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Suplemento de reviSão • FÍSiCASuplemento de reviSão • FÍSiCA 21 TEMA Geradores, receptores e capacitores Além de resistores, os circuitos elétricos apresentam dispositivos que geram energia elétrica (geradores), armazenam cargas, bloqueiam corrente contínua (capacitores) e transformam a energia elétrica em trabalho útil (receptores). Agora, vamos revisar conceitos relativos a esses dispositivos, assim como os circuitos de várias malhas para os quais são necessárias as leis de Kirchhoff. Geradores Gerador elétrico é o aparelho que realiza a transforma- ção de uma forma qualquer de energia em energia elétrica. A potência elétrica total gerada (Potg) por um gerador é proporcional à intensidade da corrente i que o atravessa: Potg = E $ i Potd = r $ i 2 que é a equação do gerador. A razão entre a potência lançada e a total nos dá o rendimento do gerador: g = $ $ E i U i ] g = E U Um gerador ideal teria resistência interna nula, U = E e g = 100%. Associação de geradores Para atingir valores de ddp e corrente elétrica diferentes dos nominais, precisamos associar os geradores. Isso pode ser feito de dois modos, como exposto a seguir. Em série No caso de n geradores em série, a corrente que percor- re todos os geradores da associação é a mesma, e a fem equivalente (Es) é a soma das fems individuais. Es = E1 + E2 + E3 + ... + En rs = r1 + r2 + r3 + ... + rn Em paralelo Tal associação só é eficiente se todos os geradores forem idênticos. No caso de n geradores em paralelo, a corrente total se dividirá em partes iguais, mantendo-se a fem (Ep) constante. i1 = i2 = i3 = .... = in = i n Receptores Receptor elétrico é um aparelho capaz de transformar energia elétrica em outras formas de energia que não sejam exclusivamente energia térmica. Receptores fun- cionam quando estão ligados a um circuito onde existe pelo menos um gerador. Sendo Potf a potência elétrica fornecida ao receptor e i a intensidade de corrente elétrica que o atravessa, temos: Parte da potência elétrica fornecida ao receptor é dis- sipada internamente pela sua resistência interna re. Potf = Ue $ i Potu = Ee $ i Potd e = re $ i 2 A potência elétrica útil, isto é, a potência elétrica que não é convertida em energia térmica é dada por: A constante de proporcionalidade E é chamada de força eletromotriz (fem) do gerador. A potência elétrica útil, isto é, a potência elétrica lan- çada no circuito externo é dada por: em que U é a tensão entre os terminais do gerador. Uma parte da potência elétrica gerada é dissipada no interior do gerador pela sua resistência interna r: Potc = U $ i De Potg = Potc + Potd, vem: Ei = Ui + ri 2. Portanto, temos: U = E - ri Ep = E1 = E2 = E3 = .... = En rP = n r A constante de proporcionalidade Ee é chamada força contraeletromotriz (fcem) do receptor. 198198 PDF-ALTA-198-205-MPFSR-TM21-M.indd 198 7/31/15 11:25 AM i1 i2 i3 i4 i5 i1R1 E1 R3 R2 A CB F DE i3 i2 E2 1 2 12 tema 21 • Geradores, receptores e capacitores De Potf = Potu + Poted, vem: U $ i = E $ i + r $ i 2. Portanto, temos: U = Ee + re $ i Circuitos simples. Lei de Pouillet Se o circuito simples for constituído de geradores, receptores e resistores, a intensidade da corrente elétrica será dada por: em que IE é a soma das fem, IEe é a soma das fcem e IR é a soma das resistências internas dos geradores, dos recep- tores e dos resistores do circuito. Essa fórmula constitui a lei de Pouillet para circuitos simples (todos os elementos em série) constituídos de geradores, receptores e resistores. Leis de Kirchhoff Recorre-se às leis de Kirchhoff quando o circuito elétrico não pode ser reduzido a um circuito simples. São necessárias para a obtenção de correntes em