Buscar

Relatorio_DEFENSYN_LEISHMANIOSE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Suplementação com 
Imunoestimulante (Defensyn®) 
na melhora clínica de cães com 
Leishmaniose Visceral
König do Brasil Ltda
Estrada Municipal, 889
Rod. Castelo Branco Km 68,5
Bairro Dona Catarina – 18120-000
Mairinque, SP
Tel / Fax 55 (11) 4708-1867
Luana Dias de Moura (coordenadora da pesquisa) 
MV, MSc, Doutoranda em diagnóstico 
e terapêutica na Medicina Veterinária
Autores
Luana Dias de Moura, Médica Veterinária, Mestra, UFPI;
Naílson de Jesus Melo; Graduando em Medicina Veterinária, UFPI;
Leopoldo Fabrício Marçal do Nascimento; Doutor em Ciência Animal;
Maria do Socorro Pires e Cruz, Médica Veterinária, Doutora em Doenças Tropicais, UFPI;
Mariana Kiyomi Maruno, Zootecnista, Doutora, Departamento Técnico, König do Brasil;
André de Almeida Prazeres Gonçalves, Médico Veterinário, Gerente Nacional, König Brasil.
Departamento Técnico de Nutrição
nutricao@konigbrasil.com.br
3
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
1. INTRODUÇÃO
 
 A nutrição de cães e gatos tem se comportado de 
forma semelhante à nutrição humana, observada através 
da crescente incorporação de ingredientes funcionais nos 
alimentos. O manejo nutricional tem sido uma importante 
ferramenta no auxílio do tratamento de diversas patologias, 
por meio da inclusão de alimentos nutracêutico na dieta dos 
animais (BORGES, 2013).
 A imunomodulação através da dieta ocorre de 
duas formas. A primeira, busca componentes da dieta que 
atuem diretamente nos patógenos ou na microbiota do trato 
gastrointestinal e a segunda, exerce efeitos indiretos sobre 
os patógenos da microbiota por terem como alvo as células 
intestinais e/ou células imunes dos hospedeiros (ZAINE, 2014).
 Dentre as patologias que podem ser auxiliadas pelos 
alimentos nutracêuticos, encontra-se a leishmaniose visceral 
canina (LVC), conhecida também calazar ou kalazar uma 
antropozoonose causada por protozoários intracelulares 
do gênero Leishmania e que acometem canídeos silvestres e 
domésticos (SCHIMMING et al., 2012). Doença considerada 
imunomediada, visto que o parasita influencia a resposta 
imune do hospedeiro.
 Alimentos nutracêuticos com ꞵ-glucanos e 
α-mananos podem auxiliar no tratamento da LVC por 
modular o sistema imune do hospedeiro através de suas 
interações específicas com várias células imunocompetentes, 
indutoras na imunidade humoral e mediada por células 
(MEDZHITOV & JANEWAY JUNIOR, 2000).
1.1 LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
 
 A leishmaniose é uma doença endêmica com 
maior incidência em países, localizados em regiões 
tropicais e subtropicais. No Brasil, as principais áreas 
endêmicas da Leishmaniose Visceral (LV) possui registro 
de casos em 21 estados da Federação, sendo as principais 
áreas endêmicas localizadas na região nordeste (PORTAL 
DA SAÚDE, MS, 2015).
 A LV é causada por um protozoário do gênero 
Leishmania pertencente à família Trypanosomatidae e à or-
dem Kinetoplastida. Estes protozoários apresentam uma 
única mitocôndria rica em material genético (kDNA), deno-
minado quinetoplasto (GRIMALDI JÚNIOR &TESH, 
1993). O agente etiológico em nosso país é a Leishmania in-
fantum chagassi (GONTIJO & MELO, 2004). 
 A transmissão ao hospedeiro ocorre durante a pi-
cada de fêmeas hematófagas, as quais pertencem à ordem 
díptera, família Psychodidade, subfamília Phlebotominae, 
espécie Lutzomya longipalpis e L. cruzi, conhecidos po-
pularmente como mosquito-palha e birigui (GONTIJO 
& MELO, 2004).
 As fêmeas flebotomíneas infectadas contaminam o 
hospedeiro vertebrado ao realizarem seu repasto sanguíneo, 
liberando as formas promastigotas (infectante) do parasita 
juntamente com a saliva. Na epiderme do hospedeiro, 
estas formas são fagocitadas por células do sistema 
mononuclear fagocitário. No interior dos macrófagos, as 
formas promastigotas perdem o flagelo, diferenciando-
se em amastigotas que se multiplicam intensamente até 
o rompimento dos mesmos, ocorrendo a liberação destas 
formas que serão fagocitadas por novos macrófagos 
num processo contínuo, ocorrendo a disseminação 
hematogênica para outros tecidos (figura 1) ricos em células 
do sistema nuclear fagocitário, como linfonodos, fígado, 
baço e medula óssea (COUTO et al., 1998).
 
 A infecção do vetor ocorre quando as fêmeas, ao se 
alimentarem do sangue de mamíferos infectados, ingerem 
macrófagos parasitados na forma amastigota da Leishma-
nia. No trato digestivo ocorre o rompimento dos macrófa-
gos liberando essas formas. Ocorre, então, a reprodução por 
divisão binária e sua rápida diferenciação em formas flage-
ladas denominadas promastigotas (formas infectantes). O 
ciclo do parasita no inseto se completa em torno de 72 ho-
ras (SANTA-ROSA & OLIVEIRA, 1997). Existem indí-
cios que o período de maior transmissão da leishmaniose 
ocorra durante ou logo após a estação chuvosa, quando há 
um aumento da densidade populacional dos insetos, sendo 
a maioria de hábito noturno (ALMEIDA et al., 2010).
 Os hospedeiros vertebrados da LV são animais sel-
vagens como roedores, tatus, raposas e preguiças e, no am-
biente doméstico, os cães, gatos e o próprio homem. Neste 
ambiente, o cão (Canis familiaris) é considerado principal 
reservatório do parasita, tendo assim, papel fundamental 
no ciclo hospedeiro / reservatório / vetor (DANTAS-TOR-
RES, 2009). Por essa razão, é considerado um importante 
elo na transmissão da leishmaniose humana (SILVA et al., 
2007; VERÇOSA et al., 2008).
 Os animais, uma vez infectados, podem permanecer 
em um quadro infeccioso assintomático ou podem apresen-
tar uma doença progressiva com sinais clínicos variados. Os 
sinais clínicos mais frequentes em cães com LV são linfade-
nopatia, lesões do focinho ou orelha (úlceras), apatia, ano-
rexia, perda de peso, mucosas pálidas, onicogrifose, lesões 
cutâneas, hemorragia, despigmentação do focinho ou lábio, 
alopecia, blefarite e ceratoconjuntivite (REIS et al., 2006, SIL-
VA et al., 2017). Em cães, a pele é o órgão que mais comu-
mente apresenta sinais de LV, e a presença do parasita na pele 
deste reforça o importante papel na transmissão e no ciclo do 
parasita. (QUEIROZ et al., 2010). 
 Considerando que a LVC é uma doença imuno-
mediada, onde o parasita influencia a resposta imune do 
hospedeiro, observa-se que as lesões sistêmicas estão di-
retamente relacionadas com a resposta imune do hospe-
deiro e a evolução da doença (BARBIERI, 2006).
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
4
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
 Amastigotas intracelulares
Proliferação
Lise
Re-invasão
Refeição sanguínea
(flebótomo)
Refeição sanguínea
(flebótomo)
Amastigotas
Promastigotas
procíclicas
Promastigotas
metacíclicas
Adesão
Macrófago
Absorção
Fagolisossoma
Th0
Treg
Th2 B
Th1
P
Disseminação do Parasita
TGF-ꞵ
IL-10
Inibição
Síntese 
de Óxido 
Nítrico
Nitrocoxide
Eliminação 
do Parasita
Ativação de 
Macrófagos
Radicais 
livres de 
Oxigênio
IL-10
IL-4
IL-12
IFN-γ
TNF-α
IL-2
IL-18
IL-27
IL-4
Inibição
 A resistência à infecção em animais assintomá-
ticos dependerá da resposta celular Th1 a qual está asso-
ciada à produção de citocinas pró-inflamatórias IFN-γ, 
TNF-α, IL-2 além de linfócitos T CD4+ e CD8+ (figura 2). 
 Nos cães sintomáticos observa-se proliferação 
do parasita nos macrófagos, devido a uma redução no 
número de linfócitos T CD4+, o que sugere a ausência 
de resposta efetiva no sentido de eliminar o parasita 
(CORRÊA, 2007). Em cães assintomáticos predomina a 
resposta imune celular para Th1 mediado por IFN-γ e 
TNF-α, proporcionando resistência à LVC.
Figura 02. Perfil de linfócitos 
na resposta imune a 
leishmaniose visceral canina 
(Adaptado de BANETH et al. 
2008).
Figura 01. Ciclo biológico da leishmaniose 
visceral canina (Adaptado de Sykes et al., 
2013).
5
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com LeishmanioseVisceral
1.2. DIAGNÓSTICO, CONTROLE E TRATAMENTO
 A suspeita da LVC é baseada em dados 
epidemiológicos e nos achados clínicos, entretanto 
ainda é considerado um diagnóstico complexo, visto que 
algumas doenças compartilham sintomatologia similar.
