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APG 1-Sistema nervoso divino


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Estaelly Gomes Costa-Medicina 2° período 
1 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
→ Substância cinzenta: formada pelos corpos dos 
neurônios. 
→ Substância branca: formado por seus 
prolongamentos. 
1. Com exceção do bulbo e da medula, a 
substância cinzenta ocorre mais 
externamente e a branca internamente. 
→ Telencéfalo – o telencéfalo, ou cérebro, é dividido em 
dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos. 
Nestes, situam-se as sedes da memória dos nervos 
sensitivos e motores. 
→ Ventrículos Cerebrais – localizam-se entre os 
hemisférios e são reservatórios do Líquido Céfalo-
Raquidiano, ou Liquor, participando da nutrição, 
proteção e excreção do Sistema Nervoso. 
→ Tálamo – é uma região de sustância cinzenta 
localizada entre o tronco encefálico e o cérebro. Ele 
atua como uma estação retransmissora de impulsos 
nervosos para o córtex cerebral, ou seja, ele é 
responsável pela condução dos impulsos às regiões 
apropriadas do cérebro onde eles devem ser 
processados. 
→ Hipotálamo – também constituído por substância 
cinzenta, é o principal centro integrador das 
atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos 
principais responsáveis pela homeostase corporal. 
Ele faz a ligação entre o sistema nervoso e o sistema 
endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas 
endócrinas. 
1. A associação do tálamo e do hipotálamo forma o 
diencéfalo. 
→ Tronco encefálico – interpõe-se entre a medula e o 
diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. Ele 
possui três funções principais: 
 1. Recebe informações sensitivas de estruturas 
cranianas e controla os músculos da cabeça; 
 2. Contém circuitos nervosos que transmitem 
informações da medula espinhal até outras regiões 
encefálicas, e em direção contrária, do encéfalo para 
a medula espinhal. (Sendo assim: o lado esquerdo do 
cérebro controla os movimentos do lado direito do 
corpo; lado direito do cérebro controla os movimentos 
do lado esquerdo do corpo). 
 3. Regula a atenção. 
→ Cerebelo – situa-se atrás do cérebro, que é 
primariamente um centro para o controle dos 
movimentos iniciados pelo córtex motor (possui 
extensivas conexões com o cérebro e a medula 
espinhal). (Ao contrário dos hemisférios cerebrais, o 
lado esquerdo do cerebelo está relacionado com os 
movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o 
lado direito, com os movimentos do lado direito do 
corpo). Ele avalia as informações dos movimentos que 
pretendem ser executados e de informações 
proprioceptivas que recebe diretamente do corpo e 
avalia o movimento realmente executado, após uma 
comparação entre ambos, estímulos corretivos são 
enviados de volta ao córtex para que ele tenha o 
desempenho real igual ao pretendido. Dessa forma, o 
cerebelo relaciona-se com os ajustes dos 
movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular. 
→ Córtex – vem do latim “casca”, porque é a camada 
mais externa do cérebro. O lado esquerdo e o lado 
direito do córtex cerebral são ligados pelo corpo 
caloso (um feixe grosso de fibras nervosas). Os 
lóbulos são as principais divisões físicas do córtex 
cerebral. 
 1. Lobo Frontal – responsável pelo planejamento 
consciente e pelo controle motor; 
 2. Lobo Temporal – tem centros importantes de 
memória e audição; 
 3. Lobo Parietal – lida com os sentimentos corporal e 
espacial; 
 4. Lobo occipital – direciona a visão. 
APG 1-Sistema nervoso divino-Objetivos 
1-Investigar a anatomia do sist.nervoso e suas 
divisões; 
2-Debater as partes do neurônio e a fisiologia do 
impulso nervoso e dos neurotransmissores 
responsáveis pela sinapse; 
3-Diferenciar sist.nervoso central e periférico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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k 
Kk 
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 Estaelly Gomes Costa-Medicina 2° período 
2 
 
