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Hepatite Infecciosa Canina É uma enfermidade infectocontagiosa que pode ter característica aguda ou superaguda e é predominante em cães jovens. Não é de notificação obrigatória Causam o comprometimento hepático, mas também em outros órgãos. Possui elevada letalidade. É uma doença de distribuição mundial, porem a incidência da moléstia clínica causada por CAV- 1 é atualmente mais baixa, devido a eficácia dos procedimentos de vacinação. A doença é mais frequente em cães não vacinados com idade inferior a 12 meses. Agente etiológico é viral: Adenovírus canino 1 (AVC-l). Espécies Acometidas: Canidae e Ursidae – independente de sexo e raça. O vírus é altamente resistente à inativação pelas condições ambientais por diversos Desinfetantes, e isso permitindo consequentemente a sua transmissão por meio de fômites e ectoparasitas. ➔ Sensível hipoclorito 5%. Fonte de Infecção são os ANIMAIS DOENTES já que eles eliminado em todas as secreções durante a infecção aguda. Aqueles animais que estão em recuperação estão eliminando o vírus durante seis a doze meses na urina após a recuperação do indivíduo. Formas de Transmissão: Por contato direto ou Exposição Oronasal através do contato indireto com fômites, mãos e utensílios. O animal assim que ele entra em contato com o vírus, existe uma multiplicação em tonsilas e nódulos linfáticos cervicais. Ao redor do 3 dia pós infecção, esse vírus alcança a circulação sanguínea (animal entra em viremia), vírus começa a atingir outras regiões como, endotélio, fígado e rins. No 5 dia pós infecção – pulmão, tecido linfoide e SNC. Ao redor do 7 dia pós infecção já se inicia a produção de anticorpo (Ac). Esse vírus tem tropismo pelo endotélio vascular e hepatócitos, resultando em lesões vasculares e necrose hepática aguda. Se for um paciente imunocompetente já é possível a eliminação do vírus. E muitas vezes essa produção de anticorpos é tão eficiente que percebemos uma hipersensibilidade do tipo 3 com formação de Imunocomplexos e aparecimento de nefrite e uveíte. Se os animais são imunocompetentes ou imunocomprometidos observa-se baixos de títulos de Ac, esse animal pode desenvolver uma: hepatite aguda – encefalopatia hepática, CID. Que pode levar a uma morte súbita. ✓ Febre (39,4-41,1°C ✓ Anorexia ✓ Latidos frequentes provavelmente pela dor abdominal ✓ Hepatomegalia. ✓ Tonsilite. ✓ Membranas mucosas pálidas. ✓ Diarreia. Sinais clínicos de distúrbios neurológicos. Edema de córnea e uveíte anterior. Icterícia leve. Morte pode ocorrer de forma superaguda ou aguda. Na superaguda geralmente acomete animais jovens com baixa imunidade - Hemorragia sistêmica, que leva ao óbito muito rápido e geralmente é confundida com intoxicação. OBS: geralmente encontrada em animais jovens que ingeriram pouca quantidade de colostro ou animais que estão na janela imunológica e não foram vacinados. ✓ Observação dos sinais clínicos. ✓ Achados de necropsia – observam-se corpúsculos de inclusão. ✓ Histopatologia ✓ Isolamento viral – teste padrão ouro. → Sangue, fígado, baço, linfonodos, URINA. ✓ Imunofluorescência, Imunohistoquímica, Sorologia também podem ser realizados. Deve ser realizado tratamento de suporte ate que possa ocorrer recuperação a partir do estágio agudo de infecção e regeneração hepatocelular. Sugere-se fluidoterapia que utilize de soluções suplementadas com Potássio e Dextrose, tratamento para encefalopatia hepática e antibióticos para complicações bacterianas secundaria. Vacinação Anual: é uma vacina baseada na ACV – 2 atenuada, pois a AVC-1 apresenta alguns efeitos adversos (oculares e renais), por isso não é