O período de incubação nos cães é bastante variável. Este 
período possui média de três meses a sete anos. A LVC é 
uma doença de evolução lenta: no momento inicial, os 
parasitas são encontrados no local da picada infectada, 
depois distribuem-se através da derme, para depois, 
por fim ocorrer a infecção das vísceras. Além disso, 
cerca de cinquenta por cento dos cães soropositivos são 
assintomáticos e possivelmente não demonstrarão sinais 
da LVC (REIS et al., 2000).
 A fase inicial da doença é caracterizada por 
lesões cutâneas como: alopecia, despigmentação dos 
pelos, descamação e eczema em particular no espelho 
nasal e orelha, pequenas úlceras rasas localizadas mais 
frequentemente ao nível das orelhas, focinho, cauda 
e articulações. Em fases mais adiantadas, observam-
se onicogrifose, esplenomegalia, linfoadenopatia, 
alopecia, dermatite, úlceras de pele, distúrbios oculares 
(conjuntivites, ceratoconjuntivite, blefarite e/ou uveítes), 
coriza, apatia, diarreia, hemorragia intestinal, edema de 
patas, vômito e hiperqueratose. Já na fase de infecção, 
ocorrem em geral a paresia das patas posteriores, 
caquexia, inanição e morte. Já as lesões renais são 
consideradas como a principal causa de óbito por LVC 
(ARRUDA 2009).
 Diferentes técnicas podem ser utilizadas para 
confirmar o diagnóstico como: teste sorológico, pesquisa 
do parasita por exames parasitológicos e/ou ensaios 
moleculares (MARZOCHI et al., 1985; MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2014). O diagnóstico parasitológico pode 
ser realizado por exame direto (figura 3) baseado na 
detecção da forma amastigota da Leishmania sp.. Para 
tal, são utilizadas lâminas contendo amostras de medula 
óssea, linfonodo ou pele; ou cultura do material obtido 
por punção de medula óssea e linfonodos em meio 
específico para identificação de formas promastigotas do 
parasita (CUNNINGHAM et al.,2012; MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2006; SCHIMMING & PINTO E SILVA, 2012).
 O diagnóstico sorológico se baseia na detecção de 
anticorpos anti-Leishmania circulantes, tendo em vista que 
os animais doentes desenvolvem resposta imune humoral 
e produzem altos títulos de IgG anti-Leishmania (FERRER, 
1999). No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda como 
protocolo de diagnóstico e método de triagem o teste 
imunocromatográfico TR DPP® (Dual-Path Platform) 
e, o teste de ELISA (Enzime Linked ImmunonoSorbent 
Assay) utilizando-se antígeno solúvel total como teste 
confirmatório (NOTA TÉCNICA Nº 01/2011-CGDT/
CGLAB / DEVIT / SVS / MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).
Figura 03. Exame parasitológico direto com presença de 
forma amastigota de Leishmania sp. em aspirado de linfonodo 
(MOURA, 2018).
 A reação em cadeia de polimerase (PCR) é a técnica 
de diagnóstico molecular que torna possível identificar a 
ampliar o DNA do parasita (IKEDA-GARCIA E FEITOSA, 
2006). Porém esta técnica é mais usada em pesquisa do 
que em rotina clínica laboratorial. A utilização da PCR é 
uma técnica que torna possível identificar e ampliar o DNA 
do parasita em amostras de sangue total, medula óssea, 
linfonodos e fragmentos de pele. Apresenta sensibilidade 
e especificidade próxima de 100% (IKEDA GARCIA & 
FEITOSA, 2006; MANNA et al., 2009). A técnica PCR em 
tempo real foi introduzida recentemente para detectar 
quantitativamente leishmanias no organismo, entretanto 
essa técnica ainda é onerosa, não faz parte da rotina de 
muitos laboratórios e também não está padronizada pelo 
Ministério da Saúde (QUEIROZ et al., 2010).
 As medidas de controle estão centradas no 
diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos, 
redução da população de flebotomíneos, eliminação dos 
reservatórios domésticos e atividades de educação em 
saúde. Recomenda-se controle único vetorial e a utilização 
de inseticidas de ação residual Em cães, as medidas de 
controle estão ligadas ao uso se repelentes, tais como 
coleiras, bisnagas ou sprays com inseticidas capazes de 
inibir o contato de flebotomíneo no animal, além do uso 
de vacina como profilaxia e a higienização do ambiente e 
do animal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
 De acordo com a portaria interministerial 
nº1426 de 11 de julho de 2008, tornou proibido o 
tratamento da LVC com produtos de uso humano ou 
não registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária 
e Abastecimento (MAPA). A terapêutica em cães se dá 
com a associação de drogas: combina-se medicamentos 
com efeito leishmanicida, com efeito leishmaniostático, 
6
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
juntamente com o uso de imunomoduladores (FRASER 
et al., 2008). O paciente deve ter acompanhamento 
clínico e laboratorial constante, idealmente em 
intervalos de 6 meses, na busca de se manter um bom 
prognóstico. 
 O primeiro medicamento oral destinado ex-
clusivamente aos cães acometidos com a LVC foi a 
miltefosina (hexadexilfofocolina, HepC), que promo-
veu importante avanço terapêutico no tratamento da 
enfermidade (SUNDAR & OLLIARO, 2007). O modo 
de ação da miltefosina, que é uma droga leishmanicida 
(CROFT et al., 1987), está associado a alterações no me-
tabolismo lipídico, mais precisamente, na biossíntese 
dos fosfolipídios promovendo assim, ação leishmani-
cida (LUX et al., 2000). Por meio de nota técnica con-
junta nº001/2016 MAPA / MS, foi autorizado o registro 
do produto Milteforan® (Virbac Saúde Animal) para o 
tratamento da LVC no Brasil, uma vez que a miltefosina 
não é uma droga utilizada no tratamento da doença em 
humanos (MAPA / MS, 2016). 
 O alopurinol (4-hidroxipirazolo – [3,4-d] pri-
rimida) tem atividade leishmaniostática, ele interfere 
no crescimento da Leishmania, atuando na inibição da 
síntese de pirimidinas, o que leva à inibição das sínte-
ses de proteínas do parasita (PFALLER et al., 1974). Este 
medicamento de uso oral é uma droga de baixo custo 
e facilmente disponível para tratamento (GINEL et al., 
1998). No entanto, embora o alopurinol seja capaz de 
amenizar os sinais clínicos, o mesmo não é eficiente 
para estimular uma resposta imunoespecífica e assim 
eliminar o agente infeccioso.
 A Domperidona possui ação ação imunomodu-
ladora, estimulando a produção de linfócitos Th1 e de 
IL-2, IL-12, IFN-g e TNF-a levando à ativação dos ma-
crófagos, seguida da diminuição da população de Th2, 
entretanto tem uso restrito (droga humana), podendo 
apresentar efeitos colaterais (GOMEZ-OCHOA et al., 
2009).
1.3. ALIMENTOS NUTRACÊUTICOS.
 Sabe-se que a quimioterapia da LVC ainda é um 
desafio, devido a inexistência de tratamento efetivo que 
elimine o parasita. Dessa forma, a suplementação dos 
cães com alimentos nutracêuticos pode ser um potente 
adjuvante para boa resposta imune ao tratamento de LV 
em cães. 
 Os alimentos nutracêuticos são suplementos 
alimentares que contém forma concentrada de 
composto bioativo, o qual se apresenta separado da 
matriz alimentar e é utilizado com finalidade melhorar 
a saúde e em doses que excedem aquelas contidas na 
dieta convencional (ZEISEL, 1999). Outra definição 
de composto nutracêutico, seria a substância não 
fármaco, produzida de forma purificada ou sob forma 
de extrato e administrada de forma oral para fornecer 
ao organismo os agentes necessários para a estrutura e 
função normal, visando melhorar a saúde e o bem-estar 
dos animais (BOOTHE, 1997).
 As substâncias nutracêuticas são as vitaminas 
antioxidantes (A, C e E), flavonoides, vitamina D, ácidos 
graxos poli-insaturados, L-carnitina, glucosamina, 
condroitina, prebióticos, probióticos, minerais e fibras 
dietéticas (DAVÍ et al., 2010). 
 Na alimentação dos cães e gatos, os suplementos 
nutracêuticos são recomendados com objetivo de 
favorecer a saúde do trato digestório, da resposta 
imune, das condições de pele e pelagem, da composição 
corporale da prevenção de danos decorrentes do 
envelhecimento, além de auxiliar nas funções orgânicas 
dos animais doentes.
1.4. PREBIÓTICOS
 Os prebióticos são definidos como ingredientes 
alimentares não digeríveis que atuam de forma beneficia 
na saúde do hospedeiro (GIBSON & ROBERFROID, 1995). 
A alteração da microbiota intestinal em decorrência do 
consumo de prebióticos ocorre pelo fornecimento de 
nutrientes para as bactérias desejáveis, promovendo 
assim, a exclusão competitiva das indesejáveis. Além 
do mais, o trato gastrointestinal é o principal local de 
interação entre o sistema imune e microrganismos 
(ZAINE, 2014).
