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1. Compreender a DPOC (definição, epidemiologia, fatores de risco, etiopatogenia,
manifestações clínicas, classificação, diagnóstico* e tratamento em fases***).
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição respiratória crônica caracterizada
por obstrução do fluxo de ar nos pulmões, que piora progressivamente ao longo do tempo. É definida pela
presença de limitação persistente do fluxo de ar que não é completamente reversível com tratamento e
está associada a uma resposta inflamatória anormal nos pulmões. A DPOC é comumente causada pelo
tabagismo, mas também pode ser causada pela exposição prolongada a poluentes do ar, como poeira,
fumaça de fogões a lenha e gases industriais. Os sintomas da DPOC incluem falta de ar, tosse crônica,
produção de expectoração e sibilos. A DPOC é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em
todo o mundo, sendo considerada um importante problema de saúde pública. O tratamento da DPOC
inclui a cessação do tabagismo, medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios, exercícios
respiratórios e terapia de oxigênio em casos graves.
O nome da doença DPOC é uma abreviação de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que é uma
descrição precisa das principais características da condição. "Doença Pulmonar" refere-se ao fato de que a
condição afeta os pulmões, enquanto "Obstrutiva" descreve a obstrução do fluxo de ar nos pulmões, o que
leva à dificuldade respiratória. Por fim, "Crônica" indica que a condição é persistente e dura por um longo
período de tempo, com sintomas que pioram gradualmente. Portanto, o nome DPOC é uma maneira
concisa e precisa de descrever as principais características da doença.
EPIDEMIO
A DPOC é um importante problema de saúde pública no Brasil, sendo uma das principais causas
de morbidade e mortalidade no país. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)
realizada em 2013, cerca de 7,4% da população brasileira com 18 anos ou mais relataram ter a doença. Além
disso, estima-se que a DPOC seja subdiagnosticada em cerca de 70% dos casos, o que sugere que o
número de pessoas afetadas pela doença pode ser ainda maior. A prevalência da DPOC é maior em
homens do que em mulheres, e aumenta com a idade. Fatores de risco para o desenvolvimento da DPOC
incluem o tabagismo, exposição prolongada a poluentes do ar, história familiar da doença e doenças
respiratórias crônicas como a asma. A conscientização sobre a importância da prevenção e tratamento da
DPOC é essencial para reduzir a carga da doença no Brasil e melhorar a qualidade de vida dos pacientes
afetados.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a DPOC é a quarta principal causa de
morte no mundo, com cerca de 3 milhões de mortes anuais. Estima-se que a prevalência global da DPOC
seja de cerca de 10% da população adulta, mas a taxa varia amplamente em diferentes regiões e países. A
doença é mais comum em países de baixa e média renda, onde a poluição do ar é um fator de risco
significativo para o desenvolvimento da doença.
FATORES DE RISCO
Tabagismo: O tabagismo é o principal fator de risco para a DPOC. O risco de desenvolver a doença
é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados e à duração do hábito de fumar. O tabaco
contém várias substâncias tóxicas que danificam o revestimento dos brônquios e reduzem a capacidade
dos pulmões de funcionar adequadamente.
Poluição do ar: A exposição à poluição do ar, especialmente a partículas finas e gases tóxicos, é um
importante fator de risco para a DPOC. A poluição do ar pode vir de fontes como fumaça de veículos,
queima de combustíveis fósseis e poluentes industriais.
Exposição ocupacional: A exposição a poeiras, gases e vapores químicos no ambiente de trabalho
pode aumentar o risco de desenvolver DPOC. Trabalhadores em setores como mineração, construção e
agricultura estão especialmente em risco.
Histórico familiar: A predisposição genética pode aumentar o risco de desenvolver DPOC. Pessoas
com histórico familiar da doença têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
Infecções respiratórias: Infecções respiratórias como pneumonia e bronquite crônica podem
aumentar o risco de desenvolver DPOC. A inflamação causada por essas infecções pode danificar os
pulmões e levar à doença.
Idade avançada: A DPOC é mais comum em pessoas com mais de 40 anos de idade. O risco de
desenvolver a doença aumenta com a idade, especialmente em fumantes e pessoas com outros fatores de
risco.
FISIOPATOLOGIA
A DPOC é uma doença que se caracteriza por um processo inflamatório crônico dos brônquios e alvéolos
pulmonares, resultando em uma obstrução ao fluxo aéreo. A principal causa da DPOC é a exposição crônica à
fumaça de cigarro, mas a exposição a outros agentes irritantes, como a poluição atmosférica, poeira, produtos
químicos e fumaça de fogão também pode contribuir.
A inflamação crônica resulta em uma reação exagerada do sistema imunológico, com a liberação de
mediadores inflamatórios, como interleucinas e leucotrienos, que levam a um espessamento da parede dos
brônquios e à produção excessiva de muco pelas células glandulares presentes nas vias aéreas. Esse aumento na
produção de muco resulta em uma obstrução parcial ou completa das vias aéreas, o que dificulta a passagem do
ar durante a expiração.
Além disso, a exposição crônica ao cigarro também causa uma lesão das células epiteliais das vias aéreas,
levando à perda da função ciliar e a um acúmulo de células inflamatórias e de muco. Essas alterações levam a
uma diminuição da capacidade pulmonar e a uma redução da oxigenação do sangue, o que pode resultar em
dispneia (falta de ar) e limitação das atividades diárias.
A DPOC também pode levar a outras complicações, como enfisema pulmonar, que é uma destruição dos
alvéolos pulmonares e diminuição da capacidade pulmonar, e doença cardiovascular, devido ao aumento da
resistência vascular pulmonar e à hipoxemia (baixo nível de oxigênio no sangue).
A DPOC é uma doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada pela obstrução progressiva do fluxo
aéreo, que causa dificuldade em respirar e limita a capacidade de exercício dos pacientes. A principal causa da
DPOC é a exposição crônica e excessiva a partículas e gases nocivos, como a fumaça do cigarro, a poluição
ambiental e ocupacional, que levam à inflamação crônica e danos aos tecidos pulmonares.
A fisiopatologia da DPOC envolve uma série de processos complexos que ocorrem no nível dos bronquíolos e dos
alvéolos pulmonares. A exposição crônica a partículas e gases nocivos induz uma inflamação persistente nos
pulmões, que atrai células imunológicas, como neutrófilos, macrófagos e linfócitos, para a região.
Essas células imunológicas liberam enzimas e radicais livres que danificam as células epiteliais e do tecido
conjuntivo que revestem as vias aéreas, resultando em uma fibrose pulmonar progressiva e diminuição da
elasticidade pulmonar. O acúmulo de muco nas vias aéreas também pode obstruir a passagem de ar, exacerbando
a inflamação e a fibrose.
