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Caderno de Dicas e Questões - PartiuConcurseiro

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Caderno de Dicas e 
Questões 
 
 
 
 
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2 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 
Sumário 
 
1. Direito Constitucional ......................................................................................................... 12 
1.1. Preâmbulo ............................................................................................................... 12 
1.2. Normas originárias x Normas Derivadas ............................................................... 13 
1.3. Existe cláusula pétrea no ADCT? ............................................................................ 14 
1.4. O que são "pontes do tempo" na Constituição? ................................................... 15 
1.5. O que é a teoria dos quatro status de Jellinek? .................................................... 17 
1.5.1. Status Passivo (status subjectionis): .................................................................. 17 
1.5.2. Status Ativo (status activus civitates): ............................................................... 17 
1.5.3. Status Negativo (status libertatis): .................................................................... 18 
1.5.4. Status Positivo (status civitates): ....................................................................... 18 
1.6. O que se entende por "atalhamento constitucional"? ......................................... 20 
1.7. A Constituição Federal de 1934 estabelecia o bicameralismo imperfeito? ......... 21 
1.8. O voto feminino no Brasil foi expressamente previsto pela primeira vez na 
Constituição de 1946. Certo ou Errado? ............................................................................ 23 
1.9. Diferencie as seguintes classificações de Constituição: Suave, Plástica, em Branco 
e Expansiva.......................................................................................................................... 24 
1.9.1. Constituição Suave ............................................................................................. 24 
1.9.2. Constituição plástica ........................................................................................... 25 
1.9.3. Constituição em branco ...................................................................................... 25 
1.9.4. Constituição expansiva ....................................................................................... 25 
1.10. Em que consiste a classificação Ontológica de Karl Loewenstein? ....................... 26 
1.11. Diferencie Constitucionalização-inclusão e constitucionalização releitura ......... 28 
1.12. O que significa constituição chapa-branca? .......................................................... 30 
1.13. O que é Constituição.com?..................................................................................... 32 
1.14. Constitucionalismo abusivo. Que negócio é esse? ................................................ 33 
1.15. Qual a natureza jurídica da interpretação conforme a Constituição? .................. 36 
1.16. Em que consiste o princípio da conformidade funcional? .................................... 38 
1.17. No âmbito da extradição, em que consiste o princípio da identidade ou da dupla 
tipicidade? ........................................................................................................................... 39 
1.18. Defensoria Pública .................................................................................................. 41 
 
 
3 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
1.19. A Lei Orgânica ou a Constituição Estadual pode dispor sobre a sucessão do chefe 
do executivo diferentemente do previsto na CRFB? ......................................................... 42 
1.20. Aplica-se o princípio da simetria em caso de dupla vacância do chefe do poder 
executivo municipal? .......................................................................................................... 43 
1.21. Aplica-se o princípio da simetria em caso de dupla vacância do chefe do poder 
executivo municipal? .......................................................................................................... 44 
1.22. Em que consiste o presidencialismo de coalizão? ................................................. 45 
1.23. O que é o princípio da irrepetibilidade? ................................................................ 47 
1.24. É possível cumular pedidos típicos de ADI e ADC em uma única demanda? ....... 48 
1.25. Qual é o quórum para a modulação dos efeitos no julgamento de processos 
subjetivos de constitucionalidade? .................................................................................... 51 
1.26. Diferencie silêncio legislativo de silêncio eloquente ............................................ 54 
1.27. Quais são os direitos fundamentais de sexta geração? ........................................ 56 
1.28. Realização de reunião em local público independe de aviso prévio às 
autoridades. ........................................................................................................................ 58 
1.29. Admite-se Habeas Corpus apócrifo? ...................................................................... 59 
1.30. O que é jurisdição condicionada? .......................................................................... 61 
1.31. O que é naturalização anistia? ............................................................................... 63 
1.32. STF reconhece a possibilidade de alteração de etapas de concurso público em 
razão de crença religiosa .................................................................................................... 64 
1.33. Vereador possui foro por prerrogativa de função? ............................................... 65 
1.34. A Constituição Estadual pode prever o pagamento de verbas indenizatórias em 
virtude de convocação extraordinária dos parlamentares estaduais? ............................. 67 
1.35. Em que consiste o regime de urgência constitucional? ........................................ 68 
1.36. Competência para julgar ações contra CNJ e CNMP é exclusiva do STF ............... 70 
2. Direito Administrativo ........................................................................................................ 72 
2.1. Qual a natureza jurídica do silêncio administrativo? ............................................ 72 
2.2. Entidade do Terceiro Setor e Modo de Criação/Vínculo (em regra), com a 
Administração Pública: ....................................................................................................... 74 
2.3. Diferencie contrato de gestão endógeno e exógeno ............................................ 75 
2.4. Tredestinação x Desdestinação x Adestinação ...................................................... 78 
2.5. Improbidade Administrativa .................................................................................. 78 
2.6. Nova Lei de Licitações ............................................................................................. 80 
2.6.1. Licitação Deserta ................................................................................................. 80 
2.6.2. Licitação Fracassada ............................................................................................... 81 
2.7. Sanções por Improbidade Administrativa após a Lei n. 14.230/21 ...................... 82 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
2.7.1. Atos que importam Enriquecimento Ilícito ....................................................... 82 
2.7.2. Atos que causem Prejuízo ao Erário .................................................................. 83 
2.7.3. Atos que atentam contra os Princípios da Administração Pública ................... 84 
2.8. Estagiário responde por improbidade administrativa? ........................................85 
2.9. O que são os efeitos prodrômicos do ato administrativo? ................................... 86 
2.9.1. Efeito reflexo....................................................................................................... 87 
2.9.2. Efeito preliminar ou prodrômico ........................................................................... 87 
2.10. Incidem juros compensatórios na desapropriação de imóvel improdutivo? ....... 88 
2.11. O que é o "período suspeito" nas desapropriações? ............................................ 90 
2.12. STJ cancela súmula que tratava de juros compensatórios nas ações de 
desapropriação ................................................................................................................... 91 
2.13. Processo Administrativo Disciplinar: Teses ........................................................... 93 
2.14. Servidores Públicos: Teses ..................................................................................... 97 
2.15. O que é relicitação? .............................................................................................. 103 
2.16. Judiciário não pode anular aumento de tarifa telefônica acima da inflação ..... 107 
2.17. O Estado responde por atos de multidões? ......................................................... 107 
2.18. Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos
 112 
2.19. É possível aplicar a Lei de Locações aos contratos de locação de bens públicos?
 113 
3. Direito Penal ..................................................................................................................... 115 
3.1. Cabimento de Habeas Corpus contra o deferimento de medidas protetivas de 
urgência ............................................................................................................................. 115 
3.2. Embaraçar investigação de organização criminosa é crime MATERIAL e pode 
ocorrer no inquérito ou na ação ...................................................................................... 115 
3.3. Furto Privilegiado x Furto Insignificante .............................................................. 116 
3.4. Em que consiste a coautoria imprópria? ............................................................. 116 
3.4.1. Autoria incerta x Autoria desconhecida .......................................................... 117 
3.5. O estagiário pode praticar tergiversação? ........................................................... 119 
3.6. Quando ocorre a consumação do crime de falso testemunho? ......................... 121 
3.7. Lei anticrime x Livramento condicional ............................................................... 123 
3.8. Em que consiste o princípio da fragmentariedade às avessas? .......................... 125 
3.9. O que significa garantismo hiperbólico monocular? ........................................... 127 
3.10. O que é espiritualização do Direito Penal? .......................................................... 129 
3.11. Em que consiste a síndrome de Estocolmo? ........................................................ 130 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
3.11.1. Em que consiste a síndrome de Oslo? ............................................................. 131 
3.12. O que são crimes de plástico? .............................................................................. 133 
3.13. Qual a diferença entre dolo direto de segundo grau e dolo eventual? .............. 134 
3.14. O que é troca de dolo? ......................................................................................... 135 
3.15. Em que consiste o direito à perversão? ............................................................... 135 
3.15.1. Crime progressivo x Progressão criminosa ...................................................... 138 
3.15.2. Progressão criminosa ....................................................................................... 139 
3.15.3. Ante factum impunível x Post factum impunível ............................................ 139 
3.16. A circunstância judicial do comportamento da vítima pode ser valorada em 
desfavor do acusado? ....................................................................................................... 140 
3.17. O que é “homicidium ex-insidiis”? ....................................................................... 142 
3.17.1. O que é homicídio “proditorium”? .................................................................. 142 
3.17.2. Homicídio mercenário ...................................................................................... 143 
3.17.3. O que é o furto por efração? ............................................................................ 143 
3.17.4. O que é abigeato? ............................................................................................. 144 
3.18. O dolo na prática de homicídio se estende ao crime contra segunda vítima 
atingida por erro de pontaria? ......................................................................................... 145 
3.19. O dolo na prática de homicídio se estende ao crime contra segunda vítima 
atingida por erro de pontaria? ......................................................................................... 148 
3.19.1. Erro na execução - Art. 73 do CP ...................................................................... 149 
3.19.2. Resultado único (art. 73, caput, 1° parte) ........................................................ 149 
3.19.3. Resultado DUPLO (art. 73, caput, 2° parte) ..................................................... 150 
3.20. Após 05 anos do cumprimento ou da extinção da pena, a condenação pretérita 
ainda poderá ser utilizada como maus antecedentes? ................................................... 151 
3.21. Reincidência que aumenta pena por posse de drogas para uso próprio é 
específica ........................................................................................................................... 153 
3.22. Tráfico perto de igreja não justifica aumento de pena previsto na Lei de Drogas
 155 
3.23. Confisco alargado de bens. Que negócio é esse? ................................................ 156 
3.24. Advogado pode ser sujeito ativo do crime de favorecimento pessoal? ............. 158 
3.25. No caso de furto de energia elétrica, o pagamento do prejuízo causado pelo 
ilícito impede o prosseguimento da ação penal? ............................................................ 159 
3.26. Há crime de corrupção ativa na conduta do particular que pede ao funcionário 
público para "dar um jeitinho" em alguma questão do seu interesse? ......................... 160 
3.26.1. A corrupção ativa e a corrupção passiva são crimes bilaterais? ..................... 161 
3.27. Crimes contra a dignidade sexual: Teses ............................................................. 162 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
3.28. O agente que falsifica declaração de pobreza para fins de obtenção do benefício 
da justiça gratuita comete algum crime? ......................................................................... 165 
3.29. Qual a diferença entre os crimes de tráfico de influência e exploração de 
prestigio? ........................................................................................................................... 166 
3.30. É possível aplicar o princípio da insignificância ao furto qualificado? ............... 169 
3.31. O que são crimes de plástico? .............................................................................. 171 
3.32. A legislação brasileira que cuida da lavagem de dinheiro é considerada uma lei 
de segunda geração? ........................................................................................................ 172 
4. Direito Processual Penal ...................................................................................................173 
4.1. Em que consiste o arquivamento indireto? ......................................................... 173 
4.2. De quem é a competência para julgar o crime de estelionato praticado mediante 
depósito ou transferência de valores? ............................................................................. 175 
4.3. Compete à Justiça ESTADUAL julgar crime cometido a bordo de balão ............. 178 
4.4. Compete à Justiça Estadual julgar os crimes praticados em áreas ambientais 
classificadas como patrimônio nacional. Certo ou Errado? ............................................ 179 
4.5. Contraditório para a prova x Contraditório sobre a prova ................................. 181 
4.6. Prova (de) fora da terra. O que é isso? ................................................................ 184 
4.7. A suspensão condicional do processo é um direito subjetivo do acusado? ....... 185 
4.8. Qual a diferença entre denúncia alternativa e ação penal secundária? ............ 187 
4.9. O que é Ação Penal Indireta? ............................................................................... 189 
4.10. Qual a natureza jurídica da ação penal na contravenção penal das vias de fato?
 190 
4.11. O acusado tem o direito de estar presente na audiência? ................................. 192 
4.12. Nas ações com foro por prerrogativa de função, qual o marco assentado pelo STF 
para a perpetuação da competência? .............................................................................. 194 
4.13. É cabível prisão preventiva em crime culposo? ................................................... 196 
4.14. A “emendatio libelli” exige que seja assegurada ao réu vista sobre possível 
modificação da classificação jurídica do fato. Certo ou Errado? .................................... 200 
4.14.1. É possível "emendatio libelli" em segundo grau de jurisdição? ..................... 203 
4.15. O que é o efeito prodrômico da sentença penal? ............................................... 204 
4.16. O que se entende por sentenças suicidas? .......................................................... 205 
4.16.1. Sentença autofágica ......................................................................................... 206 
4.16.2. Sentença branca ............................................................................................... 207 
4.16.3. Sentença vazia .................................................................................................. 207 
4.17. Existe reexame necessário no processo penal? .................................................. 208 
4.18. O que é habeas corpus profilático? ..................................................................... 211 
 
