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AULA 4 Os Princípios da Logística Reversa e os Valores para o Cliente

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LOGÍSTICA REVERSA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luiz Felipe Cougo 
 
 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
Como visto nas aulas anteriores, o importante passo inicial a ser dado é 
o mapeamento dos fluxos de processo, com todos os cenários dos materiais e 
informações relacionadas com a LR, pois é neste ponto em que a estrutura, a 
gestão dos recursos é desenvolvida diante da análise de riscos e oportunidades 
trabalhadas durante o mapeamento. 
Relembrando, o campo de atuação da logística reversa é bem ilustrado 
por Leite (2003) através da figura 2, onde são resumidas as principais etapas 
dos fluxos reversos nas duas áreas de atuação acima citadas. 
 
 
É a partir destas etapas que continuamos os nossos estudos de hoje e 
detalhamos os próximos passos para o sucesso da Logística reversa! 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Antes de iniciarmos os nossos próximos passos sobre os dados finais dos 
canais reversos, aprendermos sobre os princípios da LR e quais os valores que 
o cliente vê e percebe dos nossos serviços de LR. É importante relembrar sobre 
alguns exemplos de motivações sobre o retorno dos produtos, ou seja, os 
motivos do retorno, conforme abaixo: 
Bens de pós-venda: 
 
 
 
3 
Garantia/qualidade: devoluções de produtos que apresentam defeitos de 
fabricação ou de funcionamento, avarias de produto ou de embalagem. 
Comerciais: retorno de produtos devido a erros de expedição, excessos 
de estoque no canal de distribuição, mercadorias em consignação, liquidação de 
estação de vendas, pontas de estoque etc., que retornam ao ciclo de negócios 
por meio de redistribuição em outros canais de vendas. 
Outro motivo comercial para o retorno de produtos é o término de validade 
de produtos ou problemas observados no produto após a venda, o chamado 
recall. 
Substituição de componentes: retorno de bens duráveis e semiduráveis 
em manutenções e consertos ao longo de sua vida útil e que são 
remanufaturados e retornam ao mercado primário ou secundário ou enviados à 
reciclagem ou para disposição final quando não reaproveitados. 
 
Bens de pós-consumo: 
Condições de uso: retorno do bem durável ou semidurável que há 
interesse de sua reutilização, com a vida útil estendida, percorrendo o canal 
reverso de reuso em mercado de segunda mão até atingir o fim de vida útil, 
caracterizando um loop de vida do produto. 
Fim de vida útil: esta etapa caracteriza-se por duas áreas: bens duráveis 
ou dos descartáveis. Na área de duráveis e semiduráveis, os bens utilizam o 
canal reverso de desmontagem e reciclagem industrial, sendo desmontados na 
etapa de desmanche e seus componentes reaproveitados ou remanufaturados, 
retornando ao mercado secundário ou à própria indústria, sendo uma parte 
destinada à reciclagem. 
No caso de descartáveis, os produtos retornam por meio do canal reverso 
de reciclagem industrial, onde são reaproveitados e se transformam em 
matérias-primas secundárias, voltando ao ciclo produtivo ou irão para a 
disposição final, ou seja, aterros sanitários, lixões e incineração e recuperação 
energética. 
Considerando os aspectos de planejamento de riscos, oportunidades e 
gestão dos materiais e indicadores, o foco do cliente deve permanecer como 
input para que as ações de melhoria atendam às especificações dos clientes 
para assegurar a fidelidade, a satisfação e a ausência dos custos intangíveis que 
podem estar associados aos desvios por uma ausência de planejamento. 
 
 
4 
Por ser um ponto alto da nossa aula, estes canais devem levar a estudos 
frequentes e também com análise individualizada de quais os canais mais se 
enquadram ao tipo de empresa que você presta os seus serviços! 
Você deve recorrer aos tipos de ferramentas sempre que necessário 
visando a adequação ao uso do cliente, ok? Vejamos no decorrer de nossa aula! 
 