Outro aspecto importante da fisiopatologia da DPOC é a
destruição progressiva do tecido pulmonar, incluindo os
alvéolos, que são responsáveis pela troca gasosa entre os
pulmões e o sangue. A exposição crônica a partículas e
gases nocivos causa a ativação de células do sistema
imunológico que liberam enzimas proteolíticas, como a
elastase, que destroem o tecido pulmonar. Esse processo de
destruição progressiva dos alvéolos é conhecido como
enfisema e é uma das principais características da DPOC.
Por fim, a fisiopatologia da DPOC também envolve uma
resposta inflamatória sistêmica, que pode levar a alterações
em outros órgãos e sistemas do corpo, como o coração,
vasos sanguíneos e músculos esqueléticos, contribuindo
para as comorbidades associadas à doença.
Em resumo, a fisiopatologia da DPOC é complexa e
multifatorial, envolvendo inflamação crônica, fibrose
pulmonar, obstrução das vias aéreas e destruição
progressiva do tecido pulmonar, além de uma resposta
inflamatória sistêmica. A compreensão desses processos é
fundamentalpara o desenvolvimento de novas terapias e
estratégias de prevenção para essa doença debilitante.
A fisiopatologia da DPOC envolve diversas etapas, que podem ser resumidas da seguinte maneira:
1. Exposição ao tabaco ou outras substâncias: A exposição crônica ao tabaco é o principal fator de risco para o
desenvolvimento da DPOC. No entanto, outros fatores de risco como a exposição a poluentes atmosféricos e a
poeira de trabalho também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
2. Inflamação das vias aéreas: A exposição a substâncias nocivas provoca uma inflamação crônica das vias aéreas,
que é caracterizada por uma infiltração de células inflamatórias (como neutrófilos e macrófagos) e uma liberação
de citocinas pró-inflamatórias (como IL-8 e TNF-α). Essa inflamação causa danos às células do epitélio das vias
aéreas e leva à obstrução do fluxo de ar.
3. Obstrução do fluxo de ar: A inflamação crônica das vias aéreas provoca um estreitamento e uma destruição dos
bronquíolos e dos alvéolos pulmonares, que são as estruturas responsáveis pela troca gasosa. Isso resulta em uma
obstrução do fluxo de ar que dificulta a respiração.
4. Perda de elasticidade pulmonar: Além da obstrução do fluxo de ar, a DPOC também leva a uma perda da
elasticidade pulmonar, o que dificulta a expiração do ar viciado e a inalação de ar fresco. Esse problema ocorre
porque a destruição dos alvéolos pulmonares diminui a área de superfície disponível para a troca gasosa e afeta
a capacidade dos pulmões de se expandir e se contrair adequadamente.
5. Hipoxemia e hipercapnia: Como resultado da obstrução do fluxo de ar e da perda de elasticidade pulmonar, a
DPOC leva a uma diminuição da quantidade de oxigênio que chega aos tecidos (hipoxemia) e um acúmulo de
dióxido de carbono (hipercapnia). Essas alterações podem causar sintomas como dispneia, fadiga, hipertensão
pulmonar e alterações cardiovasculares.
6. Cicatrização e fibrose: Em casos mais graves de DPOC, a inflamação crônica das vias aéreas pode levar a uma
cicatrização e fibrose pulmonar, o que acentua ainda mais a obstrução do fluxo de ar e leva a uma perda
irreversível da função pulmonar.
QUADRO CLÍNICO
A DPOC é uma doença que afeta o sistema respiratório, e seus sintomas estão relacionados a uma diminuição da
capacidade de respiração adequada. Os principais sintomas incluem:
1. Tosse crônica: a tosse é um mecanismo de defesa do organismo para expelir substâncias irritantes, mas na
DPOC, a tosse pode ser crônica devido à inflamação e obstrução das vias respiratórias, resultando em secreções
persistentes.
2. Expectoração crônica: a expectoração é a expulsão de secreções produzidas pelas vias respiratórias. Na DPOC,
há um aumento na produção de muco pelas glândulas presentes nas vias respiratórias, que se acumula e é
expelido pelo paciente.
3. Dispneia: a dispneia, ou falta de ar, é um sintoma comum da DPOC e ocorre devido à obstrução das vias
respiratórias, que dificulta a entrada e saída de ar nos pulmões.
4. Chiado no peito: o chiado no peito, também conhecido como sibilância, é um som produzido pelas vias
respiratórias durante a expiração. É causado pela obstrução do fluxo de ar, o que leva a uma diminuição do
diâmetro dos brônquios e aumento da velocidade do fluxo de ar.
5. Fadiga: a fadiga é um sintoma comum em pacientes com DPOC e está relacionada à diminuição da eficiência do
sistema respiratório, que requer mais esforço para respirar.
6. Infecções respiratórias frequentes: a DPOC pode predispor a infecções respiratórias devido à inflamação e
obstrução das vias respiratórias, que facilitam a entrada e proliferação de agentes infecciosos.
Vomica
CLASSIFICAÇÃO
Existem dois tipos principais de DPOC:
1. Bronquite Crônica: é caracterizada pela presença de tosse produtiva (com expectoração) por pelo menos 3
meses em dois anos consecutivos. A bronquite crônica causa inflamação e aumento da produção de muco nas
vias aéreas, levando à obstrução dos brônquios e dificuldade respiratória.
2. Enfisema Pulmonar: é caracterizado pela destruição progressiva dos alvéolos pulmonares e da parede dos
bronquíolos adjacentes. Com a perda da elasticidade dos pulmões, há dificuldade em expirar o ar, levando a um
acúmulo de ar nos pulmões e uma sensação de falta de ar.
A DPOC também pode ser classificada em leve, moderada, grave ou muito grave, com base na gravidade dos
sintomas e na capacidade respiratória. A classificação é feita através de testes de função pulmonar, como a
espirometria, que medem a quantidade de ar que o paciente pode exalar após uma inspiração profunda. A partir
desses testes, é possível avaliar o grau de obstrução das vias aéreas e a capacidade respiratória do paciente.
A classificação de gravidade da limitação do fluxo aéreo na DPOC é baseada na espirometria, um teste que mede
a função pulmonar. Existem várias classificações, mas uma das mais comuns é a classificação espirométrica
proposta pela Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). Essa classificação é baseada no valor
do Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1) em relação à Capacidade Vital Forçada (CVF).
De acordo com a classificação GOLD, a DPOC é dividida em quatro estágios, de acordo com o grau de obstrução
do fluxo aéreo:
- Estágio 1: DPOC leve. O VEF1 é igual ou superior a 80% da CVF prevista.
- Estágio 2: DPOC moderada. O VEF1 é inferior a 80% da CVF prevista.
- Estágio 3: DPOC grave. O VEF1 é inferior a 50% e superior a 30% da CVF prevista.
- Estágio 4: DPOC muito grave. O VEF1 é inferior a 30% da CVF prevista ou inferior a 50% da CVF prevista com
insuficiência respiratória crônica.
