Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CETEP SANTA RITA DE CÁSSIA Curso: Técnico em Administração - Módulo III Prof.ª: Adriana Disciplina: Administração Financeira (2) A administração financeira é o conjunto de ações que envolvem o controle, planejamento e análise de todas as movimentações financeiras de uma empresa, residência ou conta bancária. Este tipo de administração permite que o investimento de capital seja realizado de maneira mais racional e otimizada, gerando lucro e economia. O principal objetivo da administração financeira é otimizar e ampliar os resultados da empresa por meio da geração de lucro e do aumento do patrimônio financeiro. Trata-se de uma medida que proporciona uma constante análise e avaliação do fluxo de entrada e saída de capitais, promovendo estabilidade financeira e crescimento dos negócios. A administração financeira pode ser destrinchada em algumas ações, são elas: análise, planejamento financeiro, promoção da boa utilização de recursos financeiros, análise de crédito, avaliação do fluxo de caixa e acompanhamento dos prazos. Com essas ações, o responsável pela administração financeira se torna capaz de tomar algumas decisões relacionadas ao dinheiro, escolher os melhores investimentos e avaliar os retornos obtidos. Em uma empresa, a administração financeira deve ter autonomia para tomar algumas decisões, especialmente no que diz respeito ao orçamento, à estrutura do capital e à administração do capital de giro. Uma boa administração financeira é a chave para a solidez da empresa. A Administração Financeira enquanto ciência pode ser subdividida em três grandes segmentos: Contabilidade, Finanças Corporativas, Finanças Pessoais e Mercado Financeiro. O que é o Mercado Financeiro? Mercado financeiro é, por definição, um ambiente de compra e venda de valores mobiliários (ações, opções, títulos), câmbio (moedas estrangeiras) e mercadorias (ouro, produtos agrícolas). Nessas negociações, estão envolvidas diversas instituições, que facilitam o encontro entre agentes e regulam e fiscalizam as transações. No mercado financeiro, o investidor é aquele que dispõe de dinheiro sobrando e que deseja multiplicá-lo. Os caminhos para isso são diversos, mas partem da mesma premissa: a verba é destinada a uma aplicação que oferece valorização de acordo com diretrizes acordadas entre as partes. Na renda fixa, por exemplo, o investidor pode projetar o rendimento na hora do investimento: ele saberá se o dinheiro vai se valorizar de forma prefixada, com um juro anual definido, pós-fixada, atrelada a um indicador, ou híbrida, pagando um juros fixo mais a variação de um índice de preços. Já na renda variável, por outro lado, não há uma garantia de retorno. Um investimento em ações de uma empresa na bolsa de valores pode se valorizar ou desvalorizar, dependendo do interesse do mercado. Mas se por um lado há investidores, o que há na outra ponta do mercado financeiro? Os tomadores de recursos. Eles são as empresas, instituições ou pessoas que querem captar dinheiro para diversos fins, como pagamento de dívidas, financiamento de maquinário, entre outros. O mercado financeiro permite o devido fluxo da economia. Quer um exemplo prático? Digamos que você invista R$ 10.000,00 em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) em um banco. Como contrapartida, você receberá, ao vencimento do título, juros prefixados de 10,3% ao ano. Então outra pessoa procura a mesma instituição financeira para solicitar um financiamento de R$ 10.000,00 para cobrir parte do valor de um automóvel que ela está comprando. O que acontece? O banco empresta esse dinheiro cobrando uma taxa superior àquela que está pagando para o investidor. Assim, duas pontas da economia foram conectadas pelo mercado financeiro. Essas instituições intermediárias facilitam, portanto, o encontro entre os tomadores e os investidores. Para isso, claro, o intermediário cobra uma taxa sobre as operações. A seguir, vamos entender em detalhes como funciona o mercado financeiro e como você pode fazer proveito desse conhecimento para investir melhor. Como funciona? Como vimos, o mercado financeiro funciona de forma a aproximar agentes, como um investidor e um tomador de recursos. Eles não precisam conversar ou estabelecer contato entre si, pois essa ponte é feita através de aplicações da própria instituição financeira. Dessa forma, você pode investir seu dinheiro aplicando em um CDB e acabar fornecendo o capital necessário para que a instituição financeira ofereça um empréstimo a um empresário que precisa de capital de giro para o seu negócio. Assim, o resumo é que quem possui recursos em excesso empresta para quem sofre com sua falta (e demonstra capacidade de pagar). Para normatizar o mercado, existem diversos órgãos importantes, entre eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). Eles dão as diretrizes operacionais a partir das quais as instituições financeiras se baseiam. E quando falamos em “mercado” ou “mercado financeiro”, não se trata apenas de títulos de renda fixa ou de ações na bolsa. Veja como o mercado financeiro é dividido: ▪ Mercado de crédito: trata dos empréstimos bancários. É o mercado que você acessa ao solicitar um financiamento ou usar o cheque especial. ▪ Mercado aberto: cuida das empresas com capital aberto, ou seja, que negocia suas ações através da bolsa de valores, que regula a oferta e a demanda pelos papéis das companhias. ▪ Mercado de câmbio: é a plataforma de negociação de moedas estrangeiras da relação justa entre as moedas dos países. https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/acoes/tudo-sobre-acoes/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/cdb-ou-poupanca/ Principais instituições do mercado financeiro Banco Central do Brasil Criado no fim de 1964, o Banco Central do Brasil, também chamado de Bacen, BC ou BCB, é uma autarquia do Sistema Financeiro Nacional, vinculada ao Ministério da Fazenda. É a principal instituição financeira do país. Cumpre a função de depositário do Tesouro Nacional e muitas outras. Confira: ▪ Reservas cambiais do país (em ouro e em dólar) ▪ Monitoramento e supervisão do sistema financeiro nacional ▪ Emissão de papel-moeda e moeda metálica ▪ Definição do controle de moeda nacional e estrangeira no país e regulação das taxas de juros ▪ Provisionamento de liquidez e assistência para membros do sistema financeiro para garantir o equilíbrio do mercado. Comissão de Valores Mobiliários A Comissão de Valores Mobiliários busca fiscalizar o mercado de valores mobiliários, restringindo e punindo instituições que descumprem as diretrizes estabelecidas. Instituições financeiras Instituições financeiras são os bancos comerciais, corretoras, bancos de desenvolvimento, cooperativas de crédito, sociedades de financiamento, sociedades corretoras, bancos de investimento, entre outras. Subdivisões do mercado financeiro O mercado financeiro pode ser subdividido da seguinte forma: Mercado de Capitais O Mercado de capitais trata de títulos, ações e derivativos em bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras. Quando você investe em uma LCI ou LCA de um banco de investimentos, está aplicando no mercado de capitais. Quando compra um lote de ações na bolsa de valores, também. Mercado de Crédito O mercado de crédito é onde são negociados os recursos de curto, médio e longo prazo para pessoas e empresas que buscam capital para capital de giro ou consumo. O Banco Central é o responsável por controlar e normatizar esse mercado e, através do Conselho de Política Monetária, dita os juros básicos da economia, que se refletem nos empréstimos. Mercado de Câmbio O mercado de câmbio é onde ocorre a troca de moeda de uma nação pela moeda de um outro país. Quando você vai viajar para os Estados Unidos e quer comprar dólarpara garantir suas compras ou um passeio na Disney, está atuando no mercado de câmbio. Mercado Monetário O mercado monetário é onde são realizados os empréstimos de curto prazo, com vencimentos inferiores a um ano. A negociação se dá principalmente através de títulos do Tesouro. O Banco Central e as instituições financeiras são os agentes desse mercado. Tipos de investimentos O mercado financeiro oferece basicamente dois tipos de investimento, a renda fixa e a renda variável. Ambas são bastante interessantes e não devem ser descartadas pelo investidor. No Brasil, a renda fixa tem muito maior adesão do que a variável. E a campeã de aplicações ainda é a poupança. Renda Fixa Renda fixa é o tipo de investimento que oferece uma base de projeção ou o cálculo do retorno exato antes da aplicação. Títulos assim podem ter rendimento prefixado, com um juro anual definido, pós-fixado, atrelado a um indicador como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário, referência de rentabilidade), ou híbrido, com um juro fixo mais