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10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 1/9 Painel / Meus cursos / CH000 - Turma DOENÇA DE CHAGAS 2023-1 (2023/1) / Tópico 1 / Caso Clínico3 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Iniciado em Thursday, 10 Aug 2023, 10:04 Estado Finalizada Concluída em Thursday, 10 Aug 2023, 10:09 Tempo empregado 4 minutos 54 segundos Qual o primeiro exame a ser realizado no paciente assintomático, com doença de Chagas confirmada? Escolha uma opção: a. Holter-24h b. Ecocardiograma c. Teste de ergométrico d. Eletrocardiograma e. Nenhum exame adicional Resposta CORRETA: Eletrocardiograma. Um paciente assintomático pode estar na forma crônica indeterminada da doença de Chagas ou na fase precoce da cardiopatia, na qual podem estar presentes apenas alterações eletrocardiográficas, sem manifestações clínicas. Assim, o primeiro exame a ser realizado para diagnóstico da cardiopatia, que contribui para o estadiamento e a determinação do prognóstico, é o eletrocardiograma. A partir desse exame e de acordo com o quadro clínico do paciente, podem ser necessários outros exames cardiológicos. Resposta INCORRETA: Ecocardiograma. O ecocardiograma está indicado depois de confirmada a presença de cardiopatia pelo eletrocardiograma. Resposta INCORRETA: Teste de ergométrico. O teste ergométrico (TE) é um exame complementar que pode ser solicitado, quando pertinente, após firmado o diagnóstico de doença de Chagas, mas não na fase inicial da investigação como é o caso da paciente. O TE pode ser necessário para avaliar arritmias e capacidade funcional em casos de cardiopatia chagásica crônica. Resposta INCORRETA: Holter-24h. O Holter de 24 horas é um exame solicitado após realização de ECG e do ecocardiograma, quando houver evidências clínicas e/ou eletrocardiográficas de presença de arritmias. Resposta INCORRETA: Nenhum exame adicional. Diante da suspeita de cardiopatia chagásica, deve-se, primeiramente, fazer o eletrocardiograma, exame que permitirá o diagnóstico da cardiopatia e contribuirá para estadiamento e determinação de prognóstico da doença. https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/my/ https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/course/view.php?id=9 https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/course/view.php?id=9§ion=1 https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/view.php?id=977 10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 2/9 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 O exame mais indicado na avaliação inicial de pacientes com suspeita de megaesôfago chagásico é Escolha uma opção: a. Colonoscopia. b. Manometria esofagiana. c. Radiografia contrastada de esôfago. d. Endoscopia digestiva alta. e. Tomografia de abdome total. Resposta CORRETA: Radiografia contrastada de esôfago. A radiografia contrastada de esôfago é o exame de eleição inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico, permitindo avaliar o diâmetro/calibre do órgão e sua dilatação, além de alterações funcionais, tais como ondas peristálticas anormais ou ausentes e o tempo de esvaziamento do conteúdo esofágico para o estômago. Resposta INCORRETA: Endoscopia digestiva alta. A endoscopia digestiva alta é utilizada para diagnóstico diferencial do megaesôfago chagásico com os de outras etiologias, como doença do refluxo gastroesfágico, neoplasia de esôfago distal, amiloidose, entre outros. Ela pode sugerir que o paciente tem megaesôfago, mas não gradua ou classifica o megaesôfago chagásico, como a radiografia contrastada de esôfago, exame inicial mais indicado para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: Tomografia de abdome total. A tomografia de abdome total não é utilizada como exame inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Ela poderá auxiliar no diagnóstico diferencial de outras patologias que levam à disfagia de condução, como neoplasia maligna de esôfago. Resposta INCORRETA: Colonoscopia. A colonoscopia não faz diagnóstico de megaesôfago chagásico; ela é utilizada para patologias do intestino grosso e do íleo distal, auxiliando no diagnóstico diferencial de megacólon chagásico. Resposta INCORRETA: Manometria esofagiana. A manometria esofagiana não é utilizada na avaliação inicial de megaesôfago chagásico, como é a radiografia contrastada de esôfago. A manometria esofagiana auxilia no pré-operatório de cirurgia esofagianas, como megaesôfago chagásico ou demais patologias. A manometria pode ser utilizada nos casos de megaesôfago chagásico sintomáticos com disfagia de condução, que apresentam uma radiografia contrastada de esôfago normal. Auxilia no diagnóstico inicial de megaesôfago chagásico com dismotilidade esofágica e dificuldade para esvaziamento no esfíncter inferior do esôfago. 