Buscar

Protocolos Utilizados no Tratamento da Parvovirose Canina - Reviso de Literatuta

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO BACHAREL EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
FRANCISCA LÁZARA CHAGAS REINALDO VENÂNCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTOCOLOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DA PARVOVIROSE CANINA 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA, RR 
2018 
 
 
 
 
 
 
FRANCISCA LÁZARA CHAGAS REINALDO VENÂNCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTOCOLOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DA PARVOVIROSE CANINA 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Federal 
de Roraima, como requisito parcial 
para a obtenção do grau de Bacharel 
em Medicina Veterinária. 
 
Orientadora: Prof.ª Esp. Amanda 
Fonseca Meneghin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA, RR 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na publicação (CIP) 
Biblioteca Central da Universidade Federal de Roraima 
 V448p Venâncio, Francisca Lázara Chagas Reinaldo. 
Protocolos utilizados no tratamento da Parvovirose Canina revisão de 
literatura / Francisca Lázara Chagas Reinaldo Venâncio. – Boa Vista, 
2018. 
39 f. : il. 
Orientadora: Profa. Esp. Amanda Fonseca Meneghin. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Federal de 
Roraima, Curso de Medicina Veterinária. 
 
1 - Parvovírus. 2 - Gastroenterite. 3 - Diarreia. 4 - Choque séptico. 
I - Título. II - Meneghin, Amanda Fonseca (orientadora). 
 
CDU - 578.822 
 
 Ficha Catalográfica elaborada pela: 
 Bibliotecária/Documentalista: Maria de Fátima Andrade Costa - CRB-11/453-AM 
 
 
 
 
 
FRANCISCA LÁZARA CHAGAS REINALDO VENÂNCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTOCOLOS USADOS NO TRATAMENTO DA PARVOVIROSE CANINA 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Federal 
de Roraima, como requisito parcial 
para a obtenção do grau de Bacharel 
em Medicina Veterinária. Defendido 
em 04 de julho de 2018, avaliado pela 
banca examinadora: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saber que sua vida serve de inspiração 
 a outras pessoas, é a melhor das 
conquistas nesta terra. Seja exemplo. 
 A você Yasmin Reinaldo Venâncio, 
minha fonte de inspiração. Te amo, vida. 
 
AGRADECIMENTOS 
 Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado a oportunidade de cursar medicina 
veterinária, uma ciência que cuida em estudar os animais e que por extensão também trata 
da saúde humana. 
 Agradeço a minha família que apoiou e entendeu o meu sonho, em especial a minha 
filha Yasmin Reinaldo, meu esposo Wilton Venâncio e a minha mãe que por muitas vezes 
orou por mim e abandou sua rotina de vida para me apoiar. 
 Agradeço ainda, todos os meus professores que de forma especial contribuíram para o 
meu aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A parvovirose canina pode ser causada por dois agentes etiológico distintos, o Parvovirus 
Canino Tipo 1 (CPV-1) pouco patogênico podendo causar miocardite, e o Parvovírus Canino 
Tipo 2 (CPV-2) que provoca a enterite parvoviral clássica, sendo descritos atualmente três 
estirpes (CPV-2 a, b e c). O Parvovírus Canino Tipo 2-a é o principal causador de infecções 
intestinais e sistêmicas em cães com menos de seis meses de idade, com transmissão através da 
exposição às fezes contaminadas pela via oral. Seu diagnóstico pode ser clínico ou laboratorial. 
O PCR é o método laboratorial empregado de maior confiabilidade. O tratamento estabelecido 
é de suporte, podendo o animal apresentar diferentes sinais clínicos, variando de acordo com a 
apresentação da forma clínica da doença. Dentre os principais sinais clínicos, destacam-se a 
desidratação, o vômito, a diarreia sanguinolenta de odor desagradável e característico. Muitas 
vezes o animal pode vir a apresentar infecções bacterianas secundárias, choque hipovolêmico 
e séptico, o que compromete o prognóstico da doença. Os tratamentos mais utilizados são a 
hidratação parenteral, uso de protetores de mucosa gástrica, antieméticos, antibióticos e 
nutrição clínica, para isto existem uma variedade de medicamentos, nas mais diferentes classes 
farmacêuticas. A forma mais adequada de prevenção se dá pela imunização adequada da mãe e 
do filhote. O objetivo deste trabalho foi identificar os principais protocolos terapêuticos 
utilizados na rotina clínica para o tratamento da parvovirose canina, levando em consideração 
a importância do conhecimento de fatores que interferem no combate aos agentes infecciosos 
relacionados à doença. 
 
 
Palavras-chaves: Diarreia. Choque séptico. Gastroenterite. Parvovírus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Canine parvovirus can be caused by two distinct etiological agents, canine Parvovirus Type 1 
(CPV-1), which may cause myocarditis, and Canine Parvovirus Type 2 (CPV-2), which causes 
classic parvoviral, has been described currently three strains (CPV-2 a, b and c). Type 2-a 
Canine Parvovirus is the main cause of intestinal and systemic infections in dogs less than six 
months old, transmitted through exposure to oral contaminated faeces. Its diagnosis can be 
clinical or laboratorial. PCR is the most reliable laboratory method employed. The established 
treatment is supportive, and the animal may present different clinical signs, varying according 
to the presentation of the clinical form of the disease. Among the main clinical signs are 
dehydration, vomiting, bloody diarrhea with a characteristic and unpleasant odor. Often the 
animal may present secondary bacterial infections, hypovolemic and septic shock, which 
compromises the prognosis of the disease. The most used treatments are parenteral hydration, 
use of gastric mucosal protectors, antiemetics, antibiotics and clinical nutrition, for this there 
are a variety of drugs, in the most different pharmaceutical classes. The most appropriate form 
of prevention is given by adequate immunization of the mother and the baby. The objective of 
this work was to identify the main therapeutic protocols used in the clinical routine for the 
treatment of canine parvovirus, taking into account the importance of knowledge of factors that 
interfere in the action against infectious agents related to the disease. 
 
 
Key-words: Diarrhea. Gastroenteritis. Parvovirus. Septic shock. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 8 
2 REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................... 10 
2.1 HISTÓRICO ................................................................................................................... 10 
2.2 ETIOLOGIA ................................................................................................................... 10 
2.3 EPIDEMIOLOGIA.......................................................................................................... 11 
2.4 TRANSMISSÃO............................................................................................................. 13 
2.5 PATOGENIA.................................................................................................................. 13 
2.6 RAÇAS PREDISPOSTAS ............................................................................................... 15 
2.7 FORMAS CLÍNICAS DA DOENÇA ............................................................................... 16 
2.7.1 Forma entérica ..............................................................................................................16 
2.7.2 Forma cardíaca.............................................................................................................. 16 
2.8 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................... 16 
2.9 DIAGNÓSTICO.............................................................................................................. 17 
2.10 TRATAMENTO ............................................................................................................. 19 
2.10.1 Reposição hidroeletrolítica e energética ......................................................................... 19 
2.10.2 Antieméticos e protetores gástricos ................................................................................ 21 
2.10.3 Terapêutica do choque hipovolêmico ............................................................................. 22 
2.10.4 Terapêutica do choque séptico e sepse ........................................................................... 23 
2.10.5 Antimicrobianos ............................................................................................................ 25 
2.10.6 Nutrição ......................................................................................................................... 26 
2.10.7 Controle de parasitas entéricos ...................................................................................... 28 
2.10.8 Controle da dor.............................................................................................................. 28 
2.10.9 Outras Terapias ............................................................................................................. 29 
2.11 PROGNÓSTICO ............................................................................................................. 31 
2.12 PROFILAXIA ................................................................................................................. 31 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 33 
REFERENCIAS ........................................................................................................................ 34 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 Os problemas relacionados às gastroenterites hemorrágicas participam com frequência 
da rotina da clínica médica dos cães, cujos sinais clínicos típicos são evidenciados 
principalmente através de vômito, diarreia e desidratação, sendo o parvovírus canino um dos 
principais agentes causador desta (PAES, 2016). 
 A parvovirose canina é uma enfermidade causada principalmente pelas mutações do 
Parvovírus Canino Tipo 2 (CPV-2), um vírus não envelopado, recoberto por uma capa proteica, 
que se replica nas células hospedeiras, especialmente nas linfóides e das criptas intestinais, 
sendo responsável por altas taxas de morbidade em populações caninas (FLORES, 2012). 
 A transmissão ocorre através da eliminação fecal e a porta de entrada é a via oronasal, 
afetando tanto cães adultos quanto jovens. No entanto, os filhotes são mais susceptíveis a 
desenvolver a doença clínica por terem pouca ou nenhuma imunidade formada contra o vírus 
(SHERDING, 2013). O grau de viremia depende do estado imunológico do animal, o que 
implica diretamente na apresentação dos sinais clínicos e consequentemente no grau de 
acometimento que a doença irá causar (SILVA, 2010). O período de incubação do vírus é de 
quatro a oito dias (PEREIRA, 2014), variado de acordo com o estado imune do animal e as 
manifestações clínicas iniciais são caracterizadas por apatia, vômito e diarreia, podendo esta se 
tornar sanguinolenta (PAES, 2016). 
 O diagnóstico da parvovirose ocorrerá de acordo com os sinais clínicos da doença e 
seu aspecto epidemiológico, podendo ser clinico ou laboratorial, direto ou indireto; os quais 
serão baseados na identificação do vírus em uma amostra fecal ou na presença de um antígeno 
viral ou anticorpo contra o vírus no sangue do animal (FERREIRA, 2011), podendo ser 
realizados testes rápidos como ELISA; microscopia eletrônica, onde se detecta os vírions e o 
PCR, dito como o de eleição para se identificar o vírus e suas estirpes (FLORES, 2012). 
 O tratamento para a parvovirose é sintomático e de suporte; visando a estabilização do 
paciente, tendo como principal objetivo reestabelecer e manter o equilíbrio eletrolítico por meio 
de fluidoterapia intensa e controlada. Podem ser recomendados ainda, medicamentos 
antieméticos como a metoclopramida, fármaco comumente utilizado na rotina clínica de 
animais com parvovirose; protetores gástricos, antimicrobianos após intensa pesquisa 
parasitológica; suplementos vitamínicos com objetivo de estimular o sistema imune 
(MORAILLON et al., 2013). 
9 
 
 Um fator relevante na recuperação do paciente, está diretamente relacionado a sua 
nutrição clínica, pois a desnutrição é comum em animais que apresentam vômitos frequentes, 
após contraírem a doença. A nutrição diferenciada deve ser instituída, porém deve-se levar em 
consideração a presença de sinais clínicos como a desidratação, a presença de diarreia e vômito 
(WILLARD, 2015). 
 O objetivo deste trabalho foi identificar os principais protocolos terapêuticos utilizados 
na rotina clínica para o tratamento da parvovirose, levando em consideração a importância do 
conhecimento de fatores que interferem no combate aos agentes infecciosos relacionados à 
doença. 
 