Essa classificação permite que o médico avalie a gravidade da doença e escolha o tratamento mais adequado
para o paciente.
A escala mMRC (modified Medical Research Council) é utilizada para avaliar a dispneia em pacientes com DPOC.
Ela consiste em uma escala de 0 a 4, na qual o paciente classifica o seu nível de dispneia de acordo com a
seguinte descrição:
- 0: Sem falta de ar, exceto em casos de esforço intenso;
- 1: Falta de ar ao caminhar rápido em terreno plano ou em subidas leves;
- 2: Falta de ar ao caminhar em ritmo normal com pessoas da mesma idade em terreno plano;
- 3: Precisa parar para descansar ao caminhar a uma distância menor de 100 metros ou poucos minutos depois de
iniciar uma caminhada;
- 4: Falta de ar que o impede de sair de casa ou que o obriga a ficar na cama.
A escala mMRC é uma ferramenta útil na avaliação da gravidade da DPOC e pode ser usada para auxiliar
na decisão de tratamento e no monitoramento da progressão da doença. É importante ressaltar que ela deve ser
utilizada em conjunto com outras medidas de avaliação da DPOC, como a espirometria e a avaliação clínica, para
uma avaliação mais completa e precisa.
A escala CAT (COPD Assessment Test) é uma ferramenta utilizada para avaliar a gravidade dos sintomas em
pacientes com DPOC. Ela é composta por oito perguntas que avaliam a presença e a intensidade de sintomas
como tosse, produção de escarro, falta de ar e limitação nas atividades diárias. Cada pergunta é pontuada de 0 a
5, sendo que a pontuação total varia de 0 a 40, sendo que quanto maior a pontuação, pior a qualidade de vida do
paciente.
A escala CAT é uma ferramenta simples e rápida
de ser aplicada, e pode ajudar os médicos a
avaliarem a necessidade de intervenções
terapêuticas mais intensivas, como a prescrição
de medicamentos mais potentes ou a realização
de cirurgias. Além disso, a escala também pode
ser utilizada para monitorar a progressão da
doença ao longo do tempo e avaliar a eficácia
das intervenções terapêuticas realizadas.
A classificação do risco de exacerbação da DPOC
é baseada em vários fatores, incluindo a
frequência e a gravidade das exacerbações
prévias e a gravidade da doença subjacente.
Existem várias ferramentas disponíveis para
ajudar a classificar o risco de exacerbação,
incluindo a escala de risco ABCD, a escala de risco de BODE e a escala de risco de DECAF.
A escala de risco ABCD é baseada em quatrofatores: obstrução das vias aéreas medida pela espirometria (A);
história de exacerbações (B); sintomas respiratórios medidos pelo CAT (C); e dispneia medida pelo mMRC (D). Com
base nesses fatores, os pacientes são classificados em quatro grupos de risco: Grupo A (baixo risco, menos
sintomáticos), Grupo B (baixo risco, mais sintomáticos), Grupo C (alto risco, menos sintomáticos) e Grupo D (alto
risco, mais sintomáticos). Isso ajuda a orientar as escolhas de tratamento.
A escala de risco de BODE leva em consideração quatro fatores: índice de massa corporal, obstrução das vias
aéreas medida pela espirometria, dispneia medida pelo mMRC e capacidade de exercício medida pelo teste de
caminhada de seis minutos. Com base nesses fatores, os pacientes são classificados em quatro categorias de
risco de exacerbação.
A escala de risco de DECAF é baseada em cinco fatores: dispneia medida pelo mMRC, eosinofilia, cor pulmonale,
idade e função pulmonar medida pela gasometria arterial. Os pacientes são classificados em quatro categorias
de risco de exacerbação.
Essas escalas de risco são úteis para ajudar a prever o risco de exacerbação da DPOC e orientar as escolhas de
tratamento.
A classificação combinada dos sintomas pela escala GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease)
tem como objetivo avaliar a gravidade da DPOC em pacientes com base na presença de sintomas e risco de
exacerbações. Ela é dividida em quatro categorias: A, B, C e D.
A categoria A é composta por pacientes que têm poucos sintomas (avaliação pelo CAT <10) e um baixo risco de
exacerbação (0-1 exacerbações moderadas a graves no último ano). A categoria B é composta por pacientes que
têm mais sintomas (avaliação pelo CAT ≥10) e um baixo risco de exacerbação (0-1 exacerbações moderadas a
graves no último ano).
A categoria C é composta por pacientes que têm poucos sintomas (avaliação pelo CAT <10) e um alto risco de
exacerbação (≥2 exacerbações moderadas a graves no último ano). E a categoria D é composta por pacientes que
têm mais sintomas (avaliação pelo CAT ≥10) e um alto risco de exacerbação (≥2 exacerbações moderadas a graves
no último ano).
Essa classificação é importante porque ela ajuda a guiar o tratamento adequado para cada categoria. Por
exemplo, pacientes da categoria A podem ser tratados apenas com broncodilatadores, enquanto pacientes da
categoria D podem precisar de uma combinação de broncodilatadores e corticosteroides inalatórios, além de
outras terapias complementares.
DIAGNÓSTICO
Os achados laboratoriais na DPOC podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico e avaliação da gravidade da
doença. O exame mais utilizado é a espirometria, que mede a capacidade pulmonar, fluxo expiratório máximo e a
relação entre volume expiratório forçado em um segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada (CVF). A DPOC é
caracterizada pela redução do VEF1/CVF, geralmente abaixo de 70%, após o uso de broncodilatador. Além disso, os
gases sanguíneos arteriais podem ser úteis na avaliação da hipoxemia e da hipercapnia. Pacientes com DPOC
grave podem apresentar hipoxemia crônica e hipercapnia, o que pode ser avaliado por meio da gasometria
arterial. Testes de imagem, como a tomografia computadorizada de tórax, podem mostrar alterações estruturais
dos pulmões e das vias respiratórias, como enfisema pulmonar e bronquiectasias. Outros exames laboratoriais,
como hemograma completo, proteína C reativa e marcadores de inflamação, também podem ser solicitados para
avaliação da inflamação sistêmica associada à DPOC.
Oximetria de pulso e gasometria arterial — A oximetria de pulso é um teste não invasivo de fácil execução que
avalia a saturação de oxigênio no sangue. Reduziu o número de pacientes que necessitam de gasometria arterial
(ABGs), pois o oxigênio suplementar não é necessário quando a saturação de oxigênio de pulso (SpO 2 ) é >88 por
cento. No entanto,a oximetria de pulso não
fornece informações sobre ventilação alveolar ou
hipercapnia (PaCO 2 > 45mmHg), e a avaliação da
oxigenação pela oximetria de pulso pode ser
imprecisa no contexto de uma exacerbação
aguda da DPOC.
