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Melanoma

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Daniella	Machado		
TURMA	XXVI	
 
 
 
TUTORIA IV: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
“ABCDE” – MÓDULO 3 
 
1. CARACTERIZAR O MELANOMA 
O melanoma, o mais fatal de todos os cânceres de pele, está fortemente ligado a mutações adquiridas 
causadas pela exposição à radiação UV da luz solar. É uma neoplasia relativamente comum que pode ser curada 
se for detectada e tratada em seus estágios iniciais. A grande maioria dos melanomas origina-se na pele; outros 
locais de origem incluem as superfícies da mucosa oral e anogenital (orofaringe, tratos gastrintestinal e 
geniturinário), o esôfago, as meninges e a úvea do olho. 
Hoje, como resultado da maior conscientização pública dos sinais do melanoma cutâneo, a maioria dos 
casos é curada cirurgicamente. De maneira notável, houve uma redução nas taxas de mortalidade nos vários 
anos, o que pode refletir a efetividade da terapia com inibidores do ponto de checagem imune nessa doença 
 
LESÕES MELANOCÍTICAS PRIMÁRIAS 
Raras e constituídas por melanócitos presentes na leptomeninge, podem infiltrar-se na leptomeninge e 
nos espaços perivasculares, preservando o tecido nervoso (melanocitose), ou formar tumores meníngeos, 
intracranianos e intrarraquidianos benignos (melanocitoma) ou malignos (melanoma). A melanocitose pode 
associar-se a nevos melanocíticos congênitos extensos da pele (melanose neurocutânea); acomete crianças e, 
com frequência, forma melanomas no SNC. O melanocitoma tem boa evolução clínica. Microscopicamente, as 
células são fusiformes, por vezes epitelioides, e contêm pigmento melânico; não há atipias, e mitoses são raras. 
No melanoma, encontram-se pigmento melânico, atipias nucleares, mitoses frequentes, áreas de necrose e 
invasão do tecido nervoso; recidiva é a regra. Quando acompanhada de disseminação celular na leptomeninge, 
a lesão é chamada melanomatose meníngea. Como nos demais tumores melanocíticos, os primários do SNC 
mostram imunorreatividade para HMB-45, Melan-A, proteína S-100 e vimentina. 
 
PATOGÊNESE 
Em cerca de 10 a 15% dos pacientes afetados, o risco de melanoma é herdado como traço autossômico 
dominante, com penetrância variável. Alguns desses casos familiares estão associados a mutações de linhagem 
germinativa que afetam genes que regulam a progressão do ciclo celular, ao passo que outros estão associados 
a mutações de linhagem germinativa que afetam a expressão da telomerase. Nos casos restantes, o melanoma 
é esporádico e está fortemente relacionado com um único fator ambiental predisponente: a exposição à radiação 
UV da luz solar. Como o reparo do dano ao DNA induzido pela radiação UV é imperfeito, a radiação UV leva ao 
acúmulo de mutações nos melanócitos com o passar do tempo. O sequenciamento dos genomas do melanoma 
demonstrou uma taxa muito alta de mutações pontuais que carregam a assinatura dos efeitos nocivos da radiação 
UV sobre o DNA. Os melanomas surgem mais comumente nas superfícies expostas ao sol, particularmente na 
parte superior do dorso nos homens e no dorso e nas pernas em mulheres, e os indivíduos de pele clara correm 
maior risco do que os indivíduos de pele mais escura. 
Entretanto, a relação entre a exposição ao sol e o melanoma não é tão direta quanto aquela observada 
em outros tipos de câncer de pele, como o carcinoma espinocelular. Alguns estudos sugerem que as queimaduras 
solares periódicas graves no início da vida constituem o fator de risco mais importante. Como os melanomas 
ocorrem às vezes em indivíduos de pele escura e em locais do corpo que não são expostos ao sol, a luz solar 
nem sempre é um fator predisponente essencial, tendo outros fatores ambientais que contribuem para o risco. 
As mutações “condutoras” mais frequentes no melanoma afetam o controle do ciclo celular, as vias pró-
crescimento e a telomerase. 
 