a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, considerado a inflação oficial do país). São exemplos de renda fixa boa parte das aplicações que você conhece, como a poupança, o CDB (Certificado de Depósito Bancário), a LCI/LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio), Tesouro Direto, debêntures, LC (Letra de câmbio), entre outros. Renda Variável A renda variável ainda é pouco explorada pelo investidor pessoa física no Brasil. Em mercados mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, a ela representa fatia bem mais ampla dos investimentos. https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/o-que-e-liquidez/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/renda-fixa/tudo-sobre-lci-e-lca https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/tudo-sobre-cdi/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/ipca-o-que-e/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/tudo-sobre-tesouro-direto Exemplos de renda variável são ações, opções e derivativos na bolsa de valores, fundos de investimento de ações e multimercados, entre outros. Na comparação com a renda fixa, a variável acarreta maior volatilidade e maior risco de prejuízo, embora ofereça potencial de retornos mais elevados. Para quem está começando, é importante não alocar todas as suas reservas em renda variável. Procure saber o seu perfil de investidor, saber se esse tipo de investimento faz sentido para você e busque se informar primeiro e, se for o caso, destine, inicialmente, uma parcela pequena, como 5% ou 10%, para ações ou fundos. Agentes do mercado Confira abaixo quais são os principais agentes do mercado financeiro no Brasil: Emissores de títulos Na renda fixa, os emissores dos títulos podem ser o Tesouro (para os títulos públicos) ou instituições financeiras (para títulos privados). Analisando o risco, nesse caso, é fácil entender por que o Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro: você está colocando seu dinheiro em dívida do Governo Federal, que se compromete a pagar seu dinheiro de volta acrescido de juros. No caso dos títulos privados, o risco é maior, já que se trata de instituições privadas (bancos ou corretoras). Para aumentar a segurança dessas aplicações, há um mecanismo de proteção ao investidor chamado de Fundo Garantidor de Crédito, que garante o saldo de algumas aplicações (como CDB, LCI/LCA, poupança) em caso de quebra do emissor, para um limite de até R$ 250 mil. Para ter essa garantia, certifique-se se o produto que você tem interesse conta com essa proteção antes de investir. Bolsa de valores A bolsa de valores é uma plataforma de negociação de ações de empresas de capital aberto. No Brasil, a bolsa oficial se chama BMF& Bovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), desde 2008, quando ocorreu a fusão da Bolsa de Valores de São Paulo com a Bolsa de Mercadorias e Futuros. O investidor pode atuar no mercado à vista, comprando diretamente ações de empresas que considerar promissoras, ou optar por aplicar em fundos de investimento, nos quais o papel de alocação recai sobre o gestor, um profissional com larga experiência na área. Tomadores Tomadores de recursos são empresas ou indivíduos que precisam de capital (para fluxo de caixa, capital de giro, financiamento, etc) e estão dispostos a pagar juros pelo dinheiro. Investidores Investidores são pessoas físicas ou jurídicas que desejam multiplicar seu capital que está sobrando. Eles abrem mão da disponibilidade do recurso em um momento para colherem a valorização em um prazo previamente acertado na aplicação. Fundos de investimentos Fundos de investimentos são uma excelente maneira de ingressar no mercado financeiro, já que oferecem a chance de você diversificar aplicações sem ter grande conhecimento sobre o assunto. Em um fundo, você faz um aporte inicial, que é convertido em cotas, e depois espera esse dinheiro se valorizar. Existem quatro tipos de fundos considerando as classes de ativos, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais: renda fixa, ações, multimercados e cambiais. Fundo de renda fixa Tem foco em retornos por meio de investimentos em ativos de renda fixa (também são aceitos títulos sintetizados via derivativos), com estratégias que envolvam risco de juros e de índice de preços. São indicados para quem quer menor volatilidade e riscos bastante controlados, com alta liquidez. Fundo de ações Possui principalmente ativos de renda variável, como ações à vista, bônus ou recibos de subscrição, certificados de depósito de ações. No mínimo, 67% da carteira é alocada nessas aplicações. Fundo multimercado É o mais versátil dos fundos e oferece estratégias complexas, sem muitas restrições sobre as alocações em determinados ativos ou derivativos. https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/tudo-sobre-titulos-publicos https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/fundo-garantidor-de-credito/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/videos/fundo-de-investimento-btg-pactual-cambial/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/volatilidade-o-que-e Fundos cambiais Pelo menos 80% da carteira é destinada a ativos relacionados diretamente ou sintetizados, via derivativos, a moedas estrangeiras. É uma opção bastante atraente para quem possui contratos em moeda estrangeira e busca se proteger de oscilações do dólar ou do euro, por exemplo. Fundos de investimento da família Tesouro no BTG Pactual digital Ficou interessado em investir em fundos? O BTG Pactual digital possui uma família de fundos que investem prioritariamente em títulos do Tesouro. Esses fundos de investimentos aplicam recursos dos cotistas em títulos do Tesouro com variados vencimentos e rendimentos, com o objetivo de obter o melhor retorno para cada perfil de investidor. Com eles, em vez de pagar uma taxa de custódia anual de 0,3% no Tesouro Direto, você paga uma taxa de administração anual de 0,2%. Abaixo, você vai conhecer quatro fundos desse tipo: o IPCA Curto, o IPCA Longo, o IPCA Geral e o Tesouro Selic. IPCA significa Índice de Preços ao Consumidor e é medido mês a mês pelo IBGE. Ele é medido como um reflexo do custo de vida de famílias que possuem renda entre 1 e 40 salários mínimos, com base em 9 regiões metropolitanas do país. IPCA Curto O IPCA Curto mira a rentabilidade atrelada ao IPCA e coloca os recursos dos cotistas em títulos Tesouro IPCA com prazo de até cinco anos. É uma maneira acessível e prática de conseguir boa rentabilidade protegida de inflação, com alta liquidez. Liquidez financeira: D+1 (em um dia útil). Investimento mínimo: R$ 3.000,00. IPCA Longo O IPCA Longo busca a superação do índice IMA-B5+ e destina a maior parte do capital títulos Tesouro IPCA com prazo superiores a cinco anos. Ele oferece o rendimento do Tesouro atrelada ao IPCA e serve para quem quer se blindar da inflação. Liquidez financeira: D+2 (em dois dias úteis).Investimento mínimo: R$ 3.000,00. IPCA Geral O IPCA Geral tem o objetivo de proporcionar rentabilidade superior ao índice IMA-B, que representa o desempenho de uma carteira de títulos federais atrelados à inflação. A alocação dos recursos visa principalmente os títulos Tesouro IPCA com prazos variados. Serve para quem busca se proteger da inflação e garantir rentabilidade real. Liquidez financeira: D+2 (em dois dias úteis). Investimento mínimo: R$ 3.000,00. Tesouro Selic O fundo Tesouro Selic investe em títulos Tesouro Selic, ou seja, na taxa de juros definida pelo Banco Central. É o mais indicado para o perfil conservador. Aqui você pode resgatar seu dinheiro a qualquer momento e não precisa se preocupar com a volatilidade. Liquidez financeira: D+0 (no mesmo dia). Investimento mínimo: R$ 3.000,00. Ao considerar a opção de investir em fundos, é preciso lembrar como funciona o recolhimento do Imposto de Renda nesse tipo de aplicação. Nesse caso, existe um elemento de nome curioso, o “come-cotas”, que faz a antecipação do recolhimento do IR a cada semestre. O que acontece, portanto: há o pagamento da alíquota mínima, de 15% sobre o rendimento, no fim de maio e no fim de novembro, em vez de um pagamento apenas no resgate. Gostou dessas opções? Então conheça mais sobre o BTG Pactual digital. Conclusão Compreendeu melhor como funciona o mercado financeiro? A chave aqui é entender que o poder do mercado está com quem detém o dinheiro: o investidor pode se valor das necessidades de recursos de terceiros para fazer o seu capital aumentar. Então, se você valoriza o seu trabalho e não quer perder todo o esforço em uma aplicação que mal consegue superar a inflação (como a poupança), é bom ir atrás de mais conhecimento sobre o mercado financeiro e suas principais aplicações. Não esqueça: em 2015, quem manteve o dinheiro na poupança perdeu 2,28% de seu poder de compra. Em 2016, o ganho real (valorização menos a inflação) ficou em apenas 