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Prova teoria da literatura unopar CURTE E SALVA TRABALHOS ACADEMICOS 34997691306

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Prova literatura 
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Compreendemos a linguagem humana como um fator essencialmente cultural, como quer que se venha a conceituar cultura. Ora, temos a linguagem como instrumento e matéria-prima do fazer literário e, assim sendo, temos o fenômeno literário como um fazer essencialmente cultural. [...] Portanto, uma das características marcantes da literariedade extremamente reveladora da essência do fenômeno literário é a condição de o texto ser produzido no interior da sociedade, com todo o envolvimento a que já nos referimos e, entretanto, o texto literário ultrapassa todas as dificuldades e conquista a permanência do atemporal, do eterno. [...] Esperamos que o fenômeno literário esteja, cada vez mais, desvelado em sua missão cultural de despertar a potência do espírito para o serviço da transformação social, para a construção do desenvolvimento humano. A arte deve servir como estímulo para a elevação da consciência humana” (PAULA, 2012, p.20, 22 e 23).
Considerando tudo o que foi dito pela autora, é correto afirmar que:
Alternativas:
· a)
A literatura é um fenômeno atemporal e sem relevância social.
· b)
A literatura é um fenômeno atemporal desde que seja socialmente aceito.
· c)
A literatura é um fenômeno social, atemporal e contribui para formação da consciência do ser humano.
Alternativa assinalada
· d)
A literatura é um fenômeno antissocial, pois sua recepção é individual no momento da leitura.
· e)
A literatura é um fenômeno social, atemporal e artístico, mas não contribui para a formação do ser humano.
2)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“É bastante natural, diante da proposta de estudar literatura, que as primeiras perguntas sejam: ‘O que é a literatura?’, isto é, ‘O que é o fenômeno lierário?’. Na verdade, uma resposta inicial compreende buscar o conceito de texto. A origem do termo está em tecer, do grego, e tem um sentido lógico natural da atividade de tecer, da ação e do movimento exercitado pelo tecelão. Se bem examinarmos um tear primitivo, encontraremos um pedaço de madeira, estendido horizontalmente acima da cabeça do artesão, sobre o qual eram fixadas as linhas a serem usadas, de modo que ficassem dispostas verticalmente diante do tecelão. Os fios assim pendentes são chamados de urdidura, e a ação de entremear os fios horizontais, que estão na mão do artesão, chama-se trama – dessa junção, dessa união de urdidura e trama, nasce o tecido. O tipo de tecido criado depende do tipo de trama que o artesão faz; se ele toma dois fios e pula dois, vai compor um tipo de tecido; se ele toma três fios e pula um, vai obter outro, e assim também constrói o colorido e o estampado. Agora podemos analisar a relação tecer-texto: a realidade ou a experiência disposta diante do escritor de um texto denominamos urdidura e a forma como ele atua em relação a essa realidade ou experiência chamamos de trama. Então, a união entre urdidura e trama compõe o texto” (PAULA, Laura da Silveira. Teoria da literatura. Curitiba: Ibpex, 2011, p.18, grifos do autor).
 
Considerando os termos tecer, trama e urdidura, utilizados pela autora, pode-se afirmar que:
 
I. Tecer significa a representação da realidade.
II. Urdidura significa o movimento das mãos do artesão.
III. Trama significa a quantidade de fios utilizados pelo tecelão.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmações corretas:
Alternativas:
· a)
Somente I.
· b)
I e II.
· c)
I, II e III.
· d)
II e III.  Alternativa assinalada
· e)
I e III.
3)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Pois não temos outro jeito de conhecer uma obra literária sem que esteja transcrita no papel, com vistas à leitura. Por mais generosa que seja a idéia romântica duma literatura oral, popular, esta não passa de folclore, e só adquire status literário quando escrita, pelos próprios autores ou pelos interessados na matéria; em suma, quando oferecido à leitura. Esta é, inquestionavelmente, a primeira condição para que uma obra possua caráter literário” (MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.17, grifos do autor).
 
Muitos textos que compõem o que chamamos de literatura são de fonte oral, sejam os contos de fadas alemães, franceses ou mesmo textos clássicos e épicos como a Odisseia, Ilíada, Eneida ou Beowulf. Há um trabalho de coleta dessa literatura oral, baseado em preocupações tais como a exposta no excerto acima, por parte de pessoas como Perrault, os Irmãos Grimm e, no Brasil, Monteiro Lobato.
Se o primeiro fator do caráter literário é a sua condição escrita, pode-se, portanto, afirmar que:
Alternativas:
· a)
A narrativa oral não pode ser considerada literatura enquanto não for transmitida para a forma escrita.
· b)
A narrativa oral é uma expressão da literatura mesmo não tendo sido escrita.
Alternativa assinalada
· c)
A narrativa oral não pode ser considerada literatura nem mesmo depois de ser transmitida para a forma escrita.
· d)
A narrativa oral é considerada literatura menor.
· e)
A narrativa oral não faz parte da literatura.
4)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Assim, a divisão em gêneros justifica-se pela capacidade de a literatura desdobrar-se de acordo com seu objeto; cada gênero amolda-se ao seu conteúdo a lhe confere molde em razão desse ajuste prévio. Ora como o lastro com a realidade é endossado pela própria aplicação de normas internas aos gêneros, estes, depois de terem o seu nascimento reconhecido pela dinâmica do mundo, servem como formas diversas de abarcar a realidade múltipla, inesgotável nos limites de um único gênero. [...] Involuntariamente, os gêneros se completam em virtude da necessidade de as formas cercarem o mundo por todos os lados. [...] Aglutinadores mas não totalizantes, os gêneros se subdividem numa espécie de divisão do trabalho para dar conta da missão abrangente da forma” (LUKÁCS, Georg. A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grnade épica. São Paulo: Editora 34, 2009, p.198).
 
Sobre os gêneros, pode-se dizer que:
 
I – São entidades fixas e totalizantes.
II – São entidades arbitrárias e infixas.
III – São entidades subdivididas e construídas.
IV – São entidades fixas e subdivididas.
V – São entidades aglutinadoras e flutuantes.
 Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmações corretas:
Alternativas:
· a)
I, II e V.
· b)
I, III e V.
· c)
II, III e IV.
· d)
II, IV e V. 
· e)
II, III e V.
Alternativa assinalada
Leia os trechos dos textos a seguir:
 
“A teoria literária reúne uma coleção de ciências que alguns chamam de ‘teoria da literatura’ e outros de ‘teoria literária’. A distinção existe: ‘teoria literária’ se diz da teoria que nasce da prática literária, da obra, da leitura. E a ‘teoria da literatura’ vê a literatura como objeto do seu saber” (SAMUEL, 2011, p.7).
 