TEMA 1 – A LOGÍSTICA REVERSA NO PÓS-VENDAS 
Alguns detalhes complementares do processo de pós-venda detalhando 
um pouco mais, como no vídeo da aula, os processos de coleta, transporte, 
armazenamento e destino. Veja os exemplos: 
 
Dados necessários para desenvolver a Coleta 
 Informação de retorno para coleta 
 Relação de produtos retornados, quantidades, motivos, códigos, 
etc. 
 Pontos de coleta e quantidades 
 Procedimentos de retorno 
 Embalagem – reembalagem 
 Recursos adequados 
 Mão de Obra, equipamentos, etc. 
 Indicadores: volumes, tempos, custos. 
 Histórico das operações 
 
Dados necessários para desenvolver o Transporte 
 Veículo função do tipo de produto 
 Frequência e Roteirização da coleta 
 Uso do veículo de ida 
 Acondicionamento definido do retorno 
 Embalagem – compartilhamento Prioridade do retorno 
 Indicadores: custos; produtividade, serviços, etc. 
 
Dados necessários para desenvolver o Armazenamento 
 Função: consolidação, processamento 
 Localização das áreas internas 
 
 
5 
 Instalações adequados aos produtos retornados 
 Equipamentos alocados para LR 
 Codificação de produtos retornados 
 Zoneamento por destinos 
 Mão de obra especializada 
 
Dados necessários para desenvolver o recebimento no retorno 
(exemplos): 
 Recepção documentos: NF, etc. 
 Recepção física: áreas apropriadas 
 Recursos adequados: pessoal treinado, local, equipamentos, etc. 
 Controles: quantidade, qualidade, estado, anomalias, codificação, 
etc. 
 Seleção de destino: critérios – normas - rastreabilidade - parcerias 
 Indicadores: produtividade, quantidade /remessa, estado, regiões, 
etc. 
 
Além disso, em resumo, processos gerais que devem estar 
contemplados quando da necessidade da LR: 
 Políticas de retorno definidos 
 Controle do recebimento de retornos – indicadores 
 Classificação e quantificação do retorno – critérios técnicos e de 
destinação 
 Sistema de Codificação dos retornos – código de barras 
 Procedimentos de consolidação do retorno 
 Procedimentos de seleção e destino definidos 
 
Para mais informações, acesse o material on-line e confira a videoaula do 
professor Luiz. 
 
TEMA 2 – OS PRINCÍPIOS DA LR 
A gestão de retorno de produtos é mais do que decidir o que fazer com 
ele, envolve a captura de informações que permitam entender os motivos do seu 
retorno e com isto atuar sobre as causas da insatisfação dos clientes 
 
 
6 
contribuindo para reduzir os retornos futuros, além de que um processo rápido e 
eficiente para os clientes aumenta a credibilidade. 
Estas informações podem ajudar tanto na fabricação, na embalagem e 
nas ações de marketing (promoções com produtos de retorno em determinados 
mercados, e melhoria do produto/serviço). 
O principal modo de adoção estratégica de sucesso nas empresas é 
abordado em princípios de planejamento: 
1 - Planejamento participativo: o principal benefício do planejamento 
não é o seu produto, ou seja, o plano, mas o processo envolvido. Nesse sentido, 
o papel do responsável pelo planejamento não é, simplesmente elabora-lo, mas 
facilitar o processo de sua elaboração pela própria empresa e deve ser realizada 
pelas áreas pertinentes ao processo. 
2 - Planejamento coordenado: todos aspectos envolvidos devem ser 
projetados de forma que atuem Inter dependentemente, pois nenhuma parte ou 
aspecto de uma empresa pode ser planejado eficientemente se o for de maneira 
independente de qualquer outra parte ou aspecto. 
3 - Planejamento Integrado: os vários escalões de uma empresa - de 
porte médio ou grande – devem ter seus planejamentos integrados. Nas 
empresas voltadas para o ambiente, nas quais os objetivos empresariais 
dominam os de seus membros, geralmente os objetivos são escolhidos de cima 
para baixo e os meios para atingi-los, de baixo para cima, sendo este último fluxo 
usualmente invertido em uma empresa cuja função primária é servir a seus 
membros. 
4 - Planejamento permanente: essa condição é exigida pela própria 
turbulência do ambiente, pois nenhum plano mantémseu valor com o tempo. 
Um modelo de planejamento deve seguir os dados anteriores para que as 
ações relacionadas ao fluxo de materiais e informações esteja adequado, deve-
se considerar ainda, os fatores de tomadas de decisão quando se utilizar dos 
verbos associados à LR estratificando-os de modo que o planejamento cumpra 
com as necessidades. Alguns princípios básicos de conhecimento transformam 
em técnicas de planejamento alguns princípios iniciais que a LR pode adotar, por 
exemplo: 
 
