Prévia do material em texto
Biologia
1
Olá Aluno,
Para que você possa organizar seu estudo, é importante que saiba que esta disciplina,
Biologia, está dividida da seguinte forma:
UNIDADE I. QUÍMICA DAS CÉLULAS ________________________________________ 4
SEÇÃO I.1. ÁGUA E SAIS MINERAIS: ________________________________________________ 4
UNIDADE II. AS PRINCIPAIS MOLÉCULAS ORGÂNICAS ___________________________ 5
SEÇÃO II.3.1.1. FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE DAS ENZIMAS: _____________ 6
UNIDADE III. VITAMINAS ______________________________________________________ 7
UNIDADE IV. DNA E RNA _ ______________________________________________________ 8
SEÇÃO IV.1. TRANSCRIÇÃO:_ _______________________________________________________ 8
SEÇÃO IV.2. TRADUÇÃO: ___________________________________________________________ 9
SEÇÃO IV.3. CÓDIGO GENÉTICO E SÍNTESE PROTÉICA: ___________________________ 9
UNIDADE V. MEMBRANA PLASMÁTICA ________________________________________ 10
SEÇÃO V.1. FUNÇÕES DA MEMBRANA: __________________________________________ 10
SEÇÃO V.2. PERMEABILIDADE SELETIVA: _______________________________________ 10
SEÇÃO V.3. TIPOS CÉLULAS: ______________________________________________________ 10
SEÇÃO V.3.1. CÉLULA VEGETAL: __________________________________________________ 10
SEÇÃO V.3.2. VÍRUS: _____________________________________________________________ 10
UNIDADE VI. ORGANELAS CELULARES ________________________________________ 11
UNIDADE VII.TRANSPORTE DE MEMBRANA____________________________________ 13
SEÇÃO VII.1. TRANSPORTE PASSIVO: ____________________________________________ 13
SEÇÃO V.II.2. TRANSPORTE ATIVO: _______________________________________________ 13
SEÇÃO V.II.3. TRANSPORTE EM QUANTIDADE: _________________________________ 13
UNIDADE VIII. DIFERENCIAÇÕES CELULARES ___________________________________ 14
UNIDADE IX. INTÉRFASE, NÚCLEO INTERFÁSIC, MITOSE _____________________ 14
UNIDADE X. MEIOSE _________________________________________________________ 15
UNIDADE XI. CONCEITOS BÁSICOS DA ECOLOGIA _____________________________ 16
SEÇÃO XI.1. COMPONENTES DE UM ECOSSISTEMA: ___________________________ 17
SEÇÃO XI.2. OS COMPONENTES ABIÓTICOS: ___________________________________ 17
UNIDADE XII. CICLOS BIOGEOQUÍMICOS _______________________________________ 17
SEÇÃO XII.1. CICLO DA AGUA: ___________________________________________________ 17
SEÇÃO XII.2. CICLO DO GÁS CARBÔNICO: ______________________________________ 17
SEÇÃO XII.3. CICLO DO OXIGÊNIO: ______________________________________________ 18
SEÇÃO XII.4. CICLO DO NITROGÊNIO: ___________________________________________ 18
UNIDADE XIII. RELAÇÕES ECOLÓGICAS _________________________________________ 18
UNIDADE XIV. POLUIÇÃO ________________________________________________________ 19
SEÇÃO XIV.1. EFEITO ESTUFA: ___________________________________________________ 19
SEÇÃO XIV.2. BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO: _____________________________ 19
UNIDADE XV. ALGAS, BRIÓFITAS, PTERIDÓFITAS ______________________________ 20
SEÇÃO XV.1. ALGAS: ______________________________________________________________ 20
SEÇÃO XV.2. BRIÓFITAS: _________________________________________________________ 20
SEÇÃO XV.3. TRAQUEÓFITAS: ___________________________________________________ 20
SEÇÃO XV.4. PTERIDÓFITAS: ____________________________________________________ 20
UNIDADE XVI. GIMNOSPERMAS, ANGIOSPERMAS ___________________________ 21
SEÇÃO XVI.1. GIMNOSPERMAS: ________________________________________________ 21
SEÇÃO XVI.2. ANGIOSPERMAS: _________________________________________________ 21
SEÇÃO XVI.2.1. ORGANIZAÇÃO DAS ANGIOSPERMAS: _______________________ 21
Biologia
_
02
UNIDADE I. QUÍMICA DAS CÉLULAS
SEÇÃO I.1. ÁGUA E SAIS MINERAIS:
Água: As moléculas de água possuem dois
átomos de hidrogênio e um único átomo de oxigênio,
a sabidíssima fórmula H2O que todos aprendem na
escola.
Ao redor do átomo de oxigênio, aglomeram-se
partículas negativas; em torno dos átomos de
hidrogênio concentra-se uma nuvem de partículas
positivas. Como se tivesse duas faces, a água acaba
se combinando tanto com as substâncias que são
atraídas por cargas elétricas positivas como por
aquelas que são atraídas por cargas negativas. Por
isso, ela pode dissolver qualquer um dos noventa
elementos químicos naturais, conferindo-lhe a
capacidade de solvente universal, facilitando assim o
transporte de substâncias.
A água ainda funciona também como uma
substância termorreguladora, pois ajuda a manter o
equilíbrio térmico de muitos seres vivos.
Sais Minerais: Potássio (ajuda contração
muscular). O potássio é um dos principais
responsáveis na contração e no relaxamento dos
músculos. Ele fica do lado de dentro da célula e
troca de lugar com o sódio, que está na parte de
fora, quando um impulso nervoso enviado pelo
cérebro chega ao músculo. Isso permite que ele se
contraia.
Sódio (é o controlador das águas). Dos 42
litros de água existentes no corpo, 2/3 estão dentro
das células e o resto no sangue e outros fluidos. O
sódio é quem regula o balanceamento da água
(controle osmótico), tirando das células, por osmose
(quando o fluido passa de um meio menos
concentrado para um mais concentrado), e jogando
na corrente sangüínea.
Cálcio (trabalha como porteiro). O cálcio é
o mineral mais abundante no corpo humano. Uma
pessoa que pese 70 Kg tem entre 1 e 1,5 Kg de
cálcio no organismo, sendo que 99% dele participa
da formação dos ossos. Ajuda ainda na contração
muscular e no processo de coagulação sangüínea.
Ferro (caça oxigênio). O ferro é um dos
principais componentes da hemoglobina, o pigmento
das células vermelhas do sangue. É ele quem agarra
o oxigênio captado pelos pulmões e o carrega para o
restante do corpo. Sua carência pode ocasionar um
dos tipos mais comuns de anemia.
Iodo (é bom de ritmo). Os hormônios
produzidos pela glândula tireóide, a tiroxina,
regulam a velocidade de todo o metabolismo do
corpo e controlam o fluxo de energia. Para que eles
possam exercer essa função têm que estar ligados a
três ou quatro átomos de iodo.
Fósforo (o guardião dos genes). O fósforo
é indispensável para a formação do DNA,
supermolécula que guarda as informações genéticas.
Ela é constituída por blocos chamados nucleotídeos
que, para existirem, precisam se ligar a um açúcar e
a um ácido fosfórico. Além disso, o fósforo é um dos
elementos que formam as moléculas de ATP
(adenosina trifosfato), proteína que estoca energia
no corpo.
Cloro (o do contra). Para que as reações
químicas dentro do organismo possam ocorrer, os
fluidos devem ser sempre neutros, ou seja, não ter
carga negativa nem positiva. Sempre que aparece
uma carga positiva sobrando, o cloro, que é
negativo, entra em ação para neutralizá-la e refazer
o equilíbrio.
EXERCÍCIOS:
1. Analise as frases seguintes e assinale a
alternativa correta:
I. A grande tensão superficial da água permite a
manutenção da estabilidade nas células.
II. O grande poder de dissolução da água é muito
importante para os organismos, pois todas as
reações químicas ocorrem em meio aquoso.
III. O alto calor específico da água impede
mudanças bruscas de temperatura dentro das
células.
a) Apenas as frases I e II estão corretas.
b) Apenas a frase I está correta.
c) Apenas as frases II e III estão corretas.
d) Todas as frases estão corretas.
e) Todas as frases estão erradas.
2. A respeito da atuação da água, no meio
intracelular, analise as frases a seguir:
I. Ela atua como solvente da maioria das
substâncias.
II. Atua na manutenção do equilíbrio osmótico.
III. Constitui um meio dispersante.
IV. Participa das reações de hidrólise.
V. Age como ativador enzimático.
São funções verdadeiras da água:
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas III, IV e V.
c) Apenas I, III e IV.
d) I, II, III, IV e V.
e) Nenhuma delas.
3. A falta de sais de magnésio na solução do solo
prejudica o metabolismo das plantas, uma vez
que o magnésio é componente:a) Das moléculas de clorofila.
b) Das bases nitrogenadas.
Biologia
03
c) Dos aminoácidos essenciais.
d) Da seiva elaborada.
e) Da membrana celular.
GABARITOS
1. D / 2. D / 3. A.
Bem, agora que você já sabe qual a
composição de uma célula.
Continuaremos o estudo na Unidade
II, tratando sobre as principais
células orgânicas. Em seguida você
fará exercícios para que verifique a sua
aprendizagem, relendo os conteúdos quando
necessário, e verificando suas respostas no
gabarito.
UNIDADE II. AS PRINCIPAIS
MOLÉCULAS ORGÂNICAS
SEÇÃO II.1. CARBOIDRATOS:
São substâncias constituídas por átomos de
carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). Na
maioria deles, a proporção entre o número de
átomos de hidrogênio e de oxigênio é 2:1, portanto
a mesma que existe entre estes elementos na
molécula da água. Daí o nome do grupo: carbo vem
de carbono e hidrato vem de hydros, palavra grega
que significa água.
Entre os carboidratos que são nutrientes
importantes destacam-se os que possuem as seguin-
tes fórmulas moleculares: (C6 H1005 )n , C12 H22O11 e
C6 H12 O6.
Os de fórmula (C6H10O5)n são chamados
polissacarídeos porque, por hidrólise, originam
muitas moléculas de açúcar simples. Estão neste
grupo o amido, a celulose e o glicogênio.
Os carboidratos de fórmula C12 H22O11 dão, por
hidrólise, apenas duas moléculas de açúcar simples.
São dissacarídeos. A este grupo pertencem a
sacarose, a maltose e a lactose (açúcar do leite).
Os carboidratos de fórmula C6H12O6 não
formam açúcares quando reagem com a água. São
chamados açúcares simples ou monossacarídeos.
São exemplos à glicose, a frutose e a galactose.
SEÇÃO II.2. LIPÍDIOS:
Reúne diversos compostos entre os quais
estão as gorduras e os óleos e as cêras (gorduras e
cêras são sólidas à temperatura ambiente, os óleos
são líquidos). Essas substâncias são pouco solúveis
em água e dissolvem-se facilmente em certos
compostos orgânicos, como álcool e éter, por
exemplo. Suas moléculas, como as dos carboidratos,
são constituídas por átomos de carbono (O),
hidrogênio (H) e oxigênio (O).
Os lipídios, sofrendo hidrólise, originam uma
molécula de um álcool chamado glicerol, cuja
fórmula geral é C3H803 e, por isso, também são
chamados glicerídios. Originam também uma, duas
ou três moléculas de ácido graxo. No primeiro caso,
o lipídio é chamado monoglicerídio; no segundo,
diglicerídio e, no terceiro, triglicerídio.
