Buscar

Apostila EaD - BPL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO 
 
 
Segurança em Laboratórios: 
Aspectos Ambientais e Ocupacionais 
 
 
 
– Módulo 1 – 
BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO 
 
 
Segurança em Laboratórios: 
Aspectos Ambientais e Ocupacionais 
 
 
 
– Módulo 1 – 
BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS 
 
 
 
 
Universidade Federal de São Paulo 
 
 
Departamento de Gestão 
e Segurança Ambiental 
 
 
 
 
 
São Paulo, junho de 2023. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
GLOSSÁRIO............................................................................................................... 5 
Referências bibliográficas ..................................................................................... 6 
SEGURANÇA DO TRABALHO...................................................................................... 7 
Conceito ............................................................................................................... 7 
Pilares .................................................................................................................. 7 
Universidades ....................................................................................................... 7 
Cenário ................................................................................................................. 7 
Laboratórios ......................................................................................................... 8 
Responsáveis ........................................................................................................ 8 
Acesso à informação e ao conhecimento ............................................................... 8 
Tipos de risco ........................................................................................................ 9 
Riscos químicos ................................................................................................. 9 
Vias de introdução de agentes químicos no organismo .................................... 10 
Não conformidade no ambiente de trabalho e consequências ............................. 11 
Ocorrência de acidentes e incidentes .................................................................. 11 
Perigo x Risco ..................................................................................................... 12 
Mapa (ou matriz) de riscos .................................................................................. 13 
Referências bibliográficas ................................................................................... 14 
PRINCÍPIOS DAS BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS .................................................. 17 
Introdução .......................................................................................................... 17 
5S – SENSOS ....................................................................................................... 17 
Princípios ........................................................................................................ 17 
Aplicação ........................................................................................................ 18 
Condutas ............................................................................................................ 19 
Lavagem das mãos .............................................................................................. 20 
Operações com vidraria e outros utensílios ......................................................... 20 
Limpeza e uso: preocupação com a coletividade ................................................. 21 
Rotulagem dos produtos químicos ...................................................................... 22 
Limpeza de superfícies e utensílios...................................................................... 22 
Diluição de ácidos ............................................................................................... 22 
Conservação e organização dos produtos químicos ............................................. 23 
Características técnicas a serem consideradas num almoxarifado ........................ 23 
Referências bibliográficas ................................................................................... 23 
 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL ........................................ 25 
Avental ............................................................................................................... 26 
Óculos de segurança ........................................................................................... 26 
Luvas .................................................................................................................. 26 
Proteção respiratória .......................................................................................... 27 
Referências bibliográficas ................................................................................... 28 
PRINCÍPIO DE INCÊNDIO: PREVENÇÃO E COMBATE ................................................. 30 
Fogo ................................................................................................................... 30 
Incêndio ............................................................................................................. 30 
Tetraedro do fogo ............................................................................................... 31 
Pontos de fulgor, combustão e ignição ................................................................ 32 
Transmissão de calor .......................................................................................... 32 
Classes de incêndio ............................................................................................. 33 
Métodos de extinção do fogo.............................................................................. 34 
Tipos de extintor (água, pó químico seco e gás carbônico) ................................... 34 
Tipos de extintor (ABC, classe D e classe K) ......................................................... 36 
Manuseio do extintor ......................................................................................... 36 
Acesso facilitado aos extintores .......................................................................... 37 
Como se livrar das chamas .................................................................................. 37 
Mais informações ............................................................................................... 37 
Referências bibliográficas ................................................................................... 38 
COMO INTERPRETAR AS INFORMAÇÕES SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS? ................. 40 
Introdução .......................................................................................................... 40 
Diagrama ou Diamante de Hommel .................................................................... 40 
Qualificação e quantificação do risco ............................................................... 40 
Exemplos ........................................................................................................ 41 
Onde encontrar as informações? ..................................................................... 44 
Simbologia, classificação e identificação - transporte de produtos perigosos ....... 45 
Classes de risco ............................................................................................... 45 
Onde encontrar as informações? ..................................................................... 48 
Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos 
Químicos - Globally Harmonized System of Classification and Labeling of Chemicals 
(GHS) .................................................................................................................. 49 
Enquadramento .............................................................................................. 49 
Rotulagem de produtos químicos ....................................................................49 
Pictogramas de perigo ..................................................................................... 50 
 
 
Prioridades – regras ........................................................................................ 52 
Tipos de perigo ............................................................................................... 52 
Frases e palavras ............................................................................................. 53 
Exemplos de pictogramas de precaução .......................................................... 54 
Orientações para rotulagem - recipientes sem a informação de transporte ...... 55 
Orientações para rotulagem - recipientes utilizados em transporte externo ..... 56 
Onde encontrar as informações? ..................................................................... 57 
Referências bibliográficas ................................................................................ 58 
FICHA DE INFORMAÇÕES SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS ......................................... 60 
Aspectos gerais ................................................................................................... 60 
Estrutura ............................................................................................................ 60 
Detalhamento .................................................................................................... 60 
1. Identificação/Identificação do produto e da empresa .................................. 60 
2. Identificação de perigos .............................................................................. 61 
3. Composição e informações sobre os ingredientes ........................................ 61 
4. Medidas de primeiros socorros .................................................................... 61 
5. Medidas de combate a incêndio .................................................................. 61 
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento ............................. 62 
7. Manuseio e armazenamento ....................................................................... 62 
8. Controle de exposição e proteção individual ................................................ 62 
9. Propriedades físicas e químicas ................................................................... 62 
10. Estabilidade e reatividade ......................................................................... 62 
11. Informações toxicológicas ......................................................................... 62 
12. Informações ecológicas ............................................................................. 62 
13. Considerações sobre destinação final ........................................................ 63 
14. Informações sobre transporte ................................................................... 63 
15. Informações sobre regulamentações ......................................................... 63 
16. Outras informações ................................................................................... 63 
Obrigações ......................................................................................................... 63 
Referências bibliográficas ................................................................................... 63 
VIDRARIAS E OUTROS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS DE LABORATÓRIO ................ 64 
Referências bibliográficas ................................................................................... 73 
 
5 
 
GLOSSÁRIO 
 
Classes de risco - Representações numéricas padronizadas internacionalmente para 
identificar o risco oriundo da carga perigosa transportada. 
 
FISPQ - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos. 
 
GHS - Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos 
Químicos (Globally Harmonized System of Classification and Labeling of Chemicals). 
Conjunto de regras, entre outras, de classificação e de rotulagem de produtos químicos, 
que objetiva estabelecer uma comum e consistente base de classificação e comunicação 
de perigos do produto químico perigoso. 
 
Intoxicação aguda - Efeitos adversos que se manifestam após a administração de uma 
substância, por via oral ou dérmica, de uma única dose ou múltiplas doses num intervalo 
de 24 h, ou como consequência de uma exposição por inalação durante 4 h. 
 
Intoxicação crônica - Caracteriza-se pelo surgimento de efeitos adversos tardios, após 
meses ou anos, decorrentes da exposição pequena ou moderada a produtos tóxicos. 
 
MSDS - Material Safety Data Sheet (FISPQ, em inglês). 
 
Número CAS - Número de registro de uma base de dados (Chemical Abstracts Service): 
substâncias ou misturas. É o identificador numérico único e universal, uma espécie de 
“RG” para produtos químicos. Não existem dois compostos químicos diferentes 
registrados com o mesmo n° CAS. 
 
Número ONU (Organização das Nações Unidas) - Sempre composto por quatro 
algarismos e padronizado internacionalmente, identifica a carga perigosa transportada. 
 
Pictograma de perigo - Imagem que contém um símbolo de aviso, destinada a transmitir 
informações sobre os efeitos deletérios que uma determinada substância ou mistura 
pode ter na nossa saúde ou no ambiente. 
 
Produto químico - Substância ou mistura. 
 
Produto químico perigoso - Produto químico classificado como perigoso para a 
segurança, a saúde e/ou o meio ambiente, conforme o critério de classificação adotado. 
 
Telefone de emergência - Meio de comunicação para prestar informação(ões) sobre 
segurança, saúde e meio ambiente relacionada(s) a produtos químicos, em caso de 
emergência. 
 
6 
 
Referências bibliográficas 
 
✓ ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14725-1/2009 - 
Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - 
Parte 1: Terminologia. Publicada em: 26 ago. 2009. 
✓ ECHA - Agência Europeia dos Produtos Químicos. Pictogramas CRE - ECHA. 
Disponível em: https://echa.europa.eu/pt/chemicals-in-our-life/clp-pictograms. 
Acesso em: 20 out. 2017. 
✓ RUPPENTHAL, J. E. Toxicologia. Colégio Técnico Industrial da Universidade 
Federal de Santa Maria. Santa Maria, 2013. Disponível em: 
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/sexta_etapa/toxicologia.pd
f. Acesso em: 20 out. 2017. 
 
 
7 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
Conceito 
 
A segurança do trabalho abrange um conjunto de medidas técnicas, operacionais, legais, 
administrativas, educacionais, médicas e psicológicas que objetivam evitar acidentes, 
incidentes e doenças, por meio de instrução, conscientização e convencimento de 
pessoas na implantação de práticas preventivas e da eliminação de condições inseguras 
do ambiente. 
 
A segurança do trabalho é fundamental para o exercício de qualquer atividade 
produtiva, pois garante o máximo possível da integridade física, emocional, psicológica 
e comportamental ao trabalhador. 
 
Pilares 
 
Entre outros princípios, informação, capacitação e consciência, prevenção, apoio da 
direção e promoção da saúde constituem-se fatores cruciais para o sucesso de 
programas de segurança do trabalho. 
 
Universidades 
 
Estas instituições, em especial as públicas, estão pautadas no tripé formado por ensino, 
pesquisa e extensão. Para dar sustentação a suas atividades-fim, as universidades 
precisam contar com o apoio e o suporte de diversas áreas, dispondo de serviços 
administrativos, financeiros, contábeis, de manutenção, engenharia, limpeza, 
segurança, saúde, compras, gestão ambiental, controle de estoques e patrimônio, 
tecnologia da informação e outros. 
 