As indicações para medir GAS (por exemplo, PaO
2 , PaCO 2 e acidez [pH]), que devem ser
consideradas no contexto clínico, incluem o
seguinte:
Baixo VEF 1 (por exemplo, <50 por cento previsto)
Baixa saturação de oxigênio por oximetria de
pulso (por exemplo, <92 por cento)
Nível de consciência deprimido Exacerbação aguda da DPOC
Em pacientes com DPOC leve a moderada, a gasometria arterial geralmente revela hipoxemia leve ou moderada
sem hipercapnia. À medida que a doença progride, a hipoxemia torna-se mais grave e pode desenvolver-se
hipercapnia. A hipercapnia torna-se progressivamente mais provável quando o VEF1 se aproxima ou cai abaixo de
um litro
Imagem — Radiografia de tórax e tomografia computadorizada (TC) são normalmente realizadas em pacientes com
DPOC quando a causa da dispneia ou produção de escarro não é clara e durante exacerbações agudas para
excluir processos complicadores (por exemplo, pneumonia, pneumotórax, insuficiência cardíaca). A imagem não é
necessária para diagnosticar a DPOC, e uma radiografia de tórax normal não exclui a DPOC. No entanto, em
pacientes com DPOC moderadamente grave ou grave, a tomografia computadorizada identifica indivíduos com
enfisema que podem ser candidatos à redução do volume pulmonar cirurgicamente ou broncoscopicamente
Durante a ausculta pulmonar de pacientes com DPOC, é comum encontrar alguns achados que podem indicar a
presença da doença. Esses achados podem incluir:
1. Sibilos: são sons agudos e musicais que ocorrem durante a respiração e indicam a presença de estreitamento
das vias aéreas.
2. Roncos: são sons graves e contínuos que ocorrem durante a respiração e podem indicar a presença de
obstrução das vias aéreas.
3. Diminuição dos sons respiratórios: ocorre devido ao enfisema pulmonar, que é caracterizado pela destruição
dos alvéolos pulmonares e redução da área de superfície de troca gasosa.
4. Prolongamento do tempo expiratório: ocorre devido à dificuldade na expiração do ar, o que aumenta o tempo
necessário para que o pulmão se esvazie completamente.
5. Hiperinsuflação pulmonar: ocorre devido ao acúmulo de ar nos pulmões, causando aumento do volume torácico
e da expansão dos pulmões.
Esses achados podem variar de acordo com a gravidade da doença e com a presença de outras comorbidades
pulmonares, como bronquiectasias e fibrose cística. É importante ressaltar que o diagnóstico de DPOC deve ser
confirmado por exames complementares, como a espirometria e a avaliação da capacidade de difusão pulmonar.
O raio-x é um exame de imagem amplamente utilizado na avaliação de pacientes com suspeita ou diagnóstico de
DPOC. Os achados radiográficos incluem:
1. Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax: é um achado comum em pacientes com DPOC devido à perda de
elasticidade pulmonar.
2. Hiperinsuflação pulmonar: é caracterizada por um aumento do espaço aéreo entre as estruturas pulmonares. É
um achado frequente em pacientes com DPOC, especialmente nos estágios mais avançados da doença.
3. Redução da translucência pulmonar: é um achado comum em pacientes com DPOC avançada devido à
presença de áreas de enfisema pulmonar.
4. Presença de bronquiectasias: são dilatações permanentes dos brônquios causadas por uma inflamação
crônica. Podem ser observadas em pacientes com DPOC em estágios mais avançados da doença.
5. Alterações vasculares: podem ser vistas em pacientes com DPOC avançada devido a uma sobrecarga do sistema
vascular pulmonar.
É importante ressaltar que os achados radiográficos não são específicos para a DPOC e podem ser encontrados
em outras doenças pulmonares. Portanto, o diagnóstico de DPOC deve ser feito com base na história clínica,
exame físico e exames complementares.
A tomografia computadorizada (TC) é uma ferramenta de diagnóstico por imagem que pode auxiliar na avaliação
de pacientes com DPOC. Os achados na TC de tórax podem incluir:
1. Espessamento das paredes brônquicas: é um achadocomum em pacientes com DPOC, indicando inflamação
crônica e fibrose dos brônquios.
2. Dilatação dos espaços aéreos: é outro achado comum, que ocorre devido à destruição do tecido pulmonar
(enfisema) e resulta em aumento dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais.
3. Redução da densidade pulmonar: pacientes com enfisema apresentam redução da densidade pulmonar, que
pode ser visualizada na TC como áreas hipodensas.
4. Padrão reticular: em pacientes com fibrose pulmonar associada à DPOC, a TC pode mostrar um padrão reticular,
que indica a presença de cicatrizes pulmonares.
5. Nódulos: em alguns casos, pequenos nódulos podem ser detectados na TC de pacientes com DPOC. Estes
nódulos podem ser benignos, como os granulomas calcificados, ou malignos, como os nódulos pulmonares.
É importante destacar que a TC de tórax não é rotineiramente utilizada no diagnóstico de DPOC, sendo indicada
em casos selecionados, como na avaliação pré-operatória de pacientes com enfisema ou na suspeita de outras
doenças pulmonares associadas à DPOC. O diagnóstico de DPOC é feito principalmente com base na história
clínica do paciente, exame físico e espirometria.
O tratamento da DPOC é feito em etapas e envolve medidas não farmacológicas e farmacológicas.
1. Medidas não farmacológicas: incluem mudanças no estilo de vida, como cessação do tabagismo, aumento da
atividade física, dieta saudável e vacinação contra influenza e pneumococo.
2. Broncodilatadores: são medicamentos que dilatam as vias respiratórias para melhorar a respiração e aliviar os
sintomas. Existem dois tipos de broncodilatadores: beta-agonistas e anticolinérgicos. Eles podem ser
administrados por inalação ou por via oral.
3. Corticosteroides inalatórios: são medicamentos que reduzem a inflamação nas vias respiratórias e ajudam a
prevenir exacerbações da DPOC. Podem ser usados sozinhos ou em combinação com broncodilatadores.
4. Fisioterapia respiratória: pode ser útil para ensinar técnicas de respiração e para ajudar a eliminar o muco das
vias respiratórias.
5. Oxigenoterapia: é indicada em casos de hipoxemia crônica, quando a concentração de oxigênio no sangue está
baixa. O oxigênio pode ser administrado por meio de um concentrador de oxigênio ou cilindros de oxigênio.
6. Transplante de pulmão: é uma opção para pacientes com DPOC avançada que não respondem ao tratamento
medicamentoso.
O tratamento da DPOC é personalizado para cada paciente e pode ser ajustado de acordo com a gravidade da
doença e a resposta ao tratamento. É importante lembrar que a cessação do tabagismo é a medida mais eficaz
para prevenir a progressão da DPOC.
