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Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa Autor: M Lucia Sartoretto org Fonte: https://www.assistiva.com.br/index.html em 15.10.2021 O que é Tecnologia Assistiva? Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão. É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995). Conceito No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N° 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 propõe o seguinte conceito para a tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos https://www.assistiva.com.br/index.html https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo http://portal.mj.gov.br/corde/ http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/PORTARIA%20institui%20comit%C3%AA%20de%20ajudas%20t%C3%A9cnicas%20-%20revisada31.doc http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/Ata_VII_Reuni%C3%A3o_do_Comite_de_Ajudas_T%C3%A9cnicas.doc http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/Ata_VII_Reuni%C3%A3o_do_Comite_de_Ajudas_T%C3%A9cnicas.doc Humanos - Presidência da República). O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e foi renovado em 1998 como Assistive Technology Act de 1998 (P.L. 105-394, S.2432). Compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam. Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos. Recursos Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente. Serviços São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/doc/Ata_VII_Reuni%C3%A3o_do_Comite_de_Ajudas_T%C3%A9cnicas.doc https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#porque http://en.wikisource.org/wiki/Assistive_Technology_Act_of_1998#Sec._3. http://en.wikisource.org/wiki/Assistive_Technology_Act_of_1998#Sec._3. http://www.ada.gov/pubs/ada.htm tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos. Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia Terapia ocupacional Fonoaudiologia Educação Psicologia Enfermagem Medicina Engenharia Arquitetura Design Técnicos de muitas outras especialidades Encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como ―Ajudas Técnicas‖, ―Tecnologia de Apoio―, ―Tecnologia Adaptativa‖ e ―Adaptações‖. Objetivos da Tecnologia Assistiva Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. Categorias de Tecnologia Assistiva A classificação que segue foi escrita originalmente em 1998 por José Tonolli e Rita Bersch e sua última atualização é de 2017. Ela tem uma finalidade didática e em cada tópico considera a existência de recursos e serviços. Esta proposta de classificação foi desenhada com base nas diretrizes gerais da ADA, em outras classificações utilizadas em bancos de dados de TA e especialmente a partir da formação dos autores no Programa de Certificação em Aplicações da Tecnologia Assistiva – ATACP da California State University Northridge, College of Extended Learning and Center on Disabilities. A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de serviços, catalogação e formação de banco de dados para identificação dos recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional do usuário final. https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo 1 Auxílios para a vida diária Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc. 2 CAA (CSA) Comunicação aumentativa e alternativa Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos Arasaac, Symbolstix, PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim. 3 Recursos de acessibilidade ao computador Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador. 4 Sistemas de controle de ambiente Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto- locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores. 5 Projetos arquitetônicos para acessibilidade Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência. 6 Órteses e próteses Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos. 7 Adequação Postural Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bemcomo posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros. 8 Auxílios de mobilidade Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal. 9 Auxílios para cegos ou com visão subnormal Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc. 10 Auxílios para surdos ou com déficit auditivo Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros. 11 Adaptações em veículos Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal. Símbolos de Comunicação Pictórica • Picture Communication Symbols (PCS) © 1981-2004 Mayer-Johnson. Todos os direitos reservados. Atuação da Tecnologia Assistiva A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com deficiência. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse. Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo de intervenção para a funcionalidade deve ser BIOPSICOSSOCIAL e diz respeito à avaliação e intervenção em: Funções e estruturas do corpo - DEFICIÊNCIA Atividades e participação - Limitações de atividades e de participação. Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais Para conhecer melhor a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade e os conceitos emitidos pela OMS - Organização Mundial da Saúde, clique aqui e baixe o documento completo em Português (2004 - 238 páginas - 2,68 MB) Visão Geral dos Componentes da CIF - 2003 1. Funções e Estruturas do Corpo e Deficiências Definições: https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo http://www.inr.pt/download.php?filename=Classifica%26ccedil%3B%26atilde%3Bo+Internacional+de+Funcionalidade%2C+Incapacidade+e+Sa%26uacute%3Bde&file=%2Fuploads%2Fdocs%2Fcif%2FCIF_port_+2004.pdf http://www.inr.pt/download.php?filename=Classifica%26ccedil%3B%26atilde%3Bo+Internacional+de+Funcionalidade%2C+Incapacidade+e+Sa%26uacute%3Bde&file=%2Fuploads%2Fdocs%2Fcif%2FCIF_port_+2004.pdf https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo • Funções do Corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas). • Estruturas do Corpo são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos, membros e seus componentes. • Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, como um desvio importante ou uma perda. 