10 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
2.1 HISTÓRICO 
 
 
 A Parvovirose era desconhecida até 1978 nos Estados Unidos, quando ocorreu de 
forma epizoótica, espalhando-se a partir de então rapidamente por todo o mundo, atingindo 
inclusive o Brasil, onde hoje existe de forma enzoótica. É uma das viroses mais conhecidas e 
mais contagiosas entre os cães domésticos. Ataca mais os cães jovens que os adultos, talvez 
pelo fato destes últimos sejam mais resistentes pela imunidade naturalmente adquirida, 
(ANGELO; CICOTI, 2009). 
Foi a partir de 1970, que descobriu-se o Parvovírus Canino Tipo 2 (CPV-2), uma 
modificação genética do vírus da panleucopenia felina. Esta cepa disseminou-se rapidamente 
na população canina e hoje, suas variantes são uns dos principais patógenos da espécie canina 
(FLORES, 2012). Sequenciais mutações e trocas de aminoácidos levaram ao surgimento de 
variantes do CPV-2. Baseado nestas substituições, foi possível diferenciar o CPV-2 do CPV-2a 
e CPV-2b. Posteriormente, identificou-se o CPV-2c que predomina em todo mundo, inclusive 
na América do Sul, o qual foi registrado onde ocorre a prevalência do CPV2-a e CPV2-b. No 
ano de 2008, a variante CPV-2c foi identificada no Estado do Rio Grande do Sul (JERICÓ; 
KOGIKA; NETO, 2015). 
 
 
2.2 ETIOLOGIA 
 
 
O Parvovírus Canino pertence à família Parvoviridae, sendo um vírus muito pequeno, 
não envelopado, composto por uma única fita simples de DNA rodeada por uma capa proteica 
(FLORES, 2007). O agente etiológico da parvovirose canina pode ser diferenciado em dois 
tipos, o Parvovírus Canino Tipo 1 (CPV-1) que é pouco patogênico, podendo está associado a 
gastroenterite e/ou miocardite em cães com idade entre 1 a 3 semanas; e o Parvovírus Canino 
Tipo 2 (CPV-2) que provoca a enterite parvoviral clássica, sendo descritos atualmente estirpes 
(CPV-2 a, b e c) (FLORES, 2012). 
O CPV-2 e suas variantes genéticas na maioria das vezes provocam sinais clínicos que 
permanecem de 5 a 12 dias após o animal ser infectado, possui tropismo por células em divisão 
como as progenitoras da medula óssea e epitélio da cripta intestinal (WILLARD, 2015). 
Contudo, Paes (2016) afirma que o CPV-2 não se encontra mais circulante, encontrando-se 
11 
 
somente suas variantes disseminadas pelo mundo. O CPV-2 possui genoma muito pequeno, 
com ausência do gene codificador de enzima DNA-polimerase. A apresentação desta no tecido 
celular, quando encontram-se na fase S da mitose, explica o tropismo do patógenopor células 
tanto do epitélio intestinal, quanto do tecido linfóide e cardíaco de neonatos (FLORES, 2012). 
A subfamília Parvovirinae, tem como característica infectar vertebrados. A proteína 
VP2 do capsídeo é quem determina a abrangência dos hospedeiros, pois poucas substituições 
na cadeia de aminoácidos podem ser responsáveis por propriedades genéticas e antigênicas 
críticas (PAES, 2016). 
Dentre as variantes do CPV, o subtipo 2c causa uma doença clínica grave, com taxa 
de mortalidade alta. Esse vírus também possui a capacidade de infectar e causar a doença em 
animais adultos, mesmo que estes tenham sido por várias vezes imunizados com vacina 
comercial que contenham antígenos contra o CPV-2 original, que promove proteção ainda para 
o CPV-2a e 2b (PAES, 2016). 
 
 
2.3 EPIDEMIOLOGIA 
 
 
 O vírus é transmitido pela eliminação fecal e a porta de entrada é a via oral. Porém, 
em infeção experimental pode se dar por várias vias, incluindo oral, nasal ou oronasal e pela 
inoculação intramuscular, intravenosa ou subcutânea (SC). Na fase aguda da patologia, são 
excretadas dez partículas virais por grama de fezes (LARA, 2000). O vírus pode estar presente 
em outras secreções e excretas durante a fase aguda da doença. O acontecimento de surtos de 
enterites por Parvovírus em alguns cães de canis sugerem que o transporte por pessoas ou 
fômites contribuem para a disseminação da infecção (LARA, 2000). 
A parvovirose canina quando surgiu apresentava altas taxas de morbidade e 
mortalidade, atribuída à ausência de imunidade natural dos cães (FLORES, 2007). No Brasil, 
os relatos iniciais de gastrenterites hemorrágicas por parvovírus surgiu a partir de 1979 e em 
1980 ocorreu uma grande disseminação da doença na população de cães (PEREIRA, 2014). 
Estudos realizados por Monteiro et al. (2016) objetivando caracterizar o vírus e os 
aspectos clínicos da Parvovirose mostraram que há prevalência do subtipo CPV-2b, e também 
do CPV-2a e CPV-2c em cães naturalmente infectados, vacinados e não vacinados na região de 
São Paulo. 
Pinto (2013) cita em seu estudo baseado na análise filogenética dos CPV-2 
encontrados nas amostras brasileiras que elas são muito semelhantes às de outros países, sendo 
12 
 
o CPV-2c o subtipo predominante no Brasil, fator de interesse para a saúde animal, visto que o 
conhecimento da estirpe circulante possibilita o direcionamento do tratamento nos animais 
acometidos e até mesmo medidas de controle e prevenção da doença. 
Apesar de representar uma das mais importantes enfermidades infectocontagiosas que 
acomete os cães domésticos, já foram notificadas também infecções por CPV natural em cães 
selvagens, coiotes, lobos e raposas, porém nem todos os animais da família Canidae são 
suscetíveis ou desenvolvem a doença clínica (MACLACHLAN; DUBOVI, 2016). 
Segundo Greene; Decaro (2012) os isolados originais de CPV-2 produzem sinais 
sistêmicos e intestinais apenas em cães, enquanto os Tipos 2a e 2b podem infectar felinos em 
circunstâncias experimentais e naturais. Em cães domésticos, a infecção por CPV não resulta 
necessariamente em doença aparente, alguns cães que se tornam naturalmente infectados nunca 
desenvolvem sinais clínicos evidentes, especialmente na presença de anticorpos residuais de 
origem materna. 
Quando a doença clínica surge, ela é mais severa em animais de rápido crescimento 
que também são acometido por parasitas intestinais, protozoários e alguma bactérias entéricas. 
(PEREIRA, 2014). 
Outra forma clínica da Parvovirose Canina é a miocardite, que acomete fetos ou 
animais recém nascidos de mães que não possuem imunidade contra o vírus. 
De acordo com Greene e Decaro (2012) a doença miocárdica tornou-se 
progressivamente menos comum em cães infectados por parvovírus desde a disseminação 
pandêmica original do CPV-2 no final da década de 1970. Após este surto, a maioria das cadelas 
foram vacinadas ou expostas a estirpes de CPV e desenvolveu fortes respostas imunes 
humorais. Portanto, o alto título de anticorpos maternos em filhotes lactentes previne a infecção 
neonatal por vírus no início do período de vida, quando ocorre replicação de células miocárdicas 
(VIEIRA, 2011). A miocardite ainda é raramente encontrada em filhotes que não amamentam 
o suficiente, nascem de mães sem anticorpos prévios ou não são vacinados (JUDGE, 2015). 
A enterite aguda por CPV pode ser observada em cães de qualquer raça, idade ou sexo. 
No entanto, filhotes entre 6 semanas a 6 meses de idade são os mais suscetíveis. Segundo Vieira, 
(2011) também já foram descritos surtos de gastroenterite grave e mortalidade por infecções 
por CPV-2 em cães adultos. 
 
 
 
 
13 
 
2.4 TRANSMISSÃO 
 
 
O principal meio de transmissão do vírus se dá pela exposição às fezes contaminadas 
as quais possuem alta concentração de partículas virais. No entanto, fômites, insetos, roedores 
e até mesmo as pessoas podem carrear o vírus. A disseminação entre os cães ocorre 
rapidamente, dando início a replicação viral nos tecidos linfóides (PEREIRA, 2014). 
A transmissão orofecal pode ocorrer desde a fase mais aguda da doença até uma a duas 
semanas após a recuperação do animal, pois o CPV ainda é eliminado em quantidades 
significativas durante este período (SHERDING, 2013). 
A viremia é observada de um a cinco dias após a infecção, porém mesmo antes dos 
sinais clínicos, coincidindo com o início da viremia (aproximadamente 3 dias após infecção), o 
CPV-2 começa a ser eliminado nas fezes, mesmo se o animal ainda não apresentar diarreia 
(PAES, 2016). 
Por se tratar de vírus altamente resistente, o CPV pode permanecer infeccioso de cinco 
a sete meses no ambiente e em fômites, tendo estes importante participação na transmissão da 
parvovirose aos cães (FLORES, 2007). 
 
 
2.5 PATOGENIA 
 
 
A partir do momento que o CPV, entra no organismo de cães que de alguma forma 
estão desprotegidos da doença, ele irá se replicar no tecido linfático da orofaringe e no timo, 
disseminando-se para a corrente sanguínea, causando a viremia, onde sua gravidade dependerá 
do estado imunológico do hospedeiro e da dose infectante do vírus (FLORES, 2012). Devido a 
viremia, o agente é disseminado pelo organismo do hospedeiro, onde alcança tecidos 
fundamentais para a sua replicação como: medula óssea, tecido linfóide e epitélio intestinal, por 
se tratarem de tecidos cujas células apresentam alto potencial de mitose (HOSKINS, 2014). 
O CPV infecta o epitélio germinativo das criptas intestinais, tendo como consequência 
o achatamento das vilosidades, a necrose e o colapso do epitélio, (Figura 01) acarretando a 
exposição da lâmina própria da mucosa (FLORES, 2007). 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Figura 01: vilosidade intestinal normal e vilosidades infectadas por Parvovírus 
 Canino com colapso e necrose intestinal. 
 