“[...] a crítica é metodológica por natureza e vai sempre validar o rigor da estrutura que quanto mais fiel a um determinado sistema melhor, isto é, deixada sozinha na tarefa da compreensão textual, a crítica pode engessá-lo numa certa estrutura e só captará do texto aquilo que o sistema obedecido a ‘permitir’; certamente uma perda, se não uma impossibilidade. Enquanto isso, a teoria é o exato reverso que, atuando no plano simbólico, tem como ‘alimento’ a expansão criadora do homem. A tarefa da teoria é ultrapassar o formalismo do sistema crítico para constituir uma crítica libertadora que reconheça a atuação poética e admita sua manifestação plena. Só então temos a criação como força instauradora e recuperadora do humano” (PAULA, Laura da Silveira. Teoria da literatura. Curitiba: Ibpex, 2011.; SAMUEL, Rogel. Novo manual de teoria literária. 6a. Ed. Rev. e Ampliada. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, p.53).
 
Considerando os excertos e tudo o que você sabe sobre o assunto, atente-se para as afirmações:
 
I. A crítica não pode abordar o texto sozinha sob o risco de criar um círculo fechado de leituras.
II. A teoria literária e a teoria da literatura são, em resumo, a mesma coisa, sua distinção é puramente conceitual.
III.A teoria limita o campo de atuação da crítica e acaba engessando-a em sua prática.
IV. Crítica e teoria trabalham juntas, enquanto a primeira delimita as abordagens a segundo as expande.
V. A teoria não depende da crítica para existir, mas o inverso não é verdadeiro.
A partir da sua análise, assinale a alternativa que apresenta somente as afirmações corretas:
Alternativas:
· a)
II, IV e V.
· b)
I, II e V.
· c)
I, III e IV.
· d)
I, IV e V.
· e)
III, IV e V.
2)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Em seu famoso estudo A prática da crítica literária (1929), o crítico I. A. Richards, de Cambridge, procurou demonstrar como os juízos de valor literários podem ser caprichosos e subjetivos, distribuindo aos seus alunos uma série de poemas, sem os títulos e os nomes dos autores, e pedindo-lhes que os avaliassem. Os julgamentos resultantes forma muito variados: poetas consagrados pelo tempo receberam notas baixas, e autores obscuros forma elogiados. Na minha opinião, porém o aspecto mais interessante desse projeto, e ao que parece não percebido pelo próprio Richards, foi demonstrar como um consenso de avaliações inconscientes está presente nessas diferentes opiniões. Lendo as opiniões dos alunos de Richards sobre as obras literárias, surpreendem-nos os hábitos de percepção e interpretação que, espontaneamente, todos têm em comum – o que esperam que a literatura seja, quais os pressupostos que levam a um poema e que satisfações esperam obter dele. Nada disso é realmente surpreendente, pois todos os participantes da experiência eram, presumidamente, jovens, brancos, de classe média alta ou média, educados em escolas particulares inglesas da década de 1920; e a maneira pela qual reagiram a um poema dependeu de muitas outras coisas além de fatores puramente ‘literários’. Suas reações críticas estavam profundamente ligadas aos seus preconceitos e crenças mais gerais. Não se trata de uma questão de culpa: não há reação crítica que não tenha tais ligações, e assim sendo não há nada que se assemelhe a um julgamento ou interpretação crítica puramente ‘literária’” (EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p.23 e 24, grifos do autor).
 
Tendo lido o trecho acima, considere as afirmações a seguir e marque (V) para verdadeira e (F) para falso:
 
(  ) A crítica é interdisciplinar por natureza, não há uma crítica exclusivamente literária e pura.
(  ) O leitor, segundo o autor, não deve projetar suas vivências no texto durante o ato da leitura.
(  ) O senso crítico não se deixa influenciar pelas expectativas do leitor.
(  ) A noção de valor empregada na crítica é subjetiva.
(  ) Inconscientemente o leitor projeta suas crenças no texto durante o ato da leitura.
A partir de sua análise das afirmações, assinale a alternativa apresenta a sequência correta:
Alternativas:
· a)
V-F-F-V-V
Alternativa assinalada
· b)
V-F-F-F-V
· c)
V-V-F-V-V
· d)
V-F-F-V-F
· e)
V-F-V-V-V
3)
Leia os trechos dos textos a seguir:
 
“A crítica literária recebe, de bom grado, contribuições constantes de pensadores, estudiosos, pesquisadores, e a teoria da literatura acompanha os movimentos e as mudanças da crítica, assim como acompanha os novos aspectos das produções textuais. Tais aspectos são, na verdade, atividades interdependentes e estão envolvidos com os traços culturais, políticos, econômicos e sociais. Vamos enfatiza, portanto, a necessidade que o investigador da literatura tem de observar as condições sociais como um todo, de modo profundo e abrangente, pois esses são os campos constituintes da teoria e da crítica” (PAULA, Laura da Silveira. Teoria da literatura. Curitiba: Ibpex, 2011, p.250).
 