Os ácidos graxos são longas cadeias,
constituídas por átomos de carbono ligados entre si
e a átomos de hidrogênio. Em uma das
extremidades da cadeia sempre há um grupo COOH
(ácido) e, na outra, um grupo CH3.
SEÇÃO II.3. PROTEÍNAS:
São substâncias formadas por moléculas
longas e complexas, constituídas por átomos de
carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e
nitrogênio (N). Muitas têm também átomos de
enxofre (S) e diversas apresentam ainda outros
elementos químicos.
A proteína é uma substância formada por
unidades que se repetem. É, portanto, um polímero
e cada um de seus monômeros é um resíduo de
aminoácido, ou seja, provém de um aminoácido.
Os aminoácidos têm este nome porque
apresentam, na molécula, um grupo amina (NH2) e
um grupo ácido (COOH). Em todos eles, esses dois
grupos mais um átomo de hidrogênio ligam-se a um
átomo de carbono. O átomo ou grupo de átomos que
também se une a esse carbono, constituindo a
quarta ligação, varia de um aminoácido para outro,
tornando-os diferentes. De modo geral, esse átomo
ou grupo de átomos costuma ser indicado pela letra
R (radical).
Dois aminoácidos podem reagir entre si, dessa
reação resultam uma molécula de água e um
dipeptídio. Esta substância é constituída por dois
resíduos de aminoácidos unidos por uma ligação
entre o átomo de carbono do grupo COOH de um
dos reagentes e o átomo de nitrogênio do grupo NH2
do outro reagente. Esse tipo de ligação chama-se
ligação peptídica.
Reações com a água fazem com que as
ligações peptídicas se rompam e as moléculas de
proteínas transformem-se em moléculas de
aminoácidos. Nos seres vivos, essas reações são
catalisadas pelas proteases.
A desnaturação das proteínas:
A temperatura, o grau de acidez, a concen-
tração de sais e outros fatores ambientais podem
afetar a estrutura espacial das proteínas, fazendo
com que as moléculas se desenrolem e percam sua
configuração original. A alteração da estrutura
espacial de uma proteína é denominada des-
naturação.
O calor excessivo desnatura as proteínas
porque a agitação molecular causada pela alta
temperatura rompe as ligações fracas, responsáveis
pela manutenção da forma das moléculas.
Meios muito ácidos ou muito básicos também
desnaturam proteínas, pois causam ruptura das
pontes de hidrogênio que ajudam a manter a
configuração das moléculas protéicas. É o que
Biologia
_
04
ocorre, por exemplo, na fabricação dos queijos e
iogurtes: o acúmulo de ácido lático, liberado por
microorganismos fermentadores, acidifica o leite e
desnatura suas proteínas, que se solidificam.
Funções das proteínas:
Elas são substâncias de fundamental
importância na estrutura dos seres vivos: fazem
parte da arquitetura de todas as células, dão
consistência ao conteúdo celular e formam as fibras
dos tecidos que sustentam o corpo.
A maioria das reações químicas dos seres
vivos só ocorre na presença de determinadas pro-
teínas, chamadas enzimas, que atuam como ca-
talisadores. Se colocarmos amido em água, por
exemplo, nada acontece. Basta, no entanto,
acrescentar uma pequena quantidade da enzima
denominada ptialina para que o amido reaja com a
água, partindo-se em moléculas menores. Essa
reação acontece em nossa boca, quando masti-
gamos um pedaço de pão.
Para que ocorram as milhares de reações
químicas inerentes a um ser vivo, são necessárias
milhares de diferentes tipos de enzimas. Caso o
organismo não consiga produzir uma enzima, ele
não realizará a reação específica controlada por ela,
e isso pode ter conseqüências graves, levando
inclusive à morte.
Muitas doenças humanas são decorrentes da
incapacidade inata de uma pessoa produzir
determinada enzima. Essas doenças são
genericamente chamadas erros inatos do metabo-
lismo. A fenilcetonúria, por exemplo, é uma doença
em que a pessoa afetada não produz a enzima
necessária para a transformação do aminoácido
fenilalanina em tirosina. Essa enzima é necessária
porque as proteínas que normalmente ingerimos
contêm muita fenilalanina, e a alta concentração
desse aminoácido causa danos às células do cérebro.
Pessoas com a doença devem evitar excessos de
proteínas na dieta assim como os adoçantes artifi-
ciais à base de aspartame, fabricados com fe-
nilalanina e ácido aspártico. A denominação de uma
enzima se baseia no nome do substrato, isto é, da
substância química sobre a qual ela atua, acrescido
da terminação ase. Lipase, por exemplo, é a
denominação dada às enzimas que atuam sobre
lipídios, proteases atuam sobre proteínas, e assim
por diante.
SEÇÃO II.3.1. AS ENZIMAS:
As enzimas são altamente específicas. Ge-
ralmente, cada reação química que ocorre em um
ser vivo é catalisada por um tipo de enzima. Essa
grande especificidade decorre do fato de as
moléculas da enzima se encaixarem perfeitamente
com as moléculas dos substratos, como se fossem
uma fechadura com sua respectiva chave.
A molécula de substrato ao se encaixar com a
enzima fica em condições de reagir. Uma vez
ocorrida a reação, a molécula de enzima se liberta e
pode se combinar com outra molécula de substrato,
repetindo o processo. As enzimas, portanto, não se
desgastam durante a reação química da qual
participam.
SEÇÃO II.3.1.1. FATORES QUE AFETAM A
ATIVIDADE DAS ENZIMAS:
SEÇÃO II.3.1.1.1. TEMPERATURA:
A temperatura é um fator importante na ati-
vidade das enzimas. Dentro de certos limites, a
velocidade de uma reação enzimática aumenta com
o aumento da temperatura. Entretanto, a partir de
uma determinada temperatura, a velocidade da
reação diminui bruscamente.
O aumentode temperatura provoca maior
agitação das moléculas e, portanto, maiores pos-
sibilidades de elas se chocarem para reagir. Porém
se for ultrapassada certa temperatura, a agitação
das moléculas se toma tão intensa que as ligações
que estabilizam a estrutura espacial da enzima se
rompem e ela se desnatura.
SEÇÃO II.3.1.1.2. GRAU DE ACIDEZ (PH):
Outro fator que afeta a forma das proteínas é
o grau de acidez do meio, também conhecido como
pH (potencial hidrogeniônico). A escala de pH vai de
0 a 14 e mede a concentração relativa de íons
hidrogênio (H+) em um determinado meio. O valor 7
representa um meio neutro, nem ácido nem básico.
Valores próximos de 0 são os mais ácidos e os
próximos de 14 são os mais básicos (alcalinos).
Cada enzima tem um pH ótimo de atuação,
no qual sua atividade é máxima. O pH ótimo para a
maioria das enzimas fica entre 6 e 8, mas há ex-
ceções. A pepsina, por exemplo, uma enzima di-
gestiva estomacal atua eficientemente no pH for-
temente ácido de nosso estômago (em torno de 2),
onde a maioria das enzimas seria desnaturada. A
tripsina, por sua vez, é uma enzima digestiva que
atua no ambiente alcalino do intestino, tendo um pH
ótimo.
EXERCÍCIOS
1. Os animais empregam como principal fonte de
energia e como polissacarídeo de reserva,
respectivamente:
a) a glicose e o amido.
b) o glicogênio e as gorduras.
c) a glicose e as gorduras.
d) a glicose e o glicogênio.
e) as gorduras e o glicogênio.
2. Em relação aos carboidratos de importância
biológica, foram feitas as seguintes afirmações:
I. têm apenas função energética;
II. Participam da formação do material genético;
III. Podem ter função estrutural;
IV. São componentes essenciais das enzimas.
Biologia
05
Estão corretas as afirmações:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I e II.
d) II e III.
e) III e IV.
3. Pesquisas indicam que certas substâncias de
origem animal, ricas em ácidos saturados e
colesterol contribuem para o aparecimento de
problemas cardíacos e circulatórios, quando
usados em excesso na alimentação. Tais
substâncias são classificadas como:
a) Carboidratos.
b) Vitaminas.
c) Proteínas.
d) Lipídios.
e) Enzimas.
GABARITOS
1. D / 2. D / 3. D.
Você já está terminando de aprender
sobre as principais moléculas
orgânicas e suas propriedades. Em
seguida faça os exercícios para
verificar sua aprendizagem! Releia
os conteúdos quando necessário, e verifique
suas respostas no gabarito.
UNIDADE III. VITAMINAS
São compostos orgânicos imprescindíveis para
algumas reações metabólicas específicas, agindo
muitas vezes como coenzimas ou como parte de
enzimas responsáveis por reações químicas
essenciais à saúde humana. São usualmente
classificadas em dois grupos, com base na sua
solubilidade, estabilidade, ocorrência em alimentos,
distribuição nos fluídos corpóreos e sua capacidade
de armazenamento nos tecidos.
SEÇÃO III.1. VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS:
A maioria das vitaminas hidrossolúveis são
componentes de sistema de enzima essenciais.
Várias estão envolvidas em reações de manutenção
do metabolismo energético. Estas vitaminas não são
normalmente armazenadas no organismo em
quantidades apreciáveis e são normalmente
excretadas em pequenas quantidades na urina;
sendo assim, um suprimento diário é desejável com
o intuito de se evitar depleção e interrupção das
funções fisiológicas normais.
SEÇÃO III.2. VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS:
Cada uma das vitaminas lipossolúveis, A, D, E
e K, tem um papel fisiológico separado e distinto. Na
maior parte, são absorvidos com outros lipídios, e
uma absorção eficiente requer a presença de bile e
suco pancreático. São transportadas para o fígado
através da ninfa como uma parte de lipoproteína e
são estocadas em vários tecidos corpóreos, embora
não todas nos mesmos tecidos, nem na mesma
extensão. Normalmente são excretadas na urina.
Vitamina A (lipossolúvel)
Cegueira Noturna - Causada por falta de vitamina A,
falta de capacidade de perceber detalhes em
ambientes pouco iluminados.
Ex: Sai de um quarto iluminado e entra em um
escuro.
» Cefaléia; Lesões na Pele; Pele áspera e seca;
Auxilia no tratamento de sarampo e rubéola em
quase todas as doenças infeccionadas. A falta de
vitamina A facilita mais a pegar doenças
infeccionadas; Alterações cutâneas: A pele se torna
seca escamosa e áspera conhecida como pele de
ganso ou pele de sapo.
Vitamina B (Hidrossolúvel)
» Beribéri = doença por deficiência de tiamina.
Encontrada na Vitamina B1 ; Pelagra = doença
causada por deficiência de niacina encontrada na
vitamina B6 cansaço; Falta de Apetite; Causa atraso
no crescimento.
Vitamina C (Hidrossolúvel)
» Deficiência causa gripe, resfriado e infecções;
Aumenta a resistência do organismo; Provoca
hemorragias nas gengivas e na pele (conhecida
como escorbuto).
Vitamina D (Lipossolúvel)
» Provoca Raquitismo; Desgaste dos ossos
(osteoporose) e dos dentes.
Vitamina E (Lipossolúvel)
» Não causa deficiência;
Vitamina K (Lipossolúvel)
» Com a má absorção de lipídeos pode causar
destruição da flora intestinal; Não foi registrado caso
de deficiências grave.
Hipervitaminose
Vitamina A (Lipossolúvel)
» Excesso pode causar náuseas e Vômitos; Fadiga;
Cefaléia; Anorexia; Coloração Amarelada da pele.
Vitamina B (Hidrossolúvel)
» Não há nenhum efeito tóxico conhecido pela
tiamina; Niocina (Pelagra) = Doses grandes têm sido
usadas na tentativa de abaixar a concentração de
colesterol no sangue. Pode ser tóxica para o fígado.