Com base na integração desses setores, é necessário que haja planejamento nas 
universidades para que a contratação de serviços e a aquisição de produtos e 
equipamentos sejam conscientes, sustentáveis e, portanto, compatíveis com a 
utilização. 
 
No que tange aos produtos químicos, o efetivo planejamento institucional implica (1) 
melhores condições de segurança, pois evita que se façam grandes estoques de 
substânciasnas dependências da universidade, (2) diminuição do volume ou da massa 
de resíduos gerados (minimizando ou, porventura, eliminando os desperdícios) e (3) 
economia de recursos. 
 
Cenário 
 
As universidades públicas, inclusive a UNIFESP, tendem a pertencer a um contexto no 
qual há heterogeneidade de público e de cursos, bem como rotatividade de estudantes 
e diversificados hábitos, cultura, rotinas e trabalhos. 
 
8 
 
Além disso, resultados, produtos e subprodutos da pesquisa podem ser incertos, 
acarretando impactos, situações de risco e resíduos que não foram previstos. Em relação 
aos resíduos, estes apresentam grande variedade no âmbito das universidades, de modo 
que demandam estratégias diferentes para gerenciamento. 
 
Tais peculiaridades precisam ser ressaltadas, quando se formulam planos de gestão 
ambiental e de segurança em laboratórios. 
 
Laboratórios 
 
Um programa de segurança em laboratórios envolve diversos setores, instâncias 
diretivas, gerenciais, técnicas e operacionais, trabalhadores, campos do conhecimento, 
variáveis e aspectos ambientais. 
 
Em se tratando das universidades, tal programa tem a obrigação de contemplar a 
inserção dos estudantes nas atividades laboratoriais. Os laboratórios onde se 
manipulam produtos químicos podem ter grandes variedades de reagentes, solventes e 
resíduos, resultando em severas incompatibilidades. Paralelamente, no caso da 
universidade pública, deve-se considerar que a mesma tem função social e precisa atuar 
na vanguarda das questões ambientais e ocupacionais. 
 
Responsáveis 
 
Os chefes, supervisores ou outros responsáveis pelos laboratórios devem: 
✓ assegurar o cumprimento da legislação, dos regulamentos e das normas; 
✓ fazer utilizar os equipamentos de proteção coletiva e os equipamentos de 
proteção individual, de acordo com a legislação e as instruções; 
✓ orientar seus funcionários e estudantes, para que eles desenvolvam suas 
atividades com maior segurança e responsabilidade; 
✓ supervisionar o almoxarifado relacionado ao fornecimento de reagentes 
químicos a seu setor; 
✓ comunicar, formalmente, sempre que estiverem ausentes; 
✓ comunicar, formalmente, situação de risco e providências a serem tomadas; 
✓ providenciar e manter sempre disponível (ou solicitar às instâncias competentes) 
os equipamentos de emergência adequados e em perfeito funcionamento (por 
exemplo, lava-olhos, chuveiro de segurança e extintores de incêndio). 
 
Acesso à informação e ao conhecimento 
 
O acesso à informação, que depois é convertida em conhecimento, constitui-se um pré-
requisito para que a universidade se consolide como instituição promotora da segurança 
do trabalho e das boas práticas laboratoriais. 
 
Nessa perspectiva, são imprescindíveis elementos como transparência na gestão, foco 
na prevenção, no planejamento e na orientação, oferta de cursos e eventos para 
capacitação, discussões e reflexões e site atualizado e intuitivo. 
 
9 
 
Tipos de risco 
 
Tendo em vista as Normas Regulamentadoras (NR) 5 (Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes - CIPA), 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA) e 17 
(Ergonomia), do Ministério do Trabalho e Emprego, existem cinco tipos de risco no 
ambiente laboral: físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes. O quadro 
abaixo apresenta esses riscos com maior detalhamento e exemplos. 
 
 Grupo Risco Cor de identificação Exemplos 
1 Físico ♦♦♦ Verde 
Calor, frio, pressão anormal, umidade, 
radiações ionizantes (corpusculares - alfa 
e beta; eletromagnéticas - gama e x), 
radiações não ionizantes (luz visível, 
infravermelho, ultravioleta, micro-ondas 
de aquecimento e micro-ondas de 
telecomunicações), ruídos e vibrações 
2 Químico ♦♦♦ Vermelho 
Poeiras minerais, poeiras vegetais, fumos 
metálicos, névoas, neblinas, gases e 
vapores 
3 Biológico ♦♦♦ Marrom 
Vírus, bactérias, protozoários, fungos, 
helmintos, culturas de células e príons 
4 Ergonômico ♦♦♦ Amarelo 
Levantamento e transporte manual de 
peso, monotonia, repetitividade, ritmo 
excessivo, posturas inadequadas e 
trabalho em turnos 
5 Acidente ♦♦♦ Azul 
Arranjo físico inadequado do local de 
trabalho, iluminação inadequada, 
incêndio e explosão, choque elétrico, 
máquinas e equipamentos sem proteção, 
queda, animais peçonhentos 
 
Riscos químicos 
 
Provenientes de agentes químicos, que são substâncias, compostos ou produtos que 
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, 
névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, 
possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. 
 
Poeira - é um aerodispersóide que surge quando os materiais sólidos sofrem processos 
de golpe amento, ruptura, moagem, peneiramento, lixamento, trituração ou ainda na 
manipulação de grãos vegetais, gerando partículas sólidas que flutuam no ar até se 
depositarem por gravidade. Dentre os exemplos de processos que produzem pós, 
podem ser citados: mineração, moagem, jato de areia, transformação de calcário, 
amianto, pós de madeira etc. 
 
Neblina - é um aerodispersóide que consiste em partículas líquidas geradas pela 
condensação de vapores de um líquido. Exemplos: neblina de água e de ácidos. 
 
10 
 
Névoa - é um aerodispersóide formado por partículas líquidas geradas pela ruptura 
mecânica de um líquido. Exemplos: nebulização de agrotóxicos e pintura por meio de 
spray. 
 
Fumos - são constituídos por partículas muito pequenas (aerodispersóides), que se 
formam quando alguns materiais sólidos se vaporizam ou sublimam com o calor e logo 
se esfriam bruscamente e condensam. O caso mais comum corresponde às partículas 
de fumos que se formam no processo de solda, no qual os vapores do metal fundido se 
esfriam, solidificam-se e são aerotransportados. Também se produzem nos processos 
de fundição de metais. 
 
Fumaça - é uma mistura de gases, vapores e aerodispersóides provenientes da 
combustão incompleta de materiais. Exemplos: fumaça proveniente da combustão de 
madeira ou plástico. 
 
Fibras - são partículas sólidas produzidas por rompimento mecânico com característica 
física de um formato alongado. Também são classificadas como aerodispersóides. 
Exemplo: amianto. 
 
Gases - compreendem átomos (no caso dos gases nobres) ou moléculas no estado 
gasoso da matéria, o qual tem a capacidade de se expandir de maneira espontânea, 
ocupando todo o espaço que lhe é disponível. Encontram-se na fase gasosa à pressão e 
temperatura ambientes. Por isso, misturam-se intimamente com o ar e espalham-se 
com facilidade. Exemplos: monóxido de carbono (produzido pelas combustões 
incompletas), dióxido de carbono, nitrogênio, cloro, oxigênio, hélio e metano. 
 
Vapores - representam a fase gasosa de uma substância líquida ou sólida na 
temperatura em questão. Podem mudar de estado físico por mudanças na temperatura 
ou pressão. São as emanações produzidas pela evaporação de um líquido ou sólido, à 
temperatura ambiente ou pelo aporte de calor. Exemplos: vapores de gasolina, etanol, 
clorofórmio, xilenos e naftalina. 
 
Vias de introdução de agentes químicos no organismo 
 
A presença de substâncias químicas nos ambientes de trabalho possibilita a exposição 
dos trabalhadores a elas. Nas universidades e em outras instituições de ensino e 
pesquisa, os estudantes também estão inseridos nessa problemática. Ocorrendo a 
exposição, o agente químico pode ser introduzido no organismo por meio de uma ou 
mais vias, como a respiratória, cutânea e digestiva. 
 
Via respiratória: compreende um sistema formado pelo nariz, boca, faringe, laringe, 
bronquíolos e pulmões. Trata-se da via de entrada mais representativa para a maioria 
dos compostos químicos. A quantidade total de uma substância absorvida por via 
respiratória depende da sua concentração no ambiente, do tempo de exposição e da 
ventilação pulmonar. 
 
11 
 
Via cutânea ou dérmica: compreende toda superfície que envolve o corpo humano. Nem 
todas assubstâncias podem penetrar através da pele. Algumas conseguem atravessar a 
barreira cutânea diretamente e outras são veiculadas por outras substâncias. 
 
Via digestiva ou oral: compreende o sistema formado pela boca, faringe, esôfago, 
estômago e intestinos. No entanto, pode assumir importância quando é permitido aos 
trabalhadores comer ou beber nos postos de trabalho. 
 
Via parenteral: entende-se como a penetração direta da substância no organismo, 
através de uma descontinuidade da pele (ferida ou punção). 
 
Não conformidade no ambiente de trabalho e consequências 
 
Evento adverso: qualquer ocorrência de natureza indesejável relacionada direta ou 
indiretamente ao trabalho, incluindo: 
✓ Circunstância indesejada: condição, ou um conjunto de condições, com potencial 
de gerar acidentes ou incidentes. 
✓ Acidente: ocorrência que resulta em danos à saúde ou integridade física de 
trabalhadores ou de indivíduos do público. 
✓ Incidente: ocorrência que não implica danos à saúde ou integridade física de 
pessoas, mas com potencial para causar tais agravos. 
✓ Prejuízo: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, ao meio 
ambiente ou perdas na produção. 
 
