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ANATOMIA ANOTAÇÕES DE ESTUDO VETERINÁRIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS I Aluno: Wagner Francalino Parte 7: Sistema Respiratório Nariz Externo; Cavidade Nasal; Porção Nasal da Faringe; Laringe; Traqueia; Brônquios; Pulmões. Bronquíolos Respiratórios Ductos Alveolares Sacos Alveolares Alvéolos O sistema respiratório é essencial para a troca de cases entre o ar e o sangue. A respiração compreende tanto o transporte de gases até as células como os processos oxidativos no seu interior. As pequenas partículas de poeiras aspiradas com o ar, são filtradas e ele então é umedecido e aquecido nas vias respiratórias, as quais transferem o ar para os pulmões. Nos pulmões, o oxigênio se propaga do ar inspirado para o sangue, e o dióxido de carbono, do sangue para o ar. O Transporte desses gases pulmonares para as células e seu retorno aos pulmões é executado pelo sistema circulatório. O sistema respiratório pode ser dividido em vias respiratórias e locais de troca de gases. As vias respiratórias é constituída de: Já os locais de troca de gases são constituídos de: cavidade nasal porção nasal da faringe laringe esôfogo traqueia 1 ª costela lobo cranial esquerdo, parte cranial lobo caudal diafragma SISTEMA RESPIRATÓRIO anotações de estudo - aluno Wagner francalino - medicina veterinária lobo cranial esquerdo, parte caudal brôquios alvélos O sistema respiratório desempenha uma série de funções. O nariz inclui receptores olfativos, os quais fornecem informações sobre o ambiente que podem ser usadas para orientação e para proteção contra substâncias nocivas. A cavidade nasal e as conchas aquecem e umedecem o ar e filtram corpos estranhos. A laringe protege a entrada para a traqueia, regula a inspiração e expiração de ar e desempenha uma função essencial para a vocalização, auxiliada por outros órgãos como a língua. A traqueia se divide em brônquios do tronco principal, os quais se subdividem até as divisões terminais, os alvéolos, o local principal de troca gasosa. FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR NARIZ O nariz compõe-se de: ● Narinas externas e suas cartilagens nasais associadas; ● Cavidade nasal com o meato e as conchas nasais; ● Seios paranasais. osso incisivo maxilar osso zigomático osso frontal osso incisivo maxilar palatino filtro anotações de estudo - aluno Wagner francalino - medicina veterinária O nariz é formado por um conjunto de ossos: VISTA LATERAL VISTA FRONTAL VISTA DORSAL osso lacrimal O ápice do nariz e a parte rostral da mandíbula e do maxilar foram o focinho. A forma e o tamanho do focinho e a natureza do tegumento exibem diferenças significativas entre as espécies. No bovino, o tegumento da região rostral é modificado para formar o plano nasolabial liso e sem pelos. A mucosa é coberta por um epitélio estratificado, umedecido por glândulas serosas da mucosa. O plano nasal é dividido por um sulco mediano, o filtro, que prossegue ventralmente e divide o lábio superior. No suino, o ponto móvel em formato de disco de focinho, é denominado de focinho ou rostro. O focinho é sustentado pelo osso rostral e coberto por pele modificada, a qual forma o plano rostral e inclui pelos táteis e glândulas mucosas, que umedecem a superfície. PLANO NASAL CACHORRO CABRA CAVALO PLANO ROSTRAL PLANO NASOLABIAL PORCO VACA concha nasal dorsal concha nasal média concha nasal média concha nasal ventral CAVIDADE NASAL A cavidade nasal se prolonga das narinas até as coanas. Sendo dividas pelo septo nasal em um lado direito e esquerdo. As conchas nasais se projetam para o interior da cavidade nasal e servem para a aumentar a superfície da área respiratória. Em animais que possuem um senso de olfato apurado, como o cão, as conchas nasais são mais complexas aumentando ainda mais a superfície olfativa. Caudoventralmente, a cavidade nasal se comunica com a porção nasal da faringe pelas coanas. CONCHAS NASAIS Endoturbinado I: é o turbinado mais extenso