 
7 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
4.19. Os dados da agenda telefônica em celular estão abarcados pelo sigilo 
constitucional? .................................................................................................................. 211 
4.20. É possível a "contradita" no processo penal? ..................................................... 214 
4.21. É possível afirmar que o sistema presidencialista de inquirição de testemunhas, 
no âmbito do Processo Penal, foi abolido? Certo ou Errado? ......................................... 215 
4.22. Juízo do local de destino da droga é competente para julgar remessa do exterior 
para o Brasil por via postal ............................................................................................... 219 
4.23. É possível o ingresso de policias na residência sem mandado judicial? ............. 220 
4.24. O que se entende por testemunhas abonatórias? .............................................. 222 
4.25. O STJ é competente para julgar crime praticado por Governador no exercício do 
mandato, ainda que o agente tenha deixado o cargo e retornado, posteriormente, por 
força de nova eleição. Certo ou Errado? .......................................................................... 223 
4.26. O que se entende por interrogatório sub-reptício? ............................................ 224 
4.27. O que é a chamada testemunha fedatária? ........................................................ 225 
5. Direito Civil ........................................................................................................................ 227 
5.1. O que são bens ereptícios? .................................................................................. 227 
5.2. Em que consiste a desconsideração inversa da personalidade jurídica? ........... 228 
5.2.1. Em que consiste a desconsideração expansiva da personalidade jurídica? ... 229 
5.4. A coação física não torna o negócio jurídico nulo. Certo ou Errado? ................. 232 
5.5. Há previsão sobre a conversão do negócio jurídico nulo? .................................. 234 
5.5.1. Conversão substancial ...................................................................................... 236 
5.5.2. Ratificação ......................................................................................................... 237 
5.5.3. Redução ............................................................................................................ 237 
5.6. Em quais hipóteses o negócio jurídico imobiliário superior a 30 salários mínimos 
é válido ainda que celebrado por escritura particular? .................................................. 237 
5.7. Em que consiste a Teoria Dualista da Obrigação? ............................................... 240 
5.8. O que é cláusula de preempção ou prelação contratual? ................................... 243 
5.9. O fiador possui legitimidade para propor ação de revisão do contrato principal?
 245 
5.10. A resilição bilateral de determinado contrato equivale ao distrato desse pacto?
 246 
5.10.1. Resilição ............................................................................................................ 246 
5.11. O que é um contrato bilateral imperfeito? .......................................................... 248 
5.12. Em que consiste o “duty to mitigate the loss”? .................................................. 249 
5.13. O que é "tu quoque"? ........................................................................................... 252 
5.14. O que é “supressio” e “surrectio”? ...................................................................... 254 
 