“A teoria da literatura pode ser assustadora para o pesquisador menos avisado, uma vez que ela apresente um campo de atuação vasto e interdisciplinar e avança por tantas áreas quantas sejam necessárias para avaliar um texto. Esse é o modo que a teoria consegui para dar conta da tarefa que lhe tinha sido atribuída. Cada texto é único e eles são centenas de milhares, cada um demanda uma leitura particular, o mais ampla possível, por isso, ao longo de sua história – que vem de longa data – a teoria foi acumulando aspectos que hoje são úteis para se pensar sobre cada texto sem que isso venha a restringir sequer o texto ou a teoria” (PAULA, Laura da Silveira. Teoria da literatura. Curitiba: Ibpex, 2011, p.38).
 Considerando tudo o que foi dito pela autora, escolha a alternativa considerada correta:
Alternativas:
· a)
A crítica se modifica de acordo com as mudanças que ocorrem tanto na produção textual quanto em sua própria natureza. A teoria é diferente, pois não se modifica, não é interdisciplinar e também não é condicionada pela sociedade como a crítica.
· b)
A crítica se modifica de acordo com as mudanças que ocorrem tanto na produção textual quanto em sua própria natureza. A teoria também se modifica e é interdisciplinar apesar de não ser condicionada pela sociedade como a crítica.
· c)
A crítica se modifica de acordo com as mudanças que ocorrem tanto na produção textual quanto em sua própria natureza. A teoria também se modifica, é interdisciplinar e condicionada pela sociedade como a crítica.
Alternativa assinalada
· d)
A crítica se modifica de acordo com as mudanças que ocorrem tanto na produção textual quanto em sua própria natureza. A teoria também se modifica, não é interdisciplinar, mas é condicionada pela sociedade como a crítica.
· e)
A crítica se modifica de acordo com as mudanças que ocorrem tanto na produção textual quanto em sua própria natureza. A teoria não se modifica apesar de ser interdisciplinar e condicionada pela sociedade como a crítica.
4)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Por conseguinte, o poema da Nova Crítica, como o símbolo romântico, foi investido de uma autoridade mística absoluta, que não suportava nenhum argumento racional. Como a maioria de outras teorias da literatura que examinamos até agora, a Nova Crítica era, no fundo, um irracionalismo completo, estreitamente associado ao dogma religioso (vários dos principais Novos Críticos Americanos eram cristãos), e à política direitista do ‘sangue e solo’ do movimento agrário. [...] Enquanto alguns dos primeiros românticos tendiam a um silêncio reverente ante o mistério imensurável do texto, os Novos Críticos cultivavam deliberadamente as técnicas mais duras, mais decididas, de dissecação crítica. O mesmo impulso que os levava a insistir na condição ‘objetiva’ da obra, também os levava a desenvolver uma forma rigorosamente ‘objetiva’ de analisá-la. A explicação de um poema pela Nova Crítica constitui uma investigação rigorosa de suas várias ‘tensões’, ‘paradoxos’ e ‘ambivalências’, e mostra o modo como estas são resolvidas e integradas pela sua estrutura sólida. Para que a poesia fosse a nova sociedade orgânica em si mesma, a solução final para a ciência, para o materialismo e para o declínio do sul escravista e ‘estético’, ela não poderia ficar entregue ao impressionismo crítico nem ao subjetivismo abafado” (EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p.74 e 75).
Considerando seus conhecimentos sobre teoria e crítica literárias até agora construídos através do estudo sistemático das teorias críticas dos séculos XIX e XX, assinale a melhor alternativa que apresenta os conceitos teóricos e da nova Crítica que se enquadram ao que foi anteriormente estudado:
Alternativas:
· a)
A Nova Crítica esteve impregnada de valores estéticos e estruturais, a leitura do texto esteve mais voltada aos seus elementos intrínsecos e havia a crença de uma leitura imanente, ou seja, o texto prescindir de elementos internos.
· b)
A Nova Crítica esteve impregnada de valores dogmáticos e misticismo, a leitura do texto esteve mais voltada aos seus elementos extrínsecos e havia a crença de uma leitura imanente, ou seja, o texto prescindir de elementos externos.
· c)
A Nova Crítica esteve impregnada de valores dogmáticos e misticismo, a leitura do texto esteve mais voltada aos seus elementos intrínsecos e haviaa crença na impossibilidade de uma leitura imanente, ou seja, o texto prescindir de elementos externos.
· d)
A Nova Crítica esteve impregnada de valores dogmáticos e misticismo, a leitura do texto esteve mais voltada aos seus elementos intrínsecos e havia a crença de uma leitura imanente, ou seja, o texto prescindir de elementos externos.
Alternativa assinalada
· e)
A Nova Crítica esteve impregnada de valores dogmáticos e misticismo, a leitura do texto esteve mais voltada aos seus elementos intrínsecos e havia a crença na impossibilidade de uma leitura imanente, ou seja, o texto prescinde de elementos internos.
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O conto, portanto, abstrai tudo quanto, no tempo, encerre importância menor, para se preocupar apenas com o centro nevrálgico da questão. Isso explica que ao conto repugne a ‘duração’ bergsoniana ou a complicada inserção de planos temporais, feita com o auxílio da memória associadora de fatos passados, ou de outro expediente análogo. O conto caracteriza-se por ser ‘objetivo’, atual: vai diretamente ao ponto, sem deter-se em pormenores secundários. Essa ‘objetividade’, observável ainda noutros aspectos adiante examinados, salta aos olhos com as três unidades: de ação, lugar e tempo. Às unidades de ação, lugar e tempo deve-se acrescentar a de tom. Entende-se por isso que todas as partes da narrativa devem obedecer a uma estruturação harmoniosa, com o mesmo e único objetivo. Este, por sua vez, corresponde à preocupação de todo contista no sentido de provocar no espírito do leitor numa só impressão, seja de pavor, piedade, ódio, simpatia, acordo, ternura, indiferença, etc., seja o contrário delas” (MOISÉS, 1973, p.126, grifo do autor).
 
MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973.
 
Considere tudo o que foi dito sobre o conto e atente-se parar as afirmações:
I. O conto preocupa-se em ser construído numa configuração una e total.
II. Os detalhes são fundamentais ao conto, já que este não possui restrição de extensão.
III. A objetividade não é estritamente necessária à estruturação do conto.
IV. A estruturação do conto deve manter a consonância entre suas partes.
V. O conto possui uma unidade de impressão para a qual converge sua estruturação.
Considere as afirmações, o excerto lido e escolha abaixo a alternativa que contém os itens considerados corretos:
Alternativas:
· a)
II, III e IV.
· b)
II, III e V.
· c)
I, IV e V.
Alternativa assinalada
· d)
I, II e IV. 
· e)
I, III e IV.
2)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Do grego chronikós, relativo a tempo (chrónos), pelo latim chronica, o vocábulo ‘crônica’ designava, no início da era cristã, uma lista ou relação de acontecimentos ordenados segundo a marcha do tempo, isto é, em seqüência cronológica. Situada entre os anais e a história, limitava-se a registrar os eventos sem aprofundar-lhes as causas ou tentar interpretá-los. Em tal acepção, a crônica atingiu o ápice depois do século XII, graças a Froissart, na França, Geoffrey of Monmouth, na Inglaterra, Fernão Lopes, em Portugal, Alfonso X, na Espanha, quando se aproximou estreitamente da historiografia, não se ostentar traços de ficção literária. A partir da Renascença, o termo ‘crônica’ cedeu vez a ‘história’, finalizando, por conseguinte, o seu milenar sincretismo. Não obstante, o vocábulo ainda continuou a ser utilizado, no sentido histórico, ao longo do século XVI, como, por exemplo, nas Chronicles of England, Scotland, and Ireland (1577), de Raphael Holinshed, ou nas chronicle plays, peças de teatro calcadas em assunto verídico, como não poucas de Shakespeare [...] Na acepção moderna, porém não a de crônica mundana (que se confunde com reportagem de ocorrências sociais da alta roda), a crônica entrou a ser empregada no século XIX: liberto de sua conotação historicista, o vocábulo passou a revestir sentido estritamente literário. Beneficiando-se da ampla difusão da imprensa, nessa época a crônica adere ao jornal, como a sugerir, no registro do dia-a-dia, a remota significação ante-histórica do anuário. É em 1799 que o seu aparecimento ocorre, mercê dos feuilletons dados à estampa por Julien-Louis Geoffroy no Journal de Débats, que se publicava em Paris”.
(Fonte: MOISÉS, Massaud. A criação literária – prosa II. São Paulo: Cultrix, 1998, p.101 e 102, grifos do autor).
 