1,9%. https://www.btgpactualdigital.com/blog/noticias/btg-pactual-digital-amplia-oferta-de-fundos/ https://www.btgpactualdigital.com/investimentos/fundos-de-investimento/detalhe/70821/btg_pactual_tesouro_ipca_curto_fi_rf https://www.btgpactualdigital.com/investimentos/fundos-de-investimento/detalhe/353888/btg_pactual_tesouro_ipca_longo_fi_rf https://www.btgpactualdigital.com/investimentos/fundos-de-investimento/detalhe/104689/btg_pactual_tesouro_ipca_geral_fi_rf https://www.btgpactualdigital.com/investimentos/fundos-de-investimento/detalhe/98370/btg_pactual_tesouro_selic_fi_rf https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/volatilidade-o-que-e/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/imposto/come-cotas-o-que-e/ https://www.btgpactualdigital.com/blog/institucional/conheca-o-btg-pactual-digital/ E mesmo com a perspectiva de redução da Selic, a poupança não tende a ganhar nem das piores aplicações de renda fixa. Enquanto isso, há no mercado títulos de renda fixa que pagam a variação da inflação e mais de 5%ao ano. Por isso, o quanto antes, comece a planejar as suas finanças pessoais para dar os primeiros passos de investimentos de verdade. Nesse diagnóstico financeiro, é hora de se perguntar o seguinte: ▪ Quanto você tem de rendimentos mensais? ▪ Qual é a estabilidade desses ganhos? ▪ Quais são seus custos por mês? ▪ Quais são as despesas em 12 meses, incluindo um percentual (como 15%) para imprevistos? De posse desses números, você deve estabelecer a sua estratégia de investimentos. Ela começa, com essa definição, em uma alocação de recursos em um colchão financeiro que sirva de reserva de emergência. O que significa isso? Trata-se de aplicações de alta liquidez (isto é, facilmente conversíveis em dinheiro, sem perda de valor), nas quais você manterá pelo menos quatro ou cinco meses de custo de vida. Assim, você estará protegido para emergências e eventualidades e não terá problemas para recuperar seu dinheiro alocado em investimentos de longo prazo. Por que é importante essa diferenciação de prazos? Porque é no longo prazo que estão os melhores retornos. Faça o teste: vá na seção de títulos de renda fixa do BTG Pactual digital e veja quais são os papéis que oferecem as melhores taxas. Viu? São aqueles com prazo de vencimento mais longo. Além de retornos expressamente maiores, eles também oferecem um benefício oculto: uma alíquota menor de Imposto de Renda a partir de 720 dias de prazo para as aplicações com incidência desse tributo. Isso porque a tabela do IR segue um esquema regressivo, que começa em 22,5% para aplicações inferiores a 180 dias e cai para 15% em aplicações superiores a 720 dias. Então, vamos lá: primeiro, providencie um colchão financeiro, para garantir sua liquidez. Nesse portfólio de curto prazo, podem constar Fundos DI, como aquele fundo Tesouro Selic apresentado no tópico anterior, títulos de CDB com vencimentos de um mês ou três meses e aplicações em LCI/LCA com prazos de até um ano. Depois, mire os títulos mais longos para captar a melhor valorização possível para o seu dinheiro. Identifique o seu perfil de investidor para saber se os exemplos de produtos que mencionamos aqui fazem sentido para você. E não custa lembrar: fique longe da poupança. https://www.btgpactualdigital.com/investimentos/renda-fixa/produtos O conceito de finanças corporativas Todas as decisões financeiras tomadas pelas empresas, assim como as análises e ferramentas utilizadas para essas tomadas de decisão, estão inseridas dentro da área de finanças corporativas. Entre os objetivos desse campo de conhecimento e dos profissionais que atuam nele, está maximizar o valor de uma empresa para seus acionistas. Além, é claro, de administrar com eficiência todos os riscos envolvidos na administração financeira de um negócio. Isso levará a corporação a alcançar os melhores resultados. Principais terminologias As finanças corporativas têm algumas terminologias próprias. Para compreender os conceitos fundamentais da área, é essencial saber quais são. Além de aplicá-las no seu dia a dia de trabalho como contador. Veja abaixo: Ciclo Econômico O ciclo econômico compreende o período em que o produto ou bem que será vendido permanece no estoque até sua venda. É equivalente ao Prazo Médio de Estoque (PME). Ciclo Operacional É o período entre a data da compra e a data do recebimento do valor obtido com a venda do produto. Para calcular o ciclo operacional, é preciso somar o ciclo econômico com o Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMR). Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa Período entre a data do pagamento de uma compra até a data do recebimento da venda da mercadoria. Calcule o ciclo financeiro ou de caixa subtraindo o ciclo operacional do Prazo Médio de Pagamento (PMP). Giro de Caixa O giro de caixa é o resultado da divisão do ciclo de caixa ou financeiro por 360 dias. Esse é o chamado ano comercial. Custos, despesas ou investimentos? Depois de conhecer o conceito e algumas das principais terminologias das finanças corporativas, o ponto essencial para quem quer compreender o básico sobre o assunto é saber como diferenciar o que é custo, despesa ou investimento. Apesar de, à primeira vista, parecerem termos similares, na prática, são bem diferentes para uma empresa. Entenda o que quer dizer cada um deles: Custos São considerados custos todos os gastos que são feitos pela empresa na aquisição de bens e/ou serviços que são usados na produção de outros bens e/ou serviços. A compra de uma matéria-prima, por exemplo, é considerada um custo para a empresa. Também entram nesta categoria salários, encargos e benefícios pagos para o quadro de funcionários de chão de fábrica e aluguel do espaço em que a fábrica funciona. A depreciação de máquinas e equipamentos usados na produção também entra na categoria custos. Tendo isso em mente, é importante entender que os gastos que não estão diretamente relacionados à produção, não devem ser chamadosde custos. Despesas Se os custos estão relacionados à produção, as despesas são aqueles gastos que a empresa tem para manter sua estrutura organizacional e, também, para ter receitas. Aluguel do escritório; seguro do escritório; salário, encargos e benefícios pagos para os funcionários administrativos; comissões de venda e luz, água e gás consumidos pelo escritório. Todos esses, por exemplo, são considerados despesas. Investimentos São considerados investimentos todos os gastos ou aplicações de recursos que são feitos com a expectativa de, no futuro, ter algum retorno financeiro. Os gastos que a empresa tem com a aquisição de bens patrimoniais, como instalações e máquinas, por exemplo são considerados investimentos. A compra de um imóvel para ser a sede da empresa também é considerada investimento. Tenha em mente que custos, despesas e investimentos são tipos de gastos. Conceitualmente, para as finanças corporativas, pode ser considerado um gasto toda a compra de produto ou serviço que gere sacrifício financeiro para a empresa (desembolso). Esse sacrifício é feito por conta da entrega – ou, então, da promessa de entrega – de ativos, geralmente dinheiro. É muito importante não confundir gasto com desembolso, que é toda saída de dinheiro do caixa corporativo ou das contas bancárias do negócio. São exemplos de desembolso: pagamentos feitos a fornecedores; pagamentos de contas de consumo, como água, luz, gás, etc. Como exemplos de gastos pode-se citar as matérias-primas que são usadas no processo produtivo, a água utilizada na área de produção de bens que serão vendidos, etc. Além de custo, despesa e investimento, há, ainda, a perda, que é o gasto que a companhia realiza quando um serviço ou bem tem consumo que foge do normal. Por exemplo, em casos de incêndios, greves, inundações, desmoronamentos e similares. Como elaborar um plano de contas eficiente? Parte importante da área de finanças corporativa de uma empresa, é o plano de contas. A ferramenta, que também é conhecida como estrutura de contas, é, em linhas gerais, uma lista com todas as contas que são essenciais para que a companhia registre todas as movimentações financeiras e econômicas, assim como os eventos que ocorrem em suas operações e atividades. Entre os itens que não podem faltar em um plano de contas estão, por exemplo, despesas operacionais, que compreende despesas administrativas (água, aluguel, telefone, energia elétrica, etc). Gastos com pessoal (benefícios, encargos, salários, etc). Manutenção e limpeza (serviços de limpeza, serviços de manutenção, etc). Materiais (materiais de limpeza, materiais de escritório, etc). Elaborar um plano de contas que seja realmente eficiente é essencial para a gestão financeira da empresa. Esta ferramenta é que irá nortear os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos do negócio. Além disso, o plano servirá como base na hora de elaborar as demonstrações