 
Fonte: Greene; Decaro (2012). 
 
Com a destruição da barreira da mucosa intestinal (Figura 02) o animal torna-se 
predisposto, principalmente as infecções por bactérias presentes no próprio trato digestório, que 
embora muitas vezes pertençam à flora intestinal, também produzem toxinas e podem causar 
uma endotoxemia, bacteremia ou até mesmo o desenvolvimento de síndrome da resposta 
inflamatória sistêmica, sendo letal na maioria das vezes (SHERDING, 2013). 
A consequência da destruição da mucosa intestinal será evidenciada através de uma 
leucopenia e o sangramento dos capilares subjacentes ao revestimento epitelial, sendo uma 
característica observada clinicamente através da presença de diarreias hemorrágicas (FLORES, 
2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Figura 02: Patogenia da forma intestinal de parvovirose canina. 
 
 
Fonte: Vieira, (2011) 
 
 
2.6 RAÇAS PREDISPOSTAS 
 
 
A parvovirose canina pode ser diagnosticada em cães de todas as idades, raças e sexos 
(PEREIRA, 2014). Contudo, a prevalência da doença clínica é maior em filhotes entre o 
desmame e os 6 meses de idade,devido a maior fragilidade do sistema imunológico. Cães com 
mais de seis meses ou adultos são imunizados ou passam por soroconversão quando expostos 
naturalmente ao vírus (SHERDING, 2013). 
Dentre as raças que possuem maiores predisposições ao CPV-2 destacam-se, Labrador 
Retrievers, American Pit Bull Terriers, Pastores Alemães, Stanfordshire Terriers, Rottweilers, 
Doberman e Pinschers, sendo ainda, que os três últimos a apresentam sinais clínicos mais graves 
quando são expostos a doença (PEREIRA, 2014). Até o momento ainda são desconhecidos os 
fatores biológicos que predispõem estas raças à parvovirose canina (SHERDING, 2013). 
 
16 
 
2.7 FORMAS CLÍNICAS DA DOENÇA 
 
 
2.7.1 Forma entérica 
 
 
Os sinais clínicos observados englobam a diarreia sanguinolenta, vômito de início 
repentino, seguidos de hipertermia e leucopenia por linfopenia. Quando o animal gravemente 
atingido vem a óbito, será principalmente devido a destruição das vilosidades do epitélio do 
intestino delgado, que resultará em desidratação, com possibilidade de choque endotóxico, 
edema pulmonar e septicemia (MORAILLON et al., 2013). 
 
 
2.7.2 Forma cardíaca 
 
 
Segundo Greene e Decaro (2012), o vírus também pode ser encontrado no miocárdio, 
rim, pulmão, fígado e baço. A miocardite por CPV-2 pode desenvolver-se a partir de infecção 
no útero ou em cães menores de 6 semanas de idade, afetando geralmente toda a ninhada 
(MIRANDA, 2016). Esta forma da doença acarreta lesões no miocárdio levando a morte do 
filhote rapidamente por insuficiência cardíaca congestiva aguda, contudo, nos dados 
necroscópicos não são encontradas lesões no intestino (local primário dos focos de lesões pela 
doença). Macroscopicamente, o coração encontra-se descorado e flácido. Nos animais que 
sobrevivem à fibrose miocárdica, são encontrados dados de “infiltrações linfocitárias 
intersticiais disseminadas, corpos de inclusão viral intranucleares e miócitos dispersos” 
(ZACHARY, 2013, p. 218). 
 
 
2.8 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 
A enterite por CPV pode progredir rapidamente, especialmente com as cepas mais 
recentes (a, b, c) do CPV-2. Muitos cães inicialmente apresentam sinais inespecíficos como 
apatia, anorexia, letargia e febre, posteriormente evoluindo para vômito e diarreia podendo 
acarretar em uma rápida e grave desidratação (WILLARD, 2015). 
As fezes diarreicas possuem coloração amarelo-acinzentadas nos casos mais brandos 
da enterite ou ainda apresentam-se hemorrágicas e fétidas nos casos mais graves. Devido a uma 
reação imunológica do organismo do animal em tentar eliminar o patógeno e suas causas 
17 
 
secundárias, como bacteremia, a temperatura retal poderá encontrar-se elevada oscilando entre 
40° a 41°C (GREENE; DECARO, 2012). 
O vômito é um dos principais sinais clínicos relevantes apresentado pelo cão infectado 
por Parvovírus. Quando não controlado, leva à perdas contínuas de líquidos e eletrólitos, assim 
como aumenta o risco de pneumonia por aspiração. Durante o vômito, o animal não ingere 
alimentos por via oral, retardando o processo de cicatrização intestinal (SANTANA, 2016). 
O choque hipovolêmico é caracterizado como uma anormalidade do sistema 
circulatório que leva a um suprimento inadequado de oxigênio aos tecidos, acarretando em 
respostas endócrinometabólicas e alterações na homeostasia do paciente; acontecendo quando 
há queda do volume sanguíneo por perdas extravasculares (OLIVEIRA, 2015). A velocidade 
que ele se instala está diretamente relacionado à perda volêmica, que habitualmente é resultado 
de sangramentos volumosos, diarreias e vômitos dentre outros. O diagnóstico é feito 
essencialmente na observação dos sinais clínicos apresentados (OLIVEIRA, 2015). 
Os sinais clínicos observados são evidenciados por volta do quarto ao sétimo dia após 
infecção. Dentre eles pode-se a linfopenia por acometimento das células de defesa, a anemia 
devido a perdas sanguíneas por via gastrintestinal e pela sepse (RAMSEY; TENNANT, 2010). 
Já em animais acometidos por miocardite, os sinais da doença gastrointestinal podem aparecer 
ou não; podendo observar arritmias cardíacas, edema pulmonar, dispnéia, tosse e ascite, levando 
o animal a óbito por insuficiência cardíaca aguda (MORAILLON et al. 2013). 
Eritemas multiformes foram diagnosticados em cães com enterite por parvovírus. As 
lesões cutâneas incluíam ulceração nos coxins, vesículas na cavidade oral e manchas 
eritematosas na pele do abdômen e perivulvar (GREENE; DECARO, 2012). 
Filhotes com miocardite por CPV frequentemente morrem. Os sinais de disfunção 
cardíaca podem ser precedidos pela forma entérica da doença ou podem ocorrer subitamente, 
sem doença prévia aparente. O espectro da doença miocárdica é amplo e pode incluir qualquer 
um dos outros sinais clínicos já mencionados anteriormente (GREENE; DECARO, 2012). 
 
 
2.9 DIAGNÓSTICO 
 
 
 O diagnóstico presuntivo na rotina clínica, na maioria das vezes é feito pelo histórico 
epidemiológico, sinais clínicos e o achado de leucopenia no hemograma. No entanto, o 
diagnóstico definitivo busca a identificação do vírus por testes específicos. Os testes de Enzyme 
Linked ImmunonoSorbent Assay-ELISA auxiliam na detecção de antígenos virais nas fezes e 
18 
 
tem sido muito utilizado na rotina clínica devido a sua sensibilidade, praticidade e menor custo. 
Existem ainda outros testes como a hemaglutinação, sorologia pareada por imunohistoquimica 
e testes de ELISA para identificação de IgM. Os vírions podem ser identificados por 
microscopia eletrônica, o que leva ao diagnóstico definitivo (FLORES, 2012). 
 Nos testes de biologia molecular, que é baseado na detecção do DNA do CPV, a 
Reação em Cadeia de Polimerase - PCR é utilizado como um meio especifico e sensível de 
diagnosticar mutações do CPV-2 nas fezes ou conteúdo entérico de animais infectados (PAES, 
2016). A PCR em Tempo Real é capaz de diferenciar as cepas de campo e as cepas vacinais 
(PEREIRA, 2014). “Com a aplicação da técnica de PCR amplia-se o gene da VP2, cujo DNA 
pode ser posteriormente sequenciado para análise e subtipificação” (VIEIRA, 2011, p.52) A 
reação em cadeia de polimerase é hoje a técnica mais utilizada e mais segura para se 
diagnosticar o Parvovírus Canino (PEREIRA, 2014). 
 Testes rápidos de imunocromatografia (IC), que se baseiam no uso de anticorpos 
específicos marcados com ouro coloidal, que caso haja formação de imunocomplexos, 
adquirem certa coloração visível a olho nu, é um tipo de teste rápido usado na rotina clínica nos 
centros de atendimento veterinário (PEREIRA, 2016). 
 Através da histopatologia é possível investigar jejuno, baço, íleo e linfonodos 
mesentéricos; onde identificam-se as lesões intestinais características de necrose celular das 
criptas do intestino, colapso e expansão das vilosidades secundarias (RAMSEY; TENNANT, 
2010). 
 Durante a necropsia, a mucosa intestinal encontra-se congesta, com presença de 
hemorragias e comumente envolta por uma pseudomembrana (SANTANA, 2016). A principal 
característica observada na necropsia é a intensa congestão da serosa do intestino acompanhada 
de uma grave enterite catarro-hemorrágica (ANTÔNIO, 2016). 
 Exames de imagem, como a radiografia contrastada do abdome, pode auxiliar no 
fechamento do diagnóstico, pois frequentemente revelam irregularidades na mucosa, como 
enrugamento ou forma de concha e maior trânsito intestinal (SHERDING, 2013). As 
radiografias podem fechar diagnóstico para íleo paralitico e intussuscepção (PEREIRA, 2014). 
 O diagnóstico diferencial das patologias infecciosas de cães com tropismo pelo trato 
intestinal, deve ser realizado para as seguintes doenças: coronavirose, que muitas vezes se dá 
por coinfecções; cinomose que mostra-se por sinais clínicos respiratórios e nervosos, 
acompanhados de sintomas digestivos (MORAILLON et al., 2013). Em cães com quadro 
clínico de enterite, deve-se descartar a possibilidade de enterite por Entamoebasp. visto que 
19 
 
este parasita apresenta sinais clínicos como perda de peso e diarreia sanguinolenta de evolução 
crônica (FRADE, 2016). 
 