→ Medula Espinhal – ocupa o canal vertebral, desde a 
região do atlas – primeira vértebra – até o nível da 
segunda vértebra lombar. A medula funciona como 
centro nervoso de atos involuntários e, também, como 
veículo condutor de impulsos nervosos. Da medula 
partem 31 pares de nervos raquidianos que se 
ramificam. Por meio dessa rede de nervos a medula 
se conecta com as várias partes do corpo, recebendo 
mensagens de vários pontos e enviando-as para o 
cérebro e recebendo mensagens do cérebro e 
transmitindo-as para as várias partes do corpo. A 
medula possui dois sistemas de neurônios: o sistema 
descendente e o sistema ascendente. 
 1. Sistema descendente – controla funções motoras 
dos músculos, regula funções como pressão, 
temperatura e transporta sinais originados no cérebro 
até o seu destino; 
 2. Sistema ascendente – transporta sinais sensoriais 
das extremidades do corpo até a medula e de lá para 
o cérebro. 
 3. Na medula a massa cinzenta, localizase 
internamente e a massa branca, localiza-se 
externamente (o contrário do 
que se observa no encéfalo). 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
1. Nervo – é a reunião de várias fibras nervosas, que 
podem ser formadas de axônios ou de dendritos. 
2. Nervos sensoriais – que levam informações da 
periferia do corpo para o SNC, também chamados de 
aferentes ou nervos sensitivos. 
3. Nervos motores – aqueles que transmitem impulsos 
do SNC para os músculos ou glândulas, também 
chamados de eferentes. 
4. Nervos cranianos – partem do encéfalo. 
5. Nervos raquidianos – partem da medula. 
 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO COM BASE 
EM CRITÉRIOS ANATÔMICOS 
O sistema nervoso dividi-se em SNC, que é composto por 
encefálo e medula. O encefálo é dividido em telencéfalo 
(hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), 
cerebelo e tronco cefálico, que se divide em: bulbo 
(caudalmente), mesencéfalo(cranialmente) e 
ponte(ambos). O SNP é formado por nervos e gânglios, que 
fazem ligações entre o SNC e o corpo. 
 
→ Sistema nervoso central se localiza dentro do 
esqueleto axial, enquanto o sistema nervoso 
periférico se localiza fora. Mas, essa divisão não é 
perfeitamente exata, pois alguns gânglios localizam-
se dentro do esqueleto axial. 
→ Encéfalo está situado no crânio e a medula dentro do 
canal vertebral. A ponte separa o bulbo do 
mesencéfalo. Dorsalmente à ponte e ao bulbo, 
localiza-se o cerebelo. 
 Estaelly Gomes Costa-Medicina 2° período 
3 
→ Nervos são cordões esbranquiçados que unem o SNC 
aos órgãos periféricos. 
• Nervos cranianos: união com o encéfalo;12. 
• Nervos espinhais: união com a medula;31. 
 
→ Gânglios: dilatações constituída sobretudo de 
corpos de neurônios. Podem ser sensitivos ou 
motores. 
→ Na extremidade das fibras que constituem os 
nervos situam-se as terminações nervosas que, 
do ponto de vista funcional, são de dois tipos: 
sensitivas(aferentes) e motoras(eferentes). 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO COM BASE 
EM CRITÉRIOS EMBRIOLÓGICOS 
Nesta divisão, as partes do SNC do adulto recebem e 
nome da vesícula encefálica primordial que lhes deu 
origem. 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO COM BASE 
EM CRITÉRIOS FUNCIONAIS 
SISTEMA NERVOSO DA VIDA DE 
RELAÇÃO/SOMÁTICO-VOLUNTÁRIO 
→ Componente aferente: impulsos originados nos 
receptores periféricos são conduzidos aos centros 
nervosos. 
→ Componente eferente: leva aos músculos estriados 
esqueléticos o comando dos centros nervosos, 
resultando em movimentos voluntários. 
SISTEMA NERVOSO DA VIDA 
VEGETATIVA/VISCERAL 
→ Componente aferente: conduz impulsos dos 
visceroceptores à áreas específicas do SNC. 
→ Componente eferente (SNA): conduz impulsos de 
certos centros nervosospara as vísceras, terminando 
em glândulas, mús.lisos ou cardíacos. É dividido em 
simpático e parassimpático. 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO COM BASE 
NA SEGMENTAÇÃO O METAMERIA 
SISTEMA NERVOSO SEGMENTAR 
→ Sistema nervoso periférico, medula espinhal e tronco 
encefálico. 
→ Não há córtex, e a subs. cinzenta se localiza dentro da 
branca. 
SISTEMA NERVOSO SUPRASSEGMENTAR 
→ Cérebro e cerebelo. 
→ Há córtex; e a subs. cinzenta localiza-se fora da 
branca. 
ARCO REFLEXO 
→ Neurônio aferente/sensitivo: recebem estímulos e 
conduzem impulsos ao SNC. 
→ Neurônio eferente/motor: conduzem o impulso do 
SNC até o efetuador, músculo ou glândula. 
ARCO REFLEXO SIMPLES 
Após o estímulo, o neurônio aferente entra na parte 
posterior da medula fazendo sinapse com o neurônio 
eferente (motor), que sai pela parte anterior da medula 
levando o impulso até o efetuador. 
→ Intrasegmentar: 2 neurônios (aferente e eferente) 
e 1 sinapse. 
→ Intersegmentar: envolve 3 neurônios (aferente, 
de associação e eferente) e 2 sinapses. 
 