mais utilizada. Essa cepa do tipo 2 protege tanto contra HIC quanto para doenças respiratórias caninas. Intensificar os protocolos higiênico-sanitários, visto que p vírus sobrevive por muito tempo no ambiente e é resistente a diversos reagentes. Conhecida como Tosse dos canis ou Gripe canina, pois se assemelha muito com a gripe humana. Consiste em uma enfermidade que leva a um quadro agudo e altamente transmissível de doença respiratória, que afeta traqueia, brônquios e trato respiratório inferior. A traqueobronquite infecciosa canina é uma doença do trato respiratório de caráter contagioso, e seu principal sintoma é uma tosse seca e alta que normalmente vem após momentos de excitação ou exercício físico. Tem caráter sazonal, com maior ocorrência no inverno. Acredita-se que o agente primário seja a Bordetella bronchiseptica, pois além de causar a inibição de fagocitose, causa a paralização do movimento ciliar, assim favorece a colonização por outros agentes. Geralmente tem o envolvimento do Vírus da Parainfluenza canina (CPIV) e do Adenovírus canino do tipo2(CAV-2). Há relatos do Adenovírus canino do tipo1(CAV- 1), Herpesvírus e do Coronavírus respiratório canino. Também já foram relatados como fazendo parte do Complexo infeccioso: • Vírus da cinomose (CDV) • Micoplasmas • Ureaplasmas • Streptococcus sp, Pasteurella sp, Pseudomonas sp – pneumonia Canídeos – geralmente aqueles que apresentam mais contato com outros cães, seja de canis, hotéis, pet shops etc. Felinas – controvérsias com relação ao agente primário. ✓ Contato direto entre cães (ou entre espécies). ✓ Contato indireto - secreções respiratórias (aerossóis) que disseminam rapidamente por fômites, em ambientes intensamente contaminados. ✓ Geralmente em cães que vivem em coletividade ✓ Temperaturas extremas e ventilação reduzida. ✓ Elevada densidade. ✓ Carga microbiológica ambiental alta. ✓ Deficiência em medidas de higiene e desinfecção. ✓ Vacinações. Geralmente a enfermidade tem a forma leve que dura de 2 ou 3 semanas. Animal apresenta uma: ✓ Tosse rouca e seca, acompanhada de engasgo. ✓ Espirros. ✓ Secreção nasal purulenta. ✓ Engasgo. ✓ Anorexia. ✓ Febre. → Pioram durante o exercício. E algumas vezes, doenças oportunistas podem estar envolvidas, o que pode trazer além destes, outros sintomas. • Forma Grave geralmente associados a má nutrição. • Animais Jovens • Tosse dolorosa e seca ou mucoide. • Descargas nasais e oculares. • Broncopneumonia. • Morte – infecções secundárias Histórico - Aparecimento brusco, rápida difusão, alta morbidade e contexto epidemiológico. Sinais Clínicos → anamnese. Resposta ao Tratamento. Citologia → pouco realizado. Cultura – múltiplos agentes o que o torna difícil de ser realizado. Diagnóstico Diferencial - Tudo que causa tosse É uma doença autolimitante, ou seja, em casos mais brandos, os cães conseguem se curar sozinhos dentro de 4 dias a 3 semanas. A doença pode acabar por evoluir para algo mais preocupante, mas não existe um tratamento específico, apenas o de suporte. O veterinário pode optar para o uso de antibióticos, corticoides, broncodilatadores, antitussígenos e mucolíticos. Ex. Doxitec (antibiótico para infecções respiratórias). Vacina - animais de risco. Existem vacinas de apresentação nasal e sistêmica. É importante manter o animal saudável, com uma alimentação de qualidade e evitar levá-los em locais com a presença de muitos animais. (medidas de prevenção). É uma doença infecciosa causada por uma bactéria do gênero Ehrlichia canis (agente etiológico), transmitida principalmente por meio do carrapato da espécie Rhipicephalus sanguineus, conhecido popularmente como carrapato