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Questões - Prova Oral - N2

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Questões
1. O que significa agir com culpa?
Segundo Carlos Roberto Gonçalves:
“Agir com culpa significa atuar o agente em termos de, pessoalmente, merecer a censura ou reprovação do direito. E o agente só pode ser pessoalmente censurado, ou reprovado na sua conduta, quando, em face das circunstâncias concretas da situação, caiba a afirmação de que ele podia e devia ter agido de outro modo. ”
2. O que se entende por culpa em sentido amplo?
Pode-se definir a culpa, em sentido amplo, como a violação de um dever jurídico, imputável a alguém, em decorrência de um fato intencional ou de omissão de diligência ou cautela, que compreende: o dolo, sendo este a violação intencional ao dever jurídico; e a culpa em sentido estrito caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência.
3. Diferencie o dolo da culpa em sentido estrito?
O dolo é a consciência e a vontade dirigida para a realização da conduta definida como crime. Assim, se o motorista quer atropelar e matar alguém, o que só muito excepcionalmente acontece, ocorre homicídio doloso. Já a culpa é o produto da negligência, da imperícia ou da imprudência.
Na responsabilidade civil, o dolo e a culpa em sentido estrito são formas de conduta que podem gerar a obrigação de indenizar por danos causados a terceiros, porém diferem quanto ao elemento subjetivo presente na ação do agente.
O dolo na responsabilidade civil ocorre quando o agente age de forma intencional e consciente, com a intenção de causar um dano à outra pessoa. Nesse caso, o agente tem pleno conhecimento dos seus atos e tem a vontade deliberada de prejudicar alguém. O dolo pode ser direto, quando o agente visa diretamente o resultado danoso, ou eventual, quando ele não deseja diretamente o dano, mas assume o risco de produzi-lo ao praticar determinada conduta.
Por outro lado, a culpa em sentido estrito na responsabilidade civil se verifica quando o agente não age de forma intencional, mas com negligência, imprudência ou imperícia. A culpa em sentido estrito é caracterizada pela falta de cuidado objetivo, ou seja, o agente não observa o padrão de conduta esperado de uma pessoa diligente e razoável. Diferente do dolo, na culpa em sentido estrito não há intenção de causar o dano, mas ocorre uma falha no dever de cuidado que acarreta prejuízo a terceiros. Em resumo, na responsabilidade civil, o dolo ocorre quando há a intenção deliberada de causar um dano, enquanto a culpa em sentido estrito ocorre quando há negligência, imprudência ou imperícia que resulta em danos, sem a intenção direta de causá-los. Ambas as formas de conduta podem gerar a obrigação de indenizar, mas o elemento subjetivo envolvido é o que as diferencia.
4. Explique os termos: negligência, imprudência e imperícia.
A culpa se divide em imprudência, negligência e imperícia. A culpa por imprudência se caracteriza pela relação de uma ação, ou seja, de um ato ou fato positivo que descumpre o dever de cuidado ocasionado dano. Também é chamada de culpa incomittenndo, visto que, se caracteriza por um ato comissivo. (Fazer) A culpa por negligência se caracteriza por uma omissão que descumpre o dever de cuidado ocasionando o dano. Também é chamada culpa em “omittendo”. (Não fazer) A culpa por imperícia se constitui pela quebra de um dever de cuidado, dever esse de caráter técnico ou cientifico, que o sujeito profissional daquela técnica ou ciência descumpre ocasionando dano.
5. Diferencie a culpa contratual da extracontratual.
A responsabilidade por um dever violado pode ser classificada como contratual ou extracontratual, dependendo da natureza desse dever. 
Quando o dever decorre de uma relação jurídica obrigacional existente, estamos diante da culpa contratual. Nesse caso, o devedor é responsável por indenizar o credor por perdas e danos, de acordo com o Art. 389 do Código Civil. O credor precisa comprovar que o devedor está em mora, mas não é necessário demonstrar a culpa deste, pois presume-se, em princípio, que todo inadimplemento é culposo. O ônus da prova é invertido: cabe ao devedor provar a ocorrência de caso fortuito, força maior ou outra causa que exclua sua responsabilidade, para afastar essa presunção.