MUTAÇÕES QUE INATIVAM OS GENES DE CONTROLE DO CICLO CELULAR 
O gene CDKN2A está mutado em cerca de 40% das linhagens no melanoma familiar autossômico 
dominante. O CDKN2A é um locus complexo, que codifica três supressores de tumor diferentes, p15, p16 e ARF. 
A perda de p16 claramente está implicada no melanoma humano, e evidências experimentais também sustentam 
um papel para a perda de ARF. A p16 inibe a CDK4 e a CDK6, reforçando, assim, a capacidade do supressor de 
tumor RB de bloquear as células na fase G1 do ciclo celular. Em contrapartida, o ARF aumenta a atividade do 
supressor de tumor p53 por meio da inibição de MDM2, uma oncoproteína que estimula a degradação de p53. O 
CDKN2A está comumente mutado nos melanomas esporádicos, embora outros mecanismos que controlam o 
ponto de checagem G1 também possam estar envolvidos. O efeito final de todas essas alterações é o mesmo: 
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aumento da proliferação melanocítica, devido à perda do controle do ciclo celular e ao escape da senescência 
celular induzida por oncogene. 
 
MUTAÇÕES QUE ATIVAM AS VIAS DE SINALIZAÇÃO PRÓ-CRESCIMENTO 
 Outros fatores que levam ao melanoma esporádico levam a aumentos 
na sinalização de RAS e PI3K/AKT, que aumenta crescimento e a sobrevida das 
células. Em 40 a 50% dos melanomas, são mutações ativadoras no BRAF, uma 
serina/treonina quinase situada a jusante na via de sinalização do RAS. Os 
melanomas com mutações em BRAF também apresentam com frequência uma 
perda do gene supressor de tumor PTEN, com ativação aumentada da via 
PI3K/AKT. Por motivos que ainda não foram esclarecidos, os melanomas que 
surgem em locais da pele não expostos ao sol raramente apresentam mutações 
nos genes BRAF ou RAS e têm maior tendência a ter mutações ativadoras no 
receptor de tirosinoquinase KIT, situado a montante na via de sinalização RAS 
e do PI3K/AKT. O PTEN também é silenciado em 20% dos melanomas que 
surgem em locais não expostos ao sol. Outros melanomas apresentam 
mutações de perda de função no gene supressor de tumor que codifica a 
neurofibromina 1 (NF1), um regulador negativo do RAS, constituindo outro 
mecanismo que desencadeia a sinalização de RAS. 
 
MUTAÇÕES QUE ATIVAM A TELOMERASE 
Sabe-se, há muito tempo, que a reativação da telomerase, a atividade enzimática que preserva os 
telômeros e protege as células da senescência (antídoto), é importante no câncer. O sequenciamento de 
melanomas esporádicos identificou a existência de mutações no promotor do TERT, o gene que codifica a 
subunidade catalítica da telomerase, em aproximadamente 70% das neoplasias, tornando o TERT o gene mais 
comumente mutado até agora identificado nesse câncer. Além disso, foram identificadas famílias com propensão 
ao melanoma raro que apresentam mutações de linhagem germinativa do promotor TERT. 
 