O autor argumenta sobre a história da crônica. Tendo isso em mente considere as afirmações:
(   ) Etimologicamente a palavra crônica já se associa ao conceito de tempo.
(   ) A crônica surgiu como forma de relato histórico, como documento oficial e histórico de eventos ordenados cronologicamente.
(   ) A crônica não possui caráter unicamente literário, ela ainda serve, atualmente, como fonte de informação histórica.
(   ) A brevidade atual conferida ao gênero destoa dos primeiros conceitos de crônica como documento histórico e duradouro.
(   ) A crônica ainda serve como documento histórico, por esse motivo é publicada no jornal.
Considere as afirmações, o texto lido e escolha a alternativa que apresenta a ordem correta, sendo V para Verdadeiro e F para Falso:
Alternativas:
· a)
V-F-F-V-F
· b)
F-V-F-V-F
· c)
V-F-V-F-V
· d)
V-V-F-V-F 
Alternativa assinalada
· e)
V-V-F-F-F
3)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Compreende-se melhor que no conto tudo deve convergir para essa impressão singular, quando nos lembramos de que ele opera com a ação e não com caracteres. Os últimos estão fora do interesse geral da narrativa curta, muito embora as personagens estejam longe de ser confundidas com bonecos de mola nas mãos do ficcionista. Mas é que este, tendo em vista a unidade da impressão, jamais pode permanecer longo tempo em sua análise. Seu fito não consiste em criar seres vivos à nossa imagem e semelhança, como pretende o romance, mas situações conflituosas em que todos nós, indistintamente, podemos espelhar-nos. Daí vem que todo o esforço criador se concentra na formulação dum drama em torno dum sentimento único e forte a ponto de desencadear uma impressão correspondente no espírito do leitor. O conto, em vista disso, monta-se à volta de uma só idéia ou imagem da vida, desprezando os acessórios e, via de regra, considerando as personagens apenas como instrumentos da ação. Uma narrativa conseguida obedece espontaneamente a esse requisito fundamental: quando não, resulta em malogro enquanto conto, muito embora contenha imanente um romance de êxito”.
 
(Fonte: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.126, grifo do autor).
 
O autor argumenta sobre a teoria e estruturação do conto. Tendo isso em mente, considere as afirmações:
(   ) Todos os elementos do conto são construídos em função de uma única impressão.
(   ) O conto diferencia-se do romance na construção da ação, no primeiro ela é una e no segundo é múltipla.
(   ) Os acessórios são fundamentais para a construção da narrativa do conto.
(   ) As personagens são elementos centrais na descrição narrativa do conto.
(   ) A ação, no conto, demarca o intuito principal do ficcionista. Tudo gira em torno dela.
Sobre as afirmações apresentadas, escolha a alternativa que apresenta a ordem correta, sendo V para Verdadeiro e F para Falso:
Alternativas:
· a)
V-V-F-F-V
Alternativa assinalada
· b)
V-V-F-F-F
· c)
V-V-F-V-V
· d)
V-F-V-F-V 
· e)
F-V-V-F-V
4)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Na história das novelas de cavalaria, três pontos altos merecem assinalar-se: um, em plena Idade Média, com A Demanda do Santo Graal, traduzida e adaptada para o português ao redor de 1240, representa o misticismo e o transcendentalismo medievais em sua quintessência; outro, na transição entre o mundo medieval e o renascentista, representado pelo Amadis de Gaula, cujo herói vive os conflitos derivados da humanização do cavaleiro andante, agora impelido para pugnas impostas pelo ‘serviço amoroso’; e o terceiro, já no vestíbulo da época barroca, o D. Quixote, que constitui o ponto alto da cavalaria de todos os tempos, graças a pretenderfazer-lhe a sátira, o que lhe conferiu uma saudável liberdade de movimento e um enquadramento filosófico e humanístico antes apenas entrevisto. Escusa de acentuar que estas brevíssimas notas acerca das novelas de cavalaria estão longe de ao menos apontas as linhas mestras das três obras-primas da ficção européia. Entretanto, para os fins que temos em mira, parece-nos bastante, pois importa vê-las naquilo que as faz novelas de cavalaria. A vida como aventura audaz, enfrentando toda sorte de perigo, no encalço dum objetivo quase sempre inacessível ou acima da própria condição humana – eis o que caracteriza tal gênero de novelas. Esse objetivo pode ser Deus ou a Mulher: o importante não é alcançá-lo, mas combater até à morte para atingi-lo”.
(Fonte: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.172, grifos do autor).
 
Considere tudo o que foi dito sobre as novelas de cavalaria e atente-se parar as afirmações:
O objetivo é uma forma de proporcionar aventuras aos heróis durante o decorrer da narrativa.
De todos os elementos da novela, aquele que a caracteriza melhor é a busca empreendida pelo herói.
III. O que importa na novela é o objetivo ser alcançado, os meios e o trajeto são de segundo importância.
O esforço, a aventura, o objetivo é sempre o motivo que leva o herói cavaleiresco à ação.
V. As novelas de cavalaria surgiram com forma de paródia das expressões literárias do gênero épico.
Considere as afirmações, o excerto lido e escolha abaixo a alternativa que contém os itens considerados corretos:
Alternativas:
· a)
I, II e IV.
Alternativa assinalada
· b)
I, III e V.
· c)
II, IV e V.
· d)
I, II e III. 
· e)
I, III e IV.
1)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O estruturalismo teve grande impacto na linguística e na antropologia (Claude Lévi-Strauss), embora posteriormente se desenvolvesse em outras ciências. O estruturalismo rompeu o discurso da Modernidade em duas metades: a estrutura, um simulacro de uma função (Barthes), regula todas as aparências (o concreto, o particular, o histórico). Postula um ‘proveito’ do empírico e do histórico. Já que a estrutura regula a história, ela transcende a história. A estrutura assim imobiliza o tempo, esvazia a concepção heroica da Modernidade, da história como revivificação, renovação, renascimento e progresso. Como a crítica de Derrida demonstra, a estrutura, como é um campo fechado, não admite nenhum lugar secreto e nenhum limite extra. A ciência da linguagem separa o significado do signo e o reconstitui como efeito de jogo de estrutura. Desloca o assunto de que fala de sua posição no discurso como figura que confere a autoriza uma significação. Segundo Foucault, o estruturalismo preserva uma última ilusão: a de tentar apresentar o mundo para a consciência como se ele fosse feito para ser lido pelo homem. Pode ter percebido a morte do sujeito, mas não a morte do discurso do sujeito. A instabilidade dessa última ilusão é a tarefa da teoria do pós-estruturalismo em seus vários objetos. Enquanto o estruturalismo se tornou possível por noções de diferença e de linguagem como um contrato social, o pós-estruturalismo vai além dos limites percebidos do pensamento” (SAMUEL, 2011, p.170).
Lembre-se de tudo o que aprendeu sobre as diferentes correntes de teoria literária e sobre as características dos períodos literários. Considere todas as ponderações do autor sobre as características do estruturalismo a assinale a alternativa que se adeque às suas proposições:
Alternativas:
· a)
Foucault e Derrida denunciam, no estruturalismo, a sua construção de reflexão e a forma como ele lida tanto com a linguagem e o pensamento quanto com a ideia de sujeito e de discurso.
Alternativa assinalada
· b)
Strauss e Derrida denunciam, no estruturalismo, a sua construção de reflexão e a forma como ele lida tanto com a memória e o pensamento quanto com a ideia de sujeito e de discurso.
· c)
Foucault e Strauss denunciam, no pós-estruturalismo, a sua construção de reflexão e a forma como ele lida tanto com a linguagem e o pensamento quanto com a ideia de sujeito e de discurso.
· d)
Foucault e Barthes denunciam, no estruturalismo, a sua construção de reflexão e a forma como ele lida tanto com a linguagem e o pensamento quanto com a ideia de sujeito e de significante.
· e)
Barthes e Derrida denunciam, no pós-estruturalismo, a sua construção de reflexão e a forma como ele lida tanto com a linguagem e o pensamento quanto com a ideia de sujeito e de discurso.
2)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Do ponto de vista de Freud, a literatura é vista como o cumprimento do desejo ou da satisfação da fantasia de desejos negados pelo princípio da realidade ou proibidos por códigos morais. Essa inconsciente libidinal deseja acham expressão simbólica na arte, como nos sonhos. Arte é sublimação, tradução de desejos instintuais sublimados em objetos elevados, e a meta de crítica psicanalítica é revelar o conteúdo oculto do texto, que está por baixo, que se esconde e determina o conteúdo manifesto. A imagem é condensação, uma fusão de desejos inconscientes, um deslocamento ao diferente, uma substituição do socialmente inaceitável para o socialmente aceitável, e é o recurso principal do simbolismo poético. O impacto de Freud na crítica e teoria de literatura foi grande. Ernest Jones usa a noção de Complexo de Édipo – o desejo do menino de possuir a mãe e suplantar o pai – como um modelo explicativo para Hamlet. Jacques Lacan desenvolve uma interpretação linguística de Freud, discutindo que ‘o inconsciente é estruturado como uma linguagem’. Além disso, a psicobiografia, um gênero que usa dados reais dos fatos da vida de um autor e os fatos fictícios dramatizados na sua obra, é um produto de teoria psicanalítica. Em resumo, a análise de simbolismo literário está fortemente influenciada pela teoria de Freud” (SAMUEL, 2011, p.86 e 87).
 