10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 3/9 Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Como é realizado o diagnóstico da doença de Chagas? Escolha uma opção: a. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, uma terceira é coletada e, caso positiva, confirma-se o caso. b. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas amostras para realizar PCR. Somente esse método consegue confirmar um caso de doença de Chagas. c. Após uma suspeita clínica, é coletado o sangue para realização de uma sorologia, que, se positiva, confirma o caso. d. Após suspeita clínica, são coletadas duas sorologias; se pelo menos uma é positiva, confirma-se o caso. e. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, outras duas são coletadas e, se as duas forem positivas, confirma-se o caso. Resposta CORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, outras duas são coletadas e, se as duas forem positivas, confirma-se o caso. São realizados dois testes sorológicos utilizando-se diferentes metodologias; caso ambas sejam positivas, confirma-se infecção pelo T. cruzi e, caso ambas sejam negativas, fica descartada a doença de Chagas. Se os resultados sorológicos forem discordantes, outras duas amostras são coletadas e, se novamente discordantes, uma terceira amostra é coletada e testada por método sorológico diferente dos anteriores para confirmar ou descartar o caso. A PCR não é utilizada na prática clínica para diagnóstico de doença de Chagas. Além de método de alto custo, sem padronização, não está disponível na rede de saúde em geral. Resposta INCORRETA: Após uma suspeita clínica, é coletado o sangue para realização de uma sorologia, que, se positiva, confirma o caso. Um teste sorológico apenas não confirma o diagnóstico de doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Após suspeita clínica, são coletadas duas sorologias; se pelo menos uma é positiva, confirma-se o caso. A positividade de apenas um teste sorológico não confirma o diagnóstico de doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, uma terceira é coletada e, caso positiva, confirma-se o caso. São realizados dois testes sorológicos utilizando-se diferentes metodologias; caso ambas sejam positivas, confirma-se infecção pelo T. cruzi e, caso ambas sejam negativas, fica descartada a doença de Chagas. Se os resultados sorológicos forem discordantes, outras duas amostras são coletadas e, se novamente discordantes, uma terceira amostra é coletada e testada por método sorológico diferente dos anteriores. Resposta INCORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadasamostras para realizar PCR. Somente esse método consegue confirmar um caso de doença de Chagas. A PCR não é utilizada na prática clínica para diagnóstico de doença de Chagas. Além de método de alto custo, sem padronização, não está disponível na rede de saúde em geral. 10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 4/9 Questão 4 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 O tratamento de pacientes com megaesôfago chagásico deve levar em consideração a idade, a presença de comorbidades associadas, como cardiopatia chagásica, e a estrutura hospitalar onde será realizado. O quadro clínico, assim como a classificação radiológica do megaesôfago em grupos de Rezende, auxiliam na melhor decisão terapêutica a ser tomada. Diante disso, a alternativa que melhor engloba os tratamentos disponíveis é: Escolha uma opção: a. Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), tratamento cirúrgico convencional, injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. b. Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. c. Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina ou dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. d. Injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda, tratamento cirúrgico convencional e adequação de hábitos alimentares. e. Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida) e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. Resposta CORRETA: Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina ou dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. O tratamento de pacientes com megaesôfago chagásico deve levar em consideração vários fatores, tanto clínicos – como idade do paciente, comorbidades associadas e a intensidade da sintomatologia, – quanto de infraestrutura – como a disponibilidade e a operabilidade de recursos no local onde serão feitos o tratamento e o acompanhamento desse paciente, tanto em nível primário quanto em terciário. A alternativa engloba, segundo o II Consenso Brasileiro de Chagas (Dias et al. , 2016), as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago, como adequação de hábitos alimentares e tratamento medicamentoso, que pode ser realizado em nível primário para os casos mais leves, a injeção de toxina botulínica, a dilatação endoscópica com sonda ou balão pneumático e o tratamento cirúrgico convencional e endoscópico, realizados, em nível terciário, em hospitais que possuem infraestrutura e têm disponibilidade dos materiais utilizados nesses tratamentos. Resposta INCORRETA: Injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda, tratamento cirúrgico convencional e adequação de hábitos alimentares. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foram citados tratamento medicamentoso, com nifedipina ou dinitrato de isossorbida, e o tratamento cirúrgico endoscópico. Resposta INCORRETA: Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida) e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foram citadas a injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e a dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda, realizados em hospitais que possuem centro de Endoscopia e os materiais disponíveis para tais procedimentos. Resposta INCORRETA: Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foi citada a adequação de hábitos alimentares, que deve ser orientada em todos os pacientes com megaesôfago chagásico, independentemente dos grupos radiológicos de Rezende ou da intensidade da sintomatologia, e também não foi colocado o tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica, realizados em serviço hospitalar terciário com infraestrutura para cada procedimento. Resposta INCORRETA: Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), tratamento cirúrgico convencional, injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foram citadas a adequação de hábitos alimentares, realizada tanto em nível primário quanto em nível terciário, nem a cirurgia endoscópica, realizada, normalmente, em Centros de Endoscopia dentro de Hospitais Terciários com infraestrutura para tal procedimento. 10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 5/9 Questão 5 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Quais são as manifestações clínicas mais comuns da cardiopatia chagásica crônica (CCC)? Escolha uma opção: a. Morte súbita, ataque isquêmico transitório e baixa voltagem no eletrocardiograma b. Fenômenos tromboembólicos e infarto agudo do miocárdio c. Acidente vascular encefálico e hipertensão arterial d. Fenômenos tromboembólicos, insuficiência cardíaca e arritmias e. Insuficiência cardíaca e doença valvar Resposta CORRETA: Fenômenos tromboembólicos, insuficiência cardíaca e arritmias. As manifestações mais comuns da doença de Chagas com acometimento cardíaco são a insuficiência cardíaca por remodelamento resultante de evolução lenta e progressiva; arritmias que podem cursar de morte súbita a fibrilação atrial e fenômenos tromboembólicos que podem desencadear acidente vascular encefálico. Resposta INCORRETA: Insuficiência cardíaca e doença valvar. Doença valvar primária não faz parte das manifestações clínicas da CCC. Resposta INCORRETA: Acidente vascular encefálico e hipertensão arterial. Hipertensão arterial sistêmica não faz parte das manifestações clínicas da CCC. Resposta INCORRETA: Morte súbita, ataque isquêmico transitório e baixa voltagem no eletrocardiograma. A baixa voltagem no eletrocardiograma é uma manifestação eletrocardiográfica, e não clínica. Resposta INCORRETA: Fenômenos tromboembólicos e infarto agudo do miocárdio. Infarto agudo do miocárdio não faz parte das manifestações clínicas da CCC. Em relação ao tratamento da cardiopatia chagásica, é correto afirmar que: Escolha uma opção: a. O tratamento padrão da forma cardíaca é o