Buscar

Livro Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa M Lucia Sartoretto


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa 
Autor: M Lucia Sartoretto org 
Fonte: https://www.assistiva.com.br/index.html em 15.10.2021 
O que é Tecnologia Assistiva? 
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem 
para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida 
Independente e Inclusão. 
É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar 
os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • 
Mosby – Year Book, Inc., 1995). 
Conceito 
No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N° 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 propõe o 
seguinte conceito para a tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica 
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a 
funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, 
visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - 
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos 
https://www.assistiva.com.br/index.html
https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo
http://portal.mj.gov.br/corde/
http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/PORTARIA%20institui%20comit%C3%AA%20de%20ajudas%20t%C3%A9cnicas%20-%20revisada31.doc
http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/Ata_VII_Reuni%C3%A3o_do_Comite_de_Ajudas_T%C3%A9cnicas.doc
http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/Ata_VII_Reuni%C3%A3o_do_Comite_de_Ajudas_T%C3%A9cnicas.doc
Humanos - Presidência da República). 
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento 
jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e foi renovado em 1998 como Assistive 
Technology Act de 1998 (P.L. 105-394, S.2432). Compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os 
direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que 
estes necessitam. 
Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado 
para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços, são definidos como 
aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos. 
 Recursos 
Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas 
adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para 
adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, 
chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros 
itens confeccionados ou disponíveis comercialmente. 
 Serviços 
São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de 
http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/Ata_VII_Reuni%C3%A3o_do_Comite_de_Ajudas_T%C3%A9cnicas.doc
https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#porque
http://en.wikisource.org/wiki/Assistive_Technology_Act_of_1998#Sec._3.
http://en.wikisource.org/wiki/Assistive_Technology_Act_of_1998#Sec._3.
http://www.ada.gov/pubs/ada.htm
tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos. 
Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais 
como: 
 Fisioterapia 
 Terapia ocupacional 
 Fonoaudiologia 
 Educação 
 Psicologia 
 Enfermagem 
 Medicina 
 Engenharia 
 Arquitetura 
 Design 
 Técnicos de muitas outras especialidades 
Encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como ―Ajudas 
Técnicas‖, ―Tecnologia de Apoio―, ―Tecnologia Adaptativa‖ e ―Adaptações‖. 
 
 
Objetivos da Tecnologia Assistiva 
Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua 
comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos 
e sociedade. 
Categorias de Tecnologia Assistiva 
A classificação que segue foi escrita originalmente em 1998 por José Tonolli e Rita Bersch e sua última atualização é de 2017. Ela 
tem uma finalidade didática e em cada tópico considera a existência de recursos e serviços. Esta proposta de classificação foi 
desenhada com base nas diretrizes gerais da ADA, em outras classificações utilizadas em bancos de dados de TA e 
especialmente a partir da formação dos autores no Programa de Certificação em Aplicações da Tecnologia Assistiva – ATACP da 
California State University Northridge, College of Extended Learning and Center on Disabilities. 
A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da organização desta área de 
conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de serviços, 
catalogação e formação de banco de dados para identificação dos recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade 
funcional do usuário final. 
https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo
https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo
1 
Auxílios para a 
vida diária 
 
Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, 
cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção 
da casa etc. 
2 
CAA (CSA) 
Comunicação 
aumentativa e 
alternativa 
 
Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e 
receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito 
utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos Arasaac, Symbolstix, 
PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim. 
3 
Recursos de 
acessibilidade ao 
computador 
 
Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos 
de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, 
acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que 
permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador. 
4 
Sistemas de 
controle 
de ambiente 
 
Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-
locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de 
segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e 
arredores. 
5 
Projetos 
arquitetônicos 
para 
acessibilidade 
 
Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através 
de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou 
reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência. 
6 
Órteses e 
próteses 
 
Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento 
comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, 
apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações 
cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como 
lembretes instantâneos. 
7 
Adequação 
Postural 
 
Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto 
e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, 
assentos e encostos anatômicos), bemcomo posicionadores e contentores que 
propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e 
posicionamento de tronco/cabeça/membros. 
8 
Auxílios 
de mobilidade 
 
Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, 
andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da 
mobilidade pessoal. 
9 
Auxílios para 
cegos ou com 
visão subnormal 
 
Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para 
equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV 
com aumento para leitura de documentos, publicações etc. 
10 
Auxílios para 
surdos ou com 
déficit auditivo 
 
Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para 
surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, 
entre outros. 
11 
Adaptações em 
veículos 
 
Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores 
para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores 
usados no transporte pessoal. 
Símbolos de Comunicação Pictórica • Picture Communication Symbols (PCS) 
© 1981-2004 Mayer-Johnson. Todos os direitos reservados. 
 
 
Atuação da Tecnologia Assistiva 
 A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com deficiência. O termo funcionalidade deve ser 
entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse. 
Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo de intervenção para a funcionalidade deve 
ser BIOPSICOSSOCIAL e diz respeito à avaliação e intervenção em: 
 Funções e estruturas do corpo - DEFICIÊNCIA 
 Atividades e participação - Limitações de atividades e de participação. 
 Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais 
Para conhecer melhor a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade e os conceitos emitidos pela OMS - Organização 
Mundial da Saúde, clique aqui e baixe o documento completo em Português (2004 - 238 páginas - 2,68 MB) 
 