circuitos com diversas malhas. Em essência, refletem a conservação de energia e a conservação de cargas elétricas no interior do circuito. Lei dos nós Um nó é um ponto do circuito onde se cruzam pelo menos três fios. A soma das intensidades de corrente elétrica que che- gam a um nó é igual à soma das intensidades de corrente que dele saem. i = E E I I I R e- A razão entre a potência útil e a total nos dá o rendi- mento do receptor: g = U E e e Iientram = Iisaem Figura 1 A soma das correntes que chegam a um nó (i1 e i2) deve ser igual à soma das correntes que dele saem (i3, i4 e i5). i1 + i2 = i3 + i4 + i5 No caso do trecho de circuito destacado na figura 1, a lei dos nós pode ser escrita como: IU = 0 Lei das malhas Malha é o nome dado a qualquer trecho fechado de um circuito elétrico. Percorrendo uma malha em um certo sentido, até che- gar ao mesmo ponto de partida, a soma algébrica das ddps deve ser nula; portanto: Considere a figura 2: Figura 2 Na lei das malhas, escolhemos arbitrariamente sentidos para as correntes em cada ramo do circuito e sentidos de percurso em cada malha. Nesse caso escolhemos o sentido anti-horário em ambas as malhas. A lei das malhas resulta em: • Malha AFEBA R1 $ i1 - R3 $ i3 - E1 = 0 • Malha BEDCB R3 $ i3 + R2 $ i2 + E2 = 0 A lei dos nós, no ponto B, é expressa por: i2 = i1 + i3 Isso configura um sistema de três equações e três in- cógnitas. Esse sistema tem solução única, na qual todas as correntes elétricas são determinadas. Capacitores Um capacitor são pares de condutores denominados armaduras e eletrizados por indução. Uma armadura tem a mesma quantidade de cargas da outra, mas com sinais opostos. Em qualquer capacitor, há uma relação entre a capaci- tância C, a carga armazenada Q e a ddp entre as armaduras U, que é dada por: Capacitores eletrolíticos de alumínio. As armaduras são dois cilindros de raios diferentes, mas de mesmo eixo. Entre os cilindros, há uma camada de material dielétrico. C = U Q D av iD J . G r ee n e le c tr ic a l/ a la m y/ G lO W im aG es 199 PDF-ALTA-198-205-MPFSR-TM21-M.indd 199 7/31/15 11:25 AM Suplemento de reviSão • FÍSiCASuplemento de reviSão • FÍSiCA C = ¶0 $ d A A constante ¶0 é chamada de permissividade absoluta do vácuo e vale 8,8 $ 10-12 F/m. Associação de capacitores Em série A carga elétrica (Q) armazenada em todos os capacitores da associação é a mesma, e as ddps se somam. C 1 s = C 1 1 + C 1 2 + C 1 3 Em paralelo Na associação em pararelo, as cargas se somam, e a ddp é a mesma em todos os capacitores. Na figura 3, que representa três capacitores em série, a capacitância do capacitor equivalente é dada por: Figura 3 Associação de capacitores em série. O capacitor plano se torna mais eficiente quando a distância d entre as placas é bem pequena, e a área A de cada armadura é grande. Área A d 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1Q 2Q2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 E G G C1 C A B D 1Q 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 1Q 1Q 1Q 1Q 2Q 1Q 2Q 1Q 2Q C2 C3 U1 U2 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 1Q 2Q Cs U U 5 U11 U21 U3 U3 BA Capacitor equivalente 1 2 C1 C2 B (VB)A (VA) B (VB)A (VA) C3 Q1 Q2 Q3 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2 1Q 1Q 1Q 2Q 1Q 1Q CP Q 5 Q11 Q21 Q3 Capacitor equivalente 1 2 G G U U Capacitor plano Consiste em duas armaduras planas de área A, paralelas, carregadas com cargas +Q e -Q, separadas por certa distância d. A capacitância C é dada por: Figura 4 Associação de capacitores em paralelo. 