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APX1 de Geografia na educação 2 20221

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL 1 – 2022.1 
 
DATA LIMITE DE ENTREGA – 03/04 ATÉ ÀS 13h 
 
Disciplina: Geografia na Educação 2 
Coordenador: Lincoln Tavares Silva 
Aluno(a): JENIFER APARECIDA DA SILVA FIGUEIREDO HOSKEM 
Matr.: 20212080365 Polo: TRES RIOS 
 
1ª Questão) Leia a reportagem a seguir e relacione-a ao que se pede na questão 
(2,5 ptos): 
Apagão no Censo: Como a falta de dados 
pode impactar a vida da população 
Redução de 88% no orçamento - Pesquisa pode ser adiada de novo 
Prejudica planejamento público 
LORENA FRAGA 17.abr.2021 (sábado) 
 
 Em 2019, o ministro Paulo Guedes (Economia) pediu que o número de perguntas 
do questionário do Censo Demográfico do IBGE fosse reduzido para contornar a falta de 
recursos. Na época, o orçamento era de R$ 4 bilhões. Sofreu um corte de 50% e caiu 
para R$ 2 bilhões em 2020. A expectativa era que o recenseamento fosse realizado no 
ano passado. Com a pandemia, acabou adiado para 2021. 
 Agora, um novo corte de R$1,7 bilhões coloca a pesquisa em risco. Com um 
orçamento de apenas R$ 71 milhões, pode ser postergada mais uma vez ou sequer 
acontecer. Isso afeta diretamente a vida da população. 
O QUE É O CENSO? 
 Desde 1872, a cada 10 anos, a pesquisa demográfica realizada pelo IBGE faz um 
raio-x completo do Brasil. Mede a quantidade de habitantes do país, faixa etária, gênero 
e as condições em que essas pessoas vivem. Dados sobre a população de cada Estado, 
cidade e bairro vêm daí. As informações baseiam a formulação de políticas públicas, 
sociais e econômicas. 
 Mas não é só isso. Quantos nomes iguais ao seu existem no país? A curiosidade 
pode ser respondida com uma breve consulta ao site Nomes no Brasil, que usa a base 
de dados do Censo Demográfico de 2010 para sanar a dúvida dos mais curiosos. 
PARA QUE SERVE? 
 Distribuição de renda do governo federal para Estados e municípios, planejamento 
urbano, campanhas de vacinação, políticas educacionais, controle migratório e até a 
indústria e o comércio dependem dos resultados do Censo. Mesmo dados de pesquisas 
de opinião, aprovação presidencial e pesquisas de mercado são desenhados em cima 
de uma população que o Censo identifica. 
 O levantamento de audiência dos meios de comunicação, o planejamento da 
recuperação do país no período pós-pandemia, o registro de imigrantes no país pela 
Polícia Federal e o número de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) 
também dependem da base de dados fornecida pelo Censo. 
 Até a dinâmica das eleições municipais é afetada. Uma cidade só pode realizar o 
2° turno para vereador e prefeito se a população tiver mais de 200 mil habitantes. Quando 
não se sabe ao certo a população daquela região, os moradores podem perder esse 
direito. 
 “Nós sabemos que um município precisa ou não de mais um vereador, por 
exemplo, baseado na contagem populacional. Quando isso não acontece e as projeções 
estão desatualizadas, pode ser que aquele município esteja com a sua representação 
legislativa desatualizada“, explica o professor Rogério Barbosa do IESP-UERJ (Instituto 
de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro). 
 No intervalo entre um Censo e outro, no meio da década, é realizada uma 
contagem populacional para atualização. A última, que seria em 2015, não aconteceu 
por causa de corte no orçamento. Tudo isso agrava a situação atual. As projeções de 
hoje já estão desatualizadas e se baseiam apenas no Censo de 2010 e de anos 
anteriores. É como se o Brasil ficasse parado no tempo. 
QUAIS OS PROBLEMAS? 
 O IBGE tem afirmado que a redução orçamentária pode inviabilizar a realização 
da pesquisa em 2021. Em nota divulgada no dia 22 de março, a entidade disse que 
contava com o apoio da Comissão Mista de Orçamento para que o cenário de corte de 
verbas fosse revertido. 
 Mas durante a votação do Orçamento de 2021, o Censo sofreu o corte de R$ 1,7 
bilhão. Com R$ 71 milhões disponíveis, os recursos previstos para o Censo Demográfico 
de 2021 foram reduzidos a apenas 3,5% do total anteriormente estabelecido pela União. 