Vitamina C (Hidrossolúvel)
» Não há efeito tóxico.
Vitamina D (Lipossolúvel)
» Anorexia; Vômitos; Dor de Cabeça; Sonolência e
Diarréia.
Vitamina E (Lipossolúvel)
» * Não apresenta efeitos tóxicos.
Vitamina K (Lipossolúvel)
» * Não apresenta efeitos tóxicos.
Biologia
_
06
1. Em bolsões de pobreza, onde há carência de
vitamina D, os indivíduos não:
a) regulam a formação dos glóbulos do sangue.
b) metabolizam carboidratos.
c) mantêm a integridade dos tecidos epiteliais.
d) regulam o metabolismo do cálcio e do fósforo.
e) coagulam o sangue.
2. De manhã, leite achocolatado e biscoitos
recheados, bife com batatas fritas e refrigerante
no almoço, salgadinhos, balas e chicletes o dia
inteiro - e, para encerrar o dia com chave de
ouro, pizza calabresa com um sundae de
sobremesa. Essa dieta básica é a responsável
pelo quadro absurdo com que uma nutricionista
se deparou ao fazer um detalhado estudo com
crianças obesas: dos 102 meninos e meninas
examinados por ela, 93% já apresentavam
alterações nos níveis de colesterol e de
triglicerídios e 49% estavam mais de 160%
acima do peso ideal.
Com relação às crianças estudadas pela
nutricionista, qual a alternativa verdadeira:
(1) As alterações observadas no nível de colesterol
devem-se, principalmente, ao consumo
excessivo de refrigerantes, balas e doces.
(2) Essas crianças não terão tendência a
desenvolver doenças cardíacas.
(3) O peso muito acima do ideal é devido à
deficiência hormonal das crianças.
(4) A dieta dessas crianças é pobre em vitaminas.
3. Uma portaria de maio de 1996 do Ministério da
Saúde define como diet o alimento
especialmente formulado para pessoas com
necessidades específicas e não necessariamente
para emagrecer. Um leite para criança, por
exemplo, pode ser dietético não pela quantidade
de calorias, mas por possuir nutrientes especiais
para o desenvolvimento do bebê. Diet pode ser
um sal sem cloreto de sódio, um pão que não
contenha glúten ou um cereal enriquecido com
fibras. Ao contrário do que se pensa, diet não
quer dizer que o alimento seja sem açúcar. Já o
produto light pode ter 30% a menos de gordura,
açúcar ou proteína, comparado à composição
normal, mas não é específico para um tipo de
necessidade, como é o diet. Nem todos os lights
são recomendados para diabéticos.
(Correio Braziliense, 5/12/97, com adaptações)
Com o auxílio do texto, qual a alternativa
correta:
(1) Caloria é uma unidade de medida que indica a
quantidade de gordura dos alimentos.
(2) Sal diet sem cloreto de sódio pode ser não
recomendado para pessoas com pressão altaou
com determinados problemas renais.
(3) Um alimento com fenilalanina pode ser
classificado como diet.
(4) Um produto light que possua glicose ou amido
não é indicado para um diabético.
GABARITOS
1. D / 2. 4 / 3. 4.
Importante! Agora você já sabe
quais são as vitaminas que existem!
Portanto, vamos adiante!
Continuaremos com o estudo da
Unidade 4 – DNA e RNA. Em seguida você fará
exercícios para que verifique a sua
aprendizagem, relendo os conteúdos quando
necessário, e verificando suas respostas no
gabarito.
UNIDADE IV. DNA E RNA
Substâncias químicas das quais são feitos os
genes. Verifica-se isso pelo fato de essas moléculas
estarem envolvidas na transmissão dos caracteres
hereditários e na produção de proteínas,
respectivamente.
O DNA e o RNA são siglas que em inglês
significam, respectivamente, ácido
desoxirribonucléico e ácido ribonucléico, ou
aportuguesadas ADN e ARN.
DNA: O ácido desoxirribonucléico é uma
molécula formada por duas cadeias na forma de uma
dupla hélice (modelo de Watson & Crick). Essas
cadeias são constituídas de um açúcar, chamado
desoxirribose, um grupo fosfato e quatro bases
nitrogenadas, chamadas T ou timina, A ou adenina,
C ou citosina e G ou guanina. O fato de o DNA ter a
forma de duas hélices, enroladas uma na outra, é
um fator essencial na sua replicação (duplicação),
gerando uma nova molécula de DNA enquanto
ocorre a divisão celular. Durante a replicação, as
duas hélices se desenrolam uma da outra e cada
uma delas serve de molde para fazer duas novas
(processo semiconservativo).
RNA: O ácido ribonucléico (RNA) é uma
molécula também formada por um açúcar (ribose),
um grupo fosfato e uma base nitrogenada (U ou
uracila, A ou adenina, C ou citosina e G ou guanina).
O RNA não é uma dupla hélice como o DNA, mas sim
uma molécula unifilamentar. Um grupo reunindo um
açúcar, um fosfato e uma base é um "nucleotídeo".
Existem três tipos de RNAs:
� RNA mensageiro (RNAm) � responsável
pela cópia do DNA (transcrição);
� RNA transportador (RNAt) � responsável
pelo transporte do aminoácido até o
ribossomo;
� RNA ribossomal ou ribossômico (RNAr) �
responsável por compor o ribossomo.
SEÇÃO IV.1. TRANSCRIÇÃO:
A transcrição, ou seja, a síntese do RNA a
partir do DNA, ocorre em um único filamento de
DNA. A síntese do RNA é catalisada por uma
molécula de RNA-polimerase, que na maioria dos
EXERCÍCIOS
Biologia
07
procariontes transcreve todos os tipos de RNA. Já
nos eucariontes existem três variedades de RNA-
polimerase que transcrevem diferentes classes de
RNA. A transcrição inicia-se em determinadas
regiões do DNA que são chamadas de promotores.
É neste sítio que a RNA-polimerase irá se ligar,
devido à presença de uma região nesta molécula
chamada fator sigma que permite o reconhecimento
dos promotores. A RNA-polimerase vai então
desenrolando o DNA, dando início a síntese de RNA,
que é sempre sintetizado no sentido 5’ - 3’. O
término da cadeia a ser sintetizada também é
reconhecido pela RNA-polimerase. Tal
reconhecimento pode ser feito de maneira direta ou
com o auxílio de um fator protéico denominado rho
necessário ao reconhecimento do sinal de término.
SEÇÃO IV.2. TRADUÇÃO:
Com o término da transcrição, temos a
formação de três tipos de RNA, os quais atuam em
conjunto durante o processo da tradução. O RNAm
é a cópia do DNA com todas as informações
genéticas que serão agora traduzidas em proteínas.
O RNAt é a molécula que transportará o aminoácido
específico, durante a leitura do RNAm. E o RNAr é
uma das moléculas que compõe o ribossomo.
A tradução ou a síntese de proteínas pode ser
vista como reações químicas que ocorrem entre os
aminoácidos, moléculas de RNAt, o RNAm, os
ribossomos, fatores protéicos adicionais, enzimas e
íons inorgânicos.
Durante estas reações a energia do RNAt
carregado é convertida numa ligação peptídica que
une um aminoácido a outro no ribossomo.
Estas reações continuam até a formação de
toda a cadeia polipeptídica, onde o último
aminoácido (aan) é adicionado.
SEÇÃO IV.3. CÓDIGO GENÉTICO E SÍNTESE
PROTÉICA:
A informação contida no DNA, o código
genético, está registrada na seqüência de suas bases
na cadeia (timina sempre ligada à adenina, e
citosina sempre com guanina). A seqüência indica
outra seqüência, a de aminoácidos - substâncias que
constituem as proteínas. O DNA não é o fabricante
direto das proteínas; para isso ele forma um tipo
específico de RNA, o RNAm, no processo chamado
transcrição. O código genético, na forma de
unidades conhecidas como genes, está no DNA, no
núcleo das células. Já a "fábrica" de proteínas se
localiza no citoplasma celular em estruturas
específicas, os ribossomos, para onde se dirige o
RNAm.
Na transcrição, apenas os genes relacionados
à proteína que se quer produzir são copiados na
forma de RNA mensageiro. Cada grupo de três bases
no RNAm (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado códon e é
específico para um tipo de aminoácido. Um pedaço
de ácido nucléico com cerca de mil nucleotídeos de
comprimento pode, portanto, ser responsável pela
síntese de uma proteína composta de centenas de
aminoácidos. Nos ribossomos, o RNAm é por sua vez
traduzido por moléculas de RNAt, responsável pelo
transporte dos aminoácidos até o local onde será
montada a cadeia protéica. Essa produção de
proteínas com base em um código é o fundamento
da engenharia genética.
EXERCÍCIOS
1. Enquanto o projeto que visa seqüenciar
completamente o genoma humano segue seu
curso, nos últimos 2 anos chegaram ao fim
vários seqüenciamentos do genoma de
bactérias. Em setembro de 1997, foi publicada a
seqüência do DNA da bactéria Escherichia coli.
Os números impressionam: são cerca de 4,6
milhões de pares de bases, e os genes que
codificam proteínas são 4.288. Para surpresa de
muitos, 38% desses genes ainda não têm uma
função conhecida.
Com o auxílio do texto, qual a alternativa
correta:
(1) O DNA da bactéria Escherichia coli tem cerca de
9,2 milhões de moléculas de fosfato.
(2) Para 38% dos genes, não se sabe a seqüência
de aminoácidos da proteína.
(3) Pode-se fazer estudos da evolução das
bactérias, comparando-se a seqüência de RNA
de diferentes espécies.
(4) A Escherichia coli pode produzir 8.576 RNAs
mensageiros diferentes.
2. A substituição de uma base nitrogenada em um
segmento de DNA tem como conseqüência
obrigatória:
a) a transmissão dessa mutação aos descendentes.
b) a síntese de uma proteína alterada.
c) o aparecimento de uma anomalia metabólica ou
estrutural.
d) a síntese de uma molécula de RNA alterada.
e) a troca de um aminoácido na molécula de
proteína sintetizada, ainda que não seja
acompanhada de sintomas.
3. Para os estudiosos, a manifestação de “...
vida...” deve-se a características, qual a
alternativa verdadeira:
(1) Uma composição química baseada em carbono,
nitrogênio, hidrogênio, oxigênio e minerais,
como magnésio e cálcio.
(2) Ácidos ribonucléicos (RNA) e
desoxiribonucléicos (DNA) em diferentes
células.
(3) Energia química obtida dos nutrientes
encontrados apenas dentro do organismo.
(4) A capacidade de responder a estímulos
químicos e físicos, que não desencadeiam
reações específicas.
Biologia
_
08
4. Os avanços da Engenharia Genética têm
permitido o conhecimento mais amplo dos
cromossomos. Sobre este tema, qual a
alternativa verdadeira:
(1) O mapeamento gênico de um indivíduo permite
informar se ele é portador ou não de genes
causadores de doenças.
(2) O teste de paternidade com base no DNA deve
ser realizado exclusivamente em indivíduos
sem doenças sanguíneas, como a hemofilia.
(3) O Projeto Genoma visa a localizar, nos
cromossomos humanos, todas as quebras
provocadas pela radiação solar.
(4) O gene para produção de insulina no homem
pode ser clonado em bactérias que passam a
não produzir este hormônio.
GABARITOS
1. 3 / 2. D / 3. 1 / 4. 1.
Lembre-se! O DNA e RNA são ácidos
diferentes. Agora falaremos sobre a
membrana plasmática na Unidade V.