 
8 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
5.15. O que é "exceptio doli"? ...................................................................................... 258 
5.16. O que é "Nachfrist"? ............................................................................................. 259 
5.17. O que se entende por pacto marciano? ............................................................... 260 
5.18. É possível contrato unilateral oneroso? .............................................................. 262 
5.19. É possível comodato de bem fungível?................................................................ 264 
5.20. O que é doação manual? ...................................................................................... 266 
5.21. É válida a doação realizada por meio de procurador, ainda que o instrumento 
procuratório concedido pelo proprietário não mencione o donatário. Certo ou Errado?
 267 
5.22. Quais os requisitos da usucapião indígena? ........................................................ 268 
5.23. Mesmo preso, alimentante não fica isento de pagar pensão para filho menor 269 
5.24. Em que consiste a guarda por nidação? .............................................................. 270 
5.24.1. Guarda do mochileiro ....................................................................................... 271 
5.24.2. Guarda unilateral ou exclusiva ......................................................................... 271 
5.24.3. Guarda alternada ..............................................................................................271 
5.24.4. Guarda Compartilhada ..................................................................................... 272 
5.25. O que é família anaparental? ............................................................................... 273 
5.25.1. Família mosaico ou pluriparental .................................................................... 273 
5.25.2. Família eudemonista ........................................................................................ 275 
5.25.3. Família monoparental ...................................................................................... 275 
5.25.4. Família unipessoal ............................................................................................ 276 
5.25.5. Família paralela................................................................................................. 276 
5.25.6. Família socioafetiva .......................................................................................... 277 
5.26. Havendo escritura pública de reconhecimento de união estável, pode um dos 
conviventes prestar fiança sem a autorização do outro? ............................................... 278 
5.27.1. Guarda Compartilhada x Guarda Alternada .................................................... 280 
5.28. É possível que o espólio responda por débitos alimentares do falecido?.......... 281 
5.29. Qual é o regime de bens adotado no casamento entre maiores de 70 anos? ... 283 
5.30. Sucessão híbrida. Que negócio é esse? ................................................................ 285 
5.31. O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação de indignidade (art 
1814, CC)? .......................................................................................................................... 289 
5.32. O que se entende por inferno de severidade? .................................................... 292 
5.34. O que são danos sociais? ...................................................................................... 295 
5.35. Nos procedimentos cirúrgicos estéticos, a responsabilidade do médico é 
subjetiva com presunção de culpa? ................................................................................. 299 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
5.35.1. O médico-cirurgião responde solidariamente por erro médico cometido 
exclusivamente pelo anestesista? ................................................................................. 300 
5.36. Aplica-se a teoria da perda de uma chance no caso de candidato a vereador que 
deixa de ser eleito por reduzida diferença de oito votos após ser atingido por notícia 
falsa publicada em jornal? ................................................................................................ 301 
5.36.1. Advogado que perde o prazo ........................................................................... 302 
5.37. Admite-se a inserção de cláusula de não indenizar? .......................................... 303 
5.39. Em que consiste a teoria do corpo neutro? ......................................................... 307 
5.41. O que se entende por curatela prorrogada? ....................................................... 310 
5.42. Tomada de Decisão Apoiada. Que negócio é esse? ............................................ 311 
6. Direito Processual Civil ..................................................................................................... 314 
6.1. É obrigação do Estado custear o exame de DNA em favor dos beneficiários da 
justiça gratuita. Certo ou Errado? .................................................................................... 314 
6.2. É possível o Poder Judiciário se pronunciar sobre validade de cláusula 
compromissória arbitral antes de haver pronunciamento do árbitro? .......................... 315 
6.3. Qual a teoria adotada para a causa de pedir? ..................................................... 317 
6.4. O prazo de informações em MS é contado em dias corridos? ............................ 317 
6.5. Em que consiste o duplo grau de jurisdição invertido? ...................................... 319 
6.6. O que é motivação per relationem? É admitida pelo STJ? .................................. 320 
6.7. Em que consiste a proibição de a redistribuição implicar prova diabólica reversa?
 322 
6.8. O Código de Processo Civil de 2015 manteve o sistema de reperguntas no 
tocante à prova testemunhal? ......................................................................................... 324 
6.9. Aplica-se a teoria da encampação no habeas data? ........................................... 325 
6.10. Com a entrada em vigor do NCPC, pode-se afirmar que todos os prazos 
processuais passam a ser contados em dias úteis? ......................................................... 329 
6.11. “Contempt of court”. Que negócio é esse? .......................................................... 332 
6.12. O CPC adotou expressamente a teoria materialista da conexão? ...................... 334 
6.13. Cabe à Justiça Comum julgar ações contra concurso público realizado por 
empresas estatais ............................................................................................................. 336 
6.14. O que é litisconsórcio recusável? ......................................................................... 337 
6.15. Em que consiste a "nulidade de algibeira"? ........................................................ 338 
6.16. No mandado de segurança, se o impetrante morre, os seus herdeiros podem se 
habilitar para continuar o processo (sucessão processual)? ........................................... 339 
6.17. Em que consiste a "regra ou teoria da gangorra"? ............................................. 340 
6.18. As tutelas de evidência constantes do rol do art. 311 são "numerus clausus". 
Certo ou Errado? ............................................................................................................... 342 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
6.19. Subsiste no direito vigente o direito de preferência em relação ao tombamento?
 343 
6.20. Em que consiste a decisão determinativa?.......................................................... 344 
6.21. Diferencie coisa julgada de coisa soberanamente julgada. ................................ 344 
6.22. Haverá reexame necessário no caso de apelação parcial da Fazenda Pública? . 345 
6.23. O que são súmulas zumbis? ................................................................................. 347 
6.24. O CPC/2015 aderiu à tese da intempestividade do recurso prematuro? ........... 349 
6.25. O que se entende por recurso adesivo cruzado? ................................................ 350 
6.26. É cabível agravo de instrumento contra toda decisão interlocutória em 
recuperação ou falência. Certo ou Errado? ..................................................................... 352 
6.27. Cabe ampliação do colegiado em julgamento não unânime de apelação em 
mandado de segurança? ................................................................................................... 354 
6.28. É cabível a restituição de verba alimentar percebida em função da execução de 
tutela provisória posteriormente revogada? .................................................................. 358 
6.29. É cabível ação monitória em face de incapaz? .................................................... 359 
7. Direito do Consumidor ..................................................................................................... 362 
7.1. Não se aplica o CDC para as discussões envolvendo o DPVAT ........................... 362 
7.2. Publicidade............................................................................................................ 362 
7.3. Em que consiste a "cláusula de decaimento"? .................................................... 363 
7.4. Dano moral a passageiro de voointernacional não se submete à Convenção de 
Montreal ........................................................................................................................... 366 
7.5. Plano de saúde: Teses .......................................................................................... 368 
7.6. Atropelamento por ônibus é acidente de consumo mesmo não havendo vítimas 
entre os passageiros ......................................................................................................... 372 
7.7. Qual a diferença entre caso fortuito externo e interno? .................................... 376 
8. Direito Tributário .............................................................................................................. 379 
8.1. A pessoa jurídica possui interesse recursal em interpor medida contra decisão 
que determinou o redirecionamento da execução fiscal em face dos sócios? .............. 379 
8.2. A revogação de benefício fiscal deverá obedecer ao princípio da anterioridade 
tributária? ......................................................................................................................... 379 
8.3. O que é Elisão Fiscal? ............................................................................................ 380 
8.3.1. Elisão fiscal ........................................................................................................ 380 
8.3.2. Evasão tributária ............................................................................................... 381 
8.3.3. Elusão fiscal, elisão ilícita ou elisão ineficaz .................................................... 381 
8.4. É constitucional a lei que estabeleça alíquotas progressivas para o ITBI? ......... 382 
8.5. O direito brasileiro admite o fenômeno da bitributação? .................................. 384 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
9. Direito Ambiental ............................................................................................................. 388 
9.1. O que é o princípio do protetor-recebedor? ....................................................... 388 
9.2. Princípio do Poluidor-Pagador x Princípio do Usuário-Pagador ......................... 389 
9.3. Na seara ambiental, em que consiste o princípio do não retrocesso ou da 
proibição do retrocesso? .................................................................................................. 390 
9.4. O princípio da participação da população na proteção do meio ambiente está 
previsto na Constituição Federal e na ECO-92. Certo ou Errado? ................................... 391 
9.5. O que é o compartilhamento da compensação ambiental? ............................... 393 
9.6. O crime de poluição tem natureza permanente? ................................................ 394 
9.7. O que se entende por fenômeno do “esverdeamento do Direito”? .................. 396 
9.8. O STJ entende que a responsabilidade ambiental do Estado, nos casos de 
condutas omissivas, é subjetiva, demandando análise de culpa ou dolo. Certo ou 
Errado? .............................................................................................................................. 398 
10. Direito Processual Coletivo ............................................................................................ 400 
10.1. O que é ação coletiva híbrida? ............................................................................. 400 
10.2. Ministério Público tem legitimidade para a execução residual, mas não para a 
execução coletiva .............................................................................................................. 402 
11. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 405 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
Material atualizado em 27/02/20221 
 
1. Direito Constitucional 
 
1.1. Preâmbulo 
 
O Preâmbulo não tem caráter normativo, mas interpretativo. 
 
Segundo o STF, o preâmbulo se situa somente no âmbito da 
política, transparecendo a ideologia do constituinte. O STF 
adota, assim, a Teoria da Irrelevância Jurídica e inadmite o 
ajuizamento de ações de controle de constitucionalidade cujo 
parâmetro seja o texto preambular da CF, já que não é 
considerado norma constitucional. 
 
Em suma: 
 
- As disposições do Preâmbulo não são de reprodução 
obrigatória pelas Constituições Estaduais; 
 
- O Preâmbulo não dispõe de força normativa, não tendo 
caráter vinculante; 
 
- O Preâmbulo não é norma constitucional; 
 
- Existem mais duas teorias sobre a natureza jurídica do 
preâmbulo: Teoria da Plena Eficácia (tem a mesma eficácia das 
demais normas constitucionais) e Teoria da Relevância 
Jurídica Indireta (tem natureza jurídica, mas difere das demais 
normas constitucionais), não adotadas, no entanto, pelo STF. 
 