2. IDENTIFICAR OS ELEMENTOS DO LAUDO ANATO-PATOLÓGICO QUE INFLUENCIAM O 
PROGNÓSTICO DO MELANOMA 
Diferentemente dos nevos benignos, os melanomas exibem notáveis variações de cor, podendo aparecer 
em tonalidades de preto, marrom, vermelho, azul-escuro e cinza. Em certas ocasiões, aparecem também zonas 
brancas ou de hipopigmentação da cor da pele, às vezes devido à regressão focal da neoplasia. As bordas dos 
melanomas são irregulares e, com frequência, chanfradas, contrastando com as bordas lisas, redondas e 
uniformes dos nevos melanocíticos. 
O conceito de fases de crescimento radial e vertical é fundamental para compreender a progressão do 
melanoma. O crescimento radial descreve a propagação horizontal do melanoma dentro da epiderme e da derme 
superficial. Durante esse estágio inicial, as células neoplásicas parecem não ter a capacidade de desencadear 
metástases. As neoplasias na fase de crescimento radial enquadram-se em várias classes clinicopatológicas, 
incluindo lentigo maligno, que normalmente se manifesta como uma lesão indolente na face de homens idosos, 
que pode permanecer na fase de crescimento radial por várias décadas; o extensivo superficial, o tipo mais 
comum de melanoma, que, em geral, acomete a peleexposta ao sol; e o melanoma acrolentiginoso/de mucosa 
oral, que não está relacionado com a exposição ao sol. 
Após um período variável (imprevisível), o melanoma muda da fase radial para a fase de crescimento 
vertical, durante a qual as células neoplásicas invadem a derme profunda na forma de massa expansiva. Com 
frequência, a fase de crescimento vertical é anunciada pelo aparecimento de um nódulo e está correlacionada 
com o surgimento de um subclone neoplásico com potencial metastático. Diferentemente dos nevos 
melanocíticos, a maturação ou “neurotização” está ausente na porção invasiva profunda do melanoma. 
As células individuais do melanoma são normalmente maiores do que 
os melanócitos normais ou as células encontradas nos nevos melanocíticos. 
Elas apresentam núcleos aumentados com contornos irregulares, cromatina 
caracteristicamente condensada na periferia da membrana nuclear e nucléolos 
proeminentes e avermelhados (eosinofílicos). O aspecto das células 
neoplásicas é semelhante nas fases de crescimento radial e vertical. Enquanto 
os nevos e os melanomas são, em sua maioria, facilmente distinguidos com 
base no seu aspecto, uma pequena fração de lesões “atípicas” situa-se em uma 
zona de indefinição histológica; essas lesões, denominadas tumores 
melanocíticos de potencial incerto de malignidade, exigem excisão completa e 
acompanhamento clínico rigoroso. 
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Após a excisão do melanoma, são utilizadas várias características patológicas para avaliar a probabilidade 
de disseminação metastática e o prognóstico. Um modelo utilizado para prever o resultado baseia-se, em parte, 
nas seguintes variáveis patológicas: 
(1) profundidade de invasão da neoplasia (espessura de Breslow); 
(2) número de mitoses; 
(3) evidência de regressão da neoplasia (presumivelmente devido à resposta imune do hospedeiro); 
(4) ulceração da pele sobrejacente; 
(5) presença e número de linfócitos que infiltram a neoplasia; 
(6) localização (extremidade ou parte central do corpo). 
Os determinantes de um prognóstico mais favorável nesse modelo incluem: menor profundidade da 
neoplasia; poucas mitoses (< 1 mm2) ou a sua ausência; uma resposta ativa dos linfócitos que infiltram a 
neoplasia; e ausência de regressão e de ulceração. Como a maioria dos melanomas inicialmente produz 
metástases para linfonodos regionais, podem-se obter informações prognósticas adicionais por meio de uma 
biopsia de linfonodo sentinela, da mesma forma como é feito no câncer de mama. O comprometimento 
microscópico do linfonodo sentinela, até mesmo por um pequeno número de células do melanoma 
(micrometástases), confere um prognóstico pior. O grau de comprometimento e o número total de linfonodos 
afetados têm uma boa correlação com a sobrevida global. 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
Os sinais de alerta mais importantes, às vezes denominados ABCDE do 
melanoma, são os seguintes: (1) assimetria; (2) bordas irregulares; (3) cor variegada; (4) 
diâmetro crescente; e (5) evolução ou mudança com o passar do tempo, particularmente 
se for rápida. Como os melanomas localmente avançados produzem, com frequência, 
metástases, o seu reconhecimento precoce e excisão completa são fundamentais. O 
melanoma cutâneo é normalmente assintomático, embora o prurido ou a dor possam 
constituir manifestações iniciais. A maioria das lesões tem mais de 10 mm de diâmetro 
por ocasião do diagnóstico. Os sinais clínicos mais consistentes incluem mudanças na 
cor, no tamanho ou no formato de uma lesão pigmentada. 
As descobertas moleculares na patogênese do melanoma levaram à obtenção 
de sucesso no tratamento desse tipo de câncer com fármacos dirigidos para as vias RAS 
e PI3K/AKT. Essas abordagens são urgentes, visto que o melanoma metastático é 
resistente à quimioterapia convencional e à radioterapia. É provável que essas terapias-
alvo sejam utilizadas em combinações adaptadas para se ajustar às lesões moleculares 
oncogênicas encontradas em neoplasias individuais. Muitos tumores com mutações de 
BRAF responde aos inibidores de BRAF, outras neoplasias que de outros subtipos moleculares não têm essa 
resposta. 
O reconhecimento de que o melanoma é inerentemente imunogênico também levou ao desenvolvimento 
bem-sucedido de esquemas terapêuticos que utilizam anticorpos que inibem proteínas do ponto de checagem 
imune, como CTLA4 e PD1. O melanoma é um dos cânceres mais responsivos aos inibidores de ponto de 
checagem, que retiram os freios de um sistema imune que está pronto para responder a neoantígenos tumorais. 
Os esforços atuais estão concentrados em maximizar a resposta da neoplasia a inibidores do ponto de checagem, 
a fim de evitar a toxicidade resultante do ataque autoimune aos tecidos normais do hospedeiro. 
 