Em seguida você fará exercíciospara que verifique a sua
aprendizagem, relendo os conteúdos quando
necessário, e verificando suas respostas no
gabarito.
UNIDADE V. MEMBRANA PLASMÁTICA
A membrana plasmática ou plasmalema é uma
película delgada e elástica que envolve a célula.
Formada por lipídios e proteínas (lipoprotéica) tal
membrana fica em contato, através da face externa
com o meio extracelular e, pela face Interna, com o
hialoplasma da célula.
SEÇÃO V.1. FUNÇÕES DA MEMBRANA:
1. Regular as trocas de substâncias entre a
célula e o meio, através de uma propriedade
chamada de permeabilidade seletiva.
2. Intervém nos mecanismos de
reconhecimento celular, através de
receptores específicos, moléculas que
reconhecem agentes do meio, como por
exemplo, os hormônios.
3. Proteger a individualidade da célula
SEÇÃO V.2. PERMEABILIDADE SELETIVA:
O limite entre o hialoplasma celular e o meio
externo é feito através da membrana plasmática.
Para viver a célula necessita retirar alimentos do
meio e nele atirar os excretas.
A membrana semipermeável é aquela que só
permite a passagem de solvente (Ex: Membrana
Plasmática).
A membrana que possuem esta propriedade é
chamada de MEMBRANA SEMIPERMEÁVEL.
SEÇÃO V.3. TIPOS CÉLULAS:
A célula é a menor unidade estrutural de um
ser vivo, capaz de existir de maneira independente e
se reproduzir. As células animais são compostas de
três partes fundamentais: membrana plasmática,
citoplasma e núcleo. A membrana plasmática é o
envoltório das células. No interior das células existe
o citoplasma, que é composto de várias estruturas
vivas - organelas e um líquido gelatinoso chamado
hialoplasma. Normalmente, no centro da célula
encontra-se o núcleo, que pode ser separado do
citoplasma por uma membrana, a carioteca. Nele
estão o suco nuclear, o nucléolo e os cromossomos.
Esses últimos possuem os genes, que determinam
os caracteres hereditários.
Atualmente pode-se classifica-las em células
procarióticas e eucarióticas. As primeiras, que
incluem apenas bactérias e algas verde-azuladas
(cianofíceas), são células relativamente pequenas,
de 1 a 5 µm de diâmetro, e de estrutura simples. O
material genético (DNA) não está rodeado por
nenhuma membrana que o separe do resto da
célula, ou seja, a carioteca. Além disso, elas não
possuem nenhuma organela membranosa, apenas o
ribossomos. As células eucarióticas, que formam os
demais organismos vivos, são normalmente muito
maiores (medem entre 10 a 50 µm de comprimento)
e têm o material genético envolto por uma
membrana (a carioteca) que forma um órgão
esférico importante chamado de núcleo.
SEÇÃO V.3.1. CÉLULA VEGETAL:
As células vegetais, como as animais, são
estruturas muito organizadas, com numerosas
organelas internas rodeadas por uma membrana. A
membrana nuclear estabelece uma barreira entre o
material genético e o citoplasma. As mitocôndrias,
de interior labiríntico, transformam nutrientes em
energia utilizável pela planta. Mas as células
vegetais possuem, além disso, cloroplastos,
organelas capazes de aproveitar a energia da luz
solar (fotossíntese). Também se diferenciam das
células animais por estarem envolvidas em uma
rígida parede celular composta basicamente de
celulose e por terem vacúolos de grande tamanho,
cheio de líquido, com a função de controle osmótico
da célula.
Observação: as células dos vegetais
superiores (aqueles que possuem flores:
gimnospermas e angiospermas) não possuem
centríolo.
SEÇÃO V.3.2. VÍRUS:
Os vírus são organismos acelulares; não
possuem parede celular nem membrana plasmática
Biologia
09
e se mostram absolutamente inertes quando fora de
uma célula viva, ou seja, não apresentam
metabolismo próprio.
Os vírus possuem em geral, uma cápsula
protéica, denominada capsídeo, e um material
genético constituído de DNA ou RNA, sendo estes
últimos mais perigosos, pois possui um maior grau
de mutabilidade. Porém, graças à natureza protéica
de cápsula viral, que atua como antígeno, um
organismo infectado pode se defender contra os
vírus produzindo anticorpos específicos, como
acontece na gripe.
EXERCÍCIOS
1. Assinale a opção que contém as estruturas
presentes tanto em células vegetais quanto em
células animais:
a) Membrana plasmática, parede celular e
citoplasma.
b) Retículo endoplasmático, mitocôndrias e
complexo de Golgi.
c) Plastídeos, lisossomos e centríolos.
d) Vacúolos, cariomembrana e lisossomos.
e) Cromossomos, cariomembrana e plastídeos.
2. Sobre as células vegetais, assinale a afirmativa
falsa:
a) Sua parede celular é constituída
fundamentalmente de polissacarídeos.
b) Os cloroplastos são organóides que possuem
DNA e realizam processos de transformação
energética.
c) Cloroplastos, mitocôndrias e núcleo são
estruturas dotadas de membranas únicas.
d) Mitocôndrias e ribossomos são componentes
encontrados nessas células.
e) Grandes vacúolos e parede celular são estruturas
encontradas apenas nessas células.
3. A cólera é uma doença causada por uma
bactéria denomina Vibrio cholerae, vulgarmente
conhecida como vibrião colérico. Essa bactéria é
transmitida ao homem através da ingestão de
água e alimentos contaminados. Considerando o
texto, qual a alternativa correta:
(1) A cólera é uma doença causada por um
organismo eucarionte.
(2) Embora seja um parasita celular, o vibrião
colérico não pode sobreviver fora do organismo.
(3) O vibrião colérico apresenta, com certeza,
parede celular, membrana plasmática e
nucleóide.
(4) O nucleóide desse organismo é constituído por
RNA, sendo que o DNA nunca aparece nesse
organismo.
(5) Doenças como o tétano e a tuberculose também
são causadas por bactérias, sendo transmitidas
ao homem da mesma forma que a cólera.
4. A membrana plasmática é constituída de uma
bicamada de fosfolipídios, onde estão
mergulhadas moléculas de proteínas globulares.
As proteínas aí encontradas:
a) Estão dispostas externamente, formando uma
capa que delimita o volume celular e mantém a
diferença de composição molecular entre os
meios intra e extracelular.
b) apresentam disposição fixa, o que possibilita sua
ação no transporte de íons e moléculas através
da membrana.
c) têm movimentação livre no plano da membrana,
o que permite atuarem como receptores de
sinais.
d) dispõem-se na região mais interna, sendo
responsáveis pela maior permeabilidade da
membrana a moléculas hidrofóbicas.
e) Localizam-se entre as duas camadas de
fosfolipídios, funcionando como um
citoesqueleto, que determina a morfologia
celular.
GABARITOS
1. E / 2. C / 3. 3 / 4. C.
Lembre-se! Agora que você já
aprendeu algumas coisas sobre as
principais células. Agora
estudaremos as organelas celulares
na unidade VI. Em seguida você fará
exercícios para que verifique a sua
aprendizagem, relendo os conteúdos quando
necessário, e verificando suas respostas no
gabarito.
UNIDADE VI. ORGANELAS CELULARES
As células possuem pequenos órgãos
chamados de organelas ou orgânulos celulares,
que geralmente, localizam-se no citoplasma da
célula.
Citoplasma: compreende todo o volume da
célula, com exceção do núcleo. Engloba
numerosas estruturas especializadas e organelas
mergulhadas em um material semelhante a um
gel, denominado hialoplama.
Citoesqueleto: é uma rede de filamentos
protéicos (microtúbulos e microfilamentos) do
citosol que se encarrega de manter a estrutura e a
forma da célula e é responsável por muitos dos
movimentos celulares.
Mitocôndrias: uma das organelas mais
importantes do citoplasma e é encontrada em
quase todas as células eucarióticas. São as
organelas produtoras de energia através do
processo de respiração celular ou aeróbio.
Cloroplastos: são organelas ainda maiores,
encontradas nas células de plantas e algas
(protistas), com a função de realizar a
fotossíntese.
Biologia I
_
10
Retículo Endoplasmático: a maior parte dos
componentes da membrana celular forma-se numa
rede tridimensional irregular de espaços, rodeada,
por sua vez, por uma membrana e chamada de
retículo endoplasmático(RE), responsável pelo
transporte de substâncias na célula e no qual
formam-se também os materiais expulsos pela
célula.
Aparelho de Golgi: é formado por pilhas de
sacos planos envoltos em membranas. Este
aparelho recebe as moléculas formadas no retículo
endoplasmático, transforma-as e dirige-as para
diferentes lugares da célula, papel este chamado
de secreção celular.
Lisossomos: produzidos a partir do complexo de
Golgi, são pequenas organelas que contêm
reservas de enzimas necessárias à digestão
intracelular de várias moléculas indesejáveis. As
membranas formam muitas outras vesículas
pequenas, encarregadas de transportar materiais
entre organelas.
Peroxissomos: estruturas também provenientes
do Complexo de Golgi são responsáveis pela
degradação da água oxigenada (peróxido de
hidrogênio), daí o seu nome.
EXERCÍCIOS
1. Em relação às células e suas organelas, qual a
alternativa correta:
(1) A mitocôndria e os ribossomos apresentam
estreita relação entre si, na medida em que a
energia produzida pela mitocôndria é utilizada
pelo ribossomo para a síntese de carboidratos.
(2) O núcleo não é encontrado em quase todas as
células do organismo humano, sendo
responsável pela coordenação das diversas
atividades celulares.
(3) Os centríolos estão localizados próximos ao
núcleo das células animais, sendo organelas
importantes para a divisão dessas células.
(4) O retículo endoplasmático é composto por uma
rede de vesículas e canais que se
intercomunicam, sendo uma organela
indispensável para a produção de energia pela
célula.
2. Um aluno do curso de citologia observou uma
célula ao microscópio eletrônico e fez a seguinte
consideração: "A célula possui abundância de
ribossomos e Complexo de Golgi bastante
desenvolvido”.
Observando essa afirmação do aluno, qual a
alternativa correta:
(1) A célula observada pelo aluno tem
provavelmente função contrátil, haja vista a
ocorrência abundante de organelas relacionadas
com a síntese de energia, necessária àquela
função.
(2) O aluno pode estar observando uma célula
secretora, onde o principal produto de secreção
deve ser uma vitamina.
(3) Não é possível dizer com relativa certeza qual
seja a função da célula observada, uma vez que
as organelas encontradas possuem as mais
variadas funções, como produção de energia,
transporte de substâncias, controle das
atividades celulares, entre outras.
(4) As organelas observadas pelo aluno possuem
grande inter-relação, sendo que os produtos da
primeira organela citada podem ser
armazenados e concentrados na segunda, antes
de sua secreção.
3. Espécies ativas de oxigênio (EAO) são radicais
que contêm formas de oxigênio extremamente
reativas produzidas nas células, que, em certas
circunstâncias, atacam o DNA —material que
constitui os genes —, causando mutações que
podem redundar em câncer. Em várias
situações, pode haver produção excessiva de
EAO. Uma delas se dá durante a metabolização
de inúmeros compostos que, em boa parte,
integram a dieta normal (como quinonas,
presentes na gordura, e excesso de ferro). Há,
inclusive, fortes evidências de que alguns
alimentos podem ser cancerígenos justamente
por provocarem a produção de EAO.
Ciência Hoje. v. 94. no 54. 1987 (com adaptações).
A partir das informações do texto, julgue os itens
seguintes:
(1) A produção de EAO nas células não é
minimizada devido à ação de enzimas como a
catalase, presente nos peroxissomos.
