MP_GERAL.indd 19 8/3/21 3:49 PM8/3/21 3:49 PM (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu forma- to esférico, a presença de água, solo etc.), com base na obser- vação, manipulação e comparação de diferentes formas de representação do planeta (mapas, globos, fotografias etc.). (EF03CI08) Observar, identificar e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. (EF03CI09) Comparar diferentes amostras de solo do entor- no da escola com base em características como cor, textura, cheiro, tamanho das partículas, permeabilidade etc. (EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre outras possibilidades), reconhe- cendo a importância do solo para a agricultura e para a vida. 4o ano (EF04CI01) Identificar misturas na vida diária, com base em suas propriedades físicas observáveis, reconhecendo sua com- posição. (EF04CI02)
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