Ocorrência de acidentes e incidentes 
 
Segue abaixo um quadro com as condições que favorecem ou desfavorecem incidentes 
ou acidentes. 
 
Aumento da probabilidade 
de ocorrerem incidentes e/ou acidentes 
 Diminuição da probabilidade de ocorrerem 
incidentes e/ou acidentes 
Desconhecimento do risco, dos 
procedimentos, do funcionamento dos 
equipamentos, das propriedades das 
substâncias 
Apoio da Direção 
Desatenção e/ou imprudência 
Pressa, pressão e/ou estresse Conhecimento 
Jornadas exaustivas de trabalho Destreza 
Falta de apoio da Direção Atenção 
Falta de planejamento Acesso facilitado à informação 
Falta de estrutura, de limpeza e de 
organização do ambiente laboral 
Manutenção dos equipamentos 
Inexistência ou insuficiência de treinamentos 
e de capacitação 
Conscientização e capacitação 
Autoconfiança exacerbada → risco 
subestimado 
Senso de coletividade 
Descumprimento da legislação vigente e dos 
princípios e das regras de segurança 
Cumprimento da legislação vigente e dos 
princípios e das regras de segurança 
12 
 
Perigo x Risco 
 
Estes termos não são sinônimos, e aqui discutiremos seus conceitos. 
 
Perigo (hazard): agente (físico, químico ou biológico) ou ação que pode causar dano. 
Situações de perigo: 
 
 
 
O perigo está sempre associado à natureza de um produto, equipamento, material 
biológico ou outros elementos e condições. É uma característica (ou propriedade) 
inerente ao agente em questão. O ácido sulfúrico, por exemplo, é intrinsecamente 
corrosivo. Não deixará de ser corrosivo. 
 
Risco (risk): probabilidade de dano (por exemplo, doença ou acidente) resultante da 
exposição a um perigo. A intensidade do risco varia conforme o grau de interação com 
o perigo e os cuidados tomados em tais ações. 
 
Situações de risco (baseadas nas imagens anteriores): 
 
 
 
13 
 
 
Em linhas gerais, tem-se que: 
 
• Perigo = risco x salvaguardas. 
 
• Risco = gravidade do perigo x probabilidade de exposição. 
 
Os riscos precisam ser identificados, analisados, avaliados e gerenciados. Algumas das 
formas de controle, na sequência em que devem ocorrer, são as seguintes: (1) 
eliminação da fonte de riscos; (2) substituição da fonte geradora de riscos; (3) 
implementação de controles de engenharia; (4) uso de sinalização e de avisos ou 
controles administrativos; (5) utilização de equipamentos de proteção individual. 
 
Voltando ao ácido sulfúrico, a exposição a esta substância pode ser evitada (ou, pelo 
menos, minimizada) mediante substituição parcial ou total por outros compostos menos 
perigosos, instalação e utilização de equipamentos de proteção coletiva, uso de 
equipamentos de proteção individual e experimentos e análises em microescala, dentre 
outras medidas. 
 
 
Em outra perspectiva 
 
 
 
Mapa (ou matriz) de riscos 
 
 
 
Corresponde à demonstração em tabela ou gráfica (mapa) dos riscos existentes no local 
analisado, a fim de que se adotem medidas de prevenção, proteção, informação, 
conscientização e atendimento à legislação. 
14 
 
 
Em outras palavras, mapa de riscos é o conjunto de registros gráficos que buscam 
representar os riscos existentes nos diversos ambientes, ou postos de trabalho, sobre 
sua planta baixa, objetivando reunir as informações necessárias para estabelecer o 
diagnóstico da situação de segurança (e saúde) no local. Além disso, tem a função de 
promover a informação e a conscientização às pessoas que praticam alguma atividade 
naquele ambiente, explicitando os riscos ali existentes de forma compreensível. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
Referências bibliográficas 
 
✓ BEZERRA, I. X. B.; CARVALHO, R. J. M. Construção de um sistema de indicadores 
de desempenho em ergonomia na construção de edifícios: um modelo para 
alcançar a excelência no desempenho empresarial. Revista Eletrônica Sistemas 
& Gestão. Volume 6, Número 3, 2011, pp. 312-326, DOI: 10.7177/sg.2011.v6. 
n3.a6. Disponível em: 
www.revistasg.uff.br/index.php/sg/article/download/V6N3A6/V6N3A6. Acesso 
em: 29 dez. 2021. 
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Guia de Análise de Acidentes 
de Trabalho, 2010. Disponível em: 
http://www.prevenirseg.com.br/biblioteca/guia_analise_acidente.pdf. Acesso 
em: 30 dez. 2021. 
 
15 
 
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora 
(NR) n° 5. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. Publicação: 
Portaria GM n° 3.214, de 08 de junho de 1978. Alterações/Atualizações: 
Portaria SSMT n° 33, de 27de outubro de 1983. Portaria SSST n° 25, de 29 de 
dezembro de 1994. Portaria SSST n° 08, de 23 de fevereiro de 1999. Portaria 
SSST n° 15, de 26 de fevereiro de 1999. Portaria SSST n° 24, de 27 de maio de 
1999. Portaria SSST n° 25, de 27 de maio de 1999. Portaria SSST n° 16, de 10 de 
maio de 2001. Portaria SIT n° 14, de 21 de junho de 2007. Portaria SIT n° 247, 
de 12 de julho de 2011. Portaria SEPRT n° 915, de 30 de julho de 2019. Portaria 
MTP n.º 422, de 07 de outubro de 2021. Portaria MTP n.º 4.219, de 20 de 
dezembro de 2022. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-
orgaos-colegiados/ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-05-atualizada-
2022.pdf. Acesso em: 24 maio 2023. 
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora 
(NR) n° 9 - Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, 
químicos e biológicos. Publicação: Portaria MTb n° 3.214, de 08 de junho de 
1978. Atualizações/Alterações: Portaria SSST n° 25, de 29 de dezembro de 
1994. Portaria MTE n° 1.297, de 13 de agosto de 2014. Portaria MTE n° 1.471, 
de 24 de setembro de 2014. Portaria MTb n° 1.109, de 21 de setembro de 
2016. Portaria MTb n° 871, de 06 de julho de 2017. Portaria SEPRT n° 915, de 
30 de julho de 2019. Portaria SEPRT n° 1.358, de 09 de dezembro de 2019. 
Portaria SEPRT n° 1.359, de 09 de dezembro de 2019. Portaria SEPRT n° 6.735, 
de 10 de março de 2020. Portaria SEPRT n° 1.295, de 02 de fevereiro de 2021. 
Portaria SEPRT n° 8.873, de 23 de julho de 2021. Portaria MTP n° 426, de 07 de 
setembro de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-
orgaos-colegiados/ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-
2021-com-anexos-vibra-e-calor.pdf. Acesso em: 24 maio 2023. 
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora 
(NR) n° 17. Ergonomia. Publicação: Portaria GM n° 3.214, de 08 de junho de 
1978. Atualizações/Alterações: Portaria MTPS n° 3.751, de 23 de novembro de 
1990. Portaria SIT n° 08, de 30 de março de 2007. Portaria SIT n° 09, de 30 de 
março de 2007. Portaria SIT n° 13, de 21 de junho de 2007. Portaria MTb n° 
876, de 24 de outubro de 2018. Portaria MTP n° 423, de 07 de outubro de 
2021. PortariaMTP n.º 4.219, de 20 de dezembro de 2022. Disponível em: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-
informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-
colegiados/ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-17-atualizada-
2022.pdf. Acesso em: 24 maio 2023. 
✓ CESGRANRIO. Prova do processo seletivo - edital n° 1. PETROBRAS/PSP RH - 
2014.1. Técnico(a) de segurança júnior. Disponível em: 
https://petrobras.com.br/data/files/67/12/1C/85/F9516410FC0031642BF13BA
8/T_CNICO_A_%20DE%20SEGURAN_A%20J_NIOR.pdf. Acesso em: 18 maio 
2023. 
 
16 
 
✓ CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos na 
organização. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
✓ HALL, J.; OLIVEIRA, R. V.; QUELHAS, O. L. G.; CUNHA, J. Segurança e saúde nas 
escolas, do aprendizado à vivência, uma questão de educação. In: Encontro 
Nacional de Engenharia de Produção, 20. São Paulo. 2000. Disponível em: 
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2000_e0015.pdf. Acesso em: 30 
maio 2018. 
✓ MICHAELIS. Gás. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, 2017. Disponível 
em: http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/gás/. Acesso em: 16 abr. 2020. 
✓ PEIXOTO, N. H.; FERREIRA, L. S. Higiene Ocupacional III. Colégio Técnico 
Industrial da Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, 2013. 
Disponível em: 
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/sexta_etapa/higiene_ocup
acional_3.pdf. Acesso em: 12 out. 2017. 
✓ PORTAL DA EDUCAÇÃO. Exposição e vias de entrada de agentes químicos no 
organismo humano. Publicado em: 17 abr. 2013. Disponível em: 
https://goo.gl/nvijvZ. Acesso em: 29 dez. 2021. 
✓ TAVARES, C. R. G. Segurança do Trabalho I. EPR - Equipamento de Proteção 
Respiratória. Curso Técnico de Segurança do Trabalho. Ministério da Educação. 
Publicado em: 03 nov. 2009. Disponível em: https://tinyurl.com/ydg9bg7l. 
Acesso em: 29 dez. 2021. 
 