 
2.10 TRATAMENTO 
 
 
Por se tratar de uma patologia de tratamento sintomático os protocolos utilizados para 
Parvovirose Canina, na maioria dos casos, visam a correção do equilíbrio hidroeletrolítico e 
energético, cessando o vômito e controlando os mecanismos do choque séptico (PAES, 2016). 
 Em uma pesquisa realizada por Balvedi et al (2015) com protocolos terapêuticos 
utilizados no tratamento da parvovirose canina na região norte do Rio Grande do Sul 
demonstrou que os protocolos seguidos na região foram semelhantes aos descritos na literatura 
nacional, onde as drogas mais empregadas foram a associação de sulfametoxazol e 
trimetropima (72,73%), seguido de fluidoterapia cristalóide de ringer com lactato (54,55%) e o 
antiemético metoclopramida (40,91%). 
 O tratamento realizado para a gastroenterite causada pelo Parvovírus Canino é 
semelhante aos recomendados para uma enterite infecciosa aguda inespecífica, devido à falta 
de um tratamento antiviral eficaz (SANTANA, 2016). Por sua condição dolorosa, a analgesia 
é importante para o conforto do paciente e melhor recuperação (SANTANA, 2016). 
 
 
2.10.1 Reposição hidroeletrolítica e energética 
 
 
A fluidoterapia é provavelmente o aspecto mais importante na clínica de animais com 
parvovirose, devendo ser mantida durante o tempo que for necessário para a restauração do 
equilíbrio de fluidos e eletrólitos e prevenção de infecções secundárias (GREENE; DECARO, 
2012). 
Deve ter como objetivo principal o aumento da perfusão tecidual, reposição de água e 
de eletrólitos, bem como suprir a demanda diária de líquidos perdidos em decorrência da 
doença. A hiponatremia, hipopotassemia e a queda de cloro, ocorrem quando a albumina 
encontra-se abaixo da normalidade (PAES, 2016). Segundo estudos estas alterações ocorrem 
em até 33% dos casos de parvovirose por CPV-2. Quando sódio e potássio encontram-se em 
desequilíbrio o cão corre risco de morte por parada cardíaca (RAMSEY; RENNANT, 2010). 
Para a correção da hidratação, a solução de ringer com lactato é considerada de eleição, 
por possuir composição semelhante ao liquido extracelular (SHERDING, 2013). Associado ao 
20 
 
ringer deve ser adicionado cloreto de potássio a 10%, uma média de 10 a 15 mEq para cada 
frasco de 500 ml de ringer, com o objetivo de repor as perdas de sais. O volume infundido 
depende do peso, “grau de desidratação estimado (5% a 12%), dos requerimentos basais e das 
perdas ativas” (PAES, 2016, p. 781.). 
Quando o animal estiver em choque hipovolêmico, administrar solução cristaloide 
(ringer com lactato, ringer simples, solução salina a 0,9% e dextrose a 5% em água) balanceada 
até 90 mL/kg intravenosa (IV), nas primeiras 2 horas, com o intuito de restabelecer a 
hemodinâmica. Após passar o período crítico, ajustar para taxa de manutenção. A correção da 
desidratação deve ocorrer nas primeiras 24 horas e, em seguida manter o volume da taxa de 
manutenção, mais as perdas diárias de fluidos, devendo permanecer até que o vômito acabe e o 
cão volte a se alimentar. Caso o uso de solução cristalóide balanceada não restabeleça a 
estabilidade hemodinâmica ou se os valores séricos de albumina estejam abaixo de 2 g/dL, 
deve-se aplicar 20 mL/kg, IV, de solução colóide por possuir alto peso molecular e 
permeabilidade restrita ao plasma (SHERDING, 2013). 
A fluidoterapia deve ser acompanhada levando em consideração o peso corporal, os 
parâmetros físicos, a produção de urina, as perdas sucessivas por vômito ou diarreia, o volume 
globular e o teor plasmático de proteína total. Do mesmo modo deve ser acompanhada a 
concentração sérica de potássio diariamente e ajustado adequadamente o conteúdo de potássio 
acrescentado à fluidoterapia intravenosa. Deve-se evitar a aplicação de fluidoterapia por via 
subcutânea, principalmente em animais com leucopenia grave, devido ao risco de infecção 
secundária, celulite e necrose no local de aplicação (SHERDING, 2013). 
Willard (2015) recomenda administrar plasma ou hidroxietilamido se a concentração 
sérica de albumina ainda estiver menor ou igual a 2 g/dL; plasma de 6 a 10 ml/kg durante 4 
horas e repetir até que a concentração sérica requerida seja obtida. Porém, não se recomenda 
uso em concomitância de plasma e do hidroxietilamido. 
A transfusão de plasma é administrada em pacientes com Parvovirose, pois afora o 
efeito coloidal, o plasma fornece albumina, fatores de coagulação e imunoglobulinas. O plasma 
é um constituinte fundamental para o transporte de muitos fármacos, cuja queda em suas 
concentrações pode desencadear pobre distribuição de medicamentos. A administração de 
plasma fresco congelado obtido a partir de animais doadores regularmente vacinados é uma 
opção para fornecer anticorpos contra o parvovírus circulante, sendo este um meio eficaz de 
neutralizar o vírus (MENSACK, 2010). 
 
 
21 
 
2.10.2 Antieméticos e protetores gástricos 
 
 
Os antieméticos de ação central são mais eficientes que os de ação periférica. Dentre 
os fármacos de ação central citam-se a metoclopramida na dose de 0,2-0,4 mg/kg, SC a cada 6-
8 horas ou ainda 1 a 2 mg/kg/dia IV, em infusão continua. Características relevantes da 
metoclopramida é o impedimento de íleo adinâmico, melhora da motilidade intestinal e 
contribuição para o aumento da pressão do esfíncter esofágico inferior, prevenindo ou até 
mesmo reduzindo o refluxo gastroesofágico (WILLARD, 2015). 
Quando o quadro de êmese é muito grave e não responde a metoclopramida, 
recomenda-se a clorpromazina na dose de 0,3-0,5 mg/kg, por via intramuscular (IM) ou (SC) a 
cada 8 horas. Apesar de ser um sedativo, o fármaco possui efeitos antieméticos relevantes 
(BALVEDI, 2015). 
Nos casos de vômito severo e desidratação, é recomendada a ondansetrona na dose de 
0,5 mg/kg, a cada 8 ou 12 horas, diluída em solução fisiológica à 0,9%, na diluição de 5 vezes 
o volume, aplicada por via intravenosa (PAES, 2016). 
Dolasetron na dose de 1 mg/kg, IV ou via oral-VO e maropitant à 1 mg/kg/dia, via SC, 
tem sido fármacos usados para conter o vômito agudo em animais com parvovirose (PAES, 
2016). Cada um desses antieméticos têm um mecanismo de ação distinto, o maropitant bloqueia 
a ação farmacológica da substância P, a qual facilita processos inflamatórios e vômito no 
sistema nervoso central. Já o dolasetron age nos terminais nervosos e nos neurônios entéricos 
do trato gastrointestinal e portanto, em pacientes com vômitos prolongados. Pode haver terapias 
com apenas um fármaco ou ainda utilizar associações desses medicamentos (GERMAN; 
MADDISON; GUILFORD, 2010). 
A esofagite de refluxo é um achado comum em pacientes que apresentam vômitos 
prolongados. O uso de medicamentos citoprotetores gástricos como famotidina ou ranitidina 
(2,0-4,0 mg/kg, SC ou IV) devem ser empregados para minimizar a sintomatologia (GREENE; 
DECARO, 2012). A ranitidina age como inibidor de secreções gastroduodenais e como 
procinético, podendo ser utilizada na terapia de pacientes com enterite viral canina na dose de 
2 a 4 mg/kg por via SC, ou intravenoso na dose de 6 a 8 mg/kg com intervalos de 12 horas, por 
esta via pode causar arritmas cardíacas se administrada rapidamente. Este fator deve ser levado 
em consideração quanto ao uso desse fármaco na miocardite por parvovirose (JERICÓ; 
KOGIKA; NETO, 2015). 
22 
 
Quando há suspeita de úlcera gástrica, o uso de protetores de mucosas devem ser 
instituídos com intervalo de 2 horas após as outras medicações. Sucralfato na dose de 25 a 50 
mg/kg, VO, 2 vezes ao dia pode trazer resultados satisfatórios (MENSACK, 2010). 
Podem ser usados ainda inibidores da bomba de prótons, como o omeprazol na dose 
de 1 mg/kg, VO ou IV, 1 vez/dia (BALVEDI, 2015). O uso de inibidores do peristaltismos 
devem ser evitados, pois as fezes ricaem tecidos necróticos e sanguinolentas formam ambiente 
propício ao desenvolvimento de enterobactérias. Da mesma forma, deve-se evitar 
antinflamatórios como o flunixin meglumine, por levar a quadros de úlceras gástricas e 
isquemia nos néfrons (PAES, 2016). 
 
 
2.10.3 Terapêutica do choque hipovolêmico 
 
 
 O tratamento envolve o uso de expansores plasmáticos visando a estabilização dos 
batimentos cardíacos e a perfusão tecidual, podendo ser utilizadas as dextranas e 
hidroxietilamida ou eventualmente o plasma, a uma velocidade de infusão de 80 a 90 ml/kg/h. 
A hidroxietilamida possui alto peso molecular, efeito mínimo antigênico sobre a coagulação e 
não sobrecarrega a função renal. As dextranas são comercialmente encontradas como dextran 
40 ou 70 (PAES, 2016). 
 Os sinais de choque hipovolêmico são reconhecidos por taquicardia, pulso fraco, 
débito cardíaco baixo, pressão sanguínea alta no início e depois baixa, hipotermia periférica e 
central, tempo de preenchimento capilar elevado, mucosas pálidas, taquipneia e déficit urinário 
(TRENTINI, 2011). 
 Quanto aos primeiros socorros do animal em choque leva-se em consideração o 
sistema “ABC”, onde a letra “A” diz respeito ao acesso às vias aéreas, atentando-se para que 
não ocorra aspiração e obstrução. “B” corresponde à respiração, devendo manter ventilação 
apropriada com altas concentrações de oxigênio, sendo a letra “C” o último passo que 
corresponde a circulação, onde deve-se aumentar o volume intravascular e restabelecer o 
retorno venoso. É importante levar em consideração e acompanhar os parâmetros vitais até que 
o paciente se recupere do choque. (SIQUEIRA; SCHMIDT, 2003). 
 A terapia de choque deve incluir a reposição do volume circulatório, instituindo 
soluções eletrolíticas balanceadas, junto a uma solução coloidal, na proporção de 1:3 
respectivamente, a fim de compensar a desidratação e hipotensão. A solução salina 0,9% e o 
ringer com lactato são líquidos de reposição extracelular. A solução de NaCl 7,5%, é 
23 
 
contraindicada em pacientes desidratados. Em caso de acidose após a fluidoterapia, recomenda-
se a correção com bicarbonato (NaHCO3) quando o pH estiver abaixo de 7,2, administrando 1 
a 5 mEq/kg por um período superior a 20 minutos, sob constante monitoração (TRENTINI, 
2011). 
 Caso a hipotensão não seja revertida na hipovolemia, a instituição de vasopressores 
será necessária para sustentar a pressão de perfusão sistêmica, utilizando vasopressores como a 
noradrenalina, por infusão contínua ajustando-a conforme a necessidade. A dobutamina 
também é inserida ao protocolo, visto que ela pode ser empregada em conjunto com a 
noradrenalina em casos de hipotensão não responsiva ou muito grave, já que aumenta a 
contratilidade e o débito cardíaco (ALVES, 2013). 
 Quando se analisa a situação do paciente, deve-se ter conhecimento de sua capacidade 
de responder aos fármacos utilizados, pois caso o inotrópico seja administrado em um animal 
com choque circulatório, este pode desenvolver arritmias e vasodilatação, entretanto, se o 
paciente receber um vasopressor e estiver com baixa contratilidade cardíaca, poderá 
comprometer o débito cardíaco por aumento da pós carga (SIMMONS; WOHL. 2009). 
 