Visão Geral dos Componentes da CIF - 2003 
 
1. Funções e Estruturas do Corpo e Deficiências 
Definições: 
https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo
http://www.inr.pt/download.php?filename=Classifica%26ccedil%3B%26atilde%3Bo+Internacional+de+Funcionalidade%2C+Incapacidade+e+Sa%26uacute%3Bde&file=%2Fuploads%2Fdocs%2Fcif%2FCIF_port_+2004.pdf
http://www.inr.pt/download.php?filename=Classifica%26ccedil%3B%26atilde%3Bo+Internacional+de+Funcionalidade%2C+Incapacidade+e+Sa%26uacute%3Bde&file=%2Fuploads%2Fdocs%2Fcif%2FCIF_port_+2004.pdf
https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo
https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo
• Funções do Corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas). 
• Estruturas do Corpo são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos, membros e seus componentes. 
• Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, como um desvio importante ou uma perda. 
2. Atividades e Participações / Limitações de Atividades e Restrições de Participação 
Definições: 
• Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo. 
• Participação é o envolvimento numa situação da vida. 
• Limitações de Atividades são dificuldades que um indivíduo pode encontrar na execução de atividades. 
• Restrições de Participação são problemas que um indivíduo pode experimentar no envolvimento em situações reais da vida. 
3. Fatores Contextuais 
Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um indivíduo. Eles incluem dois fatores - Ambientais e Pessoais - 
que podem ter efeito num indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a Saúde e os estados relacionados com a 
saúde do indivíduo. 
• Fatores Ambientais: 
Constituem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as pessoas vivem e conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos 
indivíduos e podem ter uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto membros da sociedade, sobre a 
capacidade do indivíduo para executar ações ou tarefas, ou sobre a 
função ou estrutura do corpo do indivíduo. 
• Fatores Pessoais: 
São o histórico particular da vida e do estilo de vida de um indivíduo e englobam as características do indivíduo que não são parte 
de uma condição de saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o sexo, raça, idade, outros estados de saúde, 
condição física, estilo de vida, hábitos, educação recebida, diferentes maneiras de enfrentar problemas, antecedentes sociais, nível 
de instrução, profissão, experiência passada e presente, (eventos na vida passada e na atual), padrão geral de comportamento, 
caráter, características psicológicas individuais e outras características, todas ou algumas das quais podem desempenhar um 
papel na incapacidade em qualquer nível. 
4. Modelos Conceituais 
Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade foram propostos vários modelos conceituais: 
• Modelo Médico: 
Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, 
que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm 
por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a 
questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde. 
• Modelo Social: 
O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, 
basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um 
indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do 
problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias 
para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou 
ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De acordo com 
este modelo, a incapacidade é uma questão política. 
• Abordagem Biopsicossocial: 
A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspectivas de 
funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão 
coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social. 
Por que o nome "Tecnologia Assistiva"? 
Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996: 
ASSISTIVE TECHNOLOGY 
https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo
Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em 
inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais frequentemente o termo assistive 
technology. 
No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar 
suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. 
Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de 
adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, 
transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras). No CD-ROM intitulado Abledata, já estão catalogados cerca de 19.000 
produtos tecnológicos à disposição de pessoas com deficiência e esse número cresce a cada ano. 
Mas como traduzir assistive technology para o português? Proponho que esse termo seja traduzido como tecnologia 
assistiva pelas seguintes razões: 
Em primeiro lugar, apalavra assistiva não existe, ainda, nos dicionários da língua portuguesa. Mas também a 
palavra assistive não existe nos dicionários da língua inglesa. Tanto em português como em inglês, trata-se de uma palavra que 
vai surgindo aos poucos no universo vocabular técnico e/ou popular. É, pois, um fenômeno rotineiro nas línguas vivas. 
Assistiva (que significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia") segue a mesma formação das palavras com o sufixo "tiva", já 
incorporadas ao léxico português. Apresento algumas dessas palavras e seus respectivos vocábulos na língua inglesa (onde eles 
também já estão incorporados). Foram escolhidas palavras que se iniciam com a letra a, só para servirem como exemplos. 
http://www.abledata.com/abledata.cfm?pageid=19327&sectionid=19327
associativa - associative adotiva - adoptive 
adutiva - adductive afetiva - affective 
acusativa - accusative adjetiva - adjective 
aquisitiva - aquisitive agregativa - aggregative 
ativa - active assertiva - assertive 
adaptativa - adaptive aplicativa - applicative 
Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema 
tecnologia assistiva insere-se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa 
uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de 
serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência. 
O que é a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)? 
A área da Tecnologia Assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada 
de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA). A Comunicação Aumentativa e Alternativa destina-se a pessoas sem fala ou 
sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever. 
A CAA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de 
comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para 
https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo
manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, 
quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no 
cotidiano. 
Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são 
organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de 
palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa 
de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam 
em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário. 
O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês Augmentative and Alternative Communication - 
AAC. Além do termo resumido "Comunicação Alternativa", no Brasil também encontramos as terminologias "Comunicação 
Ampliada e Alternativa - CAA" e "Comunicação Suplementar e Alternativa - CSA". 
Cartões de 
comunicação 
 
 
Descrição de imagem: 
A imagem apresenta vários cartões 
de comunicação com símbolos 
gráficos representativos de 
mensagens. Os cartões estão 
organizados por categorias de 
símbolos e cada categoria se 
distingue por apresentar uma cor de 
moldura diferente: cor de rosa são 
os cumprimentos e demais 
expressões sociais, (visualiza-se o 
símbolo "tchau"); amarelo são os 
sujeitos, (visualiza-se o símbolo 
"mãe"); verde são os verbos 
(visualiza-se o símbolo "desenhar"); 
laranja são os substantivos 
(visualiza-se o símbolo "perna"), 
azuis são os adjetivos (visualiza-se o 
símbolo "gostoso") e branco são 
símbolos diversos que não se 
enquadram nas categorias 
anteriormente citadas (visualiza-se o 
símbolo "fora"). 
 
Prancha de 
comunicação 
com símbolos, 
fotos ou figuras 
 
 
Descrição de imagem: 
Uma pasta do tipo arquivo, contendo várias páginas 
de sacos plásticos transparentes está sobre o colo 
de um usuário de CAA. Cada página representa uma 
prancha de comunicação temática e na imagem 
visualiza-se a prancha com o tema "animais". 
 
Prancha de 
comunicação 
alfabética 
 
 
Descrição de imagem: 
Sobre uma mesa está uma pasta de 
comunicação e nela, há uma 
prancha que contém as letras do 
alfabeto e os números. O usuário 
está apontando o dedo indicador na 
letra "X". 
 