200 PDF-ALTA-198-205-MPFSR-TM21-M.indd 200 7/31/15 11:25 AM tema 21 • Geradores, receptores e capacitores Cp = C1 + C2 + C3 Energia potencial armazenada no capacitor O gerador, ao carregar o capacitor, forneceu-lhe energia potencial elétrica. Há três expressões equi- valentes para o cálculo da energia potencial, e a preferência por uma delas dependerá das grandezas do capacitor (Q, C ou U) que estejam disponíveis no enunciado do problema: W = C Q 2 2 = QU 2 = CU 2 2 Na figura 4, que representa três capacitores em paralelo, a capacitância do capacitor equivalente é dada por:NO VESTIBULAR 1 (Fatec-SP) Num laboratório de Física, o professor en- trega aos seus alunos 2 pilhas e um multímetro e pede que eles obtenham, através do multímetro, a tensão elétrica de cada uma das pilhas. Os alunos, ao fazerem a leitura, anotam os seguintes resultados: PILHA 1: V1 = 1,54 volts e PILHA 2: V2 = 1,45 volts. Na sequência, o professor pede que coloquem as pi- lhas associadas em série corretamente e que façam novamente a medida, porém alguns alunos procedem de maneira errada, associando os polos positivos, conforme figura a seguir. 12 1 Associação correta Associação incorreta 12 2 12 1 21 2 A leitura das medidas feita pelos alunos que associa- ram corretamente as pilhas e por aqueles que as asso- ciaram incorretamente foi, respectivamente, em volts: a) 1,50 e zero b) 2,99 e zero c) 2,99 e 0,05 d) 3,00 e 0,09 e) 2,99 e 0,09 2 (Uesc-BA) Considere um circuito elétrico constituído por duas baterias de forças eletromotrizes ¶1 = 20,0 V e ¶2 = 8,0 V e de resistências internas iguais a 1,0 C, um resistor de resistência elétrica igual a 10,0 C, um amperímetro ideal A e um voltímetro ideal V. A 20 V 1 C 10 C 1 C8 V V Nessas condições, as leituras no amperímetro e no voltímetro são, respectivamente, iguais a: a) 2,4 A e 28,0 V b) 2,0 A e 18,0 V c) 1,2 A e 20,0 V d) 1,0 A e 19,0 V e) 0,8 A e 8,0 V 201 Quando associado corretamente, temos: E1 + E2 = 1,54 V + 1,45 V = 2,99 V Na forma incorreta: E1 + E2 = 1,54 V - 1,45 V = 0,09 V Alternativa e.E xe rc íc io 1 A bateria de maior fem será o gerador, enquanto a outra será um receptor. Utilizando a lei de Pouillet: i = I R E Ee- = 1 10 1 20 8 + + - ` i = 1 A O amperímetro está posicionado de modo a ler a corrente total no circuito. Logo, registra o mesmo 1 A. O voltímetro registrará a ddp na bateria: U = E - r $ i = 20 - 1 $ 1 ` U = 19 V Alternativa d. Ex er cí ci o 2 PDF-ALTA-198-205-MPFSR-TM21-M.indd 201 7/31/15 11:25 AM Suplemento de reviSão • FÍSiCA 3 (UFTM-MG) No circuito, com a chave desligada, o voltímetro mede 1,68 V. Ao se ligar a chave, fecha-se um circuito com um resistor de resistência 250 C e então o voltímetro passa a indicar o valor 1,50 V. Nessas condições, o valor da resistência interna da pilha é, em C, de: a) 6 b) 15 c) 25 d) 30 e) 108 4 (UFTM-MG) Uma bateria comum e uma recarregável estão ligadas a uma associação de resistores, confor- me indica o esquema. No mostrador do amperímetro, lê-se uma corrente elétrica de intensidade 2 A. 0,5 C 1,0 C 4,0 C 4,0 C0,5 C 12 V X A A B A Sabe-se que, nessas condições, a bateria recarregável opera no circuito como gerador, enquanto a pilha opera como receptor e que os resistores de 0,5 C re- presentam as resistências internas desses elementos. a) Calcule o valor da resistência de um resistor que, conectado aos pontos A e B, substitui os três re- sistores, sem alterar as características do circuito originalmente esquematizado. b) Determine o valor da força eletromotriz da bateria recarregável. 5 (Ufla-MG) No circuito elétrico abaixo, duas baterias estão ligadas em série entre os pontos A e B, mas com polaridade invertida; ambas alimentam os resistores R = 24 C e Rx. O voltímetro V indica 12 V. 1 C R = 24 C 2 C 24 V 6 V Rx + + – – A B V Calcule os itens a seguir: a) Corrente total fornecida pelas baterias. b) Corrente no resistor de 24 C. c) Valor da resistência Rx. V 6 (UFC-CE) Considere o circuito da figura a seguir. 