3. DESCREVER O ESTADIAMENTO DOS ELEMENTOS 
O sistema de estadiamento mais utilizado mundialmente é proposto pela American Joint Committe on 
Cancer (AJCC). Sendo amplamente utilizado por várias décadas no estadiamento, avaliação prognóstica e na 
tomada de decisão nos pacientes com melanoma. 8ª edição – 2017. 
T – Detalhes do tumor primário 
N – Detalhes dos linfonodos regionais 
M – Detalhes da doença sistêmica 
De acordo com os dados obtidos pelo TNM, o paciente será enquadrado no Estadiamento Clínico (EC, 
cTNM), dividido em 4 estágios: 
o EC I e EC II: doença localizada apenas como primária. 
o EC III: doença localização da área loco regional. 
o EC IV: doença sistêmica. 
Esse estadiamento é efetuado após biópsia da lesão primária com os detalhes do microestadiamento e a 
análise clínica ou histológica dos linfonodos regionais. Para maiores detalhes, usa-se o Estadiamento Clínico 
Patológico (pTNM) com informações tanto do microestadiamento da lesão primária (detalhes completos pós-
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ampliação das margens dele) bem como avaliação histológica dos linfonodos regionais (após biopsia do linfonodo 
– BLNS) e/ou linfadenectomia regional completa. 
 
SISTEMA PRÁTICO E REPRODUTÍVEL 
Critérios devem refletir a biologia do melanoma, baseados em resultados consistentes, provenientes de 
pacientes tratados em múltiplas instituições de diferentes países. Deve ser baseado em evidências e refletirem 
os fatores prognósticos dominantes identificados por análise de regressão multivariada de Cox. Devem ser 
relevantes na prática clínica corrente e regularmente incorporados em estudos clínicos. Dados requeridos devem 
ser suficientemente fáceis para os serviços de tumores identificá-los em prontuários médicos e codificá-los nos 
sistemas de estadiamento. 
 
T 
 
COM BASE NA ESPESSURA DE 0,8 MM 
T1a: melanomas não ulcerados com espessura < 0,8 mm. 
T1b (duas possibilidades): 1melanomas com espessura entre 0,8 e 1,0 mm, independe de ulceração e 2< 
0,8 mm com ulceração. 
OBS: não se utiliza mais mitoses para o estadiamento em T1. 
Mas no relatório anatomopatológico sim, por terem valor prognóstico. 
 