 O sistema imune da mucosa do TGI de cães 
e gatos consiste em estruturas linfoides organizadas, 
incluído Placas de Peyer, linfonodos mesentéricos e 
lâmina própria intestinal (STROKES; WALLY, 2006). 
Nesta mucosa são encontrados tipos celulares específicos, 
como linfócitos T e B, macrófago, mastócito, células 
dendríticas, neutrófilos e eosinófilos (GERMAN, HALL, 
DAY 1999.)
 Sabe-se que as bactérias que residem no trato 
gastrointestinal influenciam o desenvolvimento 
do Tecido Linfoide Associado ao Intestino (GALT), 
modulando assim a imunidade do animal. O GALT é 
considerado maior órgão imunológico do organismo, 
onde são localizadas, aproximadamente 80% das células 
de defesa e 50% das células imunes efetoras, realizando 
as seguintes atividades: captura, processamento e 
apresentação de antígenos ingeridos; produção de 
anticorpos locais, em especial IgA; ativação de respostas 
imunes citomediadas, particularmente as mediadas por 
linfócitos T CD8+ e macrófagos (SANTOS, 2017).
7
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
1.4.1. BETA-GLUCANOS
 Os ꞵ-glucanos são são polissacarídeos com 
ação prebiótica originados da parece celular da 
Saccharomyces cerevisiae. A S. cerevisiae é uma levedura, 
cuja parede celular é composta por glucanos (55%), 
mananoproteínas (22%) e quitina (1,5%) (Figura 04). A 
composição destes componentes está distribuída em 
duas camadas principais, sendo a externa composta por 
mananoproteínas e a interna por glucanos e quitina, 
em estrutura interconectada por ligações covalentes 
(MAGNANI & CASTRO-GOMES, 2008). 
Mananoproteínas
Quitina
ꞵ-1,6-glucano
ꞵ-1,3-glucano
ꞵ-1,3-glucano sintetaseQuitina sintetase
UDP-GlcUDP-GlcNAc
Bi-camanda 
fosfolipídica da 
membrana celular
 Os glucanos são polímeros de glicose com 
ligações ꞵ(1-3) e ꞵ(1-6), já quitina é composta por ꞵ(1-4)-
N-acetilglucosamina e uma pequena porção de lipídeos 
(MAGNANI & CASTRO-GOMES, 2008). 
 Os ꞵ-glucanos obtidos microrganismos pertencem 
a uma classe de substâncias conhecidas como modificadores 
de resposta biológica (MRB), pois alteram a resposta no 
hospedeiro. Esses polímeros ativam a resposta imune via 
sistema complemento diretamente, ou com auxílio de 
anticorpos que produzem fatores quimioterápicos que 
induzem a migração de leucócitos para o sítio de infecção 
(MAGNANI & CASTRO-GOMES, 2008).
1.4.2. AÇÃO DO ꞵ-GLUCANO NO SISTEMA IMUNE
 Os ꞵ-glucanos possuem várias propriedades 
imunomoduladoras. Eles agem por estimulação do 
sistema imune, principalmente em macrófagos, exercendo 
efeito benéfico contra uma grande variedade de bactérias, 
fungos, vírus e parasitas (MANTOVANI et al., 2008).
sinais intracelulares, com consequente produção de 
componentes da resposta imune inata (como citocinas, 
IFNs, moléculas do complexo de histocompatibilidade, 
entre outros), que atuam contra os microrganismos. 
(MEDZHITOV et al., 1997). Estes receptores estão 
presentes principalmente nos macrófagos, neutrófilos, 
células dendríticas (CDs) (ABBAS et al.,2003).
 A estrutura que permite o reconhecimento do 
ꞵ-glucano pelo sistema imune, está associada a padrões 
moleculares (PAMP’s). O ꞵ-glucano desencadeia respostas 
cuja função é proteger o hospedeiro de invasões de patógenos, 
caracterizando como parte da imunidade inata de organismos 
superiores (MAGNANI & CASTRO-GOMES, 2008).
 Os receptores relacionados ao reconhecimento 
do ꞵ-glucano em vertebrados incluem a dectina-1, o re-
ceptor do sistema complemento 3 (CR3) e a lactosilcerami-
da. O mecanismo de resposta é mediado pela combinação 
desses receptores, porém o mecanismo mais esclarecido é 
o da dectina-1 (MAGNANI & CASTRO-GOMES, 2008).
Figura 04. Estrutura da parede 
celular da Saccharomyces 
cerevisiae (Fesel & Zuccaro, 
2016).
 O efeito imunoestimulante está relacionado com 
a sua interação com receptores específicos presentes nas 
células do sistema imune, como os receptores toll-like, de 
manose, complemento-CR3, dectina-1 e, que reconhecem 
células específicas presentes nos patógenos (Padrão 
Molecular Associado aos Patógenos - PAMPs) (Figura 05). 
Dessa forma, permite o reconhecimento pelo sistema imune 
do que próprio ou não próprio (BROWN; GORDON, 2001)
 A ligação do PAMP a um receptor de célula 
imune (Receptores de Reconhecimento Padrão – PRRs) 
induz uma sinalização que desencadeia uma cadeia de 
8
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
Sinalização
intracelular
TLR4- Receptor Toll-like 4
Recrutamento de leucócitos: Inflamação
Citocinas (pró-inflamatórias)
Fagocitose
Burst respiratório: espécies reativas 
de oxigênio e óxido nítrico
Apresentação de antígeno (via complexo 
principal de histocompatibilidade)
MR-Receptor de manose
Dectina-1
SR-Receptor scavenger
CD14- molécula de diferenciação tipo CD14
TLR2- Receptor Toll-like 2
CR3- Receptor para complemento do tipo 3
• Ligantes endógenos - (Glico/lipo) proteínas alteradas/modificadas, opsoninas (ex. fragmentos da fração C3 do 
sistema complemento e fibronectinas, células tumorais e citocinas)
• Microorganismos e produtos microbianos (ex. Lipopolissacarídeos)
Figura 05. Modulação da atividade de macrófago por PRRs (Adaptado de Lenung et al., 2006).
 O imunoreceptor dectina-1 é uma 
glicoproteína transmembrana tipo II, presente de 
forma heterogênea nos tecidos, cuja principal função 
é a vigilância contra patógenos. A sua expressão está 
diretamente relacionada com monócitos, macrófagos, 
neutrófilos e células dendríticas. Dessa forma, seus 
sinais contribuem para a resposta destas células, 
incluindo fagocitose, burst oxidativo, degranulação 
de neutrófilos, produção de mediadores lipídicos da 
inflamação, citocinas e quimiocitocinas, que recrutam 
e coordenam a ativação de outras células imunes 
(Figura 06) (GOODRIDGE; WOLF; UNDERHILL, 
2009).
 Este imunoreceptor ao ser estimulado pelo 
ꞵ-glucano sofre fosforilação e, ao que tudo indica, 
está envolvida na produção de superóxido pelos 
macrófagos como resposta de defesa (MAGNANI & 
CASTRO-GOMES, 2008).
 O dectina-1 presente na membrana dos 
macrófagos é o principal receptor de reconhecimento 
de ꞵ-glucanas e, através desta especificidade há a 
sua ativação com consequente reconhecimento de 
patógenos, promovendo a indução de uma série 
de respostas celulares protetoras inclusive com a 
diferenciação da resposta imunológica (Th1 ou Th2). 
Sugere-se que esta especificidade induza a produção 
de interleucinas IL-12, IL-18 e IL-27 que estão 
associados a resposta celular Th1 (SANTOS, 2017).
ꞵ-glucano
• TNF/Mediadores inflamatórios
• Funções microbicidas efetoras
Macrófago
Dectina-1
Figura 06. Interação do ꞵ-glucano com o receptor dectina-1 
em macrófago (Adaptado de Hohl & Palmer, 2006).
9
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
Beta-glucano
Receptor
(Ativar) Citocinas
Imunoglobulina
InterleucinaPatógeno
Ativação de Macrófagos
Síntese de Óxido 
Nítrico Nitrocoxide
Radicais livres de Oxigênio
Eliminação do Parasita
IFN-γ
TNF-α
IL-2
Th1
 A resposta celular Th1 promove a formação das 
citocinas INF-γ, TNF-α e IL-2, responsáveis pela ativação 
de macrófagos, realizando assim o burst respiratório, com 
a produção de óxido nítrico e a eliminação do parasita 
(Figura 07) (SANTOS, 2017).
Figura07. Ativação de macrófago por ꞵ-glucano. Adaptado de Peluso (2020) e Baneth (2008).
 O imunorreceptor CR3 funciona como uma 
molécula de adesão celular, que possui um sítio de 
ligação para carboidrato, local onde o ꞵ-glucano se 
adere. E o receptor lactosilceramida é um esfingolipídio 
presente na membrana plasmática celular e, juntamente 
como ꞵ-glucano realça o burst oxidativo e as funções 
antimicrobianas (MAGNANI & CASTRO-GOMES, 2008)
1.5. DEFENSYN® COMO IMUNOESTIMULANTE 
NA LVC
 Muitos alimentos comerciais para cães e gatos 
produzidos no Brasil contêm derivados da levedura 
Sacharomyces cerevisae, cuja inclusão beneficia o 
sistema imune e a microbiota do trato gastrointestinal 
(ZAINE et al., 2014). A parede celular é constituída 
principalmente por mananoproteínas, ꞵ-glucanos e 
quitina (LIPKE & OVALLE, 1998).