O que é um sistema de símbolos gráficos? 
Na confecção de recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa como cartões de comunicação, pranchas ou interfaces de 
comunicação são necessários sistemas de imagens para representações verbais ou visuais de conceitos e ideias. Para isso 
utilizam-se os símbolos gráficos, que são coleções de imagens de diferentes complexidades. Podem variar de figuras ou imagens 
em preto e branco de alto contraste até imagens pictográficas mais detalhadas até o nível fotográfico. São criados para responder 
a diferentes exigências ou necessidades de comunicação de seus usuários suprindo suporte de expressão durante todas as fases 
do dia-a-dia. Estes conjuntos de imagens são também conhecidos como Sistemas ou Bibliotecas de Símbolos que têm entre si 
https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo
uma identificação própria que permite ser categorizados e/ou agrupados por diversos aspectos como o nome, o que representam, 
classificação gramatical, etc. 
No Brasil os sistemas simbólicos difundidos incialmente foram o BLISS e o PCS. Posteriormente apareceram novas bibliotecas de 
símbolos, como ARASAAC, WIDGIT, SYMBOLSTIX, PICTO, REBUS e PICSYMS. Todos eles apresentam desenhos simples e 
claros, de fácil reconhecimento, adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos 
para a criação de recursos de comunicação individualizados. São extremamente úteis para criação de atividades educacionais. 
Prancha de 
comunicaç
ão com 
símbolos 
 
 
Descrição de imagem: 
Visualiza-se aqui uma 
prancha de 
comunicação com 
dezoito símbolos 
gráficos cujas 
mensagens servirão 
para escolher alimentos 
e bebidas. Os símbolos 
estão organizados por 
cores nas 
categorias social (oi, 
podes ajudar?, 
obrigada); pessoas (eu, 
você, 
nós); verbos (quero, 
comer, 
beber); substantivos (b
olo, sorvete, fruta, leite, 
suco de maçã e suco 
de laranja) 
e adjetivos (quente, frio 
e gostoso). 
Embasamento científico: 
A ISAAC - International Society for Augmentative and Alternative Communication, associação mundialmente conceituada e 
respeitada no campo da Comunicação Aumentativa e Alternativa publica há anos o AAC Journal que apresenta importantes 
pesquisas sobre o tema e muitas delas apresentam trabalhos sobre os sistemas simbólicos mais difundidos em todo o mundo. Da 
mesma forma, a ASHA - American Speech-Language-Hearing Association possui uma extensa relação de pesquisas 
envolvendo estes sistemas de símbolos. 
Utilizados por terapeutas brasileiras também desde a década de 80, encontramos no Brasil uma grande produção científica de 
Comunicação Aumentativa e Alternativa em trabalhos universitários, em programas de especialização, mestrado, doutorado e 
outros apresentados em congressos, como aqueles organizados pela ISAAC Brasil, capítulo brasileiro da ISAAC Internacional. 
Ferramentas para construção pranchas e outros recursos de CAA 
Atualmente temos diversas opções de ferramentas, sendo algumas disponíveis no Brasil e projetadas para uso em diferentes 
sistemas operacionais para uso em computadores e tablets comuns ou dedicados. Algumas ferramentas são gratuitas, outras são 
pagas, com valores proporcionaisàs funcionalidades oferecidas. 
https://www.isaac-online.org/
http://www.isaacbrasil.org.br/
https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo
Os recursos de comunicação são pessoais e devem ser confeccionados de forma personalizada. Desta forma, o programa 
utilizado de oferecer símbolos e imagens que fazem sentido para o usuário em sua comunicação durante as 24 horas do dia. São 
necessários símbolos para uso em casa, no trabalho e no ambiente escolar, estes devendo corresponder às atividades e 
conteúdos propostos no currículo e atividades educacionais. Também se faz necessário a facilidade de importação de imagens 
capturadas diretamente na internet, arquivos, fotografias digitais ou fotografias escaneadas de catálogos, livros de histórias ou 
didáticos. 
 
• Ferramenta gratuita 
Uma excelente ferramenta disponibilizada gratuitamente é o Portal ARASAAC do Centro Aragonês de Comunicação 
Aumentativa e Alternativa, com biblioteca de símbolos e ferramentas online para confecção de pranchas e comunicação. 
No link Aula Abierta são disponibilizadas muitas ferramentas e dicas que ensinam como utilizar os recursos do portal. 
 