marrom do cão. Hoje, sabe-se que se trata de uma zoonose em decorrência da maior exposição humana as áreas com infestação de carrapatos e as regiões onde a erliquiose canina é enzótica. A Bactéria é gram-negativa, possui uma localização intracitoplasmática – também encontrada em monócitos, macrófagos,linfócitos, neutrófilos e células endoteliais. Tem Distribuição Mundial e como espécies Acometidas têm os Canídeos. Vetor: Carrapato Rhipicephalus sanguineus – através da transfusão sanguínea. Ausência de transmissão transovariana, por isso o cão é o principal reservatório da enfermidade. Durante o repasto sanguíneo, momento em que o carrapato está se alimentando, para impedir que seja removido do cão, ele acaba por injetar substâncias que induzem uma resposta anti-inflamatória (Resposta imune local diminuída – indução de resposta Th2). Essa indução de resposta Th2, permite que a Erliquia entre e consiga invadir as células, fugindo da defesa do sistema imune. • Alterações constantes nos antígenos de superfície. • Induzem a diminuição da expressão de MHC classe II no hospedeiro. – Ativação linfócitos T. • Comprometimento das vias de sinalização (enganando o sistema imune). • Diminuição da produção de citocinas. • Inibição da ligação de fagossomo- lisossomo. • Distúrbio multissistêmico. • Alterações hematológicas – processos inflamatórios e imunes • Trombocitopenia - Aumento do consumo das plaquetas, Diminuição da sua meia- vida, Sequestro esplênico e Destruição imunomediada-Ac. do fator inibidor de migração plaquetária • Hipoplasia de medula óssea. Aguda → Depressão, anorexia, febre, perda de peso, corrimentos ocular e nasal, dispnéia, linfadenopatia e edema dos membros ou do escroto. Animal apresenta também: ✓ Anemia do tipo normocítica normocrômica regenerativa; ✓ Trombocitopenia; ✓ Leucopenia; ✓ Hemorragias; ✓ Petéquias e equimoses na pele; Subaguda → Sinais Clínicos são geralmente inaparentes. Observa-se trombocitopenia, leucopenia seguida de leucocitose, monocitose e neutropenia Crônica → Perda de peso, (catabolismo) pirexia, sangramento espontâneo, palidez devida a anemia, linfadenopatia generalizada, hepatoesplenomegalia, uveíte anterior e/ou posterior, sinais neurológicos causados por meningoencefalomielite e edema de membro intermitente. ➔ Ausência de plaquetas ➔ Hipoplasia de medula óssea – ação constante de TNF-α (citocina muito importante, que suprime a proliferação de células). Histórico – Observação dos Sinais Clínicos O ideal é a procura de Inclusões intracitoplasmáticas em células mononucleares sanguíneas, preparações coradas de esfregaço sanguíneo ou do creme leucocitário – alta infestação – sensibilidade 6%. Pode dar falsos–positivos, porque pode ocorrer a similaridade entre mórulas de E. canis com grânulos linfocíticos. ELISA. Interpretação com outros achados. → CUIDADO ANIMAIS EXPOSTOS PREVIAMENTE. PCR: É capaz de detectar o material genético do parasita no sangue do paciente. Ensaio com alta sensibilidade e especificidade. Detecta o agente em pequenas quantidades. Cuidado com as amostras que devem ser coletadas antes de uso de antimicrobiana. Fase crônica – sensibilidade diminui/difícil detecção – ausência de E. canis. Isolamento – complicado pois pode demorar até 8 semanas. O tratamento baseia-se na utilização de antibióticos e terapia de suporte. ➔ Tetraciclinas, Doxicilinas. Não há vacinas. • Controle de carrapato. • Cuidado com os animais positivos. • Transfusões de sangue. • Cuidado: Considerada uma zoonose emergente. Qualquer Gastroenterite que tenha aparecimento agudo associado com vômito, diarreia fétida e dor abdominal. Geralmente acomete animais entre