 Estaelly Gomes Costa-Medicina 2° período 
4 
 
NEURÔNIOS 
→ Unidade funcional fundamental do SN e sua função 
básica é receber, processar e enviar informações. 
→ São células altamente excitáveis que se comunicam 
entre si ou com células efetuadoras (cél. Musculares 
e secretoras), usando basicamente uma linguagem 
elétrica, qual seja, modificações do potencial de 
membrana. 
→ A maioria dos neurônios possui 3 regiões: corpo 
celular, dendritos e axônio. 
→ Multipolares: vários dendritos e 1 axônio. 
→ Bipolares: 1 dendrito principal e 1 axônio. 
→ Unipolares: 1 dendrito e 1 axônio que se fundem. 
CORPO CELULAR 
Contém núcleo e citoplasma e sua principal função é 
integrar a informação recebida. 
 
→ Nucléolo: bem definido 
→ Núcleo: grande e denso 
→ Citoplasma: recebe o nome de pericário 
• Riqueza de ribossomos, RER e REL e 
aparelho de Golgi, ou seja, organelas 
envolvidas em síntese; 
• Ribossomos: concentram-se em pequenas 
áreas citoplasmáticas onde ocorrem livres ou 
aderidos a cisternas do retículo 
endoplasmático; 
• Presença de grumos basófilos conhecidos 
como corpúsculos de Nissl ou sub. Cromidial; 
• Mitocôndrias: abundantes; 
• Microtúbulos e microfilamentos de actina 
idênticos aos de células não-neurais, mas os 
filamentos intermediários diferem por 
possuir constituição bioquímica dos das 
demais células, são específicos dos 
neurônios; 
→ Lisossomos: em função da degradação dos 
constituintes celulares, podem ser chamados de 
grânulos de lipofuscina. 
• Centro trófico: o pericárdio é o centro 
metabólico do neurônio, responsável pela 
síntese de todas as proteínas neuronais, 
bem como pela maioria dos processos de 
degradação e renovação de constituintes 
celulares, inclusive de membranas. As 
funções de degradação justificam a riqueza 
em lisossomos. Esses corpos aumentam em 
número conforme a idade. 
 
DENDRITOS 
→ Geralmente são curtos , ramificam-se profusamente, 
à maneira de galhos de uma árvore, em ângulo agudo, 
originando dendritos de menor diâmetro, 
apresentando contorno irregular. Podem apresentar 
os mesmos constituintes citoplasmáticos do 
pericárdio. 
• Aparelho de Golgi: limita-se às porções mais 
calibrosas, próximas ao pericárdio; 
• Substância de Nissl: penetra nos ramos 
mais afastados; 
• Microtúbulos: porções iniciais e 
ramificações mais espessas. 
→ São especializados em receber estímulos, traduzindo-
os em alterações do potencial de repouso da 
membrana que se propagam em direção ao corpo do 
neurônio e deste em direção ao cone de implantação 
do axônio. 
→ Espinhas dendríticas: expansões da membrana 
plasmática do neurônio com características 
específicas. Cada espinha é constituída por um 
componente distal globoso, ligado à superfície do 
dendrito por uma haste. Percebe-se uma diminuição 
dessas estruturas em pessoas com síndrome de 
down. 
AXÔNIO 
→ Tem um prolongamento fino que se origina do corpo 
ou de um dendrito principal, em região denominada 
cone de implantação, praticamente desprovida de 
subs. cromidial. 
→ Comprimento variável. 
→ Estruturalmente, apresenta, além da membrana 
plasmática ou axoplasma, contendo microtúbulos, 
neurofilamentos, microfilamentos, REL, mitocôndrias 
e vesículas. 
→ Alguns neurônios, entretanto, especializam-se em 
secreção. Seus axônios terminam próximos a 
capilares sanguíneos, que captam o produto de 
secreção liberando, geralmente um polipeptídeo. 
Neurônios desse tipo são denominados 
neurossecretores e ocorrem na região do cérebro 
denominada hipotálamo. 
 Estaelly Gomes Costa-Medicina 2° período 
5 
ATIVIDADE ELÉTRICA DOS NEURÔNIOS 
→ A membrana celular separa dois ambientes que 
apresentam composições iônicas próprias: o meio 
intracelular (citoplasma), onde predominam íons 
orgânicos com cargas negativas e potássio(K); e o 
meio extracelular, em que predominam sódio (Na+) e 
cloro (CL-). 
→ As cargas elétricas dentro e fora da célula estabelece 
o potencial elétrico da membrana. 
→ Íons só atravessam a membrana através de canais 
iônicos, obedecendo aos gradientes de concentração 
e elétricos. 
→ Os canais iônicos são formados por proteínas e 
caracterizam-se pela seletividade e capacidade de 
fechar-se e abrir-se. 
DENDRITOS 
→ São especializados em receber estímulos, traduzindo-
os em alterações do potencial de repouso da 
membrana. 
→ Essas alterações envolvem a entrada ou saída de 
determinados íons e podem expressar-se por uma 
pequena despolarização ou hiperpolarização. 
→ Despolarização: é excitatória e significa redução da 
carga negativa do lado citoplasmático da membrana. 
→ Hiperpolarização: é inibitória e significa aumento da 
carga negativa do lado de dentro da célula ou, então, 
aumento da positiva do lado de fora. 
AXÔNIO 
→ Especializado em gerar e conduzir o potencial de 
ação. Constitui o local onde o primeiro potencial de 
ação é gerado e a zona de disparo na qual 
concentram-se canais de sódio e potássio sensíveis à 
voltagem. 
→ Isto é, canais iônicos que ficam fechados no potencial 
de repouso da membrana e se abrem quando 
despolarizações de pequena amplitude os atingem. 
 