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https://www.poder360.com.br/brasil/corte-de-verba-no-ibge-pode-tornar-censo-2021-inviavel-diz-instituto/
https://www.poder360.com.br/brasil/corte-de-verba-no-ibge-pode-tornar-censo-2021-inviavel-diz-instituto/
https://www.poder360.com.br/brasil/congresso-aprova-orcamento-de-2021-e-envia-a-sancao/
https://www.poder360.com.br/economia/congresso-reduz-de-r-2-bilhoes-para-r-71-milhoes-orcamento-do-censo/
https://www.poder360.com.br/economia/congresso-reduz-de-r-2-bilhoes-para-r-71-milhoes-orcamento-do-censo/
 Na tarde de 26 de março, Susana Cordeiro Guerra pediu demissão da 
presidência do IBGE. Em 6 de abril, o Instituto suspendeu a realização das provas dos 
concursos para o Censo 2021. Mais de 204 mil vagas estavam à disposição para a 
realização da pesquisa. 
 A Comissão Consultiva do Censo Demográfico, entidade independente que auxilia 
o IBGE na elaboração da pesquisa, publicou uma carta no dia 4 de abril em defesa da 
integralidade do orçamento. Dizem que “se os recursos não forem aprovados agora, será 
impossível manter o trabalho contínuo” para a execução no 2º semestre deste ano. 
 Mesmo com a pandemia, a direção do órgão afirma que sempre houve situações 
desfavoráveis para a realização da pesquisa no país. Afirma que o IBGE já se preparou 
para garantir as medidas de prevenção contra o coronavírus, com EPIs e treinamento 
sobre protocolos de saúde. 
PERGUNTAS SEM RESPOSTA 
 O corte já se fez notar na estrutura do Censo em anos anteriores. Em 2019, foi 
anunciada uma redução dos questionários aplicado pelos recenseadores. Em um deles, 
o básico, as perguntas caíram de 40 para 25. No mais completo, a redução foi de 102 
para 76 perguntas. 
 Foram removidas perguntas essenciais para desenhar as condições de vida da 
população, como questões sobre casa própria e aluguel, condições de estudos, entre 
outros. Afeta diretamente os mais pobres. 
 Quantas pessoas têm acesso a televisão no Brasil? Questões como essa, e 
também sobre a posse de telefone, motocicleta e automóvel, também devem ser 
eliminadas do questionário da amostra. Agora, os recenseadores devem perguntar 
apenas sobre acesso a internet e geladeira. 
 Em 2019, ao defender os cortes no questionário, o ministro da Economia, Paulo 
Guedes, afirmou que o Censo brasileiro tinha 150 perguntas, enquanto em países 
desenvolvidos tem apenas 10. Mas, segundo um levantamento do economista Ricardo 
Paes de Barros obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, o questionário básico brasileiro do 
Censo é um dos menores do mundo. 
 Considerando dados dos últimos censos mundiais, o questionário chinês teria o 
menor número de campos básicos, com 11 questões. Em seguida aparecem os EUA (13 
questões) e o Canadá (16 questões). Os maiores são o da Holanda e o da Bélgica, com 
147 questões cada um. 
AMEAÇA AOS MUNICÍPIOS 
 Segundo informações da Secretaria Especial de Fazenda, a distribuição dos 
recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) é feita de acordo com o número 
https://www.poder360.com.br/economia/presidente-do-ibge-pede-demissao-depois-de-corte-no-orcamento-do-censo/
https://www.poder360.com.br/economia/presidente-do-ibge-pede-demissao-depois-de-corte-no-orcamento-do-censo/
https://www.poder360.com.br/governo/corte-no-orcamento-faz-ibge-suspender-provas-para-agentes-do-censo-2021/
https://www.poder360.com.br/governo/corte-no-orcamento-faz-ibge-suspender-provas-para-agentes-do-censo-2021/
https://www.poder360.com.br/congresso/comissao-pede-ao-congresso-manutencao-de-orcamento-para-realizar-o-censo/
https://www.poder360.com.br/congresso/comissao-pede-ao-congresso-manutencao-de-orcamento-para-realizar-o-censo/https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/ibge-anuncia-reducao-dos-questionarios-do-censo-2020
https://www.poder360.com.br/economia/censo-brasileiro-tem-o-16a-menor-questionario-do-mundo-diz-estudo/
http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/assuntos_municipais/repasse_receita/informacoes/fpm.html
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_14.12.2017/art_159_.asp
de habitantes. Com base nas estatísticas divulgadas anualmente pelo IBGE, o TCU 
(Tribunal de Contas da União) publica no Diário Oficial da União os coeficientes 
destinados a cada município. 