O tratamento da DPOC é baseado na classificação dos sintomas pelo sistema GOLD (Global Initiative for Chronic
Obstructive Lung Disease). O tratamento é dividido em quatro grupos, A, B, C e D, de acordo com a gravidade dos
sintomas e o risco de exacerbações.
Para o grupo A, com baixo risco de exacerbações e sintomas leves, o tratamento de primeira linha é com
broncodilatadores de longa duração, como agonistas beta-2 de longa duração (LABA) ou antagonistas
muscarínicos de longa duração (LAMA). Se os sintomas persistirem, pode ser adicionado um corticosteroide
inalatório (ICS).
A: LABA ou LAMA
Não precisa de reabilitação pulmonar
Para o grupo B, com sintomas moderados a graves, mas baixo risco de exacerbações, o tratamento de primeira
linha é com LABA ou LAMA. Se os sintomas persistirem, pode ser adicionado um ICS.
B: LABA + LAMA
E: LABA + LAMA + ICS (se tiver dentro dos critérios)
Para o grupo C, com baixo risco de exacerbações e sintomas graves, o tratamento de primeira linha é com LAMA.
Se os sintomas persistirem, pode ser adicionado um LABA ou um ICS.
Para o grupo D, com sintomas graves e alto risco de exacerbações, o tratamento de primeira linha é com LABA e
LAMA combinados. Se os sintomas persistirem, pode ser adicionado um ICS. Em casos de exacerbações
frequentes, pode ser indicado tratamento com corticosteroides sistêmicos e/ou antibióticos.
Além do tratamento medicamentoso, é importante que os pacientes com DPOC parem de fumar e evitem
exposição a poluentes ambientais. Também é recomendado a realização de exercícios físicos e fisioterapia
respiratória para melhorar a capacidade pulmonar e a qualidade de vida. Em casos graves, pode ser indicado
oxigenoterapia e/ou cirurgia para redução do volume pulmonar.
O prognóstico de DPOC pode variar de acordo com a gravidade da doença, a presença de comorbidades e a
adesão ao tratamento. Geralmente, a DPOC é uma doença crônica e progressiva, o que significa que os sintomas
tendem a piorar com o tempo. A taxa de declínio da função pulmonar pode variar entre os pacientes, mas fatores
como o tabagismo, exposição a poluentes, idade avançada e presença de comorbidades como doenças cardíacas
podem acelerar o declínio.
Pacientes com DPOC em estágios mais avançados da doença, com maior limitação ao fluxo aéreo e comorbidades
significativas, tendem a apresentar um prognóstico pior em termos de qualidade de vida, hospitalizações,
exacerbações e mortalidade. A presença de enfisema e fibrose pulmonar também pode afetar negativamente o
prognóstico.
No entanto, com o tratamento adequado, incluindo a cessação do tabagismo, o uso de broncodilatadores,
corticosteroides inalatórios, reabilitação pulmonar e oxigenoterapia, é possível reduzir os sintomas, melhorar a
função pulmonar e a qualidade de vida do paciente. O acompanhamento regular com um pneumologista e a
adesão ao tratamento são fundamentais para um melhor prognóstico.
2. Compreender a Asma (definição, epidemiologia, fatores de risco, etiopatogenia,
manifestações clínicas, classificação, diagnóstico e tratamento em fases****).
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela é
caracterizada por episódios recorrentes de falta de ar, chiado no peito, opressão torácica e tosse, que ocorrem
predominantemente à noite ou de manhã cedo. A inflamação das vias aéreas causa uma obstrução variável do
fluxo de ar, resultando em dificuldade para respirar. A gravidade da doença pode variar de leve a grave e, em
alguns casos, pode ser fatal. A asma não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado.
O termo "asma" deriva do grego "ásthma", que significa "ofegante" ou "respiração difícil". O nome é usado para
descrever uma condição caracterizada por obstrução reversível das vias aéreas inferiores, que pode ser causada
por diferentes fatores, como inflamação, contração muscular e produção excessiva de muco nas vias respiratórias.
EPIDEMIOLOGIA
A asma é uma doença respiratória comum no Brasil e sua prevalência tem aumentado nos últimos anos. Segundo
dados do Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados mais de 2 milhões de internações e atendimentos
ambulatoriais relacionados à asma no país. A prevalência de asma varia em diferentes regiões do Brasil, com taxas
mais elevadas nas regiões Sul e Sudeste. A doença afeta mais frequentemente crianças e adolescentes, com uma
taxa de prevalência que pode chegar a 20% em algumas regiões do país. Além disso, a asma é mais comum em
indivíduos com baixo nível socioeconômico e em áreas urbanas com alta poluição do ar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a asma afeta cerca de 339 milhões de pessoas em todo o
mundo, sendo uma das doenças crônicas mais comuns entre crianças. A prevalência da asma varia em diferentes
regiões do mundo, sendo mais comum em países de alta renda. A OMS estima que a cada ano ocorrem cerca de
250 mil mortes decorrentes da asma, sendo a maioria dessas mortes evitáveis com o tratamento adequado. Além
disso, a asma representa uma importante causa de absenteísmo escolar e de trabalho, impactando
significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas.
Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento da asma, dentre os quais podemos citar:
1. Histórico familiar de asma: A asma tem uma forte relação com a predisposição genética, portanto, ter parentes
próximos com a doençaaumenta o risco de desenvolvê-la.
2. Exposição a substâncias irritantes: A exposição frequente a poluentes do ar, fumaça de cigarro, poeira, produtos
químicos e outras substâncias irritantes pode aumentar o risco de desenvolver asma.
3. Obesidade: A obesidade é um fator de risco para diversas doenças, inclusive a asma, uma vez que pode levar a
uma inflamação crônica do pulmão.
4. Exposição a alérgenos: A exposição a alérgenos, como ácaros, pólen, mofo, pelos de animais e outros pode
desencadear crises de asma em pessoas predispostas.
5. Infecções respiratórias: Infecções respiratórias, como resfriados, bronquiolites e pneumonia, especialmente
durante a infância, podem aumentar o risco de desenvolver asma.
6. Exposição precoce a tabaco: A exposição ao tabaco desde cedo, durante a gestação ou na infância, aumenta o
risco de desenvolver asma.
7. Exercício físico: O exercício físico pode desencadear crises de asma em algumas pessoas.
8. Condições climáticas: Alterações bruscas de temperatura, ar seco e baixa umidade podem desencadear crises
de asma em algumas pessoas.
9. Alergia alimentar: Alguns estudos sugerem que a alergia alimentar pode aumentar o risco de desenvolver asma.
10. Estresse emocional: O estresse emocional e a ansiedade podem desencadear crises de asma em algumas
pessoas, especialmente quando associados a outros fatores de risco.
É importante ressaltar que nem todas as pessoas expostas a esses fatores de risco desenvolverão asma, e que
existem outras variáveis envolvidas no desenvolvimento da doença. Além disso, muitas pessoas com asma não
apresentam fatores de risco evidentes.