SINAPSES 
Os neurônios, principalmente através de suas 
terminações axônicas, entram em contato com outros 
neurônios, passando-lhes informações. Esses locais de 
contato são denominados sinapses, ou, mais 
precisamente, sinapses interneuronais. No sistema 
nervoso periférico, terminações axônicas podem 
relacionar-se também com células não neuronais ou 
efetuadoras, como células musculares e células 
secretoras, controlando suas funções. Os termos sinapses 
neuroefetuadoras e junções neuroefetuadoras são 
usados para denominar tais contatos. 
SINAPSES ELÉTRICAS 
→ Raras em vertebrados e exclusivamente 
interneuronais. 
→ Aclopamento iônico: comunicação entre dois 
neurônios, através de canais iônicos concentrados em 
cada uma das membranas de contato. 
→ Permite a passagem direta de pequenas moléculas, 
como íons, do citoplasma de uma das células para o 
da outra. 
→ Bulbo-ritmo respiratório. 
→ Não são polarizadas-comunicação de neurônios se faz 
nos dois sentidos. 
SINAPSES QUÍMICAS 
→ A comunicação entre os elementos em contato 
depende da liberação de substância química, 
denominada neurotransmissor. 
→ As sinapses químicas caracterizam-se por serem 
polarizadas, ou seja, apenas um dos dois elementos 
em contato, o chamado elemento pré-sináptico, 
possui o neurotransmissor, que é armazenado em 
vesículas especiais, denominadas vesículas 
sinápticas. 
SINAPSES QUÍMICAS INTERNEURONAIS 
→ Na grande maioria dessas sinapses, uma terminação 
axônica entra em contato com qualquer parte de outro 
neurônio,formando-se assim sinapses 
axodendríticas, axossomáticas (com o pericárdio) ou 
axoaxônicas. 
→ Compreende o elemento pré-sináptico, que armazena 
e libera o neurotransmissor, o elemento pós-sináptico, 
que contém receptores para o neurotransmissor e 
uma fenda sináptica, que separa as duas membranas 
sinápticas. 
→ Essas vesículas sinápticas se aproximam 
adequadamente da membrana pré- sináptica para 
com ela se fundirem rapidamente, liberando o 
neurotransmissor por um processo de exocitose. A 
densidade pré-sináptica corresponde à zona ativa da 
sinapse, isto é, local no qual se dá, de maneira 
eficiente, a liberação do neurotransmissor na fenda 
sináptica. Sinapses com zona ativa são, portanto, 
direcionadas. 
→ A fenda sináptica compreende o espaço que separa 
as duas membranas em oposição. Esse espaço é 
atravessado por moléculas que mantêm firmemente 
unidas as duas membranas sinápticas. O elemento 
pós-sináptico é formado pela membrana pós-
sináptica e a densidade pós-sináptica. Na membrana 
inserem-se os receptores específicos para o 
neurotransmissor, esses receptores são formados por 
proteínas integrais que ocupam toda a espessura da 
membrana e projetam tanto do lado externo como 
do lado citoplasmático da membrana. No citoplasma, 
 Estaelly Gomes Costa-Medicina 2° período 
6 
junto à membrana, concentram-se moléculas 
relacionadas com a função sináptica. 
→ A transmissão sináptica decorre da união do 
neurotransmissor com seu receptor na membrana 
pós-sináptica. 
SINAPSES QUÍMICAS NEUROEFETUADORAS 
Também chamadas de junções neuroefetuadoras, 
envolvem os axônios dos nervos periféricos e uma célula 
efetuadora não neuronal. Se a conexão se faz com células 
musculares estriadas esqueléticas, tem se uma junção 
