Buscar

2 Aula de Dentística III

Prévia do material em texto

2º Aula de Dentística III 
Epitélio do sulco, epitélio juncional e inserção conjuntiva. 
A distância entre a ponta da crista óssea até o inicio do epitélio juncional é de 2mm. Isso é importante porque quando for fazer um preparo, o ponto final onde termina o término deve ser preservado, ou seja, a área do epitélio juncional deve ser preservada. Se o término ficar dentro da área do sulco, não comprometendo o epitélio juncional ou a inserção conjuntiva, e a altura da crista óssea não vai se modificar, porém, se quando eu estiver fazendo meu preparo e se a broca entrar mais 0,5mm, vou estar comprometendo a integridade do epitélio juncional, vou estar invadindo a distância desse epitélio, como consequência a crista óssea “desce”, gerando uma recessão gengival. 
Términos do ponto de vista periodontal: subgengival – meio milímetro da ponta da broca na área do sulco preservando o epitélio juncional. Final da coroa dentro do sulco, maior comprimento de dente mais resistente a uma remoção axial. 
Quando você trabalha com o dente que já tem perda tecidual, a cárie, às vezes, já invadiu a distância biológica, comprometendo aquela área. Então no preparo essa área de perda de dente é envolvida. Preparo indireto de dentes sempre tem que terminar sobre o dente, nunca sobre a restauração. 
Em um dente restaurado na interproximal, o término ocupa toda a interproximal e termina em dente, não em restauração, pois se a mesma infiltrar ou ter algum outro problema ela vai comprometer a prótese que está sobre ela. 
- Término Supragengival: pode deixar 0,5mm de dente, e visualmente você vai observar a prótese, uma faixa de dente e a gengiva. Usado em pessoas com mais idade. Melhora a adaptação, porque você consegue ver se tiver cárie, é mais fácil de fazer compressão/moldagem e, principalmente higienização, porque a aula que vai acumular mais biofilme é a área ao nível gengival, como vai estar 0,5mm acima fica mais fácil para o paciente escovar. Não é indicado para coroas curtas, pois assim você perde 1mm de retenção, se o dente já tem coroa curta o término mais indicado é o subgengival. 
- Término ao Nível Gengival: contra-indicado, não vamos utilizar. A localização dele é muito crítica ao acúmulo de biofilme. 
Preparos para restaurações diretas: preparos parciais (preparo onlay- preparar aéreas de cúspides, fazer canaletas, classe II/MOD); preparo de coroa em 4 pinos (mantém a face vestibular, prepara a palatina); preparo de coroa total. 
1º Brocas esféricas: 1014 – indicada para dentes molares e pré-molares, entrar com metade do diâmetro da broca;
Dentes anteriores – 1012 ou 1013, tem diâmetro menor. 
Brocas para o restante do preparo: 3216 (angulação correspondente a 3º) ou 2215, o término de ambas vai ser sempre igual, desde que você as use de forma correta, a diferença está na angulação das paredes da broca. 
Técnicas de Preparo Indiretas 
Técnica da Silhueta: desgastar primeiramente só a metade do dente, e depois a outra metade. 
Técnica de Preparo de Coroa Total 
- Características: chanfrado tanto na vestibular quanto nas interproximais e palatinas, redução da altura das cúspides, para que seja possível encaixar a coroa na área de cúspide, para ter resistência tanto do nosso preparo quanto da coroa. 
1º passo: confecção do sulco marginal – usar broca esférica 1014, entrar com metade da broca, com 45º fazer o sulco em toda área vestibular do dente. Em determinado momento, a ponta ativa da broca vai encostar na borda do preparo, quando isso ocorrer a profundidade está boa. 
2º sulco de confecção: usar a broca 3216 ou 2215, deixar a mesma paralela ao longo eixo do dente para fazer o desgaste, até entrar metade da ponta ativa da broca. 
Preparo em dentes posteriores usa-se a dupla inclinação, uma inclinação na cervical e outra no terço médio e terço incisal, não pode fazer inclinação única pois o dente será muito desgastado, e não vai ser obedecido o paralelismo de 3º. 
1º sulco de retenção será feito bem no centro do dente -> mais um sulco em direção as interproximais, na lateral. 
Desgaste na oclusal: desgastar 2mm, entrar com a ponta ativa inteira da broca. 
Proteger o dente vizinho com matriz, usar cunha de madeira -> romper a interproximal usando 3203 passando de vestibular e lingual até romper a parede.
- Função das guias: o dente tem espessuras diferentes em cada porção para fazer o desgaste, se seguir a sequência de desgaste é possível saber quanto foi desgastado em cada área.
3216 ou 2215 para unir os pontos desgastados -> fazer a mesma coisa na oclusal, até que tenha metade do dente preparado, tanto na vestibular quanto na palatina/lingual. 
2215F (para acabamento) regularizar a cervical do preparo. 
Depois do preparo pronto, que está 0,5mm supragengival, entrar 0,5mm subgengival, quando for fazer o acabamento. 
Observar: se o término está regular, olhar de cima todas as paredes, enxergar a dupla inclinação da parede vestibular, isso indica que o preparo está bom! 
Guia -> desgaste da cervical -> guias de orientação-> desgaste da oclusal-> rompimento da interproximal -> união dos sulcos.

Continue navegando