2. Atividades e Participações / Limitações de Atividades e Restrições de Participação Definições: • Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo. • Participação é o envolvimento numa situação da vida. • Limitações de Atividades são dificuldades que um indivíduo pode encontrar na execução de atividades. • Restrições de Participação são problemas que um indivíduo pode experimentar no envolvimento em situações reais da vida. 3. Fatores Contextuais Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um indivíduo. Eles incluem dois fatores - Ambientais e Pessoais - que podem ter efeito num indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a Saúde e os estados relacionados com a saúde do indivíduo. • Fatores Ambientais: Constituem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as pessoas vivem e conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos indivíduos e podem ter uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto membros da sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para executar ações ou tarefas, ou sobre a função ou estrutura do corpo do indivíduo. • Fatores Pessoais: São o histórico particular da vida e do estilo de vida de um indivíduo e englobam as características do indivíduo que não são parte de uma condição de saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o sexo, raça, idade, outros estados de saúde, condição física, estilo de vida, hábitos, educação recebida, diferentes maneiras de enfrentar problemas, antecedentes sociais, nível de instrução, profissão, experiência passada e presente, (eventos na vida passada e na atual), padrão geral de comportamento, caráter, características psicológicas individuais e outras características, todas ou algumas das quais podem desempenhar um papel na incapacidade em qualquer nível. 4. Modelos Conceituais Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade foram propostos vários modelos conceituais: • Modelo Médico: Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde. • Modelo Social: O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política. • Abordagem Biopsicossocial: A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social. Por que o nome "Tecnologia Assistiva"? Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996: ASSISTIVE TECHNOLOGY https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais frequentemente o termo assistive technology. No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras). No CD-ROM intitulado Abledata, já estão catalogados cerca de 19.000 produtos tecnológicos à disposição de pessoas com deficiência e esse número cresce a cada ano. Mas como traduzir assistive technology para o português? Proponho que esse termo seja traduzido como tecnologia assistiva pelas seguintes razões: Em primeiro lugar, apalavra assistiva não existe, ainda, nos dicionários da língua portuguesa. Mas também a palavra assistive não existe nos dicionários da língua inglesa. Tanto em português como em inglês, trata-se de uma palavra que vai surgindo aos poucos no universo vocabular técnico e/ou popular. É, pois, um fenômeno rotineiro nas línguas vivas. Assistiva (que significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia") segue a mesma formação das palavras com o sufixo "tiva", já incorporadas ao léxico português. Apresento algumas dessas palavras e seus respectivos vocábulos na língua inglesa (onde eles também já estão incorporados). Foram escolhidas palavras que se iniciam com a letra a, só para servirem como exemplos. http://www.abledata.com/abledata.cfm?pageid=19327§ionid=19327 associativa - associative adotiva - adoptive adutiva - adductive afetiva - affective acusativa - accusative adjetiva - adjective aquisitiva - aquisitive agregativa - aggregative ativa - active assertiva - assertive adaptativa - adaptive aplicativa - applicative Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva insere-se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência. O que é a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)? A área da Tecnologia Assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA). A Comunicação Aumentativa e Alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever. A CAA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano. Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário. O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês Augmentative and Alternative Communication - AAC. Além do termo resumido "Comunicação Alternativa", no Brasil também encontramos as terminologias "Comunicação Ampliada e Alternativa - CAA" e "Comunicação Suplementar e Alternativa - CSA". Cartões de comunicação Descrição de imagem: A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos e demais expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os sujeitos, (visualiza-se o símbolo "mãe"); verde são os verbos (visualiza-se o símbolo "desenhar"); laranja são os substantivos (visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos (visualiza-se o símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que não se enquadram nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo "fora"). Prancha de comunicação com símbolos, fotos ou figuras Descrição de imagem: Uma pasta do tipo arquivo, contendo várias páginas de sacos plásticos transparentes está sobre o colo de um usuário de CAA. Cada página representa uma prancha de comunicação temática e na imagem visualiza-se a prancha com o tema "animais". Prancha de comunicação alfabética Descrição de imagem: Sobre uma mesa está uma pasta de comunicação e nela, há uma prancha que contém as letras do alfabeto e os números. O usuário está apontando o dedo indicador na letra "X". O que é um sistema de símbolos gráficos? Na confecção de recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa como cartões de comunicação, pranchas