• Ferramenta adquirida 
No Brasil indicamos o novíssimo software Mind Express 5. Uma tradução livre de Mind Express significa "Expressar a Mente" e 
é um programa atual e poderoso com mais de 50.000 símbolos ARASAAC, SYMBOLSTIX, BLISS e PCS. 
Além de criar facilmente as pranchas de comunicação para impressão, ele é fornecido com diversos conjuntos de pranchas 
prontas que permitem acessar todos os recursos do computador, como abrir programas, navegar na Internet, enviar e-mails, 
acessar as redes sociais etc. 
https://arasaac.org/
http://aulaabierta.arasaac.org/
Possui ainda interfaces dedicadas que permitem o usuário controlar a TV, aparelho de som além de permitir usar computador 
como telefone para fazer e receber chamadas. A acessibilidade à casa (domótica) também é oferecida no programa, como abrir e 
fechar portas, cortinas e janelas e outros aparelhos com adaptações necessárias. 
Oferece também diversos jogos prontos para uso em terapia ou lazer e permite criar outras brincadeiras e estratégias de 
comunicação e aprendizagem. 
O programa oferece não só uma comunicação eficaz como também a construção de atividades escolares dentro do conceito 
de Desenho Universal na Aprendizagem com total acessibilidade para seus usuários. 
O Mind Express possui um site de compartilhamentos, a Comunidade Mind Express onde você tem acesso à uma rede 
internacional de intercâmbio de atividades criadas com o programa e encontrará centenas de atividades prontas em vários idioma. 
Elas podem ser baixadas e editadas para se adequarem às necessidades de qualquer usuário. Você poderá também postar suas 
produções para ser compartilhadas por terapeutas, educadores, familiares e usuários do mundo todo. 
O Mind Express é uma ferramenta de autoria? 
É exatamente isso. O Mind Express é uma ferramenta que permite construir os recursos de comunicação e aprendizagem que seu 
aluno necessitará em cada fase de seu desenvolvimento educacional. E esta é uma das importantes característica deste 
programa. Os exemplos a seguir servem para mostrar aos professores o potencial de criação com o software. 
Conhecendo os desafios educacionais, os objetivos e atividades propostos para a turma e conhecendo também as características 
do aluno com deficiência (suas dificuldades e acima de tudo suas habilidades) o professor especializado irá projetar, construir e 
disponibilizar os recursos pedagógicos que garantam a acessibilidade, comunicação e participação no contexto da escola comum. 
http://www.mindexpress.be/
https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo
Atualmente as pesquisas existentes a respeito do ensino e da aprendizagem nos permitem olhar para o que o aluno produz e 
identificar o que ele já sabe, as dificuldades que estão impedindo sua aprendizagem e determinar que ações serão necessárias 
para que o seu conhecimento avance. 
Nas últimas décadas tem se consolidado a concepção que considera o processo de aprendizagem como resultado da ação do 
aprendiz. Por isso a função do professor é criar condições para que o aluno possa exercer sua função de aprender participando de 
situações que favoreçam isto. Neste sentido, com relação aos alunos com deficiência, torna-se indispensável a criação de 
condições de aprendizagem pelo professor, através da construção de recursos de acessibilidade. 
O conhecimento não é gerado do nada, é uma constante transformação a partir do conhecimento que já existe. É o que cada aluno 
já conhece que explica as diferentes formas e tempos de aprendizagem, bem como as dificuldades e possibilidades que o aluno 
apresenta. Seja nas propostas de atividades, seja na forma como os professores encorajam e desafiam os alunos a se lançar com 
ousadia nas propostas de aprendizagem, os recursos (materiais educacionais) tem uma função decisiva nas possibilidades de 
aprendizagem dos alunos. 
O Mind Express é uma ferramenta aberta e, portanto, servirá para confecção de recursos pedagógicos e de comunicação com 
acessibilidade que atendem diferentes concepções de ensino e aprendizagem. Por este motivo é importante considerarmos o 
modelo de escola, o que entendemos por aprendizagem e que postura nós pretendemos instigar no aluno, no sentido de ele ser 
ativo na construção do conhecimento. Se disponibilizarmos recursos ao nosso aluno permitindo e esperando apenas que ele 
responda o que consideramos correto, sem dar a ele oportunidades de questionar, propor alternativas, argumentar etc., 
possivelmente nós teremos um instrumento pobre de comunicação e também um instrumento pobre de educação. 
Portanto a palavra de ordem é conhecer a realidade e os desafios enfrentados pelo aluno e ser criativo. Junto com ele, iremos 
construir e utilizar os recursos que permitirão sua expressão e participação ativa em desafios educacionais. O professor deve 
funcionar como um diretor de cena, cabendo a ele observar as condições e necessidades de seus alunos e montar o cenário, 
através da construção das estratégias de ensino e dos recursos de acessibilidade, para possibilitar a construção do conhecimento 
de seus alunos. 
A beleza de um software de criação é que ele possibilita inovar, construir novas alternativas e materiais educacionais cada vez 
mais desafiantes e inéditos. 
Tipos de recursos de CAA 
Conhecendo os desafios educacionais que os alunos enfrentam no cotidiano escolar e utilizando-se de muita criatividade, o 
professor especializado poderá criar os recursos de comunicação e acessibilidade necessários aos seus alunos por meio das 
várias ferramentas do software de CAA. Abaixo vamos descrever e ilustrar algumas ideias de aplicação deste programa. 
Atividades educacionais acessíveis: Com o Mind Express você pode criar várias atividades educacionais para garantir 
acessibilidade e participação de alunos que utilizam a CAA em sala de aula. Lembre-se da importância da interlocução entre o 
professor do Atendimento Educacional Especializado, que construirá os recursos de acessibilidade, e o professor da sala de aula 
comum. Sem conhecer o plano de ensino do professor da sala comum, com seus objetivos e atividades previstas, será impossível 
propor, construir e disponibilizar os recursos de acessibilidade para o aluno. 
O professor especializado deverá também ensinar as estratégias de utilização destes recursos para o aluno, seu professor, para 
os colegas, comunidade escolar e família. Desta forma ajudará a todos a entender e a utilizar estas ferramentas de acessibilidade. 
https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo
Vejamos alguns exemplos de atividades personalizadas: 
Atividades escolares: 
 
 
 
Descrição das imagens: 
Três atividades foram construídas para que o 
usuário da CAA possa responder questões 
apontando os símbolos gráficos. A primeira pede 
para apontar os animais; a segunda para apontar os 
vegetais e a terceirapara apontar os minerais. 
Abaixo de cada questão visualiza-se uma série de 
símbolos gráficos com imagens representativas dos 
três reinos da natureza. 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Uma atividade de matemática com o tema sobre 
"igual" e "diferente." 
Utilizando símbolos está a pergunta: Qual é o igual? 
Visualiza-se então o símbolo de uma boneca. Abaixo 
estão três opções de símbolos: "carro", "boneca" e 
"sorvete". O aluno deverá apontar a resposta correta. 
Logo abaixo está a outra pergunta sobre "qual é o 
diferente?" e visualiza-se o símbolo da "borboleta". 
Abaixo duas opções de resposta: "vaca" e "borboleta". 
 
Textos com símbolos: 
Textos com símbolos são muito interessantes para favorecer e ampliar a aquisição de repertório de símbolos gráficos (usuários de 
CA), favorecer a relação símbolo e signos e auxiliar na alfabetização de alunos com deficiência intelectual, auxiliar no aprendizado 
do português escrito para alunos surdos. 
 
 
Descrição de imagem: 
O primeiro verso da poesia "Leilão de 
Jardim", de Cecília Meireles. Desta forma, 
cada palavra aparece com a representação 
simbólica, acima do texto escrito. 
O verso diz: Quem me compra um jardim com 
flores? Borboletas de várias cores, lavadeiras 
e passarinhos, ovos verdes e azuis nos 
ninhos? 
 