O autor argumenta sobre a relação entre teoria literária e a teoria psicanalítica. Tendo isso em mente considere as afirmações, sendo V para Verdadeira e F para Falso:
(   ) A psicanálise vê a produção artística como forma de expressão simbólico do conteúdo psíquico reprimido.
(   ) A psicanálise é um recurso teórico para a análise do texto literário, mas só se aplica a poesia.
(   ) O estudo dos símbolos no campo da literatura se deve, em grande parte, ao campo da psicanálise.
(   ) Freud recorreu a literatura para exemplificar grande parte de seus conceitos psicanalíticos.
(   ) Lacan ajudou Freud a desenvolver sua teoria e foi encarregado de cuidar da parte linguística da psicanálise.
 
Sobre as afirmações apresentadas, escolha a alternativa que apresenta a ordem correta:
Alternativas:
· a)
V-F-V-F-V
· b)
F-F-V-F-F
· c)
V-F-V-F-F
· d)
F-F-V-F-V
· e)
V-F-V-V-F
Alternativa assinalada
3)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O termo hermenêutica, num sentido mais radical, não quer dizer arte da interpretação, mas a tentativa de determinar a própria interpretação, a própria compreensão. E assim, a hermenêutica torna-se interpretação da compreensão ou ‘círculo hermenêutico’, pois toda compreensão apresente uma estrutura circular: ‘Toda interpretação, para produzir compreensão, deve já ter compreendido o que vai interpretar’. O mundo, portanto, é o que se encontra no horizonte da compreensão. Nosso mundo é o que se encontra no horizonte de nossa compreensão, mas podemos alargá-lo, mediante a compreensão do outro, realizando então uma fusão de horizontes. Compreender, depois disto, passa a significar a imediatez da visão da inteligência que apreende um sentido. E interpretar significa a mediação pelo conhecimento racional, que pressupõe a imediatez da compreensão prévia. Compreender apreende o sentido, e o sentido se apresenta à compreensão como um conteúdo (este é o círculo hermenêutico). Há, portanto, uma compreensão lógica, que faz apreensão do conteúdo lógico de um enunciado; e também a compreensão pessoal, que faz uma compreensão mais profunda do homem que e revela no enunciado. Neste caso último, imprescindívela experiência. A experiência não só de algo intelectual, mas do que decorre a ação. O mundo da experiência nunca se fecha, é aberto a possibilidades. A experiência ultrapassa os limites do nosso mundo atual” (SAMUEL, 2011, p.82 e 83, grifos do autor).
 
Considere tudo o que foi dito sobre a Hermenêutica e atente-se parar as afirmações:
 
I. A hermenêutica defende a validade de amalgamar diferentes interpretações sobre um mesmo objeto, a junção de diferentes pontos de vista.
II. Para a interpretação da hermenêutica o mundo empírico é sempre um mundo fechado em si mesmo, a experiência se fecha em si mesma.
III. Hermenêutica se refere a tentativa de estabelecer uma arte da interpretação.
IV. O horizonte da compreensão, segundo a crítica hermenêutica, é preestabelecido e imutável.
V. Segundo a hermenêutica para podermos compreender algo temos que saber interpretar primeiro.
De acordo com o que diz o autor, escolha abaixo a alternativa que contém os itens considerados corretos:
Alternativas:
· a)
I, III e V.
· b)
I, II e V.
Alternativa assinalada
· c)
I, III e IV.
· d)
I, II e IV.
· e)
III, IV e V.
4)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Não é por acaso que o período que examinamos presencia o aparecimento da moderna ‘estética’, ou a filosofia da arte. Foi principalmente dessa época, das obras de Kant, Hegel, Schiller, Coleridge e outros, que herdamos nossas ideias contemporâneas do ‘símbolo’ e da ‘experiência estética’, da ‘harmonia estética’ e da natureza excepcional do objeto de arte. Antes, homens e mulheres haviam escrito poemas, montado peças ou pintado quadros com finalidades variadas, enquanto outros haviam lido ou visto essas obras de arte de diferentes maneiras. Agora, estas práticas concretas, historicamente variáveis, estavam sendo reunidas em uma faculdade especial, misteriosa, conhecida como a ‘estética’, e uma nova geração de estetas procurava revelar as suas estruturas mais íntimas. Tais questões já haviam sido levantadas antes, mas agora começaram a adquirir nova significação. A suposição de que havia um objeto imutável conhecido como ‘arte’, ou uma experiência passível de ser isolada, chamada ‘beleza’ ou ‘estética’, foi em grande parte produto da própria alienação da arte em relação à vida social, já mencionada anteriormente. Se a literatura havia deixado de ter qualquer função óbvia – se o escritor já não era uma figura tradicional a soldo da corte, da igreja ou de um mecenas aristocrático – então era possível usar esse fato em favor da literatura. Toda a razão de ser da escrita ‘criativa’ era a sua gloriosa inutilidade, um ‘fim em si mesmo’, altaneiramente distante de qualquer propósito social sórdido. Tendo perdido seu protetor, o escritor descobriu no poético um substituto para ele. De fato, é um tanto improvável que a Ilíada fosse considerada arte pelos antigos gregos, no mesmo sentido em que uma catedral era um artefato para a Idade Média ou as obras de Andy Warhol são arte para nós; a estética, porém, teve o efeito de suprimir essas diferenças históricas. A arte foi isolada das práticas matérias, das relações sociais e dos significados ideológicos com os quais sempre havia se relacionado, e elevada à condição de um fetiche solitário” (EAGLETON, 2006, p.30, 31 e 32, grifo do autor).
 