 “Tem município que cresceu, já outros diminuíram e isso prejudica essa 
transferência de recursos, torna a política pública ineficiente”, explica José Eustáquio 
Diniz, pesquisador titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do IBGE 
entre 2002 e 2019, lamentando a “falta tremenda” que a pesquisa faz no cenário 
nacional. 
 Também afeta a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), que mede, 
entre outras coisas, o desemprego. Também depende do Censo. “Se ela se baseia em 
um censo demográfico desatualizado, pode acabar errada, e logo os indicadores 
fundamentais para o planejamento econômico acabam afetados”, aponta Barbosa. 
2022 
 Neste cenário, o Censo Demográfico pode ficar para depois das eleições de 2022. 
“Para uma parte do mundo político, não interessa você conhecer a realidade. Mas, para 
a maioria da população é necessário saber a atual situação do país”, diz José Eustáquio 
Diniz. O pesquisador defende que o Censo em 2021 é importante para pautar os debates 
do ano que vem. 
 Rogério Barbosa afirma que não acredita que existe uma “mera ideologização ou 
polarização” da pesquisa demográfica: “Acredito que existe uma agenda de ajuste fiscal 
que está sendo feita sem nenhum planejamento de custos e benefícios de curto, médio 
e longo prazo”. 
 “Cortar o Censo é politicamente pouco custoso porque é um assunto muito 
técnico, não é algo que causa uma comoção populacional”, diz. 
 “Boa parte do orçamento público é vinculado constitucionalmente, isso significa 
que tem coisas que não podem ser cortadas, que são obrigatórias”. O gasto com 
previdência, por exemplo, é definido constitucionalmente. “O que não acontece com o 
Censo e alguns programas sociais como o Bolsa Família, que acabam sendo as maiores 
vítimas”. 
 Para Barbosa, a ausência do Censo Demográfico será sentida ao longo da 
década. “No que o Brasil é e vai ser na década de 2020, (a falta) é muito grande. Mas 
não necessariamente a população vai reconhecer isso imediatamente”. 
É POSSÍVEL ADMINISTRAR O PAÍS COM A AUSÊNCIA DO CENSO? 
 
 Em 1990, por causa dos efeitos do plano Collor, o Censo foi adiado para 1991. 
Mas a falta de estatísticas que dão nome, endereço e colocam no mapa as necessidades 
da população podem deixar gestores no escuro. Em alguns países desenvolvidos, é 
possível dispensar a pesquisa por já existirem sistemas mais abrangentes de bancos de 
dados, o que não acontece no Brasil. 
 Mesmo com a realização de pesquisas menores, como a Pesquisa Nacional por 
Amostragem de Domicílios (Pnad), os dados ficam defasados, uma vez que a maioria 
dessas pesquisas utiliza a base de dados do último Censo. De acordo com o professor 
da Ence, Paulo Jannuzzi, mesmo empresas de big data – conjuntos de dados 
processados por computadores – precisam da base de dados do órgão. 
Fonte: adaptada de https://www.poder360.com.br/brasil/apagao-no-censo-como-a-falta-
de-dados-pode-impactar-a-vida-da-populacao/, acesso em 17/04/2021 
Após as leituras da reportagem e dos temas trabalhados nas aulas 10, 11 e 12, 
construa roteiro, voltado à estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental 
ou da EJA, que caracterize caminhos a serem utilizados para abordar a importância 
do censo demográfico como forma de compreensão das características e 
necessidades populacionais em nosso país. 
Resposta: O Censo Demográfico tem por objetivo contar os habitantes do território 
nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros, produzindo 
informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de 
decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo. E 
também constituem a única fonte de referência sobre a situação de vida da população 
nos municípios e em seus recortes internos, como distritos, bairros e localidades, rurais 
ou urbanas, cujas realidades dependem de seus resultados para serem conhecidas e 
terem seus dados atualizados. 