ESPESSURA DE BRESLOW 
Deve ser corrigida e apresentada uma única casa decimal, 
devendo se aproximar mais de 0,1 mm e não de 0,01 mm. Usando-
se apenas uma casa decimal, aproximando-se para mais quando 
acima de 0,05 e para menos abaixo disto. 
EX: melanoma com 0,75 mm deve ser expresso no laudo 
anatomopatológico como 0,8 mm (T1b). E o de 0,94 será expresso 
como 0,9 mm. 
Se o melanoma não tiver comprometimento epidérmico o Breslow deve ser a partir da camada granulosa. 
 
DEFINIÇÃO DE T0 
Quando não se tem evidências de primário. E quando há regressão completa do melanoma. 
 
DEFINIÇÃO DE TX 
Quando não é possível medir o Breslow (qualidade do corte histológico, cortes tangenciais ou curetagem). 
Quando o corte é tangencial pode-se mencionar a espessura para efeito do tratamento,por supor que a 
verdadeira medida não será maior do que a medida dele, pois os cortes tangenciais tendem a aumentar a 
espessura do Breslow medido. Não se deve medir Breslow se a epiderme não está representada no corte. 
 
DEFINIÇÃO DE TIS 
Melanomas in situ. 
 
BIÓPSIA PARCIAL 
Quando é feita por punch ou shaving, lesão representada parcialmente, deve-se medir a espessura 
segundo Breslow e informar no relatório anatomopatológico que tem espessura da maior espessura encontrada 
no espécime. Essa espessura define a categoria de T clínica e não mudara após reexcição ampla. Entretanto o 
patologista poderá adicionar a espessura encontrada na rescisão àquela encontrada na biópsia parcial, desde 
que acima do melanoma residual e desde que haja evidências de fibrose cicatricial dela proveniente (sem 
validação para essa prática, apenas sugestão). 
 
CATEGORIZAR T DE PACIENTES COM MÚLTIPLOS MELANOMAS 
Devem ser categorizados pelo que exibe o maior T e ser mencionado como no estadiamento como m. 
EX: paciente com múltiplos melanomas cujo maior T é T3, e não tem metástases linfonodais ou 
sistêmicas, deve ser mencionado como pT3(m)NOMO ou pelo número de melanomas: p3(3)NOMO. 
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ULCERAÇÃO 
Deve ser mencionada se a epiderme desapareceu e foi substituída por crosta fibrinosaleucocitária. 
Erosões parciais e sítios de biópsias anteriores não configuram ulceração. 
 
N 
A metástase loco-regional pode apresentar-se de duas 
formas: nodal ou não nodal. A nodal consiste em envolvimento 
linfonodal regional, chamada clinicamente ou por imagem bem 
como – metástase oculta – detectada pela avaliação do linfonodo 
sentinela. A não nodal é representada pelas micrometástases 
patologicamente detectadas ou pelas lesões satélites ou em 
trânsito, clinicamente avaliáveis. 
As metástases loco-regionais não nodais podem ocorrer 
por espalhamento angiotrópico ou intralinfático e são 
classificadas em 3 formas: 
Satélite (SAT): tumor grosseiramente visível até 2 cm do 
primário. 
Microssatélites (MSAT): metástases microscópicas, cutâneas e/ou subcutâneas. Encontradas no exame 
histológico, descontínuo do foco do tumor primário, não podendo haver fibrose ou inflamação separando os focos 
(caracterizaria regressão) e sem tamanho ou distância mínimas do primário. 
Metástase em trânsito (MIT): tumor clinicamente evidente, dérmico ou subcutâneo, a partir de 2 cm do 
primário em direção ou não ao primeiro foco de drenagem linfática. 
 