 
2.10.4 Terapêutica do choque séptico e sepse 
 
 
O choque séptico é decorrente de um quadro de sepse grave com pressão arterial baixa 
não responsiva a reposição volêmica, acarretando em deficiência circulatória aguda 
(BARBOSA et al., 2018). 
A sepse é uma das principais causas de óbito, sendo descrita como disfunção orgânica, 
sem a obrigação de agentes vasopressores para amparar a pressão arterial. Dentre as disfunções 
orgânicas dos cães, menciona-se: a hipotensão, níveis de creatinina sérica superiores a 2 mg/dL, 
hiperbilirrubinemia sérica, alterações da consciência, alterações respiratórias, de coagulação e 
hipoalbuminemia (ISOLA et al., 2014). 
Pesquisas realizadas por Pereira (2011) relatam que a leucopenia causada por 
Parvovírus Canino ocorre entre os dias dois e quatro, linfopenia aos dias um e três e eosinopénia 
aos dias dois, quatro e cinco. Diante dos dados obtidos, conclui-se que os animais infectados 
expressam quadros mais graves entre os dias um a cinco do decurso da doença requerendo 
maior atenção ao animal neste período. 
Em pacientes gravemente afetados com leucopenia/neutropenia, antibióticos de amplo 
espectro são administrados em combinação contra organismos gram-positivos e gram-
24 
 
negativos. A ampicilina é segura, mas tem eficácia restrita contra algumas bactérias gram 
negativas, como Escherichia coli. Dessa forma pode-se utilizar a ampicilina em associação ao 
sulbactam ou a outro antibiótico com melhor espectro gram-negativo. Os aminoglicosídeos, 
como a gentamicina e amicacina com dose de 20-25 mg/kg, IV, no intervalo de 8 a 12 horas 
têm excelente ação contra gram-negativos e podem ser usados com segurança uma vez ao dia, 
quando os animais estiverem adequadamente hidratados, pois são excretadas pelos rins. A 
enrofloxacina também tem sido utilizada na dosagem de 2,5-5,0 mg/kg por 5 a 10 dias, porém 
tem causado danos ao desenvolvimento da cartilagem de filhotes (MENSACK, 2010). 
As cefalosporinas de terceira geração, como a ceftazidima (dose de 25 mg/kg, IV, a 
cada 8-12 horas) também podem ser instituídas no tratamento, apesar de em alguns casos 
provocar tromboflebite quando administrada por via intravenosa. Esses fármacos são utilizados 
para tratar infecções severas, principalmete contra Enterobacteriaceae, como as Pseudomonas 
aeruginosa. Dentre os medicamentos parenterais desta classe, citam-se o ceftiofur, cefazidina, 
celftriaxona dentre outros (GERMAN, MADDISON; GUILFORD. 2010). 
O cloranfenicol é um dos antimicrobianos mais eficazes na prevenção da sepse, 
podendo ser administrado por via IV, SC ou IM. Independente da via, sua dose é de 50 mg/kg 
a cada 8h até a recuperação do animal (PAES, 2016). 
Em casos febris graves, amoxicilina ou cefalosporina potencializados com 
metronidazol fornecem uma boa resposta contra as bactérias gram-negativas e anaeróbicas. 
Amicacina, gentamicina e trimetroprim sulfa, também podem entrar no protocolo de 
tratamento. Ao utilizar amicacina ou gentamicina, os filhotes devem estar bem hidratados 
devido ao risco de nefrotoxicidade (KELMAN, 2015). 
Estudos mostram que a administração de solução salina hipertônica a 7,5%, de 24 a 48 
horas após o início da terapia sintomática auxilia no tratamento de sepse grave ajudando na 
estabilização dos leucócitos, plaquetas e globulinas (BARBOSA et al., 2017). 
Alguns autores divergem quanto ao uso da corticoideterapia na sepse, mas o uso dessa 
classe de fármacos traz benefícios ao paciente, pois inibe a liberação de fator de necrose tumoral 
alfa, da interleucina e diminui o fator de agregação plaquetária. A dose recomendada para a 
hidrocortisona é de 0,5 a 1,0 mg/kg (PAES, 2016). 
 
 
 
 
25 
 
2.10.5 Antimicrobianos 
 
 
 O estabelecimento de terapia antimicrobiana é imprescindível para impedir e tratar o 
choque séptico, consequência da translocação de bactérias do intestino para a corrente 
sanguínea devido aos danos causados a barreira do trato gastrointestinal em decorrência da 
replicação do CPV-2 nas criptas intestinais (RODRIGUES; MOLINARI, 2017). 
Em estudos citados por Greene e Decaro (2012) as bactérias de origem gastrointestinal 
foram isoladas dos cateteres intravenosos removidos de cães em tratamento para suspeita de 
parvovirose. A maioria desses microrganismos eram gram-negativos (Serratia, Acinetobacter, 
Citrobacter, Klebsiella e Escherichia) e resistentes às penicilinas, cefalosporinas de primeira 
geração e macrolídeos, sendo sensíveis a sulfonamidas e penicilinas potencializadas por 
clavulanato. Apesar dos resultados positivos das pontas dos cateteres, nenhum dos cães 
apresentou sinais clínicos sistêmicos de infecção, e apenas um desenvolveu flebite local 
(MENSACK,2010). 
Quanto ao tempo de administração dos fármacos, são escassas as referências dos 
protocolos de antibioterapia na CPV. McCaw e Hoskins (2006) citados por Ferreira (2011) 
recomendam 3 a 5 dias para esquemas com ampicilina, cefazolina, ceftiofur e gentamicina. 
Savigny e Macintire (2007) também citados por Ferreira (2011) mencionam o uso de 
enrofloxacina por período inferior a 5 dias, diminuindo o risco de erosão das cartilagens em 
cães jovens. 
Estudo realizado por Ferreira (2011), em grupos de cães portadores de parvovirose 
mostrou que o grupo que recebeu amoxicilina e gentamicina e o grupo que recebeu 
enrofloxacina conseguiram maiores índices de sobrevivência em aproximadamente de 95% e 
90%, respectivamente. O grupo que recebeu cefoxitina e metronidazol e o grupo da amoxicilina, 
registaram as taxas menores, sendo inferiores a 77%. A alta taxa de sobrevivência obtida pelo 
grupo de animais que receberam a combinação amoxicilina e gentamicina indica que este 
protocolo é possivelmente mais eficaz no tratamento da parvovirose. É importante observar que 
a gentamicina era somente administrada em animais hidratados devido ao seus efeitos adversos 
aos rins dos pacientes desidratados. Ferreira (2011) ainda destaca que os dados apresentados 
pela associação do metronidazol podem ter ocorrido por este não mostrar resultado sobre as 
bactérias aeróbias e a cefoxitina, apesar de extremamente estável contra diversas β-lactamases, 
mostra uma baixa penetração nas bactérias gram-negativas. 
26 
 
Tanto as cefalosporinas como o metronidazol estão entre os antimicrobianos mais 
confiáveis, apresentando baixa probabilidade de que os efeitos secundários sejam uma das 
causas de insucesso terapêutico (MADDISON et al., 2008; PRESCOTT, 2006 apud 
FERREIRA, 2011). 
 A Cefoxitina pode ser administrada com intervalos de 8 horas na dosagem de 15-30 
mg/kg IV, no período de 5 a 10 dias, já o metronidazol é utilizado na dose de 15 mg/kg, por via 
intravenosa, de 12/12 horas. A amoxicilina pode ser instituída com intervalos de 8/8 horas ou 
de 12/12 horas, com doses que podem variar de 10 a 30 mg/kg, sendo administrada 
preferencialmente por via IM. A gentamicina possui frequência de utilização variável, podendo 
ser de 6/6 horas, de 8/8 horas ou até mesmo a cada 12 horas, com doses recomendadas de 2-4 
m/kg. O tempo de uso dos fármacos fica a critério do médico veterinário e da situação de saúde 
do animal (JERICÓ, 2015). 
 
