Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Prevenção Primária e Rastreamento Oncológico Sobre essa aula: • É um tema de grande relevância, independente da especialidade; • Os pacientes irão procurar o médico e perguntar sobre a prevenção, o rastreamento e as diferenças desses termos. Níveis de prevençao oncológica: Existe nível de prevenção primária, secundária e até terciária; • Prevençao primária; o São as abordagens que o médico faz para que o paciente não venha desenvolver a doença; o A palavra-chave da prevenção primária é a PRÉ-DOENÇA; o É a estratégia mais eficiente. • Prevençao secundária; o A prevenção secundária é pré-sintoma, ou seja, iremos encontrar a doença antes de ela se manifestar; o Os pacientes geralmente nessa fase são assintomáticos; • Prevençao terciária; o Assistência e reabilitação; o Pré-progressão, significa basicamente tratar a doença; § Um câncer pode evoluir de duas formas: por contiguidade e metástase. • Prevençao quaternária: o Evitar expor ao paciente a exames excessivos que possa causar danos iatrogênicos; § As vezes pedir muitos exames causam falsos resultados, falsas condutas e evita danos por iatrogenia. A fisiopatologia do câncer: O câncer é um evento probabilístico genético, ou seja, em algum momento a divisão celular pode ter erros que resultam em uma divisão celular desenfreada e errônea. Essa multiplicação ou não junto do controle ocorre pelo equilíbrio dos: • Proto-oncogenese; • Genes de supressão tumoral; Caso ocorra um desiquilíbrio entre essas duas coisas, um câncer pode vir a se desenvolver. Exemplo, um aumento de proto-oncogenes ou uma diminuição de genes supressores de tumor um câncer se desenvolve. Temos alguns conceitos que definem as fases antes mesmo de um câncer vir a se desenvolver: • Hiperplasia; o Aumento celular; • Metaplasia; o Células de um lugar diferente crescendo em um sítio não comum aquele lugar; § Esôfago de barret. • Displasia; o São lesões pré-malignas, ou seja, contém alteração da morfologia, mas ainda são células de tecido original. São lesões pré- malignas. • Neoplasia; o São células diferentes das células originais; o Quando é invasiva ou quando se dissemina gera uma neoplasia maligna. Como podemos ver, existe um caminho para a célula normal chegar ao ponto de neoplasia. O que interfere nesse caminho, ou até mesmo na interferência nos proto-oncogenes e genes de supressão tumoral são questões: • Genéticas (15%); • Ambientais (85%). As medidas de intervençao na prevençao primária: • Precisamos conhecer os fatores de risco: o Radiação, que pode ser ocupacional ou de tratamento de doenças prévias; § GERALMENTE INFLUENÇA PARA SARCOMAS. o Infecções virais; § HPV, favorece a formação de câncer genitais e de cabeça e pescoço; § EBV, associação importante com câncer de cabeça e pescoço; § HIV: a imunossupressão gerada causa desiquilíbrio que pode gerar muitos tipos de câncer, principalmente de pele; § Hepatite: B e C, associado a vários tipos de câncer, principalmente o hepatocelular. o Sol, que está associado a câncer de pele, como exemplo os melanomas e os não melanomas (CEC e CBC); § 90% da mortalidade de câncer de pele é por melanoma; § É o câncer que mais mata o Cigarro e álcool; § Câncer de pulmão; § Estômago; § Boca. o Ocupacional, que engloba o dia a dia do paciente, mas com destaque: § Sílica; 2 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO § Metais pesados. § O uso de EPI e cuidados trabalhistas. o Sedentarismo, que engloba a obesidade, e com isso marcadores inflamatórios aumenta a chance de desenvolver câncer. Devemos conhecer esses fatores de risco, e então atuar sobre eles. Rastreamento de câncer: • Um bom exame de rastreamento precisa respeitar 5 condições: o Assintomático, ou seja, o paciente assintomático que vai receber rastreamento, fazendo prevenção secundário. o Benéfico, quer dizer que o exame deve ser benéfico, e fazer o rastreamento precisa ter vantagem no que diz respeito a prognóstico. o Custo baixo. o Disponível, ou seja, fazer exame para o paciente e que ele realmente consiga fazer. o Epidemiologicamente relevante, ou seja, tem que ser um exame que faca diferença no sentido epidemiológico, para aquelas doenças mais prevalentes. Devemos lembrar que exame de rastreamento trabalha com os conceitos de sensibilidade e especificidade. • Sensibilidade: dado de um paciente estar doente, a chance de ele vir positivo, quanto mais alta essa chance maior a sensibilidade; o O problema daqui é ter falsos positivos. • Especificidade: a chance de um paciente estar negativo ele vir de verdade negativo. Como, quando e o que? Quais são essas doenças que devem ser rastreadas, quando devem ser rastreadas, e o que deve ser feito. • Masculino: o Câncer de próstata; o O ministério da saúde diz que a decisão de rastreamento deve ser compartilhada com o paciente; § O exame é o PSA; § 50 anos até os 70 anos, anual. • Feminino: o Mama; § Mamografia é o exame de rastreamento; o Colo de útero; § Papanicolau, que é a colpocitologia oncológica. • Todos: o Cólon; § O exame feito pode ser: • Colonoscopia; • Retossigmoidoscopia; • Sangue oculto nas fezes. o Pulmão; § Paciente tabagista: tomografia de tórax de baixa dose, com carga tabágica maior que 20 maço ano, ou seja, o paciente que fuma mais de 2 maços há pelo menos 10 anos. A abordagem oncológica do paciente: a prevençao terciária • A biópsia serve para confirmação diagnóstica quando rastreamos ou fazemos um diagnóstico precoce; o Existem alguns tipos de câncer que a biópsia não é feita, caso por exemplo exista a chance de disseminação. § PAAF; • Não é exatamente uma biópsia, é um exame citológico com agulha fino; • É mais limitado, mas tem grande vantagem: ser menos invasivo. § Core-BX; • Exame histológico § Incisional; • Exame histológico; § Excisional; • Exame histológico. Como regra, na oncologia, os melhores são os exames histológicos para a confirmação de diagnóstico. • Depois de confirmar, antes de ir para o tratamento, devemos ir para o estadiamento, e aí sim, feito o estadiamento, o tratamento. O estadiamento: • T; invasão local; • N; disseminação linfonodal, o acometimento • M; disseminação linfática, ou seja, se existe metástase a distância. A partir disso penso na abordagem. Pode ser curativa ou paliativa. As duas abordagens podem ser feitas com estratégias operatórias ou não operatórias, que são as radioterapias ou quimioterapia.
Compartilhar