ou interfaces de comunicação são necessários sistemas de imagens para representações verbais ou visuais de conceitos e ideias. Para isso utilizam-se os símbolos gráficos, que são coleções de imagens de diferentes complexidades. Podem variar de figuras ou imagens em preto e branco de alto contraste até imagens pictográficas mais detalhadas até o nível fotográfico. São criados para responder a diferentes exigências ou necessidades de comunicação de seus usuários suprindo suporte de expressão durante todas as fases do dia-a-dia. Estes conjuntos de imagens são também conhecidos como Sistemas ou Bibliotecas de Símbolos que têm entre si https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo uma identificação própria que permite ser categorizados e/ou agrupados por diversos aspectos como o nome, o que representam, classificação gramatical, etc. No Brasil os sistemas simbólicos difundidos incialmente foram o BLISS e o PCS. Posteriormente apareceram novas bibliotecas de símbolos, como ARASAAC, WIDGIT, SYMBOLSTIX, PICTO, REBUS e PICSYMS. Todos eles apresentam desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento, adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados. São extremamente úteis para criação de atividades educacionais. Prancha de comunicaç ão com símbolos Descrição de imagem: Visualiza-se aqui uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos estão organizados por cores nas categorias social (oi, podes ajudar?, obrigada); pessoas (eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (b olo, sorvete, fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente, frio e gostoso). Embasamento científico: A ISAAC - International Society for Augmentative and Alternative Communication, associação mundialmente conceituada e respeitada no campo da Comunicação Aumentativa e Alternativa publica há anos o AAC Journal que apresenta importantes pesquisas sobre o tema e muitas delas apresentam trabalhos sobre os sistemas simbólicos mais difundidos em todo o mundo. Da mesma forma, a ASHA - American Speech-Language-Hearing Association possui uma extensa relação de pesquisas envolvendo estes sistemas de símbolos. Utilizados por terapeutas brasileiras também desde a década de 80, encontramos no Brasil uma grande produção científica de Comunicação Aumentativa e Alternativa em trabalhos universitários, em programas de especialização, mestrado, doutorado e outros apresentados em congressos, como aqueles organizados pela ISAAC Brasil, capítulo brasileiro da ISAAC Internacional. Ferramentas para construção pranchas e outros recursos de CAA Atualmente temos diversas opções de ferramentas, sendo algumas disponíveis no Brasil e projetadas para uso em diferentes sistemas operacionais para uso em computadores e tablets comuns ou dedicados. Algumas ferramentas são gratuitas, outras são pagas, com valores proporcionaisàs funcionalidades oferecidas. https://www.isaac-online.org/ http://www.isaacbrasil.org.br/ https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo Os recursos de comunicação são pessoais e devem ser confeccionados de forma personalizada. Desta forma, o programa utilizado de oferecer símbolos e imagens que fazem sentido para o usuário em sua comunicação durante as 24 horas do dia. São necessários símbolos para uso em casa, no trabalho e no ambiente escolar, estes devendo corresponder às atividades e conteúdos propostos no currículo e atividades educacionais. Também se faz necessário a facilidade de importação de imagens capturadas diretamente na internet, arquivos, fotografias digitais ou fotografias escaneadas de catálogos, livros de histórias ou didáticos. • Ferramenta gratuita Uma excelente ferramenta disponibilizada gratuitamente é o Portal ARASAAC do Centro Aragonês de Comunicação Aumentativa e Alternativa, com biblioteca de símbolos e ferramentas online para confecção de pranchas e comunicação. No link Aula Abierta são disponibilizadas muitas ferramentas e dicas que ensinam como utilizar os recursos do portal. • Ferramenta adquirida No Brasil indicamos o novíssimo software Mind Express 5. Uma tradução livre de Mind Express significa "Expressar a Mente" e é um programa atual e poderoso com mais de 50.000 símbolos ARASAAC, SYMBOLSTIX, BLISS e PCS. Além de criar facilmente as pranchas de comunicação para impressão, ele é fornecido com diversos conjuntos de pranchas prontas que permitem acessar todos os recursos do computador, como abrir programas, navegar na Internet, enviar e-mails, acessar as redes sociais etc. https://arasaac.org/ http://aulaabierta.arasaac.org/ Possui ainda interfaces dedicadas que permitem o usuário controlar a TV, aparelho de som além de permitir usar computador como telefone para fazer e receber chamadas. A acessibilidade à casa (domótica) também é oferecida no programa, como abrir e fechar portas, cortinas e janelas e outros aparelhos com adaptações necessárias. Oferece também diversos jogos prontos para uso em terapia ou lazer e permite criar outras brincadeiras e estratégias de comunicação e aprendizagem. O programa oferece não só uma comunicação eficaz como também a construção de atividades escolares dentro do conceito de Desenho Universal na Aprendizagem com total acessibilidade para seus usuários. O Mind Express possui um site de compartilhamentos, a Comunidade Mind Express onde você tem acesso à uma rede internacional de intercâmbio de atividades criadas com o programa e encontrará centenas de atividades prontas em vários idioma. Elas podem ser baixadas e editadas para se adequarem às necessidades de qualquer usuário. Você poderá também postar suas produções para ser compartilhadas por terapeutas, educadores, familiares e usuários do mundo todo. O Mind Express é uma ferramenta de autoria? É exatamente isso. O Mind Express é uma ferramenta que permite construir os recursos de comunicação e aprendizagem que seu aluno necessitará em cada fase de seu desenvolvimento educacional. E esta é uma das importantes característica