 
 
 
 
1 O material será constantemente atualizado e aperfeiçoado conforme as postagens realizadas na página 
do instagram @partiuconcurseiro. As críticas, sugestões e equívocos eventualmente identificados 
poderão ser comunicados por meio do instagram, com a indicação da página e o título da matéria. 
 
 
13 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
1.2. Normas originárias x Normas Derivadas 
 
Acerca das normas originárias e derivadas da Constituição 
Federal: 
A) Não existe hierarquia entre normas constitucionais 
originárias. Não importa o conteúdo da norma. Todas as 
normas constitucionais originárias têm o mesmo status 
hierárquico. Ex.: as normas definidoras de direitos e 
garantias fundamentais têm a mesma hierarquia do 
ADCT. 
 
B) Não existe hierarquia entre normas constitucionais 
originárias e normas constitucionais derivadas. Todas 
elas se situam no mesmo patamar. Há, porém, 
uma importante diferença entre elas: as normas 
constitucionais originárias não podem ser declaradas 
inconstitucionais. Já as emendas constitucionais (normas 
constitucionais derivadas) poderão ser objeto de controle 
de constitucionalidade. 
 
C) Os tratados de direitos humanos, ao serem aprovados 
pelo rito especial, ingressam no chamado “bloco de 
constitucionalidade”. Em virtude da matéria de que tratam 
(direitos humanos), esses tratados estão gravados por 
cláusula pétrea e, portanto, imunes à denúncia pelo 
Estado brasileiro. 
 
D) Segundo o Prof. Valério Mazzuoli, a EC nº 45/2004 
trouxe ao Brasil um novo tipo de controle da produção 
normativa doméstica: o controle de convencionalidade 
das leis. Assim, as leis internas estariam sujeitas a um 
duplo processo de compatibilização vertical, devendo 
obedecer aos comandos previstos na CF e, ainda, aos 
previstos em tratados internacionais de direitos humanos 
regularmente incorporados ao ordenamento jurídico 
brasileiro. 
 
 
14 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 
1.3. Existe cláusula pétrea no ADCT? 
 
A princípio, deve-se destacar que já houve diversas emendas 
ao ADCT (originalmente, ele foi promulgado com 70 artigos, 
contendo, atualmente, 114). Porém, poderiam, de fato, as 
normas do ADCT ter sofrido alterações (modificações ou 
acréscimos) por emenda? 
 
De acordo com o posicionamento da doutrina (v.g. Pedro 
Lenza), se a norma de transição já tiver se exaurido, nesse 
caso específico, não pode o Constituinte reformador modificar 
o sentido da transição já concretizado, conforme estabelecido 
pelo poder constituinte originário, uma vez que a norma de 
transição está esgotada. 
 
Por outro lado, se o comando de transição não se tiver 
realizado e a disposição produzido os seus efeitos, é 
perfeitamente possível a sua alteração, desde que sejam 
observados os princípios intangíveis e os limites ao poder de 
reforma, explícitos e implícitos, previstos na ConstituiçãoFederal. 
 
A título de exemplo, a EC n. 2/92, que antecipou a data do 
plebiscito de que trata o art. 2.º do ADCT, do dia 07.09.1993 
para o dia 21.04.1993, foi considerada constitucional pelo 
STF. 
 
A partir desse julgamento, o STF passou a admitir, 
explicitamente, a alteração de disposições do ADCT por 
emenda desde que fossem respeitados os limites ao poder de 
reforma. Em seu voto, o Min. Moreira Alves, Relator, 
reconhecendo o caráter constitucional das normas do ADCT, 
não admitiu qualquer natureza de imutabilidade em razão de 
sua transitoriedade, reconhecendo-se, nesses termos, a 
possibilidade de reforma, desde que observados os limites ao 
poder de reforma: 
 
 
15 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 
“(...) a transitoriedade em si mesma não torna 
incompossível a alteração de norma constitucional dessa 
natureza. Com efeito, se é possível alterar-se, por 
emenda, a regra da parte permanente para estender-se a 
todos, e sem limitações, o que a exceção transitória 
outorgava a alguns com limitações; se é possível criar-se 
exceção permanente à regra também permanente; 
é absolutamente ilógico pretender-se que a exceção 
transitória, por causa da sua transitoriedade, seja 
imutável, inclusive para restringir-se ou dilargar-se o 
período da transitoriedade” (ADI 829, Rel. Min. Moreira 
Alves, j. 14.04.1993, Plenário, DJ de 16.09.1994). 
 
Existe cláusula pétrea no ADCT? 
SIM. Existe um direito fundamental estabelecido no art. 68 do 
ADCT, que reconhece, aos remanescentes das comunidades 
dos quilombos que estejam ocupando suas terras, a 
propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos 
respectivos. Tal dispositivo não pode ser subtraído por meio 
de reforma (emenda constitucional) por violar o limite material 
da cláusula pétrea contida no art. 60, § 4.º, IV, da Constituição 
Federal. 
 
Assim, neste caso, pode-se reconhecer que o constituinte 
originário quis investir beneficiários certos em direitos 
determinados, que, se o constituinte de reforma lhes 
subtraísse ou diminuísse a vantagem, estaria perpetrando, 
senão um ataque à cláusula pétrea da segurança jurídica ou 
do direito adquirido, certamente que uma fraude 
ao constituinte originário. 
 
1.4. O que são "pontes do tempo" na Constituição? 
 
Trata-se de expressão usada por Peter Häberle para se referir 
ao preâmbulo da Constituição. Para ele, o preâmbulo de uma 
constituição é uma "ponte no tempo", porque exterioriza as 
 
 
16 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
intenções e as influências do poder constituinte originário e 
desempenha um mecanismo que recorda ao poder constituinte 
derivado as "origens" da Constituição. 
 
O Preâmbulo, segundo Peter Häberle, é uma "profissão de fé" 
de uma verdadeira "religião civil" da comunidade política, cujo 
conteúdo revela as posturas valorativas, os altos ideais, 
convicções, motivos, em suma, a imagem refletida do próprio 
legislador constituinte. 
 
Ademais, Peter Häberle explica que o Preâmbulo exerce a 
função de "ponte do tempo", recordando (ou negando) o 
passado, demonstrando o presente e perspectivando o futuro, 
revelando a necessidade dos elementos de identidade que 
integrem a comunidade política, ao estabelecer vínculos de 
comprometimento entre as pessoas com a coletividade da qual 
faz parte. 
 
Nessa função de "ponte do tempo", continua Peter Häberle, o 
Preâmbulo expressa desejos e esperanças, contendo um 
excesso "concreto-utópico", um "esboço do futuro", 
introduzindo um pedaço da tensão entre "desejo" e "realidade" 
na Constituição (e na política). 
 
Os textos constitucionais são repletos de promessas. Algumas 
facilmente exequíveis. Outras que somente se tornarão 
realidade se houver uma mudança radical no caráter das 
pessoas e nos costumes da sociedade, assim como no 
crescimento econômico, que resultará de um "sentimento 
constitucional" que implicará no respeito às normas 
constitucionais (e jurídicas de um modo geral) por parte dos 
cidadãos (governantes e governados). 
 
No Preâmbulo, assim como nos demais dispositivos 
constitucionais, vê-se claramente a manifestação do "querer" 
normativo-constitucional e os desafios que a realidade impõe 
inexoravelmente. 
 
 
17 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 
Os Preâmbulos, como todas as normas, são "catálogos de 
expectativas" que podem causar enormes frustrações ou 
imensa felicidade. Isso porque, além das condutas humanas, 
há fatores externos que independem da vontade (ou do agir) 
humana, ou que exigem mais do que simples boa vontade. 
Além de bondade, é preciso viabilidade material para 
concretizar todas as promessas exaladas no texto 
constitucional. 
 
1.5. O que é a teoria dos quatro status de Jellinek? 
 
A teoria dos quatro status foi desenvolvida por Georg Jellinek, 
famoso jurista e filósofo do direito que viveu a maior parte de 
sua vida na segunda metade do século XIX. Segundo essa 
teoria, são quatro os possíveis status do indivíduo na sua 
relação com o Estado: 
 
1.5.1. Status Passivo (status subjectionis): 
 
O status passivo é aquele em que o indivíduo encontra-se 
em posição de SUBORDINAÇÃO com relação aos poderes 
públicos. Dessa forma, o Estado tem competência para 
vincular o indivíduo, através de mandamentos e proibições. 
 
1.5.2. Status Ativo (status activus civitates): 
 
O status ativo, por sua vez, representa o poder do indivíduo 
de interferir na FORMAÇÃO da VONTADE do ESTADO. 
Consiste no conjunto de prerrogativas e faculdades que o 
indivíduo possui para participar da formação da vontade do 
Estado, refletindo no exercício de direitos políticos, 
principalmente através do voto, e no direito de aceder aos 
cargos em órgãos públicos. 
 