uso de carvedilol, losartana, amiodarona e varfarina, que devem ser usados em todos os pacientes com cardiopatia chagásica. b. Independentemente do tipo de alterações constatadas ao eletrocardiograma, o paciente, mesmo estando assintomático, já deve receber um antiarrítmico para evitar a morte súbita. c. Anticoagulantes só devem ser prescritos para pacientes que já tenham tido algum evento tromboembólico, com o objetivo de prevenir novos eventos. d. O bloqueio neuro-humoral é indicado para pacientes em forma crônica indeterminada. e. O tratamentoda cardiopatia chagásica deve ser individualizado de acordo com cada estágio e manifestação clínica do paciente. Pode ser necessário fazer uso de bloqueio neuro-humoral e de diuréticos para o paciente com insuficiência cardíaca; anticoagulantes para pacientes com fibrilação atrial; e antiarrítmicos para pacientes com arritmias supra ou ventriculares. Resposta CORRETA: O tratamento da cardiopatia chagásica deve ser individualizado de acordo com cada estágio e manifestação clínica do paciente. Pode ser necessário fazer uso de bloqueio neuro-humoral e de diuréticos para o paciente com insuficiência cardíaca; anticoagulantes para pacientes com fibrilação atrial; e antiarrítmicos para pacientes com arritmias supra ou ventriculares. O tratamento clínico é prescrito de acordo com as manifestações da cardiopatia. Pode ser que o paciente tenha necessidade de um tratamento mais amplo com antiarrítmicos, anticoagulantes e bloqueio neuro-humoral, diuréticos e digitálicos para a insuficiência cardíaca, por exemplo. Resposta INCORRETA: Independentemente do tipo de alterações constatadas ao eletrocardiograma, o paciente, mesmo estando assintomático, já deve receber um antiarrítmico para evitar a morte súbita. Pois pode ser que o paciente tenha alterações eletrocardiográficas típicas da cardiopatia chagásica (como, por exemplo, bloqueio do ramo direito do feixe de His), porém que não exijam tratamento medicamentoso. Antiarrítmicos são prescritos somente quando o paciente apresenta uma arritmia importante. Resposta INCORRETA: O bloqueio neuro-humoral é indicado para pacientes em forma crônica indeterminada. O bloqueio neuro-humoral não é indicado para a forma crônica indeterminada, visto que a FCI se caracteriza pela ausência de sintomas e de alterações ao eletrocardiograma e exames de imagem; não requerem, portanto, qualquer tratamento cardiológico. Resposta INCORRETA: Anticoagulantes só devem ser prescritos para pacientes que já tenham tido algum evento tromboembólico, com o objetivo de prevenir novos eventos. Mesmo que não tenha havido evento tromboembólico, o paciente pode ter a indicação de anticoagulação. Caso o paciente apresente trombos visualizados no ecocardiograma ou evidência de fibrilação atrial no eletrocardiograma ou no Holter-24, essas condições indicariam risco alto de eventos tromboembólicos e estaria iniciada a anticoagulação. Resposta INCORRETA: O tratamento padrão da forma cardíaca é o uso de carvedilol, losartana, amiodarona e varfarina, que devem ser usados em todos os pacientes com cardiopatia chagásica. pois não existe tratamento padrão. Pacientes recebem a medicação de acordo com suas manifestações clínicas. Nem todos os pacientes com cardiopatia chagásica têm necessidade de utilizar todos os medicamentos citados. 10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 6/9 Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em paciente portador de cardiopatia chagásica com insuficiência cardíaca apresentando edema, cansaço e congestão sistêmica, quais opções terapêuticas deveriam ser consideradas para seu tratamento? 1- Carvedilol 2- Furosemida 3- Espironolactona 4- Enalapril 5- Amiodarona 6- Benznidazol 7- Nifurtimox Escolha uma opção: a. São corretas as opções 1, 2, 3, 4 b. São corretas as opções 2, 3, 5, 7 c. São corretas as opções 1, 2, 4, 5 d. São corretas as opções 2, 4, 5, 6 e. São corretas as opções 1, 2, 3, 7 Resposta CORRETA: São corretas as opções 1, 2, 3, 4. Carvedilol (1), furosemida (2), espironolactona (3) e enalapril (4) são opções terapêuticas em presença de IC descompensada O uso do carvedilol (1), um betabloqueador, é essencial para os pacientes com doença cardíaca com disfunção ventricular. O carvedilol, adicionado ao enalapril e à espironolactona, em estudo randomizado, duplo-mascarado, com placebo, de 42 pacientes com cardiopatia chagásica