deste programa. Os exemplos a seguir servem para mostrar aos professores o potencial de criação com o software. Conhecendo os desafios educacionais, os objetivos e atividades propostos para a turma e conhecendo também as características do aluno com deficiência (suas dificuldades e acima de tudo suas habilidades) o professor especializado irá projetar, construir e disponibilizar os recursos pedagógicos que garantam a acessibilidade, comunicação e participação no contexto da escola comum. http://www.mindexpress.be/ https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo Atualmente as pesquisas existentes a respeito do ensino e da aprendizagem nos permitem olhar para o que o aluno produz e identificar o que ele já sabe, as dificuldades que estão impedindo sua aprendizagem e determinar que ações serão necessárias para que o seu conhecimento avance. Nas últimas décadas tem se consolidado a concepção que considera o processo de aprendizagem como resultado da ação do aprendiz. Por isso a função do professor é criar condições para que o aluno possa exercer sua função de aprender participando de situações que favoreçam isto. Neste sentido, com relação aos alunos com deficiência, torna-se indispensável a criação de condições de aprendizagem pelo professor, através da construção de recursos de acessibilidade. O conhecimento não é gerado do nada, é uma constante transformação a partir do conhecimento que já existe. É o que cada aluno já conhece que explica as diferentes formas e tempos de aprendizagem, bem como as dificuldades e possibilidades que o aluno apresenta. Seja nas propostas de atividades, seja na forma como os professores encorajam e desafiam os alunos a se lançar com ousadia nas propostas de aprendizagem, os recursos (materiais educacionais) tem uma função decisiva nas possibilidades de aprendizagem dos alunos. O Mind Express é uma ferramenta aberta e, portanto, servirá para confecção de recursos pedagógicos e de comunicação com acessibilidade que atendem diferentes concepções de ensino e aprendizagem. Por este motivo é importante considerarmos o modelo de escola, o que entendemos por aprendizagem e que postura nós pretendemos instigar no aluno, no sentido de ele ser ativo na construção do conhecimento. Se disponibilizarmos recursos ao nosso aluno permitindo e esperando apenas que ele responda o que consideramos correto, sem dar a ele oportunidades de questionar, propor alternativas, argumentar etc., possivelmente nós teremos um instrumento pobre de comunicação e também um instrumento pobre de educação. Portanto a palavra de ordem é conhecer a realidade e os desafios enfrentados pelo aluno e ser criativo. Junto com ele, iremos construir e utilizar os recursos que permitirão sua expressão e participação ativa em desafios educacionais. O professor deve funcionar como um diretor de cena, cabendo a ele observar as condições e necessidades de seus alunos e montar o cenário, através da construção das estratégias de ensino e dos recursos de acessibilidade, para possibilitar a construção do conhecimento de seus alunos. A beleza de um software de criação é que ele possibilita inovar, construir novas alternativas e materiais educacionais cada vez mais desafiantes e inéditos. Tipos de recursos de CAA Conhecendo os desafios educacionais que os alunos enfrentam no cotidiano escolar e utilizando-se de muita criatividade, o professor especializado poderá criar os recursos de comunicação e acessibilidade necessários aos seus alunos por meio das várias ferramentas do software de CAA. Abaixo vamos descrever e ilustrar algumas ideias de aplicação deste programa. Atividades educacionais acessíveis: Com o Mind Express você pode criar várias atividades educacionais para garantir acessibilidade e participação de alunos que utilizam a CAA em sala de aula. Lembre-se da importância da interlocução entre o professor do Atendimento Educacional Especializado, que construirá os recursos de acessibilidade, e o professor da sala de aula comum. Sem conhecer o plano de ensino do professor da sala comum, com seus objetivos e atividades previstas, será impossível propor, construir e disponibilizar os recursos de acessibilidade para o aluno. O professor especializado deverá também ensinar as estratégias de utilização destes recursos para o aluno, seu professor, para os colegas, comunidade escolar e família. Desta forma ajudará a todos a entender e a utilizar estas ferramentas de acessibilidade. https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo Vejamos alguns exemplos de atividades personalizadas: Atividades escolares: Descrição das imagens: Três atividades foram construídas para que o usuário da CAA possa responder questões apontando os símbolos gráficos. A primeira pede para apontar os animais; a segunda para apontar os vegetais e a terceirapara apontar os minerais. Abaixo de cada questão visualiza-se uma série de símbolos gráficos com imagens representativas dos três reinos da natureza. Descrição de imagem: Uma atividade de matemática com o tema sobre "igual" e "diferente." Utilizando símbolos está a pergunta: Qual é o igual? Visualiza-se então o símbolo de uma boneca. Abaixo estão três opções de símbolos: "carro", "boneca" e "sorvete". O aluno deverá apontar a resposta correta. Logo abaixo está a outra pergunta sobre "qual é o diferente?" e visualiza-se o símbolo da "borboleta". Abaixo duas opções de resposta: "vaca" e "borboleta". Textos com símbolos: Textos com símbolos são muito interessantes para favorecer e ampliar a aquisição de repertório de símbolos gráficos (usuários de CA), favorecer a relação símbolo e signos e auxiliar na alfabetização de alunos com deficiência intelectual, auxiliar no aprendizado do português escrito para alunos surdos. Descrição de imagem: O primeiro verso da poesia "Leilão de Jardim", de Cecília Meireles. Desta forma, cada palavra aparece com a representação simbólica, acima do texto escrito. O verso diz: Quem me compra um jardim com