contábeis da companhia. Como o Demonstrativo de Fluxo de Caixa, Demonstrativo de Resultados do Exercício e Balanço Patrimonial. Um ponto de atenção é que, obrigatoriamente, o plano de contas deve ser feito com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) para que, assim, atenda às determinações legais do setor de atuação. Por isso, o plano deve ser estruturado e apresentado como determina a Lei 6.404/76. Ela é conhecida como a Lei das S/A, segundo os Princípios Fundamentais da Contabilidade. A questão é que, muitas vezes, o plano de contas, por suas restrições, pode não atender aos objetivos da empresa e fornecer todas as informações que os gestores precisam para a tomada de decisões. Por isso, as companhias montam o chamado plano de contas gerencial, que difere do plano de contas somente por incluir/excluir determinadas contas. Confira dicas para elaborar um plano de contas gerencial eficiente: Faça uma descrição dos grupos do plano de contas Um plano de contas deve ser dividido em quatro grupos: Ativos, Passivos, Receitas e Despesas. Dentro de cada grupo específico são criadas contas agrupadoras como, por exemplo, as Despesas Operacionais. Essas, por sua vez, devem ser detalhadas em contas e subcontas. As Despesas Operacionais podem abranger, por exemplo, a conta Despesas Administrativas, que será dividida em subcontas como Água, Energia Elétrica, Aluguel, etc. Determine contas e subcontas dentro de cada grupo Cada um dos quatro grupos deve abranger as chamadas contas agrupadoras (também conhecidas como sintéticas). Em Despesas, por exemplo, pode incluir a conta Despesas Operacionais, que por sua vez é dividida em Despesas Administrativas e seus subitens. É importante ter em mente que quanto mais detalhadas forem as suas descrições, mais fácil será o controle financeiro. Use níveis e subníveis para estruturar as informações Um plano de contas gerencial realmente eficiente é aquele que permite que as informações sejam visualizadas com facilidade. Para isso, apostar na estruturação em níveis e subníveis é essencial. Veja o exemplo de como dividir o passivo, que é o item 2 do plano de contas: Passivo 1 Passivo circulante 1.1 Impostos e Contribuições a Recolher A estrutura base do plano de contas não tem variação considerável. Ainda assim, é essencial montar o documento levando em consideração as características de cada empresa. Isso porque cada negócio tem uma necessidade diferente de registro e análises de informações, com detalhes bem específicos. . A importância das decisões financeiras Tomar decisões financeiras acertadas deve ser um dos principais objetivos de qualquer profissional que trabalhe na área. Toda pessoa envolvida com a administração financeira de uma empresa deve entender que as decisões tomadas pelos gestores das finanças corporativas não são só importantes como, até mesmo, capitais para a sobrevivência da empresa, independentemente do setor de atuação. O processo de tomada de decisão nas finanças corporativas, a cada ano ganha risco e complexidade cada vez maiores no ambiente empresarial. São vários os pontos que devem ser considerados pelos profissionais que atuam na gestão das finanças. Dentre eles: taxas http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/erros-na-gestao-financeira/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/erros-na-gestao-financeira/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost de juros cobradas, carga tributária, volume de crédito de longo prazo e variações inflacionárias. Além de possíveis alterações nas regras do mercado, que exigem flexibilidade dos contadores. Para tomar as melhores decisões financeiras, é fundamental entender as funções de um administrador das finanças e como executá-las da melhor forma. Confira: Planejamento financeiro O gestor das finanças deve ser apto para identificar quais são os desafios e problemas futuros,. Além de selecionar quais são os ativos realmente rentáveis da empresa e estabelecer uma rentabilidade mínima para cada ativo. Ele também deve saber como evidenciar a necessidade de crescimento do negócio com base em dados e informações contábeis. Controle financeiro Tomar as melhores decisões financeiras passa também por acompanhar e avaliar o desempenho das finanças do negócio. Fazer uma análise de possíveis desvios dos indicadores financeiros, realizando uma comparação do que foi previsto no planejamento e do que foi efetivamente realizado. Também é responsabilidade do profissional que atua ligado às finanças corporativas definir medidas corretivas, implementá-las e verificar se elas atingiram o resultado esperado. Gestão de ativos Para tomar as melhores decisões em relação às finanças de uma empresa, é preciso estabelecer a melhor estrutura, considerando risco e retorno dos ativos corporativos. Além disso, é necessário acompanhar possíveis defasagens entre entradas e saídas das contas da empresa, comoo fluxo de caixa, e administrar o capital de giro com sabedoria. Gestão de passivos O administrador financeiro deve gerenciar a estrutura de capital – financiamentos – da empresa. Ele deve garantir que essa estrutura é a melhor em termos de liquidez, redução de custos, e também risco financeiro. Em resumo, ao atuar com finanças corporativas, a tomada de decisões importantes acontece a todo momento. Por isso, é essencial saber exatamente as funções desempenhadas por quem administra os dados financeiros e contábeis. Além de ter sempre à mão as informações e dados necessários para tomar as melhores decisões relativas às finanças da companhia, seja uma decisão de investimento – onde alocar recursos – ou decisão de financiamento, que é a captação de recursos. Medindo a saúde financeira da empresa Medir a saúde financeira da empresa é um passo importante para garantir que ela vai crescer e, até mesmo, sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo. A questão é que, no meio de tantos indicadores, muitos profissionais ficam na dúvida sobre como eles podem saber qual é a real situação financeira do negócio. Para facilitar a tarefa, elencamos alguns pontos que não podem deixar de ser considerados para saber se a empresa está realmente indo bem financeiramente: Fluxo de caixa Ao analisar o fluxo de caixa, é possível checar a diferença entre as entradas e saídas de dinheiro no negócio em um período de tempo previamente determinado. Por isso, fazer uma avaliação periódica de como está o fluxo de caixa da empresa é uma tarefa importante para saber como está a saúde financeira do negócio em curto prazo. Além disso, permite fazer projeções para o futuro da corporação. Mesmo uma empresa que, à primeira vista pareça ser lucrativa, pode se revelar com a saúde financeira nada saudável, se for verificado que a curto prazo não tem condições de arcar com pagamentos e despesas. Despesas fixas São consideradas despesas fixas aquelas que devem ser pagas todos os meses pela companhia, como aluguel, contas de luz, internet e água, e outras despesas do tipo. Como são valores que devem ser pagos todo o mês, para verificar se a empresa está realmente saudável financeiramente, é importante avaliar se o negócio tem recursos suficientes para quitar essas despesas mês a mês. Lucro líquido Indicador muito usado para medir a saúde financeira de uma empresa, o lucro líquido é obtido após a subtração das despesas – independentemente de serem operacionais ou não. Ele inclui valores como juros de possíveis empréstimos, tributos e impostos. Se a empresa não estiver gerando lucro suficiente para ser reinvestido no negócio e remunerar todos os seus sócios de forma satisfatória, alerta vermelho. É sinal de que a saúde financeira não vai bem. Avaliação de rentabilidade http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/indicadores-financeiros/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost Parte importante na gestão de finanças corporativas é acompanhar a rentabilidade da empresa. O ideal é fazer uma avaliação, pelo menos duas vezes ao ano, se os produtos e/ou serviços do negócio continuam rentáveis. É relativamente comum que uma empresa descubra que seus produtos, processos, e até mesmo clientes, não são tão rentáveis quanto se imaginava. Veja alguns pontos que podem ajudar a avaliar se a empresa é rentável: Margem de lucro A margem de lucro é o indicador que fornece o panorama geral da rentabilidade de uma empresa. Para calculá-la, divida o lucro líquido pela receita do negócio. Para saber se a margem de lucro satisfatória, use os padrões do setor de atuação da empresa como referência. Não deixe de fazer, todos os anos, uma comparação interna para avaliar se o desempenho corporativo melhorou ou piorou. Margem de lucro bruto Empresas que trabalham com produtos físicos podem usar a margem de lucro bruto para avaliar a rentabilidade dos bens de venda. Para calcular o lucro bruto total, é preciso subtrair