4 ohm 6 ohm2 ohm I1 I2 I3 6 V 17 V6 V + ++ A B a) Utilize as leis de Kirchhoff para encontrar as cor- rentes I1, I2 e I3. b) Encontre a diferença de potencial VA - VB. 7 (UFBA) Dois estudantes se preparavam para o vestibu- lar e discutiam sobre associação de capacitores, como representada esquematicamente na figura. 1 2 12 V S1 C1 C2 S2 Um deles explicou que encontrou um resultado muito estranho, quando calculou a energia em uma asso- ciação de dois capacitores. O outro quis saber o que havia de estranho nos cálculos do colega e obteve a seguinte resposta: “Enquanto estava no laboratório da escola, peguei um capacitor de capacitância C1 = 6,0 jF e o carreguei através de uma bateria de 12,0 V, até que a tensão entre as placas medisse 12,0 V e, em seguida, desliguei-o da bateria e liguei-o a um outro capacitor descarregado, de capacitância C2 = 4,0 jF. Para isso, liguei primeiro a chave S1 e, depois, desliguei-a, ligando a chave S2. Medi, então, a tensão nos dois capacitores. Com os resulta- dos obtidos, calculei a energia inicial do capacitor C1 antes de ligá-lo no outro capacitor e, depois, a energia final de cada um deles. Comparando os resultados antes e depois de ligar o segundo capacitor, encontrei uma discrepância nos valores da energia elétrica total armazenada nos capacitores. Não consegui achar o meu erro!”. Os dois estudantes resolveram refazer os cálculos, partindo dos resultados obtidos experimentalmente no laboratório e também não conseguiram saber onde estava o problema. Considerando que não houve erro nas medidas do labo- ratório e sendo a energia potencial elétrica E = 2 1d n CU2 e a definição de capacitância C = q Ud n, calcule a energia na associação dos dois capacitores e apresente uma explicação qualitativa para os resultados. Para isso: • encontre a energia inicial do capacitor C1; • ache as energias dos dois capacitores; • compare os resultados, inicial e final das energias; • explique seus resultados de acordo com a Física. 202 PDF-ALTA-198-205-MPFSR-TM21-M.indd 202 7/31/15 11:25 AM tema 21 • Geradores, receptores e capacitores 203 i = r R E + = , r 250 1 68 + y U = E - r $ i ] 1,50 = 1,68 - r $ i x Resolvendo o sistema, encontramos os valores i = 0,006 A e r = 30 C. Alternativa d. Ex er cí ci o 3 a) Trata-se de um resistor equivalente à associação em paralelo dos resistores de 4 C em série com o resistor de 1 C; logo: Req = 1 + $ 4 4 4 4 + ` Req = 3 C b) i = r r R E E e e eq+ + - ] 2 = , , E 0 5 0 5 3 12 + + - ` E = 20 V Ex er cí ci o 4 a) Lei dos nós no ponto A: I1 + I2 = I3 Percorrendo a malha esquerda no sentido horário a partir do ponto A, temos: 6 - 4I2 + 2I1 - 6 = 0 E a malha direita no sentido horário, a partir do ponto A: 17 + 6I3 + 4I2 - 6 = 0 I1 + I2 = I3 2I1 - 4I2 = 0 4I2 + 6I3 = -11 -6I2 + 2I3 = 0 [-2 $ y + x] 4I2 + 6I3 = -11 ] ] y x ] 18I2 - 6I3 = 0 [-3 $ ] 4I2 + 6I3 = -11 22I2 = -11 ` I2 = -0,5 A Substituindo na equação x do sistema, temos: I1 = -1 A Da equação y, temos: I3 = -1,5 A Os sinais negativos indicam que os três sentidos escolhidos para as correntes precisam ser invertidos. b) VA - VB = 17 - 6 $ 1,5 VA - VB = 8 V Ex er cí ci o 6 a) Calculando a corrente no ramo da esquerda: UAB = E - Ee - (r + re) $ i ] 12 = 24 - 6 - (1 + 2) $ i ` i = 2 A b) UAB = R $ i ] 12 = 24 $ i ` i = 0,5 A c) Como o resistor de 24 C é percorrido por 0,5 A, o resistor Rx é percorrido por i = 2 A - 0,5 A = 1,5 A UAB = Rx $ i ] 12 = Rx $ 1,5 ` Rx = 8 C Ex er cí ci o 5 Com a chave S1 fechada e a S2 aberta, podemos obter a carga no capacitor C1, depois que este atingiu a mesma tensão da bateria. Da definição de capacitância, temos: C = U q d n ] 6 $ 10-6 = q 12 ` q = 