flores? Borboletas de várias cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos? Atividades de culinária: Fichas de receitas ou receitas completas podem ser descritas com a sequência de símbolos gráficos associados com a escrita. Descrição de imagem: Ficha de culinária onde está descrita, com texto e símbolos, a receita de salsicha com molho. Descrição de imagem: Em sete frases, escritas com texto e símbolos, está uma sequência de atividades que deverão ser feitas para a preparação de um sanduíche de geleia com queijo. Livros com símbolos Descrição de imagem: Visualiza-se a página de um livro. A frase impressa no livro "Bateu Portas e janelas com força" foi reforçada pela representação dos símbolos colados embaixo dela. Descrição de imagem: Visualiza-se a página de um livro construído pelos alunos. Há a ilustração de um pato. Sobre a ilustração estão colados, em sequência, de cartões de Comunicação Aumentativa e Alternativa com símbolo e texto: "Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá. Lá vem o pato para ver o que é que há"? Livros de atividades As atividades previstas no currículo escolar, ou que fazem parte do no livro didático impresso, podem ser personalizadas para usuários de CAA. Para disponibilizá-las em sala de aula o professor especializado deverá receber, do professor de sala comum, estas atividades, com a antecedência necessária para que ele possa construí-las com o programa. Descrição de imagem: Um livro de atividades sobre animais domésticos, selvagens, aquáticos e em extinção. O Livro de Atividades possui uma prancha de símbolos móveis para que o aluno destaque o símbolo e cole, com Velcro, no campo de resposta correspondente. Pranchas temáticas para interpretação de livros e conteúdos Pranchas de comunicação temáticas poderão ser construídas para que o aluno usuário da CAA possa participar de atividades de interpretação de histórias ou também para que possa perguntar, responder e argumentar sobre os conteúdos estudados e atividades desenvolvidas em sala de aula. Descrição de imagem: Um livro de história, que fala sobre temas de ecologia, está acompanhado de uma prancha temática, com a qual o usuário da CAA poderá apontar ações positivas e negativas relativa à preservação do meio ambiente. Descrição de imagem: Uma lista de perguntas sobre fenômenos da natureza está relacionada. Para responder estas perguntas o usuário de CAA apontará para um dos símbolos gráficos dispostos em uma coluna lateral. Na parte inferior da prancha, há uma sequência horizontal de símbolos que possibilitarão ao aluno fazer perguntas "onde", "como", "por que", "quando" e afirmar "não entendo", "incrível", "mudei de ideia", "quero saber mais". Calendários personalizados Construa calendários e agendas para serem personalizados, aplicando os símbolos apropriados sobre a o dia em que o evento acontecerá. Descrição de imagem: Uma folha de calendário do mês de Janeiro de 2022 foi personalizada com símbolos reprentativos dos eventos daquele mês. Visualiza-se símbolos repesentando coisas do verão como "guarda-sol" e "sorvete"; símbolo da festa de "Ano Novo", "viagem", "praia", "chegada da vovó", "aniversário" e "voltar para casa". Os símbolos foram aplicados sobre as datas destes eventos. Porta-pranchas Pastas do tipo arquivo, folhas laminadas e encadernadas, porta-documentos, pastas do tipo cardápio (dupla ou trifolder) poderão ser utilizadas para proteger as pranchas de papel e torná-las fáceis no manuseio diário. Descrição de imagem: Carteira do tipo porta documentos com páginas de sacos plásticos onde estão pranchas de comunicação com símbolos de alimentos. Pasta com sacos plásticos, em tamanho ofício, encadernados em espiral, e cada página há uma prancha temática de símbolos gráficos. Descrição de imagem: Pastas tipo cardápio, trifolder ou duplas, apresentam modelos de grades com diferentes tamanhos e quantidades de espaços para símbolos. Visualiza-se também uma pasta dupla onde está uma prancha para escolhas de materiais de artes. Pranchas para vocalizadores Se você utiliza um vocalizador procure no Mind Express a grade correta com o nome da "marca/modelo" do equipamento. Esta grade foi projetada para servir exatamente no tamanho e distância das teclas de mensagens. Descrição de imagem: Uma grade modelo do vocalizador GoTalk9+ foi personalizada com símbolos para comunicação em sala de aula. Depois de montar a prancha basta recortar a colocá-la no vocalizador. Ao lado visualizamos o vocalizador GoTalk9+ com suas 12 teclas de mensagens aparentes. Agendas personalizadas com símbolos Crie agendas escolares, atividades da turma e também de ações pessoais da rotina. Para isso, você pode utilizar grades, das mais variadas formas personalizando e marcando os acontecimentos da rotina diária. Descrição de imagem: Visualiza-se uma sequência de atividades individuais de um usuário da CAA que se chama Paulo. As atividades ilustradas em sequência de símbolos que representam sua rotina matinal desde o acordar, vestir-se, fazer a higiene pessoal, até tomar o café da manhã. Descrição de imagem: Uma agenda em formato vertical mostra uma sequência de símbolos para a primeira hora da manhã. Cinco atividades estão representadas em símbolos: tomar banho, comer, escovar os dentes, pegar a mochila, ir para escola de ônibus. Descrição de imagem: Uma grade para criação de agenda que contemplam a sequência de atividades que serão desenvolvidas na escola. O primeiro símbolo representa o grupo de alunos. Na sequência horizontal encontram- se espaços em brancos onde serão aplicados, com Velcro, os cartões de comunicação representativos das atividades escolhidas pelo grupo de colegas para serem realizadas naquele dia. No final há um espaço maior onde será colado um envelope. No término de cada tarefa, os cartões serão guardados neste envelope. Na parte inferior da grade estão os símbolos de CAA para serem recortados, laminados e transformados em cartões de CAA. Descrição de imagem: Numa parede