neuroefetuadoras somática; se com células musculares 
lisas ou cardíacas ou com células glandulares, tem-se uma 
junção neuroefetuadoras visceral. 
→ Junções neuroefetuadoras – compreende as placas 
motoras, onde, em cada uma, o elemento pré-
sináptico é terminação axônica de neurônio motor 
somático, cujo corpo se localiza na coluna anterior da 
medula espinhal ou no tronco encefálico. 
→ Junções neuroefetuadoras viscerais – são os contatos 
das terminações nervosas dos neurônios do sistema 
nervoso autônomo simpático e parassimpático, cujos 
corpos celulares se localizam nos gânglios 
autonômicos. 
→ Placas motoras – são sinapses direcionadas, em cada 
botão sináptico de cada placa há zonas ativas 
representadas, por acumulo de vesículas sinápticas 
junto a barras densas que se colocam a intervalos 
sobre a membrana pré-sináptica. 
→ As junções neuroefetuadoras viscerais, por sua vez, 
não são direcionadas, ou seja, não apresentam zonas 
ativas e densidades pós-sináptica. 
MECANISMO DE TRANSMISSÃO SINÁPTICA 
→ Quando o impulso nervoso atinge a membrana do 
elemento pré-sináptico, origina pequena alteração do 
potencial de membrana capaz de abrir canais de 
cálcio, o que determina a entrada desse íon. O 
aumento de íons cálcio no interior do elemento pré-
sináptico provoca uma série de fenômenos. Alguns 
deles, culminam com a função de vesículas sinápticas 
com a membrana pré-sináptica. 
→ Ocorre, assim, a liberação de neurotransmissor na 
fenda sináptica e sua difusão, até atingir seus 
receptores na membrana pós-sináptica. Um receptor 
pode ser, ele próprio, um canal iônico, que se abre 
quando o neurotransmissor se liga a ele (canal 
sensível a neurotransmissor). Um canal iônico deixa 
passar predominantemente ou exclusivamente um 
dado íon. Se esse íon normalmente ocorrer em maior 
concentração fora do neurônio, como Na+ e o Cl-, há 
entrada. Se sua concentração for maior dentro do 
neurônio, como no caso do K+, há saída. 
→ Esses movimentos iônicos modificam o potencial de 
membrana, causando uma pequena despolarização, 
no caso de entrada de Na+, ou uma hiperpolarização, 
no caso de entrada de Cl- (aumento das cargas 
negativas do lado de dentro) ou de saída de K+ 
(aumento de cargas do lado de fora). Quando o 
receptor não é um canal iônico, sua combinação com 
o neurotransmissor causa a formação, no citoplasma 
do elemento pós-sináptico, de uma nova molé- cula, 
chamada segundo mensageiro. Esse segundo 
mensageiro é que efetuará modifica- ções na célula 
pós-sináptica. 
→ Os potenciais graduáveis pós-sinápticos excitatórios e 
inibitórios devem ser somados ou integrados. A região 
integradora desses potenciais é o cone de 
implantação do axônio ou está próxima dele. Se na 
zona gatilho chegar uma voltagem no limiar de 
excitabilidade do neurônio, por exemplo, 
despolarização de 15mV, gera-se um potencial de 
ação. 
 
Referência: 
MACHADO, A.B.M.; HAERTEL, L.M. Neuroanatomia 
Funcional. 3ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2013. 
HALL, John E.; HALL, Michael E. Guyton & Hall. Tratado de 
fisiologia médica. 14ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2021. 
MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. 
Anatomia orientada para a clínica. 8º ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2019.