 
 
18 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
1.5.3. Status Negativo (status libertatis): 
 
O status negativo representa o espaço que o indivíduo tem 
para agir livre da atuação do Estado, podendo 
autodeterminar-se sem ingerência estatal. O estado tem um 
dever de abstenção, de não interferir na vontade do 
indivíduo. 
 
1.5.4. Status Positivo (status civitates): 
 
O status positivo consiste na possibilidade de o indivíduo 
exigir atuações positivas do Estado em seu favor, como por 
exemplo as políticas públicas prestadas pelo Estado. 
 
Em suma: 
 
A) Status passivo: O indivíduo se subordina ao estado, por 
meio de ordens e proibições; 
 
B) Status ativo: É o direito que o particular tem de participar 
da vontade política do estado. Ex.: votar e ser votado. 
 
C) Status negativo: O estado tem um dever de abstenção, 
de não interferir na vontade do indivíduo; 
 
D) status positivo: O indivíduo pode exigir que o estado 
atue em seu favor como forma de satisfazer suas 
necessidades. 
 
Status activus processualis: 
 
Segundo André de Carvalho Ramos, na doutrina alemã, Peter 
Häberle defendeu a ampliação do status ativo, para que se 
transformasse em um status activus processualis, no qual o 
indivíduo possui o direito à participação no procedimento da 
tomada de decisão por parte do Poder Público. Não se trata 
somente de se manifestar, mas especialmente no direito de 
 
 
19 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
influenciar e ter sua posição levada em consideração na 
adoção de determinada decisão, inclusive a dos Tribunais 
Constitucionais. O status activus processualis é visto, por 
exemplo, na adoção do amicus curiae e da audiência 
pública no processo do controle abstrato de 
constitucionalidade no Brasil (Leis n. 9.868/99 e 9.862/99)". 
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos. São 
Paulo: Saraiva, 2015, p. 55. 
 
Gilmar Mendes já utilizou a teoria de Jellinek em voto no RE 
598099/MS, considerando que a acessibilidade aos cargos 
públicos é uma das facetas do status ativo: 
 
“Nesses termos, a acessibilidade aos cargos públicosconstitui um direito fundamental expressivo da cidadania, 
como bem observou a Ministra Cármen Lúcia na referida 
obra. Esse direito representa, dessa forma, uma das 
faces mais importantes do status activus dos cidadãos, 
conforme a conhecida “teoria dos status” de Jellinek”. 
 
Ano: 2011 Banca: TRT 23 R (MT) Órgão: TRT - 23ª REGIÃO 
(MT) Prova: Juiz do Trabalho 
O grande publicista alemão Georg Jellinek, na sua obra 
"Sistema dos Direitos Subjetivos Públicos" (Syzstem der 
subjetktiv öffentlichen), formulou concepção original, muito 
citada pela doutrina brasileira no estudo da teoria dos direitos 
fundamentais, segundo a qual o individuo, como vinculado a 
determinado Estado, encontra sua posição relativamente a 
este cunhada por quatro espécies de situações juridicas 
(status), seja como sujeito de deveres, seja como titular de 
direitos. Assinale qual das alternativas abaixo contém um 
item que NÃO corresponde a um dos quatro status da teoria 
de Jellinek: 
 a) status passivo (status subjectionis). 
 b) status negativus. 
 
 
20 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 c) status civitatis. 
 d) status socialis. 
 e) status activus. 
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: SEPLAG-MG Prova: 
Direito 
Consoante a teoria dos status dos direitos fundamentais, de 
autoria de Jellinek, o direito à saúde, tal como previsto na 
Constituição Federal, é considerado fundamental de status: 
 a) ativo. 
 b) negativo. 
 c) passivo. 
 d) positivo. 
Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: 
Procurador do Estado 
De acordo com a teoria dos quatro status de Jellinek, o status 
negativo consiste na posição de subordinação do indivíduo 
aos poderes públicos, como detentor de deveres para com o 
Estado. Assim, o Estado tem competência para vincular o 
indivíduo, por meio de mandamentos e proibições. 
 
Gabarito: 1) D 2) D 3) Errado. 
 
1.6. O que se entende por "atalhamento 
constitucional"? 
 
O Princípio da Proibição do “Atalhamento Constitucional” e do 
“Desvio do Poder Constituinte”, nada mais é do que a vedação 
de qualquer mecanismo que busque suavizar, abreviar, 
dificultar ou impedir os efeitos dos princípios constitucionais., 
 
 
 
21 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
Esse princípio, de origem alemã, foi aplicado no caso em que, 
visando burlar o princípio da anualidade previsto no art. 16 da 
Constituição Federal (que estabelece que a lei que alterar o 
processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, 
não se aplicando à eleição que ocorra em até um ano da data 
de sua vigência), foi editada a Emenda Constitucional 52/2006 
(que acabava com a obrigatoriedade da verticalização das 
coligações partidárias) com efeitos retroativos, dizendo que 
tinha aplicação nas eleições já ocorridas em 2002. 
 
Ou seja, visando burlar o princípio da anualidade do processo 
eleitoral, editou-‐se uma regra supostamente direcionada às 
eleições de 2002 (já ocorridas) para que pudesse ser aplicada 
nas eleições de 2006. Haveria desvio de poder ou finalidade 
pela utilização de meio aparentemente legal com o objetivo de 
atingir fim ilícito (Nesse sentido: STF, ADI 3.685, j. 22/03/2006). 
 
Ano: 2011 Banca: TRT 23R (MT) Órgão: TRT - 23ª REGIÃO 
(MT) Prova: Juiz do Trabalho 
 
O chamado desvio do poder constituinte ou atalhamento da 
Constituição, tema já enfrentado pelo Supremo Tribunal 
Federal em seus julgamentos, consiste na tentativa da 
utilização de um artificio que busque suavizar, abreviar, 
dificultar ou impedir a ampla produção de efeitos dos 
princípios constitucionais, especialmente por meio do 
exercício do poder constituinte reformador. 
 
Gabarito: Certo. 
 
1.7. A Constituição Federal de 1934 estabelecia o 
bicameralismo imperfeito? 
 
 
 
22 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
O Poder Legislativo na Constituição Federal de 1934 era 
exercido pela Câmara dos Deputados, com mera colaboração 
do Senado Federal, isto é, havia uma preponderância na 
atuação da Câmara sobre o Senado. Este limitava-se a 
estabelecer matérias relacionadas à estrutura da Federação. 
Diante desse desequilíbrio entre a atuação das Casas 
Legislativas, que não apresentavam funções básicas idênticas 
e harmônicas como ocorre no cenário atual, consolidou-se que 
a CF/1934 instituiu um chamado “bicameralismo imperfeito” 
ante a preponderância da Câmara sobre o Senado, 
considerado mero órgão colaborador desta. 
 
Assim, a Constituição de 1934 diminuiu a importância do 
Senado, inserindo no capítulo Da Ordenação dos Poderes e 
não naquele que introduz o Poder Legislativo, deixando ao 
Senado a tarefa de “órgão de equilíbrio do sistema federativo”. 
Introduz os conceitos de bicameralismo desigual ou imperfeito 
ou unicameralismo imperfeito, ideia que defende, em 
contrapartida ao bicameralismo perfeito. Discorre ainda sobre 
a formação das leis, explicando seu componente ideológico, 
representado pelos detentores do poder. 
 
De acordo com Bernardo Gonçalves, "o Legislativo foi muito 
modificado, pois o bicameralismo foi nitidamente relativizado. 
Nesses termos, o art. 22 rezou que o Poder Legislativo seria 
composto pela Câmara dos Deputados com a colaboração do 
Senado Federal. Cada Legislatura teria a duração de 4 anos. 
Com isso, resta que o Senado deixou de ser um órgão 
legislativo e o nosso Poder Legislativo se tornou unicameral. 
Ou seja, o exercício do poder (em regra) estava afeto apenas à 
Câmara dos Deputados e o Senado seria um órgão apenas de 
colaboração." (Fernandes, Bernardo Gonçalves, Curso de 
Direito Constitucional). 
 
 
 
23 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
1.8. O voto feminino no Brasil foi expressamente 
previsto pela primeira vez na Constituição de 
1946. Certo ou Errado? 
 
Errado. O voto feminino foi adotado no Brasil em 1932, através 
do Decreto n. 21.076 instituído no Código Eleitoral e 
consolidado na Constituição de 1934. O movimento pelo 
sufrágio feminino foi um movimento social, político e econômico 
de reforma, com o objetivo de estender o sufrágio (o direito de 
votar) às mulheres. Participaram do sufrágio feminino, 
mulheres ou homens, denominados sufragistas. A Nova 
Zelândia, em 1893, foi o primeiro país a garantir o sufrágio 
feminino. 
 