de fundo preto foram fixados, com fita adesiva, os cartões de comunicação laminados. A composição da agenda descreve o mês, dia, dia da semana, sensação térmica (calor) e também todas as atividades escolares propostas para este dia. Além de cartões de comunicação há número em EVA (representado o dia 7) e palavras em feltro,com texto pintado com cola colorida (mês de novembro e dia da semana terça feira). Sinalizações em vários ambientes Você pode criar sinalizações dos vários ambientes da escola. Da mesma forma poderão ser criados cartazes com informações ou indicação de regras e orientações. Descrição de imagem: Cartaz com símbolos móveis para indicações de lugares e atividades realizadas pela turma. Podemos ler a frase: "Nossa turma está:" ao lado desta frase há um espaço onde será fixado com Velcro o cartão de CAA correspondente ao lugar/atividade "no lanche". Na parte inferior do cartaz há outras opções de cartões de mensagens "na biblioteca", "no laboratório", "no parquinho". Descrição de imagem: Um símbolo com a mensagem "Favor fechar a porta" foi confeccionado para colocar na parte interna da porta da sala de aula. Descrição de imagem: Uma coleção de símbolos para sinalização da escola foram criados para serem fixados sobre a porta destes ambientes: "sala de aula", "banheiro", "biblioteca", "cozinha", "direção", "informática", "sala de química", "sala de artes", ginásio", "recreio". Utilização de outras imagens digitais nas produções com o programa Você poderá introduzir novas imagens ampliando sua biblioteca de símbolos. Essas imagens podem ser capturadas na Internet, diretamente dentro do programa, ou extraídas de banco de imagens, fotografadas com câmera digital ou também escaneadas de materiais impressos. Você poderá arquivar as imagens digitais na biblioteca do programa o que permitirá sua fácil localização para uso em produções futuras. Abaixo algumas fotos ilustram trabalhos feitos com imagens capturadas de diversas origens. Descrição de imagem: Uma prancha de comunicação foi construída com fotografias e apresenta os símbolos "luva", "pantufa", "calça", "cão", "melão", "casaco", "telefone", e "rosa". Descrição de imagem: Descrição de imagem: Com fotografias escaneadas de um cardápio foi montada uma prancha de comunicação temática, para comprar o lanche. Visualizamos as imagens dos sanduíches, copo de refrigerante, salada e embalagem do lanche. Estas mesmas imagens aparecem organizadas numa prancha de comunicação. Descrição de imagem: Descrição de imagem: Com fotografias feitas em passeios escolares no parque e no zoológico, foi elaborada uma prancha com o registro de uma visita ao parque. Aparecem as fotografias e a descrição, feita pelo aluno, do que foi realizado. O que é um vocalizador? É um recurso eletrônico de gravação/reprodução que ajuda a comunicação das pessoas em seu dia-a-dia. Através dele, seu usuário expressa pensamentos, sentimentos e desejos pressionando uma mensagem adequada que está pré-gravada no aparelho. As mensagens são acessadas por teclas sobre as quais são colocadas imagens (fotos, símbolos, figuras) ou palavras, que correspondem ao conteúdo sonoro gravado. https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo A maioria dos vocalizadores grava as mensagens digitalmente e a capacidade de gravação varia de um aparelho a outro. Encontra-se vocalizadores de apenas uma mensagem enquanto outros podem gravar centenas delas. Outra variável intrínseca a este equipamento é o tempo total de gravação normalmente distribuído entre as teclas de mensagem oferecidas no equipamento. Em qualquer vocalizador o conteúdo gravado em cada célula é reconhecido através de figuras ou textos aplicados em pranchas de comunicação que ficam sobre as teclas. Quando a tecla de cada figura ou texto é pressionada, sua mensagem pré-gravada é imediatamente reproduzida e com volume ajustável. Vocalizador Descrição de imagem: Vocalizador retangular com vinte e cinco áreas de mensagens visíveis, onde estão símbolos gráficos. Cada área de mensagem ao ser pressionada emitirá uma mensagem de voz gravada anteriormente. Apresenta alça de transporte e botões de volume e troca de níveis. O que são acionadores? São recursos necessários para o uso com os software de CAA que oferecem o modo de acesso por varredura (escaneamento) como o MIND EXPRESS 5, que permitem ao usuário comandar suas interfaces de comunicação através de cliques externos. São também indicados para uso com crianças pequenas através de brinquedos adaptados no aprendizado e treinamento da percepção de causa e efeito. São produtos que promovem acessibilidade tanto no uso do computador quanto em atividades lúdicas entre outras. A função básica do acionador é gerar um impulso elétrico que o computador interpretará como um clique da tecla esquerda de um mouse comum. É a forma alternativa mais simples de se interagir com um computador, daí a sua importância como interface para a Comunicação Aumentativa e Alternativa. Os acionadores possuem diversas formas, tamanhos e cores, com o design apropriado à necessidade de cada usuário, e devem ser posicionados no local onde este apresenta suficiente funcionalidade. Os mais comuns e utilizados são os acionadores de pressão ao toque, sendo que os acionadores de qualidade são fabricados em plástico ABS, resistente a quebras evitando ferimentos. Existem os acionadores de tração, pois funcionam com o puxar de um cadarço para gerar o clique, acionadores por sopro/sucção, por proximidade (que não exigem toque nem força), e também por outros em forma de microfone que geram o clique som e acionadores de piscar de olhos. https://www.assistiva.com.br/ca.html#topo https://www.clik.com.br/ME5/ Do ponto de vista elétrico, um acionador é uma chave de contato momentâneo normalmente aberto (NA), como um botão de campainha. Os acionadores tem seu plugue de conexão padronizado internacionalmente com o miniplugue tipo P2 mono. Os acionadores apresentam diferentes características