 Os mananoligossacarídeos presentes na parede 
celular tem ação prebiótica, observada pelo estímulo 
do crescimento das bactérias que agem auxiliando o 
trato digestório. Consequentemente há o aumento da 
microbiota benéfica, com consequente diminuição da 
patogênica, caracterizada pela aglutinação de patógenos 
(CARCIOFI & GOMES, 2010).
 Os ꞵ-glucanos são polissacarídeos, que se 
diferenciam pelo tipo de ligação entre as unidades de 
glicose presentes na cadeia principal e pelas ramificações 
expressão de diversas citocinas (KUBALA et a., 2003). 
Devido a função biológica desse polipeptídio, verifica-
se efeito benéfico a uma série de doenças que incluem 
as infecções virais, parasitárias, bacterianas e fúngica, 
combate a tumores, efeito anti-inflamatório, anti 
hipocolesterolêmico, hipoglicêmico, mutagênico, e em 
situações supressão imune divido ao estresse (FREITAS 
JUNIOR et al., 2012).
 O Defensyn® (König, Saúde Animal) é um 
suplemento alimentar imunomodulador. Possui em 
sua composição nutrientes altamente concentrados 
e direcionados às exigências nutricionais de animais 
que se encontram em estado de convalescência, 
ou seja, se recuperando de alguma enfermidade, 
de doenças crônicas, imunossupressoras, que não 
possuem cura e até mesmo em situações oportunistas. 
Possui alta concentração de ꞵ-glucano, e também 
grandes quantidades de mananoligossacarídeos e 
frutoligossacarídeos. Também é composto por outros 
nutracêuticos de grande importância, como as vitaminas 
A, C, E, B1, B2, B6, B12, inositol, ácido pantotênico, 
ácido fólico, zinco e selênio quelato, glutamina, sulfato 
de Glucosamina, ácido linoleico, Lactocilus acidiphilus e 
plasma sanguíneo.
2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO
 O uso de nutracêuticos na veterinária pode, po-
tencialmente, resultar em benefícios aos pacientes. Ainda 
conectadas a essa cadeia. O ꞵ-glucano mais abundante 
é a 1,3 ꞵ-glucano que apresenta habilidade para 
estimular o sistema imunológico, através da ativação 
de macrófagos, células endoteliais dendríticas, células 
T e B, linfócitos polimorfonucleares, com a indução da 
10
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
existe escassez de informações científicas sobre sua reco-
mendação, dosagem adequada e eficácia (ZAINE et al., 
2014), mas, conforme apresentado anteriormente, existem 
evidências que as substâncias imunomoduladoras sejam al-
tamente benéficas para animais em estado convalescente. 
 Como a ocorrência de lesões sistêmicas da LVC 
está diretamente relacionada com a resposta imune do 
hospedeiro e a evolução da doença (BARBIERI, 2006), e 
o Defensyn® possui alta concentração de ingredientes 
imunomoduladores em sua composição, o presente 
estudo se justifica como forma de avaliar a efetividade 
da suplementação com este imunoestimulante na 
melhora clínica de cães com LVC, quando submetidos ao 
tratamento com Alopurinol na dosagem recomendada 
de 10 a 20 mg/kg/BID.
 
 Assim, este estudo teve por objetivo avaliar a 
suplementação alimentar com o imunoestimulante 
Defensyn® na melhora clínica de cães com LVC em conjunto 
com tratamento alopático convencional com o Alopurinol.
3. METODOLOGIA
3.1. ASPECTOS ÉTICOS E LOCAL DE TRABALHO
 O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em 
Experimentação Animal (CEEA) da Universidade Fede-
ral do Piauí. Para a realização deste estudo foi solici-
tado consentimento dos tutores, permitindo as coletas 
amostrais e acompanhamento clínico. O presente tra-
balho foi realizado sob a supervisão da M.V. Luana Dias 
de Moura (CRMV PI-01311) na cidade de Teresina, Piauí, 
com colaboração de clínicas veterinárias. 
3.2. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
 Neste estudo foram utilizados 25 cães com 
diagnóstico positivo para a LVC. Inicialmente, realizou-
se uma triagem onde diversos cães foram submetidos 
a avaliação clínica e parasitológica, metodologia 
considerada padrão ouro no diagnóstico da LVC, e apenas 
os que tiveram avaliação positiva foram distribuídos nos 
tratamentos experimentais. Os cães foram distribuídos de 
forma casualizada em três tratamentos experimentais, os 
quais consistiam em:
Grupo 1: 
Grupo 2: 
Grupo 3: 
 
 O período experimental adotado, foi de 60 dias 
após a positividade do exame parasitológico. Os animais 
receberam tratamento por 60 dias após a positividade 
no exame parasitológico. O Defensyn® é um produto 
em pó, e sua forma de administração é oral, onde pode 
ser misturado a água ou polvilhado sobre o alimento 
a ser consumido. Recomenda-se o consumo imediato 
da água ou alimento, após a adição do produto. Já o 
alopurinol é um medicamento de uso oral, em forma 
de comprimidos e, normalmente comercializados 
nas versões de 100 ou 300mg. Durante o período 
experimental, recomendou-se que o tutor mantivesse a 
alimentação do animal em sua normalidade, fornecendo 
a mesma dieta consumida previamente ao ensaio.
 Após o diagnóstico positivo para LVC dos cães, 
recomendou-se medidas preventivas para evitar picadas 
de flebotomíneos. As medidas preventivas foram o 
uso de coleira impregnada com deltametrina ou o uso 
de spray repelente a base de permetrina. Posterior 
ao término do ensaio experimental, os animais 
foram encaminhados novamente aos clínicos que os 
acompanham para continuar o tratamento contra LVC.
No início do experimento (D0) e ao final (D60) todos 
animais foram submetidos ao diagnóstico sorológico, 
parasitológico, a avaliação clínica e de parâmetros 
bioquímicos e hematológicos. 
3.3.1. DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO
 Os animais utilizados na pesquisa foram subme-
tidos ao diagnóstico parasitológico, método considera-
do padrão ouro. Para realização deste exame foi feito 
contenção adequada de cada animal, e posteriormente 
coletado as amostras, por punção de medula óssea, lin-
fonodos e/ou citologia de pele quando presente lesões. 
O material coletado foi fixado, corado pelo método do 
panótico rápido, e enviado para analise com pesquisa 
direta do parasita, em laboratório particular de Teresi-
na. Essa metodologia possibilitou o diagnóstico preciso 
dos animais com positividade para LVC. 
3.3.2. AVALIAÇÃO CLÍNICA
 O perfil clínico dos animais utilizados no estudo, 
foi avaliado de acordo com a metodologia adaptada 
proposta por Silva et al. (2017). Esta metodologia consiste 
em avaliar e pontuar através de uma ficha, a sintomatologia 
da doença, onde considera-se: o grau de atividade do 
animal, presença de ectoparasitas, estado nutricional, 
estado de pele e pelos, presença de secreções e tamanho 
de linfonodos. A escala utilizada na pontuação varia de 0 
(zero) a 2 (dois), quando apresentadas condições normais 
recebiam pontuação 0 (zero) e conforme o aumento da 
severidade das lesões há o consequente aumento desta 
pontuação. Ao final do preenchimento desta ficha soma-
se toda a pontuação recebida nos diferentes itens avaliados 
e o seu valor total é considerado como o escore do animal, 
atingindo-se escore máximo de 25 pontos. Dessa forma, 
quanto maior o valor do escore apresentado, maior as 
evidências dos sinais clínicos decorrentes da LVC.
Alopurinol (15mg/kg/sid) + Defensyn® 
(3g/5kg/sid); com 09 cães;
Alopurinol (15mg/kg/sid),com 09 cães;
Controle; sem o consumo do alopurinol e/ou 
Defensyn®, com 07 cães.
11
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
3.3.3. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO E 
AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E 
HEMATOLÓGICOS.
 Para as análises sorológicas, bioquímicas e 
hematológicas coletou-se 04 ml de sangue através da 
venopunção jugular em tubos tipo Vacuntainer®. Para o 
ensaio bioquímico e sorológico foram utilizados tubos 
contendo ativador de coagulação, obtendo-se assim o 
soro. E para o ensaio hematológico utilizou-se tubos 
contendo anticoagulante (EDTA-K2). 
 O diagnóstico da LVC foi realizado no 
Hospital Veterinário da Universidade Federal do Piauí 
(UFPI), utilizando-se metodologia recomendada pelo 
Ministério da Saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, NOTA 
TÉCNICA, 2011). Esta metodologia consiste em teste 
rápido de triagem com TR DPP®, seguido de ensaio 
ELISA. 
 Os exames hematológicos e bioquímicos foram 
realizados em laboratório particular de Teresina. Para os 
ensaios bioquímicos avaliou-se proteínas totais (PT), globu-
linas, albumina (ALB), alanina aminotransferase (TGP), fos-
fatase alcalina (FA), creatinina e ureia. Para o ensaio hema-
tológico, verificou-se os valores da série vermelha e branca, 
além do número de plaquetas. Para diagnóstico diferencial 
e de exclusão de coinfecção, realizou-se o teste 4DXPlus® 
(IDEXX), verificando-se a presença de hemoparasitose dos 
animais introduzidos na pesquisa.