 
Atividades de culinária: 
Fichas de receitas ou receitas completas podem ser descritas com a sequência de símbolos gráficos associados com a escrita. 
 
 
Descrição de imagem: 
Ficha de culinária onde está descrita, com texto e 
símbolos, a receita de salsicha com molho. 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Em sete frases, escritas com texto e símbolos, 
está uma sequência de atividades que deverão 
ser feitas para a preparação de um sanduíche 
de geleia com queijo. 
 
 
Livros com símbolos 
 
 
Descrição de imagem: 
Visualiza-se a página de um livro. A frase impressa 
no livro "Bateu Portas e janelas com força" foi 
reforçada pela representação dos símbolos colados 
embaixo dela. 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Visualiza-se a página de um livro construído pelos 
alunos. Há a ilustração de um pato. Sobre a 
ilustração estão colados, em sequência, de cartões 
de Comunicação Aumentativa e Alternativa com 
símbolo e texto: "Lá vem o pato, pato aqui, pato 
acolá. Lá vem o pato para ver o que é que há"? 
 Livros de atividades 
As atividades previstas no currículo escolar, ou que fazem parte do no livro didático impresso, podem ser personalizadas para 
usuários de CAA. Para disponibilizá-las em sala de aula o professor especializado deverá receber, do professor de sala comum, 
estas atividades, com a antecedência necessária para que ele possa construí-las com o programa. 
 
 
Descrição de imagem: 
Um livro de atividades sobre animais 
domésticos, selvagens, aquáticos e em 
extinção. O Livro de Atividades possui uma 
prancha de símbolos móveis para que o 
aluno destaque o símbolo e cole, com Velcro, 
no campo de resposta correspondente. 
 
Pranchas temáticas para interpretação de livros e conteúdos 
Pranchas de comunicação temáticas poderão ser construídas para que o aluno usuário da CAA possa participar de atividades de 
interpretação de histórias ou também para que possa perguntar, responder e argumentar sobre os conteúdos estudados e 
atividades desenvolvidas em sala de aula. 
 
 
Descrição de imagem: 
Um livro de história, que fala 
sobre temas de ecologia, está 
acompanhado de uma prancha 
temática, com a qual o usuário 
da CAA poderá apontar ações 
positivas e negativas relativa à 
preservação do meio ambiente. 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Uma lista de perguntas sobre fenômenos da natureza está 
relacionada. Para responder estas perguntas o usuário de 
CAA apontará para um dos símbolos gráficos dispostos em 
uma coluna lateral. Na parte inferior da prancha, há uma 
sequência horizontal de símbolos que possibilitarão ao 
aluno fazer perguntas "onde", "como", "por que", "quando" e 
afirmar "não entendo", "incrível", "mudei de ideia", "quero 
saber mais". 
 
Calendários personalizados 
Construa calendários e agendas para serem personalizados, aplicando os símbolos apropriados sobre a o dia em que o evento 
acontecerá. 
 
 
Descrição de imagem: 
Uma folha de calendário do mês de Janeiro de 2022 
foi personalizada com símbolos reprentativos dos 
eventos daquele mês. 
Visualiza-se símbolos repesentando coisas do verão 
como "guarda-sol" e "sorvete"; símbolo da festa de 
"Ano Novo", "viagem", "praia", "chegada da vovó", 
"aniversário" e "voltar para casa". Os símbolos foram 
aplicados sobre as datas destes eventos. 
 Porta-pranchas 
Pastas do tipo arquivo, folhas laminadas e encadernadas, porta-documentos, pastas do tipo cardápio (dupla ou trifolder) poderão 
ser utilizadas para proteger as pranchas de papel e torná-las fáceis no manuseio diário. 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Carteira do tipo porta documentos com 
páginas de sacos plásticos onde estão 
pranchas de comunicação com símbolos de 
alimentos. 
Pasta com sacos plásticos, em tamanho 
ofício, encadernados em espiral, e cada 
página há uma prancha temática de símbolos 
gráficos. 
 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Pastas tipo cardápio, trifolder ou duplas, 
apresentam modelos de grades com 
diferentes tamanhos e quantidades de 
espaços para símbolos. 
Visualiza-se também uma pasta dupla onde 
está uma prancha para escolhas de 
materiais de artes. 
 
Pranchas para vocalizadores 
Se você utiliza um vocalizador procure no Mind Express a grade correta com o nome da "marca/modelo" do equipamento. Esta 
grade foi projetada para servir exatamente no tamanho e distância das teclas de mensagens. 
 
 
 
Descrição de 
imagem: 
Uma grade 
modelo do 
vocalizador 
GoTalk9+ foi 
personalizada 
com símbolos 
para 
comunicação 
em sala de 
aula. Depois 
de montar a 
prancha 
basta recortar 
a colocá-la no 
vocalizador. 
Ao lado 
visualizamos 
o vocalizador 
GoTalk9+ 
com suas 12 
teclas de 
mensagens 
aparentes. 
 
Agendas personalizadas com símbolos 
Crie agendas escolares, atividades da turma e também de ações pessoais da rotina. Para isso, você pode utilizar grades, das mais 
variadas formas personalizando e marcando os acontecimentos da rotina diária. 
 
 
Descrição de imagem: 
Visualiza-se uma sequência de 
atividades individuais de um usuário 
da CAA que se chama Paulo. As 
atividades ilustradas em sequência de 
símbolos que representam sua rotina 
matinal desde o acordar, vestir-se, 
fazer a higiene pessoal, até tomar o 
café da manhã. 
 