(2) Além do DNA, as EAO podem atuar também
sobre os fosfolipídios das membranas,
desestruturando-as. Vitaminas como C e E são
importantes agentes antioxidantes que podem
minimizar os danos às células ocasionados pelas
EAO.
(3) Pelas características dos alimentos
potencialmente cancerígenos citadas no texto,
conclui-se que o arroz enquadra-se nesse grupo.
(4) O peróxido de hidrogênio, um subproduto
metabólico produzido principalmente no
catabolismo de lipídios, não é um composto-
chave na produção das EAO.
4. No citoplasma das células eucarióticas são
encontradas várias organelas celulares:
ribossomos, lisossomos, retículos
endoplasmáticos, mitocôndrias, dentre outras.
Sobre as mitocôndrias, julgue os itens que se
seguem:
(1) Nas mitocôndrias ocorre um fenômeno
extremamente importante para a célula, a
respiração aeróbica.
(2) Estas organelas estão presentes em todas as
células.
(3) Nas cristas mitocondriais ocorre a menor
produção de energia no processo de respiração.
Biologia
11
(4) Pelo fato da mitocôndria possuir DNA,
capacidade de reprodução e ribossomos, ela
pode viver fora da célula.
GABARITOS
1. 3 / 2. 4 / 3. 2 / 4. 1.
Agora conhecemos todas as organelas
de uma célula, em seguida estudaremos
o Transporte de Membrana. Logo após
você fará exercícios para que verifique a
sua aprendizagem, relendo os conteúdos
quando necessário, e verificando suas respostas
no gabarito.
UNIDADE VII.TRANSPORTE DE
MEMBRANA
SEÇÃO VII.1. TRANSPORTE PASSIVO:
Trata-se de um processo físico que ocorre
sem gasto de energia celular e a favor de um
gradiente de concentração. O transporte passivo
através da membrana se faz a custa de:
Poros: O Transporte passivo depende da
existência de poros na membrana. Estes processos
são chamados de difusão simples.
Permeases: Trata-se de substâncias
protéicas especializadas no transporte de
determinadas moléculas. O processo de transporte
através das permeases é chamado de difusão
facilitada e mostra semelhanças com os processos
enzimáticos. Assim, é um processo afetado pela
queda de temperatura e por inibidores enzimáticos.
Osmose: é a passagem de solvente através
de uma membrana semipermeável (MSP). Ela ocorre
do meio Hipotônico (meio que possui mais solvente
– menos concentrado) para o meio hipertônico (meio
que possui menos solvente – mais concentrado).
SEÇÃO V.II.2. TRANSPORTE ATIVO:
É o processo que consome energia fornecida
pela respiração celular; tal transporte se efetua
contra o gradiente de concentração.
SEÇÃO V.II.3. TRANSPORTE EM QUANTIDADE:
Também conhecido por endocitose, consiste
num método de captura de partículas e moléculas
através de dois processos: fagocitose e pinocitose.
Fagocitose: É o englobamento de partículas
sólidas através de emissão de pseudópodes. Nos
protozoários, como nas amebas, por exemplo,
participa dos processos de nutrição. Nos animais
representa um mecanismo de defesa, através do
qual células chamadas de fagócitos (macrófagos)
englobam e destroem partículas inertes e
microrganismos invasores.
Pinocitose: É o processo de englobamento de
gotículas de líquido. A membrana se invagina
formando um túbulo, visível apenas ao microscópio
eletrônico. A substância líquida penetra no túbulo
que, por estrangulamentos basais, origina os
microvacúolos (pinossomos).
EXERCÍCIOS
1. O movimento de moléculas de aminoácidos para
o interior das células se faz, geralmente, por:
a) Osmose.
b) Simples difusão.
c) Difusão facilitada.
d) Pinocitose.
e) Fagocitose.
2. Assinale a alternativa incorreta.
a) A difusão simples é um tipo de transporte
passivo através da membrana plasmática que
ocorre quando existem condições de gradiente
de concentração, sem haver gasto de energia.
b) A difusão facilitada utiliza proteínas
transportadoras para o transporte de açúcares
simples e aminoácidos através da membrana,
constituindo, por essa razão, um processo de
transporte ativo.
c) A membrana plasmática é formada por uma
camada bimolecular de fosfolipídios onde estão
dispersas moléculas de proteínas globulares,
dispostas como um mosaico.
d) Qualquer processo de captura por meio do
envolvimento de partículas é chamado
endocitose.
e) Na fagocitose a célula engloba partículas sólidas
através da emissão de pseudópodes que as
englobam, formando um vacúolo alimentar,
denominado fagossomo.
3. Alguns métodos de conservação de alimentos
utilizam o princípio da osmose para evitar a
proliferação e atuação de microorganismos
decompositores. Entre os alimentos
conservados por esses métodos estão:
a) doces cristalizados e peixes salgados.
b)leite pasteurizado e compota de frutas.
c) tortas congeladas e uva-passa.
d) lingüiça defumada e queijo parafinado.
e) carne-seca e purê de tomates enlatado.
4. Quando a célula engloba gotículas do líquido
extracelular, formam-se vesículas de
pinocitose, que dão origem a vacúolos
digestivos unindo-se com:
a) fagossomos.
b) Lisossomos.
c) Cromossomos.
Biologia I
_
12
d) Ribossomos.
e) Centrossomos.
GABARITOS
1. C / 2. B / 3. A / 4. B.
Agora, continuemos nosso estudo
sobre as células! Você aprenderá a
respeito das diferenciações celulares
na Unidade VIII. Em seguida faça os
exercícios para que verifique a sua aprendizagem,
relendo os conteúdos quando necessário, e
verificando suas respostas no gabarito.
UNIDADE VIII. DIFERENCIAÇÕES CELULARES
Microvilosidades (A): Diferenciação da membrana
plasmática, em forma de delgadas expansões, que
aumentam a superfície de absorção da célula.
Ocorrem nas células do epitélio intestinal.
Desmossomos (B): São estruturas formadas pelas
membranas plasmáticas de duas células adjacentes.
Para tais regiões convergem microfibrilas protéicas.
Eles são encontrados em células epiteliais e
aumentam a adesão intercelular.
Interdigitações (C): São sistemas de encaixes
localizados nas células do tecido epitelial que
apresentam as mesmas funções dos desmossomos,
ou seja, aumentar a adesão celular.
Invaginações de Base: Invaginações longas que
ocorrem na base das células dos canalículos renais.
Relacionam-se com o transporte da água absorvida
por tais canalículos.
Plasmodesmos: São pontes citoplasmáticas entre
duas células vegetais.
Cimentos Intercelulares: São substâncias
químicas utilizadas pelas células para aumentar a
adesão celular.
Glicocálix e Reconhecimento Intercelular: As
células animais são recobertas pelo glicocálix. Uma
camada de hidratos de carbono ligados a proteínas
(glicoproteínas) ou a lipídios (glicolipídios). É através
do glicocálix que as células se reconhecem e aderem
umas às outras, formando tecidos, bem como
rejeitando as células diferentes.
EXERCÍCIOS
1. Em certos casos, a membrana plasmática se
diferencia em particular nas junções com as
células vizinhas. Distingue-se, por exemplo: os
desmossomos, as microvilosidades e as
interdigitações. Sobre estas especializações de
membrana e algumas outras, quaç a alternativa
correta:
(1) Todas elas são especializadas no processo de
adesão celular.
(2) As microvilosidades são estruturas que
diminuem a superfície de absorção dos epitélios
intestinais.
(3) As interdigitações e os desmossomos não
possuem a mesma função e a mesma
localização, diferindo entre si basicamente em
termos estruturais.
(4) Os plasmodesmos são encontrados apenas em
células vegetais, pois estas não possuem uma
comunicação eficiente entre os seus
citoplasmas, devido a presença da parede
celular.
2. Sobre as especializações de membrana, qual a
alternativa correta:
(1) As interdigitações não são sistemas de encaixes
encontrados nas células epiteliais.
(2) Os desmossomos possuem as mesmas funções
das interdigitações.
(3) Os plasmodesmos são encontrados nas árvores
do cerrado, utilizados como adaptação contra a
perda de água.
(4) As invaginações de base e as microvilosidades
são idênticas em estrutura e função.
(5) Os cimentos intercelulares são sistemas de
encaixes que aumentam a adesão celular.
(6) Não existem adaptações específicas para a
impermeabilização das células.
GABARITOS
1. 4 / 2. 2.
Bem, agora você já aprendeu algumas
coisas sobre as células e seus
componentes, continuaremos nosso
estudo tratando na Unidade IX algo
sobre Mitose e Meiose. Em seguida faça
os exercícios para que verifique a sua
aprendizagem, relendo os conteúdos quando
necessário, e verificando suas respostas no
gabarito.
UNIDADE IX. INTÉRFASE, NÚCLEO
INTERFÁSICO, MITOSE
A intérfase é o período de intervalo entre duas
divisões celulares sucessivas. Divide-se em:
G1 ���� síntese de RNA e proteínas.
S ���� duplicação do material genético.
G2 ���� síntese de RNA e proteínas.
O núcleo interfásico é aquele que apresenta:
carioteca (membrana nuclear), nucléolo e cromatina
(material genético descondensado).
Biologia
13
Mitose: Processo pelo qual as células se dividem,
produzindo, cada uma, duas células idênticas à
original, ou seja, com a mesma quantidade de
material genético.
A reprodução de células-filhas iguais à original
tem como finalidade repor as células mortas no
organismo e possibilitar o aumento do número delas
na fase de crescimento. Outro processo de divisão
celular é a meiose, que produz duas células com
metade dos cromossomos da célula-mãe.
No período que antecede a mitose ocorre a
duplicação dos cromossomos, numa etapa
denominada intérfase. Então, os filamentos simples
de cromossomos passam a ser duplos, recebendo o
nome de cromátides. Nas células humanas, os 23
cromossomos passam a ser 23 pares, unidos por um
ponto denominado centrômero.
A divisão da célula realiza-se em quatro
diferentes fases: prófase, metáfase, anáfase e
telófase. Esta divisão é puramente didática.
Prófase: No núcleo da célula, os cromossomos
condensam-se e passam a ser cada vez mais curtos
e grossos. No citoplasma, massa fluida dentro da
célula na qual o núcleo está mergulhado, os dois
centríolos (organóides que se localizam no núcleo e
respondem pelo movimento dentro das células) se
duplicam e começam a migrar em direções opostas,
para os pólos da célula. A membrana nuclear rompe-
se e dissolve-se juntamente com o nucléolo da
célula, e os cromossomos espalham-se pela célula.
Estes irão se prender no conjunto de fibras (fuso
mitótico ou acromático), feitos de tubulina, uma
proteína encontrada na célula, cujas extremidades
terminam próximas dos centríolos, agora já
localizados em pólos opostos na célula.
Metáfase: O conjunto de fibras, denominado fuso
acromático ou mitótico, forma uma "ponte" entre os
dois centríolos, que estão localizados nas
extremidades da célula. As cromátides permanecem
no meio da célula, na região equatorial, e atingem
grau máximo de condensação, sendo estas
características que melhor caracterizam a metáfase.
Anáfase: Nesta fase, os centrômeros (região
geralmente central e mais condensada do
cromossomo), dividem-se longitudinalmente, os
pares de cromossomos separam-se em lotes
idênticos e são puxados para os pólos opostos da
célula na direção dos centríolos, indo constituir o
núcleo das células-filhas.