3.4. ANÁLISE ESTATÍSTICA
 Foi adotado delineamento casualizado. Para 
análise estatística, utilizou-se o software GrafPad Prism 
5.0 (GraphPad Pris Inc., San Diego, Estados Unidos). Os 
dados foram analisados utilizando-se teste de variância 
e, quando significativo foram analisados através dos 
testes de Kruskal Wallis e Dunn’s com a adoção de 5% 
de significância. 
4. RESULTADOS
 Todas as avaliações e análises propostas foram 
realizadas sem nenhuma intercorrência, porém algumas 
avaliações foram realizadas somente nos grupos G1 e G2. 
4.1. AVALIAÇÃO CLÍNICA
 Os principais sinais clínicos observados nos 
animais no início do tratamento, no D0, incluía respec-
tivamente, linfonodos aumentados, lesão de orelha / fo-
cinho, onicogrifose, mucosas pálidas, despigmentação 
do focinho, lesão de pele (presença de úlceras e derma-
tite), emagrecimento, alopecia, secreção ocular serosa 
- mucosa, conjuntivite, opacidade córnea, blefarite e 
sangramento. 
 Quando avaliado os sinais clínicos de cada grupo no 
D0, não se observou diferença significativa nos valores de 
escore entre eles (Figura 08). Porém quando analisado ao fim 
do período experimental, D60, foi constatado a redução dos 
sinais clínicos para os animais tratados com G1 (Alopurinol 
+ Defensyn®) e G2 (Alopurinol), diferentemente do grupo 
G3 (Controle) que apresentaram sinais clínicos de escore 
elevado (Figura 09). Porém, houve diferença significativa 
(p<0,05), apenas entre os cães dos tratamentos G1 e G3. 
 A redução do escore relacionado aos sinais clíni-
cos dos cães do G1, tratados com Alopurinol juntamente 
com o consumo do suplemento alimentar Defensyn®, de-
monstra a influência da suplementação sobre a resposta 
imune dos animais contra o parasita causador da LVC. 
Figura 8. Escore clínico dos animais no início do período 
experimental (D0). Colunas seguidas de letras diferentes 
diferem estatisticamente (5%). G1: Alopurinol (15mg/kg/sid) 
+ Defensyn® (3g/5kg/sid); G2: Alopurinol (15mg/kg/sid); 
G3: Controle; sem o consumo do alopurinol e/ou Defensyn®.
Figura 9. Escore clínico dos animais ao final do período 
experimental (D60). Colunas seguidas de letras diferentes 
diferem estatisticamente (5%). G1: Alopurinol (15mg/kg/sid) 
+ Defensyn® (3g/5kg/sid); G2: Alopurinol (15mg/kg/sid); 
G3: Controle; sem o consumo do alopurinol e/ou Defensyn®.
12
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
IMAGENS DA AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS ANIMAIS DO GRUPO 01
A
B
Figura 10. Avaliação clínica de um cão do G1 (Alopurinol (15mg/kg/sid) + Defensyn® (3g/5kg/sid)). Imagem A:antes do 
período experimental (D0). – onicogrifose, úlcera nasal, hiperqueratose de focinho, despigmentação de lábio e focinho, úlceras 
e ponta de orelha e dermatite esfoliativa. Imagem B: Ao final do período experimental (D60) – onicogrifose. 
A
B
Figura 11. Avaliação clínica de um cão do G1 (Alopurinol (15mg/kg/sid) + Defensyn® (3g/5kg/sid)). Imagem A: antes do 
período experimental (D0). – úlcera nasal, hiperqueratose de focinho, despigmentação de lábio e focinho, dermatite esfoliativa, 
alopecia generalizada. Imagem B: Ao final do período experimental (D60) – despigmentação de focinho e lábio, secreção ocular. 
13
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
IMAGENS DA AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS ANIMAIS DO GRUPO 2
A
B
Figura 12. Avaliação clínica do cão do G2 (Alopurinol (15mg/kg/sid)). Imagem A:antes do período experimental (D0) – 
Pelagem ruim, alopecia generalizada e periocular, onicogrifose, mucosas hipocoradas, despigmentação de lábios e focinho, 
úlceras em ponta de orelha, dermatite esfoliativa, secreção ocular, blefarite / uveíte. Imagem B: Ao final do período experimental 
(D60) – pelagem ruim, onicogrifose, dermatite esfoliativa, secreção ocular, blefarite e uveíte
A
B
Figura 13. Avaliação clínica do cão do G2 (Alopurinol (15mg/kg/sid)). Imagem A: antes do período experimental (D0) – 
onicogrifose, despigmentação de lábio e focinho, despigmentação de lábios e focinho, úlceras em lábio e ponta de orelha, dermatite 
esfoliativa, áreas de alopecia. Imagem B: Ao final do período experimental (D60) – onicogrifose.
14
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
IMAGENS DA AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS ANIMAIS DO GRUPO 3
A
B
Figura 14. Avaliação clínica do cão do G3 
(Controle). Imagem A: antes do período 
experimental (D0) – Onicogrifose, lesão 
de ponta de orelha, opacidade de córnea. 
Imagem B: Ao final do período experimental 
(D60) – onicogrifose, despigmentação de 
focinho e lábio, secreção ocular, opacidade 
e ulcera de córnea, secreção ocular. 
4.2. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO E 
AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E 
HEMATOLÓGICOS.
 Tanto as análises hematológicas quanto bioquí-
micas foram realizadas apenas nos grupos G1 e G2 (Ta-
bela 01). Os exames hematológicos são importantes por 
avaliarem o estado clínico dos animais (REIS et al., 2006). 
Neste estudo foram encontrados achados variados, inde-
pendente do tratamento administrado e tempo de coleta. 
Dentre os resultados, os cães apresentaram anemia normo-
cítica, normocrômica, trombocitopenia, leucocitose e eo-
sinopenia, porém não se encontrou diferença significativa 
entre as variáveis analisadas (p>0,05).
 O acompanhamento dos parâmetros bioquímicos 
é fundamental para avaliar a atividade das funções renais 
e hepáticas (Tabela 02), considerando que a insuficiência 
renal crônica é considerada uma das principais causas 
de morte em cães com leishmaniose. Independe do 
tratamento empregado e do tempo experimental 
utilizado, não se constatou diferenças significativas em 
nenhuma variável avaliada (p>0,05).
 A avalição sorológica com TR-DPP e teste ELISA 
também não demonstrou diferença significativa quando 
avaliado os diferentes tratamentos e os períodos de 
amostragem (p>0,05).
 Realizou-se exame parasitológico em amostras de 
medula, linfonodo e pele, através da confecção de lâminas 
onde é possível detectar a forma amastigota do parasita. 
Após o período experimental de 60 dias, verificou-se 
que todos os animais do G1 não apresentaram formas 
amastigotas, diferentemente dos animais do G2, os quais 
dois cães apresentaram formas amastigotas e do G3, 
onde todos os indivíduos apresentaram estas formas do 
protozoário (Figura 15).
Figura 15. Resultado da avaliação parasitológica dos animais no 
início do período experimental (D0). Colunas seguidas deletras 
diferentes diferem estatisticamente (5%). G1: Alopurinol (15mg/
kg/sid) + Defensyn® (3g/5kg/sid); G2: Alopurinol (15mg/kg/
sid); G3: Controle; sem o consumo do alopurinol e/ou Defensyn®. 
Numeração 01: foram observadas formas amastigotas de 
Leishmania em exame direto de medula, linfonodo e /ou pele. 
Numeração 0 (zero): não foram observadas formas amastigotas 
de Leishmania em exame direto de medula, linfonodo e /ou pele.
15
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
Tabela 01. Parâmetros hematológicos e seus respectivos desvios padrões dos animais do G1 (Alopurinol + Defensyn®) e G2 
(Alopurinol) no início (D0) e no final do período experimental (D60).
Hemograma
G1* G2* Valores de 
Referência5
D0 D60 D0 D60
Hemácias 
(milhões/mm³) 4,7 ± 1,3 5,6 ± 0,7 4,7 ± 1,4 5,4 ± 1,1 5,5-8,5
Hemoglobina 
(g/ld) 11,3 ± 2,2 12,4 ± 1,8 12,6 ± 6,0 12,1 ± 2,7 12-18
Hematócrito (%) 33,8 ± 7,5 38,8 ± 4,6 37,5 ± 13,5 34,7 ± 11,4 37-55
VGM (fl)1 69,5 ± 6,5 69,0 ± 3,4 72,2 ± 7,4 71,1 ± 3,1 60-77
CHGM (%)2 31,8 ± 2,0 31,9 ± 3,4 32,3 ± 2,6 31,3 ±1,2 32-36
RDW (%)3 18,4 ± 5,5 19,3 ± 5,9 15,7 ± 1,2 16,1 ± 0,8 14-17
Plaquetas 
(x10³/mm³) 241 ± 133 209 ± 122 270 ± 120 234 ± 111 200-500
PPT (g/dl)4 7,7 ± 1,2 7,7 ± 1,3 9,5 ± 3,9 8,7 ± 1,1 6-8
Leucócito (x10³μl) 10900 ± 2500 8900 ± 3800 12800 ± 5000 11400 ± 2700 6000-17000
*Tratamento experimental G1 com Alopurinol (15mg/kg/sid) e Defensyn® (3g/5kg/sid) e G2:Alopurinol (15mg/kg/sid); 1Volume 
globular médio; 2Concentração de hemoglobina globular médio; 3Amplitude de distribuição eritrocitária; 4Proteína plasmática total; 
5Meyers DJ, Cole EH, Rich LJ. Medicina de laboratório veterinária: interpretação e diagnóstico. São Paulo: Editora Roca, 1995.
