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Gustavo - Estudos trabalho final


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Estudos trabalho Seso II
O Movimento de Reconceituação 40 anos depois – José Paulo Netto
O movimento de reconceitução foi uma tentativa de ruptura com o Serviço Social tradicional. Tal Serviço Social, baseava-se na “prática empirista, reiterativa, paliativa e burocratizada, orientada por uma ética liberal-burguesa, que, de um ponto de vista claramente funcionalista, visava enfrentar as incidências psicossociais da ‘questão social`”. Ou seja, empirista, porque os problemas eram interpretados como problemas individuais e moral.
- prática empirista: fazer observação da realidade
- paliativa? Não resolve o problema
- burocratizada: excluí o âmbito social
- Há sempre o mesmo processo de resolução do problema 
Há uma séria de problemas no trabalho que são devolvidos ao trabalhador como forma individual.
Como fazer para que o organismo social funcione
Reconceituação: é um processo que surge no contexto histórico que estudamos anteriormente. Vai permitir a endogenia profissional. O Serviço Social vai ser interpretado como produto histórico.
Preocupação dos assistentes sociais ao subdesenvolvimento e aos problemas sociais que tomaram maior força
A emergência na Reconceituação ocorre em 1965. Movimento tipicamente latino-americano.
Não se pode pensar no Serviço Social fora da sociedade capitalista e esta está em crise. A ordem social vigente está em crise.
Crítica do Serviço Social tradicional junto com uma mobilização social
Via se apropriar de outras fontes, como as ciências sociais, mas também está em crise. Há um movimento de esquerda dentro da Igreja católica (deslocamento sócio-político, teologia da libertação) que reivindica a interlocução com a corrente marxista.
O movimento estudantil foi importantíssimos para o movimento de Reconceituação
Apesar de ser um movimento que aconteceu dentro da academia, não exclui sua legitimidade e nem sua importância.
Reconceituação do Serviço Social
Representou uma frente ampla
Conquistas e limites da Reconceituação
Conquistas:
1.articulação de uma nova concepção da Unidade latino-americana
2.explcitação da dimensão política da ação profissional
3.interlocução crítica com as ciências sociais
4.inauguração do pluralismo profissional (convívio democrático de ideias radicalmente democráticas)
Principal conquista: recusa do profissional a atuar-se como agente técnico puramente executivo; requalificação profissional rechaçando a subalternidade da divisão do trabalho entre cientistas sociais: “teóricos” x “profissionais da prática”.
Equívocos: 
1.A denúncia ao conservadorismo, disfarçado do apoliticismo levou ao ativismo político: militarismo-messianismo
2.a recusa à teorias importadas levou a recusa do caráter universal do conhecimento científico
3.confisionismo ideológico: esquerda cristã, novas gerações revolucionárias, eclética mistura que abriu a possibilidade de diálogo com a tradição marxista
A crítica conservadora à reconceptualização – José Paulo Netto
A crítica superadora incidem três níveis do processo de Reconceituação:
1.desmontas o ecletismo que permeou o processo, resultante na assimilação mal-digerida da teoria marxiana
2.suas alternativas metodológicas. Estabelecimento de mediações entre os objetivos estratégicos explícitos e as formas prático-imediatas de intervenção. Enfim, a crítica recai sobre o âmbito político: cumpre desnudar a ingenuidade política, que vem da incapacidade de conjugar análise de estrutura/análise de conjuntura
Perspectiva da totalidade
Compreender o problema nas suas múltiplas determinações
A crítica conservadora
As 8 críticas que estão impostas no Serviço Social tradicional:
1.A reconceitualização conduziu à insegurança, à angústia e à desorientação profissional: o Serviço Social tradicional jamais estabeleceu coerentemente o seu terreno profissional
2.A reconceitualização cristalizou-se num modismo profissional: a generalização de qualquer novo padrão de opera através de um processo de divulgação que, nos seus estágios iniciais, implica mesma uma vulgarização
3.A reconceitualização circunscreveu-se a pequenos grupos de elite (“capelinhas”): todo movimento revolucionário ou renovador se realiza, incialmente, engendrando uma estratificação própria, reforçada, inclusive, pela solidariedade de os seus pioneiros desenvolvem entre si. 
4.A reconceitualização afirmou-se negativamente pela recusa do passado profissional: o que se deve e pode questionar no processo de reconceituação não foi a sua recusa do passado profissional – antes, foi a sua incapacidade para realizar uma crítica teórica radical deste mesmo passado. Críticas às determinações da regência profissional e não no sentindo de negar o passado profissional.
5.A reconceitualização determinou a ideologização profissional: é impossível pensar em um Serviço Social sem suporte ideológico e componentes ideológicos – consiste em qual componente ideológico deve ser integrado.
6.A reconceitualizção desprofissionalizou o Serviço Social pela via da politização: pretender que a profissão não registrasse, em si mesma, as incidências da Revolução Cubana, Aliança para o Progresso, etc. foi a realidade que colocou essa necessidade de reconceituação.
7.A reconceitualização instaurou um hiato (espaço) entre os centros de formação e as agências de intervenção: a formação não pode ser colocada a reboque das necessidade imediatas que, no caso, sempre foram reduzidas as necessidades institucionais das agências de intervenção, ou seja, não deve ser apenas funcionas às demandas impostas pelo mercado de trabalho, mas é necessário fazer uma interlocução com esse mercado.
8. A reconceitualização não foi capaz de encetar uma prática profissional sistemática: o novo papel conferido ao estágio pelo processo de reconceitualização. Existiria uma profissão que o processo de reconceitualização, “ideologizante” e “politizador”, diluiria. Qualquer pluralismo e é basicamento estática.
A premissa da crítica conservadora
Mencionei antes que a crítica ao processo de reconceitualização que se volta para a sua superação, buscando alternativas para impasse atual do processo na própria dinâmica objetiva das nossas sociedades, arranca da premissa segundo a qual as transformações do Serviço Social se inscrevem no contorno global dos conflitos sócio-políticos que matrizam a conjuntura latino-americana. Propicia a articulação de uma clara tendência restauradora no interior do Serviço Social. Como se o processo de reconceitualização fora um elemento de perturbação num espaço profissional consensualmente determinado e reconhecido como tal.

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