dois e quatro meses de idade ou de 6 e 16 semanas. Principais causas bacterianas: ✓ Clostridium perfringens; ✓ Escherichia Coli; ✓ Campilobacter; Principais Infecções virais: ✓ Coronavírus; ✓ Parvovírus – mais provável; ➔ Importante pensar no diagnostico diferencial. Altamente contagiosa Agente Etiológico: Parvovírus canino tipo 2 – e variações (a, b e c). Vírus novo – 1980. É Pequeno e de cadeia simples de DNA. Espécies Acometidas: Canídeos → Rortweiler, Dobermann, Pinscher, Labrador e Pastor alemão (predileção). Faixa etária – Não é muito definida. No início todas com manifestações clínicas. Atualmente com a vacinação e o vírus circulando, tornou-se restrita a filhotes que (desmame aos 6 meses – desenvolvimento de manifestações). ➔ OBS: Mesmo que seja restrito a filhotes animais mais velhos têm importância na transmissão. ✓ Não envelopado e por isso persiste no ambiente por vários meses; ✓ Persiste por diversos anos nas fezes ressecadas em locais frescos ao abrigo da luz solar direta; ✓ Resistente à detergentes e desinfetantes comuns; ✓ Sensível ao hipoclorito 5% (cândida); → Remoção da matéria orgânica e agir a 30 minutos; Exposição à radiação UV também pode funcionar. Necessitam de células em alta velocidade de replicação. Genoma muito pequeno o que gera ausência do gene para a enzima DNA-polimerase, o que o faz precisar da enzima nas células em fase S - Epitélio intestinal, medula óssea, tecido linfoide e tecido cardíaco em neonatos. Oral-fecal: Cães infectados eliminam grande quantidade de vírus nas fezes e inclusive podem eliminar 3 DIAS ANTES DO APARECIMENTO DOS SINAIS CLÍNICOS. Declina de 13 a 17 dias após o início das manifestações. Animais que sobrevivem a Parvovirose, após 3 semanas podem ser realocados sem risco de transmitir. Os cães são os principais fatores para disseminação da infecção com uma baixa carga viral necessária para causar infecção. Possuem facilidade de contaminação através de Fômites e vetores. Dependem da variante e da virulência do vírus, da quantidade que entrou em contato, da defesa do animal infectado, da idade do animal e da presença associada de outros agentes patogênicos. ➔ A enfermidade é muito mais grave quando é acometido por helmintos (importante vermifugação). A infecção não necessariamente resulta em aparecimento de sinais clínicos – mais grave em filhotes em crescimento rápido e que abrigam helmintos, protozoários ou bactérias entéricas. Os vírus ao procurar células que se multiplicam rapidamente atingem: ✓ Medula óssea – se replica nas células percursoras mieloides causando destruição. ✓ No hemograma – apenas diminuição de leucócitos – Imunossupressão. ✓ Eritrócitos e Plaquetas – meia vida maior. ✓ Colapso nas vilosidades intestinais e tecido linfoide. ✓ Invasão de enterobactérias – devido a falta de proteção, vulnerabilidade que causa principalmente a Sepse. ✓ PI – 6 a 14 dias ✓ Diarréia Intensa (hemorrágica) ✓ Vômitos ✓ Desidratação ✓ Hipertermia ✓ Leucopenia O vírus invade células da cripta do intestino delgado - achatamento das vilosidades intestinais, levando à diminuição da capacidade absortiva e digestiva. Destruição dos tecidos linfóides contribui para a imunossupressão que facilita a infecção bacteriana secundária, a translocação bacteriana e a sepse. Além do acometimento Medula óssea, acomete também Miocárdio, Miocardite – infecção in útero Em filhotes com menos de 6 semanas: ✓ Pele ✓ Ulcerações ✓ Tecido Nervoso Doença neurológica primária, secundária a hemorragia do SNC (CID, SEPSE). ✓ Trombose ✓ Síndrome da resposta inflamatória aguda ✓ Sepse por gram-negativo (enterobactérias). Histórico Achados do exame físico, geralmente