o custo dos produtos vendidos da receita das vendas. Ou seja, em linhas gerais, o lucro bruto é o valor depois de deduzir custos diretos de matérias- primas e mão de obra, e custos indiretos de fabricação de mercadoria. No entanto, ele não considera as despesas corporativas. Análise das despesas É especialmente útil em momentos em que as despesas operacionais parecem estar aumentando. Para fazer esta análise, compare o percentual das suas despesas operacionais de dois anos ou mais. Assim você pode ver se está gastando mais do que devia. E, consequentemente, comprometendo a rentabilidade do negócio. Lucro por segmento Outra forma de avaliar a rentabilidade da empresa é descobrindo qual é o lucro por segmento. Para isso, você deve segmentar o negócio em linhas de serviços ou produtos. Assim saberá qual área (ou áreas) têm o maior lucro líquido e maior receita. Há duas formas de identificar o lucro por segmento: saber qual é a receita e quais são os custos específicos que estão ligados a cada segmento ou usar um plano de alocação de custos para distribuir custos indiretos de fabricação de cada linha de serviços ou de produtos. Traçando planos estratégicos O planejamento estratégico é essencial para o sucesso de qualquer plano financeiro. Por isso, é importante saber que definir de forma clara a missão e os objetivos da empresa é um cuidado essencial para construir um plano financeiro eficaz e manter as finanças corporativas saudáveis. Por meio do planejamento é possível avaliar os caminhos estratégicos que a empresa deve seguir para crescer e alcançar a rentabilidade desejada. O plano estratégico deve ser transformado em números e ser aprovado por todos os gestores, para que todos estejam alinhados e trabalhem juntos em prol de conseguirem atingir as metas definidas. Após a criação dos planos estratégicos, chega o momento de criar o orçamento, que é considerado o plano tático. O orçamento nada mais é do que quanto custará para a empresa colocar os planos estratégicos em prática. Para funcionar, é preciso quantificar de forma detalhada os planos estratégicos, transformando-os em orçamentos de receitas e despesas mensais. Uma projeção do fluxo de caixa da empresa também é importante. Com ele é possível identificar quais são as melhores formas de financiar o capital de giro necessário para manter o negócio operando. Dentro do escopo dos planos estratégicos, estão ainda outras tarefas. Como, por exemplo, definir a estratégia de preços da empresa e decidir sobre projetos que podem ajudar a melhorar a rentabilidade de cada bem de venda. Dominando as principais noções de finanças Investir em capacitação é a chave para dominar as principais noções de finanças. Para adquirir estes conhecimentos essenciais para a atividade do contador, aposte em treinamentos via internet, cursos de curta duração, materiais online, palestras e workshops. Ao aprimorar suas habilidades e se atualizar em finanças, a execução de tarefas corriqueiras fica mais fácil, já que você passa a compreender o aspecto macro de decisões contábeis. Conclusão Dominar os principais fundamentos de finanças corporativas é muito importante para contadores se destacarem no mercado. Ter o conhecimento necessário para elaborar estratégias e planos para o negócio faz toda a diferença e valoriza o profissional perante às empresas. http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/planejamento-estrategico-de-financas/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/como-se-manter-atualizado/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost Para evoluir ainda mais na profissão, não deixe de conhecer as principais terminologias das finanças corporativas. Sempre se atualize em relação aos principais conceitos da área que, assim como o mercado, está em constante evolução. Procure não ficar restrito apenas aos aspectos contábeis. Busque sempre informações também sobre finanças corporativas para conseguir prestar o melhor serviço possível aos seus clientes.Aliada às finanças corporativas, a contabilidade se torna estratégica para negócios de todos os portes e segmentos. Capacite-se, sempre leia sobre o assunto e os resultados não demorarão a aparecer. FINANÇAS PESSOAIS A organização das finanças pessoais representa um ponto fundamental na vida de todos nós. Dificuldades financeiras afetam diretamente o aspecto emocional e a produtividade no trabalho, além de acarretar instabilidade no ambiente familiar. Muitos acreditam que basta ter dinheiro para que todos os problemas se resolvam. Na verdade, isso é consequência, não causa. Ao contrário do que pode parecer, a estabilidade financeira depende de ações relativamente simples – basicamente de planejamento e disciplina. Organizar as finanças representa o primeiro passo em direção à concretização de sonhos e projetos. A partir de iniciativas implementadas no dia-a-dia, qualquer pessoa pode obter equilíbrio financeiro e se transformar, em uma segunda etapa, em investidor. Eis algumas dicas: 1 – Dia do orçamento Reserve um dia no mês para organizar a sua vida financeira. Monte uma planilha com despesas fixas, dívidas, pagamentos, gastos eventuais. Insira também todas as suas receitas, tais como salário, recebimento de aluguéis, ganhos eventuais etc. Monte seu orçamento mensal, adequando os gastos às receitas. O ideal é que sempre haja sobra de 10% a 20%. 2 – Defina prioridades Caso o orçamento esteja em desequilíbrio – gastos maiores que as receitas –, o caminho é reduzir imediatamente as despesas. Defina prioridades e elimine o que não é essencial. Esse período de ajuste requer disciplina. Lembre-se que ele é necessário, porém transitório. Idas ao restaurante, passeios, viagens ou compras supérfluas podem esperar até que o equilíbrio financeiro seja retomado. 3 – Aprenda a usar o dinheiro A maioria das pessoas se preocupa em aprender como ganhar dinheiro, mas não como usá- lo. Existe uma grande diferença entre as duas situações. Todos conhecem histórias de empresários que acumularam fortunas, mas que terminaram falidos. Nada melhor que aprender com os erros dos outros. Leia, estude, busque informação sobre finanças. Há diversos livros, revistas, jornais e sites que traduzem o “economês” para a linguagem do dia- a-dia. 4 – Estabeleça objetivos financeiros Determine um valor, um prazo e um objetivo financeiro a ser atingido. Organize-se de forma a criar as condições para que a meta seja cumprida. Exemplo: comprar um carro no valor de R$ 30 mil, dentro de dois anos. Analise seu orçamento e veja como reorganizá-lo de forma a adquirir o automóvel no prazo estabelecido. 5 – Poupar sempre Não há organização das finanças pessoais sem poupança. É a reserva de capital que permite que a pessoa enfrente situações emergenciais ou crises sazonais. Encare como compromisso a tarefa de guardar de 10% a 20% de sua receita mensal. 6 – Aprenda a investir A partir de um determinado nível de organização das finanças, a pessoa dispõe de recursos para investimento. As contas estão em dia, não há dívidas pendentes e a meta de gastar menos do que ganha virou lei. Chegou a hora de fazer o dinheiro trabalhar para você. Busque investimentos de acordo com o seu perfil. Para isso, solicite a ajuda do seu gerente do banco, conte com o auxílio empresas especializadas em prestar esse tipo de assessoria ou se capacite para assumir a tarefa de cuidar dos próprios investimentos. 7 – Limite ao máximo o endividamento Sempre que possível, opte por compras à vista. Controle a ânsia de consumo, junte recursos e adquira o produto ou serviço pagando de uma só vez. Isso aumenta o poder de barganha na hora da compra, permitindo descontos e outras vantagens (brindes, pontos extras em programas de fidelização etc). Use o financiamento apenas para situações específicas, como a compra de um imóvel. 8 – Fuja do crédito fácil (e caro) Linhas de crédito como a do cheque especial e a dos cartões representam graves ameaças para qualquer planejamento financeiro. As taxas de juros são maiores e a pessoa é seduzida pela facilidade em contrair a dívida. Lembre-se que dinheiro fácil custa muito mais caro. 9 – Use a portabilidade Quem tem contrato de financiamento ou empréstimo pode aproveitar as vantagens da portabilidade. Com ela, o devedor tem sua dívida “comprada” por outra instituição financeira, que lhe oferece condições de pagamento mais favoráveis. A pessoa troca a dívida cara por uma mais barata. 