Telófase – Esta é a última fase da mitose. Nela, os
cromossomos descondensam–se e, agora já
localizado totalmente em cada pólo, entrelaçam-se,
de modo que não se pode mais distingui-los
separadamente, até ficar invisíveis e ser envolvidos
dentro de um novo núcleo, ou seja, ocorrendo assim
o reaparecimento da carioteca.
As fibras do fuso desaparecem e a célula
começa então a se dividir. Inicialmente divide-se a
carioteca por um processo chamado cariocinese, e,
posteriormente a célula sofre um estrangulamento
central, de fora para dentro, chamado citocinese
centrípeta, característica de células animais, pois nas
células vegetais ocorre a citocinese centrífuga, de
fora para dentro, dando origem a duas células
independentes.
UNIDADE X. MEIOSE
Processo de divisão celular no qual células
diplóides, ou seja, com dois lotes de cromossomos,
dão origem a quatro células haplóides, com apenas
um lote de cromossomos.
Essa forma de divisão possibilita a formação
dos gametas (células sexuais). Nas células humanas
diplóides existem 46 cromossomos. Por meio da
meiose, elas passam a ter 23 cromossomos. No
processo de fecundação humana acontece a união de
dois gametas dos pais, resultando em um ovo com
46 cromossomos. A meiose é responsável pela
diversificação do material genético nas espécies. A
reprodução sexuada permite a mistura de genes de
dois indivíduos diferentes da mesma espécie para
produzir descendentes que diferem entre si e de
seus pais em uma série de características.
A meioseocorre em duas etapas, que, por sua
vez, se subdividem em prófase, metáfase, anáfase e
telófase. A fase que antecede a meiose é conhecida
como intérfase, quando os cromossomos da célula se
duplicam e se apresentam como filamentos duplos,
as cromátides.
A meiose I, também chamada de reducional,
pois é nesta fase que ocorre a redução do número
de cromossomos a metade.
Ela está dividida em:
Prófase 1: Os cromossomos homólogos, ou seja,
que possuem a mesma forma e constituição,
juntam-se formando pares (sinapse). Cada par de
cromossomos é composto de quatro cromátides,
ligadas por dois centrômeros, que são pontos que as
unem. Nesse estágio existe uma recombinação do
material genético, denominado permuta ou crossing-
over, processo fundamental para a evolução, pois
Biologia
_
14
promove uma maior variabilidade genética entre os
indivíduos.
Metáfase 1: As cromátides encontram-se presas
por um conjunto de fibras, denominadas fuso
acromático.
Anáfase 1: Os grupos de quatro cromátides
separam-se em grupos de dois, sendo levados cada
um deles aos pólos opostos da célula. Ocorre a
separação dos cromossomos homólogos.
Telófase 1: Os cromossomos condensam-se, e os
pólos da célula reorganizam-se em dois novos
núcleos. Logo depois a célula se divide em duas,
dando fim à primeira fase.
A segunda fase da meiose, a meiose II, é mais
simples, não a mais redução do número de
cromossomos, apenas ocorre a separação das
cromátides, por isso, esta meiose é chamada de
equacional.
Ela está dividida em:
Prófase 2: Os núcleos das duas células
desaparecem e as cromátides espalham-se pelo
citoplasma.
Metáfase 2: O fuso acromático ocupa as regiões
centrais, mantendo presas as cromátides na região
equatorial da célula.
Anáfase 2: O ponto que une os pares de
cromátides se parte, dividindo-as. Cada um começa
então a ser puxado para os pólos opostos. Ocorre a
separação das cromátides homólogas.
Telófase 2 - Os cromossomos condensam-se, os
núcleos reaparecem e o citoplasma, massa fluida
dentro da célula na qual o núcleo está mergulhado,
divide-se, dando origem a duas novas células.
"Comparação entre os processo de divisão
celular"
{PRIVATE}Mitose
- Resulta em duas células geneticamente iguais
- Não há redução do número de cromossomos
- Não há permuta gênica entre cromossomos
homólogos
- Ocorre em células somáticas
- A duplicação do DNA antecede apenas uma divisão
celular
- Uma célula produzida por mitose, em geral, pode
sofrer nova mitose.
- É importante na reprodução assexuada de
organismos unicelulares e na regeneração das
células somáticas dos multicelulares
- Não há redução do número de cromossomos
Meiose
- Resulta em quatro células geneticamente diferentes
- Há redução do número de cromossomos
- Normalmente ocorre permuta gênica entre os
cromossomos homólogos
- Ocorre em células germinativas
- A duplicação do DNA antecede duas divisões
celulares
- Uma célula produzida por meiose não pode sofrer
meiose
- É um processo demorado (podendo, em certos
casos, levar anos para se completar).
- Há redução do número de cromossomos
EXERCÍCIOS
1. São processos característicos da prófase da
meiose. Qual a alternativa correta:
a) troca entre partes de cromátides homólogas.
b) duplicação dos centrômeros e separação das
cromátides.
c) desaparecimento do fuso e reaparecimento da
carioteca.
d) desaparecimento do fuso e duplicação dos
centríolos.
e) formação do fuso e reaparecimento dos
nucléolos.
2. Qual a alternativa Correta:
(1) Metáfase é a fase da divisão celular em que os
cromossomos se encontram mais alongados e,
portanto, visíveis ao microscópio óptico.
(2) Cariótipo é o estudo da forma, tamanho e
número de cromossomos.
(3) Na anáfase I da meiose, as cromátides irmãs se
separam e, na anáfase II, os cromossomos
homólogos se segregam.
(4) Os fenômenos biológicos: recombinação gênica
e reprodução sexuada não permitem que
mutações ocorridas em diferentes indivíduos
possam ser colocadas num mesmo indivíduo.
GABARITOS
1. A / 2. 2.
Parabéns! Você concluiu os estudos de
Citologia! Agora vamos começar a
tratar alguns assuntos de Ecologia,
começando pela Unidade XI.
UNIDADE XI. CONCEITOS BÁSICOS DA
ECOLOGIA
População: Conjunto de organismos da mesma
espécie, que ocupam uma determinada área na
mesma unidade de tempo.
Comunidade ou biocenose: Conjunto de todos os
organismos estabelecidos numa determinada área.
A comunidade é constituída pela somatória das
populações presentes num determinado local
(biótopo).
Ecossistema: Conjunto formado pela comunidade e
pelo meio ambiente. O ecossistema —considerado a
unidade ecológica básica — compreende o conjunto
das influências mútuas existentes entre a
comunidade ou biocenose e o mundo físico ou
biótopo.
Biosfera: Conjunto formado por todos os
ecossistemas da Terra, o termo biosfera significa
Biologia
15
literalmente “esfera de vida”. Constitui a porção do
planeta habitada por qualquer tipo de ser vivo.
Habitat: Local de um ecossistema em que um
determinado organismo vive. É o seu “endereço”.
Nicho Ecológico: Função do organismo no
ecossistema. É a sua “profissão”.
SEÇÃO XI.1. COMPONENTES DE UM
ECOSSISTEMA:
Foi por volta de 1935 que surgiu o moderno
conceito de ecossistema: unidade ecológica básica,
formada por componentes bióticos e abióticos.
Os componentes bióticos: Em qualquer
ecossistema da biosfera, um determinado
componente biótico deverá pertencer a uma das
seguintes categorias, que estudaremos a seguir:
produtores, consumidores e decompositores.
Produtores ou autótrofos: A manutenção de vida
num organismo é conseguida a partir de energia
química acumulada nos compostos orgânicos que
constituem os alimentos. As formas de vida capazes
de fabricar esses alimentos, através de substâncias
inorgânicas simples obtidas do meio ambiente, são
denominadas produtores ou autótrofos.
Consumidores ou heterótrofos: Compreendem os
organismos incapazes de produzir seu próprio
alimente. Em vista disso, nutrem-se dos produtores
ou de outros consumidores. Denomina-se:
� Consumidor primário ou de 1a ordem, o
organismo que se nutre de um produtor;
� Consumidor secundário ou de 2a ordem,
aquele que se nutre de um consumidor
primário;
� Consumidor terciário ou de 3a ordem, o ser
que obtém seu alimento de um consumidor
secundário.
Decompositores: São consumidores muito
especiais, uma vez que se nutrem de plantas e
animais mortos. Esses organismos, geralmente
microscópicos (bactérias e fungos), desagregam a
matéria orgânica morta transformando-a em
compostos inorgânicos simples que são devolvidos
ao meio ambiente e podem ser reutilizados elos
produtores.
Essa verdadeira demolição dos compostos
orgânicos, chamada decomposição ou mineralização,
é fundamental para reciclagem da matéria e faz dos
decompositores as grandes “usinas processadoras de
lixo” do mundo. A ação decompositora, portanto,
impede que o planeta fique inteiramente recoberto
por uma camada orgânica morta, fato que
inviabilizaria a existência da vida na Terra.
SEÇÃO XI.2. OS COMPONENTES ABIÓTICOS:
Denomina-se componentes abióticos os
elementos ambientais que atuam sobre o mundo
vivo.
Temperatura: A influência da temperatura sobre os
seres vivos é facilmente compreendida quando
lembramos da íntima relação estabelecida entre ela
e a atividade das enzimas, que são moléculas
ativadoras do metabolismo celular.
Água: Componente químico mais abundante da
matéria viva, a água é considerada solvente
universal, atuando como dispersante de inúmeros
compostos orgânicos e inorgânicos. Essa
característica é de fundamental importância para os
seres vivos, uma vez que as reações químicas de
natureza biológica se desenvolvem em soluções.
A água é, ainda um importante veículo de
transporte de substância, permitindo o contínuo
intercâmbio de moléculas entre líquidos extra e
intracelular.
Luz: A luz constitui um componente abiótico de
extrema importância para os seres vivos.Ela é a
fonte de energia para a fotossíntese, fenômeno em
que os organismos clorofilados sintetizantes a
matéria orgânica; esta por sua vez, garante a
manutenção de vida em todos os ecossistemas da
Terra.
Para as plantas terrestres, a luz raramente é
um fator limitante para a fotossíntese; normalmente,
a luminosidade é suficiente para permitir uma
intensa atividade fotossintetizantes e garantir o
desenvolvimento dos mais variados tios de
vegetação.
UNIDADE XII. CICLOS
BIOGEOQUÍMICOS
Os seres vivos mantêm constante troca de
matéria com o ambiente. Os elementos químicos
são retirados do ambiente, utilizados pelos seres
vivos e novamente devolvidos ao ambiente, num
processo que constitui os ciclos biogeoquímicos.
SEÇÃO XII.1. CICLO DA AGUA:
Na natureza, a água é encontrada em três
estados físicos: sólido, líquido e gasoso. A maior
parte, aproximadamente 98%, está sobre a
superfície da Terra sob a forma líquida.
A pequena, embora importantíssima,
quantidade de vapor de água encontrada na
atmosfera tem duas origens:
Evaporação: de água líquida (salgada ou doce);
Transpiração: dos seres vivos.
SEÇÃO XII.2. CICLO DO GÁS CARBÔNICO:
O gás carbônico é encontrado na atmosfera na
proporção aproximada de 0,03% e também, em
proporção semelhante, dissolvido nas águas
superficiais de mares, rios e lagos. O gás carbônico é
retirado do ar ou da água pelo processo de
fotossíntese e a eles devolvido pela respiração.
A decomposição do corpo de organismos
mortos também participa do ciclo do CO2, pois nesse
Biologia I
_
16
processo os microorganismos oxidam a matéria
orgânica, liberando CO2 para a atmosfera.
Outro fator de liberação de gás carbônico para
a atmosfera é a queima de combustíveis fósseis,
representados principalmente pelo carvão-de-pedra
e pelo petróleo.