17 
 
PRINCÍPIOS DAS BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS 
 
Introdução 
 
As boas práticas de laboratório (BPL) correspondem a um conjunto de ações cujo 
objetivo é proporcionar a diminuição dos riscos e dos desperdícios, no ambiente em 
questão. Tais medidas são constituídas por atividades e processos organizacionais no 
local de trabalho, além de procedimentos básicos, como: 
✓ aquisição e uso planejados e conscientes dos produtos, materiais e 
equipamentos; 
✓ foco na prevenção de incidentes, acidentes e prejuízos; 
✓ senso de coletividade; 
✓ utilização de equipamentos de proteção coletiva (EPC) e equipamentos de 
proteção individual (EPI); 
✓ limpeza e higienização dos instrumentos, dos equipamentos e do ambiente 
laboral; 
✓ gerenciamento de resíduos, com ênfase nos princípios da não geração e da 
redução; 
✓ treinamento e capacitação dos profissionais (trabalhadores e alunos) e 
✓ implementação dos preceitos dos 5S no laboratório. 
 
5S – SENSOS 
 
O programa 5S é uma ferramenta empregada para implantar o sistema de qualidade 
total em uma instituição e, porventura, na vida profissional e pessoal de cada indivíduo. 
O referido método surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial, com a finalidade de 
reestruturar, organizar e melhorar a produção das indústrias da nação, intencionando 
superar a crise de competitividade. 
 
O método 5S tem este nome porque é formado por 5 palavras que começam com a letra 
"S": Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke. Trata-se de um sistema composto por cinco 
conceitos básicos e simples, cuja essência está pautada na necessidade de mudanças 
coletivas e individuais de atitudes, de pensamentos e de comportamento, permitindo, 
através da prática, alcançar os objetivos propostos. 
 
Princípios 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
Aplicação 
 
Utilização 
✓ agendamento e treinamento para uso dos equipamentos e da vidraria; 
✓ implementação de sistema de almoxarifado para recebimento e entrega de 
produtos químicos e materiais; 
✓ estudo para substituição de reagentes e processos agressivos, ao meio ambiente 
e/ou à saúde pública, por técnicas menos impactantes; 
✓ consumo consciente e responsável de materiais, reagentes, água, gás e energia 
elétrica; 
✓ busca de informações antes do início dos experimentos (evitando possíveis 
desperdícios); 
✓ elaboração e aplicação de procedimentos operacionais padrão; 
✓ uso de recipientes apropriados para acondicionamento de reagentes, soluções 
diluídas no laboratório e resíduos; 
✓ testes em microescala e 
✓ laboratórios multiusuários. 
 
Ordenação 
✓ guarda dos materiais, reagentes e utensílios mais usados em locais mais 
acessíveis; 
✓ guarda de objetos mais pesados em locais mais baixos (obviamente); 
✓ organização dos reagentes e resíduos químicos, no almoxarifado e no abrigo, 
respectivamente, considerando critérios de compatibilidade e incompatibilidade 
(nunca por ordem alfabética); 
✓ organização de equipamentos conforme sua sequência de utilização; 
✓ comunicação acerca dos riscos, das regras e dos equipamentos de emergência 
do local; 
✓ comunicação em relação a saídas de emergência; 
✓ arquivo ou pasta que contenha fichas de informações de segurança de produtos 
químicos (FISPQ) e 
19 
 
✓ números de telefone de emergência colocados em locais conhecidos e de fácil 
visualização. 
 
Limpeza 
✓ evitar sujar (manter limpo) o local de trabalho; 
✓ se sujou, limpe; 
✓ lavar vidraria e outros utensílios imediatamente após seu uso; 
✓ ter a consciência e a ação prática para gerenciar os resíduos gerados em suas 
atividades e 
✓ elaborar e aplicar protocolos de limpeza. 
 
Saúde 
✓ compreensão da saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e 
social, e não somente ausência de afecções e enfermidades; 
✓ motivação dos trabalhadores e dos alunos; 
✓ realização de exames periódicos; 
✓ gerenciamento de risco no ambiente de trabalho, mediante treinamento, 
capacitação e uso de equipamentos de proteção coletiva (EPC) e equipamentos 
de proteção individual (EPI); 
✓ uso de técnicas menos impactantes à saúde (se possível, técnicas desprovidas de 
impacto); 
✓ realização de ginástica laboral e 
✓ incentivo à capacitação e à qualificação dos profissionais. 
 
Autodisciplina (essencial para elaboração, implantação e manutenção dos sensos) 
✓ cumprimento da legislação, das regras e dos procedimentos operacionais 
padrão; 
✓ senso crítico e reflexão para reconhecimento de não conformidades no 
ambiente de trabalho; 
✓ preocupação com a coletividade quando se manuseiam produtos químicos e 
agentes biológicos e se descartam resíduos e 
✓ incentivo à qualificação e ao aprimoramento e à atualização dos conhecimentos. 
 
Condutas 
 
✓ NUNCA fumar, comer nem beber nos laboratórios. 
✓ NUNCA aplicar (ou usar) maquiagem nos laboratórios. 
✓ NUNCA usar equipamentos ou utensílios do laboratório para fins pessoais. 
✓ NUNCA utilizar o olfato para identificação de substâncias químicas. 
✓ Não usar ornamentos durante o trabalho no laboratório (pulseiras, anéis, brincos 
etc). 
✓ Não usar lentes de contato no laboratório. 
✓ Não usar o celular no laboratório. 
✓ PLANEJAR protocolos antes de executar experimentos. 
✓ NUNCA devem ser realizados experimentos sem a presença de outra pessoa. Em 
caso de acidente, ela poderá auxiliá-lo(a). 
✓ Manter protocolo de rotina acessível em caso de acidentes. 
20 
 
✓ Manter, no laboratório, arquivo ou pasta que contenha fichas de informações de 
segurança de produtos químicos (FISPQ). 
✓ Utilizar sempre sapato fechado. 
✓ Manter os cabelos presos. 
✓ Recomenda-se fortemente que se utilizem carrinhos para transporte de 
vidrarias, instrumentos, recipientes e demais materiais de laboratório. 
✓ NUNCA usar EPI fora do ambiente de trabalho. 
✓ NUNCA pipetar com a boca. 
✓ Comunicar ao responsável pelo laboratório qualquer condição de falta de 
segurança ou simplesmente anormal. 
 
Lavagem das mãos 
 
A lavagem das mãos deve ser efetuada antes e depois dos procedimentos. Nesse 
sentido, todos os lavatórios e pias devem: 
✓ possuir torneiras ou comandos que dispensemo contato das mãos quando do 
fechamento da água e 
✓ ser providos de sabão líquido e toalhas descartáveis para secagem das mãos. 
 
O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no 
mínimo, antes e depois do uso dos referidos EPI. O uso de "álcool gel" não substitui o 
uso da água corrente e do sabonete líquido, para lavagem das mãos. 
 
A lavagem deve ocorrer em todas as áreas das mãos, conforme figura abaixo: 
 
 
 
 
Operações com vidraria e outros utensílios 
 
Toda a vidraria deve estar em perfeitas condições de uso → não utilizar materiais de 
vidro quando quebrados ou rachados. Lubrificar tubos de vidro e termômetros antes de 
inseri-los em rolhas, tampas de borracha e similares. 
 
21 
 
 
 
Para introduzir ou remover tubo de vidro e termômetros em rolhas, mangueira de 
silicone, tampas emperradas e outros materiais → utilizar luvas anticorte e envolver as 
partes com panos secos, para maior proteção em caso de ruptura do vidro. 
 
CUIDADO: vidro quente normalmente tem a mesma aparência do vidro frio. 
 
 
 
De modo geral, não submeter materiais de vidro a mudanças bruscas de temperatura, 
pois poderão rachar ou quebrar. 
 
Limpeza e uso: preocupação com a coletividade 
 
Instrumentos e vidraria devem ser lavados imediatamente após sua utilização. Usou, 
lavou. Depois de secos devem ser guardados, para não juntar pó. Não mantenha 
amostras ou soluções em vidraria de laboratório (não acondicionar em béqueres, por 
exemplo). 
 
Use sempre recipientes apropriados para acondicionar amostras, os quais devem ter 
resistência e capacidade de contenção e vedação. Não esqueça de liberar a vidraria para 
seus colegas, evitando um colapso de recursos. 
 
22 
 
 
 
Rotulagem dos produtos químicos 
 
Deve ser realizada de acordo com o GHS e a ABNT NBR 14725-3/2017. Veja mais 
detalhes no capítulo “Como interpretar as informações sobre produtos químicos?”. 
 
Se houver informação para transporte externo dos recipientes, a identificação também 
deve ser norteada pela Res. ANTT n° 5998/2022. 
 
Limpeza de superfícies e utensílios 
 
Deve ser executada utilizando-se água e sabão, etanol 70% e/ou solução de hipoclorito 
de sódio, entre outros produtos previstos nos procedimentos operacionais padrão do 
setor. Não se recomenda o uso da acetona (propanona) pura para a limpeza, pois tal 
substância é cara e controlada pela Polícia Federal. 
 
Diluição de ácidos 
 
Nunca despejar água num ácido. 
 
Adicionar o ácido sobre a água. Além disso, o ácido deve ser adicionado gradativa e 
lentamente, com agitação constante. 
 
 
 
A reação de um ácido forte e concentrado com água acarreta a liberação de grande 
quantidade de calor (reação exotérmica). 
 
Quando despejamos água no ácido, ele não dá conta de absorver todo o calor resultante 
da reação, e o aumento de temperatura faz com que a água adicionada passe de 
23 
 
maneira abrupta para o estado de vapor (calefação). Neste momento, pode-se perceber 
o vapor que sai do recipiente no qual o ácido se encontra. Assim, o aquecimento muito 
rápido e também incontrolável potencializará a formação de bolhas de vapor 
provenientes da calefação, que irão projetar o ácido para cima, de modo que o mesmo 
possa respingar na pessoa e em diversos locais. 
 
Quando adicionamos gradativamente o ácido na água, a reação será a mesma, mas a 
água, por ter mais capacidade de absorver calor, dará conta de absorver a energia 
liberada na reação. Cabe ressaltar que o procedimento deve ser feito lentamente e em 
pequenas quantidades, pois se grandes quantidades forem misturadas, nem a água 
conseguirá absorver tamanha quantidade de calor. 
 