Considere tudo o que foi dito sobre estética, arte e períodos; atente-se parar as afirmações:
 
I. A estética foi uma nova forma de abordagem da estrutura da obra de arte. Ela acreditava na imutabilidade da obra de arte como objeto.
II. A estética preocupava-se com o problema social e político da criação literária e em função disso decidiu que o melhor caminho era suprimi-los do ato crítico.
III. Considerando a arte um objeto de estudo fixo, a estética focou mais ainda nas condições políticas do criador literário.
IV. A estética foi responsável pelo isolamento da obra de arte, sua condição social e ideológica foi suprimida em detrimento da individualidade.
V. O distanciamento proposto pela estética entre a obra e a sociedade foi a causadora de sua visão como corrente alienada em relação à crítica literária.
De acordo com o que diz o autor, escolha abaixo a alternativa que contém os itens considerados corretos:
Alternativas:
· a)
I, II e IV.
· b)
III, IV e V.
· c)
II, IV e V.
· d)
I, IV e V.
Alternativa assinalada
· e)
II, III e IV.
Leia os trechos do texto a seguir:
 
“Certas manifestações da emoção e da elaboração estética podem ser melhor compreendidas, portanto, se forem referidas ao contexto social. No caso dos grupos primitivos é maior a importância deste, dado o caráter imediato com que as condições de vida se refletem na obra. Sobre a unidade fundamental do espírito humano, as diferenças de organização social e de nível cultural determinam formas diferentes de arte e literatura no primitivo e no civilizado” (CÂNDIDO, 2000, p.60 e 61).
 
“Ora, tanto quanto sabemos, as manifestações artísticas são coextensivas à própria vida social, não havendo sociedade que não as manifeste como elemento necessário à sua sobrevivência, pois, como vimos, elas são uma das formas de atuação sobre o mundo e de equilíbrio coletivo e individual. São, portanto, socialmente necessárias, traduzindo impulsos e necessidades de expressão, de comunicação e de integração que não é possível reduzir a impulsos marginais de natureza biológica. Encaradas sob o aspecto funcional, ou multifuncional, como foi sugerido acima, adquirem um sentido expressivo atuante, necessário à existência do grupo, ao mesmo título que os fenômenos econômicos, políticos, familiais ou mágico-religiosos, integrando-se no complexo de relações e instituições a que chamamos abstratamente sociedade. O seu caráter mais peculiar, do ponto de vista sociológico, com importantes conseqüências no terreno estético, consiste na possibilidade que apresentam, mais que outros setores da cultura, de realização individual. Isto permite, ao mesmo tempo, uma ampla margem criadora e a possibilidade de incorporá-la ao patrimônio comum, fazendo do artista um intérprete de todos, através justamente do que tem de mais seu” (CÂNDIDO, 2000, p.61 e 62).
Considerando o que disse o autor, é correto afirmar sobre a criação literária:
Alternativas:
· a)
O modo de vida social influencia a forma de arte através das disposições culturais do contexto em questão.
Alternativa assinalada
· b)
O modo de vida social influencia a forma de cultura através das disposições artísticas do contexto em questão.
· c)
A cultura influencia o modo de vida social através das disposições artísticas do contexto em questão.
· d)
A cultura influencia o modo artístico através das disposições da vida social do contexto em questão.
· e)
O modo artístico influencia a cultura através das disposições sociais do contexto em questão.
2)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O que chamamos arte coletiva é a arte criada pelo indivíduo a tal ponto identificado às aspirações e valores do seu tempo, que parece dissolver-se nele, sobretudo levando em conta que, nestes casos, perde-se quase sempre a identidade do criador-protótipo. Devido a um e outro motivo, à medida que remontamos na história temos a impressão duma presença cada vez maior do coletivo nas obras; e é certo, como já sabemos, que forças sociais condicionantes guiam o artista em grau maior ou menor. Em primeiro lugar, determinando a ocasião da obra ser produzida; em segundo, julgando da necessidade dela ser produzida; em terceiro, se vai ou não se tornar um bem coletivo. Os elementos individuais adquirem significado social na medida em que as pessoas correspondem a necessidades coletivas; e estas, agindo, permitem por sua vez que os indivíduos possam exprimir-se, encontrando repercussão no grupo. As relações entre o artista e o grupo se pautam por esta circunstância e podem ser esquematizadas do seguinte modo: em primeiro lugar, há necessidade de um agente individual que toma a si a tarefa de criar ou apresentar a obra; em segundo lugar, ele é ou não reconhecido como criador ou intérprete pela sociedade, e o destino da obra está ligado a esta circunstância;em terceiro lugar, ele utiliza a obra, assim marcada pela sociedade, como veículo das suas aspirações individuais mais profundas” (CÂNDIDO, 2000, p.23).
Considerando o excerto e seus conhecimentos sobre a natureza da literatura, seria correto dizer:
Alternativas:
· a)
A natureza da obra de arte está relacionada com a necessidade individual de dar expressão à uma forma de compreensão do mundo, mas também pode ser uma revelação somente social.
· b)
A natureza da obra de arte está relacionada com a necessidade social de dar expressão à uma forma de compreensão do mundo, mas também pode ser uma revelação somente individual.
Alternativa assinalada
· c)
A natureza da obra de arte está relacionada com a necessidade social de dar expressão à uma forma de contestação do mundo, mas também pode ser uma revolução somente individual.
· d)
A natureza da obra de arte está relacionada com a necessidade individual de dar expressão à uma forma de contestação do mundo, mas também pode ser uma revolução somente social.
· e)
A natureza da obra de arte está relacionada com a necessidade individual de contestação à uma forma de expressão do mundo, mas também pode ser uma revolução somente social.
3)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Desde há muitos séculos que se tem procurado, com variável consciência teórica dos problemas em análise e com a utilização de heterogénea utensilagem conceptual, fundamentar a distinção entre literatura e não-literatura, entre textos literários e não-literários, através da delimitação e da caracterização de uma linguagem literária, contraposta à linguagem não-literária (ou, noutra perspectiva, às linguagens não-literárias). De acordo com uma teoria pitagórica tardia, existem duas modalidades de expressão: uma, a mais corrente, apresenta-se “nua” [...] desprovida de figuras e de quaisquer recursos técnico-estilísticos; a outra, pelo contrário, caracteriza-se pelo ornato [...] pelo vocabulário escolhido e pelo sábio uso dos tropos. A primeira corresponde a uma linguagem não-artística, não-literária; a segunda, em contrapartida, a uma linguagem artística, literária. Esta ideia pitagórica de que a linguagem literária se distancia da linguagem usual – e, portanto, se especifica – graças aos ornatos e ao caráter inusitado dos seus vocábulos, dos seus epítetos, dos seus tropos, etc., adquiriu relevância fundamental em Aristóteles, o qual, segundo o testemunho de Isócrates, considerava o processo de estranhamento [...] como conatural ao discurso poético” (SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. 8a. Ed. 1o. Vol. Coimbra: Edições Almedina, 2011, p.43 e 44, grifos do autor).
A partir da leitura do excerto acima, é correto dizer:
Alternativas:
· a)
O discurso poético é marcado pelo uso de uma linguagem que se aproxima da linguagem natural que é complexa e ornamentada.
· b)
O discurso poético é marcado pelo uso de uma linguagem que se aproxima da linguagem natural que é simples e nua.
· c)
O discurso poético é marcado pelo uso de uma linguagem que se distancia da linguagem natural que é simples e nua.
Alternativa assinalada
· d)
O discurso poético é marcado pelo uso de uma linguagem que se distancia da linguagem natural que complexa e ornamentada.
· e)
O discurso poético é marcado pelo uso de uma linguagem que se distancia da linguagem literária que é simples e nua.
4)
Leia o trecho do texto a seguir, para responder à questão:
 