 Entendendo o Supply Chain Reverso. 
 Campo de atuação da logística reversa. 
 
 
7 
 Logística reversa e a Competitividade. 
 Logística Reversa e a Sustentabilidade. 
 Objetivos empresariais “ drivers”. 
 Fluxos nos canais reversos. 
 Legislações na Logística reversa. 
 
Se considerar a ideia que a LR aplicada na empresa estará sob sua 
responsabilidade, o que de fato deveria ser visualizado e executado dentro das 
suas atribuições e responsabilidades? Como enxergar que todas as hipóteses 
foram mapeadas para que caso ocorra alguma necessidade de aplicação, ela 
será feita da melhor maneira, com o menor custo possível, com qualidade e 
prazos adequados? Pois bem, existe uma ótima ferramenta que precisamos ler, 
entender e aplicar como técnica de mapeamento que associa os principais 
agentes executores da LR com a estratificação das ações, chama-se 5W2H. 
Para visualizar a aplicação da técnica, que tal aplicá-la onde trabalha e 
tentar mapear as atividades que hoje executa? 
O 5W2H, basicamente, é um Check list de determinadas atividades que 
precisam ser desenvolvidas com o máximo de clareza possível por parte dos 
colaboradores da empresa. Ele funciona como um mapeamento destas 
atividades, onde ficará estabelecido o que será feito, quem fará o quê, em qual 
período de tempo, em qual área da empresa e todos os motivos pelos quais esta 
atividade deve ser feita. 
Em um segundo momento, deverá figurar nesta tabela (sim, você poderá 
fazer isto em uma tabela) como será feita esta atividade e quanto custará aos 
cofres da empresa tal processo. Esta ferramenta é extremamente útil para as 
empresas, uma vez que elimina por completo qualquer dúvida que possa surgir 
sobre um processo ou sua atividade. 
Em um meio ágil e competitivo como é o ambiente corporativo, a ausência 
de dúvidas agiliza e muito as atividades a serem desenvolvidas por 
colaboradores de setores ou áreas diferentes. 
Afinal, um erro na transmissão de informações pode acarretar diversos 
prejuízos à sua empresa, por isso é preciso ficar atento à essas questões 
decisivas, e o 5W2H é excelente neste quesito! 
 
 
8 
O nome desta ferramenta foi assim estabelecido por juntar as primeiras 
letras dos nomes (em inglês) das diretrizes utilizadas neste processo. Abaixo 
você pode ver cada uma delas e o que elas representam: 
 
What – O que será feito (etapas) 
Why – Por que será feito (justificativa) 
Where – Onde será feito (local) 
When – Quando será feito (tempo) 
Who – Por quem será feito (responsabilidade) 
How – Como será feito (método) 
How much – Quanto custará fazer (custo) 
 
Há ainda outros 2 tipos de nomenclatura para esta ferramenta, o 5W1H 
(onde exclui-se o “H” referente ao “How much”) e o mais recente 5W3H (onde 
inclui-se o “H” referente ao “How many”, ou Quantos). Todas elas podem ser 
utilizadas perfeitamente dependendo da necessidade do gestor, respeitando 
sempre as características individuais. 
Ao planejar determinada atividade gerencial, você deve responder às 7 
perguntas citadas acima com clareza e objetividade. Logo após, você deverá 
elaborar uma tabela explicativa sobre tudo o que foi planejado. A ferramenta 
5w2h é uma das mais fáceis de ser implementada e traz grandes benefícios para 
os gestores e suas atividades organizacionais. Por isso, não deixe de utilizá-la 
em seu dia-a-dia empresarial. 
Alguns exemplos de verbos associados a LR e que devem ser 
considerados para o planejamento no item O que fazer (What): 
 Reverter 
 Devolver 
 Recusar 
 Rejeitar 
 Reutilizar 
 Reciclar 
 Descartar 
 Segregar 
 Destinar, etc. 
 
