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Al�e��ções do líqu��� am��óti�� O líquido amniótico é um líquido claro e transparente. O líquido amniótico é um coxim de água, que atua como barreira mecânica e mantém a temperatura, hidrata e auxilia no desenvolvimento músculo-esquelético, gastrointestinal e pulmonar. Preenche a cavidade amniótica, sendo constituído por água e sais minerais. Produção do líquido amniótico No início, o líquido amniótico é produzido pela placenta. Ao final do primeiro trimestre a composição do líquido amniótico começa a mudar, passando a se assemelhar a plasma fetal. Na 9º semana a filtração glomerular e a produção de urina fetal se iniciam. Na 34ª semana seu volume é de 1000 mL e na 40ª semana é de 800 mL, a diminuição ocorre em razão do envelhecimento da placenta → pós data Fisiologia Fontes de produção: Produção urinária fetal; Fluido pulmonar. Vias de reabsorção Deglutição Absorção intestinal; Trocas através da pele, superfícies do cordão umbilical e placenta/membranas amnióticas → Um desbalanço em sua produção (sistema urinário e pulmonar) ou reabsorção ( trato gastrointestinal) causa patologia. → placenta velha → menos aporte sanguíneo → menos líquido amniótico → menos urina Fisiopatologia No 6º mês de gestação, os pneumócitos começam a ser convertidos em pneumócitos II que começam a produzir surfactantes. ● Reveste a superfície interna dos alvéolos pulmonares; ● Diminui a tensão superficial da interface ar-alvéolo; ● Evita a atelectasia → A falta de surfactante é a principal causa da doença das membranas hialinas no RN. → Prevenção: corticóide para amadurecimento pulmonar (estimula a síntese e a liberação de surfactante pelo pneumócitos II) de 24 a 34 semanas Pol���âm�i� É o excesso da quantidade de líquido amniótico, quando o volume de LÁ é superior a 2000ml. Causas: ● Maternas: está associado a diabetes mellitus materna (poliúria fetal pelo estado hiperglicêmico fetal) e aloimunização. ● Causas fetais: obstrução gastrointestinal, anomalias congênitas, arritmias cardíacas e infecções, hidropisia fetal não imune e tumores fetais. ● Causas placentárias: síndrome da transfusão feto-fetal, corioangioma. ● Idiopática Classificação Agudo (surge em poucos dias) É mais frequente no 2º trimestre (antes da 24º semana de gestação) Mais grave; Geralmente evolui para TPP e mortalidade perinatal. Crônico (surge em semanas) É mais comum; É mais frequente no 3º trimestre da gestação; Evolução fetal mais favorável Exame Físico ● Altura uterina acima do esperado para a fase gestacional; ● Edema na região supra púbica; ● Distensão da pele do abdome, aspecto brilhante ou estrias; ● Dificuldade na palpação do útero; ● Dificuldade na identificação das partes fetais. Diagnóstico ultrassonográfico ➔ Aumento evidente do volume de LA ou grande discrepância entre o tamanho do feto e os bolsões de LA. ➔ A placenta pode apresentar-se fina pela acentuada distensão da cavidade amniótica (grave) ➔ Dificuldade de avaliar a morfologia fetal pelo distanciamento entre a parede abdominal e o feto. Diâmetro do maior bolsão vertical (MBV): de acordo com a medida do diâmetro vertical do maior bolsão de LA. → aplica-se em gemelar. → Acima de 8 cm é polihidrâmnio índice do líquido amniótico (ILA): ● Medida do diâmetro vertical do maior bolsão de LÁ nos quatros quadrantes do útero; ● Cada quadrante é avaliado pelo diâmetro vertical do maior bolsão de LA (cm ou mm) ● As medidas são somadas e o resultado é denominado ILA; ● Preferencialmente acima de 28 semanas; ● Não se aplica em gemelar Conduta ● Pesquisa de diabetes melito/gestacional ● Pesquisa de anticorpos irregulares ● Correção de causas maternas ou fetais ● Controle do peso materno ● Repouso relativo ● Dieta hiperproteica ● Investigação de malformações/cardiopatias fetais ● Avaliação ultrassonográfica da placenta ● Considerar realização de cariótipo fetal nos casos sugestivos de cromoss → Diuréticos não são recomendados, eles não têm efeito sobre o líquido amniótico. Amniocentese É a drenagem da cavidade amniótica por punção; É eficaz, porém, em poucos dias, o polidrâmnio pode se refazer Indicada nos casos de dispneia materna progressiva e dor abdominal persistente (34 a 37 semanas) Permite a continuidade da gestação ao diminuir o desconforto materno Preconiza-se a retirada de 200 a 500 mL/h de LA, guiada pela USG Riscos: ● Trabalho de parto prematuro ● Infecção intrauterina ● Descolamento prematuro da placenta ● Lesão do feto ● Rotura prematura das membranas ovulares Principais complicações Dificuldade respiratória materna desde a gestação; Descolamento prematuro da placenta (principalmente durante a rotura das membranas, quando seguida de rápida descompressão do útero) Prolapso de membros ou prolapso de cordão (na rotura espontânea das membranas) Distocia funcional pela distensão excessiva do útero Atonia ou hipotonia uterina pós-parto Rotura prematura de membranas ovulares Trabalho de parto prematuro Polidrâmnio grave: o parto está indicado com 37 semanas Polidrâmnio moderado: parto com 39 semanas à 40 semanas Oli��âm�i� Volume de líquido amniótico menor que o esperado para a idade gestacional (< 250ml acima de 20 semanas) → Anidrâmnio: ausência de líquido Etiologia Segundo trimestre: ● Rotura prematura de membranas - 50% ● Restrição de crescimento fetal - 18% ● Relacionados ao sistema urinário fetal - 15% ● diopático - 5% Terceiro trimestre ● Pós-datismo ● Desidratação materna ● Insuficiência placentária Exame Físico ● Altura uterina abaixo do esperado para a fase gestacional ● Facilidade na palpação do útero ● Avaliação subjetiva Diagnóstico Ultrassonográfico Primeiro trimestre: ● Diferença <5 mm entre o diâmetro médio do saco gestacional e do comprimento crânio-nádega. Segundo e Terceiro trimestres: ● índice de líquido amniótico (ILA) menor ou igual 5cm (+ sensível) ● Mensuração isolada do maior bolsão vertical (MBV) < 2 cm (+ fácil execução) ILA menor ou igual à 5cm tem uma maior morbidade. Conduta Amnioinfusão: Técnica útil nos casos de oligoâmnio precoce (< 26 semanas) (para tentar diminuir o risco de hipoplasia pulmonar e mortalidade, porém não mais recomendado) Hidratação materna por via oral: Pode aumentar o volume de líquido amniótico nas horas seguintes à ingestão de um grande volume de água (até 2 litros) Hospitalização: ● 3° trimestre ● Hidratação venosa ● Investigação de causas e monitorização da vitalidade Oligoâmnio idiopático (isolado): Expectante até o termo Avaliação da vitalidade semanalmente por meio de parâmetros biofísicos e/ou de Doppler Acompanhamento do crescimento fetal cada 2 semanas Parto a partir de 37 semanas (individualizar) Parto Monitorização contínua da frequência cardíaca fetal no intraparto Parto no pré-termo tardio ou no termo precoce (36 a 37 6/7 semanas de gestação) ou ao diagnóstico, quando este for feito após esse perío