 
Descrição de imagem: 
Uma agenda em formato vertical mostra 
uma sequência de símbolos para a 
primeira hora da manhã. 
Cinco atividades estão representadas 
em símbolos: tomar banho, comer, 
escovar os dentes, pegar a mochila, ir 
para escola de ônibus. 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Uma grade para criação de agenda que 
contemplam a sequência de atividades que 
serão desenvolvidas na escola. 
O primeiro símbolo representa o grupo de 
alunos. Na sequência horizontal encontram-
se espaços em brancos onde serão 
aplicados, com Velcro, os cartões de 
comunicação representativos das atividades 
escolhidas pelo grupo de colegas para serem 
realizadas naquele dia. No final há um 
espaço maior onde será colado um envelope. 
No término de cada tarefa, os cartões serão 
guardados neste envelope. 
Na parte inferior da grade estão os símbolos 
de CAA para serem recortados, laminados e 
transformados em cartões de CAA. 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Numa parede de fundo preto foram fixados, com fita 
adesiva, os cartões de comunicação laminados. A 
composição da agenda descreve o mês, dia, dia da 
semana, sensação térmica (calor) e também todas as 
atividades escolares propostas para este dia. 
Além de cartões de comunicação há número em EVA 
(representado o dia 7) e palavras em feltro,com texto 
pintado com cola colorida (mês de novembro e dia da 
semana terça feira). 
 
Sinalizações em vários ambientes 
Você pode criar sinalizações dos vários ambientes da escola. Da mesma forma poderão ser criados cartazes com informações ou 
indicação de regras e orientações. 
 
 
Descrição de imagem: 
Cartaz com símbolos móveis para 
indicações de lugares e atividades 
realizadas pela turma. 
Podemos ler a frase: "Nossa turma 
está:" ao lado desta frase há um 
espaço onde será fixado com Velcro o 
cartão de CAA correspondente ao 
lugar/atividade "no lanche". Na parte 
inferior do cartaz há outras opções de 
cartões de mensagens "na biblioteca", 
"no laboratório", "no parquinho". 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Um símbolo com a mensagem "Favor fechar a porta" foi confeccionado para 
colocar na parte interna da porta da sala de aula. 
 
 
 
Descrição de imagem: 
Uma coleção de símbolos para sinalização da escola foram 
criados para serem fixados sobre a porta destes ambientes: 
"sala de aula", "banheiro", "biblioteca", "cozinha", "direção", 
"informática", "sala de química", "sala de artes", ginásio", 
"recreio". 
 
Utilização de outras imagens digitais nas produções com o programa 
Você poderá introduzir novas imagens ampliando sua biblioteca de símbolos. Essas imagens podem ser capturadas na Internet, 
diretamente dentro do programa, ou extraídas de banco de imagens, fotografadas com câmera digital ou também escaneadas de 
materiais impressos. Você poderá arquivar as imagens digitais na biblioteca do programa o que permitirá sua fácil localização para 
uso em produções futuras. Abaixo algumas fotos ilustram trabalhos feitos com imagens capturadas de diversas origens. 
 
 
Descrição de imagem: 
Uma prancha de comunicação foi construída 
com fotografias e apresenta os símbolos "luva", 
"pantufa", "calça", "cão", "melão", "casaco", 
"telefone", e "rosa". 
Descrição de imagem: 
 
 
Descrição de imagem: 
Com fotografias escaneadas de um cardápio 
foi montada uma prancha de comunicação 
temática, para comprar o lanche. 
Visualizamos as imagens dos sanduíches, 
copo de refrigerante, salada e embalagem do 
lanche. Estas mesmas imagens aparecem 
organizadas numa prancha de comunicação. 
Descrição de imagem: 
 
 
Descrição de imagem: 
Com fotografias feitas em passeios escolares no 
parque e no zoológico, foi elaborada uma prancha 
com o registro de uma visita ao parque. Aparecem 
as fotografias e a descrição, feita pelo aluno, do que 
foi realizado. 
 
O que é um vocalizador? 
É um recurso eletrônico de gravação/reprodução que ajuda a comunicação das pessoas em seu dia-a-dia. Através dele, seu 
usuário expressa pensamentos, sentimentos e desejos pressionando uma mensagem adequada que está pré-gravada no 
aparelho. As mensagens são acessadas por teclas sobre as quais são colocadas imagens (fotos, símbolos, figuras) ou palavras, 
que correspondem ao conteúdo sonoro gravado. 
https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo
A maioria dos vocalizadores grava as mensagens digitalmente e a capacidade de gravação varia de um aparelho a outro. 
Encontra-se vocalizadores de apenas uma mensagem enquanto outros podem gravar centenas delas. Outra variável intrínseca a 
este equipamento é o tempo total de gravação normalmente distribuído entre as teclas de mensagem oferecidas no equipamento. 
Em qualquer vocalizador o conteúdo gravado em cada célula é reconhecido através de figuras ou textos aplicados em pranchas de 
comunicação que ficam sobre as teclas. Quando a tecla de cada figura ou texto é pressionada, sua mensagem pré-gravada é 
imediatamente reproduzida e com volume ajustável. 
Vocalizador 
 
 
Descrição de imagem: 
Vocalizador retangular com vinte e cinco áreas de mensagens 
visíveis, onde estão símbolos gráficos. Cada área de mensagem ao 
ser pressionada emitirá uma mensagem de voz gravada 
anteriormente. Apresenta alça de transporte e botões de volume e 
troca de níveis. 
 