Em suma: 
 
Voto feminino: Código Eleitoral provisório de 1932; 
 
1.ª previsão constitucional como voto 
facultativo: 1934; 
 
1.ª previsão constitucional como voto obrigatório: 
1946. 
 
CF 1934. Art 109 - O alistamento e o voto são obrigatórios 
para os homens e para as mulheres, quando estas 
exerçam função pública remunerada, sob as sanções e 
salvas as exceções que a lei determinar. 
 
Código eleitoral - 1932. Art. 121. Os homens maiores de 
sessenta anos e as mulheres em qualquer idade podem 
isentar-se de qualquer obrigação ou serviço de natureza 
eleitoral. 
 
CF 1946. Art 133 - O alistamento e o voto são obrigatórios 
para os brasileiros de ambos os sexos, salvo as exceções 
previstas em lei. 
 
 
24 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 
Ano: 2011 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP 
- 2011 - TJ-RJ - Juiz 
Na evolução político constitucional brasileira, o voto feminino 
no Brasil foi expressamente previsto pela primeira vez num 
texto constitucional na Constituição de 
A) 1891. 
B) 1934 
C) 1937. 
D) 1946. 
Gabarito: B. 
 
1.9. Diferencie as seguintes classificações de 
Constituição: Suave, Plástica, em Branco e 
Expansiva. 
 
1.9.1. Constituição Suave 
 
Precursor: Gustavo Zagrebelsky. 
 
Também chamada de Constituição dúctil, essa classificação 
busca não trabalhar com uma dogmática rígida. É aquela 
que, numa sociedade extremamente diversificada e 
fragmentada por interesses plurais, não prevê um único 
modo de vida e o estabelece como parâmetro exclusivo a 
ser seguido por seus cidadãos. 
 
Nesses termos, o adjetivo suave (ou leve) é utilizado com o 
objetivo deque a Constituição acompanhe a 
descentralização do Estado e, com isso, seja um espelho 
que reflita o pluralismo ideológico, moral, político e 
econômico existente nas sociedades. Ou seja, uma 
Constituição aberta (que permita a espontaneidade da vida 
social) que acompanhe o desenvolvimento de uma 
sociedade pluralista e democrática. 
 
 
25 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 
1.9.2. Constituição plástica 
 
Para Pinto Ferreira, é sinônimo de Constituição Flexível. 
Para os demais, confere ao texto constitucional certa 
maleabilidade, que o permite acompanhar as oscilações 
típicas da realidade fática. Segundo Pedro Lenza, em um 
sentido definido por Pinto Ferreira, Constituição Plástica é, 
quanto à alterabilidade, a Constituição flexível, ou seja, que 
possui de regras de mudança igual aos da legislação 
infraconstitucional. Em outro sentido, Raul Machado Horta 
considera a Constituição brasileira de 1988 plástica, na 
medida em que permite o preenchimento das regras 
constitucionais pelo legislador infraconstitucional. 
 
1.9.3. Constituição em branco 
 
Precursor: Siegenthaler. 
 
É aquela que não consagra limitações explícitas ao poder 
de reforma constitucional. O processo de sua mudança 
subordina à discricionariedade dos órgãos revisores, que, 
por si próprios, ficam encarregados de estabelecer as 
regras para a propositura de emendas ou revisões 
constitucionais.. As alterações no texto são viáveis. A 
reforma, se for feita, subordinar-se-á ao regramento imposto 
pelo órgão revisor, que estipulará as regras formais e os 
obstáculos de conteúdo que deverão ser observados 
quando da reestruturação do documento. A doutrina cita as 
Constituições francesas de 1799 e de 1814 como 
exemplares de Constituições em branco. 
 
1.9.4. Constituição expansiva 
 
Precursor: Raul Machado Horta. 
 
Com a pretensão de dar conta de textos constitucionais que, 
comparativamente aos anteriores que regiam a vida 
daquele mesmo Estado, têm seu conteúdo ampliado. Na 
evolução constitucional de um Estado, é comum que uma 
nova Constituição, ao ser promulgada, traga novos temas e 
amplie o tratamento de outros, que já estavam no texto 
 
 
26 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
constitucional anterior. Essas constituições são 
consideradas expansivas, como é o caso da Constituição 
Federal de 1988 que, além de trazer à luz vários novos 
temas, ampliou substancialmente o tratamento dos direitos 
fundamentais. 
 
1.10. Em que consiste a classificação Ontológica de 
Karl Loewenstein? 
 
Dentre as classificações das Constituições, tem especial 
destaque e importância para as provas de concursos públicos 
a classificação feita por Karl Löewenstein que, na década de 50 
do século XX, desenvolveu a chamada Teoria Ontológica da 
Constituição com o intuito de estudar o verdadeiro “ser” das 
Constituições, ou seja, a sua essência. Trata-se de uma 
classificação que não fica presa ao que diz o texto da 
constituição, mas busca analisar a sua relação com a realidade 
social. 
 
Com isso, o autor propõe a seguinte classificação: 
 
a) Constituições Normativas: Nestas constituições, há 
uma adequação entre o texto constitucional e a realidade 
social, ou seja, a constituição cumpre efetivamente o seu 
papel, vinculando todos os processos de poder, na 
medida em que os detentores e destinatários do poder a 
seguem e a respeitam. Trata-se de uma constituição na 
qual o processo de poder se adapta e se submete às suas 
normas. Exemplos: Constituição Americana de 1787; 
Constituição Alemã de 1949; Constituição francesa de 
1958, entre outras. 
 
b) Constituições Nominais: Aqui, não há adequação do 
texto constitucional (conteúdo normativo) e a realidade 
social. Na verdade, os processos de poder é que 
conduzem a constituição, e não o contrário (a constituição 
não conduz os processos de poder). Não há simbiose do 
texto constitucional com a realidade social, o que ocorre 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
é um descompasso do texto com a realidade social 
(econômica, política, educacional, jurisprudencial etc.). 
Suas normas são dotadas de eficácia jurídica, mas não 
tem realidade existencial, pois a dinâmica do processo 
político não se adapta às suas normas. Exemplos: as 
Constituições brasileiras de 1934, 1946 e 1988. 
 
c) Constituições Semânticas: São aquelas que, no 
dizer de Bernardo Gonçalves Fernandes, traem o 
conceito de constituição, pois dão legitimidade a práticas 
autoritárias de poder em vez de limitar o poder. São 
utilizadas pelos dirigentes do Estado para garantir sua 
permanência no poder, havendo um desvirtuamento da 
finalidade constitucional: Em vez de a Constituição limitar 
a ação dos Governantes em benefício dos indivíduos, seu 
verdadeiro fim, seria utilizada por estes para a 
manutenção do próprio poder. Exemplos: Constituições 
brasileiras de 1937 (A polaca de Getúlio Vargas), 1967 e 
1969 (do governo militar). 
 
Constituição Federal de 1988 
 
Para a maioria dos autores, a Constituição Brasileira de 1988 
classifica-se como nominal ou, no dizer de Pedro Lenza, como 
uma constituição que se pretende normativa. Trata-se de uma 
constituição que se encontra em processo de evolução, mas 
que ainda não tem uma plena adequação entre o seu texto e a 
realidade social do país. 
 
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRE-SE Prova: FCC - 2015 
- TRE-SE - Analista Judiciário - Área Judiciária 
Provavelmente, a decisão política que conduziu à 
promulgação da constituição, ou desse tipo de constituição, 
foi prematura. A esperança, contudo, persiste, dada a boa 
vontade dos detentores e destinatários do poder, de que tarde 
ou cedo a realidade do processo do poder corresponderá ao 
modelo estabelecido na constituição.O trecho acima, retirado 
 
 
28 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
da obra de um importante constitucionalista do século XX, 
corresponde à descrição de uma constituição 
a) normativa. 
b) balanço. 
c) semântica. 
d) nominal. 
e) analítica. 
 
Gabarito: D. 
 
1.11. Diferencie Constitucionalização-inclusão e 
constitucionalização releitura 
 
De acordo com Daniel Sarmento e Cláudio Pereira de Souza 
Neto, o fenômeno da constitucionalização do direito se bifurca 
em duas vertentes de compreensão, quais sejam, a 
constitucionalização-inclusão e a constitucionalização releitura. 
 
a) A chamada constitucionalização-inclusão consiste no 
tratamento pela Constituição de temas que antes eram 
disciplinados pela legislação ordinária ou mesmo ignorados. 
Exemplo: a tutela constitucional do meio ambiente e do 
consumidor. Essa inflação de assuntos no texto constitucional, 
marca das constituições analíticas, faz com que qualquer 
disciplina jurídica, ainda que dotada de autonomia científica, 
encontre um ponto de contato com a Constituição, cuja 
onipresença foi cunhada pela doutrina de ubiquidade 
constitucional. 
 