10 – Disciplina, antes de tudo Nenhuma das dicas anteriores funcionará, se a pessoa não tiver disciplina para organizar as suas finanças. Seguir o planejamento traçado é fundamental. As tentações do consumo surgem a todo instante e é preciso se manter permanentemente focado no objetivo financeiro. Controle financeiro baseia-se na coordenação das atividades e avaliação da condição financeira da empresa. Por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados patrimoniais e da situação do fluxo de caixa. Controlar as finanças da empresa significa que o empresário tem consciência da situação financeira real em que se encontra. Isto é, significa saber qual é o melhor momento para se realizar investimentos ou não. Fluxo de caixa refere-se ao montante de caixa recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo definido, algumas vezes ligado a um projeto específico. Tem sua utilidade no controle de capital, estudo da viabilidade de um projeto antes de sua execução, identifica, com antecedência, o volume de fundos que será procurado em fontes de créditos, capta a confiança dos credores ao procurá-los com antecedência, controla os eventuais desvios identificados, em relação aos planos traçados, preve possíveis aplicações para excesso de fundos e o uso eficiente e racional dos recrusos disponíveis, entre outros. Sabemos o que é controle financeiro e fluxo de caixa , como utilizar essas ferramentas de maneira a otimizar o processo de gestão da empresa? O processo de controle financeiro e fluxo de caixa baseia-se no princípio de registro de contas. Então, primeiro devemos providenciar o registro das contas a pagar e a receber, registro de caixa das entradas e saídas, controle de estoque, controle bancário. A análise patrimonial também se faz necessária nessa fase de registros para fins de comparação da situação financeira da empresa, teremos que catalogar os bens da empresa, o capital de giro, as tendência de crescimento, endividamento e rentabilidade. Todo esse processo valerá para o conhecimento da situação financeira real da empresa e a criação de parâmetros para projeções futuras. Estabelecido todo processo de registro agora vamos utilizar o fluxo de caixa para visualizarmos a situação atual da empresa e projetar uma situação futura, lembrando que os dados patrimoniais não entram na criação do fluxo de caixa. Que deve conter em sua formulação todas as receitas da empresa, inclusive as não advindas do rédito, e todas as despesas e custos, separados os fixos e variáveis. Além das previões de recebimentos e pagamentos futuros. A aplicação dessas ferramentas é bem simples e o controle financeiro se desdobra nas análises financeiras proporcionadas pelo fluxo de caixa da empresa. No decorrer dos periódos projetados pelo fluxo de caixa podemos acompanhar em quais meses haverá maior necessidade de capital e em quais sobra. Os investimentos podem ser acompanhados mês a mês através desse sistema de registro e controle. Sendo base para o empresário sobre a viabilidade em aumentar ou não os mesmos. O fato é que o sucesso empresarial esta ligado a diversos fatores não somente financeiros, porém o controle financeiro através do fluxo de caixa é com toda certeza uma ferramenta fundamental para manutenção do êxito alcançado e na busca de novos objetivos. O que é Economia: Economia é uma ciência que estuda os processos de produção, distribuição, acumulação e consumo de bens materiais. É a contençãoou moderação nos gastos, é uma poupança. No sentido figurado, economia significa o controle para evitar desperdícios em qualquer serviço ou atividade. A palavra “economia” deriva da junção dos termos gregos “oikos” (casa) e “nomos” (costume, lei) resultando em “regras ou administração da casa, do lar”. O conceito de economia engloba a noção de como as sociedades utilizam os recursos para produção de bens com valor e a forma como é feita a distribuição desses bens entre os indivíduos. Escassez de recursos sugere a ideia de que os recursos materiais são limitados e que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens, tendo em conta que os desejos e as necessidades humanas são ilimitados e insaciáveis. Partindo desse princípio, a economia observa o comportamento humano em decorrência da relação entre as necessidades dos homens e os recursos disponíveis para satisfazer essas necessidades. A ciência econômica tenta explicar o funcionamento dos sistemas econômicos e as relações com os agentes econômicos (empresas ou pessoas físicas), refletindo sobre os problemas existentes e propondo soluções. A investigação dos principais problemas econômicos e as tomadas de decisão baseiam-se em quatro questões fundamentais sobre a produção: “O que produzir?”, “Quando produzir?”, “Que quantidade produzir?”, “Para quem produzir?”. Microeconomia e macroeconomia são os dois grande ramos da economia. A microeconomia estuda as várias formas de comportamento nas escolhas individuais dos agentes econômicos, enquanto a macroeconomia analisa os processos microeconômicos observando uma economia como um todo. Economia de mercado Economia de mercado é um sistema econômico em que as organizações (bancos, empresas etc.) podem atuar com pouca interferência do estado. É o sistema próprio do capitalismo. Economia de subsistência É um sistema econômico baseado na produção de bens esclusivamente necessários para o consumo básico, imediato. Onde na produção não existe excedentes, nem relação de caráter econômico com outros mercados produtores. Contabilidade A contabilidade pode ser definida como uma ciência que estuda a situação e as variações (qualitativas e quantitativas) ocorridas no conjunto de bens, direitos e obrigações de qualquer entidade (pessoa física ou jurídica). Todas as movimentações relativas a dinheiro e valores realizadas dentro de uma organização são registradas pela contabilidade, que resume os fatos em forma de balanços, demonstrativos e relatórios. Por meio desses dados são apresentados os resultados alcançados pela empresa, fornecendo uma ampla quantidade de informações úteis para as tomadas de decisões em seu comando, tanto dentro quanto fora da entidade.Ou seja, é por meio do trabalho da contabilidade que o dono do patrimônio consegue controlar e planejar o futuro de seu negócio, certificando-se de que a empresa está de acordo com suas metas e decidindo qual providência tomar para atingir seus objetivos com mais eficiência. O que é patrimônio? Patrimônio é como é conhecido o conjunto total de bens, direitos e obrigações ligados a uma pessoa física ou jurídica, abrangendo ao mesmo tempo tudo aquilo que se tem – bens e direitos –, e tudo aquilo que se deve – obrigações. Analisar a situação e as variações no patrimônio, bem como todos seus efeitos, é objeto de estudo principal da contabilidade.Do ponto de vista da contabilidade, apenas são considerados direitos e obrigações que podem ser avaliados em algum valor mensurável, ou seja, que podem ser convertidos de alguma forma em moeda.Os bens e direitos representam a parte positiva do patrimônio, que é chamada de ATIVO.Já as obrigações constituem o lado negativo do patrimônio, denominado de PASSIVO.Bens: tudo aquilo que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro, sendo utilizado dentro da entidade para desempenhar alguma função que vá ao encontro do objetivo principal de seu proprietário.Direitos: são os recursos que a entidade tem direito a receber, mas ainda não estão sob posse da empresa. Todos são direitos que gerarão fluxo de capital dentro do patrimônio da empresa em um período futuro. Obrigações: são os valores e dívidas a serem pagos para terceiros e fazem parte do passivo. Em uma negociação a prazo, por exemplo, a empresa passa a ter uma obrigação com o fornecedor, representada por uma conta a pagar equivalente ao valor da aquisição. Explicando o balanço patrimonial O balanço patrimonial é o resultado do levantamento de tudo que a empresa tem (dinheiro em caixa, contas a receber, imóveis, entre outros) e de tudo que a empresa deve (contas e obrigações a pagar), para descobrir, no final, qual é as posição da empresa naquele momento, patrimonialmente falando. Por meio dele é possível saber qual é a situação contábil, financeira e econômica da entidade em um determinado momento, funcionando como se fosse um retrato da empresa durante um período específico. Por essa natureza, o balanço patrimonial é classificado como sendo uma demonstração contábil estática. http://educacao.blbbrasil.com.br/courses/tecnicas-de-negociacao-faca-chover-na-sua-horta http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/balanco-patrimonial-o-que-e-e-qual-sua-estrutura-3/ Como fazer um balanço patrimonial? Demonstrar um balanço patrimonial nada mais é do que listar todos os valores investidos e pertencentes por direito à empresa (ativos) de um lado e colocar todos os débitos e dívidas contraídas pela entidade (passivos) de outro. Porém, é importante primeiro saber as competências e características dos elementos que serão analisados. São eles: 1. Ativos Os ativos são divididos em duas categorias: ativos circulantes e ativos não circulantes. Essa divisão é baseada na “liquidez” de cada item: quanto mais fácil for sua circulação e conversão em dinheiro, mas líquido o ativo será. Com isso, podemos dizer que estão entre os ativos circulantes o dinheiro disponível em caixa, depósitos em conta corrente, duplicatas e contas a receber de clientes, promissórias, cheques, impostos a recuperar, investimentos de curto prazo, estoques, entre outros. Já entre os ativos não circulantes, estão aqueles realizáveis em longo prazo (dívidas parceladas a receber e crédito junto a sócios, por exemplo), investimentos (participações, cotas, ações e outros investimentos de longo prazo), móveis e imóveis (terrenos, automóveis, prédios, equipamentos e tudo que componha a estrutura física da empresa) e os ativos intangíveis(marcas, patentes, processos, pontos de venda, pesquisas e afins). 