“A obra literária, como o próprio lexema ‘obra’ denota, constitui o resultado de um fazer, de um produzir que, sendo embora também um processo de expressão, é necessária e primordialmente um processo de significação e de comunicação. A obra literária resultante deste processo constitui um texto – e, por agora, definiremos texto, e em sentido lato, como uma sequência de elementos materiais e discretos seleccionados dentre as possibilidades oferecidas por um determinado sistema semiótico e ordenados em função de um determinado conjunto de regras, que designaremos por código. O texto literário, como qualquer outro acto significativo e comunicativo, só é produzido e só funciona como mensagem, num específico circuito de comunicação, em virtude da prévia existência de um código de que têm comum conhecimento – um emissor e um número indeterminado de receptores” (SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. 8a. Ed. 1o. Vol. Coimbra: Edições Almedina, 2011, p.75, grifos do autor).
 
Considerando o conceito de texto, marque V para verdadeira ou F para falso:
 
(  ) O texto literário depende do código para ser compreendido.
(  ) O texto literário prevê a interação entre um emissor e um receptor.
(  ) O texto literário não existe sem que se conheça o autor.
(  ) O texto literário funciona como uma unidade mínima de significação.
(  ) O texto literário só pode existir se for impresso.
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Alternativas:
· a)
V-V-F-F-V
· b)
V-V-F-V-V
· c)
V-V-F-V-F
Alternativa assinalada
· d)
V-F-F-V-F
· e)
F-V-F-V-F
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O conto é, do ângulo dramático, unívoco, univalente. Num parêntese, cabe dizer que sentido têm, aqui, as palavras ‘drama’, ‘dramático’ e seus cognatos. Devem ser entendidos como conflito, ação conflituosa, etc. O drama nasce quando se dá o choque de duas ou mais personagens, ou de uma personagem com suas ambições e desejos contraditórios. Se tudo estivesse em plena paz e ordem entre as personagens, não haveria conflito, portanto, nem história. E mesmo que se viesse a escrever um conto acerca do tema do bem-estar e da tranqüilidade de espírito, é certo que não teria interesse algum. A bem-aventurança medíocre produzida pela satisfação dos apetites primários não importa à Literatura, pois mesmo fora da Arte as pessoas ‘felizes, são monótonas e desatraentes. Só a dor, o sofrimento, a angústia, a inquietude criadora, etc., faz que as criaturas se imponham e suscitem interesse nos outros. A Literatura opera exatamente no plano em que o homem vive a vida como luta, tomada a consciência da morte e da precariedade do destino humano. Tal homem não se acomoda, não se torna feliz; muito pelo contrário. E quanto mais indaga, mais se inquieta, e por isso vive integralmente num permanente círculo vicioso. Aí entre a literatura”.
(Fonte: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.124).
 
Considere tudo o que foi dito sobre o conto e atente-se parar as afirmações:
>I. Drama, para Massaud Moisés, tem a mesma definição que a peripécia aristotélica.
>II. O conto é plurivalente e multívoco em sua ação, em sua dramaticidade, em seu desenrolar da história.
III. É sempre da necessidade de solução de uma situação que surge a ação, isso constitui um drama ou peripécia.
>IV. A palavra drama assume, no texto acima, a definição de ação transcorrida em função de um catalisador que impulsiona o enredo.
V. Os sentimentos ruins não servem de impulso para a literatura, eles só a atrasam enquanto forma de arte.
Considere as afirmações, o excerto lido e escolha abaixo a alternativa que contém os itens considerados corretos:
Alternativas:
· a)
>I, III e V.
>
· b)
>I, II e III.
>
· c)
>I, IV e V.
>
· d)
>I, III e IV. 
Alternativa assinalada
· e)
II, III e V.
2)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O fato é que a crônica, é um gênero literário que, a despeito de ter sido considerado, durante muito tempo, como um gênero menor, tem merecido hoje a devida atenção por parte da crítica. Como afirma Antônio Cândido, não há que esperar uma ‘literatura feita de grandes cronistas’, assim como tampouco se ‘pensaria em atribuir um prêmio Nobel a um cronista’. Entretanto, o crítico reconhece que, na crônica, ‘tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos (...)’. E tudo porque ‘a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas (...)’, não necessitando, para tal, de nenhum ‘cenário excelso’, já que a perspectiva do cronista ‘não éa dos que escrevem do alto da montanha, mas do simples rés do chão’. Nos termos de Cândido, mesmo sendo um gênero sem grandes adjetivações, livre de vôos grandiloquentes, a crônica ‘pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas’. Assim, é de opinião que a crônica pode dizer coisas sérias sobre inúmeros aspectos da vida. Por exemplo, na apresentação de uma simples conversa fiada. Não é à toa que o crítico, no exato momento em que fala que a crônica perece mesmo um ‘gênero menor’, sai-se com essa: Graças a Deus – seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica perto de nós’”.
(Fonte: ARANHA, Gervácio Batista. Retratos urbanos no Brasil: a crônica como fonte histórica. ANPUH - XXV Simpósio nacional e história. 2009. Disponível em:< http://anais.anpuh.org/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0472.pdf>. Acesso em: 27 de jan. 2017, p.2).
 