A educação escolar desponta no cenário nacional como uma educação tecnocrática e 
elitista, tendo como objetivo formar dois grupos de cidadãos, um para comandar e outro, 
a grande maioria, para ser comandada. Essa finalidade educacional encontra-se 
enraizada na nossa sociedade e tem feito com que ainda hoje parte da população receba 
uma educação pobre, que não tem objetivo a emancipação e o exercício pleno da 
cidadania por todos os brasileiros independentemente de cor, raça, sexo ou status 
socioeconômico. 
2ª Questão) 
Sobre a questão fundiária brasileira, relacionada à ocupação do território 
amazônico, leia a reportagem a seguir (2,5 pontos). 
Massacre de Eldorado dos Carajás completa 25 anos e mobiliza luta campesina 
Policiais militares coordenaram ação - Mataram 19 trabalhadores sem-terra 
PODER360 - 17.abr.2021 (sábado) 
 Há exatos 25 anos, em 17 de abril de 1996, uma 4ª feira, centenas de 
trabalhadores rurais acampavam com suas famílias no local conhecido como curva do 
S, na atual BR-155, município de Eldorado dos Carajás, região sudeste do Pará, quando 
foram cercados por policiais militares vindos do quartel de Parauapebas, de um lado, e 
do batalhão de Marabá, pelo outro. 
 O plano dos trabalhadores era marchar até Belém para reivindicar a 
desapropriação da Fazenda Macaxeira, no município vizinho de Curianópolis, apontada 
como improdutiva pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Naquele 
dia específico, com poucos alimentos para seguir viagem, eles decidiram bloquear a 
estrada em protesto. Por determinação do governo estadual, a Polícia Militar foi então 
enviada para liberar a via. 
 “Ficamos no fogo cruzado, bala de um lado, bala de outro, muito mato pra gente 
poder correr”, conta Maria Zelzuita, de 56 anos, sobrevivente do massacre de Eldorado 
dos Carajás. Ela disse à Agência Brasil que, ao virar para trás, antes de fugir, viu uma 
companheira de marcha com o maxilar sangrando: ao gritar “reforma agrária”, a mulher 
teria sido atingida por tiros. 
 A ação policial resultou em 19 mortos, alguns com característica de execução, 
segundo laudos oficiais posteriores. Outras 79 pessoas ficaram feridas, duas das quais 
acabariam morrendo no hospital. Registradas pelo cinegrafista Raimundo Osvaldo 
Araújo, da TV Liberal, imagens do massacre mostraram os trabalhadores rurais reagindo 
com foices e facões enquanto eram alvejados. Ao fundo, podia-se ouvir o apelo da 
repórter Marisa Romão, que aos gritos de “tem mulheres e crianças” tentou pedir aos 
policiais que parassem de atirar. 
 A comoção dentro e fora do país foi tamanha que o 17 de abril se tornou o Dia 
Internacional de Luta Camponesa. Todos os anos, desde o massacre, a Via Campesina, 
união camponesa internacional composta por 182 movimentos sociais, promove na data 
uma mobilização global. Neste ano, no contexto da pandemia de covid-19, o tema 
escolhido foi a defesa da soberania alimentar, com eventos previstos em dezenas de 
países. 
PANDEMIA 
 “O massacre do Eldorado dos Carajás foi o primeiro grande momento de 
popularização da questão agrária”, frisa João Paulo Rodrigues, integrante da direção 
nacional do MST. No Brasil, o 17 de abril impulsionou mobilizações que historicamente 
já eram realizadas no mês pelo movimento. Nos últimos 25 anos, a data foi marcada por 
marchas, bloqueios e ocupações de terras consideradas improdutivas. 
 É noaniversário do massacre que o movimento “dialoga com a sociedade as 
bandeiras da reforma agrária popular, as bandeiras da produção, as bandeiras de uma 
https://www.poder360.com.br/author/do-poder360/
sociedade mais justa e igualitária”, disse Marina dos Santos, também da direção nacional 
do MST. Desde o ano passado, contudo, no contexto da pandemia de covid-19, a 
orientação é evitar aglomerações e “focar nas ações de solidariedade”, afirmou ela. 
 Para este sábado, estão programados atos de doação de alimentos em todos os 
estados. Desde o início da pandemia, o movimento afirma ter doado mais de 4 mil 
toneladas de comida para combater a insegurança alimentar, sobretudo em periferias de 
regiões metropolitanas. 
 Outra parte da programação do 17 de abril migrou para a internet. O ato solene 
que costumava ocorrer todos os anos na curva do S, onde o “monumento das 
castanheiras queimadas” marca o ponto exato do massacre, neste ano voltará a ser 
realizado somente de modo virtual, com uma transmissão ao vivo pelas redes sociais. 