2. Passivos Para classificar os passivos da empresa também é utilizado o critério de liquidez, semelhante ao que acontece com os ativos. A divisão entre itens circulantes e não circulantes continua. O primeiro inclui todas as dívidas e obrigações a serem pagas pela empresa a credores em um prazo igual ou menor do que um ano. Por isso, estão no passivo circulante os empréstimos de curto prazo, as contas a pagar a fornecedores, obrigações, financiamentos, salários de funcionários, sendo todos com prazo inferior a um ano. Já na categoria de passivos não circulantes entram os valores em financiamentos de longo prazo, dívidas com fornecedores, empréstimos, contingências trabalhistas e todo tipo de pagamento de débitos planejado para ser feito em um prazo maior do que um ano. 3. Patrimônio líquido Ao final, o resultado mostrará o patrimônio líquido, que será capital social da empresa e todas suas reservas, já estando abatidos os prejuízos acumulados e as ações pertencentes à tesouraria. O patrimônio líquido é composto pelo capital próprio dos sócios investido inicialmente na empresa, bem como quaisquer lucros reinvestidos no negócio, e representa o valor patrimonial real da empresa. http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/ativo-intangivel/ http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/ativo-intangivel/Calculando os valores do balanço patrimonial e já tendo em mãos os valores dos ativos e passivos, é fácil chegar ao patrimônio líquido, simplesmente subtraindo o segundo dos primeiros. Ou seja: Ativo – Passivo = Patrimônio líquido ou Ativo = (Passivo + Patrimônio líquido) Segue abaixo um exemplo resumido de um balanço patrimonial da empresa: ATIVOS Caixa: 11.000,00 Vendas a receber: 35.000,00 Estoque: 74.000,00 Matéria-prima: 20.000,00 Veículos: 70.000,00 TOTAL DO ATIVO: 210.000,00 PASSIVOS Fornecedor 1: 4.000,00 Fornecedor 2: 4.000,00 Salários a pagar: 13.000,00 Provisões: 2.000,00 TOTAL DO PASSIVO: 23.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ATIVO – PASSIVO): 187.000,00 Apurando lucros e prejuízos pelo Demonstrativo de Resultados A Demonstração do Resultado do Exercício, ou DRE, é uma peça contábil que tem por objetivo detalhar a formação do resultado de um exercício (lucro ou prejuízo), por meio da comparação das receitas com os custos e despesas de uma empresa. Esse tipo de visão financeira oferecida pela DRE ajuda os gestores a terem uma opinião mais realista sobre quais decisões devem ser tomadas, levando-os a fazer provisões mais sensatas e mostrando, por exemplo, se existe viabilidade econômica para determinados investimentos. Ela analisa o período estabelecido como exercício financeiro, definido como o tempo decorrido entre janeiro a dezembro de um ano (12 meses). Entretanto, a DRE também pode ser elaborada mensalmente para fins de controle interno, e de três em três meses para fins de controle fiscal. Como fazer uma DRE? O processo de definição de uma DRE, assim como a ordem das informações que precisam constar em seu espaço, é estabelecido por lei. Elas precisam seguir exatamente uma estrutura já pré-estabelecida e reconhecida pelas normas de contabilidade. A estrutura de uma DRE Na primeira linha da demonstração é lançada a Receita Bruta de Vendas, ou seja, o valor de tudo que a empresa faturou durante o período analisado. Dessa receita são descontados os http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/dre-na-contabilidade/ abatimentos, as devoluções de vendas, os descontos concedidos aos clientes e os impostos sobre as atividades comerciais. O valor resultante será a Receita Líquida de Vendas da empresa, da qual é subtraído o custo total das mercadorias e dos serviços vendidos. O resultado dessa conta será chamado de Lucro Bruto, do qual serão descontadas todas as despesas financeiras, operacionais, gerais e administrativas. Ao mesmo tempo são acrescentadas nessa parte outras receitas operacionais que a empresa possa ter tido no período. Com isso, chega-se ao Lucro ou Prejuízo Operacional Líquido. A partir desse valor, serão deduzidos (ou acrescentados) os resultados operacionais, como despesas ou ganhos financeiros, as participações de cotistas da empresa, empregados, debenturistas administradores, partes beneficiárias, entre outros. Com esse resultado chegamos ao Lucro Líquido do Exercício (LLE), resultado final de toda DRE. Modelo exemplificativo de uma Demonstração de Resultados Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita Bruta (-) Devoluções de vendas (-) Descontos sobre vendas (-) Impostos diretos sobre vendas (ICMS, PIS/COFINS, ISS) (=) Receita Operacional Líquida (-) Custos da mercadoria vendida ou serviços prestados (=) Lucro Operacional Bruto (-) Despesas operacionais (-) Despesas comerciais (-) Despesas administrativas (+) Receitas operacionais (=) Lucro operacional Líquido (-) Despesas financeiras (-) Despesas com sócios (-) Despesas com participações (+) Receitas financeiras (=) Lucro Líquido do Exercício Análise de fluxo de caixa O fluxo de caixa, também conhecido como cash flow em inglês, é uma ferramenta de gestão que realiza o monitoramento das movimentações financeiras de uma empresa em um determinado período. Em outras palavras, o fluxo de caixa nada mais é do que o controle do que entra e do que sai de dinheiro do caixa de uma empresa durante uma faixa de tempo. Por ser um instrumento de gestão, recomenda-se que o fluxo de caixa seja utilizado diariamente ou até mesmo imediatamente após qualquer movimentação financeira no caixa da empresa. Só assim será possível ter a noção exata do fluxo de capital que entra e que sai de sua empresa, mantendo o negócio de forma mais saudável. Como fazer o fluxo de caixa da sua empresa http://www.blbbrasilescoladenegocios.com.br/intensivo-em-icms O primeiro passo para se organizar um fluxo de caixa simples é separar suas saídas e entradas de dinheiro em caixa em algumas categorias. As saídas de caixa devem ser separadas entre pagamento de fornecedores, despesas administrativas (contas diversas) e pagamentos de impostos, parcelas de dívidas e investimentos, e registradas assim que forem realizadas. Já as entradas de recursos, que devem vir basicamente por meio do faturamento com vendas, devem ficar uma categoria separada, ao lado. Com isso, basta somar o valor de tudo que entra e subtrair o valor de tudo que sai de dinheiro, encontrando assim o saldo total em relação ao período analisado. Importante lembrar que esse número deve bater com o valor do caixa e das contas bancárias. O capital de giro e sua importância Capital de giro é a quantia de dinheiro necessária para manter as operações da empresa funcionando. O capital de giro necessita ser monitorado e acompanhado permanentemente, pois está sempre sob o impacto das diversas mudanças sofridas pela empresa, como redução de vendas, aumento de despesas, necessidade de investimentos, aumento de custos, crescimento da inadimplência, entre outros. Calculando e controlando seu capital de giro Em primeiro lugar, é preciso definir quais são os custos fixos de sua empresa durante o período, como pagamento de funcionários, impostos, aluguel, energia, entre outros. Depois, é preciso contabilizar todas as contas e valores a receber. Todo tipo de pagamento deve ser incluído, mensalmente, inclusive o número de parcelas em que ele será pago. Você deverá levar em conta também o valor médio de ativos guardados em estoque, de acordo com os meses de funcionamento da empresa. Com isso, o valor do capital de giro corresponderá à seguinte fórmula: Valor das contas a receber + Valor em estoque – Valor das contas a pagar A diferença entre os custos e os ativos será o seu capital de giro, e em cima dele você definirá qual será a quantidade de vendas de seu produto ou serviço capaz de gerar uma receita que cubra todas essas despesas e ainda gere algum lucro suficiente. Precificando produtos e serviços A precificação de um produto ou serviço a ser oferecido pela empresa deve estar, antes de tudo, situada dentro da realidade contábil da empresa. O valor cobrado pelo produto precisa ser suficientemente alto para proporcionar lucro para a empresa que o produz, mas ao mesmo tempo não pode ser tão alto ao ponto de deixar