Buscar

Doenças Infecciosas II - Cinomose

Prévia do material em texto

Cinomose
Cinomose canina
- RNA fs/ (15-16kb); > genoma pequeno, vírus ao todo é muito grande;
- Envelopados;
- 160-180 Ø;
- Nucleoapsídeo helicoidal;
- Replicação intracitoplasmática.
- Um sorotipo > hemaglutinina (formação de trombos, aglutina hemácias) > pode ter coagulação intravascular disseminada > variação antigênica: linhagens filogenéticas.
- Sincícios > não necessariamente rompe a célula, porém, ao fazer a multiplicação, promove formações de células multinucleadas:
· Cada uma das células que se fundiram perde sua função > tecido ao todo perde sua função.
- Corpúsculo de inclusão > presença de corpúsculo de Lentz.
- Altamente contagiosa;
- Manifestações sistêmicas e nervosas > comprometimento da pele.
Linhagens:
- Neurovirulência;
- Neurotropismo.
- Alguns animais podem ter sinais respiratórios por conta da primorreplicação, 
Epidemiologia
- Distribuição mundial;
- Pantrópico.
Acomete:
- Canidae – silvestres e domésticos;
- Ailuridae – panda vermelho;
- Hyanenidae – hienas;
- Mustelidae – marta, furão, lontra, texugo...
- Procyonidae – quati, racoon;
- Ursidae – urso branco polar
- Viverridae – civeta, mangusto (“Timão”);
- Felidae – silvestres;
- Focas;
- Macacos > nem todas as espécies foram identificadas com cinomose.
Incubação:
- Agudo: 3-6 dias – Trato Respiratório e Trato Gastrointestinal;
- Sintomas neurológicos: 1-3 semanas após agudo > período mais longo pois precisa atravessar a barreira hematoencefálica e se estabelecer no SNC.
Animais jovens:
- Declínio da imunidade passiva.
Animais adultos:
- Encefalite do cão velho: infecção crônica, lenta e progressiva.
- Imunidade boa, porém, curta: pouca acetilcolina neutralizante = suscetibilidade;
- Animal pode ser re-infectado > conduta é sempre a mesma > terapia de suporte.
Vírus sensível a
- Éter e solventes lipídicos;
- pH menor que 4,5;
- Calor: 1h a 55°C e 30min. a 60°C;
- Ambiente (climas quentes): 1h a 20°C e 20min. em exsudatos;
- Formol: a 0,5% em 4h;
- Fenol: a 0,75% em 10 min. (4°C);
- Amônio quaternário: 0,3% em 10min.;
- Hipoclorito de sódio: a 3% em 10min.
- Pico de incidência da doença > no Brasil tem incidência o ano todo.
Transmissão
- Aerossóis > excretado por todas excreções e secreções.
Porta de entrada
- Via oronasal;
- Via transplacentária.
Reservatório
- Doentes;
- Subclínicos;
- Convalescentes.
Patogenia
- Vírus pantrópico.
Receptores/tropismo por
- Timócitos;
- Linfócitos ativados > explica a presença de corpúsculos de inclusão;
- Macrófagos;
- Células dendríticas.
- Vírus entra via trato respiratório > vai para o tecido linfóide > faz viremia por conta da replicação nas células mononucleares > atravessa a barreira hematoencefálica > chega no SNC;
- Nesse caminho, faz infecção de tecido pele-vascular e pele-ventricular.
Lesões no SNC:
- Desmielinização;
- Necrose neuronal;
- Gliose;
- Meningoencefalite não supurativa.
Imunidade inadequada
- Invasão de todos os tecidos epiteliais.
SNC – Sem resposta:
- Multissistêmica grave;
- Às vezes sem manifestação neurológica;
- TR, TGI;
- Morte.
SNC – Resposta pobre de Ac:
- Doença leve, inaparente, com recuperação;
- 30 dias após: sinais nervosos OU diarreia e vômito > doença neurológica.
SNC – Imunidade Adequada:
- Boa resposta;
- Doença inaparente;
- Baixa incidência de sinais neurológicos.
Animal se infecta > pode desenvolver encefalite a curto ou longo prazo (encefalite do cão velho, ocorre anos depois).
Pico febril bifásico
- Início da leucopenia (+/- 4 dias);
- Doença clínica instalada (+/- 14 dias).
Sinais clínicos
- Febre;
- Tosse/pneumonia;
- Conjuntivite;
- Sinais neurológicos > convulsão, paralisia de posteriores;
- Mioclonia;
- Corrimento nasal (seroso) > com o passar dos dias, ocorre infecção bacteriana secundária > secreção se torna purulenta;
- Hiperqueratose nasal;
- Distúrbios visuais;
- Vômito e diarreia;
- Linfopenia;
- Lesões pustulares na pele.
Encefalite do cão velho
- Infecção em jovem – persistente;
- Adulto: sinais neurológicos;
- “Medalhão de ouro” > lesão multicolorida;
- Baixa incidência.
Outras síndromes associadas
- SNC;
- SNP;
- Comprometimento neurológico.
Diagnóstico
Difícil cultivo – exigente
- Crescimento em macrófagos e fibroblastos, células de linhagem de rim felino (CRFK) e canino (CRCK) e VERO.
Histopatologia
- Corpúsculos de inclusão intranucleares e intracitoplasmáticos acidofílicos e sincícios.
RT-PCR 
- Urina;
- LCR (líquor).
Tratamento
Suporte
- ATB;
- Anticonvulsivantes;
- Hidratação.
Eutanásia
- Sequelas e custo do tratamento.
Acupuntura e fisioterapia
- Reabilitação.
Profilaxia
Ambiente
- Idem Carnivore parvovirus.
Vacinação
- Linhagem América I;
- Vacinas inativadas;
- Vacinas vivas modificadas;
- Vacinas recombinantes;
- Vacinas de vetores (Canarypox);
- Reforço!!

Continue navegando