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A arte e a religiosidade estão intimamente relacionadas


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A arte e a religiosidade estão intimamente relacionadas, podemos observar que desde a pré-história os registros da arte rupestre onde os totens de adoração e as pinturas feitas em áreas pouco habitadas confirmam o cunho religioso e místico. 
Na antiguidade vemos os grandes templos mortuários, adornado de máscaras, pinturas que registravam os grandes feitos daquela dinastia, eram feitos com o objetivo de assegurar, segundo a crença egípcia, um bom local para o falecido no além-mundo.
Os Gregos e Romanos demonstravam na construção de templos, esculturas representando os deuses para adoração e pintura que a religiosidade era extremamente importante para aquela sociedade.
Na Idade Média, com o fortalecimento do cristianismo e o poder político da Igreja Católica, que passa a financiar os artistas para atenderem seus propósitos na divulgação e doutrinação na crença do Deus único. Nesse período sugiram diversos estilos de arte como o bizantino, o gótico e o estilo romano.
No período transitório entre Idade Média e Moderna, surge o Renascentismo, que redescobriu a arte e literatura da Grécia e de Roma, bem como o avanço da ciência e o enfraquecimento do poder da Igreja. Então a arte retoma nesta fase o antropocentrismo, em oposição ao teocentrismo observado na Idade Média. 
A Idade Moderna é marcada pela Revolução Industrial, que faz mudanças profundas na sociedade. O enfraquecimento do poder monárquico e da igreja, surgimento das classes burguesa e assalariada, desenvolvimento científico aprofundando o conhecimento da humanidade. Esses são alguns fatores para o surgimento da Época das Luzes, o Iluminismo. Que impulsionou a Revolução Francesa segundo os ideais igualdade, liberdade e fraternidade.
Neste período a burguesia patrocinava os artistas, buscando retratar as reuniões e discursos.
No século XX inicia o Modernismo, período em que o conhecimento científico toma grandes proporções. Com a comemoração dos 100 anos da Revolução Francesa, a França sedia a Exposição Universal de 1889 onde o objetivo era trazer representações artísticas das diferentes culturas para o “centro do mundo”. Neste período alguns artistas, como Picasso e Gauguin viajaram para lugares exóticos em busca de novas culturas e inspirações, com eles trouxeram a influências das máscaras africanas usadas em rituais religiosos, dentre outras influências. Este período teve uma efervescência de movimentos artísticos de vanguarda que contestavam, experimentavam, rompiam com o usual promovendo a individualidade de entendimento e interpretação da arte, assim como os movimentos políticos da época.
Neste mesmo período surge a Doutrina dos Espíritos, a qual sigo como filosofia de vida. Esta doutrina baseia-se em três pilares: filosofia, ciência e religião. Portanto a fé raciocinada busca promover a mudança de comportamento segundo os princípios cristãos. O pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivali, discípulo de Pestalozzi, é o codificador do Espiritismo sob o pseudônimo de Allan Kardec. 
No espiritismo não existem imagens a serem cultuadas ou dogmas a serem seguidos. No entanto a representação artística existe na busca do Belo representando o Bom. 
No Brasil podemos observar que a influência da religião na produção artística afro-brasileira remonta dos tempos da escravidão, onde os escravos eram obrigados a cultuar os santos católicos, dessa forma nasce o sincretismo religioso, unindo os Orixás das religiões afro e os santos católicos. Com isso as imagens cultuadas ganham aspectos peculiares nas produções artístico-religiosas afro-brasileiras. 
Na religião que sigo, o Espiritismo, faço parte de um grupo que promove espetáculos lítero-musicais, que unem literatura, música, teatro, audiovisual como expressão do Belo em busca do Bom. Minha contribuição é na produção, bastidores e divulgação. Para melhor compreensão, segue o link com alguns espetáculos que participei da montagem: https://www.espiritismo.tv/?s=litero&video=&tema=&parceiro=&submit= 
Uma das características do Espiritismo são a leitura, pesquisa e estudo, ou seja, o racionalismo. Nesses espetáculos buscamos promover o sentir dos participantes, buscando um caminho diferenciado do cérebro para internalizar a mensagem proferida. Então intercalamos palestra com músicas, áudio visual e teatro. Vemos que com essa forma de apresentar a arte estamos sensibilizando muitos corações. 
Na Mesopotâmia são conhecidas as diversas expressões de arte nos ritos sacerdotais, desde as esculturas em baixo relevo nos templos dos deuses, bem como as músicas de louvor ou penitência entoada pelo povo. Há também registros de que dança era usada nos ritos para os deuses da chuva, da fertilidade e tantos outros deuses que influenciavam na crença do povo.
A arte egípcia é conhecida pelos seus grandes monumentos que nada mais eram do que locais para o culto da vida após a morte, onde a beleza nas esculturas, arquitetura e desenhos que registravam os grandes feitos daquela dinastia, eram feitos com o objetivo de assegurar, segundo a crença egípcia, um bom local para o falecido no além mundo.

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