um animal sem histórico de vacinação, sem saber como foi o parto, se aleito corretamente. Leucograma – Apresenta a Leucopenia. Apresentar valores normais – linfopenia pela infecção viral e neutrofilia por infecção secundária ELISA – Ag (busca de antígenos). → Fezes: A amostra contém grande número de partículas virais – antes dos 10 dias de infecção Cuidado: Com a presença de Falso negativo – produção precoce de Ac sequestram os Ag. Fezes: microscopia eletrônica, hemaglutinação direta – eritrócitos de suínos e isolamentoviral em cultivo celular Imunocromatografia Sorologia - Pouco valor, pois pode ter interferência dos Ac maternos em filhotes. Isolamento - Jejuno, íleo, linfonodos PCR: Possível encontrar um Positivo por mais tempo. ✓ Coronavirose ✓ Rotavirose ✓ Cinomose Vacinação: vacinas atenuadas apresentam um melhor resultado – início de resposta 3 dias após. Inativada – até 15 meses de proteção. Vacinação • Como prever o momento correto da imunização • Sorologia da mãe • Terminar entre 12 e 16 semanas Importante: Áreas endêmicas → Imunidade forte transmitida pela mãe que esta estimulada. Curiosidade: Existe uma Vacina nasal que é monovalente e eficaz mesmo na presença de Ac materna. Coronavirose O Coronavirus canino (CVC) é muito comum na população canina em todo o mundo. Ele é causador de uma doença infecciosa chamada coronavirose. O CVC é um vírus RNA envelopado, no qual diversas cepas foram isoladas de surtos de doenças diarreicas em cães. A coronavirose e a Parvovirose Canina ainda podem ser consideradas as principais causas de diarreias virais em filhotes de cães. Coronavirus canino tipo I e II que é um vírus pequeno, envelopado que não existe desenvolvimento de viremia. As células-alvo são as células do ápice da vilosidade intestinal, jejuno e íleo – síndrome de mal absorção. ➔ Cepas pantrópicas – tipo II – colonizam outros tecidos O vírus no ambiente é sensível a detergente, diferente do parvovírus, que é muito resistente e muito mais difícil de ser eliminado. Fezes: animal continua eliminando até 2 semanas após a infecção. Oro-fecal, através de fômites (vasilhas, roupas e coleiras contaminadas de fezes) e mesmo com as mãos contaminadas ao manejar um animal doente. Trata-se de um vírus epiteliotrófico, que invade o organismo passa pelo estomago, resistindo ao pH acido e, após a replicação no epitélio do duodeno, dissemina-se na superfície intestinal ate o íleo e destrói células maduras das vilosidades intestinais. • Hipertermia • Inapetência • Depressão • Diarreia amarelada Encontra-se na literatura que a maioria dos animais se recupera sem apresentar as manifestações. Geralmente os animais são assintomáticos, mas quando há uma infecção mais grave ou um animal mais debilitado, podem aparecer sinais como: anorexia, êmese, desidratação, diarreia mole e aquosa. ➔ É mais grave quando associada à parvovírus, cinomose, bactérias ou parasitas. ➔ Dificilmente leva a morte. • Detecção viral – fezes • Sorologia • Imunocromatografia Consiste na terapia de suporte com fluidoterapia, restrição do equilíbrio hidroeletrolítico, restrição alimentar até cessar êmese por 24 horas, antitérmicos, protetores de mucosa, terapia nutricional enteral ou parenteral, além do controle de infecções bacterianas e parasitarias concomitante. A maioria dos animais recuperam-se rapidamente, porem a diarreia poderá persistir por 3 a 4 semanas. Vacinas inativadas → WSAVA – não recomendável, é leve e autolimitante e sem provas do seu benefício. Ideal → Agrupar os animais por idade na coletividade, diminuindo a transmissão. Embora o CCV possa ser comumente isolado, o Consenso continua não convencido