SEÇÃO XII.3. CICLO DO OXIGÊNIO:
O ciclo do oxigênio mantém um verdadeiro
balanceamento de intensidade com o ciclo do
carbono, pois ambos estão intimamente
dependentes de dois fenômenos comuns: a
fotossíntese e a respiração celular. Enquanto pela
fotossíntese é retirado o CO2 circulante nos
ambientes aéreos e aquáticos e liberado o O2, pelo
fenômeno respiratório ocorre exatamente o oposto,
ou seja, é consumido o O2 disponível no ambiente e
para ele eliminado o CO2. Depreende-se, portanto,
que um ciclo abastece constantemente o outro.
As combustões também consomem o O2, uma
vez que ele é um gás comburente e participa das
reações de queima dos materiais que se inflamam.
E, ainda nesse caso, da queima resulta CO2, que irá
entrar no ciclo do carbono, onde há evidente
liberação de O2, realimentando o ciclo do oxigênio.
SEÇÃO XII.4. CICLO DO NITROGÊNIO:
O nitrogênio é um gás que ocorre na
atmosfera na proporção aproximada de 79%. Apesar
disso, não é utilizado de forma direta pelos seres
vivos, com exceção de alguns microorganismos. Seu
aproveitamento pela generalidade dos seres vivos
está na dependência de sua fixação e posterior
nitrificarão.
A fixação do N2 pode ser feita através de
radiação ou da biofixação, sendo este último
processo o mais importante. A biofixação é realizada
por bactérias, cianobactérias e fungos que podem
viver livres no solo ou associados a plantas. Esses
organismos são os únicos que conseguem
transformar o N2 atmosférico em uma forma
utilizável pelos seres vivos: a amônia (NH3). Os
biofixadores que vivem associados a plantas são
mais eficientes nesse processo que os de vida livre.
Isso porque a planta fornece um habitat apropriado,
geralmente nódulos nas raízes, que protege esses
microorganismos contra um excesso de 02 (o qual
inibe a fixação do nitrogênio) e fornece energia para
a realização do processo. Em troca, a planta recebe
um farto suprimento de nitrogênio sob a forma
assimilável.
A amônia produzida pelos biofixadores
associados é incorporada diretamente aos
aminoácidos da planta onde vivem. Já a amônia
produzida pelos biofixadores de vida livre é
transformada em nitrito e depois em nitrato, pela
ação das bactérias nitrificantes (Nitrosomonas e
Nitrobacter). Essas bactérias são autótrofas
quimiossintetizantes, que utilizam a energia da
nitrificação para a síntese de suas substâncias
orgânicas.
O nitrato pode ser absorvido pelos vegetais e
o nitrogênio nele contido é utilizado na síntese de
aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos. Essas
substâncias são transferidas direta ou indiretamente
para os animais, ao longo das cadeias alimentares.
Os animais, portanto, só conseguem captar o
nitrogênio indispensável para a síntese de suas
proteínas e ácidos nucléicos ingerindo diretamente
plantas ou, indiretamente, se alimentado de outros
animais da cadeia alimentar.
O nitrogênio deixa o corpo dos organismos por
dois processos: excreção de produtos nitrogenados
e/ou decomposição dos organismos mortos.
Os excretas nitrogenados uréia e ácido úrico
são transformados em amônia por bactérias e
fungos decompositores. Estes organismos também
degradam as substâncias nitrogenadas contidas no
corpo.
UNIDADE XIII. RELAÇÕES ECOLÓGICAS
As diversas formas dos indivíduos se
interagirem dentro de um ecossistema chamamos de
relação ecológica. Elas podem ser de dois tipos:
harmônicas e desarmônicas.
1. Relações Ecológicas Harmônicas: são
aquelas que não causam prejuízo para nenhum
dos integrantes da relação. Exemplos:
a) Colônia � é um tipo de relação homotípica, ou
seja, intraespecífica, em que existe uma ligação
física entre seus integrantes. Ex: Corais,
Bactérias, Fungos, entre outros.
b) Sociedade � é um tipo de relação
intraespecífica, em que não existe uma ligação
física entre seus integrantes. Ex: Formigas,
Vespas, Cupins, Abelhas, etc.
c) Inquilinismo ���� é um tipo de relação
interespecífica, na qual um indivíduo se
beneficia, com interesse apenas no local
(habitat) sem prejuízo para o outro. Ex:
Fieráster e holotúria.
d) Comensalismo ���� é um tipo de relação
heterotípica, ou seja, interespecífica, na qual um
indivíduo se beneficia, com interesse apenas no
alimento, sem prejuízo para o outro. Ex:
Tubarão e rêmora.
e) Mutualismo ���� é um tipo de relação
interespecífica, na qual todos se beneficiam,
criando um vínculo de sobrevivência entre eles.
Ex: Cupins e protozoários.
f) Protocooperação ���� é um tipo de relação
interespecífica, na qual todos se beneficiam, não
existindo um vínculo de sobrevivência entre
eles. Ex: Caranguejo-eremita e anêmona-do-
mar.
2. Relações Ecológicas Harmônicas: são
aquelas em que alguém sai prejudicado na
relação. Exemplos:
a) Canibalismo ���� é um tipo de relação
intraespecífica, em que um mata o outro para se
alimentar. Ex: Rãs em um ranário.
b) Competição ���� intraespecífica existe uma
competição, normalmente por fêmeas, quando
Biologia
17
for por alimento, pode gerar o canibalismo. (Ex:
grupo de leões)
c) Competição ����interespecífica existe uma
competição, normalmente por alimento ou
habitat (Ex: Gavião e cobra).
d) Parasitismo ���� é um tipo de relação
interespecífica, na qual um indivíduo (parasita)
suga o alimento do outro (hospedeiro). Ex:
Piolho (parasita) e o homem (hospedeiro).
e) Predatismo ���� é um tipo de relação
interespecífica, em que um (predador) mata o
outro (presa) para se alimentar. Ex: Leão
(predador) e zebra (presa).
f) Amensalismo ���� é um tipo de relação
interespecífica, na qual um indivíduo (amensal)
produz uma substância que inibe o outro de
crescer ou se proliferar. Ex: Fungo (penicilina) e
as bactérias.
UNIDADE XIV. POLUIÇÃO
SEÇÃO XIV.1. EFEITO ESTUFA:
O termo refere-se ao modo como certos gases
retém calor na atmosfera, mais ou menos como o
vidro impede que o ar quente escape de uma estufa.
O aumento desse efeito pela atividade humana –
não o efeito em si, que é perfeitamente natural e
importante para o planeta – preocupa os
especialistas.
Este é um fenômeno que mantém a superfície
da Terra aquecida por volta de 30 ºC. É isso que
possibilita a existência de água e é base da evolução
biológica no Planeta.Se não fosse o "efeito estufa" a
temperatura média da superfície da Terra seria cerca
de 30 oC acima do que é atualmente. Graças a um
mecanismo de proteção de nossa atmosfera, camada
de gases que envolvem a Terra e que funciona como
um filtro, há um balanço térmico que permite a
passagem de parte da irradiação solar (raios
ultravioletas), absorvendo uma parte através dos
oceanos, biomassa, solo e ar, e reflete parte da
energia térmica para o espaço (raios
infravermelhos). Isso ocorre porque uma série de
gases que existem naturalmente na atmosfera em
pequenas quantidades (além do nitrogênio e do
oxigênio que em conjunto constituem 99% de sua
composição), conhecidos como "gases de efeito
estufa" – como o vapor d’água, o dióxido de
carbono, o ozônio, o metano e o óxido nitroso –
possuem a propriedade de reter parte dessa
radiação em forma de calor e a reflete de volta para
a Terra, da mesma forma que os vidros de um carro
fechado ou uma estufa. A esse processo natural,
vêem se somando as atividades humanas,
denominadas antrópicas, que contribuem com o
acréscimo da emissão desses gases, aumentando
assim a concentração dos mesmos na atmosfera e
ampliando sua capacidade natural de absorção de
energia que estes possuem naturalmente.
SEÇÃO XIV.2. BURACO NA CAMADA DE
OZÔNIO:
O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro,
que se concentra na chamada estratosfera, uma
região situada entre 20 e 40 km de altitude
(estratosfera). A diferença entre o ozônio e o
oxigênio dá a impressão de ser muito pequena, pois
se resume a um átomo: enquanto uma molécula de
oxigênio possui dois átomos (O2), uma molécula de
ozônio possui três (O3).
Essa pequena diferença, no entanto, é
fundamental para a manutenção de todas as formas
de vida na Terra, pois o ozônio tem a função de
proteger o planeta da radiação ultravioleta do Sol.
Sem essa proteção, a vida na Terra seria quase que
completamente extinta.
O ozônio sempre foi mais concentrado nos
pólos do que no equador, e nos pólos ele também se
situa numa altitude mais baixa. Por essa razão, as
regiões dos pólos são consideradas propícias para a
monitoração da densidade da camada de ozônio.
EXERCÍCIOS
1. Os cangurus que pastam nos campos da
Austrália ocupam o mesmo nicho ecológico do
gado que vive nos campos norte-americanos,
porque:
a) pertencem à mesma classe.
b) habitam ecossistemas de campos.
c) integram comunidades pouco diversificadas.
d) vivem sob as mesmas condições climáticas.
e) Desempenham funções equivalentes nos seus
ecossistemas.
2. A adubação verde com leguminosas tem por
finalidade enriquecer o solo com compostos de:
a) Fósforo.
b) Cálcio.
c) Nitrogênio.
d) Magnésio.
e) Ferro.
3. Proteger os ovos das galinhas, o ser humano
mata o gambá. A relação ecológica que se
estabelece entre o homem e o gambá, nesse
comportamento, denomina-se:
a) Competição.
b) Mutualismo.
c) Parasitismo.
d) Predatismo.
e) Protocooperação.
GABARITOS
1. E / 2. C / 3.A.
Parabéns! Você concluiu os estudos
de Ecologia. Importante você ler os
conceitos abordados! Agora vamos
começar a tratar alguns assuntos de
Botânica na Unidade XV.
Biologia
_
18
UNIDADE XV. ALGAS, BRIÓFITAS,
PTERIDÓFITAS
Ciclo de Vida Vegetal: Todos os vegetais possuem
um ciclo de vida haplodiplobionte. As principais
características deste ciclo são:
� Meiose espórica ou intermediária;
� Indivíduos haplóides (n) e diplóides (2n)
no mesmo ciclo;
� Metagênese (alternância de gerações).
Para exemplificarmos este ciclo de vida,
utilizaremos como exemplo a samambaia:
1 – Esporófito (2n)
2 – Folíolo (soro) (2n)
3 – Esporângio (2n) e Esporos (n)
4 – Gametófito (n)
5 – Oosfera (n)
6 – Arquegônio (n)
7 – Esporófito jovem (2n)
SEÇÃO XV.1. ALGAS:
Eucariontes, pluricelulares, pilastes com
clorofilas e outros pigmentos fotossintetizantes;
vivem na água doce e salgada, em substratos
úmidos e em associação com outros seres vivos; as
algas são criptógamas (plantas com aparelho
reprodutor microscópico), isto é plantas sem flores e
sem sementes, possuem um corpo em forma de
talo, o que as vezes fazem com que alguns autores
as classifiquem junto com os fungos.
SEÇÃO XV.2. BRIÓFITAS:
Plantas terrestres, criptógamas, de pequeno
porte e avasculares (sem vasos condutores);
reprodução por metagênese, com fase gametofítica
(sexuada) longa, e fase esporofítica (assexuada)
curta e dependente do gametófito.