crônica e fração de ejeção do ventrículo esquerdo menor que 45%, promoveu melhora estatisticamente significativa do escore de Framingham e da qualidade de vida, bem como redução do índice cardiotorácico e dos níveis de BNP sanguíneo, além de aumentar em 2,8% a fração de ejeção. (Ref.Botoni FA, Poole-Wilson PA, Ribeiro AL, Okonko DO, Oliveira BM, Pinto AS, et al. A randomized trial of carvedilol after renin-angiotensin system inhibition in chronic Chagas cardiomyopathy. Am Heart J. 2007;153(4):544.e1-8.) A furosemida (2) é um diurético importante, nesses casos, para ajuste da volemia. Em paciente apresentando congestão istêmica e insuficiência cardíaca descompensada, o uso de furosemida melhora a sintomatologia, a dispneia e a congestão sistêmica. A espironolactona (3) atua no remodelamento cardíaco além de ser um diurético. O bloqueio de aldosterona atua com efeitos benéficos sobre morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca geral. Na cardiopatia chagásica, espironolactona está indicada para pacientes com disfunção sistólica, fração de ejeção ≤ 35,0% e insuficiência cardíaca com classe funcional III ou IV. O enalapril (4) é um inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) e já foi bem demonstrado o benefício da administração crônica dos IECA ou de bloqueador receptor de angiotensina no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca geral, tanto no remodelamento cardíaco, como na redução de morbidade e mortalidade. Na cardiopatia chagásica, foi demonstrado que o uso de doses máximas toleradas de enalapril melhoraram a qualidade de vida, além de reduzir níveis de BNP e o índice cardiotorácico radiológico. (Ref. I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica). Resposta INCORRETA: São corretas as opções 1, 2, 3, 7. O tratamento antiparasitário com o nifurtimox (7) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 2, 4, 5, 6. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. O tratamento antiparasitário com o Benznidazol (6) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 2, 3, 5, 7. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. O tratamento antiparasitário com o Nifurtimox (7) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 1, 2, 4, 5. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. 10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 7/9 Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 O megaesôfago chagásico é uma das formas clínicas que o paciente com doença de Chagas, na fase crônica, pode desenvolver. O sintoma inicial mais prevalente em pacientes com megaesôfago é: Escolha uma opção: a. Regurgitação alimentar (retorno do alimento do esôfago até a boca) b. Disfagia de condução (dificuldade para condução do alimento do esôfago até o estômago) c. Epigastralgia (dor localizada no estômago) d. Constipação (dificuldade para evacuação) e. Pirose (“sensação de queimação” em região retroesternal) Resposta CORRETA: Disfagia de condução (dificuldade para condução do alimento do esôfago até o estômago).A disfagia de condução é o sintoma mais prevalente e inicial dos pacientes com acometimento esofagiano na doença de Chagas levando ao megaesôfago chagásico, uma vez que, ao causar desnervação no sistema autonômico, ocasiona dificuldade de relaxamento do esfíncter inferior do esôfago, o que faz surgir a disfagia de condução – dificuldade de o alimento ser conduzido do esôfago para o estômago. O paciente inicia, normalmente, com disfagia para alimentos sólidos e secos e, progressivamente, pode desenvolver disfagia para alimentos líquidos e pastosos. Em referência ao termo médico disfagia de condução, os pacientes relatam dificuldade para deglutir o alimento, entalo, ”embuxamento”; parece que o alimento fica preso na região do esterno, e há necessidade de ingesta hídrica para o alimento descer do esôfago para o estômago. Resposta INCORRETA: Epigastralgia (dor localizada no estômago). A Epigastralgia pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico, seja por acometimento gástrico pelo T. cruzi, seja por outras etiologias de epigastralgia, como o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINHs) e infecção pelo Helicobacterpylori. É importante ressaltar que a disfagia é o sintoma mais prevalente nos pacientes com megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: Constipação (dificuldade para evacuação). A constipação pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico, seja por dificuldade para se alimentar devido à disfagia de condução, ocasionando pequena demanda de fibras para estímulo de evacuação e formação do bolo fecal, seja por acometimento simultâneo do intestino grosso pelo T. cruzi, levando ao megacólon chagásico. Entretanto, em pacientes com megaesôfago chagásico, a disfagia é o sintoma mais prevalente. Resposta INCORRETA: Regurgitação alimentar (retorno do alimento do esôfago até a boca). A regurgitação alimentar, que consiste no retorno do alimento do esôfago para a boca, pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico. Ela pode ser passiva (que ocorre quando o paciente se deita), ou ativa (quando ocorre durante o dia devido à movimentação de musculatura abdominal). Costuma ser mais prevalente nas formas avançadas de megaesôfago chagásico – grupos III e IV de Rezende, mas ainda assim é menos prevalente e ocorre após o início da disfagia de condução. Resposta INCORRETA: Pirose (“sensação de queimação” em região retroesternal). A pirose, que consiste na “sensação de queimação em região retrosternal”, pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico. Isto se deve tanto à esofagite de estase, provocada pela retenção alimentar na luz e parede esôfago (levando, consequentemente, à agressão química da mucosa) quanto pela presença de doença de refluxo gastroesofágico (DRGE), que também pode ocorrer em pacientes com megaesôfago chagásico. No entanto, a DRGE é menos prevalente no megaesôfago chagásico e ocorre, temporalmente, depois de instalada a disfagia, que é o sintoma mais prevalente no megaesôfago chagásico. 10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 8/9 Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Considere o relato de caso a seguir e responda ao que se pede: Paciente DNS, 30 anos, feminino, comerciária, nascida em Almenara (norte de Minas Gerais), residente em Belo Horizonte desde os 15 anos. Sua mãe morreu de doença de Chagas quando a paciente ainda era criança. A paciente não apresenta antecedentes patológicos relevantes e não faz uso de nenhum medicamento de forma contínua. Procura o médico de família do PSF relatando quadro inespecífico de cefaleia e mal-estar geral. Nessa consulta, qual seria a atitude mais correta do médico de saúde da família: Escolha uma opção: a. O risco de a paciente ter a doença de Chagas é tão alto e as complicações clínicas podem ser tão graves que deveríamos iniciar, de imediato, tratamento empírico com benznidazol. b. Apenas resolver o motivo de consulta com medicação sintomática, pois o SUS está colapsado e não há tempo para outras questões. c. Embora ela tenha risco de ter a doença de Chagas, não se justifica fazer a sorologia, visto que não há nenhuma intervenção a ser feita em caso de positividade dos exames. d. O médico assistente deveria aproveitar a consulta para realizar uma sorologia para detecção de infecção pelo T. cruzi. e. A região norte de Minas nunca foi área endêmica de doença de Chagas, portanto não existe risco nenhum de ela ter a infecção e não há necessidade de investigação. Resposta CORRETA: O médico assistente deveria aproveitar a consulta para realizar uma sorologia para detecção de infecção pelo T. cruzi. Deve-se levar em conta três aspectos epidemiológicos desse caso. O primeiro é o fato de se tratar de uma mulher em idade fértil: caso se confirme ser portadora de doença de Chagas, deveria ser considerada como integrante de uma importante população-alvo e prioritária para ser oferecido tratamento etiológico. Outro dado a considerar é que sua mãe foi portadora de doença de Chagas, tornando possível a infecção congênita; acrescente-se a isso o fato de que a paciente, hoje com 30 anos, nasceu e passou parte de sua infância e adolescência em uma região de alta prevalência de doença de Chagas até a década de 1990. Esses dois fatos tornam muito alta a probabilidade de ela ter sido infectada. Portanto, é uma excelente oportunidade para se fazer uma triagem. Resposta INCORRETA: Apenas resolver o motivo de consulta com medicação sintomática, pois o SUS está colapsado e não há tempo para outras questões. Neste caso, não se deve perder a oportunidade de fazer o diagnóstico de possível doença de Chagas, pois trata-se de mulher em idade fértil (importante população-alvo e prioritária para tratamento etiológico), filha de mãe portadora de