 “Neste ano de pandemia estamos em casa, mas o povo não tá calado, o 
movimento não tá calado”, assegurou a sobrevivente Maria Zelzuíta, que até hoje mora 
no assentamento 17 de abril, a pouco mais de 18 km da curva do S. Assim como faz há 
25 anos, ela afirmou que irá ao local, mesmo que sozinha, para prestar homenagem às 
vítimas do massacre que, assim como ela, “tinham o sonho de uma terra, tinham um 
sonho de trabalhar”. 
SITUAÇÃO ATUAL 
 Passados 25 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, o advogado José 
Batista Afonso, que atua em nome da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no sudeste do 
Pará, frisa que a violência na disputa pela terra segue bastante presente na região. “Aqui 
não passa um ano sem ter assassinato de camponeses”, afirmou ele à Agência Brasil. 
 “Continua tendo uma concentração muito grande de conflitos sem solução. Nós 
temos mais de 200 fazendas em situação de conflito pelo domínio da área. Tem 
fazendeiros, grileiros, madeireiros e, no meio, mais ou menos 16 mil famílias de 
trabalhadores rurais”, disse o advogado. 
 Uma das razões para a continuidade das mortes é a impunidade, avalia a CPT. 
Segundo levantamento da entidade, que é ligada à Igreja Católica e também a outras 
denominações religiosas, de 1.468 assassinatos no campo, somente 117 foram 
analisados por algum juiz, de qualquer instância, entre os anos de 1985 e 2018. 
 Nesse quesito, mesmo tendo resultado em duas condenações, Eldorado dos 
Carajás ainda costuma ser citada como exemplo de impunidade. Para os movimentos 
sociais, a investigação do caso falhou por não ter individualizado as condutas dos 
policiais envolvidos e ter poupado a cúpula do governo do Pará. “Quantos realmente 
apertaram o gatilho e foram responsáveis pelas mortes? Além dos executores, quem é 
que determinou [a operação]?”, indagou José Batista Afonso. “Essa investigação não 
chegou nesse nível nunca”, afirmou ele. 
 O julgamento do caso levou quase duas décadas até que se esgotassem todos 
os recursos possíveis. Dos 155 policiais que tiveram participação no episódio, somente 
dois foram condenados: o major José Maria de Oliveira, comandante da operação, com 
pena de 158 anos e 4 meses de prisão; e o coronel Mário Colares Pantoja, comandante 
do batalhão de Marabá, com pena de 228 anos de prisão. Ambos foram presos em 2012, 
16 anos após o massacre. 
 Pantoja, que após ser beneficiado por um habeas corpus cumpria prisão 
domiciliar, morreu em novembro do ano passado, vítima de covid-19. 
Fonte: adaptado de https://www.poder360.com.br/historia/massacre-de-eldorado-dos-
carajas-completa-25-anos-e-mobiliza-luta-campesina/, acesso em 17/04/2021. 
AGORA RESPONDA: 
Pensando numa aula para o Ensino Fundamental, identifique e caracterize pelo 
menos dois dos atores sociais e econômicos envolvidos nos conflitos e disputas 
fundiárias no Brasil. Relacione pelo menos uma destas disputas aos aspectos 
diretamente presentes na devastação socioambiental na Amazônia. 
Resposta: Os problemas no campo brasileiro se arrastam há centenas de anos. A distri-
buição desigual de terras desencadeia uma série de conflitos no meio rural. Com isso, 
poucas pessoas adquiriram grandes extensões de terra, estabelecendo diversos latifún-
dios no país. Algumas famílias concentraram grandes propriedades rurais, e os campo-
neses passaram a trabalhar como empregados para os detentores de terra. Contudo, a 
violência no campo se intensificou com a independência do Brasil, em 1822, quando a 
demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, provocando vários 
assassinatos. Outro artifício muito utilizado e que desencadeia uma série de conflitos é 
a grilagem. Esse método é destinado à falsificação de documentos de posse da terra, 
em que os grileiros colocam documentos falsos em caixas fechadas com grilos até que 
os papéis fiquem com aparência de envelhecidos. Posteriormente, o imóvel é vendido 
por meio desse documento falso, ocasionando a expulsão do proprietário, que normal-
mente é um pequeno agricultor. 