Em suma 
 
 
 
29 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
A Constitucionalização inclusão diz respeito ao acréscimo 
de temas de outros ramos na constituição, por exemplo, 
temas sobre propriedade, função social da propriedade, 
família, isto é, temas que seriam do direito civil e 
empresarial que foram incluídos no texto constitucional. 
 
b) A constitucionalização releitura traduz a impregnação de 
todo o ordenamento pelos valores constitucionais. Neste caso, 
os institutos, conceitos, princípios e teorias de cada ramo do 
Direito sofrem uma releitura, para, à luz da Constituição, 
assumir um novo significado. Portanto, a Constituição, que era 
mera coadjuvante, se torna protagonista na interpretação do 
direito infraconstitucional. Na expressão de Paulo Bonavides, 
“Ontem, os Códigos; hoje, a Constituição”. 
 
Em suma 
 
A Constitucionalização releitura aduz que os valores 
constitucionais irradiam suas forças por todo o 
ordenamento jurídico, razãopela qual todos os ramos do 
direito devem ser lidos sob à luz da Constituição Federal. 
Portanto, os institutos jurídicos dos demais ramos dever 
ser reinterpretados a partir da ótica constitucional, isto é, 
devem passar pelo filtro axiológico constitucional, sendo 
relidos a partir da Constituição Federal. 
 
Outros juristas adotaram uma classificação diferenciada para o 
fenômeno da constitucionalização do Direito. Uma das mais 
célebres classificações é trazida por Louis Favoreu. O jurista 
francês elenca três grupos: 
 
a) constitucionalização-elevação: aquela pela qual 
opera-se um deslizamento de assuntos, até então 
confinados no compartimento infraconstitucional, para 
elevarem-se ao texto constitucional. 
 
 
 
30 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
b) constitucionalização-transformação: aquela que 
impregna e transforma os demais ramos do Direito, para 
convertê-los em um Direito Constitucional Civil, Direito 
Constitucional Ambiental, etc. 
 
c) constitucionalização juridicização: traduz o 
surgimento da força normativa da Constituição. Crítica: a 
força normativa da Constituição é um pressuposto para a 
constitucionalização do Direito, não exatamente uma 
categoria autônoma desse fenômeno. 
 
1.12. O que significa constituição chapa-branca? 
 
Carlos Ari Sundfeld argumenta que o instituto principal da 
Constituição é tutelar interesses e até mesmo privilégios 
tradicionalmente reconhecidos aos integrantes e dirigentes do 
setor público. A Constituição, para ele, é fundamentalmente um 
conjunto normativo "destinado a assegurar posições de poder 
a corporações e organismos estatais ou paraestatais". 
 
É o que se chama Constituição "chapa-branca". Apesar da 
retórica relacionada aos direitos fundamentais e das normas 
liberais e sociais, o núcleo duro do texto preserva interesses 
corporativos do setor público e estabelece formas de 
distribuição e de apropriação dos recursos públicos entre vários 
grupos. 
 
Em suma: Constituição chapa-branca 
 
- Tutela privilégios dos dirigentes do setor público. 
 
- Assegura posições de poder a corporações e 
organismos estatais ou paraestatais. 
 
Obs.: "Chapa-branca" remete à cor das placas dos carros 
oficiais, que são brancas. 
 
 
 
31 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE 
Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto 
A preocupação com a implementação de dispositivos 
constitucionais e, em particular, de suas promessas sociais, 
não é central. As controvérsias constitucionais são decididas 
com base nos códigos da política e conforme conflitos de 
interesse. Nessa luta, acabam preponderando os interesses 
dos grupos mais poderosos, dos denominados 
“sobrecidadãos”, que conseguem utilizar a Constituição e o 
Estado em geral como instrumento para satisfazer seus 
interesses. A juridicidade da Constituição fica comprometida 
pela corrupção da normatividade jurídica igualitária e 
impessoal, conforme o binômio legal-ilegal. As controvérsias 
constitucionais são decididas com base no código do poder. 
S. Lunardi & D. Dimoulis. Resiliência constitucional: 
compromisso maximizador, consensualismo político e 
desenvolvimento gradual. São Paulo: Direito GV, 2013, p. 15 
A concepção de Constituição a respeito da qual o texto 
precedente discorre denomina-se 
A) neoconstitucionalismo. 
B) Constituição chapa-branca. 
C) Constituição ubíqua. 
D) Constituição liberal-patrimonialista. 
E) Constituição simbólica. 
Gabarito: E. 
O que é constituição simbólica? 
Por oportuno, vale trazer a lição de Daniel Sarmento e 
Cláudio Pereira de Souza Neto: “Trata-se de Constituição que 
não corresponde minimamente à realidade, não logrando 
subordinar as relações políticas e sociais subjacentes. Ela 
não é tomada como norma jurídica verdadeira, não gerando, 
 
 
32 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
na sociedade, expectativas de que seja cumprida. Neste 
ponto, ela se assemelha à categoria da Constituição nominal, 
de Lowenstein. Porém, a apreciação de Marcelo Neves é 
mais negativa do que a do autor alemão. Para Neves, as 
constituições simbólicas tendem a servir como álibi para 
manutenção do status quo”. (SARMENTO, Daniel e NETO, 
Cláudio Pereira de Souza. Direito Constitucional. Teoria, 
Tópicos e Métodos de Trabalho. 2ª ed. Belo Horizonte: 
Editora Fórum, 2016, p. 65). 
 
1.13. O que é Constituição.com? 
 
Constituição.com 
 
Segundo Uadi Lammêgo Bulos, “Constituição.com” ou 
crowdsourcing é aquela cujo projeto conta com a opinião 
maciça dos usuários da internet que, por meio de sites de 
relacionamento, externam seu pensamento a respeito dos 
temas a serem constitucionalizados. Desse modo, por esse 
sugestivo nome "constituição.com" os governos aproveitam as 
redes sociais para escreverem novas cartas constitucionais 
para seus respectivos Estados. 
 
Foi a Islândia que pioneiramente fez um projeto desse tipo em 
2011. Nela, as reuniões das Assembleias eram transmitidas on-
line, permitindo aos internautas opinarem a respeito da nova 
Constituição. Tais opiniões foram convertidas em rascunho 
constitucional e foi entregue ao Parlamento. 
 
As discussões foram transmitidas ao vivo e com a possibilidade 
de participação popular por meio das redes sociais, como o 
Twitter, Facebook, Youtube e Flickr. Mais de 3.600 sugestões 
foram postadas página oficial no Facebook. Assim, em 29 de 
julho de 2011, o documento (“draft”) foi encaminhado ao 
Parlamento. Embora ocorresse grande participação popular, o 
Parlamento não aprovou o documento. 
 
 
33 
CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 
A experiência Islandesa, contudo, revelou uma nova forma de 
democracia e de participação popular por meio das redes 
sociais (internet) e que passará a servir de modelo para o 
futuro. Esse processo ocorrido na Islândia ficou conhecido 
como CROWDSOURCED CONSTITUTION: a participação 
popular por meio da internet em um processo constituinte. 
 
E no Brasil, o crowdsourced constitution está presente? 
 
Ainda que timidamente, o Brasil está ampliando a participação 
popular via internet na seara legislativa. Não se trata de uma 
participação popular em um processo constituinte como 
ocorreu na Islândia, todavia, através do portal e-democracia da 
Câmara dos Deputados e do portal e-cidadania do Senado 
Federal, a população pode participar de rodadas de discussões 
em propostas legislativas, inclusive fazendo sugestões de 
alterações às Leis já vigentes. 
 
1.14. Constitucionalismo abusivo. Que negócio é 
esse? 
 
Constitucionalismo abusivo 
A ideia de constitucionalismo abusivo foi cunhada por David 
Landau, que define essa forma de constitucionalismo como o 
uso de institutos de origem democrática para ceifar o espaço 
do pluralismo num determinado país. O objetivo do autor é 
mostrar que mecanismos formais de mudança constitucional 
podem minar a democracia (Landau, David. Abusive 
constitutionalism. UC Davis Law Review, Estados Unidos, v. 
47, n. 1, p. 189-260, 2013). 
O constitucionalismo e as democracias ocidentais têm se 
deparado com um fenômeno razoavelmente novo: os 
retrocessos democráticos, no mundo atual, não decorrem mais 
de golpes de estado com o uso das armas. Ao contrário, as 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
maiores ameaças à democracia e ao constitucionalismo são 
resultado de alterações normativas pontuais, aparentemente 
válidas do ponto de vista formal, que, se examinadas 
isoladamente, deixam dúvidas quanto à sua 
inconstitucionalidade. Em seu conjunto, expressam a adoção 
de medidas que vão progressivamente corroendo a tutela de 
direitos e o regime democrático (Nesse sentido: Min. Luis 
Roberto Barroso, ADPF 622). 
 