doença de Chagas e natural de região conhecida por sua alta prevalência de doença de Chagas em passado recente. Resposta INCORRETA: A região norte de Minas nunca foi área endêmica de doença de Chagas, portanto não existe risco nenhum de ela ter a infecção e não há necessidade de investigação. A região norte de Minas, onde a paciente nasceu e viveu, foi região de alta prevalência de doença de Chagas em passado recente. Resposta INCORRETA: Embora ela tenha risco de ter a doença de Chagas, não se justifica fazer a sorologia, visto que não há nenhuma intervenção a ser feita em caso de positividade dos exames. Não se deve perder a oportunidade de fazer o diagnóstico oportuno de doença de Chagas, pois a paciente pode ter critérios para tratamento etiológico, que deve ser também considerado por estar em idade fértil. Além disso, o diagnóstico é importante para estadiamento da doença, avaliação prognóstica e acompanhamento. Resposta INCORRETA: O risco de a paciente ter a doença de Chagas é tão alto e as complicações clínicas podem ser tão graves que deveríamos iniciar, de imediato, tratamento empírico com benznidazol. A doença de Chagas é uma doença infecciosa de curso crônico. Embora possa ser causa de morte em estádios avançados ou em casos de reativação em pacientes imunossuprimidos, é excepcional a indicação de tratamento empírico em caráter de urgência. Será, portanto, sempre necessário confirmar o diagnóstico antes de tratar os pacientes. 10/08/2023, 10:19 Caso Clínico3: Revisão da tentativa https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/review.php?attempt=57059&cmid=977 9/9 Questão 10 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Quais os primeiros exames complementares necessários para investigação da disfagia (dificuldade de deglutição) na esofagopatia chagásica? Escolha uma opção: a. Manometria esofágica e radiografia contrastada do cólon (enema opaco). b. Radiografia contrastada do esôfago e tomografia computadorizada de tórax. c. Radiografia contrastada de esôfago e manometria esofágica. d. Radiografia contrastada do esôfago e endoscopia digestiva alta. e. Endoscopia digestiva alta e manometria esofágica. Resposta CORRETA: Radiografia contrastada do esôfago e endoscopiadigestiva alta. Tanto a radiografia contrastada do esôfago quanto a endoscopia digestiva alta são essenciais para a investigação inicial da disfagia do paciente. A primeira avalia o grau de comprometimento esofagiano, sugerindo o diagnóstico de megaesôfago com classificação de Rezende (Ver Figura 1 na Seção 1 da Unidade 3), e a segunda auxilia no diagnóstico diferencial com outras patologias. Resposta INCORRETA: Radiografia contrastada de esôfago e manometria esofágica. A radiografia contrastada do esôfago é um dos exames que deve ser solicitado para investigar megaesôfago, porém a manometria esofagiana não é o exame inicial para essa investigação. A manometria é utilizada nos casos de pacientes com disfagia que apresentam a radiografia contrastada de esôfago normal. Resposta INCORRETA: Endoscopia digestiva alta e manometria esofágica. A endoscopia digestiva alta é um dos exames a ser realizado para diagnóstico diferencial de megaesôfago, mas a manometria esofágica deve ser solicitada apenas nos casos em que há suspeita de megaesôfago com radiografia contrastada de esôfago normal. Resposta INCORRETA: Radiografia contrastada do esôfago e tomografia computadorizada de tórax. A radiografia contrastada do esôfago é um exame essencial para avaliar a disfagia e estadiar o comprometimento esofagiano pela doença de Chagas, mas a tomografia de tórax não é essencial nesse primeiro momento, pois, apesar de poder sugerir dilatação esofágica em casos avançados, não avalia as características morfológicas e peristálticas do esôfago, não permitindo a classificação de Rezende para megaesôfago, além de ter um custo elevado na investigação inicial do quadro. Resposta INCORRETA: Manometria esofágica e radiografia contrastada do cólon (enema opaco). A manometria esofagiana não é o exame inicial para investigação de megaesôfago; ela é utilizada nos casos de pacientes com disfagia que apresentam a radiografia contrastada de esôfago normal. A radiografia contrastada do cólon é o primeiro exame a ser solicitado para investigação da constipação no paciente em questão, mas não para investigar a disfagia.
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