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TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA ME E EPP 
 (LC Nº123/2006) - ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 
André Luís do Nascimento 
 
Olá! Nessa videoaula estudaremos os benefícios introduzidos pela Lei Complementar nº 
123/2006, especificamente o capítulo 5, entre o art. 42 e o art. 49, que são as regras que impactam 
diretamente nas licitações, e que o Pregoeiro deve ficar atento à aplicação dos benefícios. 
Inicialmente vamos abordar alguns aspectos introdutórios com relação a quem se enquadra como 
Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) e como elas devem comprovar sua situação. 
Observe que o art. 3º estabelece um parâmetro de faturamento anual para que as empresas se 
enquadrem como ME ou EPP. Para as MEs a LC nº 123/2006 estabeleceu um faturamento de até 
R$360 mil, enquanto que EPPs podem ter o faturamento de até R$4.800 milhões para poderem 
usufruir dos benefícios. Mas é importante ressaltar que não bastam as Microempresas (ME) e as 
Empresas de Pequeno Porte (EPP) apresentarem um faturamento anual de até R$4.800 milhões 
para usufruir dos benefícios, uma vez que a própria lei estabelece situações em que a ME ou EPP 
não poderão usufruir do benefício. Para o pregoeiro, fica difícil verificar essa situação de 
desenquadramento, e para resolver esse problema o Decreto nº 8.538/2015 regulamentou no 
governo federal e no executivo os benefícios implementados pela LC nº 123/2006, estabelecendo 
que a comprovação de enquadramento das Microempresas (ME) ou Empresas de Pequeno Porte 
(EPP) deve ser feita por uma declaração a ser apresentada pela empresa. Dessa forma, o pregoeiro 
deve ter cuidado e exigir das empresas essa declaração para que as mesmas possam usufruir dos 
benefícios. No Pregão eletrônico antes da sessão, a própria empresa marca no sistema a sua 
condição de ME ou EPP apta a usufruir do benefício. Importante observar que essa declaração de 
ME tem um efeito que pode impactar na vida da empresa, uma vez que uma declaração falsa pode 
ensejá-la a declaração de inidoneidade pelo órgão público, configurando uma fraude à licitação. 
Essa situação já foi objeto de algumas decisões da jurisprudência, como exemplo para quem quiser 
se aprofundar - Decisão Plenária do TCU nº 1104/2014. 
Finalizando sobre a LC nº 123/2006, no começo da videoaula foi dito que essa lei 
instituiu benefícios para as MEs e EPPs. Ou seja, as Microempresas (ME) ou Empresas de Pequeno 
Porte (EPP) terão uma vantagem competitiva em relação às demais empresas como as Empresas de 
 
 
 
 
Médio Porte (EMP) ou de Empresas Grande Porte (EGP). Isso não afeta o Princípio da Isonomia, uma 
vez que estou tratando de forma diferente as MEs ou as EPPs? A resposta é não! Essa regra de 
tratamento diferenciado para EPP já se encontra prevista na própria Constituição Federal no seu 
art. 170 no inciso IX. Pregoeiros fiquem atentos à situação da empresa com relação à declaração, 
para que a mesma possa usufruir dos benefícios previstos no capítulo 5. Muito obrigado e até o 
próximo vídeo! 
 
Equipe Técnica 
 Docente: André Luís da Silva Nascimento 
 
Equipe Técnico - Pedagógica 
Marcia Araujo Calçada 
Dalva Stella pinheiro da Cruz 
Máira Conceição Alves Pereira 
Erick Santana Raymundo (estagiário) 
Juliana de Almeida Gomes (estagiária) 
 
Gestão de Projetos Educacionais 
Rachel Constant Vergara Mann

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