de ser atrativo para os clientes e desestimular as compras. Determinando contabilmente o preço de um produto Por meio de uma análise dos custos de produção, distribuição, comercialização e divulgação do produto, é definido o seu markup, que incluirá a margem de lucro que se pretende atingir e será adicionado ao custo primário do item. Esse é o método mais básico para definição de preços e, por isso, é o mais recomendado e seguro de ser utilizado. Veja o exemplo a seguir: http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/bloco-k/ – Custo unitário total para se fabricar o produto = R$ 8 – Componentes de despesas da empresa: Despesas gerais e administrativas = 10% da receita Comissões dos vendedores = 5% do preço de venda Tributos incidentes sobre o preço de venda = 20% do preço de venda Margem de lucro desejada: 5% do preço de venda Com isso, temos: Markup = Despesas gerais + Comissões + Tributos + Lucro desejado = 10% + 5% + 20% + 5% = 40% sobreo preço de venda Cálculo do preço de venda O Preço de Venda pode ser calculado através do Markup Divisor ou Markup Multiplicador. Na primeira alternativa teríamos os seguintes cálculos: Custo do produto = R$ 8,00 Custo total de venda = 40% MKD = (PV-CTV)/100 = 100%-40%/100 = 0,6 Assim, PV = Preço de Custo/MKD = R$ 8,00/0,6 = R$ 13,33 O Markup Multiplicador confirma esses cálculos: MKM = 1/MKD = 1/0,6 = 1,666667 Assim, PV = Preço de Custo x MKM = R$ 8,00 x 1,666667 = R$ 13,33 Ativos permanentes, depreciação, amortização e exaustão O grupo de contas do ativo permanente é relacionado aos recursos aplicados em bens ou direitos de permanência duradoura, não necessariamente ligados ao produto final da empresa, mas sim ao seu funcionamento e manutenção. Esse tipo de classificação foi extinta no Brasil em 2008, passando o ativo permanente a integrar o grupo de ativo não circulante. O ativo permanente era formado por tipos de ativos diferentes como investimentos, ativo imobilizado, ativo intangível e ativo diferido. Ao entender o que são os ativos permanentes, é necessário compreender também que nenhum ativo dura para sempre, e que os bens adquiridos pela empresa perdem seu valor com o passar do tempo. O tempo de vida de cada item antes de precisar ser descartado e substituído por um novo vai variar de acordo com vários fatores. A esse fenômeno damos o nome de depreciação, amortização ou exaustão, dependendo do tipo de ativo. Eles devem ser contabilizados nos balanços da empresa, tendo seu valor reduzido proporcionalmente ao seu tempo de uso ainda restante. Vejamos a definição dos mesmos abaixo: Depreciação: é a redução do valor dos ativos tangíveis (físicos) provocada pelo desgaste, tempo de uso, ação natural ou obsolescência. Alguns exemplos de ativos que sofrem depreciação são: edifícios, equipamentos, móveis, máquinas, veículos, imóveis, aparelhos e utensílios. Amortização: é a redução do valor dos ativos intangíveis (não físicos), seja por duração de prazo limitado ou expiração de uso legal. http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/ativo-intangivel/ São exemplos de ativos que sofrem amortização as marcas, patentes, softwares, licenças, direitos autorais, know-how, processos e uso de tecnologias. Exaustão: trata-se da redução do valor do ativo pela exploração de seus recursos naturais esgotáveis. Sofrem os efeitos da exaustão ativos como florestas, jazidas minerais, reservas de petróleo, campos e pastagens, plantações, e qualquer tipo de recurso natural que possa se esgotar ou se tornar improdutivo. Regimes tributários Um dos elementos mais importantes para a vida de uma empresa é sua contabilidade tributária. Uma opção mal feita nesse momento pode ocasionar o pagamento de um valor inadequado em tributos, comprometendo a saúde financeira do negócio, e, em situações mais extremas, podendo até gerar problemas fiscais com a Receita Federal. De acordo com a legislação vigente, a apuração dos impostos e a adoção dos critérios tributários pode ser feita por três regimes, todos com suas vantagens e desvantagens: 1. Lucro Real O Lucro Real traz o cálculo exato de quanto sua empresa ganhou ao longo do ano, descontando-se as despesas. Ou seja, para se apurar quanto deverá ser pago em impostos, a empresa precisa saber exatamente qual foi o seu lucro, para usá-lo como a base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), apurados pela pessoa jurídica e acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela legislação fiscal. No Lucro Real, o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) são determinados por meio do regime não cumulativo. Ou seja, podem ser creditados os valores das aquisições realizadas para compensação tributária, de acordo com os parâmetros legais. Há algumas exceção de atividades que mesmo optantes pelo Lucro Real sujeitam-se ao regime cumulativo do PIS e da COFINS, nos termos da legislação. 2. Lucro Presumido No Lucro Presumido realiza-se uma tributação mais simplificada. Em linhas gerais, esse tipo de regime se baseia em lucro “estimado” a partir de padrões percentuais aplicados sobre a receita da empresa para realizar sua tributação. Por isso, por não se tratar do lucro contábil efetivo, mas sim por uma mera aproximação fiscal, ele é denominado de presumido. As empresas optantes pelo Lucro Presumido não podem aproveitar os créditos gerados por PIS e COFINS, por não se enquadrarem no sistema não cumulativo. Porém elas têm a vantagem de poder recolher ambas as contribuições com alíquotas mais baixas do que aquelas do Lucro Real. 3. Simples Nacional No regime tributário Simples Nacional, cálculo e recolhimento de tributos (IR, CSLL, PIS, COFINS e outros) são simplificados e mais fáceis de pagar. Porém, nem todas as pessoas jurídicas podem optar pelo Simples, pois ele é um sistema especial dedicado a beneficiar http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/contabilidade-tributaria/ http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/contabilidade-tributaria/ http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/regras-sobre-adocao-de-novos-criterios-contabeis-e-tributarios-sao-regulamentadas/ http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/regras-sobre-adocao-de-novos-criterios-contabeis-e-tributarios-sao-regulamentadas/ apenas as micro e pequenas empresas. Apenas podem participar desse regime empresas que faturem menos que R$ 3.600.000 por ano até 31 de dezembro de 2017 e menos que R$ 4.800.000 a partir de 2018. Regimes contábeis Regimes contábeis são os critérios adotados para o registro do valor das despesas e receitas da entidade, para serem apurados em um determinado período contábil. São três os regimes contábeis existentes Regime de caixa: quando se registra a movimentação pelas datas exatas de recebimento do ativo e pagamento das transações. Regime de competência: quando se apura a transação pela data em que a movimentação foi gerada, independentemente se seu pagamento ou recebimento já foi efetivamente realizado. Regime misto: utiliza do regime de competência para registrar suas contas com despesas e do regime de caixa para contabilizar as receitas para apuração do resultado. Com o alinhamento da legislação brasileira às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), hoje em dia entende-se que tanto a receita quanto a despesa devem seguir sempre o regime de competência. Já o regime misto é o modelo adotado para o setor público brasileiro, por possibilitar a conservação das receitas e a postergação das despesas. A contabilidade é a linguagem dos negócios É principalmente por meio dela que são traçadas metas, avaliados desempenhos e mensurados resultados dentro de um negócio.Por isso, conhecer bem os recursos que guia básico de contabilidade para não contadores oferece beneficia a vida de qualquer profissional, facilitando sua tomada de decisões sobre investimentos, desenvolvimento de produtos, campanhas de vendas e diversas outras ações que ajudam a alavancar uma empresa. Nos dias atuais, quando se faz cada vez mais necessário o constante aperfeiçoamento para enfrentar a concorrência do mercado, o bom profissional tem sempre que se qualificar e compreender não só sobre sua área de atuação, mas sim de todo o negócio da empresa. Por isso, entender mais sobre contabilidade com o guia básico de contabilidade para não contadores é essencial, não só para quem trabalha diretamente na área, mas sim por todos os profissionais envolvidos no negócio. http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/ifrs-o-que-sao/ http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/ifrs-o-que-sao/ http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/a-contabilidade-e-a-lingua-dos-negocios/ http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/reciclagem-de-conhecimento/ http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/reciclagem-de-conhecimento/
Compartilhar