 
O que são acionadores? 
São recursos necessários para o uso com os software de CAA que oferecem o modo de acesso por varredura 
(escaneamento) como o MIND EXPRESS 5, que permitem ao usuário comandar suas interfaces de comunicação através de 
cliques externos. São também indicados para uso com crianças pequenas através de brinquedos adaptados no aprendizado e 
treinamento da percepção de causa e efeito. 
São produtos que promovem acessibilidade tanto no uso do computador quanto em atividades lúdicas entre outras. 
A função básica do acionador é gerar um impulso elétrico que o computador interpretará como um clique da tecla esquerda de um 
mouse comum. É a forma alternativa mais simples de se interagir com um computador, daí a sua importância como interface para 
a Comunicação Aumentativa e Alternativa. 
Os acionadores possuem diversas formas, tamanhos e cores, com o design apropriado à necessidade de cada usuário, e devem 
ser posicionados no local onde este apresenta suficiente funcionalidade. Os mais comuns e utilizados são os acionadores de 
pressão ao toque, sendo que os acionadores de qualidade são fabricados em plástico ABS, resistente a quebras evitando 
ferimentos. 
Existem os acionadores de tração, pois funcionam com o puxar de um cadarço para gerar o clique, acionadores por sopro/sucção, 
por proximidade (que não exigem toque nem força), e também por outros em forma de microfone que geram o clique som e 
acionadores de piscar de olhos. 
https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo
https://www.clik.com.br/ME5/
Do ponto de vista elétrico, um acionador é uma chave de contato momentâneo normalmente aberto (NA), como um botão de 
campainha. Os acionadores tem seu plugue de conexão padronizado internacionalmente com o miniplugue tipo P2 mono. 
Os acionadores apresentam diferentes características físicas (design) e elétricas e são classificados de acordo com algumas 
delas, como quanto ao: 
Acionamento (geração do contato elétrico) que pode ser: 
• Mecânico: pressão, tração, torção; 
• Eletrônico: através de sensor de proximidade; 
• Sonoro: emissão de ruído/som. 
Tipo de conexão, se física ou sem fios: 
• Cabo com miniplugue P2; 
• Radio frequência (RF) / Wireless: Bluetooth, WiFi ou controle remoto. 
Retorno (feedback) na experiência do usuário, de maneira única ou combinada: 
• Auditivo: produzem um som característico audível, seja como um clique mecânico ou através de um bip eletrônico; 
• Tátil: o clique é sentido no contato físico do usuário; 
• Visual: luz produzida ao gerar o clique; 
• Sem retorno (não fornece nenhum feedback). 
Importante informar que os acionadores não se conectam diretamente ao computador, mas sim através de uma conexão 
específica. A mais utilizada é através do mouse adaptado tipo PlugMouse da Clik. 
São utilizados em diversas aplicações: 
• Ligado a um PlugMouse o acionador permite comandar programas de computador que possuam função de varredura. 
• Se conectado a um brinquedo adaptado, o acionador proporcionará seu acionamento ou desligamento, produzindo excelente 
resposta de crianças pequenas às luzes, sons e movimentos, importantes na introdução de estratégias de percepção de 
causa/efeito. 
• Se conectado a um Cabo-moeda, o acionador proporcionará os mesmos benefícios acima, porém sem a necessidade de adaptar 
um brinquedos. 
Modelos de 
Acionadores 
 
 
 
 
Descrição de 
imagem: 
Três 
modelos de 
acionadores, 
sendo os 
dois 
primeiros de 
pressão ao 
https://www.clik.com.br/clik_01.html#plugmouse
https://www.clik.com.br/clik_01.html#outrprd
toque e o 
terceiro de 
tração. 
O que é uma Sala de Recursos Multifuncionais - SRMF? 
São espaços físicos localizados nas escolas públicas onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado - AEE. 
As SRMF possuem mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o 
atendimento dos alunos que são público alvo da EducaçãoEspecial e que necessitam do AEE no contraturno escolar. 
A organização e a administração deste espaço são de responsabilidade da gestão escolar e o professor que atua neste serviço 
educacional deve ter formação para o exercício do magistério de nível básico e conhecimentos específicos de Educação Especial, 
adquiridos em cursos de aperfeiçoamento e de especialização. 
 O que é o atendimento educacional especializado (AEE)? 
O atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora, e organiza recursos 
pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas 
necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008). 
O ensino oferecido no atendimento educacional especializado é necessariamente diferente do ensino escolar e não pode 
caracterizar-se como um espaço de reforço escolar ou complementação das atividades escolares. São exemplos práticos de 
atendimento educacional especializado: o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do código BRAILLE, a introdução e 
formação do aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva, como a comunicação alternativa e os recursos de 
acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e disponibilização ao aluno de material pedagógico 
acessível, entre outros. 
O que é tecnologia assistiva e que relação ela tem com a Sala de Recursos Multifuncional ? 
De acordo com a definição proposta pelo Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), tecnologia assistiva "é uma área do conhecimento, de 
característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam 
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade 
reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CAT, 2007) 
A tecnologia assistiva é um recurso ou uma estratégia utilizada para ampliar ou possibilitar a execução de uma atividade 
necessária e pretendida por uma pessoa com deficiência. Na perspectiva da educação inclusiva, a tecnologia assistiva é voltada a 
favorecer a participação do aluno com deficiência nas diversas atividades do cotidiano escolar, vinculadas aos objetivos 
educacionais comuns. São exemplos de tecnologia assistiva na escola os materiais escolares e pedagógicos acessíveis, a 
comunicação alternativa, os recursos de acessibilidade ao computador, os recursos para mobilidade, localização, a sinalização, o 
mobiliário que atenda às necessidades posturais, entre outros. 
 