Além desses fatores que beneficiam os grandes detentores de terra, outro problema é a 
atual organização da produção agrícola. A mecanização e a utilização massiva de tec-
nologia no campo têm forçado os pequenos produtores a venderem suas propriedades 
e trabalharem como empregados ou migrarem para as cidades, visto que muitos deles 
não conseguem mecanizar sua produção, fato que resulta no baixo rendimento, o que 
os coloca em desvantagem no mercado. 
O Brasil é reconhecido internacionalmente pelas altíssimas taxas de desmatamento, 
diretamente atreladas à expansão das atividades agropecuárias, com destaque para a 
criação de bovinos e produção de grãos. O volume de queimadas no território brasileiro 
também é gritante. As queimadas são registradas em biomas diversos que apresentam 
elevada importância ambiental, como a Amazônia e o Pantanal. A utilização de 
agrotóxicos também é outro problema ambiental recorrente no país, inclusive de 
produtos químicos que são proibidos por diversas nações em razão dos seus impactos 
no meio ambiente e na saúde da população. A contaminação por agrotóxicos, tanto de 
produtores rurais quanto de consumidores finais, é recorrente no Brasil. 
 
3ª Questão) 
Com base nas leituras sobre o Complexo do Nordeste brasileiro e da reportagem 
a seguir, apresente suas explicações conforme solicitado (2,5 pontos): 
Notícias 
24 de Março de 2021 | Atualizado em 17 de Abril de 2021 
Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com 
Consórcio Nordeste leva propostas de combate ao coronavírus para reunião com 
Bolsonaro 
As propostas são chamadas de “Pacto pela Vida”. O consórcio será representado 
pelo governador de Alagoas, Renan Filho. 
 O Consórcio Nordeste, que representa os nove governadores da região, vai 
apontar soluções de combate ao coronavírus durante a reunião que será realizada, nesta 
quarta-feira (24), com os líderes do Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiros para 
discutir a crise sanitária que o Brasil enfrenta. As propostas são chamadas de “Pacto 
pela Vida”. O consórcio será representado pelo governador de Alagoas, Renan Filho. 
 O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, 
informou que a primeira proposta ao presidente Jair Bolsonaro é que seja mantido o 
cronograma inicial de entrega da vacina Oxford/AstraZeneca, oriundas do consórcio 
global Covax Facility/OMS. 
 Segundo o gestor, o Brasil receberia 2.997.000 doses na primeira etapa e só foi 
entregue 1 milhão no último fim de semana. O restante (1.997.000), a Fiocruz e a OMS 
estão querendo adiar para abril. “A nossa proposta é manter o calendário, que prevê 
completar a entrega ainda em março, e o restante em abril (3 milhões) e em maio (3,1 
milhões), totalizando 9,1 milhões de doses previstas desde o início”, comentou Dias. 
 Um dos argumentos que o consórcio utilizará para manter o cronograma é o riscoque o Brasil representa hoje para o mundo, como uma possível fábrica de novas 
variantes do coronavírus. “Para todos os países e autoridades nosso argumento é: o 
Brasil é centro da pandemia no mundo? É risco de propagação de variantes para a 
América e para o mundo? Então ajudem o Brasil, e assim ajudam o mundo a sair do 
colapso na rede de saúde e elevada mortalidade e controlar variantes. A saída é mais 
vacinas”, frisa Wellington. 
 Outro ponto que será abordado pelo colegiado na reunião é a recomposição do 
orçamento da Saúde para 2021, pois a proposta do Orçamento Geral da União enviado 
pelo Executivo ao Congresso Nacional chegou com R$ 43 bilhões a menos do que o 
previsto. A ideia é manter o valor inicial para suportar a pandemia da Covid-19 e outras 
doenças. 
 Ainda sobre a saúde, os governadores do Nordeste cobrarão que o Palácio do 
Planalto faça sua parte e assuma a coordenação da crise, usando toda a máquina do 
governo federal para combater a pandemia. A proposta é que o Ministério da Saúde fique 
à frente, com apoio do Ministério das Relações Exteriores, da Economia, Casa Civil, além 
de um governador de cada uma das cinco regiões do país e ainda líderes da Anvisa, 
Fiocruz, Butantan, União Química, Câmara dos Deputados e Senado Federal. 