Conservação e organização dos produtos químicos 
 
Compras planejadas: adquirir somente o que se pretende utilizar. 
 
Almoxarifado: local destinado aos serviços e procedimentos de recepção, guarda, 
controle, conservação, distribuição e fiscalização dos materiais adquiridos pela 
instituição. 
 
Finalidade principal da área de gestão de estoque (almoxarifado): fornecer materiais 
para os serviços em execução, nas quantidades estritamente necessárias. 
 
Descarte de itens com validade vencida ou sem condições de uso: implica desperdício e, 
consequentemente, custos para a instituição. 
 
Características técnicas a serem consideradas num almoxarifado 
 
✓ Edificação. 
✓ Pavimentação. 
✓ Compartimentalização, conforme critérios de compatibilidade química. 
✓ Drenagem. 
✓ Ventilação. 
✓ Iluminação. 
✓ Medidas de proteção contra incêndio. 
✓ Proteção coletiva. 
✓ Sistema de contenção de resíduos. 
 
Referências bibliográficas 
 
✓ AYALA, J. D.; DE BELLIS, V. M. Química Inorgânica Experimental. Departamento 
de Química da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2003. 
Disponível em: https://qui.ufmg.br/~ayala/matdidatico/apostila_inorg_exp.pdf. 
Acesso em: 02 nov. 2017. 
 
24 
 
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n° 32. 
Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Publicações: Portaria 
GM n° 485, de 11 de novembro de 2005. Portaria GM n° 939, de 18 de 
novembro de 2008. Portaria GM n° 1.748, de 30 de agosto de 2011. Portaria 
SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019. Disponível em: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-32.pdf. Acesso em: 30 dez. 2021. 
✓ COSTALONGA, A. G. C.; FINAZZI, G. A.; GONÇALVES, M. A. Normas de 
Armazenamento de Produtos Químicos. Universidade Estadual Paulista. Curso 
de Higiene e Segurança. Araraquara, 2010. Disponível em: 
http://www.unesp.br/pgr/pdf/iq2.pdf. Acesso em: 15 out. 2017. 
✓ FMUSP - Hospital das Clínicas. Laboratórios de Investigação Médica - LIM. Guia 
de Boas Práticas Laboratoriais. São Paulo, 2015. Disponível em: 
www.limhc.fm.usp.br/portal/wp-
content/uploads/2015/11/Manual_Guia_de_Boas_Praticas.pdf. Acesso em: 03 
nov. 2017. 
✓ LMIM-USP - Laboratório de Materiais e Interfaces Moleculares da Universidade 
de São Paulo. POPs. Experimentos. Ribeirão Preto, 2015. Disponível em: 
http://sites.usp.br/lmim/seguranca-e-limpeza-laboratorio/. Acesso em: 03 nov. 
2017. 
✓ PANTALEÃO, S. F. Programa 5 "S" - uma prática que gera resultados. Guia 
Trabalhista, 2017. Disponível em: 
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/metodo5s.htm. Acesso em: 04 
nov. 2017. 
✓ SILVA, J. M. 5S: O ambiente da qualidade. 3. ed. Belo Horizonte: Fundação 
Christiano Ottoni, 1994. 160 p. 
✓ TEIXEIRA, A. Funções químicas e suas reatividades. PUC-Rio - Pontifícia 
Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central de Educação a 
Distância, 2010. Disponível em: http://web.ccead.puc-
rio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_funcoes_quimicas.
pdf. Acesso em: 02 nov. 2017. 
 
 
25 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL 
 
Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) e os equipamentos de proteção individual 
(EPI) são dispositivos cuja função principal compreende manter a integridade física dos 
indivíduos, no âmbito de sua atividade laboral. Trata-se de aparatos ou indumentárias 
que proporcionam eliminação ou atenuação dos riscos a que os trabalhadores estão 
submetidos. 
 
Os EPC possibilitam a proteção do grupo, do patrimônio, do meio ambiente e da 
pesquisa desenvolvida. São exemplos desses equipamentos as cabines de segurança 
biológica, capelas químicas, fluxo laminar, sensores em máquinas, pisos antiderrapantes 
e outros (FONSECA; BESSA; BRITO, 2011). Em se tratando das cabines de segurança 
biológica, cumpre registrar que existem vários tipos do equipamento em questão, e sua 
escolha depende do agente a ser manipulado. De modo geral, tais cabines devem 
possuir filtros HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance), providos de alto poder de 
retenção de contaminantes e partículas pequenas. 
 
EPC consistem em dispositivos, sistemas ou meios, fixos ou móveis, que visam à 
preservação da integridade física não apenas de um indivíduo, masda coletividade. 
Consequentemente, os EPC prezam pela saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros, 
bem como da sociedade e do meio ambiente, tendo o objetivo bem mais amplo quando 
comparado ao EPI, já que este pretende proteger apenas quem o utiliza. 
 
Chuveiros de emergência, lava-olhos e extintores, embora sejam de uso coletivo, podem 
ser inseridos em outra categoria fora dos EPC, uma vez que são acionados quando já 
aconteceu o evento indesejado (acidente ou incidente). Então, a função genuína desses 
dispositivos é mitigar os prejuízos (sejam estes humanos, ambientais ou materiais), e 
não agir para evitar tais ocorrências. O extintor tem a finalidade de combater o princípio 
de incêndio; já os chuveiros de emergência e os lava-olhos são destinados a atender 
prontamente às vítimas de acidentes, como derramamentos, respingos e quebra de 
frascos. 
 
Entendem-se como EPI os dispositivos, especificamente de uso individual, reservados a 
proteger a segurança e a saúde do trabalhador contra riscos ocupacionais. A instituição 
empregadora é obrigada a fornecer aos seus empregados, gratuitamente, os EPI 
adequados ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes 
circunstâncias: i) sempre que as medidas coletivas, ou de ordem geral, não ofereçam 
completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais 
e do trabalho; ii) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem em fase de 
implantação; iii) para atender a situações de emergência, como vazamentos e 
derramamentos de produtos químicos, ou liberação de gases e/ou vapores tóxicos em 
reação não usual ou não esperada. 
 
O uso de EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira, através da Norma 
Regulamentadora (NR) 6. O MTE atesta a qualidade dos EPI nacionais ou importados 
disponíveis no mercado, ao emitir o Certificado de Aprovação (CA). O fornecimento ou 
a comercialização de EPI sem o CA é considerado crime, de modo que comerciante e 
26 
 
empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei. Ainda em relação à NR 6, é 
essencial mencionar que cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao 
risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado 
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) 
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) 
substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela 
higienização e manutenção periódica; g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade 
observada; h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, 
fichas ou sistema eletrônico. 
 
Ao se analisar o ambiente de um laboratório da área de química, por exemplo, 
enfatizam-se os seguintes EPI: avental, óculos de segurança, luvas e proteção 
respiratória. 
 
Avental 
O avental deve ser confeccionado em tecido de algodão tratado (queima mais devagar) 
para proteger o trabalhador dos respingos da substância manipulada no laboratório, 
mas é ineficaz em exposições extremamente acentuadas, incêndios ou grandes 
derramamentos. Outras especificações desta indumentária compreendem: (1) 
comprimento até os joelhos e mangas compridas com fechamento em velcro, (2) 
fechamento da vestimenta com botões e (3) não possuir abertura lateral nem bolso, 
para não haver acúmulo de poeira ou outros resíduos. 
 
Óculos de segurança 
Os óculos de segurança devem ser utilizados por todo profissional que trabalha em 
laboratório ou depósitos de reagentes ou resíduos químicos. Deve possuir leveza, 
conforto, tratamentos antirrisco e antiembaçante, proteção lateral e cordão de 
segurança fixo. 
 
Luvas 
As luvas constituem-se um dos equipamentos mais importantes, pois protegem as 
partes do corpo com maior risco de exposição: as mãos. Há vários tipos de luvas e sua 
utilização deve proceder de acordo com o produto a ser manuseado. A eficiência das 
luvas é medida através de três parâmetros: 
✓ Degradação: mudança em alguma das características físicas da luva. 
✓ Permeação: velocidade com que uma substância permeia através da luva. 
✓ Tempo de resistência: tempo decorrido entre o contato inicial com o lado 
externo da luva e a ocorrência do produto químico no seu interior. 
 
Os Quadros 1 e 2 apresentam o tipo de luva indicado em relação à categoria de 
composto químico manipulado. 
 
 
27 
 
Quadro 1 – Material da luva e indicações. 
Material Indicações 
Cloreto de 
polivinila (PVC) 
Utilizado comumente em todos os setores industriais (para ácidos e 
álcalis) 
Borracha natural Ácidos, álcalis diluídos, álcoois, sais e cetonas 
Nitrila Ácidos, álcalis, álcoois, óleos, graxa e alguns solventes orgânicos 
Neoprene 
Ácidos, sais, cetonas, solventes à base de petróleo, detergentes, 
álcoois, cáusticos e gorduras animais 
Borracha butílica 
Ácidos, álcalis diluídos, álcoois, cetonas, ésteres (tem maior 
resistência avaliada contra a permeação de gases e vapores aquosos) 
Acetato de 
polivinila (PVA) 
Bom para solventes aromáticos, alifáticos e halogenados. Ruim para 
soluções aquosas 
Viton Especial para solventes orgânicos clorados e/ou aromáticos 
Silver shield 
Luva de cobertura, praticamente para todas as classes de produtos 
químicos (uso especial em acidentes) 
Látex Permeável à maioria dos produtos químicos 
Fonte: Gavetti (2013). 
Quadro 2 – Tipos de luva, pontos fortes e precauções especiais para utilização. 
Características 
Material 
Látex natural Neoprene Nitrila 
Cloreto de 
polivinila (PVC) 
Pontos fortes 
Excelente 
maleabilidade 
e resistência a 
rasgos; boa 
resistência a 
diversos 
ácidos e cetonas 
Resistência química 
polivalente: ácidos, 
solventes alifáticos; 
boa resistência à luz 
do sol 
Grande resistência à 
abrasão e 
perfuração; grande 
resistência a 
hidrocarbonetos e 
derivados 
Boa resistência a 
ácidos e bases 
Precauções 
especiais 
para utilização 
Evitar contato 
com 
óleos, graxas e 
derivados de 
hidrocarboneto 
Evitar contato com 
solventes clorados 
Evitar contato com 
solventes que 
contenham 
cetonas, com 
ácidos 
oxidantes e com 
produtos 
orgânicos azotados 
Baixa resistência 
mecânica; evitar o 
contato com 
solventes que 
contenham 
cetonas e com 
solventes 
aromáticos 
Fonte: IQ-UNICAMP (2009). 
 
