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Definição e aplicabilidade de inspeçãoprévia, embargo e interdição - TST SENAC

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20/03/2023, 21:41 Versão para impressão
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Segurança do trabalho
Definição e aplicabilidade de inspeção
prévia, embargo e interdição
Inspeção prévia
O artigo 160 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que os
estabelecimentos não podem iniciar suas atividades sem prévias inspeção e
aprovação das respectivas instalações e que nova inspeção deve ser feita sempre
que ocorrerem modificações substanciais, após comunicação da empresa à
Delegacia Regional do Trabalho.
A partir daí, elaborou-se a Norma Regulamentadora 2 (NR-2 – Inspeção
prévia), que normatizava todos os processos relacionados ao tema, como o
certificado de aprovação de instalações (CAI), o qual era emitido pelo delegado
responsável pela Delegacia Regional do Trabalho após a elaboração de uma
declaração das instalações do estabelecimento novo.
Os principais objetivos eram verificar e constituir os elementos capazes de
assegurar que o novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de
acidentes e/ou de doenças do trabalho. Porém, as unidades regionais não foram
capazes de dar conta da demanda de solicitações, e raramente um CAI foi emitido.
Recentemente, tal norma foi avaliada e, na sua revisão, revogada, ou seja,
dispensaram o profissional de saúde e segurança de elaborar as declarações das
instalações.
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Embargo e interdição
O embargo e a interdição são abordados no artigo 161 da CLT e na NR-3. Para
melhor compreender o tema, é preciso definir alguns termos:
Risco grave e iminente – É toda condição ou toda situação de trabalho que
possa causar acidente ou doença com lesão grave ao trabalhador.
Embargo – Aplica-se à paralisação parcial ou total da obra.
Interdição – Aplica-se à paralisação parcial ou total da atividade, da máquina
ou equipamento, do setor de serviço ou do estabelecimento.
Sempre que houver caracterização de risco grave e iminente a partir da
constatação da condição ou da situação de trabalho, deverão ser adotadas medidas
de urgência, quais sejam o embargo ou a interdição.
Para ocorrer o embargo ou a interdição, o risco precisa ser grave e iminente,
concomitantemente. A lesão que possa vir a ocorrer deve ser grave, e não média ou
mínima. A norma não apresenta um conceito objetivo de lesão grave. Contudo, o
conceito de acidente de trabalho grave está determinado na Notificação de
Acidentes de Trabalho Fatais, Graves e com Crianças e Adolescentes, do Ministério
da Saúde:
Acidente de trabalho grave é aquele que acarreta mutilação, física ou funcional,
e o que leva à lesão cuja natureza implique em comprometimento extremamente
sério, preocupante; que pode ter consequências nefastas ou fatais. (BRASIL, 2006)
Quem pode interditar/embargar?
A competência para embargar/interditar (e respectiva cessação) é do
superintendente regional do trabalho e emprego (SRTE), como definido no artigo
161 da CLT. Porém, a Portaria 40/2011 regulamenta tal artigo da CLT, prevendo a
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possibilidade de delegação dessa competência e disciplinando os procedimentos de
embargo e interdição.
Dessa forma, o superintendente delega aos auditores fiscais do trabalho (AFTs)
que estes poderão proceder ao embargo/à interdição no momento da fiscalização
em vez de submeter o procedimento administrativo de embargo/interdição ao SRTE
para aprovação.
A paralisação das atividades é a principal consequência do embargo ou da
interdição, podendo ser total ou parcial, a depender do alcance da situação que a
motivou. Enquanto o estabelecimento estiver parado, as atividades de correção das
situações de grave e iminente risco serão as únicas permitidas, desde que não
ofereçam riscos aos trabalhadores.
Enquanto estiver vigente o embargo ou a interdição, todos os empregados
deverão receber os salários como se estivessem prestando os serviços
normalmente.