Tabela 02. Parâmetros bioquímicos e seus respectivos desvios padrões dos animais do G1 (Alopurinol + Defensyn®) e G2 (Alopurinol) 
no início (D0) e no final do período experimental (D60).
Bioquímica sérica
G1* G2* Valores de 
Referência5
D0 D60 D0 D60
Ureia (mg/dl) 38 ± 15 32 ± 17 29 ± 1,4 23 ± 0,6 10-60
Creatinina (mg/dl) 0,8 ± 0,2 0,8 ± 0,2 0,8 ± 0,3 1,0 ± 0,4 0,5-1,6
FA (UI/l)1 121 ± 42 134 ± 62 270 ± 158 104 ± 35 10-96
TGP (UI/l)2 27 ± 16 42 ± 39 41 ± 52 27 ± 16 7,0-92
PT (g/dl)3 9,1 ± 2,0 7,3 ± 1,8 7,6 ± 2,6 7,0 ± 2,4 6,0-8,0
ALB (g/dl)4 2,6 ± 1,0 2,5 ± 0,7 2,4 ± 0,9 2,5 ± 0,5 2,3-3,8
Globulina (g/dl) 6,5 ± 2,7 4,7 ± 2,2 5,2 ± 2,9 4,6 ± 2,8 2,4-5,2
*Tratamento experimental G1 com Alopurinol (15mg/kg/sid) e Defensyn® (3g/5kg/sid) e G2:Alopurinol (15mg/kg/sid); 1Fosfatase 
alcalina; 2Transiminase glutâmico-pirúvica; 3Proteínas totais; 4Albumina; 5Meyers DJ, Cole EH, Rich LJ. Medicina de laboratório 
veterinária: interpretação e diagnóstico. São Paulo: Editora Roca, 1995.
16
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
 
 
Figura 16. Resultado da avaliação parasitológica dos animais 
no início do período experimental (D0). Colunas seguidas de 
letras diferentes diferem estatisticamente (5%). G1: Alopurinol 
(15mg/kg/sid) + Defensyn® (3g/5kg/sid); G2: Alopurinol 
(15mg/kg/sid); G3: Controle; sem o consumo do alopurinol 
e/ou Defensyn®. Numeração 01: foram observadas formas 
amastigotas de Leishmania em exame direto de medula, 
linfonodo e /ou pele. Numeração 0 (zero): não foram 
observadas formas amastigotas de Leishmania em exame 
direto de medula, linfonodo e /ou pele
5. DISCUSSÃO
 Dada a inexistência até o momento de uma droga 
que seja capaz de estimular uma resposta imunoespecífica, 
e assim eliminar o parasita, muitos estudos tem buscado 
a melhora da condição de vida dos animais acometidos 
pela LVC. A busca é por tratamentos que auxiliem na 
melhora dos sinais clínicos, promovam a atenuação 
dos efeitos colaterais, e confiram longevidade e bem-
estar ao paciente. Mas a terapêutica da LVC continua 
a ser um desafio (PHAM et al., 2013), tendo em vista 
a grande dificuldade dos médicos veterinários no 
controle da doença e estabilidade do paciente. O uso de 
suplementos nutracêuticos compostos por prebióticos e 
imunoestimulantes tem sido uma escolha promissora, 
e com excelente custo-benefício, para atuar como 
adjuvante no tratamento desses cães. 
 O consumo de Defensyn® demonstrou 
melhorar significativamente os sinais clínicos dos cães 
tratados simultaneamente com o Alopurinol. Sabe-
se que a ocorrência de lesões sistêmicas da LVC está 
diretamente relacionada com a resposta imune do 
hospedeiro, dessa forma, o consumo do suplemento 
contendo alta concentração de ꞵ-glucanos, ingrediente 
imunoestimulante, auxilia na melhora clínica do paciente 
(SANTOS, 2017). 
 A melhora clínica observada nos cães suplemen-
tados com Defensyn® pode ser em decorrência da res-
posta imunológica celular Th1. Os macrófagos possuem 
receptores com alta especificidade para ꞵ-glucanos, que 
quando ativados desencadeiam a resposta celular Th1 
a partir da liberação de interleucinas específicas (IIL-2, 
IL-18 e IL-27), promovendo a ativação dos macrófagos 
através da ativação das citocinas INF-γ, TNF-α e IL-2, 
e a realização do burst respiratório, com consequente 
eliminação do parasita devido a presença do óxido ní-
trico. Este mecanismo pode explicar a melhora clínica 
dos cães, porém não é capaz de explicar a eliminação 
das amastigotas da Leishmania (SANTOS, 2017).
 Cook et al. (1982) verificaram que a administração de 
glucanos via intravenosa antes e após infecção de hamsters 
por Leishmania dovani, promovia a redução de parasitas 
no fígado e no baço. Também observaram a atividade 
de macrófagos peritoneais in vitro ao serem ativados por 
glucanos, constatando a redução significativa do parasita 
intracelular, fornecendo assim, evidências para o aumento 
da resistência inespecífica de hamsters proporcionada pelos 
glucanos em resposta a leishmaniose visceral. 
 Em estudo conduzido por Zaine (2010) observou-
se que a inclusão de ꞵ-glucanos em alimentos extrusados 
para cães proporcionou aumento nas subpopulações 
linfocitárias de células T totais (CD5+), T helper (CD5+ e 
CD4+), T citotóxico (CD5+ e CD8+), e linfócitos B (CD45+ 
e CD21+), além do aumento da citocina TNF-α.
 Brener et al (2005) ao avaliar a atividade in vitro 
do 1,3 ꞵ-glucano sobre a secreção de citocinas pró-infla-
matórias em macrófagos peritoneais em camundongos, 
observaram boa capacidade de secretar citocinas da ativi-
dade celular Th1. Dessa forma, observa-se em cães assin-
tomáticos para LVC acentuada redução de parasitas nos 
macrófagos, devido ao aumento no número de linfócitos 
T CD+4 (perfil Th1).
 Em relação as análises hematológicas, indepen-
dente do grupo e do tempo analisado, observou-se resul-
tados esperados para cães acometidos com LVC, como 
anemia normocítica e normocrômica, trombocitope-
nia, leucocitose e eosinopenia (SILVA et al., 2011; CIA-
RAMELLA et al., 1997; FREITAS et al, 2012). Não houve 
modificações dos resultados hematológicos com os trata-
mentos empregados. 
 O acompanhamento dos parâmetros bioquímicos 
é fundamental para avaliar os distúrbios na função renal e 
hepática (MONTEIRO, 2010). Os parâmetros relacionados 
a ureia e creatinina identificam o comportamento da 
função renal, pois uma das características marcantes da 
LVC é a insuficiência renal crônica, sendo em muitas vezes 
a principal causa da morte em cães com leishmaniose. A 
função renal é comprometida pelo desenvolvimento lento 
e progressivo de lesões renais irreversíveis, ocasionando a 
perda de suas funções, como consequência da deposição 
glomerular de complexos imunocirculantes (FREITAS et 
17
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
al., 2012) .Neste estudo, foi constatado que os resultados 
de creatinina e ureia permaneceram dentro dos valores 
considerados de referência, este resultado foi possível 
devido ao baixo uso de posologia do medicamento 
terapêutico.
 Já as lesões hepáticas são analisadas consideradas 
as seguintes variáveis: proteínastotais, aminotransferase, 
fosfatase alcalina, albumina e glubulina. Apesar da baixa 
incidência, cerca de 5% dos cães com leishmanioses 
apresentam problemas hepáticos, recomenda-se a 
realização deste tipo de controle. Estas lesões são causadas 
pela multiplicação do protozoário nos macrófagos 
hepáticos, originando a hepatite crônica (FREITAS et al., 
2012). Não foram constatadas alterações em nenhum dos 
parâmetros hepáticos avaliados, independente do grupo e 
período experimental. A função hepática se manteve em 
funcionamento normal, sem ocasionar prejuízo da saúde 
do animal.
 Avaliando os exames parasitológicos, no início do 
período experimental observou-se a presença de formas 
amastigotas em todos animais analisados e nos três 
tecidos de interesse. Após 60 de experimentação, apenas 
no grupo G1 apresentou redução total de amastigotas nas 
amostras examinadas, sendo observadas a sua presença 
no grupo G2 e G3. Este resultado reitera a afirmação de 
que o Defensyn® auxilia na redução da multiplicação da 
LVC. 
 O Alopurinol, leishmaniostático, utilizado neste 
estudo na posologia de 15mg/kg/vo/sid, dosagem 15mg/
kg/vo/sid, dosagem abaixo da recomendação presente na 
literatura (10-20mg/kg/vo/bid), mas se mostrou, apesar 
disso, efetiva, dado o resultado satisfatório apresentado, 
principalmente quando utilizado em conjunto com o 
suplemento alimentar imunomodulador Defensyn®. 