 Entre as medidas que podem ser tomadas por meio dessa coordenação, está a 
antecipação de feriados nacionais, que ajudaria a reduzir a circulação de pessoas em 
todo o país. Outra ação é uma comunicação centralizada e integrada, com atualização 
diária sobre casos confirmados, internados e óbitos, sobre cronograma diário e semanal 
de entrega e aplicação de vacina por estados e municípios. “Um portal nacional mais 
completo e integrado com estados e municípios e laboratório”, sugere Wellington Dias. 
Economia 
 A integração de órgãos do governo federal também servirá para execução de 
medidas econômicas, como a liberação de auxílio emergencial para a população mais 
vulnerável e apoio às micro e pequenas empresas. Nesse setor, a proposta do consórcio 
é retomar um grupo de trabalho com os Ministérios da Economia, Agricultura e 
Infraestrutura, com a colaboração de um governador de cada região sugerindo 
alternativas para o desenvolvimento do país. “Inclusive, temos disposição de tratar da 
reforma tributária com o projeto apresentado pelo Comitê Nacional de Secretarias de 
Fazenda (Consefaz)”, explica o governador do Piauí. 
 O presidente do Consórcio Nordeste quer uma reunião com objetivos claros, 
medidas concretas para que até a Semana Santa o governo federal adote ações 
restritivas para redução da circulação da população, a única maneira de barrar o 
crescimento do vírus enquanto a vacinação não avança. “Não queremos uma reunião só 
para fotografia e discurso”, afirmou Wellington. 
 O governador lamenta que o vírus e a morte estejam vencendo a batalha contra 
o Brasil, com quase 300 mil óbitos até agora, e por isso a reação dos governantes precisa 
ser forte. “Queremos que o governo federal garanta mais vacina, faça um esforço 
nacional para agilizar a imunização, propicie recursos para que a rede hospitalar de todo 
o país seja abastecida com insumos e consiga atender a população. É isso que o Brasil 
espera”, concluiu Dias. 
 A reunião desta quarta terá a presença dos presidentes da República, Jair 
Bolsonaro; do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux; da Câmara, Arthur Lira; e do Senado, 
Rodrigo Pacheco; além de cinco governadores representando cada região brasileira: 
Wilson Lima (Região Norte), Renan Filho (Nordeste), Ronaldo Caiado (Centro-Oeste), 
Cláudio Castro (Sudeste) e Ratinho Jr. (Sul). 
 
Fonte: adaptado de http://www.saude.pi.gov.br/noticias/2021-03-24/10531/consorcio-
nordeste-leva-propostas-de-combate-ao-coronavirus-para-reuniao-com-bolsonaro.html, 
acesso em 17/04/2021. 
Conforme levantamentos sobre mortes proporcionais divulgados em 10 abril, em 
nosso país, há 1.647 vítimas de covid por milhão de habitantes, segundo 
cruzamento de dados do Ministério da Saúde com a última estimativa populacional 
divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A existência 
de um consórcio para lidar coma Pandemia parece estar surtindo efeito. Só o 
Nordeste (1.286) está abaixo da média nacional. Na análise por Estados, apenas o 
Maranhão (910) tem menos de 1.000 vítimas por milhão. Apesar de números menos 
negativos, é grande a apreensão dos habitantes da região e dos governos 
estaduais e locais sobre a disseminação da COVID-19. 
EM SUA RESPOSTA, apresente dois fatores geográficos da realidade nordestina, 
que ao longo da história de ocupação da região, ampliam as preocupações sobre 
os efeitos sociais e econômicos da Pandemia nesta região. 
RESPOSTA: No Brasil, a pandemia da COVID-19 tem sido severa nos estados das 
regiões mais pobres, como o Nordeste. A falta de políticas nacionais para controle da 
pandemia levou as autoridades estaduais e municipais a implementarem medidas de 
saúde pública. O objetivo deste estudo é mostrar o efeito dessas medidas na epidemia. 
A maior incidência da COVID-19 entre os nove estados do Nordeste foi registrada em 
Sergipe, Paraíba e Ceará. O Piauí, a Paraíba e Ceará foram os que mais testaram. 
Muitos estados apresentavam alta proporção de pessoas em trabalho informal. Estados 
com aeroportos internacionais tiveram importante papel na entrada e disseminação 
inicial do vírus, em especial o Ceará. Todos os estados aplicaram medidas de 
distanciamento social, proibição de eventos públicos e fechamento de unidades de 
ensino. As respostas foram o aumento significativo de distanciamento social, em especial 
Ceará e Pernambuco, a queda do número de reprodução e a separação da curva dos 
casos observados da curva dos casos esperados sem as intervenções não 
medicamentosas em todos os estados. A pobreza, a desigualdade e as altas taxas de 
trabalho informal fornecem pistas do porquê da intensidade da COVID-19 na região. Por 
outro lado, as medidas de mitigação tomadas precocemente pelos governantes 
amenizaram os efeitos da pandemia. 