FISIOPATOLOGIA
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que se caracteriza por uma hiperresponsividade
brônquica e por uma obstrução recorrente e reversível do fluxo de ar, com ou sem tratamento. A fisiopatologia da
asma envolve diversas etapas:
1. Exposição a alérgenos ou irritantes: a exposição a alérgenos como ácaros, pólen, fungos, pelos de animais e
irritantes como fumaça, poluição, entre outros, é o primeiro passo para o desenvolvimento da asma.
2. Ativação dos mastócitos e liberação de mediadores inflamatórios: a exposição aos alérgenos ou irritantes leva à
ativação dos mastócitos, que liberam uma série de mediadores inflamatórios, como histamina, leucotrienos e
prostaglandinas.
3. Inflamação das vias aéreas: a liberação dos mediadores inflamatórios leva à inflamação das vias aéreas, com
aumento da permeabilidade vascular, edema e migração de células inflamatórias, como eosinófilos, linfócitos e
macrófagos, para o tecido brônquico.
4. Broncoconstrição: a inflamação das vias aéreas leva à contração do músculo liso dos brônquios, resultando em
broncoconstrição e estreitamento do diâmetro dos brônquios.
5. Hipersecreção de muco: a inflamação também estimula as células caliciformes e as glândulas mucosas das vias
aéreas, resultando em uma produção excessiva de muco, o que contribui para a obstrução das vias aéreas.
6. Danos nas células das vias aéreas: a inflamação crônica e recorrente das vias aéreas pode levar a danos nas
células epiteliais, com descamação e exposição de terminações nervosas, o que pode contribuir para a
hiperresponsividade brônquica e para a progressão da doença.
Essas etapas da fisiopatologia da asma são responsáveis pelos principais sintomas da doença, como falta de ar,
chiado no peito, tosse e aperto no peito.
QUADRO CLÍNICO
A asma é uma doença crônica que afeta as vias aéreas, levando a uma inflamação e estreitamento dos brônquios,
o que dificulta a passagem de ar. Os principais sintomas da asma incluem:
1. Tosse seca: A tosse é geralmente seca e pode ser mais intensa à noite ou nas primeiras horas da manhã.
2. Chiado no peito: O chiado é o som agudo que ocorre quando o ar passa pelos brônquios estreitados.
3. Falta de ar: A falta de ar é um sintoma comum em pessoas com asma. Ela pode variar de leve a grave.
4. Pressão no peito: A opressão no peito pode causar dor ou desconforto.
5. Respiração rápida: Em alguns casos, a respiração pode ficar mais rápida do que o normal.
Os sinais clínicos que podem ser observados durante a crise aguda de asma incluem a dificuldade para falar,
respiração rápida e superficial, cianose (coloração azulada dos lábios e unhas), taquicardia e sudorese. É
importante lembrar que os sintomas e sinais podem variar de pessoa para pessoa e de acordo com a gravidade
da doença.
Na ausculta de pacientes com asma, podem ser observados alguns achados que ajudam a confirmar o
diagnóstico. Durante uma crise aguda, pode-se perceber a presença de sibilos (chiado) e/ou estridor (som agudo e
intenso) durante a inspiração e/ou expiração, devido ao estreitamento das vias aéreas. Também é comum a
presença de ruídos respiratórios aumentados, como o murmúrio vesicular (som da passagem do ar pelos
bronquíolos) e a broncofonia (transmissão nítida da voz do paciente durante a ausculta). Durante os períodos de
remissão dos sintomas, a ausculta pode apresentar-se normal ou apenas com ruídos respiratórios discretamente
aumentados. É importante lembrar que a ausculta é um dos métodos de avaliação clínica utilizados na suspeita
de asma, porém o diagnóstico deve ser feito com base em uma avaliação completa do quadro clínico e de exames
complementares.
Os sinais e sintomas "clássicos" da asma são dispnéia intermitente, tosse e sibilância.Embora típicos da asma,
esses sintomas são inespecíficos, tornando às vezes difícil distinguir a asma de outras doenças respiratórias. Um
padrão de sintomas respiratórios que ocorrem após a exposição a desencadeantes (por exemplo, alérgeno,
exercício, infecção viral) e desaparece com a evitação do desencadeador ou medicação para asma é típico da
asma. Alguns pacientes relatam todos os quatro sintomas clássicos de asma, enquanto outros podem relatar
apenas um ou dois: Chiado (som de assobio agudo, geralmente após a expiração), Tosse (muitas vezes pior à
noite), Falta de ar ou dificuldade para respirar,Aperto no peito.
Crise grave ou muito grave: encaminhar paciente para a emergência ou chamar o SAMU.Sinais de gravidade:
cianose, sudorese, exaustão, confusão mental, dispneia importante,dificuldade de fala, uso de musculatura
acessória, murmúrio vesicular diminuído, frequência respiratória aumentada (FR adulto > 30 mrm), taquicardia (FC
> 120 bpm) ou bradicardia(FC < 60 bpm), saturação de oxigênio inferior a 90% em ar ambiente, pico de fluxo
expiratório menor ou igual a 50% do previsto
Sintomas episódicos – Os sintomas asmáticos caracteristicamente vêm e vão, com um curso de horas a dias,
resolvendo-se espontaneamente com a remoção do estímulo desencadeante ou em resposta a medicamentos
antiasmáticos. Pacientes com asma podem permanecer assintomáticos por longos períodos de tempo. O relato de
sintomas que ocorrem ou pioram à noite costuma ser uma característica da asma.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de asma baseia-se em uma combinação de histórico clínico detalhado, exame físico, testes de
função pulmonar e testes alérgicos. Inicialmente, é feita uma avaliação da história médica do paciente para
identificar a presença de fatores de risco e sintomas, tais como tosse, chiado no peito, falta de ar e aperto no
peito, principalmente durante a noite e nas primeiras horas da manhã. O exame físico pode revelar sibilos, ruídos
respiratórios aumentados e diminuição da expansão do peito. Os testes de função pulmonar são realizados para
avaliar a obstrução das vias aéreas e a resposta a medicamentos broncodilatadores. Os testes alérgicos podem
ser realizados para avaliar a presença de alergias que possam estar desencadeando os sintomas de asma. Em
alguns casos, pode ser necessário realizar exames de imagem, como radiografias e tomografias, para avaliar a
presença de outras condições que possam estar causando os sintomas. O diagnóstico de asma deve ser realizado
por um médico especialista em doenças respiratórias.
Na espirometria, os achados típicos na asma incluem uma redução do volume expiratório forçado no primeiro
segundo(VEF1) e/ou uma relação VEF1/CVF (capacidade vital forçada) reduzida após o uso de um broncodilatador.