 Utilizando uma dosagem menor é possível evitar 
as possíveis alterações renais ocasionadas pelo consumo 
prolongado do alopurinol, o que é especialmente impor-
tante tendo em vista que se trata de um medicamento de 
uso contínuo no tratamento da Leishmaniose. O uso de 
qualquer droga para o tratamento da LVC associado com 
imunomodulador Defensyn® pode estimular o sistema 
imune dos animais, favorecendo o perfil Th-1, melhoran-
do a qualidade de vida dos animais, uma vez que ainda 
não há cura parasitológica. 
6. CONCLUSÃO
 Ao analisarmos a utilização do suplemento 
alimentar imunoestimulante Defensyn® em conjunto 
com o Alopurinol, medicação comumente usada no 
tratamento de cães com Leishmaniose visceral, em dose 
inferior ao indicado, verificou-se melhora significativa 
no exame clínico e parasitológico e com a manutenção 
da atividade renal dentro da normalidade. 
 Portanto o Defensyn® representa uma alternativa 
bastante promissora para ser utilizado associado a qualquer 
tratamento terapêutico, uma vez que não se refere a uma 
droga e sim um suplemento nutricional capaz de estimular 
a resposta imune contra a leishmaniose visceral canina. 
18
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. Cellular and Molecular 
Immunology. 6th ed. Saunders 2003.
ALMEIDA, P.S.; MINZÃO, E.R.; MINZÃO, L.D.; SILVA, S.R.; 
FERREIRA, A.D.; FACCENDA, O.; ANDRADE FILHO, J.D. 
Ecological aspects of Phlebotomines (Diptera: Psychodidae) 
in the urban area of Ponta Porã municipality, State of Mato 
Grosso do Sul, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de 
Medicina Tropropical, v.43, n. 6, p. 723-727, 2010.
ARRUDA, M. M. Leishmanioses. In: Programa de 
zoonoses Região Sul: manual de zoonoses. Curitiba: 
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná, 
Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa 
Catarina, Conselho Regional de Medicina Veterinária do 
Rio Grande do Sul, 2009. p. 68-90.
BANETH, G; KOUTINAS, A.F.; SOLANO-GALLEGO, L.; 
BOURDEAU, P.; FERRER, L. Canine leishmaniosis – new 
concepts and insights on an expanding zoonosis: part one. 
Trends Parasitology, v. 24, p. 324-330, 2008.
BARBIERI, C.L. Immunology of canine leishmaniasis. 
Parasite Immunology, v. 28, p.329-337, 2006.
BERNER, M.D; SURA, M.E.; ALVES.B.N.; HENTER 
JUNIOR, K.W. IFN-y primes macrophages for enhanced 
TNF-α expression in response to stimulatory and non-
stimulatory amounts of microparticulate B-glucan. 
Immunology letters, n.1, v. 98, p.115-122, 2005.
BOOTHE, D.M.; DEWEY, C.; CARPENTER, D.M. 
Comparison of phenobarbital with bromide as a first-
choice antiepileptic drug for treatment of epilepsy in 
dogs. Journal of American Veteterinary Medicine 
Assocoiation., v.240, p.1073-1083, 2012.
BORGES, L.N.P.M. Fatores relacionados a obesidade em 
cães: uma revisão introdutória. 2013. 46f. Monografia 
(Graduação em Medicina Veterinária) – Faculdade de 
Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de 
Brasília, 2013.
BROWN, G. D.; GORDON, S. Immune recognition: A 
new receptor for ꞵ-glucans. Nature, v. 413, n. 36-37, 2001.
CARCIOFI, A.C.; GOMES, M.O.S. Dietary effects on 
gastrointestinal microbiota of aging dogs: potencial tools 
to health improvement. In: COMPANION ANIMAL 
NUTRITION SUMMIT - Focus on Gerontology, 2010, 
Clearwater Beach, Florida. Proceedings... Clearwater 
Beach: Nestlé Purina, p.62-69, 2010.
CIARAMELLA, P; OLIVA, G.; DELUNA, R.; GRADONI, 
L.;.AMBROSIO,R.; CORTESE,L.; SCALONE,A.; 
PERSECHINO, A. A retrospective clinical study of 
canine leishmaniasis in 150 dogs naturally infected by 
Leishmania infantum. Veterinary Record, London, v. 
141, p. 539 543, 1997.
COOK, J. A.; HOLLBROOK, T. W.; DOUGHERTY, 
W. J. Protective Effect of Glucan Against Visceral 
Leishmaniasis in Hamsters. Infection and immunity, v. 
37, n. 3, p.1261-1269, 1982.
CORREA, E.A. Aspectos epidemiológicos e clínicos-
laboratoriais da leishmaniose tegumentar americana 
nos subespaços 07 e 08 no estado de Rondônia, Brasil. 
2007. 116f. Dissertação (Mestrado em Ciências das 
Saúde), Universidade de Federal de Brasília, 2007.
COUTO, C.G. Doenças protozoárias poliisistêmicas: 
medicina interna de pequenos animais. 2ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 1998, p.1032-1040.
CROFT S.L., NEAL R. A.; PENDERGAST W.; CHEAN 
J. H. The activity of alkylphosphocholines and related 
derivatives against Leishmania donovani. Biochem 
Pharmacol, v. 36, n. 16, p. 2633-6, 1987.
CUNNINGHAM, J.; Hasker, E.; Das, P.; El Safi, S.; Goto, 
H.; Mondal, D.; Mbuchi, M.; Mukhtar, M.; Rabello, A.; 
Rijal ,S., Sundar, S.; Wasunna, M.; Adams, E.; Menten, 
J.; Peeling, R.; Boelaert, M.A global comparative 
evaluation of commercial immunochromatographic 
rapid diagnostic tests for visceral leishmaniasis. Clinical 
Infection Disease, vol. 55, n. 10, p. 1312-1319, 2012.
DANTAS-TORRES, F.; BRANDÃO-FILHO, S.P.; Visceral 
leishmaniases in Brazil: Revisiting paradigms of 
epidemiology and control. Revista de Medicina Tropical 
de São Paulo, v.48, n.3, p.151-156, 2006. 
DAVÌ, G.; SANTILLI F.; PATRONO C. Nutraceuticals 
in diabetes and metabolic syndrome. Cardiovascular 
Therapeutics, v. 4, p. 216-226, 2010.
FERRER, L. Clinical aspects of canine leishmaniosis. In: 
Canine Leishmanisis: an update international canine 
leishmaniasis forum Barcelona. Spain, 1999. 
FESEL, P. H.; ZUCCARO, A. ꞵ-glucan: crucial component 
of the fungal cell wall and elusive MAMP in plants. 
Fungal Genetics and Biology, v. 90, n. 1, p. 53-60, 2016
FESEL, P. H.; ZUCCARO, A. ꞵ-glucan: crucial component 
of the fungal cell wall and elusive MAMP in plants. 
Fungal Genetics and Biology, v. 90, n. 1, p. 53-60, 2016
FREITAS-JUNIOR, L.H.; CHATELAIN, E.; ANDRADE, 
H.; JAIR, K.; SIQUEIRA-NETO, L. Visceral leishmaniasis 
treatment: What do we have, what do we need and how 
19
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
to deliver it? International Journal for Parasitology: 
Drugs and Drug Resistance, v.2, p.11-19, 2012.
GERMAN, A. J.; HALL, E. J.; DAY, M. J. Analysis of 
leukocyte subsets in the canine instestine. Journal of 
Comparative Patholpgy, v. 120, p. 129-145, 1999.
GIBSON, G.R.; ROBERFROID, B.M. Dietary modulation 
of the human colonic microbiota: introducing the 
concept of prebiotics. Journal of Nutrition, Bethesda, 
v.125, n.6, p.1401-1412, 1995. 
GINEL, P.J.; LUCENA, R.; LÓPEZ, R.; MOLLEDA, J.M., 
Use of allopurinol for maintenance of remission in dogs 
with leismaniasis. Journal of Small Animal Practice, 
v.39, p.271-274,1998.GOMÉZ-OCHOA, P.; CASTILLO, J.A.; GÁSCON, 
M.; ZARETE, J.J.; ÁLVARES, F.; COUTO, C.G. Use 
of dompomeridone in treatment of canine visceral 
leishmaniosis. The Vererinary Journal, n.2, v.179, p.259-
263, 2009.
GONTIJO, C.M.F.; MELO, M.N. Leishmaniose Visceral 
no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. Revista 
Brasileira de Epidemiologia, Belo Horizonte, v.7, n.3, 
p.338-349, 2004.
GOODRIDGE, H.S.; WOLF, A.J.; UNDERHILL, D.M. 
ꞵ-glucan recognition by the innate immune system. 
Immunological Reviews, v. 230, p. 38–50, 2009
GraphPad Prism 5, GraphPad Software Inc., San Diego, 
CA, EUA.
GRIMALD JR., G; TESH, R.B. Leishmaniases of the new 
world: currents concept and implications for the future 
research. Clinicals Microbiology Reviews, n.3, v.6, p.230-
250, 1993. 
HOHL, T.M.; PAMER, E.G. Cracking the fungal armor. 