Por outro lado, se o dever violado for genérico, nos termos do Art. 186 do Código Civil (neminem laedere), estamos diante da culpa extracontratual. Nesse caso, a vítima é responsável por provar essa culpa, a menos que existam hipóteses de responsabilidade independente de culpa, conforme previsto nos artigos 927 (parágrafo único), 933 e 938 do referido código.
6. Explique os termos: culpa “in eligendo” e “in vigilando”.
A culpa in eligendo ocorre quando há uma má escolha do representante ou preposto, enquanto a culpa in vigilando resulta da falta de supervisão sobre uma pessoa sob a responsabilidade ou guarda do agente.
No Código Civil de 1916, era presumida a culpa em vigiar dos pais, tutores, curadores, donos de hotéis e escolas, que eram responsáveis ​​pela vigilância dos filhos menores, tutelados, curatelados, hóspedes e alunos, respectivamente. Da mesma forma, era presumida a culpa em eleger dos patrões, amos e comitentes pela má escolha de seus empregados, serviçais e prepostos. A jurisprudência entendia que, na primeira situação, a presunção era relativa (juris tantum), enquanto na segunda, era absoluta (juris et de jure).
No entanto, o artigo 933 do Código Civil de 2002 estabelece que as pessoas mencionadas no artigo 932 (pais, tutores, empregadores etc.) serão responsáveis ​​pelos atos praticados pelos terceiros ali mencionados, mesmo na ausência de culpa. Portanto, não é mais necessário verificar se agiram com culpa in vigilando ou in eligendo para condenar essas pessoas a indenizar, pois elas respondem objetivamente, ou seja, independentemente de culpa, pelos atos dos terceiros mencionados.
7. O que se entende por culpa presumida.
A concepção clássica exigia que a vítima comprovasse a culpa do responsável para receber uma compensação. No entanto, ao longo do tempo, essa abordagem evoluiu para proteger melhor as vítimas e facilitar sua busca por uma reparação justa. Uma das estratégias utilizadas foi estabelecer casos de presunção de culpa.
Em diversas situações, a lei estabelece presunções juris tantum, com o objetivo de facilitar a comprovação da culpa e do ato ilícito. Isso significa que o ônus da prova é invertido, o que beneficia significativamente a vítima. Ela não precisa provar a culpa subjetiva (psicológica) do responsável, pois essa culpa é presumida. Basta verificar a relação de causa e efeito entre a ação do responsável e o dano sofrido. Para se livrar da presunção de culpa, o causador do dano material ou moral é quem precisa apresentar provas de sua falta de culpa ou da ocorrência de um caso fortuito.
A jurisprudência estabeleceu várias presunções juris tantum de culpa. Por exemplo, quando um motorista colide com a traseira do veículo à sua frente ou quando ele sobe com o carro na calçada e atropela um pedestre, entende-se que a culpa decorre dos próprios fatos, ou seja, está evidente (in re ipsa). Da mesma forma, dirigir embriagado implica uma presunção relativa de culpa, pois representa uma grave infração de trânsito e compromete a segurança nas vias. Isso é motivo suficiente para considerar a culpa presumida do infrator em caso de acidente.
8. Explique a teoria do risco.
O avanço do progresso, o desenvolvimento industrial e o aumento dos danos causados às pessoas fizeram surgir novas teorias buscando conferir uma maior proteção às vítimas, fugindo da concepção clássica de que a vítima tem de provar a culpa do agente para obter a reparação.
Uma dessas teorias é a do risco, que, sem substituir completamente a teoria da culpa, abrange muitas situações em que as concepções tradicionais não são suficientes para proteger a vítima. Nessa teoria, a responsabilidade é assegurada de forma objetiva: um trabalhador vítima de acidente de trabalho tem sempre direito a indenização, independentemente da culpa do empregador ou do próprio acidentado. O empregador indeniza não por ser culpado, mas por sero proprietário das máquinas ou instrumentos de trabalho que causaram o acidente.