físicas (design) e elétricas e são classificados de acordo com algumas delas, como quanto ao: Acionamento (geração do contato elétrico) que pode ser: • Mecânico: pressão, tração, torção; • Eletrônico: através de sensor de proximidade; • Sonoro: emissão de ruído/som. Tipo de conexão, se física ou sem fios: • Cabo com miniplugue P2; • Radio frequência (RF) / Wireless: Bluetooth, WiFi ou controle remoto. Retorno (feedback) na experiência do usuário, de maneira única ou combinada: • Auditivo: produzem um som característico audível, seja como um clique mecânico ou através de um bip eletrônico; • Tátil: o clique é sentido no contato físico do usuário; • Visual: luz produzida ao gerar o clique; • Sem retorno (não fornece nenhum feedback). Importante informar que os acionadores não se conectam diretamente ao computador, mas sim através de uma conexão específica. A mais utilizada é através do mouse adaptado tipo PlugMouse da Clik. São utilizados em diversas aplicações: • Ligado a um PlugMouse o acionador permite comandar programas de computador que possuam função de varredura. • Se conectado a um brinquedo adaptado, o acionador proporcionará seu acionamento ou desligamento, produzindo excelente resposta de crianças pequenas às luzes, sons e movimentos, importantes na introdução de estratégias de percepção de causa/efeito. • Se conectado a um Cabo-moeda, o acionador proporcionará os mesmos benefícios acima, porém sem a necessidade de adaptar um brinquedos. Modelos de Acionadores Descrição de imagem: Três modelos de acionadores, sendo os dois primeiros de pressão ao https://www.clik.com.br/clik_01.html#plugmouse https://www.clik.com.br/clik_01.html#outrprd toque e o terceiro de tração. O que é uma Sala de Recursos Multifuncionais - SRMF? São espaços físicos localizados nas escolas públicas onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado - AEE. As SRMF possuem mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento dos alunos que são público alvo da EducaçãoEspecial e que necessitam do AEE no contraturno escolar. A organização e a administração deste espaço são de responsabilidade da gestão escolar e o professor que atua neste serviço educacional deve ter formação para o exercício do magistério de nível básico e conhecimentos específicos de Educação Especial, adquiridos em cursos de aperfeiçoamento e de especialização. O que é o atendimento educacional especializado (AEE)? O atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008). O ensino oferecido no atendimento educacional especializado é necessariamente diferente do ensino escolar e não pode caracterizar-se como um espaço de reforço escolar ou complementação das atividades escolares. São exemplos práticos de atendimento educacional especializado: o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do código BRAILLE, a introdução e formação do aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva, como a comunicação alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e disponibilização ao aluno de material pedagógico acessível, entre outros. O que é tecnologia assistiva e que relação ela tem com a Sala de Recursos Multifuncional ? De acordo com a definição proposta pelo Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), tecnologia assistiva "é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CAT, 2007) A tecnologia assistiva é um recurso ou uma estratégia utilizada para ampliar ou possibilitar a execução de uma atividade necessária e pretendida por uma pessoa com deficiência. Na perspectiva da educação inclusiva, a tecnologia assistiva é voltada a favorecer a participação do aluno com deficiência nas diversas atividades do cotidiano escolar, vinculadas aos objetivos educacionais comuns. São exemplos de tecnologia assistiva na escola os materiais escolares e pedagógicos acessíveis, a comunicação alternativa, os recursos de acessibilidade ao computador, os recursos para mobilidade, localização, a sinalização, o mobiliário que atenda às necessidades posturais, entre outros. Como se organiza o serviço de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva? No atendimento educacional especializado, o professor fará, junto com o aluno, a identificação das barreiras que ele enfrenta no contexto educacional comum e que o impedem ou o limitam de participar dos desafios de aprendizagem na escola. Identificando esses "problemas" e também identificando as "habilidades do aluno", o professor pesquisará e implementará recursos ou estratégias que o auxiliarão, promovendo ou ampliando suas possibilidades de participação e atuação nas atividades, nas relações, na comunicação e nos espaços da escola. A sala de recursos multifuncional será o local apropriado para o aluno aprender a utilização das ferramentas de tecnologia assistiva, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia. Não poderemos manter o recurso de tecnologia assistiva exclusivamente na sala multifuncional para que somente ali o aluno possa utilizá-lo. A tecnologia assistiva encontra sentido quando segue com o aluno, no contexto escolar comum, apoiando a sua escolarização. Portanto, o trabalho na sala se destina a avaliar a melhor alternativa de tecnologia assistiva, produzir material para o aluno e encaminhar estes recursos e materiais produzidos, para que eles sirvam ao aluno na escola comum, junto com a família e nos demais espaços que frequenta. São focos importantes do trabalho de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva: a tecnologia assistiva numa proposição de educação para autonomia, a tecnologia assistiva como conhecimento aplicado para resolução de problemas funcionais enfrentados pelos alunos, e a tecnologia assistiva promovendo a ruptura de barreiras que impedem ou limitam a participação destes alunos nos desafios educacionais. A tecnologia assistiva é uma área de atuação da educação ou é exclusiva da área clínica? O tema da tecnologia assistiva nasceu associado à ideia de reabilitação e era inicialmente