O autor argumenta sobre o a crônica. Tendo isso em mente considere as afirmações:
(   ) A crônica torna grande e singular o evento corriqueiro e batido, esse é seu papel literário.
(   ) A crônica foi considerada, por muito tempo, um gênero literário menor, mas isso já se modificou.
(   ) O cenário é um ingrediente fundamental para o desenvolvimento da crônica, locais mais belos são preferíveis.
(   ) A preocupação do cronista é retratar as coisas miúdas e corriqueiras presentas na vida cotidiana.
(   ) A crônica não pode falar sobre qualquer assunto, somente os assuntos políticos devem ser abordados por ela.
Considere as afirmações, o texto lido e escolha a alternativa que apresenta a ordem correta, sendo V para Verdadeiro e F para Falso:
Alternativas:
· a)
>V-V-F-V-F
>
Alternativa assinalada
· b)
>V-F-F-V-F
>
· c)
>F-V-F-V-F
>
· d)
>V-F-V-F-V 
· e)
V-V-F-F-V
3)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O conto, portanto, abstrai tudo quanto, no tempo, encerre importância menor, para se preocupar apenas com o centro nevrálgico da questão. Isso explica que ao conto repugne a ‘duração’ bergsoniana ou a complicada inserção de planos temporais, feita com o auxílio da memória associadora de fatos passados, ou de outro expediente análogo. O conto caracteriza-se por ser ‘objetivo’, atual: vai diretamente ao ponto, sem deter-se em pormenores secundários. Essa ‘objetividade’ observável ainda noutros aspectos adiante examinados, salta aos olhos com as três unidades: de ação, lugar e tempo. Às unidades de ação, lugar e tempo deve-se acrescentar a de tom. Entende-se por isso que todas as partes da narrativa devem obedecer a uma estruturação harmoniosa, com o mesmo e único objetivo. Este, por sua vez, corresponde à preocupação de todo contista no sentido de provocar no espírito do leitor numa só impressão, seja de pavor, piedade, ódio, simpatia, acordo, ternura, indiferença, etc., seja o contrário delas. Compreende-se melhor que no conto tudo deve convergir para essa impressão singular, quando nos lembramos de que ele opera com a ação e não com caracteres. Os últimos estão fora de interesse geral da narrativa curta, muito embora as personagens estejam longe de ser confundidas com bonecos de mola nas mãos do ficcionista. Mas é que este, tendo em vista a unidade da impressão, jamais pode permanecer longo tempo em sua análise. Seu fito não consiste em criar seres vivos à nossa imagem e semelhança, como pretende o romance, mas situações conflituosas em que todos nós, indistintamente, podemos espelhar-nos. Daí vem que todo o esforço criador se concentra na formulação dum drama em torno dum sentimento único e forte a ponto de desencadear uma impressão correspondente no espírito do leitor”.
 
(Fonte: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.126, grifos do autor).
 
Considere tudo o que foi dito sobre o conto e atente-se parar as afirmações:
>I. A descrição é fundamental ao contista, uma vez que ela ajuda a compor a unidade almejada.
>II. É comum ao conto que seus elementos convirjam para um só ponto, para um ponto uno.
III. O conto, como a crônica, se preocupa com sua extensão limítrofe, isso altera sua composição estrutural.
>IV. O conto, assim como o drama, preocupa-se com a manutenção da unidade em sua estrutura.
V. O conto prima pela unidade, mas visa uma multiplicidade de impressões no ato da leitura.
Considere as afirmações, o excerto lido e escolha abaixo a alternativa que contém os itens considerados corretos:
Alternativas:
· a)
>II, III e V.
>
· b)
>II, III e IV.
>
Alternativa assinalada
· c)
>I, II e III.
>
 
· d)
I, II e V.
· e)
III, IV e V.
4)
Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Ao longo da Idade Média, sucedem-se novelas de cavalaria, dentre as quais o Amadis de Gaula, o Merlim e José de Arimatéia. Portugal torna-se o território ideal para a acomodação e o desenvolvimento do espírito cavalheiresco, de tal forma que este, agonizante da França, vai permanecer vivo na Península até o início do século XVII. Dois ciclos, o dos Amadises e o dos Palmeirins, ampliam-se e desenvolvem-se no decurso do século XVI, chegando até ao seguinte. Entretanto, algumas transformações começam a dar-se no seio da novela de cavalaria medieval. Elementos eróticos, sentimentais, não-bélicos, insinuam-se aos poucos por entre as malhas estreitas das costumeiras e enredadas peripécias de audácia e bravura guerreira. É o Amadis o primeiro protagonista de novela onde já se evidenciam alguns traços do homem renascentista e moderno, a debater-se entre conflitos de vária [sic] ordem sentimental e ética, seja por influência clássica trazida pelos ventos humanistas do século XV, ou por influência de Boccaccio, seja por evolução natural de alguns componentes espirituais da matéria cavalheiresca, o certo é que o gosto pelas narrativas sentimentais e bucólicas ganha imediato e largo prestígio na Renascença. A própria novel de cavalaria, não podendo resistir ao sinal dos tempos, aceita francamente determinadas inovações de sentimentalidade e erotismo. Um sopro lírico invade o mundo da cavalaria. Assim, novelas como Cárcere de Amor e Tratado de Arnalte e Lucinda, de Diego de San Pedro, O Servo Livre do Amor, de Juan Rodríguez del Padrón, História dos Amores de Peregrino e Ginebra, de Hernando Díaz, Selva de Aventuras, de Jerônimo de Contreras, enquadram-se desde logo entre as narrativas sentimentais profusamente difundidas e aceitas no tempo” (MOISÉS, 1973, p.155, grifos do autor).
 
MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973.
 
O autor argumenta sobre a novela. Tendo isso em mente, considere as afirmações:
(   ) O relevo guerreiro da novela se transformou, gradualmente, em descrição dos problemas cotidianos.
(   ) Por influência da corte medieval, os temas da novela se modificaram lentamente, abandonando as guerras e aventuras.
(   ) Portugal e França nunca fizeram parte do ciclo cavaleiresco, este se reduziu ao território do Reino Unido.
(   ) A Renascença ainda conservava, como fundamento, a narrativa estritamente guerreira e virtuosa.
(   ) A novela de cavalaria passou por transformações e aceitou as temáticas sentimentais e eróticas.
Considere as afirmações, o texto lido e escolha a alternativa que apresenta a ordem correta, sendo V para Verdadeiro e F para Falso:
Alternativas:
· a)
>F-V-F-V-F
>
· b)
>F-F-V-V-F
>
· c)
>F-V-F-F-V
>
· d)
>V-F-F-F-V 
Alternativa assinalada
· e)
V-V-F-F-V

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