situado mais dorsoalmente e o que mais se prolonga no interior da cavidade nasal. Ele forma a base óssea da concha nasal dorsal. Endoturbinado II: é próximo ao endoturbinado I e forma a parte óssea da concha nasal média. As conchas nasais são tubos cartilaginosos ou ossificados com mucosa nasal que ocupam a maior parte da cavidade nasal. Elas apresentam disposição complexa e característica de cada espécie. Os endoturbinados formam as partes das conchas nasal dorsal e média, mas a concha nasal ventral é composta por parte da maxila. concha nasal ventral concha nasal dorsal MEATOS NASAIS Meato Nasal Dorsal: É a passagem entre o teto da cavidade nasal e a concha nasal dorsal. Ele conduz diretamente ao fundo da cavidade nasal e canaliza o ar para a mucosa olfativa. Meato Nasal Médio: Situa-se entre as conchas nasais dorsais e ventral e se comunica com os seios paranasais. Meato Nasal Ventral: É o caminho principal para o fluxo do ar que conduz à faringe e situa-se entre a concha nasal ventral e o assoalho da cavidade nasal. As conchas dividem a cavidade nasal em uma série de sulcos e meatos. Há três meatos nasais nos mamíferos domésticos. meato nasal dorsal meato nasal médio meato nasal vetral SEIOS PARANASAIS Os seios são espaços da cavidade nasal que formam cavidades preenchida com ar entre as lâminas externas e internas dos ossos do crânio. Eles fornecem proteção térmica e mecânica à orbita, à cavidade nasal e às cavidades cranianas, e também alargam as áreas de fixação muscular sem aumentar consideravelmente o peso do crânio. anotações de estudo - aluno Wagner francalino - medicina veterinária seio maxilar rostral seio esfenopalatino seio frontal cartilagem epiglótica cartilagem tireóidea cartilagem cricóidea abertura nasomaxilar Os seios paranasais são revestidos por mucosa respiratória, a qual é extremamente delgada e pouco vascularidade. Esses seios sofrem uma expansão significativa após o nascimento e continuam a aumentar de tamanho com o avanço da idade. Já nos bovinos e equinos esses seios são bastante desenvolvidos. Os seguintes seios paranasais podem ser encontrados no crânio de animais domésticos: Seio Maxilar, Seio Frontal, Seio Palatino, Seio Esfenoidal, Seio Lacrimal e Seio da Concha Dorsal seio maxilar caudal seio da concha dorsal TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR LARINGE O trato respiratório superior é formado por : nariz externo, cavidade nasal (conchas nasais e meatos nasais) e seios paranasais. A laringe é um órgão musculocartilaginoso cilíndrico e bilateralmente simétrico que conecta a faringe a traqueia. Ela protege a entrada a traqueia e impede a aspiração de corpos estranhos pelo trato respiratório inferior. Além de ser importante para a vocalização. As paredes da laringe são formadas pelas cartilagens laríngeas a por seus músculos conectores e ligamentos, os quais unem a laringe ao aparelho hióideo rostralmente e à traqueia caudalmente. Cartilagem Epiglótica. Cartilagem Tireóidea. Cartilagem Aritenóidea. Cartilagem Cricóidea. O esqueleto da laringe é composto das seguintes cartilagens laríngeas bilateralmente simétricas. A cartilagem epiglótica forma a base da epiglote. A Epiglote se assemelha a uma folha com um pequeno pecíolo e uma corpo amplo e é formada de cartilagem elástica. Seu ápice livre está voltado para a direção rostral. Durante a deglutição, a cartilagem epiglótica pende caudalmente para cobrir a entrada para a cavidade laríngea. SECÇÃO DORSAL DA LARINGE DE UM EQUINO A cartilagem tireóidea contém cartilagem hialina, a qual pode se ossificar com a avançar da idade, e forma as paredes laterais e o assoalho da laringe. Ela possui duas lâminas laterais e um corpo ventral. O processo rostral se articula com o osso hioide, e o processo caudal com a cartilagem cricóidea. CARTILAGEM DO CÃO CARTILAGEM DO EQUINO processo rostral processo caudal lâmina esqueda lâmina direita processo rostral processo caudal lâmina esquerda lâmina direita anotações de estudo - aluno Wagner