Quando se tratar de LR, a tomada de decisão sobre o que fazer, ou seja, 
a utilização dos verbos, devem ser complementadas com perguntas importantes 
para criação do processo da LR. Para o sucesso no planejamento, deve ser 
incluído também fatores importantes quando da utilização dos verbos e que 
 
 
9 
podem condicionar a necessidade de tornar possível o fluxo reverso e também 
modificar a estrutura e organização destes canais reversos, como os abaixo por 
ex.: 
Custos 
Ainda não bem definidos e de difícil avaliação; 
Oferta 
De materiais reciclados, permitindo a continuidade industrial necessária; 
Qualidade 
Adequada ao processo industrial e constante para garantir rendimentos 
operacionais economicamente competitivos; 
Tecnologia 
Tecnologia e o teor de determinada matéria-prima podem variar em 
função do produto de pós-consumo utilizado, redundando em custos diferentes 
e orientando o mercado de pós-consumo para aquele que se apresente mais 
conveniente. 
Logística 
A característica logística das matérias de pós-consumo, e em particular a 
transportabilidade dos mesmos, revela-se de enorme importância na 
estruturação e eficiência dos canais reversos. 
Mercado 
É necessário que haja quantitativa e qualitativamente mercado para os 
produtos fabricados com materiais reciclados. 
Meio Ambiente 
Novos comportamentos passam a exigir novas posições estratégicas das 
empresas sobre o impacto de seus produtos e processos industriais; deve-se 
lembrar que o reuso e a reciclagem sempre é possível nos canais reversos, 
independente das condições do produto descartado. 
Governo 
Legislação, subsídios que afetam o interesse nos materiais reciclados. 
Responsabilidade Social 
Valorização social e possibilidade de produção e consumo de produtos 
ecologicamente corretos. 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Sob forma esquemática, pode-se observar alguns exemplos destes 
fatores, conforme modelo da figura a seguir: 
 
 
Para mais informações, acesse o material on-line e confira o vídeo do 
professor Luiz. 
 
TEMA 3 – VALORES PARA O CLIENTE 
Lacerda (in CEL 2000) defende que os clientes valorizam empresas que 
possuem políticas de retorno de produtos, pois isso, garante-lhes o direito de 
devolução ou troca de produtos. Este processo envolve uma estrutura para 
recebimento, classificação e expedição de produtos retornados, bem como um 
novo processo no caso de uma nova saída desse mesmo produto. 
Dessa forma, empresas que possuem um processo de logística reversa 
bem gerido, tendem a se sobressair no mercado, uma vez que estas podem 
atender seus clientes de forma melhor e diferenciada de seus concorrentes. 
Como já é de conhecimento da Logística direta, os fluxos logísticos executam 
papel fundamental na atividade, apoiando o serviço ao cliente e entregando valor 
(LEITE, 2009), A logística reversa apresenta o mesmo significado. 
O atendimento aos requisitos do cliente é capaz de promover os vínculos 
necessários entre fornecedor e o comprador, tangíveis e intangíveis, capazes de 
fortalecer o grau de relacionamento entre as partes e estendê-la em regime de 
longo prazo, objetivando a rentabilidade na atividade (CHRISTOPHER, 2001, p. 
56). Ainda segundo o autor, a logística tem plenas condições de oferecer um 
 