Na teoria do risco, a ideia central é o exercício de uma atividade perigosa como base para a responsabilidade civil. O agente que realiza uma atividade que pode representar algum perigo assume o risco de ser obrigado a indenizar os danos causados ​​a terceiros por essa atividade.
9. A responsabilidade civil é independente da responsabilidade criminal? Justifique.
10. A sentença penal condenatória tem também necessariamente o efeito de tornar certa a obrigação de indenizar? Justifique.
11. A sentença penal absolutória faz coisa julgada no juízo cível? Justifique.
12. O que se entende por nexo causal?
13. Quais são as principais excludentes da responsabilidade civil?
1. Estado de necessidade; 2. Legitima defesa; 3. Exercício regular do direito; 4. Estrito cumprimento do dever legal; 5. Culpa exclusiva da vitima; 6. Fato de terceiro; 7. Caso fortuito e força maior; As causas enumeradas de 1 a 4 são as hipóteses que excluem a ilicitude, já os três últimos excluem o nexo causal do ato. Também além destas causas, existe também a cláusula contratual que também exclui a responsabilidade civil.
14. Explique o significado do termo indenizar.
A responsabilidade civil consiste no dever de indenizar o dano suportado por outrem. Assim, a obrigação de indenizar, nasce da prática de um ato ilícito. O titular de um direito se relacionará juridicamente com a toda a coletividade.
 Segundo Carlos Roberto Gonçalves[29] o conceito de indenização:
Indenizar significa reparar o dano causado à vítima, integralmente. Se possível, restaurando o statu quo ante, isto é, devolvendo-a ao estadoem que se encontrava antes da ocorrência do ato ilícito. Na reparação específica, ocorre a entrega da própria coisa ou de objeto da mesma espécie em substituição àquele que se deteriorou ou pereceu, de modo a restaurar a situação alterada pelo dano. No ressarcimento do dano moral, às vezes, “ante a impossibilidade da reparação natural, isto é, da reconstituição natural, na restitutio in integrum procurar-se-á atingir uma “situação material correspondente”.
15. Diferencie o dano material do dano moral.
Enquanto o dano material se refere a dano ao patrimônio econômico de uma pessoa (objetos ou coisas: automóvel, computador, o muro de uma casa). O dano moral se traduz em lesão causada ao chamado patrimônio imaterial de uma pessoa: trata-se de dano aos sentimentos, à tranquilidade, aos afetos de alguém. Por essa razão, diz-se que o dano moral causa um abalo psíquico à pessoa.
Estão inseridos nos danos materiais os prejuízos efetivamente sofridos (danos emergentes), bem como valores que pessoa deixou de receber (lucros cessantes). O dano moral é a violação da honra ou imagem de alguém. Resulta de ofensa aos direitos da personalidade (intimidade, privacidade, honra e imagem).
16. O que se entende por “dano em ricochete”?
O dano pode ser, ainda, direto e indireto (ou reflexo). Este é também denominado “dano
em ricochete” e se configura quando uma pessoa sofre o reflexo de um dano causado a
outrem. É o que acontece, por exemplo, quando o ex-marido, que deve à ex-mulher ou aos
filhos pensão alimentícia, vem a ficar incapacitado para prestá-la, em consequência de um
dano que sofreu. Nesse caso, o prejudicado tem ação contra o causador do dano, embora não seja ele diretamente o atingido, porque existe a certeza do prejuízo.
17. Explique o significado o termo perdas e danos.
18. O que se entende por dano emergente?
O dano emergente é o prejuízo imediato, sendo possível quantificá-lo. Já a indenização por lucros cessantes é o valor estimado que a vítima deixou de lucrar devido ao dano. Por exemplo: um motorista colidiu com o carro de um taxista. O valor do conserto do carro, despesas de hospitais e outras, caso seja necessário, é o dano emergente. Já o valor que o taxista deixou de lucrar devido ao acidente com o seu carro são os lucros cessantes.
19. Explique o termo lucro cessante.
20. Explique o significado de correção monetária.

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