francalino - medicina veterinária processo muscularprocesso corniculado processo corniculado processo muscular processo vocal crista mediana lâmina cricóidea arco articulação cricotereóidea arco As cartilagens aritenóideas são formadas de cartilagem hialina, e são as únicas cartilagens laríngeas pares que se encontram dorsalmente para cobrir a abertura deixada pela lâmina da cartilagem tireóidea, formando assim a maior parte do teto da laringe. Essa cartilagem apresenta forma de triângulo. CARTILAGEM DO CÃO CARTILAGEM DO EQUINO processo vocal As cartilagens cricóidea forma um anel complexo na extremidade caudal da laringe. Ela possui formato de anel com o seu dorso expandido e um arco ventral mais estreito. Em seu dorso existe articulação com a cartilagem aritenóidea em caudamente com o processos caudais da cartilagem tireóidea. Assim, como as demais a cartilagem cricóidea é formada por cartilagem hialina, ao qual também pode se ossificar com a idade. CARTILAGEM DO CÃO CARTILAGEM DO EQUINO articulação cricoaritenóidea Durante a deglutição, a epiglote protege o trato respiratório inferior contra a aspiração de corpos estranhos. A glote se fecha (expiração) e se abre (inspiração) ritmadamente durante a respiração. Outra função importante da laringe é a vocalização. traqueia cartilagem cricóidea cartilagem aritenóidea cartilagem epiglótea cartilagem tireóidea As cartilagens cricóidea, aritenóidea e tireóidea são compostas por cartilagem hialina. Já a cartilagem epiglótica é formada por cartilagem elástica. anotações de estudo - aluno Wagner francalino - medicina veterinária membrana do músculo respiratório cartilagem traqueal músculo traqueal músculo traqueal cartilagem traqueal membrana do músculo respiratório A traqueia se prolonga deste a cartilagem cricóidea da laringe até sua bifurcação. Ela compõe-se de uma série de cartilagens hialinas em formato de "C" conectados por ligamentos. Onde sua principal função e a condução do ar até os pulmões e a captura de partículas estranhas. As cartilagens branqueais se abrem dorsalmente e apresentam formas diferentes em cada espécie doméstica. O espaço que surge quando essas cartilagens não se encontram dorsalmente é coberto por músculo traqueal transverso e por tecido conectivo. TRAQUEIA CÃO SUÍNO BOVINO EQUINO A traqueia mantem-se aberta constantemente, devido a ser composta por anéis de cartilagem, que impedem seu colabamento, uma vez que o ar não tem força suficiente para abrir passagem. O anel cartilaginoso da traquéia apresenta-se de diferentes formas de acordo com cada espécie, sendo achatado dorso-ventralmente em carnívoros e equinos. O que diferencia o anel em carnívoros e equinos é que nos primeiros o músculo traqueal é dorsal ao anel, e nos equinos é ventral. BRÔNQUIOS E BRONQUÍOLOS Os brônquios são tubos semelhantes à traqueia, que conduzem o ar desta até o interior dos pulmões (alvélos). A diferença entre traqueia e brônquios é, além do calibre, o anel de cartilagem, sendo que este é semiaberto na traqueia e completamente fechado nos brônquios. O ponto de bifurcação entre os brônquios chama-se carina traqueal. Em suínos e ruminantes há a presença de um terceiro brônquio, o traqueal, que emerge da traqueia no lobo cranial direito do pulmão. traqueia região carina traqueal brônquio principal esquerdo brônquio principal direito bronquíolos PULMÃO O pulmão direito e o pulmão esquerdo são basicamente semelhantes e se conectam um com outro na bifurcação da traqueia. Eles são órgãos elásticos preenchidos com ar dotados de uma textura suave e esponjosa. Cada pulmão possui uma fase costal, uma fase mediastinal e uma fase diafragmática. A área do pulmão que recebe os brônquios principais, acompanhados pelos vasos pulmonares, nervos é conhecida como hilo pulmonar. Para as espécies domesticas os pulmões são apresentados da seguinte forma: anotações de estudo - aluno Wagner francalino - medicina veterinária lobo cranial esquerdo porção cranial lobo caudal esquerdo lobo caudal direito