Nature Medicine. v. 12, p. 730 732, 2006. 
IKEDA, F.A.; FEITOSA, M.M. Métodos de diagnóstico da 
Leishmaniose Visceral Canina. Clínica Veterinária, n.71, 
p. 34-42, 2006.
KUBALA, L.; RUZICHOVA, J.; NICHOVA, K.; SANDULA, 
J.; CIZ, M.; LOJEK, A. A. The effect of (1-3)-ꞵ-D-glucans, 
carboxymethylglucan and schizophyllan on human 
leukocytes in vitro. Carbohydrate Research, n.24, v. 338, 
n. 24, p.2835-2840, 2003. 
LEUNG, M. Y. K. et al. Polysaccharide biological response 
modifiers. Immunology letters, v. 105, n. 2, p. 101-114, 2006
LIPKE, P. N.; OVALLE, R. Cell Wall Architecture in 
Yeast: New Structure and New Challenges. Journal of 
Bacteriology, v.180, n. 15, p.3735-3740, 1998.
LUX, H.; HEISE, N.; KLENNER, T.; HART, D.; 
OPPERDOES, F.R. Ether–lipid (alkyl-phospholipid) 
metabolism and the mechanism of action of ether–lipid 
analogues in Leishmania. Molecular and Biochemical 
Parasitology, v. 111, p.1-14, 2000. 
MAGNANI, M.; CASTRO-GÓMEZ, R.J.H. ꞵ-glucana de 
Saccharomyces cerevisiae: constituição, bioatividade e 
obtenção. Semina: Ciências Agrárias, n.3, v.29. p.631-650, 2008.
MANNA, L.; Reale, S.; Vitale, F.; Gravino, A.E. Evidence 
for a relationship between Leishmania load and clinical 
manifestations. Research in Veterinary Science, v. 87, n. 
1, p. 76-8, Aug 2009. 
MANTOVANI, M. S.; BELLINI, M.F.; ANGELI, J.P.; 
OLIVEIRA, R.J.; SILVA, A.F.; RIBEIRO, L.R. Beta-Glucans 
in promoting health: Prevention against mutation and 
cancer. Mutation Research, Amsterdam, v. 658, n. 3, p. 
154-161, 2008. 
MARZOCHI, M. C.; COUTINHO, S.G.; SOUZA, W.J.S.; 
TOLEDO, L.M.; GRIMALDI JUNIOR, G.; MOMEN, 
H.; PACHECO, R.S.; SABROZA, P.C.; SOUZA, M.A.; 
RANGEL JUNIOR, F.; TRAMONTANO, N.C. Canine 
visceral leishmaniasis in Rio de Janeiro, Brazil. Clinical, 
parasitological, therapeutical and epidemiological findings 
(1977-1983). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 80, 
n. 3, p. 349-57, 1985. 
MEDZHITOV, R.; PRESTON-HURLBURT, P.; JANEWAY, 
C. A. JR. A human homologue of the Drosophila Toll 
protein signals activation of adaptive immunity. Nature. 
v. 388, p. 394-397, 1997.
MEYER D. J; COLES E. H; RICH L. J. Veterinary laboratory 
medicine, interpretation and diagnosis. Philadelphia: W. 
B. Saunders; 1995.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E 
ABASTECIMENTO E MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota 
Técnica Conjunta N.º 11/2016/CPV/DFIP/SDA/GM/
MAPA/MS. Brasília: DF, MAPA, 2016.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Brasil. Nota Técnica Conjunta N.º 
01/2011 CGDTCGLAB / DEVIT / SVS MS. Brasília: DF, 2011.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 
Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose 
Visceral. 1º ed., 5º Reimpressão. Brasília, DF; 2014.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual 
de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. Serie A. 
Normas e Manuais Técnicos. Brasília, DF; 2006.
MONTEIRO, A. R. P. Estudo epidemiológico da 
20
Suplementação com Imunoestimulante (Defensyn®) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral
Leishmaniose Canina na Zona da Arrábida. Dissertação 
(Mestrado). Universidade Lusófona de Humanidades 
e Tecnologias, Lisboa, Portugal, 2010PFALLER, M.A.; 
MARR, J.J. Antileishmanial Effect of Allopurinol. 
Antimicrobial agents and chemotherapy, n.5, v.5, p. 469-
472, 1974.
PELUSO, M. Macrophage activation via cell surfasse 
receptor. Beta-Glucan and Cholesterol. 2020. Disponível 
em: https://kibowfortis.com/beta-glucan-and-cholesterol/
PHAM, T. T. H.; LOISEAU, P. M.; BARRATT, G. Strategies 
for the design of orally bioavailable antileishmanial 
treatments. Int J Pharm, v. 454, p. 539-552, 2013. 
PORTAL DA SAÚDE - MINISTÉRIO DA SAÚDE (2015). Tópico 
LV casos. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/
index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/726-
secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/leishmaniose-visceral-
lv/11334-situacao-epidemiologica-dados
QUEIROZ, N. M. G. P.; Assis, j.; Oliveira, t.m.f.s.; 
Machado, r.z.; Nunes, c.m.; Starke-Buzetti, w.a. 
Diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina pelas 
técnicas de imunoistoquímica e PCR em tecidos cutâneos 
e associação com a RIFI e ELISA-teste. Revista Brasileira 
de Parasitologia Veterinária, Jaboticabal, v. 19, n. 1, p. 32-
38, 2010. 
REIS, A. B.; MARTINS-FILHO, O.A.; TEIXEIRA-
CARVALHO, A.; CARVALHO, M.G.; MAYRINK, W.; 
FRANÇA-SILVA, J.C.; GIUNCHETTI, R.C.; GENARO, O.; 
CORRÊA-OLIVEIRA, R. Parasite density and impaired 
biochemical/hematological status are associated with 
severe clinical aspects of canine visceral leishmaniasis. 
Research Veterinay Science, v. 81, p. 68-75, 2006.
SANTA-ROSA, I.C.A.; OLIVEIRA, I.C.S. Leishmaniose 
visceral: uma zoonose re-emergente. Clínica Veterinária-
Saúde Pública, v. 2, n.11, p.24-28, 1997.
SANTOS, K. M.M. Efeitos da inclusão de teores 
crescentes de prebióticos nas dietas de cães adultos sobre 
parâmetros digestivos, fermentação fecal, microbiota e 
imunidade. 2017. 70f. Dissertação (Mestrado em Medicina 
Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária e 
Zootecnia, Universidade de São Paulo, 2017.
SCHIMMING, B.C.; SILVA, J.R.P. Leishmaniose visceral 
canina: Revisão de literatura. Revista Científica Eletrônica 
de Medicina Veterinária, n.19, v.10, p.1-17, 2012.
SILVA J. G. D.; WERNECK, G.W.; CRUZ, M.S.P.; COSTA, 
C.H.N.; MENDONÇAET. I.L. Infecção natural de 
Lutzomyia longipalpis por Leishmania sp. em Teresina, 
Piauí, Brasil, Caderno de Saúde Pública, v. 23, n. 7, p. 1715-
1720, 2007.
SILVA, A. D. F.; LIMA, M. C. J. S.; SOTO-BLANCO, B. Perfil 
hematológico e eletroforético de proteínas séricas em cães 
soropositivos para leishmaniose visceral no Estado do Rio 
Grande do Norte. Acta Veterinaria Brasilica, v. 5, n. 3, p. 
300-305, 2011.
SILVA, K.R.; MENDONÇA,V.R.R.; SILVA, K.M.; 
NASCIMENTO, LF.M.; SOUSA, A.F.M., PINHO, F.A.; 
BARRAL NETTO, M.; BARRAL, A.M.P.; CRUZ, M.S.P.; 
SILVA, K. R. Scoring clinical signs can help diagnose 
canine visceral leishmaniasis in a highly endemic area in 
Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 112, n. 1, 
p. 53-63, 2017. 
STOKES, C.; WALY, N. Mucosal defense along 
gastrointestinal tract of cats and dogs. Veterinary 
Research, v. 37, p. 281-293, 2006
SUNDAR, S.; OLLIARO, P.L. Miltefosine in the treatment 
of leishmaniasis: Clinical evidence for informed clinical 
risk management. Therapeutics and Clinical Risk 
Management, n.3, v.5, p.733-740, 2007.
SYKES, J. E. Canine and Feline Infectious Disease. 
E-Book. Elseivier Health Sciences, 2013.
VERÇOSA, B.L.; LEMOS, C.M.; MENDONÇA, I.L.; 
SILVA, S.M.; DE CARVALHO, S.M.; GOTO, H.; COSTA, 
F.A. Transitions potential, skin inflammatory response, 
and parasitism of symptomatic and asymptomatic dogs 
with leishmaniases visceral. BMC Veterinary Research, 
v.6, p.5-45, 2008.
ZAINE, L. Efeito 1,3/1,6 beta glucanos no sistema imune 
de cadelas submetidas a ovário-histerectomia. 2014. 76f. 
Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) – Faculdade 
de Ciências Agrárias e Veterinária, Universidade Estadual 
Paulista, 2014.
ZEISEL, S.H. Regulation of Nutraceuticals Science. 
Journal of Science. v.285, p.185-186, 1999.

Continue navegando