Proteção respiratória 
A proteção respiratória tem a função de evitar que o trabalhador inale vapores 
orgânicos, névoas, partículas ou fumos metálicos. Deve estar sempre higienizada e os 
filtros saturados precisam ser substituídos. Se utilizados de forma inadequada, os 
respiradores tornam-se desconfortáveis e podem transformar-se numa verdadeira 
fonte de contaminação. Este equipamento deve ser inserido em saco plástico e 
28 
 
armazenado em local seco e limpo. O respirador é usado apenas quando as medidas de 
proteção coletiva não existem, não podem ser implantadas ou são insuficientes, em 
casos como: acidentes, limpeza de almoxarifados de produtos químicos e operações nas 
quais não seja possível a utilização de sistemas exaustores ou capela. Em caso de 
incêndio, principalmente envolvendo compostos que liberam gases tóxicos, é 
necessário o uso de uma máscara de oxigênio independente do ar ambiente. 
 
É pertinente registrar que, no portal do Ministério do Trabalho e Emprego, podem ser 
consultados os Certificados de Aprovação para os diferentes EPI, como luvas, protetores 
facial e auricular, respirador e purificador de ar, óculos e vestimenta do tipo jaleco ou 
avental. É possível realizar a consulta acessando o seguinte link: 
http://caepi.mte.gov.br/internet/consultacainternet.aspx. 
 
Referências bibliográficas 
 
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. CAEPI - Certificado de Aprovação de 
Equipamento de Proteção Individual - 1.1.9, 2016. Disponível em: 
http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx. Acesso em: 30 dez. 
2021. 
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora (NR) n° 6 - 
Equipamentode Proteção Individual - EPI. Publicação: Portaria GM n° 3.214, de 
08 de junho de 1978. Alterações/Atualizações: Portaria SSMT n° 05, de 07 de 
maio de 1982. Portaria SSMT n° 06, de 09 de março de 1983. Portaria DSST n° 
05, de 28 de outubro de 1991. Portaria DSST n° 03, de 20 de fevereiro de 1992. 
Portaria DSST n° 02, de 20 de maio de 1992. Portaria DNSST n° 06, de 19 de 
agosto de 1992. Portaria SSST n° 26, de 29 de dezembro de 1994. Portaria SIT 
n° 25, de 15 de outubro de 2001. Portaria SIT n° 48, de 25 de março de 2003. 
Portaria SIT n° 108, de 30 de dezembro de 2004. Portaria SIT n° 191, de 04 de 
dezembro de 2006. Portaria SIT n° 194, de 22 de dezembro de 2006. Portaria 
SIT n° 107, de 25 de agosto de 2009. Portaria SIT n° 125, de 12 de novembro de 
2009. Portaria SIT n° 194, de 07 de dezembro de 2010. Portaria SIT n° 292, de 
08 de dezembro de 2011. Portaria MTE n° 1.134, de 23 de julho de 2014. 
Portaria MTE n° 505, de 16 de abril de 2015. Portaria MTb n° 870, de 06 de 
julho de 2017. Portaria MTb nº 877, de 24 de outubro de 2018. Portaria MTP 
n.º 2.175, de 28 de julho de 2022. Portaria MTP n.º 4.219, de 20 de dezembro 
de 2022. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-
br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-
colegiados/ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-06-atualizada-2022-
1.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022. 
✓ FCFFP-USP. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - 
Universidade de São Paulo. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 
Luvas. Ribeirão Preto, 2016. Disponível em: 
http://fcfrp.usp.br/cipa/seguranca/epi/uso_adequado_de_luvas_em_laborator
io.pdf. Acesso em: 07 mar. 2018. 
 
29 
 
✓ FIGUEIREDO, T. M. C. O Direito Fundamental ao Meio Ambiente de Trabalho 
Adequado. Universidade Estadual da Paraíba. Guarabira, 2014. Disponível em: 
http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/3403/1/PDF%20-
%20Tereza%20Margarida%20Cota%20de%20Figueiredo.pdf. Acesso em: 07 
mar. 2018. 
✓ FONSECA, A.G.; BESSA, A.B.; BRITO, T.N.S. Ações educativas para técnicos e 
auxiliares de laboratório de análises clínicas. Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, 2011. Disponível em: 
http://www.periodicos.ufrn.br/extensaoesociedade/article/view/1066/918. 
Acesso em: 07 mar. 2018. 
✓ GAVETTI, S. M. V. C. Guia para a utilização de laboratórios químicos e 
biológicos, 2013. Disponível em: 
http://www.sorocaba.unesp.br/Home/CIPA/Treinamento_para_utilizacao_de_l
aboratorios_quimicos_e_biologicos_leitura.pdf. Acesso em: 07 mar. 2018. 
✓ IQ-UNICAMP – Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas. 
Pictogramas. As luvas e as matérias-primas. Tabela de Resistência Química. 
Campinas, 2009. Disponível em: 
http://www.iqm.unicamp.br/sites/default/files/tabeladeluvas.pdf. Acesso em: 
07 mar. 2018. 
✓ RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Saúde do Estado. Portaria n° 40, de 29 de 
dezembro de 2000. Norma técnica de biossegurança em estabelecimentos 
odontológicos e laboratórios de prótese no Rio Grande do Sul. Disponível em: 
http://www1.saude.rs.gov.br/dados/1203618343665Norma%20T%E9cnica%20
de%20Biosseguran%E7a.pdf. Acesso em: 07 mar. 2018. 
✓ SILVA JUNIOR, I. V.; COELHO, H.; MAJEROWICZ, J.; GONÇALVES, M. S.; COUTO, 
S. E.; CARDOSO, T. A. O. Subgrupo de trabalho da Comissão Técnica de 
Biossegurança da Fiocruz, 2004. Disponível em: 
www.fiocruz.br/biosseguranca/ctbio/docs/jaleco2.pdf. Acesso em: 07 mar. 
2018. 
30 
 
PRINCÍPIO DE INCÊNDIO: PREVENÇÃO E COMBATE 
 
Fogo 
 
Resultado da reação química de oxidação (portanto, exotérmica1) de um material 
combustível, liberando calor, luz e produtos (fumaça, gases e/ou vapores). 
 
Exemplos: 
 
a) Combustão completa do etanol: 
CH3-CH2-OH (l) + 3O2 (g) → 2CO2 (g) + 3H2O (l) 
Etanol + oxigênio → dióxido de carbono + água 
 
b) Combustão completa do metano: 
CH4 (g) + 2O2 (g) → CO2 (g) + 2H2O (g) 
Metano + oxigênio → dióxido de carbono + água 
 
c) Combustão do hidrogênio: 
2H2 (g) + O2 (g) → 2H2O (l) 
Hidrogênio + oxigênio → água 
 
A combustão completa ocorre quando existe oxigênio suficiente para consumir todo 
combustível (FOGAÇA, 2012), redundando maior liberação de calor. A combustão se dá 
de forma incompleta quando não há oxigênio suficiente para consumir todo o 
combustível, redundando menor liberação de calor. No caso de compostos orgânicos 
que possuem apenas carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos) ou carbono, hidrogênio e 
oxigênio, os produtos da combustão incompleta podem ser monóxido de carbono (CO), 
que é tóxico, e água, ou carbono elementar (C) e água (FOGAÇA, 2012). 
 
Exemplos: 
 
a) Combustão incompleta do metano: 
CH4 (g) + 3/2O2 (g) → CO (g) + 2H2O (g) 
Metano + oxigênio → monóxido de carbono + água 
 
b) Combustão incompleta do metano (com ainda menos oxigênio): 
CH4 (g) + O2 (g) → C (s) + 2H2O (g) 
Metano + oxigênio → carbono + água 
 
Incêndio 
 
Trata-se da ocorrência de fogo descontrolado, o que acarreta riscos para seres vivos, 
estruturas, equipamentos e, portanto, meio ambiente. 
A queima de combustíveis ordinários, como madeira, papel, papelão e tecidos, produz 
fumaça branca ou cinza clara. 
 
1 Uma reação exotérmica é uma reação química cuja energia é transferida de um meio interior para o 
meio exterior, aquecendo, assim, o ambiente. Ou seja, ocorre liberação de calor. 
31 
 
 
Foto: Environmentalists have urged authorities to get serious about the burning-off. (Reuters/Antara 
Foto: Rony Muharrman). 
A queima de derivados de petróleo produz fumaça escura. 
 
Foto: Lara Solt/The Dallas Morning/AFP. 
Tetraedro do fogo 
 
Para haver fogo, é necessária a combinação de quatro elementos: combustível, 
comburente, calor e reação em cadeia. A reunião desses quatro componentes é 
chamada de tetraedro do fogo. 
 
 
 
✓ Combustível: algum material ou produto que irá queimar. 
✓ Comburente: substância que reage com um combustível, provocando a 
combustão. Normalmente, é o oxigênio. 
✓ Calor: energia térmica em trânsito de um corpo para outro, devido, unicamente, 
a uma diferença de temperatura. 
✓ Reação em cadeia: reação química contínua entre o combustível e o 
comburente, a qual libera mais calor para a reação e mantém a combustão em 
um processo sustentável. 
32 
 
 
Pontos de fulgor, combustão e ignição 
 
Ponto de fulgor: temperatura mínima na qual a substância começa a liberar seus vapores 
inflamáveis. 
 