 
2.10.6 Nutrição 
 
 
 O emprego da nutrição clínica em cães hospitalizados visa prevenir a subnutrição ou 
desnutrição. O suporte nutricional terapêutico fornece, via enteral ou parenteral, os nutrientes 
necessários para manutenção e recuperação do paciente (OLIVEIRA; PALHARES; VEADO, 
2008). A inapetência, hiporexia e anorexia são situações comuns em animais doentes, levando 
a quadros de desnutrição e consequentemente à complicações da enfermidade primária. A 
nutrição apropriada favorece o estado metabólico na doença, melhora a resposta ao tratamento 
clínico, previne o desgaste da função imune, minimiza a perda de massa corpórea magra e 
favorece a cicatrização e o reparação tecidual (OLIVEIRA; PALHARES; VEADO, 2008). 
Em afecções no intestino delgado causada por doença intestinal aguda na presença de 
vômito com água, é recomendada a suspensão da alimentação por no máximo 24 horas, 
principalmente em animais severamente desidratados e com distúrbio hidroeletrolítico ácido-
básico. O animal deve ser realimentado nas próximas 24-72 horas em pequenas refeições várias 
vezes ao dia (BALVEDI et al. 2015). 
Para repor as perdas entéricas, é indicado suplementar com sódio, potássio e cloro. 
Após resposta clínica, reintroduzir alimentação de rotina aos poucos, ao longo de três a quatro 
dias. O animal não deve receber alimentos que possuam lactose em sua composição. Quando 
ocorrer diarreia, o animal deve continuar a alimentação independente dos sinais clínicos. 
27 
 
Entretanto, é contra-indicado em vômitos incontroláveis e diarreias profusas, porém o animal 
não pode passar mais que 24h de jejum (CARCIOFI, 2017). 
Segundo Dibartola (2007) a adoção de uma alimentação líquida contendo 41% de 
proteínas, 18% de gordura e 3% de fibra bruta, como terapia adjuvante por via nasoesofágica 
tem efeitos relevantes na permeabilidade intestinal e na morbidade da enterite provocada por 
parvovirose. Quando este não recebe nutrientes adequados, várias conseqüências patológicas 
podem acontecer, como a queda da função das vilosidades acarretando em elevada 
permeabilidade da mucosa e transporte de bactérias, redução no tecido linfóide associado ao 
intestino e queda da área de superfície para absorção de nutrientes (MENSACK, 2010). 
A nutrição microenteral é a administração por tubos de alimentação naso-esofágicos 
ou nasogástricos de pequenas quantidades de água, eletrólitos e nutrientes diretamente 
absorvidos pelo trato gastrointestinal para manter ou melhorar a integridade das células da 
mucosa, auxiliando os pacientes com parvovirose clínica, ao permitir a descompressão gástrica 
e consequentemente melhorando o fluxo sanguíneo gastrointestinal regional, fornecendo 
proteção contra a absorção de bactérias e endotoxinas gastrointestinais. A nutrição 
microentreral não tem como objetivo suprir as necessidades sistêmicas de nutrientes do 
paciente, devendo ser substituida pela nutrição enteral assim que o animal reestabelecer suas 
condições ou ser suplementado por nutrição parenteral caso necessário (MENSACK, 2010). 
Scheraiber et al. (2014) em estudo realizado com o uso de imunoglobulinas específicas 
da gema do ovo na nutrição de cães, demonstrou que a imunoglobulina IgY, principal anticorpo 
produzidos por galinhas poedeiras (Gallus domesticus) e acumulada na gema do ovo, é uma 
nova alternativa para a prevenção e tratamento de doenças como a parvovirose canina, por se 
ligar ao CPV-2, impedindo sua replicação, permitindo a melhora na saúde intestinal, 
promovendo assim, o apoio ao sistema imunológico e estabilizando sua resistência. Tem como 
benefícios equilibrar a microflora intestinal, melhorar a absorção de nutrientes, minimizar o 
estresse produzido pela diarreia, elevar a excreção de IgA fecal - indicador de uma boa 
estimulação imune, dá apoio de proteção da função intestinal, diminuir agentes patogênicos e 
promover a qualidade das fezes. 
Estudo realizado por Camargo et al. (2006) utilizando probiótico à base de 
Lactobacilus acidophillus em cães filhotes com gastrenterite hemorrágica mostrou que ocorreu 
a redução da excreção fecal de vírus, fator importante quando se considera a redução na 
disseminação do vírus no ambiente. 
 
 
28 
 
2.10.7 Controle de parasitas entéricos 
 
 
A infecção por helmintos, protozoários e outros endoparasitas causam morbidade 
sifnificativa em cães e frequentemente comprometem seu estado imunológico. Quando o 
animal cotrai a parvovirose e possui infecções simultâneas por parasitas ou bactérias intestinais, 
a possibilidade de cura é comprometida (GERMAN; MADDISON; GUILFORD. 2010). 
Cães filhotes com idade entre 6 semanas e 6 meses possuem maior predisposição à 
infecção por parvovírus devido a fatores como superpopulação, qualidade na higiene, estresse, 
baixa imunidade e parasitas intestinais (LOPES, 2012). 
A presença de parasitas intestinais foi identificada como um fator que pode exacerbar 
a infecção por parvovírus, aumentando o rotatividade das células intestinais e a subsequente 
replicação viral. Exames de parasitas fecais devem ser rotineiramente realizados em todos os 
pacientes infectados com parvovírus. Antiparasitários adequados, baseados nesses resultados, 
devem ser administrados quando o vômito for controlado (SOUZA, 2016). 
 
 
2.10.8 Controle da dor 
 
 
 A dor é uma característica recorrente no paciente com Parvovirose devido à 
gastroenterite, o espasmo, cãibras intestinais e/ou esofagite de refluxo secundária a vômitosconstantes. Ela pode mostrar-se como diminuição contínua da atividade, alteração do estado 
mental, dos sinais vitais e vômitos contínuos. A maior parte dos acometidos irão grunhir ou 
vomitar com a palpação abdominal, podendo apresentar os sinais concomitantemente 
(FERREIRA, 2011). 
 O controle da dor pode melhorar o conforto do paciente, reduzir a êmese e, assim, 
reduzir o tempo de internação. A buprenorfina, na dose de 0,005-0,02 mg/kg IM ou IV com 
intervalos de 8 ou 12 horas é eficaz na dor visceral e dos tecidos moles, sendo considerada uma 
boa opção (MENSACK, 2010). 
 A escopolamina é um anticolinérgico que minimiza as secreções e a motilidade do 
trato digestório, que tem efeito antiemético, para o controle da cinetose. A dose indicada é de 
0,3- 1,5 mg/animal, IM ou VO. Contraindicada em lactantes, neonatos, portadores de atonia 
intestinal e com hemorragia aguda (BALVEDI, 2015). 
 Analgésicos opiáceos como butorfanol (0,2-0,3 mg/kg com 8 a 12 horas de intervalos, 
usadas IM ou IV) ou fentanil (0,4-0,07 μg/kg, IV) são os de primeira escolha na maioria dos 
29 
 
casos de gastroenterite infecciosa aguda, e deve ser administrado por infusão contínua para o 
melhor benefício no paciente. Anti-inflamatórios não esteróides e esteroidais são 
contraindicados na maioria dos casos de infecção aguda na presença de diarreia. Isto porque 
eles diminuem a irrigação sanguínea para a mucosa do trato gastrintestinal, podendo resultar 
em ulceração intestinal e insuficiência renal, principalmente em pacientes desidratados 
(JUDGE, 2015). 
 Os opiáceos, particularmente a buprenorfina, são recomendados para analgesia forte 
com menor efeito na motilidade gastrointestinal. Os analgésicos antinflamatórios não 
esteroidais devem ser evitados devido ao risco a pacientes jovens e desidratados de 
nefrotoxicidade e ulceração gastrointestinal (KELMAN, 2015). 
 
 
2.10.9 Outras Terapias 
 
 
Além das terapias preconizadas, outros métodos de tratamento podem ser utilizados e 
ainda apresentam efeitos positivos quando instituído em associação a outras opções 
medicamentosas. Pereira (2016) relata o caso de um animal diagnosticado com parvovirose, 
que dentre outros fármacos de ação sintomática, foi tratado com metronidazol, sulfametoxazol 
com trimetropima, doxiciclina e a ceftriaxona, porém não obteve resposta para a sintomatologia 
de diarreia cônica. Contudo, após três tratamentos com transplante de microbiota fecal (TMF) 
houve eficácia no controle de diarreia. Diante dos resultados, verificou-se que o TMF pode ter 
ajudado na resolução dos sinais clínicos do animal e pode ser empregado como adjuvante no 
tratamento de suporte convencional de diarreias crônicas em cães. 
 O soro hiperimune é constituído por imunoglobulinas específicas para CPV, podendo 
ser utilizado como profilaxia ou auxiliar no tratamento no início da doença. A permanência do 
efeito no organismo é temporária, não se prolongando além de 10 dias (JERICÓ; KOGIKA; 
NETO, 2015). Sua posologia varia de acordo com o objetivo do tratamento. Como meio 
profilático recomenda-se 0,5 – 1,0 mL/kg SC ou IM, já como coadjuvante no tratamento a dose 
é de 1,0 – 2,0 mL/kg SC ou IM (JERICÓ; KOGIKA; NETO, 2015). 
O uso de polivitaminicos como as vitaminas do complexo e B e vitamina C podem ser 
associados ao tratamento. Elas irão auxiliar na recuperação do organismo lesionado, reparação 
tecidual, agente antioxidante, na formação de colágenos e auxiliam na função do sistema imune 
(PAES, 2016). 
30 
 
Estudos realizados por Carvalho et al. (2013) in vitro com células de linhagem de rins 
de felino (CRFK), mostraram o potencial da quercetina, um flavonoide antioxidante natural 
com capacidade de ligar-se à proteínas do capsídeo viral ou a glicoproteínas do envelope, na 
atividade virucída de 96,3% sobre o Parvovírus Canino. Foi observado a ação virucída da 
quercetina potencializada na fase de replicação do vírus, o que pode estar relacionado a 
inativação viral por ligação do composto com as estruturas virais. Tal resultado, pode levar ao 
uso deste flavonoide como agente farmacológico em animais acometidos com parvovirose 
canina. 
 A mucosa do trato gastrointestinal tem o ambiente ideal para a colonização e 
multiplicação de microorganismos importantes na digestão e absorção dos nutrientes e ainda 
participam da síntese de vitaminas. Outra função relevante da microflora, é adaptar o intestino 
do filhote para ser um órgão imunológico, visto que animais sem colonização bacteriana em 
sua mucosa, dispõem de menos linfócitos e plasmócitos em sua lâmina própria. Com isto, a 
exposição intestinal aos antígenos bacterianos causa a produção de anticorpos na lâmina própria 
do intestino, impedindo a fixação de seres patogênicos. Em animais acometidos pela 
parvovirose os probiótico podem ser instituído com o objetivo de manter, restaurar ou 
estabilizar a flora intestinal não patogênica principalmente em neonatos e filhotes. Dentre os 
probiótico comercializados no Brasil pode-se citar: Biocanis em forma de pasta rica em 
Lactobacillus acidophilus, Sterptococcus Faecium, Saccharomyces cerevisiaea e o Must que 
deve ser adicionado à ração, o qual apresenta em sua composição o Bacillus cereus 
(FERNANDES et al. 2012). 
 O uso de terapias menos invasivas podem ser aliadas à terapia medicamentosa. Dentre 
as técnicas da medicina alternativa, podem-se citar o uso da quiropraxia, acupuntura, reiki e 
inúmeras outras. Acupuntura utiliza métodos baseados em estímulos com agulha e laser e a 
injeção de substâncias medicamentosas, em áreas da pele definidas para fins terapêuticos e 
melhora de patologias graves. Lima et al. (2013) relatam um caso de animal diagnosticado com 
parvovirose que foi tratado com a terapia de suporte aliada a protocolo de acupuntura, com a 
injeção de 1:10 da dose de Cloridrato de Ondansetrona e 0,1 mL de vitamina B12 em pontos 
específicos do corpo do animal, demonstrando melhora dos sintomas imediatamente após a 
primeira sessão (uma por dia), com resultados na evolução clínica do animal após 3 sessões de 
acupuntura. 
 