METÁSTASE LINFONODAL DETECTÁVEL CLINICAMENTE OU POR IMAGEM 
cN1 ou maior: histologia confirmada por agulha ou LNS importante, definido como LN positivo. A 
recomendação atual é descrever a maior dimensão do maior foco encontrado no LNS, em mm, medido pelo 
micrometro ocular. 
N+ = número de linfonodos envolvidos compreende a soma daqueles detectados por BLNS (+) mais os 
encontrados na complementação. 
pN1 (sn): LN positivo diagnosticado por técnica de LNS sem completar a linfadenectomia, se esta for será 
pN1. 
Extensão Extra Nodal (ENE) ou extracapsular: extensão da metástase fora da cápsula, invadindo tecido 
adjacente, podendo ou não formar blocos linfonodais coalescentes. 
 
RESUMO 
Substituição do termo LN (+) “microscópico” por “clinicamente oculto” (EC I-II com meta nodal determinada 
pela BLNS). Substituição do termo LN (+) “macroscópico” por clinicamente detectado” (EC III). 
Volume do tumor no LNS é considerado fator prognóstico de doença regional e deve ser definido para 
todos os pacientes, mas não é usado para determinar categoria de N. 
Doença regional não nodal (microssatélite, satélite, doença em trânsito cutânea ou subcutânea) 
Extensão extranodal “grosseira” não é mais usada para categoria de N, mas a 
presença de nodos “coalescentes” deve ser referida no laudo histológico. 
*Heterogeneidade dos pacientes classificados como EC III, que são divididos 
em 4 subcategorias com curvas de sobrevida específica por melanoma (MSS) diferentes 
entre si, conforme volume tumoral no LNS, presença ou não de ulceração e número de 
LN positivos. 
 
M 
M1a: comprometimento metastático restrito a pele e tecido subcutâneo. 
M1b: comprometimento do pulmão com doença metastática. 
M1c: comprometimento de outros órgãos sem ser cérebro. 
M1d: comprometimento do SNC metastático 
DHL (desidrogenase láctica, depende da isoforma, normalmente 
codifica lesão tecidual, sendo uma codificação de item extra): com sufixo (0) 
normal ou (1) alterado. 
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A avaliação de lesões melanocíticas requer excisão completa da camada completa da lesão removida 
intacta. O melanoma cutâneo, prognostico pode ser afetado pelo sítio anatômico primário. 
 
SUBTIPOS HISTOLÓGICOS 
1- Melanoma superficial espalhador 
2- Melanoma nodular 
3- Melanoma lentigo maligno 
4- Melanoma acreal lentigo 
5- Melanoma lentigo mucoso 
6- Melanoma desmoplásicos neutrópico 
7- Melanoma proveniente de nevo azul 
8- Melanoma proveniente de um nevo congênito gigante 
9- Melanoma na infância 
10- Melanoma nevoide 
11- Melanoma persistente 
12- Melanoma apenas 
Primário tumor espessura (Breslow espessura) e anatômico (Clerk) leveis. A espessura máxima do tumor 
é medida com um calibrador ocular micrometro no ângulo da pele adjacente. A referência do ponto superior é a 
camada da granulosa da epiderme acima da pele e se a lesão está ulcerada, a base da úlcera. O ponto de 
referência inferior é o ponto mais profundo da invasão tumoral. 
 
CLARK LEVEIS 
o Intraepidérmico tumor apenas. 
o Tumor presente, mas não ocupa e expande para derme papilar. 
o Tumor preenche e ocupa derme papilar. 
o Tumor invade para derme reticular. 
o Tumor invade subcutâneo. 
 