Retirada da chama → fogo se apaga, pois não há quantidade suficiente de calor para 
produzir vapores ou gases suficientes e manter o fogo. O processo não se sustenta por 
muito tempo, pois não há quantidade suficiente de vapores ou gases, tampouco calor, 
para mantê-lo. 
 
Ponto de combustão: temperatura mínima em que os gases desprendidos dos 
combustíveis, combinados com o oxigênio, ao terem contato com uma fonte de calor, 
entram em combustão e continuam a queimar. 
 
Retirada da chama → o fogo não será eliminado, porque a temperatura ainda propicia, 
através da degradação do combustível, a geração de vapores ou gases inflamáveis 
suficientes para manter o fogo. Cabe ressaltar que, neste ponto, ainda é necessária uma 
fonte de energia (calor) para que o processo de queima continue. 
 
Ponto de ignição: temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos combustíveis 
entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente 
de qualquer fonte externa de calor. 
 
Gases e vapores aquecidos já são capazes de entrar em combustão. 
 
Temperatura: ponto de ignição ponto de combustão ponto de fulgor. 
 
Transmissão de calor 
 
A transmissão de calor pode ocorrer mediante fenômenos de condução, convecção e 
irradiação. 
 
Condução: o calor é transportado da região de maior temperatura para a região de 
menor temperatura, através do contato físico direto. Neste fenômeno, não há 
deslocamento apreciável das moléculas. 
 
 
 
Convecção: transferência de calor através de um fluido, que ocorre devido ao 
movimento do próprio fluido (qualquer material que possa escoar). As moléculas 
aquecidasse chocam umas com as outras, tornando o fluido menos denso (portanto, 
mais leve) e sobem, distribuindo o calor pelo ambiente. Em outras palavras, a convecção 
33 
 
é o processo de transmissão de calor no qual a energia térmica se propaga através do 
transporte de matéria, devido a uma diferença de densidade e a ação da gravidade. Tal 
processo ocorre somente com os fluidos, isto é, com os líquidos e com os gases, pois na 
convecção térmica há transporte de matéria. 
 
 
 
 
Irradiação: transferência de calor dá-se através de ondas eletromagnéticas. A irradiação 
é o processo mais importante de propagação de calor, pois é através dele que o calor 
do Sol chega até a Terra. Sem esse processo não haveria vida na Terra. 
 
 
 
 
 
Classes de incêndio 
 
 
Classes de Incêndio 
 
Exemplos e Características 
 
 
Aparas de papel e 
madeiras 
Fogo envolvendo materiais combustíveis sólidos, tais 
como madeiras, tecidos, papéis, borrachas, plásticos 
termoestáveis e outras fibras orgânicas, que queimam 
em superfície e profundidade, deixando resíduos. 
 
 
Líquidos 
inflamáveis 
Fogo envolvendo líquidos e/ou gases inflamáveis ou 
combustíveis, plásticos e graxas que se liquefazem por 
ação do calor e queimam somente em 
superfície. Queimam somente em superfície e não 
deixam resíduos após a queima. 
 
 
Equipamentos 
elétricos 
Equipamentos elétricos energizados: televisores, 
componentes elétricos, computadores e 
eletroeletrônicos energizados. São caracterizados pela 
presença de energia elétrica e oferecem grande risco 
no processo de sua extinção. 
34 
 
 
 
Metais 
combustíveis 
Fogo em metais pirofóricos, tais como magnésio, 
titânio, zircônio, sódio, potássio e lítio. 
 
 
Óleos e gorduras Fogo em óleos vegetais e gorduras. 
 
 
Métodos de extinção do fogo 
 
Resfriamento: é a extinção do fogo mediante remoção do calor do combustível, 
diminuindo a taxa de evaporação até o fogo cessar. 
 
Abafamento: consiste na interrupção do fornecimento do comburente da reação. 
Podem ser utilizados inúmeros agentes extintores para este fim, como areia, terra, 
cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases especiais, entre outros. O material 
utilizado para extinção do fogo dependerá, evidentemente, daquilo que estiver 
queimando. 
Isolamento: é a retirada do material combustível que ainda não queimou ou sua 
separação do combustível que ainda está queimando. Dessa forma, sem combustível, a 
combustão se encerrará por falta do que consumir. 
 
Quebra da reação em cadeia: corresponde à introdução de substâncias que inibem a 
capacidade reativa do comburente com o combustível, interrompendo-se a reação e, 
assim, eliminando fogo. 
 
Tipos de extintor (água, pó químico seco e gás carbônico) 
 
 
 
35 
 
 
 
Ação primária e secundária de cada agente extintor: 
✓ água - resfriamento e abafamento; 
✓ pó químico seco (PQS) - quebra da reação em cadeia e abafamento; 
✓ gás carbônico - abafamento e resfriamento. 
 
Para combater princípio de incêndio de Classe C, embora os extintores de PQS sejam 
eficientes, o extintor de CO2 é o mais adequado, pois este não deixa resíduos que podem 
danificar permanentemente os equipamentos elétricos. 
 
O operador deve segurar a mangueira do extintor de CO2 pelo punho, nunca pelo 
difusor, a fim de que o profissional em questão não sofra queimaduras (devido à baixa 
temperatura do CO2 que é liberado). A estrutura do extintor de CO2 está apresentada 
na figura abaixo: 
 
 
 
 
 
36 
 
Tipos de extintor (ABC, classe D e classe K) 
 
 
Fontes: Extincêndio (2004), Protege (2006a, 2006b, 2009), Resil (2016). 
 
 
Manuseio do extintor 
 
 
 
37 
 
Acesso facilitado aos extintores 
 
Além da disponibilidade dos extintores e de pessoas treinadas e capazes de manuseá-
los, é obviamente fundamental que tais equipamentos estejam em locais acessíveis, pois 
precisarão ser acionados em situações de emergência (segundos são cruciais nestes 
momentos). 
 
 
 
Como se livrar das chamas 
 
 
Ao perceber que sua roupa está pegando fogo, não saia correndo! 
 
Mais informações 
 
Para obter informações adicionais a respeito de princípios e combate a incêndio, acesse 
os sites abaixo: 
 
✓ Instituto de Química da Universidade de São Paulo, Campus São Carlos - 
Brigada de Incêndio: http://cipa.iqsc.usp.br/brigada-de-incendio-iqsc 
✓ Prefeitura Municipal de São Paulo - Prevenção e combate a incêndios: 
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/licenciamentos/C
ARTILHA%20PREVENCAO%20E%20COMBATE%20A%20INCENDIOS.pdf 
✓ Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - Manual de segurança contra 
incêndio em estabelecimentos assistenciais de saúde: 
✓ Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal - Manual básico de combate a 
incêndio. Módulo 1 - Comportamento do fogo: 
http://www.bombeiros.pb.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/COMBATE-A-
INC%C3%8ANDIO-Mod_1-Comportamento-do-Fogo.pdf 
 
http://www.bombeiros.pb.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/COMBATE-A-INC%C3%8ANDIO-Mod_1-Comportamento-do-Fogo.pdf
http://www.bombeiros.pb.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/COMBATE-A-INC%C3%8ANDIO-Mod_1-Comportamento-do-Fogo.pdf
38 
 
Referências bibliográficas 
 
✓ ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12693: Sistemas de 
proteção por extintores de incêndio. Publicada em 22 jan. 2021. 
✓ CARVALHO, R. V. T. G.; ROSA, L. M.; SILVA, M. G.; BARROS, F. C.; BRAGA, G. C. 
B.; ARAÚJO, A. A.; LANDIM, H. R. O.; SOUZA JÚNIOR, D. V; MALAQUIAS, V. S. L.; 
CAMPOS, A. T.; PEREIRA, S. L.; SPOTORNO, M. Q.; PEREIRA, K. M. G.; VALDEZ, R. 
F. C. C.; RAMALHO, M. D.; ALVES, K. R. B.; RIBEIRO, G. B.; SILVA, E. J.; LISBOA 
NETO, J. P.; SALAZAR, H. F. Manual básico de combate a incêndio. Módulo 1 - 
Comportamento do fogo. Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. 
Brasília, 2006. Disponível em: https://www.cbm.df.gov.br/2012-11-12-17-42-
33/2012-11-13-16-14-57?task=document.download&id=748. Acesso em: 16 
abr. 2020. 
✓ DIÁRIO DO NORDESTE. Venda de extintores tem aumento de até 340%. 
Publicado em: 04 fev. 2013. Disponível em: 
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/venda-de-extintores-
tem-aumento-de-ate-340-1.114613. Acesso em: 28 jun. 2020. 
✓ EXTINCÊNDIO. Conheça as classes de fogo e agentes dos extintores, 2004. 
Disponível em: www.extincendio.net/saibamais.php. Acesso em: 29 dez. 2021. 
✓ FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de combate a incêndio. 
Manual de bombeiros. Estado de Goiás. Corpo de Bombeiros Militar. Goiânia, 
2016. Disponível em: http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2015/12/cbmgo-1aedicao-20160921.pdf. Acesso em: 29 dez. 
2021. 
✓ FOGAÇA, J. R. V. Combustão completa e incompleta. Mundo Educação – 
Química – Química Orgânica. Publicado em: 15 fev. 2012. Disponível em: 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/combustao-completa-
incompleta.htm. Acesso em: 28 out. 2017. 
✓ MATTOS, U. A. O.; MÁSCULO, F. S. Higiene e Segurança do Trabalho. Associação 
Brasileira de Engenharia de Produção. Campus - ABEPRO. Elsevier Editora. Rio 
de Janeiro, 2011. 
✓ MAUS, A. Informativo Técnico (IT n° 002/DAT/CBMSC). Sistema preventivo por 
extintores definição do agente extintor. Estado de Santa Catarina. Secretaria da 
Segurança Pública e Defesa do Cidadão. Corpo de Bombeiros Militar. Diretoria 
de Atividades Técnicas - DAT. Florianópolis, 2006. Disponível em: 
https://documentoscbmsc.cbm.sc.gov.br/uploads/uploads-
quadrodeavisos/Info%20Tec%20002%20-%20Agente%20Extintor.pdf. Acesso 
em: 28 dez. 2021. 
✓ MICHAELIS - Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa. Comburente. Editora 
Melhoramentos, 2017. Disponível em: 
http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=comburente. Acesso 
em: 28 out. 2017. 
✓ PROTEGE. Extintor de incêndio para cozinhas. São Paulo, 2006b. Disponível em: 
http://www.protege.ind.br/download/Ficha%20tecnica%20Classe%20K.pdf. 
Acesso em: 20 out. 2017. 
 