A presença de uma resposta reversível (>12% e 200mL) após o uso de um broncodilatador é um achado consistente
com asma. Além disso, a espirometria pode ser usada para monitorar a resposta ao tratamento e avaliar a
gravidade da doença. Outros testes de função pulmonar, como a medida da capacidade de difusão do monóxido
de carbono (DLCO), também podem ser úteis na avaliação da gravidade da doença.
O diagnóstico de asma é estabelecido quando, no resultado da espirometria, identifica-se:
- VEF1/CVF reduzida (valor < 0,75 – 0,80 no adulto e < 0,90 na criança) em pelo menos uma medida durante o
processo de investigação de um paciente com VEF1 reduzido; E
- teste positivo para reversibilidade do fluxo aéreo com o uso de broncodilatador (valor de VEF1 aumenta em
7% em relação ao previsto e 200 mL em relação à linha de base);
Idealmente, as pessoas que forem realizar a espirometria não devem estar sob efeito de medicamentos
broncodilatadores. Em pacientes que toleram ficar sem essas medicações,deve-se recomendar que não se utilize o
broncodilatador de curta ação quatro horas antes do exame e broncodilatador de longa ação 15 horas antes do
exame. Pacientes com suspeita de
tuberculose pulmonar bacilífera não
devem fazer a espirometria.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL = Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica
(especialmente se o'paciente é tabagista),
Insuficiência Cardíaca Congestiva,
hiperreatividade pós infecciosa,discinesia
de cordas vocais, doença difusa do
parênquima pulmonar,
bronquiectasias,síndrome de
hiperventilação (como transtornos de
ansiedade).
CLASSIFICAÇÃO
CONTROLE: Avaliado a partir da ocorrência de sintomas respiratórios, limitação para atividades físicas e
necessidade de medicação de resgate. A asma é considerada controlada quando o paciente não tem limitação de
suas atividades diárias, não apresenta despertar noturno devido à asma e apresenta sintomas diurnos e
necessidade de medicação de resgate inferior a duas vezes por semana, nas últimas 4 semanas.Considera-se
asma parcialmente controlada e não controlada se o paciente apresenta pelo menos um dos critérios, conforme o
quadro 1 a seguir.
exames (imagem, laboratoriais, espirometria)
Exames de sangue - Não há exames de sangue disponíveis que possam determinar a presença ou ausência de
asma ou avaliar sua gravidade. No entanto, um hemograma completo (CBC) com análise diferencial de glóbulos
brancos para rastrear eosinofilia ou anemia significativa pode ser útil em certos casos.
Testes de alergia – Os testes de alergia não são úteis para o diagnóstico de asma, mas podem ser úteis para
confirmar a sensibilidade a suspeitas de gatilhos alérgicos de sintomas respiratórios e para orientar o tratamento
contínuo da asma. Geralmente realizamos testes de alergia em pacientes selecionados com histórico de sintomas
que ocorrem após a exposição a aeroalérgeno(s) específico(s), sintomas persistentes e suspeita de exposição a
alérgenos relevantes no ambiente doméstico (por exemplo, animais de estimação, poeira, baratas ou
camundongos) e/ou sintomas de asma moderados a graves,apesar das terapias convencionais. Além da
contagem de eosinófilos no sangue periférico mencionada acima, os principais testes para alergia são o nível
sérico total de imunoglobulina E (IgE) e os testes de sensibilização alérgica específica, que incluem pesquisa de
sangue para anticorpo IgE específico para alérgenos inalantes e teste cutâneo com extratos de alérgenos
inalantes.
Testes de alergia – Os testes de alergia não são úteis para o diagnóstico de asma, mas podem ser úteis para
confirmar a sensibilidade a suspeitas de gatilhos alérgicos de sintomas respiratórios e para orientar o tratamento
contínuo da asma. Geralmente realizamos testes de alergia em pacientes selecionados com histórico de sintomas
que ocorrem após a exposição a aeroalérgeno(s) específico(s), sintomas persistentes e suspeita de exposição a
alérgenos relevantes no ambiente doméstico (por exemplo, animais de estimação, poeira, baratas ou
camundongos) e/ou sintomas de asma moderados a graves,apesar das terapias convencionais. Além da
contagem de eosinófilos no sangue periférico mencionada acima, os principais testes para alergia são o nível
sérico total de imunoglobulina E (IgE) e os testes de sensibilização alérgica específica, que incluem pesquisa de
sangue para anticorpo IgE específico para alérgenos inalantes e teste cutâneo com extratos de alérgenos
inalantes
Imagem — Na ausência de comorbidades, a radiografia de tórax é quase sempre normal em pacientes com asma.
No entanto, muitos médicos, inclusive nós mesmos, obtêm uma radiografia de tórax para asma moderada a grave
de início recente em adultos com mais de 40 anos para excluir o diagnóstico alternativo ocasional que pode
simular asma (por exemplo, massa mediastinal com compressão traqueal ou insuficiência cardíaca ). Em contraste,
as radiografias de tórax são rotineiramente recomendadas ao avaliar asma grave ou "difícil de controlar" e quando
há suspeita de condições comórbidas (por exemplo,aspergilose broncopulmonar alérgica, pneumonia eosinofílica
ou atelectasia devido ao tamponamento de muco) com base na história, exame físico exame e/ou outros dados
laboratoriais. Além disso, a radiografia de tórax é indicada em pacientes que apresentam características atípicas
para asma, incluindo qualquer um dos seguintes: Febre, Produção Crônica de escarro purulento, Sibilos
persistentemente localizados, Hemoptise, Perda de peso, Crepitações inspiratórias, Hipoxemia significativa (por
exemplo, saturação de pulso de oxigênio menor que aproximadamente 94%) na ausência de um ataque asmático
agudo,Obstrução moderada ou grave ao fluxo aéreo que não reverte com broncodilatadores. A Tomografia
computadorizada de alta resolução (TCAR) é realizada quando anormalidades observadas na radiografia
convencional do tórax precisam de esclarecimento ou quando há suspeita de outros processos, como
bronquiectasia, bronquiolite obliterante, traqueomalácia ou anomalias vasculares que comprometem as vias
aéreas centrais (por exemplo, arco aórtico do lado direito e subclávia esquerda aberrante).
TRATAMENTO
O tratamento atual é dirigido para controlar os sintomas e prevenir exacerbações. A introdução precoce do
tratamento anti-inflamatório com corticosteroides inalatórios (CI)resulta em melhor controle de sintomas, podendo
preservar a função pulmonar em longo prazo e, eventualmente, prevenir ou atenuar o remodelamento das vias
aéreas. Alguns pacientes com asma grave podem desenvolver obstrução irreversível após muitos anos de
atividade da doença, o que é conhecido como remodelamento brônquico, implicando pior prognóstico.O principal
objetivo do tratamento da asma é alcançar e manter o controle clínico, objetivo capaz de ser obtido na maioria
dos pacientes com uma intervenção farmacológica planejada e executada em parceria entre o médico, o paciente
e sua família. O tratamento tem sido dividido em cinco etapas, sendo cada paciente alocado para uma dessas
etapas de acordo com o tratamento atual e o seu nível de controle, devendo ser ajustado conforme as mudanças
que vão ocorrendo de forma dinâmica. Esse ciclo engloba acessar, tratar para obter o controle e monitorar para
manter o controle.