O empregador, caso descumpra o embargo ou a interdição, ou seja, ordene ou
permita o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização
de máquina ou equipamento ou o prosseguimento de obra, conforme parágrafo 4.º
do artigo 161, responderá por desobediência.
Quanto aos documentos relativos ao tema, como se trata de um procedimento
administrativo, eles devem ser formalizados e fundamentados por meio de registros.
A formalização do embargo ou da interdição (e respectiva cessação) é
realizada mediante termo de embargo ou termo de interdição, sendo necessário
emitir um relatório técnico elaborado pelo AFT. A empresa poderá elaborar e
protocolar o documento na Secretaria Regional do Trabalho e Emprego mais
próxima do local, no prazo de dez dias contados após a lavratura do termo de
embargo ou interdição.
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Enquanto permanecer a situação de grave e iminente risco que levou à
paralisação, a interdição ou o embargo se manterá. Portanto, não há prazo
determinado para tal procedimento.
Logo, assim que as situações forem regularizadas, pode ser solicitada a
suspensão do embargo/da interdição. Dessa forma, todo o processo depende
apenas da empresa, porque é dela a prioridade de voltar à operação.
A figura 1 esquematiza os procedimentos de embargo e interdição,
considerando que não houve interposição de recurso por parte da empresa:
Legenda:
(1) Durante a vigência do embargo ou da interdição, poderão ser desenvolvidas
somente as atividades necessárias à correção da situação de grave e iminente risco
(GIR), desde que adotadas medidas de proteção adequadas aos trabalhadores
envolvidos.
(2) O prazo para que a empresa regularize a situação de risco grave e iminente
e solicite o levantamento do embargo ou da interdição depende da própria empresa,
a qual deverá adotar as medidas necessárias e suficientes para eliminar o risco
grave e iminente.
(3) Preferencialmente, a nova inspeção (após o pedido de levantamento do
embargo ou da interdição) deve ser feita pelo AFT que participou da inspeção inicial,
quando foi constatada a existência de situação de risco grave e iminente.
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Figura 1 – Explanação sobre embargo e interdição Fonte: Camisassa (2015).
A figura um é um fluxograma com a explanação de embrago ou interdição na
seguinte sequência:
AFT constata situação de grave e iminente risco.
AFT lavra termo de embargo ou interdição e relatório técnico.
(1) Vigência do embargo ou da interdição
(2) Empregador regulariza situação de grave e iminente risco e solicita
suspensão do embargo ou da interdição.
(3) AFT retorna ao local.
Se GIR for eliminado, lavra-se termo de suspensão e relatório técnico.
Se GIR não for eliminado, mantém-se embargo/interdição.
A NR-3 foi revisada recentemente, e sua nova versão entrou em vigência em
22 de janeiro de 2020. A principal alteração é a caracterização do grave e iminente
risco a partir da consequência e da probabilidade de ocorrência.
As consequências são classificadas em morte, severa, significativa e leve. Já
as probabilidades são classificadas em provável, possível, remota e rara. Como
resultado, haverá os excessos de risco, classificados como: extremo (E), substancial
(S), moderado (M), pequeno (P) ou nenhum (N). Apenas os excessos de risco
classificados como extremo e substancial são passíveis de embargo ou interdição.
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Para mais detalhes sobre o tema, pesquise no sítio da ENIT (Escola Nacional
de Inspeção do Trabalho) as Portarias ns. 1.068 e 1.069, datadas de 23 de setembro
de 2019.
Por fim, as empresas devem sempre buscar garantir ambientes seguros, livres
de riscos e perigos desnecessários aos empregados. O técnico em segurança tem
papel primordial nas tarefas de antecipar, reconhecer e controlar os riscos nos
ambientes de trabalho.
Dessa forma, além de assegurar a integridade dos trabalhadores, a empresa
não precisará passar por transtornos e prejuízosque uma interdição ou um embargo
pode gerar.

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