 
11 
nível de diferenciação por intermédio de serviços, influenciando diretamente na 
qualidade percebida pelo cliente. 
Além disso, Ballou (2008) comenta que a logística apresenta caráter de 
valor agregado direto nos processos, uma vez que um produto ou serviço de 
qualidade, se não disponibilizado ao consumidor no momento e local/acesso 
adequados, passa a ser imperceptível e questionável aos olhos do cliente. 
Também menciona o serviço ao cliente no campo logístico como 
“resultado de todas as atividades logísticasou dos processos da cadeia de 
suprimentos” (2006, p. 93). Visto isso, o posicionamento e o planejamento dos 
canais de estrutura logística direta e reversa a serem adotados impactam 
diretamente na satisfação e no processo de fidelização (Pontini, 2011). 
Sob a ótica dos clientes, foi dado importante ênfase na avaliação das 
entradas que, quando da ocorrência de LR, promove o grau de satisfação do 
cliente. A figura a seguir aponta quais os principais inputs em que os clientes 
podem definir diretamente sobre sua satisfação. 
 
 
Portanto, deve-se considerar a utilização de dados de entrada como estes 
para adoção da estratégia da aplicação na LR. 
 
Consulte o livro-base desta disciplina, “O Reverso da Logística e as Questões 
Ambientais no Brasil”, da Editora Intersaberes e de autoria de Edelvino Filho 
RAZZOLIN e Rodrigo BERTÉ. 
 
Para mais informações, acesse o material on-line e confira a videoaula do 
professor Luiz. 
 
 
12 
TEMA 4 – COLETA NO PÓS-VENDA E NO PÓS-CONSUMO 
Você deve estar pensando que a maioria dos produtos que retornam via 
canais reversos são claros e bem definidos para propor soluções estratégicas e 
operacionais para os negócios, entretanto existem algumas características que 
devemos considerar quando da coleta, transporte, armazenamento e destinação 
final destes produtos. 
Por exemplo: o produto logístico de retorno pode apresentar as seguintes 
características básicas: 
 Heterogêneo: natureza, qualidade, forma, embalagem de retorno. 
 Relação peso / volume geralmente baixa. 
 Relação preço / peso pode ser baixa. 
 Localização dispersa. 
 Baixa transportabilidade em geral. 
 Necessidade de adensamento. 
 
Veja no quadro a seguir, alguns Exemplos complementares: 
 
 
Basicamente, os processos ocorrem conforme a figura a seguir para o 
fluxo reverso: 
 
 
 
13 
 
 
Lambert e Stock (1993) ainda determinam que todo o planejamento 
logístico, do canal de distribuição e do ambiente da empresa, deve ser elaborado 
dentro de limitações como o ambiente político e legal, social e econômico, 
tecnológico e competitivo. E ainda lista inúmeros passos que devem ser 
seguidos no processo de planejamento da empresa antes de formular o plano 
estratégico logístico. São eles: 
 Avaliação do consumidor e/ou necessidades do cliente. 
 Identificação, avaliação e seleção de mercados-alvo. 
 Formulação dos objetivos e da estratégia do canal. 
 Identificação e avaliação das alternativas da estrutura do canal. 
 Seleção da estrutura do canal. 
 
Este modelo aplica-se igualmente a todos os participantes do canal, tais 
como varejistas e atacadistas. 
Para mais informações, acesse o material on-line e confira a videoaula do 
professor Luiz. 
 
TEMA 5 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
As pressões ambientais e sociais relativas às responsabilidades das 
organizações têm adquirido um espaço cada vez maior na sociedade. O 
desenvolvimento de um novo paradigma de produção e consumo vem sendo 
desenhado. Em um horizonte não muito distante já é possível enxergar 
empresas e consumidores atentos à sustentabilidade de produtos e serviços. 
Esta sustentabilidade – que nada mais é que o desenvolvimento de 
processos produtivos menos agressivos (uso adequado de insumos, 
racionalização de energia, aplicação de materiais reciclados e/ou 
 