ULCERAÇÃO 
É um fator dominante para melanoma cutâneo sem metástase, se presente muda de pT estágio de T1a 
para T1b. Sendo confirmado por examinação microscópica. A ulceração do melanoma é definida pela combinação 
de espessura completa do defeito epidérmico (incluindo a ausência da camada estrato córnea e da base da 
membrana), evidência de mudanças reativas (deposição de fibrina, neutrofilia), “afinamento”, apagamento ou 
hiperplasia reativa com epiderme ao redor com presença de trauma ou recente cirurgia. Normalmente, 
melanomas ulcerados apresenta invasão sobre a epiderme, enquanto os melanomas não ulcerados possuem 
tendência de elevar a epiderme. Tem uma correlação entre ulceração e espessura. Os melanomas ulcerados, a 
média da espessura é de 3 mm, para os não ulcerados é de 1.3 mm. Melanomas finos (até 1mm), a invasão é 
mais preditiva de sobrevivência do que com ulceração. Melanomas maiores de 1 mm, a ulceração pode ocorrer. 
Se a taxa mitótica for levada em conta, a ulceração perde a importância. 
 
MARGENS DE SEGURANÇA 
Ainda não foi estabelecida na literatura, sendo definido se o melanoma é in situ ou invasivo. 
 
TAXA MITÓTICA 
1 ou mais figuras mitóticas por quadrado mm é um prognostico ruim para o melanoma cutâneo, indo de 
ypT1a ou para pT1b. Primeiro acha-se uma área da derme que possuí mais figuras mitóticas – hot spot – depois 
de contar as mitoses no hot spot, a contagem é estendida para as áreas adjacentes até a área correspondente 
para 1mm2 ser acessada. Se não tiver hot spot e as mitoses forem espalhadas e aletoriamente espalhadas, a 
contagem é expressa por número de mitoses/mm2. Para ter uma contagem correta, a calibração individual 
microscópica é recomendada. Para classificar um melanoma fino, pode ser definido como melanoma não 
ulcerado como T1b > mitoses/mm2. 
Quando se tem um componente invasivo, o tumor de <1 mm2, o número de mitoses presentes na 1mm2 
do tecido da derme que incluí o tumor tem que ser enumerada e gravado como número por milímetro quadrado. 
O tumor com componenteinvasivo de <1 mm2 da área, com presença ou ausência de mitose pode ser designado 
como pelo me os 1 mm2 ou 0/mm2. As mitoses enumeradas devem ser melanocíticas e dermal. 
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O método de hot spot, é a identificação de apenas uma mitose no componente da derme, 
independentemente do tamanho do componente, é suficiente para uma taxa mitótica maior ou igual a 1 por 
milímetro quadrado e vira um melanoma pT1b. 
 
MICROSSATÉLITES 
Presença de um tumor maior que 0,05 mm em diâmetro e que a derme reticular, panículo ou vasos abaixo 
do tumor principal invasivo, mas separado por pelo menos 0,3 mm do tecido normal em que o Breslow foi tirado. 
 
INVASÃO VASCULAR 
Correlaciona com a piora da sobrevivência. 
 
INVASÃO PERINEURAL 
Relacionada com subtipos desmoplásicos neuroides. Pode estar correlacionado com aumento da 
reincidiva. 
 
LINFÓCITOS INFILTRANTES TUMORAIS (TIL) 
Prognóstico adverso em melanoma cutâneo. Para qualificar os linfócitos eles devem ser cercados e 
disrupções células tumorais no crescimento vertical. 
TILs não identificados: não estão presentes ou estão presentes, mas não 
possuem tumor infiltrados 
TILs nonbrisk: linfócitos infiltrativo melanoma focalmente, mas não alonga 
a base toda do crescimento vertical. 
TILs brisk: linfócitos difusamente infiltrados em toda a base do crescimento 
vertical ou em todo o componente invasivo do melanoma. 
 
REGRESSÃO DO TUMOR 
Substituição de células tumorais de linfócitos inflamados e da atenuação da epiderme e da derme não 
laminada com fibrose com células inflamatórias, melanocitoses e telangiectasia. 
 