vinculado à prática de profissionais da saúde. A mudança de entendimento sobre o que é a deficiência e especialmente o novo modelo biopsicossocial e ecológico de compreendê-la como o resultado da interação do indivíduo, que possui uma alteração de estrutura e funcionamento do corpo, com as barreiras que estão impostas no meio em que vive; mostram-nos que os impedimentos de participação em atividades e a exclusão das pessoas com deficiência são hoje um problema de ordem social e tecnológica e não somente um problema médico ou de saúde. As grandes e mais importantes barreiras estão, muitas vezes, na falta de conhecimentos, de recursos tecnológicos, na não aplicação da legislação vigente, na forma como a sociedade está organizada de forma a ignorar as diferentes demandas de sua população. Nesse sentido, o conceito e a prática da tecnologia assistiva também evolui saindo da concepção de recursos médicos ou clínicos para um bem de consumo de um usuário que busca um apoio tecnológico para resolução de um problema de ordem pessoal e funcional. Nessa perspectiva, o usuário deixa de ser um paciente e assume o papel de quem busca no âmbito da tecnologia assistiva a informação sobre o que é mais apropriado para suprir a sua deficiência e os recursos disponíveis para o seu caso específico. A tecnologia assistiva envolve hoje várias áreas do conhecimento tais como a saúde, a reabilitação, a educação, o design, a arquitetura, a engenharia, a informática, entre outras. A tecnologia assistiva é, acima de tudo, um recurso de seu usuário e a equipe coloca seu conhecimento à disposição para que ele encontre o recurso ou a estratégia que atenda a sua demanda de atuar e participar de tarefas e atividades de seu interesse. Na prática, em se tratando de crianças com deficiência, o lugar por excelência da atuação da tecnologia assistiva é a sala de recursos multifuncional, onde se oferece um serviço que identifica, elabora e disponibiliza recursos que ampliam a participação do aluno com deficiência nos desafios educacionais propostos pela escola comum. Inclusão Escolar x Escola Inclusiva Tenho amigos para saber quem sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, Crianças e velhos, nunca me esquecerei De que "normalidade" é uma ilusão Imbecil estéril. Oscar Wilde O termo educação inclusiva supõe a disposição da escola de atender a diversidade total das necessidades dos alunos nas escolas comuns. Isto pode ser conseguido por meio de um ambiente de aprendizagem escolar que tenha altas expectativas a respeito de seus alunos, que seja seguro e acolhedor e que entenda a diferença como um fator positivo. A educação inclusiva tem sido discutida em termos não somente de novas estratégias de ensino, mas de maneira bem mais ampla como ações que levem a reformas escolares, melhorias nos programas de ensino e novas medidas de justiça social. Por isso, a inclusão pressupõe uma escola que se ajuste a todas as crianças, em vez de esperar que uma determinada criança com deficiências se ajuste a escola. Mas, acima de tudo, é necessário que se entenda que a escola tem a tarefa de ensinar aos alunos a compartilharem o saber, os sentidos das coisas, as emoções; a discutir e a trocar experiências e pontos de vista. Neste sentido, a escola tem um compromisso primordial e insubstituível: introduzir o aluno no mundosocial, cultural e científico; e isto é direito incondicional de todo o ser humano, independente de padrões de normalidade estabelecidos pela sociedade ou pré- requisitos impostos pela escola. A administração da escola deve encorajar práticas inovadoras e o planejamento ser feito de forma colaborativa entre todos os seus integrantes incluindo também a família e os alunos. Uma escola inclusiva deve ser capaz de orientar o ensino e a formação, tendo em vista a cidadania, imbuída de uma clara noção de que a excelência humana é superior a excelência puramente acadêmica. A partir das ideias expostas acima, disponibilizamos no nosso site, vários textos que convidam a uma reflexão mais aprofundada sobre as bases da Inclusão Escolar. Legislação Brasileira Decreto Nº 7.612, de 17 de novembro de 2011. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm - Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite. Decreto Nº 6.949, de 25 de Agosto de 2009. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm - Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2004/decreto/d5296.htm - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida Decreto Nº 3.956, de 08 de outubro de 2001. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3956.htm - Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR Cartilha da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Brasília, setembro de 2004. Formato PDF: http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/pessoa-com- deficiencia/acesso_alunos_ensino_publico_2004 https://www.assistiva.com.br/legisl.html#topo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3956.htm http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/pessoa-com-deficiencia/acesso_alunos_ensino_publico_2004 http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/pessoa-com-deficiencia/acesso_alunos_ensino_publico_2004 Ministério de Ciência e Tecnologia.Chamada pública MCT/FINEP/Ação Transversal Tecnologias assistivas - Seleção pública de propostas para apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas para inclusão social de pessoas portadoras de deficiência e de idosos. Brasília, setembro 2005 http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/10253.html Outros países ADA - American with Disabilities Act.: www.ada.gov/pubs/ada.htm Radabaugh, M.P. NIDRR's Long Range Plan - Technology for Access and Function Research Section Two: NIDDR Research Agenda Chapter 5: TECHNOLOGY FOR ACCESS AND FUNCTION http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/10253.html http://www.ada.gov/pubs/ada.htm http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html