Esse fenômeno tem recebido, na ordem internacional, diversas 
denominações, entre as quais: “constitucionalismo abusivo”, 
“legalismoautocrático” e “democracia iliberal”. Todos os 
conceitos aludem a experiências estrangeiras que têm em 
comum a atuação de líderes carismáticos, eleitos pelo voto 
popular, que, uma vez no poder, modificam o ordenamento 
jurídico, com o propósito de assegurar a sua permanência no 
poder. 
 
O modo de atuar de tais líderes abrange: 
 
(i) a tentativa de esvaziamento ou enfraquecimento dos demais 
Poderes, sempre que não compactuem com seus propósitos, 
com ataques ao Congresso Nacional e às cortes; 
 
(ii) o desmonte ou a captura de órgãos ou instituições de 
controle, como conselhos, agências reguladoras, instituições 
de combate à corrupção, Ministério Público etc.; 
 
(iii) o combate a organizações da sociedade civil, que atuem 
em prol da defesa de direitos no espaço público; 
 
(iv) a rejeição a discursos protetivos de direitos fundamentais, 
sobretudo no que respeita a grupos minoritários e vulneráveis 
– como negros, mulheres, população LGBTI e indígenas; 
 
(v) o ataque à imprensa, sempre que leve ao público 
informações incômodas para o governo. 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
ADPF 622 
O termo constitucionalismo abusivo foi utilizado pelo Min. 
Barroso no julgamento da ADPF 622, ocasião em que 
suspendeu trechos de decreto editado pelo Presidente da 
República e restabeleceu os mandatos dos antigos 
conselheiros do Conanda - Conselho Nacional dos Direitos da 
Criança e do Adolescente. Na decisão, o ministro chama 
atenção para o “constitucionalismo abusivo”, um fenômeno 
novo caracterizado por atos aparentemente legais, mas que 
provocam retrocesso democrático. 
Em linhas gerais, a ADPF foi ajuizada pela PGR contra o 
decreto 10.003/19. Para a Procuradoria, a participação da 
sociedade civil no Conselho foi esvaziada, em violação aos 
princípios da democracia participativa, da igualdade, da 
segurança jurídica, da proteção à criança e ao adolescente e 
da vedação ao retrocesso institucional. Na decisão, o ministro 
Barroso cita o fenômeno do “constitucionalismo abusivo”, 
sendo uma prática que promove a interpretação ou a alteração 
do ordenamento jurídico, de forma a concentrar poderes no 
chefe do Executivo e a desabilitar agentes que exercem 
controle sobre a sua atuação. 
 
Barroso explica que o combate a organizações da sociedade 
civil, que atuam em prol da defesa de direitos no espaço 
público, é uma das condutas de líderes do constitucionalismo 
abusivo. Países como Venezuela, Hungria, Polônia e Romênia 
já experimentaram tais experiências. Embora não seja o caso 
do Brasil, de acordo com o ministro, é sempre válido atuar com 
cautela e aprender com a experiência de outras nações. 
Segundo o ministro, embora a estruturação da administração 
pública Federal seja de competência discricionária do chefe do 
Executivo federal, essa competência encontra limites na 
Constituição e nas leis, que devem ser respeitadas. 
 
Assim, em momentos de sérios problemas políticos, 
econômicos e sociais, associado a um contexto de desilusão 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
política e descrença nos membros dos poderes Legislativo e 
Executivo, não é difícil que um governo autoritário seja eleito e 
promova substanciais modificações na constituição, 
construindo um regime que à distância pode parecer 
democrático, mas, de perto, acabam por limitar a ordem 
democrática, especialmente ao longo de sua dimensão mais 
importante: a proteção de direitos para grupos sem poder. 
 
1.15. Qual a natureza jurídica da interpretação 
conforme a Constituição? 
 
Segundo a doutrina e o STF, a interpretação conforme a 
constituição tem DUPLA natureza: ora funciona 
como TÉCNICA DE DECISÃO no controle de 
constitucionalidade, ora como PRINCÍPIO DE 
HERMENÊUTICA constitucional. 
 
Qual espécie de norma submete-se ao mecanismo da 
interpretação conforme a Constituição? 
 
Apenas as normas de caráter POLISSÊMICO, já que o 
mecanismo em estudo exclui uma das interpretações possíveis 
para determinada norma sem expurgar a mesma do 
ordenamento jurídico; se a norma tem sentido UNÍVOCO, não 
faria sentido falar em interpretação conforme (STF, ADI 1.344-
MC). 
 
FULL BENCH 
 
Embora exista uma pequena controvérsia doutrinária acerca 
deste ponto, o STF entende pela desnecessidade de aplicação 
da regra da full bench nos casos em que se utiliza a técnica da 
interpretação conforme a constituição (afinal, trata-se de 
técnica interpretativa). 
 
Cabe reclamação? 
 
Segundo o entendimento do STF, e à luz do sistema de 
precedentes instituído pelo NCPC, é possível o manejo de 
reclamação constitucional contra decisões de tribunais ou 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
mesmo de magistrados de primeira instância que forem 
proferidas em dissonância com o entendimento consagrado 
pelo plenário do STF em acórdão no qual foi utilizada a técnica 
da interpretação conforme a Constituição. 
 
Interpretação conforme a Constituição x Declaração de 
nulidade sem redução de texto 
 
Segundo Gilmar Mendes, a afirmação de que a interpretação 
conforme à Constituição e a declaração de 
inconstitucionalidade sem redução de texto são uma mesma 
categoria, é inadequada. Ainda que se não possa negar a 
semelhança dessas categorias e a proximidade do resultado 
prático de sua utilização, é certo que, enquanto na 
interpretação conforme à Constituição se tem, 
dogmaticamente, a declaração de que uma lei é constitucional 
com a interpretação que lhe é conferida pelo órgão judicial, 
constata-se, na declaração de nulidade sem redução de texto, 
a expressa exclusão, por inconstitucionalidade, de 
determinadas hipóteses de aplicação do programa normativo 
sem que se produza alteração expressa do texto legal. 
 
Assim, se se pretende realçar que determinada aplicação do 
texto normativo é inconstitucional, dispõe o Tribunal da 
declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto, que, 
além de mostrar-se tecnicamente adequada para essas 
situações, tem a virtude de ser dotada de maior clareza e 
segurança jurídica, expressas na parte dispositiva da decisão 
(a lei X é inconstitucional se aplicável a tal hipótese; a lei Y é 
inconstitucional se autorizativa da cobrança do tributo em 
determinado exercício financeiro) (Nesse sentido: Mendes, 
GIlmar Ferreira, Curso de Direito Constitucional, 2019). 
 
A técnica da interpretação conforme a Constituição pode 
ser realizada das seguintes maneiras: 
 
1) interpretação conforme com redução do texto (ocorrerá 
quando for possível, em virtude da redação do texto 
impugnado, declarar a inconstitucionalidade de 
determinada expressão, possibilitando, a partir dessa 
exclusão de texto, uma interpretação compatível com a 
constituição federal); 
 
 
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CADERNO DE DICAS E QUESTÕES | @PartiuConcurseiro 
 
2) interpretação conforme sem redução do texto, 
conferindo à norma impugnada uma determinada 
interpretação que lhe preserve a constitucionalidade; e 
 
3) interpretação conforme sem redução do texto, 
excluindo da norma impugnada uma interpretação que 
lhe acarretaria a inconstitucionalidade. 
 
Observa-se que o Supremo Tribunal Federal utiliza-se da 
declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução do 
texto como instrumento decisório para atingir-se uma 
interpretação conforme a Constituição, de maneira a salvar a 
constitucionalidade da lei ou do ato normativo, sem contudo 
alterar seu texto. 
 
1.16. Em que consiste o princípio da conformidade 
funcional? 
 
Também denominado de exatidão funcional ou justeza, o 
princípio da conformidade funcional é um dos princípios 
interpretativos das normas constitucionais. De acordo com 
Marcelo Novelino, o princípio atua no sentido de impedir que os 
órgãos encarregados da interpretação da Constituição, 
sobretudo o Tribunal Constitucional, cheguem a um resultado 
contrário ao esquema organizatório-funcional estabelecido por 
ela. 
 
"O princípio da justeza (ou da conformidade

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