lobo cranial direito lobo médio lobo cranial direito lobo médio lobo caudal direito lobo caudal esquerdo lobo cranial esquerdo porção cranial LOBOS PULMONARES DO GATO LOBOS PULMONARES DO CÃO lobo cranial esquerdo porção caudal lobo acessórioo lobo acessórioo lobo cranial esquerdo porção caudal LOBOS PULMONARES DO EQUINO lobo cranial direito lobo caudal direito lobo acessórioo lobo caudal esquerdo lobo cranial esquerdo LOBOS PULMONARES DO BOVINO lobo caudal direito lobo cranial direito porção cranial lobo médio lobo acessórioo lobo cranial direito porção caudal brônquio traqueal lobo cranial esquerdo porção cranial lobo cranial esquerdo porção caudal lobo caudal esquerdo LOBOS PULMONARES DO SUÍNO lobo cranial direito brônquio traqueal lobo médio lobo caudal direito lobo acessórioo lobo cranial esquerdo porção cranial lobo cranial esquerdo porção caudal lobo caudal esquerdo anotações de estudo - aluno Wagner francalino - medicina veterinária Somente em suínos e bovinos temos o brônquio traqueal. Os equinos possuem somente cinco lobos. Os bovinos possuem porção cranial e caudal do lobo cranial esquerdo e direito PLEURA Os pulmões encontram-se revestidos por uma membrana serosa delicada, a pleura, que está disposta na forma de um saco fechado, invaginado. Um folheto desta membrana serosa recobre a superfície pulmonar e mergulha nas fissuras entre os lobos pulmonares, esse folheto é conhecido como pleura pulmonar ou visceral. O restante desta membrana reveste a superfície interna da parede torácica, recobre o diafragma, e está refletida sobre as estruturas mediastinais, esta porção é chamada de pleura parietal. As duas camadas são contínuas umas a outra e abaixo no hilo pulmonar. Quando saudáveis elas estão em íntimo contato, mas podem criar uma cavidade durante um processo patológico, esse espaço em potencial é denominado cavidade pleural. A pleura direita e esquerda são separadas uma da outra e só se tocam na porção anterior do tórax, posteriormente ao esterno. Entre os dois sacos pleurais localiza-se o mediastino. Diferentes partes da pleura parietal receberam nomes especiais que indicam sua posição, logo a porção que reveste a superfície interna das costelas é a pleural costal; a porção que recobre o diafragma é a pleura diafragmática; aquela que se insinua pelo pescoço, acima do ápice pulmonar é a cúpula pleural ou pleura cervical; e a que tocas as estruturas do mediastino é a pleura mediastinal. pleura visceral pleura parietal pleura costal costelas pleura mediastinal pleura diafragmática diafragma DIAFRAGMA O diafragma é uma folha musculotendinosa. Possui três partes musculares (esternal, costal e lombar), cada uma com sua própria origem e todas inseridas no tendão central do diafragma. O diafragma tem um formato de duas cúpulas, com a cúpula direita posicionada ligeiramente mais alta do que a da esquerda devido ao fígado. O diafragma tem duas superfícies: torácica e abdominal. O diafragma torácico está em contato direto com os pulmões e o pericárdio, que envolve o coração. Enquanto o diafragma abdominal está em contato direto com o fígado, o estômago e o baço. O diafragma é um dos principais músculos da respiração. Quando as fibras musculares se contraem, o diafragma fica achatado. Isso aumenta o volume da cavidade torácica verticalmente, o que diminui a pressão intrapulmonar resultando na entrada de ar para os pulmões. Quando o diafragma relaxa, o volume torácico diminui, a pressão intrapulmonar aumenta e o ar sai dos pulmões. anotações de estudo - aluno Wagner francalino - medicina veterinária https://anatomiaonline.com/mediastino https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pulmao https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/coracao https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/baco https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-respiracaohttps://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pulmao
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