PADRÕES DE CRESCIMENTO E FASES 
Crescimento radial: tumor demonstra uma citologia uniforme com aparência e é geralmente mais largo 
que profundo, com critério de presença de melanoma in situ 3 ou com mais cumes rete além do componente 
invasivo. 
Crescimento vertical: prognóstico adverso para melanoma cutâneo. Os melanomas nodulares são 
definidos por crescimento vertical, pela presença de 1 ou mais conjunto maiores que a o maior conjunto epidermal 
e da presença de atividade mitótica na derme. 
 
NÓDULOS LINFÁTICOS 
A remoção de linfonodos sentinelas podem ser realizada em pacientes com melanomas com espessura 
de 1 mm ou maior, o uso de imuno-histoquímica manchas devem ser usado para examiná-los. 
 
TUMOR RESIDUAL 
o RX: presença de tumor residual que não pode ser acessado 
o R0: não tem tumor residual 
o R1: tumor residual microscópico 
o R2: tumor residual macroscópico 
 
4. CITAR AS INDICAÇÕES DO EXAME PER-OPERATÓRIO DE CONGELAÇÃO 
É um procedimento cansativo, caro e longo, usado por cirurgiões para satisfazer a curiosidade, 
compensando a deficiência de reconhecer estruturas anatomicamente normais ou como mecanismos pra 
comunicar os resultados de maneira imediata para a família. 
 
OBJETIVOS 
Presença e natureza da lesão, determinar a adequabilidade das margens cirúrgicas e estabelecer se o 
tecido contém material diagnosticável ou se será necessário material adicional. Às vezes, o patologista não 
“ABCDE”	–	Módulo	3	 	 	 	 	 										 	 	 		 	 	Daniella	Machado				
Tutoria	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																	 	 	 					 	 																									TURMA	XXVI	
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chegará a um diagnóstico, cabendo ao cirurgião se dará tecido a mais para outra amostra ou se irá fechar a 
incisão. 
O diagnóstico verbal para o cirurgião deverá ser transcrito em um formulário e 
copiado (sendo posto na tabela). Outra cópia deverá ficar no laboratório e preenchida pela 
frozen section slides. Sendo conferida por um patologista sênior, tendo uma concordância 
entre o diagnóstico final do congelado e do diagnóstico final normal. Normalmente tem 
uma acurácia alta. 
 
DISCREPÂNCIAS: 
Mal interpretação do material congelado seccionado. 
Ausência do tecido diagnosticado no material congelado e presença no material não retirado. 
Ausência do tecido diagnosticado congelado e presença no tecido permenentemente seccionado. 
O principal objetivo não é dar um sofisticado diagnóstico, e sim ajudar durante a cirurgia, como aumentar 
a margens cirúrgicas, fazer uma lobotomia ou parar. 
De maneira utópica o cirurgião e o patologista devem ter discutido esse caso antes, sendo aconselhado 
pelo patologista a melhor área para biópsia. Sendo skillful para selecionar a melhor espécime recebida para 
examinar microscopicamente. A crioscopia é usada rotinalmente como uma técnica para as secções obtidas. É 
preferível o uso de hematoxilina – eosina pela qualidade das preparações e uma melhor correlação que permite 
nas secções permanentes. 
 
5. CONCEITUAR LINFONODO SENTINELA E RECONHECER E NECESSIDADE DE 
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DA AVALIAÇÃO 
É o primeiro linfonodo no trajeto do tumor até a cadeia linfonodal regional, pode ser detectada por injeção 
do tumor de radioisótopos ou corantes que atingem a via linfática, e o exame de cortes congelados do linfonodo 
sentinela realizado durante a cirurgia pode guiar o cirurgião para a terapia apropriada. O exame microscópico do 
linfando sentinela é procedimento de rotina no estadiamento de tumores da mama e melanomas. 
BIBLIOGRAFIA 
Bogliolo 
Robbins 
Grupo Brasileiro de Melanoma, Novas definições e comentários referentes ao estadiamento proposto na 
8ª edição da AJCC de 2017

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