 
14 
biodegradáveis, etc.) e consumo com responsabilidade (destinação correta do 
lixo, descarte adequado/reaproveitamento de embalagens, etc.) – encontra uma 
grande barreira ao seu desenvolvimento, tanto no que diz respeito aos processos 
quanto aos custos envolvidos, na logística reversa de produtos 
utilizados/descartados. 
Para o Desenvolvimento sustentável, é fundamental na busca do aumento 
na produção de bens e serviços de forma a não degradar o ambiente que, 
mesmo nos atuais níveis de produção – que estão longe de atender às 
demandas totais da população mundial – já sofre bastante. 
E a LR surge como uma das principais ferramentas de implantação do 
desenvolvimento sustentável, absorvendo todas as tradicionais funções da 
logística e operando, ainda, o “fluxo reverso” de produtos/serviços – com origem 
no consumidor e retornando à cadeia produtiva. 
O Desenvolvimento Sustentável é baseado em três dimensões básicas, a 
Ambiental, a Social e a Econômica. A busca no equilíbrio deste triangulo é o 
princípio da sustentabilidade. Segundo o relatório Brundtland de 1987(Ministra 
Alemã do meio ambiente), sustentabilidade é: 
“Suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das 
gerações futuras de suprir as suas. ” 
O Relatório Brundtland é o documento intitulado Nosso Futuro Comum, 
publicado em 1987, no qual Desenvolvimento Sustentável é concebido como “ o 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. 
O Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas anteriores à 
Agenda 21. A Agenda 21 foi um dos principais resultados da ECO-92, ocorrida 
no Rio de Janeiro em 1992. 
É um documento que estabeleceu a importância de cada país se 
comprometer e refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, 
empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade 
poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio ambientais. 
No ano de 2002, aconteceu em Johanesburgo, a maior conferência 
mundial sobre o tema Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, 
denominada Rio+10, nesse encontro foi tratado o documento chamado Protocolo 
de Kyoto onde se firma um compromisso em que países com maior nível de 
 
 
15 
industrialização, devem ser tributados e responsabilizados de maneira maior no 
que diz respeito às responsabilidades da não preservação do planeta para 
gerações futuras. 
No ano de 2012, ocorreu no Rio de Janeiro novamente, a Rio +20. Devido 
à primeira conferência realizada no Rio em 1992, os principais objetivos deste 
SUMMIT foram: 
 garantir renovado compromisso político para o desenvolvimento 
sustentável; 
 uma economia verde, no âmbito da erradicação da pobreza e 
desenvolvimento sustentável e; 
 um quadro institucional para o desenvolvimento sustentável através de 
metas para os países. 
 
Vários fatores contribuem para o surgimento e agravamento de problemas 
ambientais, o crescimento demográfico, produção em massa, a poluição e o uso 
indiscriminado de recursos naturais, que colocam em cheque a sobrevivência da 
espécie humana, como também de milhares de seres vivos. 
O Desenvolvimento sustentável vem sendo disseminado por todo o 
planeta como forma mais racional de promover uma qualidade de vida mais 
igualitária e socialmente justa. 
Até os dias de hoje, aspectos globais de sustentabilidade são discutidos 
voltados para ações preventivas na área ambiental, ações sociais e de 
desenvolvimento humano e também econômicas. 
 
Diz o ditado popular: “Aquele que tenta prever o futuro mente”. Neste 
tópico não pretendemos prever o futuro, mas vislumbrar algumas possibilidades 
já existentes de tecnologia que poderão ser utilizadas por empresas comerciais 
 
 
16 
e de logística para aprimorar seus processos, otimizar entregas, ofertar de novos 
serviços e diferenciais competitivos. 
Além destas, existem estudiosos que ampliam as dimensões da seguinte 
maneira: 
 Sustentabilidade Social: reduzir as desigualdades sociais 
(distribuição de renda e bens – direito à dignidade – solidariedade). 
 Sustentabilidade econômica: organização da vida material com 
base na sustentabilidade social e num modelo menos agressivo ao 
meio ambiente. 
 Sustentabilidade ecológica: uso dos recursos naturais com o mínimo 
de deterioração e conservação das fontes de recursos naturais e 
energéticos. 
 Sustentabilidade espacial/geográfica:distribuição mais equilibrada 
dos assentamentos humanos (evitar a excessiva concentração 
geográfica de populações). Equilíbrio cidade/campo. 
 Sustentabilidade cultural: pluralidade de soluções adaptadas às 
especificidades de cada ecossistema, de cada cultura e cada local. 
 Sustentabilidade política: construção da cidadania, em seus vários 
ângulos visando a incorporação dos indivíduos ao processo de 
desenvolvimento. 
 