 
 
31 
 
2.11 PROGNÓSTICO 
 
 
 Quando os cães são atendidos e tratados imediatamente após o início dos sinais 
clínicos o prognóstico é bom, no entanto, se houver demora em instituir o tratamento, 
predisposição racial ou presença de doenças intercorrentes, o diagnóstico passa a ser reservado 
(PAES, 2016). 
 Alguns animais podem vir a óbito em virtude da sepse e endotoxemia resultantes de 
leucopenias, imussupressão e rompimento da barreira da mucosa intestinal. Contudo, aqueles 
que sobrevivem aos quatro dias iniciais da patologia, na maioria das vezes, recuperam-se 
(PRATA, 2017). 
 
 
2.12 PROFILAXIA 
 
 
 A imunização do filhote pode ocorrer de forma passiva por meio da administração de 
fatores humorais ou celulares adquiridos de doadores previamente expostos ao CPV. No 
entanto, este tipo de imunização tem sido pouco utilizado. O uso do soro ou imunoglobulinas 
tem uma função útil na proteção de neonatos com até dois dias de idade, que por algum motivo 
não mamaram colostro. Os anticorpos maternos são transmitidos ao filhote através da placenta 
e do colostro, com isto após alimentarem-se, os neonatos adquirem metade do título dos 
anticorpos maternos (VIEIRA, 2011). 
 A prevenção e controle também podem ser realizados através da vacinação, cuja 
proteção é comprovadamente eficaz contra o CPV (PEREIRA, 2014). Porém, a parvovirose 
continua sendo uma dificuldade para filhotes durante a janela imunológica, principalmente 
quando usa-se vacina viva atenuada (SHERDING, 2013). 
 A vacinação do animal é recomendada quando ele atingir a idade entre 6 a 8 semanas, 
sendo que a densidade de antígenos e a imunogenicidade da vacina, bem como a imunidade de 
origem materna determinam quando o filhote deve ser vacinado com sucesso. Vacinas 
inativadas não produzem tanta eficácia quando comparadas ao uso de vacinasatenuadas. 
Quando a situação imune de animal é desconhecida, recomenda-se 3 doses de vacina atenuada, 
administradas com seis, nove e doze semanas de vida do cão. Caso, tenha indicação vacinal 
para tempo menor, recomenda-se por segurança a vacina inativada (WILLARD, 2015). 
 De acordo com as Diretrizes para a Vacinação de Cães e Gatos de 2016 da Associação 
Veterinária Mundial de Pequenos Animais (WSAVA) as vacinas essenciais para o cão são 
32 
 
aquelas que conferem proteção contra infecções como o CPV-2 e suas variantes, conforme 
protocolo vacinal demonstrado na tabela abaixo, (DAY, 2016). 
 
Tabela 01: Diretrizes da WSAVA para a vacinação canina conta o CPV-2 e suas variantes, 
adaptada. 
 
Vacina 
Vacinação inicial do 
filhote 
Vacinação inicial do adulto 
Recomendação de 
revacinação 
Parvovírus 
Canino-2 
(CPV-2). 
Administrar às 6–8 
semanas de idade, e então 
a cada 2–4 semanas até 
16 semanas de idade ou 
mais. 
Duas doses com intervalo de 2–4 semanas 
são geralmente recomendadas pelos 
fabricantes, mas uma dose da vacina 
contendo vírus vivo modificado ou 
vacinas recombinantes com vetor é 
considerada protetora. 
Revacinação (reforço) 
aos 6 meses ou 1 ano de 
idade e então a cada 3 
anos. 
 
Fonte: DAY et al., (2016). 
 
 Um fator relevante na vacinação de cães, diz respeito as falhas vacinais, a não 
contemplação da cepa viral ou ainda a má conservação. Estes tipos de falhas, colocam a saúde 
do animal em risco (VIEIRA, 2011). 
 Para animais que estão com suspeita ou acometidos, recomenda-se respectivamente a 
quarentena e o isolamento, cujo objetivo é prevenir a transmissão da doença. (KELMAN, 
2015). O uso de solução de hipoclorito de sódio a 5% para a desinfecção do ambiente tem 
resultados expressivos na eliminação do agente (SHERDING, 2013). 
 
33 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 Por ser uma enfermidade contagiosa grave, que pode levar o animal a óbito em poucos 
dias, o conhecimento dos sintomas clínicos e a instituição do tratamento imediato são 
fundamentais para o prognóstico. No entanto, deve-se investigar, por meio de um diagnóstico 
preciso a forma da patologia, visto que é uma doença de tratamento de suporte e que pode ser 
confundida com outras enfermidades. 
 Um protocolo adequado a cada forma da doença e individualizado a cada paciente 
também é pré-requisito para o sucesso da cura. Por mais que haja muitos estudos e várias opções 
de medicamentos no mercado, ainda não há um protocolo terapêutico adequado para tratar a 
Parvovirose Canina. Somete por meio da profilaxia adequada, da conscientização do tutor 
quanto a gravidade da doença e da desinfecção do ambiente antes de colocar outros animais 
pode se evitar a doença. 
 Cabe ainda ao Médico Veterinário, buscar pesquisas e estudos a respeito de inovações 
do tratamento e informações atualizadas sobre a doença, visto ser uma patologia de descoberta 
relativamente recente, com sintomatologias diversas e tratamento apenas sintomático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
REFERENCIAS 
 
 
ANGELO, G.; CICOTI, C. A. R. Parvovirose canina – revisão de literatura. Rev. Cient. Elet. 
de Med. Vet. a 7. n 12, jan. 2009. 
 
 
ALVES, A. R. Relato de caso: cuidados intensivos na gastroenterite hemorrágica em cão. 
BRASÍLIA 2013. 64 p. 
 
 
BALVEDI, L. E. et al. Protocolos terapêuticos utilizados no tratamento da parvovirose 
canina na Região Norte do Rio Grande do Sul. Getúlio Vargas. 20p. 2015. Disponível em: 
<https://www.ideau.com.br/getulio/mic/restrito/upload/projeto/arquivo_80.pdf>. Acesso em 
maio de 2018. 
 
 
BARBOSA, B. C. et al. Administração seriada de salina hipertônica 7,5% na terapia para sepse 
grave decorrente da síndrome da diarreia hemorrágica aguda em cães. Rev. Pesq. Vet. Bras. 
[S.I.]: v. 37, n. 9, p.963-970, set. 2017. 
 
 
______Corticoterapia em um cão com choque séptico não responsivo a vasopressores: Relato 
de caso. PUBVET. [S.I.]: v.12, n.3. p. 1-4, mar. 2018. 
 
 
CARVALHO et al. Potencial antiviral da quercetina sobre o parvovírus canino. Arq. Bras. 
Med. Vet. Zootec. v.65, n.2, p. 353-358, 2013. 
 
 
CAMARGO, P. L. et al. Evaluation of the therapeutic supplementation with commercial poder 
probiótic to puppies with hemorrhagic gastroenteritis. Rev. Semina: ciências agrárias. 
Londrina, v. 27, n. 3, p. 453-462, jul./set. 2006. 
 
 
CARCIOFI, A. C. Universidade Estadual Paulista - Jaboticabal. Departamento de Clínica e 
Cirurgia Veterinária, Serviço de Nutrição Clínica/FCAV. Dietas coadjuvantes no tratamento 
das doenças gastrointestinais: qual a mais indicada? São Paulo, 53 p., 2017. Disponível em: 
<http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/clinicacv/AULUSCAVALIERICARCIOFI/
nutricao-pacientes-gastrointestinais-reduzida-2016.pdf>. Acesso em: maio de 2018. 
 
 
SILVA, M. M. O. avaliação de métodos rápidos para o diagnóstico laboratorial da 
parvovirose e fatores relacionados à infecção em cães da zona sul da cidade do Rio de 
Janeiro e município de Duque de Caxias. 2010. 74 f. Dissertação (Mestrado em Clínica e 
Reprodução Animal) - Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 
2010. 
 
https://www.ideau.com.br/getulio/mic/restrito/upload/projeto/arquivo_80.pdf
http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/clinicacv/AULUSCAVALIERICARCIOFI/nutricao-pacientes-gastrointestinais-reduzida-2016.pdf
http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/clinicacv/AULUSCAVALIERICARCIOFI/nutricao-pacientes-gastrointestinais-reduzida-2016.pdf
35 
 
DAY, M. J. et al. Diretrizes para a vacinação de cães e gatos Compiladas pelo grupo de 
diretrizes de vacinação (VGG) da Associação Veterinária Mundial de Pequenos Animais 
(WSAVA). Journal of Small Animal Practice . [S.I.], v. 57. 50 p. Jan. 2016. 
 
 
DIBARTOLA, S. P. Anormalidades de fluidos, eletrólitos e equilíbrio ácido-base a clínica 
de pequenos animais. 3ª ed. São Paulo: Roca, 2007. 664 p. 
 
 
FERNANDES, P. C. C. et al. Viabilidade do uso de probióticos na alimentação de cães . 26 
p. 2012. 
Disponível: < http://www.vetnil.com.br/idiomas/wp-ontent/uploads/2012/05/viabilidade.pdf>. 
Acesso em 16 de mai. 2018). 
 
 
FERREIRA M. O. Diferentes Abordagens Terapêuticas em Cães com Parvovirose–
Caracterização do uso de Antibióticos . 2011. 110 f. Dissertação (Mestrado Integrado em 
Medicina Veterinária) - Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Técnica de Lisboa, 
Lisboa, 2011. 
 
 
FLORES, E. F. Virologia veterinária: virologia geral e doenças viricas . 2.ed. Santa Maria - 
RS: ed. da UFSM, 2012. 1008 p. 
 
 
______. Virologia veterinária. 1 ed.- Santa Maria - RS: ed. da UFSM, 2007. 888p. 
 
 
FRADE M. T. S. Doenças do sistema nervoso central e infecções oportunistas 
diagnosticadas em cães no laboratório de patologia animal do hospital veterinário/UFCG, 
Patos, Paraíba. 2016. 80 f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) - Centro de Saúde e 
Tecnologia Rural Campus de Patos-PB, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, 2016. 
 