de que o CCV seja um patógeno entérico primário significativo no cão adulto. Nenhum estudo satisfez os postulados de Koch para este agente infeccioso. Por isso não existe necessidade de vacinar Cinomose A Cinomose é uma doença viral causada por um Morbilivirus. É uma enfermidade endêmica muito importante. Acomete o epitélio, sistema imune, SNC de canídeos domésticos, podendo levar a manifestações agudas, subclínicas e crônicas e apresenta alta morbidade e mortalidade. O vírus pertente a Família Paramyxovirida, é um vírus envelopado de genoma RNA fita simples. APENAS UM SOROTIPO – MUITAS VARIAÇÕES ANTIGENICAS o que leva a ter diversas Cepas diferentes. Espécies Acometidas: Carnívoros ➔ Vírus do Sarampo Humano é muito semelhante ao vírus da Cinomose. Climas quentes: vírus não persiste no ambiente. Procedimentos rotineiros – destroem o vírus. O vírus é envelopado e apresenta a proteína de fusão, sem ela ele não conseguiria entrar nas células. O vírus é suscetível à raios UV, extremamente sensíveis ao calor e ao ressecamento, sendo destruído por uma temperatura de 50ºC em 30 minutos. Por ser envelopado é suscetível ao éter, clorofórmio e desinfetantes a base de amônia quaternária. Cão como principal reservatório – FI para animais selvagens. Vias de eliminação: Exsudatos respiratórios em que o animal continuam eliminando até 90 dias após a infecção. Aerossol Contato direto (indireto não ocorre – baixa sobrevivência do vírus). ➔ Vírus pode estar em: Fezes, urina e exsudatos conjuntivos → difícil de ser isolado. Estima-se que até 75% dos cães suscetíveis – eliminam o vírus sem sinal clínico da doença. Proliferação nos órgãos linfoides – Hipertermia e Leucopenia – 3 a 6 dias pós-infecção. → Linfopenia: danos do vírus nas células T e B. Disseminação hematogênica com início da resposta imune humoral. → ponto de partida para uma doença ser mais ou menos grave. → Entrada do vírus através de partículas por aerossóis, ocorre uma replicação nas tonsilas e assim os macrófagos infectados vão para o ducto linfático, a partir dai ocorre a instalação de Hipertermia e Leucopenia. Esses caminhos são dados de acordo com as Cepas do vírus. ✓ Evolução da enfermidade ✓ Patogenicidade ✓ Estado imune do hospedeiro – capacidade de produz anticorpos. Animais com desenvolvimento de elevados níveis de anticorpos – 50% dos casos, eles eliminação da infecção sem desenvolvimento de sinais clínicos. Animais com baixos níveis de anticorpos, mas com adequada resposta imune celular, eliminam gradualmente o vírus na maior parte dos tecidos (possibilitando persistência em tegumento e SNC. QUADROS DISCRETO DA DOENÇA ✓ Fracasso na resposta imune, persiste em diversos tecidos e se desenvolve um quadro multissitêmico grave. O Vírus codifica proteínas que se integram na membrana celular hospedeira – suscetível à citólise. Vírus é capaz de induzir fusão celular e disseminar intracelularmente e evitar o espaço extracelular, assim causa a destruição de tecidos linfóides e LTh → Imunossupressão – Leucopenia – Prognóstico. Variam de acordo com a virulência da cepa viral, condições ambientais, idade e estado imunológico do hospedeiro. Observa-se que 50% Subclínica: ✓ Formas brandas – inquietação, queda do apetite, hipertermia. Aguda ✓ Tosse, diarréia, anorexia, desidratação e perda de sangue com debilitação. ✓ Secreção óculo-nasal mucopurulento e pneumonia frequentemente resultam de infecções bacterianas secundárias. ✓ Hiperqueratose nasal e conjuntival ✓ Manifestações neurológicas → Em 1 a 3 semanas após a recuperação da doença sistêmica, há relatos de aparecimento semanas ou meses mais tarde. Geralmente relacionados aos jovens