 
4ª Questão – 2,5 pontos) 
As duas reportagens a seguir também retratam temas que dizem respeito a 
preocupações socioambientais em nosso país. Neste caso, o contexto retratado é 
o das cidades brasileiras, principalmente as grandes cidades. Após ler os trechos 
elencados, forneça explicações para o que se pede 
 
As maiores chuvas nas capitais brasileiras desde 1990 
Gabriel Zanlorenssi e Lucas Gomes12 de fev de 2020 (atualizado 12/02/2020 às 
17h40) 
Mês de janeiro de 2020 em Belo Horizonte foi o mais chuvoso já registrado em uma 
capital brasileira nos últimos 30 anos. A cidade de Natal foi a que registrou maior volume 
em dois dias consecutivos. 
Fonte: https://www.nexojornal.com.br/grafico/2020/02/12/As-maiores-chuvas-nas-
capitais-brasileiras-desde-1990 
 
Cidades brasileiras precisam se adaptar o mais rápido possível ao clima cambiante 
As enchentes de Belo Horizonte e São Paulo são a ponta mais recente do iceberg 
climático que está a atingir as cidades brasileiras. Despreparadas, estas estão 
ameaçadas por chuvas cada vez mais fortes e mais frequentes. As chuvas que caíam 
uma vez a cada 10, 20 anos, agora acontecem a cada 5 anos ou menos. 
Daniela Chiaretti, no Valor, lembra que um trabalho do INPE de 2010 indicava que a 
temperatura média em São Paulo já tinha aumentado entre 2°C a 3°C, o suficiente para 
a cidade perder sua famosa garoa. A matéria compara as “enchentes surpresas” daqui 
com práticas adotadas mundo afora para exatamente reduzir o risco e os prejuízos com 
as chuvas nas cidades brasileiras. 
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/02/11/mudancas-de-clima-intensas-serao-regra-e-nao-mais-excecao.ghtml
Em Moçambique, a prefeitura de Pemba e Nacala mapearam as zonas de risco de 
desabamentos e enchentes e só autorizam novas construções em função desses riscos. 
Na Filadélfia, nos EUA, a prefeitura sabe que os primeiros milímetros de chuva 
determinam o tamanho do estrago. Assim, implantaramum programa no qual as casas 
instalam sistemas de captação e armazenamento desse primeiros volumes. Em 
Bangladesh, a perda anual da criação de galinhas pelas enchentes foi reduzida com a 
introdução da criação de patos. 
Chiaretti conversou com Sergio Margulis e Natalie Untersell, responsáveis pelo melhor 
trabalho sobre impactos climáticos em todo o país, trabalho que traz um conjunto 
importante de medidas de prevenção e adaptação, o Brasil 2040. Margulis diz que “se 
cortar gases-estufa é missão dos governos federais, a adaptação é local. É preciso 
começar logo: desentupir bueiros, melhorar a drenagem, plantas árvores, limpar 
córregos, educar a população a não jogar lixo no chão. Implementar um plano e pensar 
em obras estruturantes. O que não é possível é não fazer nada e apenas esperar pela 
próxima calamidade”. 
ClimaInfo, 13 de fevereiro de 2020. 
Fonte: https://climainfo.org.br/2020/02/12/cidades-brasileiras-precisam-se-adaptar-o-
mais-rapido-possivel-ao-clima-cambiante/ 
a) Diante do processo de urbanização existente no Brasil, indique 4 fatores que 
agravam os impactos das chuvas torrenciais típicas do verão, afetando a vida da 
população residente nas áreas metropolitanas, apresentando duas situações de 
catástrofes sociais explicitadas na mídia, que sirvam de exemplo como 
decorrentes da falta de planejamento ainda existente. 
 
RESPOSTA: As condições sociais como situação de moradia, alimentação e acesso aos 
serviços de saúde são fatores que aumentam a vulnerabilidade de populações expostas 
aos episódios das mudanças climáticas, que somados à exposição a poluentes 
atmosféricos, poderá apresentar efeitos sinérgicos com agravamento de quadros 
clínicos.

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