 
 
Vários fatores contribuem para o surgimento e agravamento de problemas 
ambientais, o crescimento demográfico, produção em massa, a poluição e o uso 
indiscriminado de recursos naturais, que colocam em cheque a sobrevivência da 
espécie humana, como também de milhares de seres vivos. 
 
 
 
17 
O Desenvolvimento sustentável vem sendo disseminado por todo o 
planeta como forma mais racional de promover uma qualidade de vida mais 
igualitária e socialmente justa. 
O crescimento global é o grande desafio para se construir um 
desenvolvimento sustentável, que valorize os recursos naturais e humanos, 
visando a melhoria da qualidade e a edificação de uma sociedade sustentável 
capaz de superar os problemas atuais e utilizar as potencialidades existentes no 
país. 
É preciso solução para uma série de problemas, além de estabelecer 
mudanças, como exemplifica Mininni-Medina (2001): 
a) Agricultura sustentável: transformações no modelo de 
desenvolvimento e nas políticas de ocupação do solo, de produção, de novos 
modelos e prioridades para comercialização, investimentos em crédito rural; 
Sustentabilidade nas cidades: transformar os espaços urbanos em lugares 
adequados para o desenvolvimento das atividades humanas, com boas 
condições de moradia, de transporte e lazer, entre muitas outras. 
b) Infraestrutura sustentável: transformar a matriz energética brasileira 
para vir a ser eficiente e não desperdiçadora, investir também na aplicação de 
novos recursos e tecnologias para a geração de energias limpas e alternativas. 
c) Redução de desigualdades: diminuição da pobreza extrema, acesso 
aos recursos (inclusão social), diminuição do consumo desenfreado das 
camadas privilegiadas. 
Para mais informações, acesse o material on-line e confira a videoaula do 
professor Luiz. 
 
TROCANDO IDEIAS 
A Logística reversa no pós-vendas já é bem estruturada e definida na 
empresa em que você trabalha? Conhece bons estudos de caso? Quais os 
valores que você como cliente tem quanto às empresas que aplicam logística 
reversa? O que é mais importante para você? O desenvolvimento sustentável é 
aplicável a Logística reversa? Qual a relação? Você pratica o desenvolvimento 
sustentável no seu dia a dia? E a empresa onde trabalha, quais as ações 
sustentáveis que você pode encontrar? 
 
 
18 
Aproveite a oportunidade para discutir e debater com seus colegas de 
curso no fórum da disciplina disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(AVA). 
 
SÍNTESE 
Em resumo, esta aula fecha a conexão com à anterior quanto aos 
aspectos dos processos, dos modelos e também das necessidades do 
entendimento dos fluxos pertencentes às empresas. 
Trata também da visão conjunta dos canais reversos com os passos para 
os modelos pós-vendas e pós consumo e dá o pontapé inicial ao importante 
entendimento da associação entre a LR e o desenvolvimento sustentável, 
relevante estudo nos dias de hoje para a sobrevivência das organizações, 
incluindo os impactos da LR nas dimensões ambientais, sociais e econômicas. 
Antes de finalizar seus estudos, acesse o material on-line e confira a 
videoaula com os comentários finais do professor Luiz. 
 
REFERÊNCIAS 
RAZZOLINI, Edelvino Filho; BERTÉ, Rodrigo. O reverso da Logística e 
as Questões Ambientais no Brasil. Curitiba: INTERSABERES, 2013. 
ALMEIDA, M. I. R. de. Manual de planejamento estratégico: 2.ed. São 
Paulo: Atlas, 2001. 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: 
planejamento, organização e logística empresarial. 4.ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2001. 
DONATO, Vitório. Logística Verde: uma abordagem socioambiental. 
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