O gametófito (haplóide) produz arquegônios
(órgãos femininos) e anterídios (órgãos masculinos)
cada arquegônio produz uma oosfera (gameta
feminino) e cada anterídio, muitos anterozóides
(gametas masculinos).
A = Esporófito (2n)
B = Gametófito (n)
São plantas ainda dependentes de
água para fecundação, apresentando
assim uma característica evolutiva
negativa.
As Briófitas apresentam três classes: Musgos,
Hepáticas e Antóceros.
1 – Gametófitos (n).
2 – Esporófito (2n).
3 – Esporos (n).
4 – Protonema (n).
5 – Fecundação.
SEÇÃO XV.3. TRAQUEÓFITAS:
Plantas terrestres vasculares, com vasos
condutores de seiva bruta (xilema) e vasos
condutores de seiva elaborada (floema); o esporófito
é independente e permanente, diferenciado em raiz,
caule e folhas; o gametófito é transitório e de
dimensões reduzidas.
SEÇÃO XV.4. PTERIDÓFITAS:
São criptógamas vasculares terrestres; o
esporófito é desenvolvido e duradouro, com
esporângios desenvolvendo-se nas folhas, isolados
ou agrupados (soros) ou constituindo estróbilos, já
os gametófitos são pouco desenvolvidos, e de
passagem efêmera em seu ciclo de vida.
Podem ser isosporadas (esporos do mesmo
tamanho) ou heterosporadas (esporos de tamanhos
diferentes).
Possuem rizoma (caule subterrâneos), dos
quais alguns são utilizados para se fazer os seus
próprios xaxins.
São adaptadas a ambientes úmidos e
sombrios, sendo ainda dependentes de água para
fecundação (apresentam quimiotactismo positivo).
As folhas jovens (báculo) têm uma tendência
a crescerem mais rapidamente nas pontas,
provocando assim uma curvatura.
EXERCÍCIOS
1. Com respeito às plantas briófitas, analise as
proposições a seguir, e assinale a alternativa
correta:
I. São avasculares, criptógamas,
apresentam estruturas denominadas
filóides, caulóides e rizóides.
II. São metáfitas avasculares,
criptógamas, apresentam órgãos
sexuais masculinos e femininos.
III. Apresentam lento transporte de
nutrientes e tamanho reduzido.
a) Todas as proposições estão corretas.
b) Estão corretas as proposições II e III.
c) Estão corretas as proposições I e III.
d) Estão corretas as proposições I e II.
e) Apenas a proposição I está correta.
2. Das alternativas seguintes apenas uma
caracteriza as briófitas. Assinale-a:
a) O transporte de substâncias é feito pelos vasos
condutores, por todo o corpo do vegetal.
b) Apresentam os órgãos de nutrição
completamente diferenciados e com estrutura
complexa.
c) Esses vegetais produzem flores masculinas e
femininas em indivíduos diferentes.
d) Nesses vegetais, a planta adulta é avascular e
apresenta pequeno porte.
Biologia
19
e) São as únicas plantas superiores que não
produzem flores.
3. Leia o texto a seguir e qual a alternativa
verdadeira:
“Vegetal terrestre, sem tecidos condutores, com
metagênese nítida, formador de esporos, de
ambientes úmidos, sem flores, sementes ou
frutos”.
(1) A planta em questão pode ser uma samambaia.
(2) Trata-se de uma planta criptógama.
(3) Trata-se de uma planta espermáfita.
(4) É uma planta vascular, que deve depender de
água para reprodução.
GABARITOS
1. A / 2. D / 3. 2.
UNIDADE XVI. GIMNOSPERMAS,
ANGIOSPERMAS
SEÇÃO XVI.1. GIMNOSPERMAS:
Traqueófitas lenhosas de grande porte,
fanerógamas com sementes nuas e folhas em geral,
pequenas; esporófito uni ou bissexuado e estróbilos
sempre unissexuados: estróbilos masculinos
formados por microsporófilos que abrigam
microsporângios; estróbilos femininos formados por
megasporófilos que abrigam megasporângios.
São adaptadas a climas temperados,
adaptando-se bemao frio também. A única
polinização presente nas gimnospermas é a
anemofilia (polinização pelo vento), sendo assim,
suas flores possuem umas adaptações para isso,
como por exemplo, uma grande produção de grãos
de pólen.
Ex: pinheiro (Pinus sp.), cipreste (Cupressus sp.),
pinheiro-do-paraná (Araucária augustifolia), cicas
(Cycas sp.)
A figura ao lado mostra um estróbilo
de uma gimnosperma, também
chamado de pinha ou cone, que
nada mais é do que uma
inflorescência, inclusive em I está
representado suas flores com seus
óvulos, que, quando fecundados,
darão origem à sementes.
SEÇÃO XVI.2. ANGIOSPERMAS:
Traqueófitas com ovário na flor; esporófito
com raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes; o
gametófito, de tamanho microscópico, representa
uma pequena etapa no processo da reprodução;
compreendem plantas herbáceas, arbustos,
trepadeiras e árvores.
SEÇÃO XVI.2.1. ORGANIZAÇÃO DAS
ANGIOSPERMAS:
Raiz: órgão que fixa a planta em um substrato e
absorve água e sais minerais; quanto à forma pode
ser axial ou fasciculada; modificações que as raízes
apresentam: tuberosas, adventícias, sugadoras,
tabulares, grampiformes etc.
Externamente, uma raiz compreende zona
apical e zona da casca. A zona apical apresenta
zona embrionária, zona de distensão e zona
prolífera.
Caule: estrutura que sustenta as folhas e os órgãos
de reprodução e por onde circula a seiva; a maioria
é área (tronco, haste, estie ou colmo), mas há
subterrâneos (bulbos, rizomas e tubérculos) e os
aquáticos.
A região apical apresenta três zonas:
meristemática, de distensão e de maturação.
Em corte transversal, os caules podem
apresentar estrutura primária, com os feixes líbero-
lenhosos distribuídos difusamente ou em anel, ou
estrutura secundária, com os feixes líbero-lenhosos
ordenados radialmente e a presença de tecidos de
crescimento em espessura: câmbio e felogênio.
Folha: órgão laminar, geralmente verde,
encarregado da fotossíntese, respiração e
transpiração; quanto à forma, as folhas podem ser
ovaladas, elípticas, lanceoladas, orbiculares etc;
quanto aos bordos podem ser lisos, dentados,
serrilhados, crenulados etc.; quanto às nervuras
podem ser paralelinérveas, peninérveas ,
palminérveas etc;
Flor: órgão de reprodução das angiospermas pode
ser única ou formar inflorescências – conjunto de
flores (cacho, espiga, capítulo, umbela, espádice).
Uma flor monóica (hermafrodita) completa
apresenta as seguintes estruturas: cálice, formado
pelas sépalas (4); corola, formado pelas pétalas
(3); androceu e gineceu. O androceu compreende
estruturas reprodutoras masculinas, ou estames,
formados por filete (2) e antera (1); o gineceu
compreende estruturas reprodutoras femininas, os
carpelos, constituídas por ovário (7), estilete (6) e
estigma (5).
Fruto e semente: estruturas resultantes de
fecundação da flor, o ovário desenvolve o fruto e o
óvulo, a semente.
As sementes apresentam tegumento,
cotilédones e embrião. O tegumento tem função
protetora; os cotilédones armazenam substâncias
nutritivas ou transferem para o embrião substâncias
armazenadas em outras partes da semente. O
embrião é o germe de uma nova planta.
Biologia
_
20
Evolução dos Gametófitos e Esporófitos: O que
se percebe nitidamente na evolução destas
estruturas, é que os gametófitos diminuem de
tamanho e de permanência no ciclo de vida dos
vegetais, enquanto os esporófitos fazem o inverso,
basta observarmos a figura que se segue, onde:
1 – Algas
2 – Briófitas
3 – Pteridófitas
4 – Gimnospermas
5 – Angiospermas
EXERCÍCIOS
1. Qual a alternativa correta sobre as sementes e
frutos?
(1) Um ovário contendo muitos óvulos ao se
desenvolver forma um fruto sem sementes.
(2) Nas sementes de monocotiledôneas a reserva
nutritiva não é representada pelos cotilédones e
nas dicotiledôneas pelo endosperma.
(3) Pseudofrutos se desenvolvem de flores não
polinizadas e por isso não possuem sementes.
(4) A maçã é um pseudofruto porque sua parte
suculenta e comestível não é formada a partir do
ovário.
2. A classificação dos grupos vegetais é, até certo
ponto, complicado para a maioria das pessoas,
pois envolvem termos técnicos pouco comuns e
usuais. Para se fazer uma boa classificação, faz-
se necessário um bom conhecimento sobre as
características dos indivíduos estudados.
Baseado nisto, e em conhecimentos correlatos
sobre os grupos vegetais, qual a alternativa
correta:
(1) As gimnospermas não possuem flor, fruto nem
semente como é o caso da sequóia, por
exemplo.
(2) As briófitas são plantas dependentes de água
para fecundação, avasculares e de ambiente
úmido.
(3) Pteridófitas são plantas independentes de água
para fecundação, com sementes, porém sem
frutos.
(4) As angiospermas não são as únicas plantas que
apresentam flor, semente, independência de
água para fecundação e fruto.
(5) Não existe metagênese nas espermáfitas.
3. A definição: “Plantas vasculares, com grande
porte, geralmente de climas frios, produtoras de
sementes, mas nunca produtoras de frutos”,
pertence a um determinado grupo vegetal. De
acordo com o exposto e com base em seus
conhecimentos analise os itens:
(1) Esta definição pertence às gimnospermas,
porém, algumas destas plantas produzem um
fruto comestível chamado pinhão.
(2) As plantas citadas formam inflorescências
compactas chamadas pinhas.
(3) O pólen produzido pela planta masculina não é
transportado pelo vento até a planta feminina.
(4) Estes vegetais podem ser somente às
gimnospermas dicotiledôneas.
GABARITOS
1. 4 / 2. 2 / 3. 2.
Parabéns! Você concluiu os estudos
de Biologia I! Já está apto a
desempenhar todas as habilidades
que os conteúdos estudados lhe
proporcionam. Agora é só utilizá-los!
Boa sorte em seus próximos estudos na UNI!
Estamos felizes por você ter chegado aqui com
êxito e continue estudando! Pois “O estudo
enobrece o homem”.
TRABALHO DE BIOLOGIA
1. Qual a função no organismo das substâncias abaixo? (pág. 4)
a) Água
b) Sódio
c) Ferro
d) Iodo
2. O que são:
a) Carboidratos
b) Lipídios
c) Proteínas
3. Quais fatores afetam as enzimas? (pág. 6)
4. Qual prejuízo da ausência de: (pág. 7)
a) Vitamina A
b) Vitamina B
5. Explique: (pág. 8)
a) DNA
b) RNA
6. Como é a célula vegetal? (pág. 10)
7. Explique cada organela celular: (pág. 11 e 12)
a) Citoplasma
b) Mitocôndrias
c) Cloroplastos
d) Lisossomos
e) Aparelho de Golgi
8. Dê o conceito de:
a) Osmose
b) Fagocitose
c) Pinocitose
9. Qual o papel do glicocálix? (pág. 14)
10. O que acontece em cada fase? (pág. 15)
a) Mitose
b) Profase
c) Meiose
d) Telófase
11. Quais os componentes básicos de um ecossistema? (pág. 17)
12. Sobre as relações ecológicas explique: (pág. 18)
13.Colônia
14.Comensalismo
15.Sociedade
13. Dê exemplo de vegetais gimnospermas: (pág. 20)