 
GERMAN, A. J, MADDISON, J. E.; GUILFORD, G. Medicamentos de ação gastrointestinal. 
In: MADDISON, J. E.; PAGE, S. W.; CHURCH, D. B (Org.). Farmacologia clínica de 
pequenos animais. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2010. p.462-469. 
 
 
GREENE C. E.; DECARO N. Canine Viral Enteritis. In: GREENE, C. E (Org.). Infectious of 
the dog and cat. 4 ed. St. Louis: Saundrers Elsevier. 2012. p. 67-79. 
 
HOSKINS J. D. Doenças virais caninas. In: ETTINGER, S. J., FELDMAN, E. C (Org.). 
Tratado de medicina interna veterinária: doenças do cão e do gato. 5ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan. 2014. vol. 1, p. 440-444. 
 
 
ISOLA, J. G. M. P.et al. Estudo da incidência de SIRS, sepse, sepse grave e choque séptico, 
diagnosticados no atendimento de emergência em cães hospitalizados com gastroenterite. Rev. 
http://www.vetnil.com.br/idiomas/wp-ontent/uploads/2012/05/viabilidade.pdf
36 
 
de Educ. Cont. em Med. Vet. e Zoot. do CRMV-SP, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 12 – 17, 2014.JERICÓ, M. M.; KOGIKA, M. M.; NETO, J. P. A. Tratado de medicina interna de cães e 
gatos. 1 ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. 7047 p. 
 
 
JUDGE P. R. Management of the Patient with Canine Parvovírus Enteritis. Nova Zelândia: 
Vet Education Pty Ltd. 2015. 7p. 
 
 
KELMAN, M. Parvovirus Diagnosis and Treatment in Outbreaks and Epidemics , 2015, 
p. 06. Disponível em: 
<http://www.ava.com.au/sites/default/files/AVA_website/ASAVA/Parvovirus%20Diagnosis
%20and%20Treatment%20in%20Outbreaks%20and%20Epidemics_0.pdf>. Acesso em: 10 
de abril de 2018. 
 
 
LARA, V. Parvovirose canina. Rev. Cães e Gatos. n.86, a. 14. dez de 2000. 
 
 
LIMA, S. P. et al. Relato de caso: acupuntura associada ao tratamento convencional em cães 
com diagnóstico de parvovirose. Rev. de Educ. Cont. em Med. Vet. e Zoot. do CRMV-SP, 
v. 11, n. 2, 2013. 
 
 
LOBINHO, C.; NETO, M. R; BRANDÃO, M. Parvovirus canino. Évora, 2005. Disponível 
em: http://home.uevora.pt/~sinogas/TRABALHOS/2004/Parvo.htm. Acesso em julho de 
2018. 
 
 
LOPES, F. A. Resposta imune ao parvovírus canino tipo 2 (CPV-2) em hidrogel de 
quitosana administrado via sublingual. 2012. 85 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de 
Fermentações) - Faculdade de Ciencias Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 
2012. 
 
 
MACLACHLAN, N. JAMES; DUBOVI, E. J. Fenner's Veterinary Virology. [S.I.], 5 ed.: 
Elsevier Inc. 2016, 602 p. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/topics/veterinary-
science-and-veterinary-medicine/canine-parvovirus>. Acesso em 13 de mai. de 2018. 
 
 
MELO, V. V.; DUARTE, I. P.; SOARES, A. Q. Guia Antimicrobianos.1.ed. Goiânia, 2012. 
57 p. 
 
MENSACK, S. Parvovirus—therapeutic options (Proceedings). San Diego. 2010. 
Disponível em: <http://veterinarycalendar.dvm360.com/parvovirus-therapeutic-options-
proceedings?id=&sk=&date=&pageID=2>. Acesso em: 15 de mai. de 2018. 
 
http://home.uevora.pt/~sinogas/TRABALHOS/2004/Parvo.htm
https://www.sciencedirect.com/topics/veterinary-science-and-veterinary-medicine/canine-parvovirus
https://www.sciencedirect.com/topics/veterinary-science-and-veterinary-medicine/canine-parvovirus
http://veterinarycalendar.dvm360.com/parvovirus-therapeutic-options-proceedings?id=&sk=&date=&pageID=2
http://veterinarycalendar.dvm360.com/parvovirus-therapeutic-options-proceedings?id=&sk=&date=&pageID=2
37 
 
MIRANDA, C.I. S. Canine parvovirus: the characterization of field infections in Portugal. 
2016, 216 f. Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Instituto de Ciências Biomédicas 
Abel Salazar, Universidade do Porto, Portugal, 2016. 
 
 
MONTEIRO, Kyssia et al. Caracterização viral e aspectos clínicos de parvovirose em cães 
naturalmente infectados no Estado de São Paulo. Rev. Pesq. Vet. Bras., [S.I.]: v. 36, n. 12, p. 
1181-1185, dez. 2016. 
 
 
MORAILLON, R. et al. Manual elsevier de veterinária: diagnóstico e tratamento de cães, 
gatos e animais exóticos. 7 ed. Elsevier Masson: 2013. 2111 p. 
 
 
OLIVEIRA E. C. et al. Análise imuno-histoquímica de cães naturalmente infectados pelo 
parvovírus canino. Rev. Pesq. Vet. Bras., [S.I.]: v. 29 n. 2, 2009. 
 
 
OLIVEIRA J.; PALHARES M. S.; VEADO J. C. C. Nutrição clínica em animais 
hospitalizados: da estimulação do apetite à nutrição parenteral. Rev. da FZVA. Uruguaiana, 
v.15, n.1, p. 172-185, 2008. 
 
 
OLIVEIRA, T. C. et al. Choque hipovolêmico hemorrágico em cães - Revisão de Literatura. 
Rev. Ciên. Vet. Saúde Pub. v. 2, n. 1, p. 053-065, 2015. 
 
 
PAES A.C. Parvovirose Canina. In: MEGID, J.; RIBEIRO, M. G.; PAES, A. C (Org.). Doenças 
infecciosas em animais de produção e de companhia. 1 ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016. p. 
768-785. 
 
 
PEREIRA, C. A. T. D. Parvovirose Canina. In: ETTINGER, S. J., FELDMAN, E. C (Org.). 
Tratado de medicina interna veterinária: doenças do cão e do gato. 5 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2014. v. 2, p. 2420-2433. 
 
 
PEREIRA, F.L. et al. Avaliação comparativa de três testes laboratoriais para o diagnóstico da 
parvovirose canina. In: Congresso de Pesquisa em Saúde Animal e Humana, I, 2016. Londrina. 
Anais... Londrina: COPESAH, 2016. 3 p. 
 
 
PEREIRA, G. Q. et al. Uso de transplante de microbiota fecal em cão com diarreia crônica 
refratária ao tratamento com antibióticos: relato de caso. In: Congresso Brasileiro da 
ANCLIVEPA, 37, 2016. Goiânia. Anais...Goiânia: ANCLIVEPA, 2016. p. 16-22. 
 
 
PEREIRA, V. S. Cinética leucocitária na evolução clínica da parvovirose canina. 2011. 129 
f. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina Veterinária) - Faculdade de Medicina 
Veterinária. Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa. 2011. 
38 
 
PINTO, L. D. Detecção e caracterização de parvovírus canino e coronavírus canino. 2013, 
74 f. Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Faculdade de Veterinária. Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2013. 
 
 
PRATA, S. A. Modelo canino para sépsis: contribuição para a classificação e estratificação 
em doentes sépticos. 2017. 120 f. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina Veterinária) - 
Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2017. 
 
 
PRATELLI, A. et al. Canine parvovirus (CPV) vaccination: comparison of neutralizing 
antibody responses in pups after inoculation with CPV2 or CPV2b modified live virus vaccine. 
Clin Diagn Lab Immunol. [S.I.: s.n.], 2001, May, v. 8, n.3. 612–615p. 
RAMSEY, I. K; TENNANT, B.J. Manual de doenças infecciosas em cães e gatos. São Paulo: 
Roca, 2010. 308 p. 
 
 
RODRIGUES, B.; MOLINARI, B. L. D. Diagnosis and Treatment of Canine Parvovirosis: 
Literature Review. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. [S.I.: 
s.n.], v. 21, n.2, p.127-134. Dez.de 2017. 
 
 
SANTANA, R. B. Estudo retrospectivo de casos de gastrenterite hemorrágica em cães 
filhotes atendidos no Hvet - UnB. Brasília, 2016. 51p. 
 
 
SCHERAIBER M, et al. Uso de imunoglobulinas especificas da gema do ovo na nutrição de 
cães. Revista cientifica de Medicina Veterinária: pequenos animais e animais e animais de 
estimação. [S.I.], v.12, n. 41. p. 324-330. 2014 
 
 
SHERDING, R. G. Viroses intestinais. In: BICHARD, S.J.; SHERDING, R. G (Org.). Manual 
Saundrers clínica de pequenos animais. 3 ed. São Paulo: Roca, 2013. p.162-171. 
 
 
SIMMONS, J. P.; WOHL, J. S. Hypotension. In SILVERSTEIN, D. C.; HOPPER, K. Small 
Animal Critical Care Medicine . [S.I.], 2 ed. Saunders Elsevier, 2009. p. 27-30. 
 
 
SIQUEIRA, B. G; SCHMIDT, A. Choque circulatório: definição, classificação, diagnóstico e 
tratamento. Rev. Medicina. Ribeirão Preto. 2011, v. 36, p. 145-150, abr./dez. 2003. 
 
 
SOUZA, P. M. C. Prevalência e fatores de risco associados às parasitoses intestinais em 
cães e gatos de hospital veterinário e de cães do programa de controle de leishmaniose. 
2016. 98 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 
São Paulo, 2016. 
 
 
39 
 
TRENTINI, M.C. Choque. 2011. 20 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em 
Medicina Veterinária) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária e 
Zootecnia, Botucatu, 2011. 
 
 
VIEIRA, M. J. N. DE M. P. Parvovirose canina. 2011. 226 f. Tese (Doutorado em Ciências 
Veterinárias). 2011. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, 
Portugal, 2011. 
 
 
WILLARD, M. D. Distúrbios do trato intestinal. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G (Org.). 
Medicina interna de pequenos animais. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p 426-438. 
 
 
______Distúrbios do trato intestinal. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G (Org.). Medicina 
interna de pequenos animais. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. p. 455-489. 
 
 
ZACHARY, J. F. Mecanismos das infecções microbianas. In: ZACHARY, J. F.; MACGAVIN, 
M. D (Org.). Bases da patologia em veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p. 147-
241. 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO BACHAREL EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
FRANCISCA LÁZARA

Outros materiais