72 $ 10 -6 C Portanto, a energia potencial elétrica inicial é dada por: E1 = 2 1c m CU2 = 2 1c m $ (6 $ 10-6) $ (12)2 ` E1 = 4,32 $ 10-4 J Com a abertura da chave S1 e o fechamento da chave S2, temos os capacitores C1 e C2 em paralelo cuja capacitância equivalente é dada por: Ceq. = C1 + C2 = 6,0 jF + 4,0 μF = 10 jF Na associação em paralelo, as cargas são iguais, e a nova tensão Ue entre os capacitores será: Ceq. = U q ed n ] 10 $ 10 -6 = $U 72 10 e 6- ` Ue = 7,2 V A energia total é a soma da energia de cada capacitor, portanto: E2 = 2 1c m C1Ue2 + 2 1c m C2Ue2 ] ] E2 = 2 1c m $ (6 $ 10-6) $ (7,2)2 + 2 1c m $ (4 $ 10-6) $ (7,2)2 ` E2 = 2,59 $ 10 -4 J As energias são diferentes (E2 1 E1), pois parte da energiafoi dissipada durante o movimento das cargas elétricas nos fios de ligação. Ex er cí ci o 7 PDF-ALTA-198-205-MPFSR-TM21-M.indd 203 7/31/15 11:25 AM Suplemento de reviSão • FÍSiCASuplemento de reviSão • FÍSiCA 8 (Unifal-MG) Os circuitos a seguir são formados por capacitores idênticos, associados de diferentes for- mas, conforme figura. Esses circuitos, designados por A, B e C, são todos submetidos à mesma diferença de potencial V. V A V B V C Considerando que UA, UB e UC são respectivamente as energias totais dos circuitos A, B e C, pode-se afirmar que: a) UC 2 UA 2 UB b) UA 2 UC 2 UB c) UA 2 UC 1 UB d) UC 1 UB 2 UA 9 (Uesc-BA) A figura representa um dos circuitos usados no flash de uma máquina fotográfica. 1 2 1,5 V 1,5 V 2,0 nF Flash Considerando-se os geradores como sendo ideais, após a análise do circuito, é correto afirmar que a ener- gia elétrica "despejada" sobre a lâmpada do flash, no instante em que é batida a fotografia, é igual, em nJ, a: a) 3,0 b) 6,0 c) 9,0 d) 18,0 e) 25,0 10 (Cefet-CE) Um capacitor de placas paralelas é carregado com uma carga elétrica q. A área das placas e a distância entre elas valem, respectivamente, A e d. O meio entre as placas é o vácuo, cuja permissividade elétrica vale ¶0. Figura 1 Figura 2 A d + + + + + – – – – – a) Calcule a energia potencial elétrica, armazenada no campo elétrico entre as placas na situação da figura 1. b) Mantendo uma das placas fixa, calcule o trabalho da força elétrica sobre a outra, para juntá-las com- pletamente, conforme a figura 2. c) Calcule o valor da força elétrica constante que a placa negativa exerce sobre a placa positiva. Obs: Os valores acima devem ser expressos em função de ¶0, q, d e A. Lembre-se de que a capacitância de um capacitor de placas paralelas, no vácuo, vale $¶ d A0 . 11 (UFC-CE) Dois capacitores desconhecidos são ligados em série a uma bateria de força eletromotriz ¶, de modo que a carga final de cada capacitor é q. Quando os mesmos capacitores são ligados em paralelo à mes- ma bateria, a carga total da associação é 4q. Determine as capacitâncias dos capacitores desconhecidos. 12 (UFSC) Considere o circuito da figura abaixo, onde estão associadas três resistências (R1, R2 e R3) e três baterias (E1, E2, E3) de resistência internas desprezíveis: R1 5 2 Ω R2 5 1 Ω R3 5 2 Ω E1 5 5 V E3 5 3 V E2 5 18 V 12 121 2 P Q Um voltímetro ideal colocado entre Q e P indicará: a) 11 V b) 5 V c) 15 V d) 1 V e) zero 13 (UFC-CE) Considere o circuito elétrico da figura a seguir. A chave S encontra-se inicialmente aberta e o capacitor encontra-se completamente descarregado. S 1 C 6 C6 C 2 jC 2 C 6 V R1 R2 R4R3 A soma das correntes no resistor de 2 C no instante em que a chave S é fechada e em um instante de tempo posterior, suficientemente longo para que o capacitor esteja completamente carregado, é: a) 1 A b) 2 A c) 3 A d) 4 A e) 5 A 14 (Ufla-MG) O circuito elétrico a seguir é composto por uma bateria ideal (r = 0), três resistores ôhmicos, um capacitor de capacitância 5 jF e uma chave CH entre os pontos A e B. 10 C 10 C 15 C 50 V + – A CH C B 5 jF Considere sempre o capacitor carregado plenamente. a) Mantendo a chave aberta, calcule o valor da corren- te elétrica que transita pelo ramo do circuito que contém o capacitor. b) Com a chave fechada, calcule a corrente total que a bateria fornece ao circuito. c) Ainda com a chave fechada, calcule a carga Q pre- sente no capacitor carregado. 