Para os pacientes que irão iniciar o tratamento (ou seja, virgens de tratamento), deve-se iniciar pela etapa 2 ou, se
o paciente estiver muito sintomático, iniciar pela etapa 3. Em crianças menores de cinco anos de idade,não é
recomendado o uso de b2-agonista de ação prolongada, pois os efeitos colaterais ainda não estão
adequadamente estudados nessa faixa etária.
Etapa 1: medicação de resgate para o alívio dos sintomas.
Na etapa 1, além de promover a educação do asmático e o controle ambiental, utiliza-se apenas medicação de
alívio para pacientes que têm sintomas ocasionais (tosse, sibilos ou dispneia ocorrendo duas vezes ou menos por
semana) de curta duração. Entre esses episódios, o pacienteestá assintomático,com função pulmonar normal e
sem despertar noturno. Para a maioria dos pacientes nessa etapa, utiliza-se um b2- -agonista de rápido início de
ação (salbutamol, fenoterol ou formoterol). As alternativas são anticolinérgico inalatório, b2-agonista oral ou
teolina oral,mas esses têm um início de ação mais lento e um maior risco de efeitos adversos.
Etapa 2: medicação de alívio mais um único medicamento de controle
Na etapa 2, os corticoides inalatórios em doses baixas são a primeira escolha. Medicações alternativas incluem
antileucotrienos para pacientes que não conseguem utilizar a via inalatória ou para aqueles que têm efeitos
adversos intoleráveis com o uso de corticoide inalatório.
Etapa 3: medicação de alívio mais um ou dois medicamentos de controle
Na etapa 3, a associação de um corticoide inalatório em doses baixas com um b2-agonista inalatório de ação
prolongada é a primeira escolha. Um b2-agonista de rápido início de ação é utilizado para o alívio de sintomas
conforme necessário. Como alternativa, ao invés de associar um b2-agonista, pode-se aumentar a dose do
corticoide inalatório. Outras opções são a adição de um antileucotrieno ao corticoide inalatório em doses baixas
ou a adição de teolina, nesta ordem.
Etapa 4: medicação de alívio mais dois ou mais medicamentos de controle
Na etapa 4,sempre que possível, o tratamento deve ser conduzido por um médico especialista no tratamento da
asma. A escolha preferida consiste na combinação de corticoide inalatório em doses médias ou altas com um
b2-agonista de ação prolongada. Como alternativa, pode-se adicionar um antileucotrieno ou teolina à associação
acima descrita.
Etapa 5: medicação de alívio mais medicação de controle adicional
Na etapa 5,adiciona-se corticóide oral às outras medicações de controle já referidas, mas deve-se sempre
considerar os efeitos adversos potencialmente graves. Esse esquema somente deve ser empregado para pacientes
com asma não controlada na etapa 4, que tenham limitação de suas atividades diárias e frequentes
exacerbações, tendo sido exaustivamente questionados sobre a adesão ao tratamento. Os pacientes devem ser
esclarecidos sobre os potenciais efeitos adversos e a dose do corticoide oral deve ser a menor possível para
manter o paciente controlado. A adição de anti-IgE é uma alternativa na etapa 5 para pacientes atópicos, pois
sua utilização pode melhorar o controle da asma e reduzir o risco de exacerbações.
Medidas terapêuticas complementares:
- Abordagem integral: avaliar questões psicossociais e emocionais associadas à doença,tanto da família
quanto do paciente, a educação e o esclarecimento em relação à doença.
- Controle ambiental: aconselhar sobre cessação do tabagismo do paciente e dos familiares, e controle de
exposição aos alérgenos ambientais/ocupacionais.
- Medicamentos: evitar medicamentos que podem piorar os sintomas de asma, como AINEs (incluindo AAS) e
beta-bloqueadores (de uso oral e intraocular).
- Atividade física: estimular o paciente a realizar atividade física regularmente e oferecer orientação em
relação ao tratamento da broncoconstrição desencadeada pelo exercício.
- Imunizações: as vacinas Influenza (anualmente) e pneumocócica-23 (dose única, com um reforço após 5
anos da dose inicial) estão indicadas para todos os pacientes com asma moderada ou grave; assim como
as vacinas contra a COVID-19.
- Alergias e atopias: tratamento apropriado na coexistência de atopias (como rinite alérgica)e de outras
alergias (medicamentosas e alimentares).
- Adesão e revisão do uso correto de dispositivos: avaliação sistemática para todos os pacientes que usam
medicamentos inalatórios. Preferencialmente através do uso supervisionado (trazer a medicação na
consulta e utilizar sob a observação do profissional de saúde)
3. Entender a espirometria** (indicações, parâmetros, interpretação, diagnóstico,
prognóstico e seguimento).
Os parâmetros elencados no consenso de espirometria incluem:
1. Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): é o volume máximo de ar que pode
ser exalado durante o primeiro segundo de uma expiração forçada. O VEF1 é um indicador da
função pulmonar e é frequentemente usado para avaliar a gravidade da obstrução das vias
aéreas.
2. Capacidade vital forçada (CVF): é o volume máximo de ar que pode ser exalado após uma
inspiração máxima. A CVF é um indicador da capacidade pulmonar total e é frequentemente
usada para avaliar a função pulmonar.
3. Relação VEF1/CVF: é a relação entre o VEF1 e a CVF. Esta relação é usada para avaliar a
presença e a gravidade da obstrução das vias aéreas.
4. Fluxo expiratório máximo (FEM): é a taxa máxima de fluxo de ar durante a fase de expiração.
O FEM é um indicador da função pulmonar e é frequentemente usado para avaliar a
presença e a gravidade da obstrução das vias aéreas.
5. Volume residual (VR): é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração
forçada máxima. O VR é um indicador da capacidade pulmonar residual e é frequentemente
usado para avaliar a presença e a gravidade da hiperinsuflação pulmonar.
6. Capacidade pulmonar total (CPT): é o volume máximo de ar que os pulmões podem conter.
A CPT é um indicador da capacidade pulmonar total e é frequentemente usada para avaliar
a presença e a gravidade da hiperinsuflação pulmonar.
Além desses parâmetros, existem outros que podem ser medidos durante a espirometria,
dependendo do objetivo do exame e das necessidades clínicas específicas do paciente. É
importante lembrar que a interpretação dos resultados da espirometria deve ser realizada
por profissionais de saúde treinados e experientes.

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