imunodeprimidos – encefalite aguda. Encefalite subaguda ou crônica ➔ Varia em função de qual a área de replicação do vírus Associado às meninges: rigidez cervical e hiperestesia. Associado a cerebelo e lóbulo temporal: ataxia, diminuição sensorial, mioclonias, convulsões. Associado a medula espinhal: paresia, mioclonias e propriocepção anormal. Existem relatos de transmissão da Infecção transplacentária – filhotes, onde apresentam sinais neurológicos nas primeiras 4 a 6 semanas. Os que sobreviventes ficam imunodeficiências e podem vir a óbitos. As Infecções neonatais causam danos no esmalte, na dentina, raiz dos dentes; Miopatias; Doenças ósseas; • Clínico com associação do Histórico que não apresentaram uma boa ingestão de colostro,não foram vacinados, animais submetidos ao estresse etc. → Predispostos. • Exames complementares: Através do Hemograma observar uma Linfopenia – depleção linfoide e Trompocitopenia. • Imunocromatografia • PCR • Isolamento viral – exsudatos respiratórios, conjuntiva, urina, liquor e biopsia de coxins plantares (pouco realizado). • No esfregaço sanguíneo deve-se procurar as Inclusões citoplasmáticas virais que podem ser encontradas em neurônios, células do líquido cefalorraquidiano. Pode ser tratado com agente viral, ate o momento, não há uma medicação específica para a cura desta enfermidade. Apenas tratamento de suporte, dando condições para que o organismo do animal responda de maneira adequada a infecção. Devem-se ser utilizados antibióticos, vitaminas, mocolíticos, antieméticos, imunoestimuladores dependendo da apresentação clínica da doença. Vacinas que devem ocorrer de maneira correta. Não submeter o animal ao estresse para a vacinação. A dermatite por Malassezia é causada por uma Leveduras aeróbias, isolada do canal auricular extremo e da pele e mucosas normais. Apresentam Catalase positiva e urease positiva. Habitat: Habitante normal da microbiota cutânea e ocasionalmente patogênica oportunista do meato acústico externo de cães e gatos. Também podendo ser encontrada no reto, boca, pele interdigital, nariz, prepúcio, vagina. Mais frequentes - otite externa em cães. É uma Dermatites Oportunistas ✓ Hipersensibilidade – Atopias ✓ Seborreias → precisam de gordura para o seu metabolismo. ✓ Infecções bacterianas ✓ Endocrinopatias ✓ Distúrbios metabólicos ✓ Neoplasias ✓ Antibiótico terapia prolongada ✓ Alta temperatura e umidade Lesões; Focais ou Generalizadas; Simétricas ou não; Geralmente nas Regiões Cervical dorsal, Abdominal Ventral, Axilar, Nasal e Interdigital, Pavilhões Auriculares e dobras cutâneas. Essas lesões se apresentam como Máculas, Eritemas, Descamações, Hiperpigmentação, Seborreia, Alopecia, Pustulas e muito Prurido. Devido a esse prurido o animal acaba se mutilando, o que aumento a exposição. Odor fétido Descamações Cutâneas, Raspados Cutâneos, Impressão Direta → Material proveniente do cerúmen colhido com swab. Realiza uma Citologia - coloração pelo método de Gram, observados em microscopia óptica (1000X). O isolamento pode ser feito em Ágar Sabouraud com cloranfenicol - 37° C. → crescimento das colônias. É realizado com a administração de agentes antifúngicos tópicos e sistêmicos. Para o tratamento tópico, indica-se Xampoo de Miconazol. Para o tratamento sistêmico, soa utilizados Cetoconazol, Itraconazol e Terbinfina. Evitar uso de produtos com veículos oleosos; Evitar as causas predisponentes; Cuidado – Zoonose, ou seja, a transmissão ocorre de animais para humanos, por contato direto. Embora as manifestações clínicas mais comuns sejam em lactantes e adultos imunodeprimidos.
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