204 PDF-ALTA-198-205-MPFSR-TM21-M.indd 204 7/31/15 11:25 AM tema 21 • Geradores, receptores e capacitores 205 Suponha que cada capacitor possua capacitância C. A capacitância equivalente do circuito A vale: Ceq. = $ C C C C 2 2 + = C 3 2 A do circuito B vale: Ceq. = C 3 Finalmente, a do circuito C vale 3C. Como a energia armazenada no capacitor é calculada por W = C2 2V , e V é fixo, quanto maior a capacitância, maior a energia. Logo, a sequência de circuitos, em ordem decrescente de energia total, será C, A e B. Alternativa a. Ex er cí ci o 8 No momento em que é batida a fotografia, o capacitor descarrega integralmente, liberando toda energia potencial acumulada. Essa energia vale: W = C2 2U = $ $2 2 10 39 2- ` W = 9 nJ Alternativa c. Ex er cí ci o 9 a) Energia potencial armazenada: W = qU 2 . Mas U = C q ] W = C q 2 2 ] ] W = ¶ d A q 2 0 2 = ¶ A q d 2 0 2 b) O trabalho da força elétrica corresponde à variação de energia potencial. Note que, pela expressão obtida no item a, a energia potencial é diretamente proporcional à distância entre as placas. Logo, a energia potencial final será zero. D = SW = 0 - $ $ ¶ A q d 2 0 2 = - $ $ ¶ A q d 2 0 2 c) ODO = F $ d ] $ $ ¶ A q d 2 0 2 = F $ d ] ] F = $¶ A q 2 0 2 Ex er cí ci o 10 Pela lei de Pouillet, temos: i = R R R E E E 1 2 3 2 1 3 + + - - = 2 1 2 18 5 3 + + - - ` ` j j ` i = 2 A Portanto: VQ - VP = E2 - R3i - E3 = 18 - 2 $ 2 - 3 ` VQ - VP = 11 V Alternativa a. Ex er cí ci o 12 1 C 6 C6 C 2 C 6 V R1 R2 R4R3 1 C 2 C 6 V R1 R2 Logo que a chave é fechada, o capacitor está descarregado, e a corrente vinda da bateria passará toda por ele, deixando os resistores R3 e R4 em curto-circuito. O circuito, nesse instante imediatamente posterior ao fechamento de S, pode ser representado como na figura ao lado: Assim, a corrente inicial no resistor de 2 C vale: i = R R E 1 2+ = 2 1 6 + ` i = 2 A Após o carregamento total do capacitor, a corrente através daquele ramo cessa, e o circuito funciona como se ele não existisse. A nova corrente vale: i = 2 1 3 6 + + ` i = 1 A Portanto, a soma das correntes no resistor é igual a: 2 A + 1 A = 3 A Alternativa c. Ex er cí ci o 13 Se os capacitores são ligados em série, as cargas em cada armadura são iguais. Ceq. = U Q ] $ C C C C 1 2 1 2 + = ¶ q y Na associação em paralelo, as capacitâncias se somam, enquanto a ddp se mantém: Ceq. = U Q ] C1 + C2 = ¶ q4 x Substituindo x em y, resulta que: C1 $ C2 = ¶ q4 2 2 Isolando C2 e substituindo de volta em x: C1 + $¶ C q4 2 1 2 = ¶ q4 ] ] C 21 - ¶ q4 $ C1 + ¶ q4 2 2 = ¶C q2 1 2 -d n = 0 ] C1 = ¶ q2 Retornando à equação x, obtemos: C2 = ¶ q2 Ex er cí ci o 11 a) Como o capacitor está carregado, o resistor de 10 C sobre o ponto A não é operacional. A corrente no ramo que contém o capacitor é zero. b) Com a chave fechada, os dois resistores de 10 C estão em paralelo, e a associação está em série com o resistor de 15 C. Req. = $ 10 10 10 10 + + 15 ` Req. = 20 C Logo, a corrente total que a bateria fornece ao circuito vale: E = Req. $ i ] 50 = 20 $ i ` i = 2,5 A c) A ddp entre as placas do capacitor vale: U = 15 $ 2,5 ` U = 37,5 V Q = CU = 5 $ 10-6 $ 37,5 ` Q - 1,9 $ 10-4 C Ex er cí ci o 14 PDF-ALTA-198-205-MPFSR-TM21-M.indd 205 7/31/15 11:25 AM PDF-baixa-198-205-MPFSR-TM21-M
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