39 
 
✓ PROTEGE. Extintores de incêndio para metais pirofóricos. São Paulo, 2006a.Disponível em: 
http://www.protege.ind.br/download/Ficha%20tecnica%20Classe%20D.pdf. 
Acesso em: 20 out. 2017. 
✓ PROTEGE. Extintores Pó ABC. São Paulo, 2009. Disponível em: 
http://www.protege.ind.br/subProdutos.php?titulo=Produtos&titulo_esquerdo
=Categorias&CategoriaID=3. Acesso em: 20 out. 2017. 
✓ RESIL. Ficha de informação de segurança de produto químico - Pó para extintor 
de incêndio ABC, 2016. Disponível em: 
http://www.resil.com.br/datafiles/fispq/fispq-ficha-de-informacoes-de-
seguranca-de-produto-quimico-po-abc.pdf. Acesso em: 29 dez. 2021. 
✓ UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Classes de incêndio. Porto 
Alegre, 2014. Disponível: 
http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/geotri2014/modulo3/bombeiros/class
es.htm. Acesso em: 28 dez. 2021. 
✓ UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Convecção. Instituto de 
Física. Porto Alegre, 2002b. Disponível: 
http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/conveccao.htm. 
Acesso em: 28 out.2017. 
✓ UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Irradiação. Instituto de 
Física. Porto Alegre, 2002c. Disponível: 
http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/conveccao.htm. 
Acesso em: 28 out.2017. 
✓ UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O que é calor? Instituto de 
Física. Porto Alegre, 2002a. Disponível: 
www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/calor.htm. Acesso em: 29 
dez. 2021. 
 
40 
 
COMO INTERPRETAR AS INFORMAÇÕES SOBRE 
PRODUTOS QUÍMICOS? 
 
Introdução 
 
Neste espaço, nós discutiremos o Diagrama ou Diamante de Hommel, as classes de risco 
para transporte e, com mais ênfase, o Sistema Globalmente Harmonizado de 
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS - Globally Harmonized System of 
Classification and Labeling of Chemicals). 
 
Diagrama ou Diamante de Hommel 
 
Trata-se de uma comunicação de risco criada e adotada pela National Fire Protection 
Association (Associação Nacional para Proteção contra Incêndios), dos Estados Unidos 
da América. O Diamante ou Diagrama de Hommel é mundialmente conhecido pelo 
código NFPA 704. Constitui-se um sistema que classifica a severidade de exposição 
aguda a um produto químico, durante situações de emergência (por exemplo, incêndio 
e derramamento). 
 
 
Não deve ser aplicado para: 
✓ transporte, 
✓ exposição ocupacional não emergencial e 
✓ exposição crônica. 
 
Qualificação e quantificação do risco 
 
O quadrilátero possui quatro cores (azul, vermelho, branco e amarelo), associadas a um 
tipo de risco. A graduação do risco, nas áreas azul, vermelha e amarela, dá-se de 0 a 4. 
A cor branca refere-se a riscos específicos, conforme figura abaixo: 
 
41 
 
 
 
Ponto de fulgor: é a menor temperatura na qual um líquido combustível ou inflamável 
desprende vapores em quantidade suficiente para, misturado com o ar, logo acima de 
sua superfície, propague uma chama a partir de uma fonte de ignição. Os vapores 
liberados a essa temperatura não são, no entanto, suficientes para dar continuidade a 
combustão. A pressão atmosférica influi diretamente nesta determinação. 
Exemplos 
 
42 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
Diagrama ou Diamante de Hommel não deve ser utilizado para rotulagem! 
 
 
 
44 
 
Onde encontrar as informações? 
 
https://cameochemicals.noaa.gov/search/simple 
 
 
 
Inserir nome (em Inglês), número CAS (sem traços) ou número ONU da substância. 
Clique nos termos para encontrar as respectivas informações sobre a substância de 
interesse. 
 
Número CAS: Número de registro de uma base de dados (Chemical Abstracts Service): 
substâncias ou misturas. É o identificador numérico único e universal, uma espécie de 
“RG” para produtos químicos. Não existem dois compostos químicos diferentes 
registrados com o mesmo n° CAS. 
 
Número ONU (Organização das Nações Unidas): Sempre composto por quatro 
algarismos e padronizado internacionalmente, identifica a carga perigosa transportada. 
 
 
 
https://cameochemicals.noaa.gov/search/simple
45 
 
Simbologia, classificação e identificação - transporte de produtos perigosos 
 
No Brasil, o transporte de cargas perigosas, incluindo produtos, materiais e resíduos, é 
regulamentado pela Resolução n° 5998/2022, de 3 de novembro de 2022, da Agência 
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 
 
A referida Resolução aprova as Instruções Complementares ao Regulamento Terrestre 
do Transporte de Produtos Perigosos, e dá outras providências. Além disso, está em 
consonância com o Orange Book, que trata das principais recomendações da 
Organização das Nações Unidas (ONU) para esse tipo de transporte. 
 
Classes de risco 
 
As classes de risco são representadas por números utilizados internacionalmente para 
identificar o risco da carga transportada e estão apresentadas abaixo: 
 
Classes e subclasses de risco, definições e respectivos rótulos de risco. 
 
Classificação Subclasse Definições Rótulo de risco 
Classe 1: explosivos 
1.1 
Substância e artigos com risco de 
explosão em massa. 
 
1.2 
Substância e artigos com risco de 
projeção, mas sem risco de 
explosão em massa. 
1.3 
Substâncias e artigos com risco de 
fogo e com pequeno risco de 
explosão ou de projeção, ou 
ambos, mas sem risco de explosão 
em massa. 
1.4 
Substância e artigos que não 
apresentam risco significativo. 
 
1.5 
Substâncias muito insensíveis, com 
risco de explosão em massa; 
 
1.6 
Artigos extremamente insensíveis, 
sem risco de explosão em massa. 
 
46 
 
Classe 2: gases 
2.1 
Gases inflamáveis: são gases que a 
20°C e à pressão normal são 
inflamáveis quando em mistura de 
13% ou menos, em volume, com o 
ar ou que apresentem faixa de 
inflamabilidade com o ar de, no 
mínimo 12%, independente do 
limite inferior de inflamabilidade. 
 
2.2 
Gases não-inflamáveis, não 
tóxicos: são gases asfixiantes, 
oxidantes ou que não se 
enquadrem em outra subclasse. 
 
2.3 
Gases tóxicos: são gases, 
reconhecidamente ou 
supostamente, tóxicos e 
corrosivos que constituam risco à 
saúde das pessoas. 
 
Classe 3: líquidos 
inflamáveis 
- 
Líquidos inflamáveis: são líquidos, 
misturas de líquidos ou líquidos 
que contenham sólidos em 
solução ou suspensão, que 
produzam vapor inflamável a 
temperaturas de até 60,5°C, em 
ensaio de vaso fechado, ou até 
65,6ºC, em ensaio de vaso aberto, 
ou ainda os explosivos líquidos 
insensibilizados dissolvidos ou 
suspensos em água ou outras 
substâncias líquidas. 
 
Classe 4: sólidos 
inflamáveis; 
substâncias sujeitas 
à combustão 
espontânea; 
substâncias que, em 
contato com água, 
emitem gases 
inflamáveis 
4.1 
Sólidos inflamáveis, substâncias 
autorreagentes e explosivos 
sólidos insensibilizados: sólidos 
que, em condições de transporte, 
sejam facilmente combustíveis, ou 
que por atrito possam causar fogo 
ou contribuir para tal; substâncias 
autorreagentes que possam sofrer 
reação fortemente exotérmica; 
explosivos sólidos insensibilizados 
que possam explodir se não 
estiverem suficientemente 
diluídos. 
 
47 
 
4.2 
Substâncias sujeitas à combustão 
espontânea: substâncias sujeitas a 
aquecimento espontâneo em 
condições normais de transporte, 
ou a aquecimento em contato com 
ar, podendo inflamar-se. 
 
4.3 
Substâncias que, em contato com 
água, emitem gases inflamáveis: 
substâncias que, por interação 
com água, podem tornar-se 
espontaneamente inflamáveis ou 
liberar gases inflamáveis em 
quantidades perigosas. 
 
Classe 5: 
substâncias 
oxidantes e 
peróxidos orgânicos 
5.1 
Substâncias oxidantes: são 
substâncias que podem, em geral 
pela liberação de oxigênio, causar 
a combustão de outros materiais 
ou contribuir para isso. 
 
5.2 
Peróxidos orgânicos: são 
poderosos agentes oxidantes, 
considerados como derivados do 
peróxido de hidrogênio, 
termicamente instáveis que 
podem sofrer decomposição 
exotérmica autoacelerável. 
 
Classe 6: 
substâncias tóxicas 
e substâncias 
infectantes 
6.1 
Substâncias tóxicas: são 
substâncias capazes de provocar 
morte, lesões graves ou danos à

Continue navegando