Como se organiza o serviço de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva? 
No atendimento educacional especializado, o professor fará, junto com o aluno, a identificação das barreiras que ele enfrenta no 
contexto educacional comum e que o impedem ou o limitam de participar dos desafios de aprendizagem na escola. Identificando 
esses "problemas" e também identificando as "habilidades do aluno", o professor pesquisará e implementará recursos ou 
estratégias que o auxiliarão, promovendo ou ampliando suas possibilidades de participação e atuação nas atividades, nas 
relações, na comunicação e nos espaços da escola. 
A sala de recursos multifuncional será o local apropriado para o aluno aprender a utilização das ferramentas de tecnologia 
assistiva, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia. Não poderemos manter o recurso de tecnologia assistiva 
exclusivamente na sala multifuncional para que somente ali o aluno possa utilizá-lo. 
A tecnologia assistiva encontra sentido quando segue com o aluno, no contexto escolar comum, apoiando a sua escolarização. 
Portanto, o trabalho na sala se destina a avaliar a melhor alternativa de tecnologia assistiva, produzir material para o aluno e 
encaminhar estes recursos e materiais produzidos, para que eles sirvam ao aluno na escola comum, junto com a família e nos 
demais espaços que frequenta. 
São focos importantes do trabalho de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva: 
 a tecnologia assistiva numa proposição de educação para autonomia, 
 a tecnologia assistiva como conhecimento aplicado para resolução de problemas funcionais enfrentados pelos alunos, e 
 a tecnologia assistiva promovendo a ruptura de barreiras que impedem ou limitam a participação destes alunos nos desafios 
educacionais. 
 A tecnologia assistiva é uma área de atuação da educação ou é exclusiva da área clínica? 
O tema da tecnologia assistiva nasceu associado à ideia de reabilitação e era inicialmente vinculado à prática de profissionais da 
saúde. A mudança de entendimento sobre o que é a deficiência e especialmente o novo modelo biopsicossocial e ecológico de 
compreendê-la como o resultado da interação do indivíduo, que possui uma alteração de estrutura e funcionamento do corpo, com 
as barreiras que estão impostas no meio em que vive; mostram-nos que os impedimentos de participação em atividades e a 
exclusão das pessoas com deficiência são hoje um problema de ordem social e tecnológica e não somente um problema médico 
ou de saúde. 
As grandes e mais importantes barreiras estão, muitas vezes, na falta de conhecimentos, de recursos tecnológicos, na não 
aplicação da legislação vigente, na forma como a sociedade está organizada de forma a ignorar as diferentes demandas de sua 
população. 
Nesse sentido, o conceito e a prática da tecnologia assistiva também evolui saindo da concepção de recursos médicos ou clínicos 
para um bem de consumo de um usuário que busca um apoio tecnológico para resolução de um problema de ordem pessoal e 
funcional. Nessa perspectiva, o usuário deixa de ser um paciente e assume o papel de quem busca no âmbito da tecnologia 
assistiva a informação sobre o que é mais apropriado para suprir a sua deficiência e os recursos disponíveis para o seu caso 
específico. A tecnologia assistiva envolve hoje várias áreas do conhecimento tais como a saúde, a reabilitação, a educação, o 
design, a arquitetura, a engenharia, a informática, entre outras. 
A tecnologia assistiva é, acima de tudo, um recurso de seu usuário e a equipe coloca seu conhecimento à disposição para que ele 
encontre o recurso ou a estratégia que atenda a sua demanda de atuar e participar de tarefas e atividades de seu interesse. 
Na prática, em se tratando de crianças com deficiência, o lugar por excelência da atuação da tecnologia assistiva é a sala de 
recursos multifuncional, onde se oferece um serviço que identifica, elabora e disponibiliza recursos que ampliam a participação do 
aluno com deficiência nos desafios educacionais propostos pela escola comum. 
Inclusão Escolar x Escola Inclusiva 
Tenho amigos para saber quem sou. 
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, 
Crianças e velhos, nunca me esquecerei 
De que "normalidade" é uma ilusão 
Imbecil estéril. 
Oscar Wilde 
O termo educação inclusiva supõe a disposição da escola de atender a diversidade total das necessidades dos alunos nas escolas 
comuns. 
Isto pode ser conseguido por meio de um ambiente de aprendizagem escolar que tenha altas expectativas a respeito de seus 
alunos, que seja seguro e acolhedor e que entenda a diferença como um fator positivo. 
A educação inclusiva tem sido discutida em termos não somente de novas estratégias de ensino, mas de maneira bem mais ampla 
como ações que levem a reformas escolares, melhorias nos programas de ensino e novas medidas de justiça social. 
Por isso, a inclusão pressupõe uma escola que se ajuste a todas as crianças, em vez de esperar que uma determinada criança 
com deficiências se ajuste a escola. 
Mas, acima de tudo, é necessário que se entenda que a escola tem a tarefa de ensinar aos alunos a compartilharem o saber, os 
sentidos das coisas, as emoções; a discutir e a trocar experiências e pontos de vista. 
Neste sentido, a escola tem um compromisso primordial e insubstituível: introduzir o aluno no mundosocial, cultural e científico; e 
isto é direito incondicional de todo o ser humano, independente de padrões de normalidade estabelecidos pela sociedade ou pré-
requisitos impostos pela escola. 
A administração da escola deve encorajar práticas inovadoras e o planejamento ser feito de forma colaborativa entre todos os seus 
integrantes incluindo também a família e os alunos. 
Uma escola inclusiva deve ser capaz de orientar o ensino e a formação, tendo em vista a cidadania, imbuída de uma clara noção 
de que a excelência humana é superior a excelência puramente acadêmica. 
A partir das ideias expostas acima, disponibilizamos no nosso site, vários textos que convidam a uma reflexão mais aprofundada 
sobre as bases da Inclusão Escolar. 
 
Legislação 
Brasileira 
Decreto Nº 7.612, de 17 de novembro de 2011. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm - 
Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite. 
Decreto Nº 6.949, de 25 de Agosto de 2009. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm - 
Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em 
Nova York, em 30 de março de 2007. 
Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/decreto/d5296.htm - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas 
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida 
Decreto Nº 3.956, de 08 de outubro de 2001. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3956.htm - Promulga a Convenção 
Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. 
ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR 
Cartilha da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Brasília, setembro de 2004. 
Formato PDF: http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/pessoa-com-
deficiencia/acesso_alunos_ensino_publico_2004 
https://www.assistiva.com.br/legisl.html#topo
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3956.htm
http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/pessoa-com-deficiencia/acesso_alunos_ensino_publico_2004
http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/pessoa-com-deficiencia/acesso_alunos_ensino_publico_2004
Ministério de Ciência e Tecnologia.Chamada pública MCT/FINEP/Ação Transversal 
Tecnologias assistivas - Seleção pública de propostas para apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias 
assistivas para inclusão social de pessoas portadoras de deficiência e de idosos. Brasília, setembro 2005 
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/10253.html 
 Outros países 
ADA - American with Disabilities Act.: www.ada.gov/pubs/ada.htm 
Radabaugh, M.P. NIDRR's Long Range Plan - Technology for Access and Function Research Section Two: NIDDR Research 
Agenda Chapter 5: TECHNOLOGY FOR ACCESS AND FUNCTION 
http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html 
 
 
 
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/10253.html
http://www.ada.gov/pubs/ada.htm
http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html

Continue navegando