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Introdução a Radiologia

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Diagnóstico por Imagem 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
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Aula introdutória 
Radiologia 
É a parte da ciência que estuda a visualização de 
ossos, órgãos e estruturas através do uso de 
radiações ionizantes, gerando imagem. 
Nas últimas décadas surgiram novos métodos de 
imagem, como: 
 Ultrassonografia; 
 Tomografia computadorizada; 
 Mamografia; 
 Ressonância magnética; 
 Outros 
 
Entre as tecnologias mais utilizadas, estão: 
 Radiologia convencional (RX); 
 Mamografia; 
 Ultrassonografia; 
 Tomografia computadorizada; 
 Ressonância magnética; 
 Densitometria óssea; 
 Tomografia por emissão de Pósitrons 
(Pet-CT); 
 Radiologia intervencionista. 
 
Radiologia convencional 
 A radiografia segue sendo a técnica de 
diagnóstico por imagem mais utilizada. 
 Método de menor custo e de maior 
disponibilidade. 
 Realizado em aparelho simples, com mesa 
e tubo de raios X, que irão atravessar a 
região anatômica e registrar a 
imagem/radiografia da região em estudo. 
 Os raios X atravessam corpos; 
 Provocam fluorescência em certos 
materiais; 
 São invisíveis; 
 Não são defletidos por campos 
magnéticos; 
 Os raios X propagam-se em linha reta. 
 
 
A quantidade do feixe que é barrado (atenuado) 
por um objeto determina a densidade radiográfica 
das imagens: 
 Imagens “brancas” (radiopacas): 
estruturas densas que barram totalmente 
os feixes de raios X. 
 Imagens “pretas” (radiotransparentes): Os 
feixes de raios X passam através do objeto 
e não são totalmente barrados. 
 Os tons de cinza representam áreas onde 
o feixe de raios X foi atenuado em escala 
variada – a “cor” depende da densidade do 
material. 
 
 
 
 As diferentes densidades dos tecidos do 
corpo humano são responsáveis pela 
formação da imagem. 
 Para interpretar a imagem radiográfica é 
importante considerar um bom 
conhecimento anatômico. 
 A radiografia convencional mostra cinco 
densidades básicas: ar (preto), gordura 
(cinza escuro), partes moles (cinza claro), 
osso (branco), metal ou agentes de 
contraste (únicos que podem ser mais 
brancos que osso). 
 
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Ultrassonografia 
 Método examinador-dependente, exigindo 
treinamento constante e uma conduta 
participativa do examinador (exame 
dinâmico). 
 Método de imagem que utiliza o eco 
produzido pelo som para ver em tempo 
real as reflexões produzidas pelas 
estruturas anatômicas – ondas sonoras são 
emitidas e voltam na forma de imagem ao 
colidir com as estruturas. 
 Transdutores de US (2 MHz a 40 MHz): 
geração do ultrassom e recepção de ecos. 
 Frequência superior à capacidade de 
audição humana (20 HZ a 20 KHz). 
MAIOR FREQUÊNCIA = MENOR PENETRAÇÃO 
(órgãos superficiais) 
MENOR FREQUÊNCIA = MAIOR PENETRAÇÃO 
(órgãos mais internos) 
Convexo 
Menor frequência e maior 
penetração (bom para avaliar 
estruturas mais profundas). 
Útil em ultrassons abdominais. 
 
Endocavitário 
Frequência intermediária. 
Avaliação transvaginal 
(útero e ovários) e 
endorretal (próstata). 
 
Linear 
Maior frequência e menor 
penetração (bom para avaliar 
estruturas superficiais). 
 
 
A ultrassonografia é um método: 
 Prático 
 Inócuo ao paciente 
 Inócuo ao médico 
 Muitas aplicações na medicina 
 
Os padrões de imagem da ultrassonografia 
podem ser: 
 Hiperecogênico 
 Hipoecogênico 
 Isoecogênico 
 Anecogênico 
 
 
 
Ar: área mais 
escura da 
radiografia 
(pulmão) 
Osso: área mais 
esbranquiçada da 
radiografia 
(costelas) 
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Imagens hiperecogênicas determinam: SOMBRA 
ACÚSTICA POSTERIOR – o som não consegue 
passar através da estrutura, isso gera essa sombra. 
 
 
 
Imagens anecogênicas determinam: REFORÇO 
ACÚSTICO POSTERIOR – o som não perde sua 
potência ao passar por essa estrutura; a água e o ar 
não impedem ou diminuem a passagem do som. 
 
 
 
 
 
 
Mamografia 
 Finalidade de estudar os tecidos 
mamários. 
 Detecção precoce do câncer de mama em 
mulheres assintomáticas (carcinoma 
ductal in situ ou carcinomas invasivos em 
estágio inicial). 
 Assim como radiologia convencional, 
também utiliza radiação para obtenção de 
imagens. 
 Incidências básicas: 
 Crânio caudal (CC) 
 Médio-lateral oblíqua 
 
Tomografia computadorizada 
 Baseia-se nos mesmos princípios que a 
radiografia convencional, segundo os 
quais tecidos com diferentes 
composições absorvem os raios X de 
forma diferente. 
 Ao serem atravessados, tecidos mais 
densos (como o fígado) ou com elementos 
mais pesados (como o cálcio presente nos 
ossos), absorvem mais radiação que 
tecidos menos densos (como o pulmão, 
que está cheio de ar). 
 Escala de Hounsfield 
 A escala de cinza é formada por um 
grande espectro de representações de 
tonalidades entre branco, cinza e o 
preto. 
 Limites entres -1000 até + 4000 
 -1000 UH: ar; 
 -120 a -80 UH: gordura; 
 0 UH: água; 
 50 a 55 UH: músculo; 
 acima de 300 UH: osso. 
 Artefatos: se referem aos componentes da 
imagem que não reproduzem de modo 
confiável estruturas anatômicas devido a 
distorção, adição ou supressão de 
informações. 
 
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Terminologia: 
 Hipodensa→ preto e cinza escuro 
 Isodensa → semelhante ao tecido que o 
circunda 
 Hiperdensa → branco 
 
 
 
 
 
 Para realizar o exame, o paciente é 
colocado numa mesa que se desloca para 
o interior de um anel de cerca de 70 cm de 
diâmetro. 
 À volta deste encontra-se um tubo de 
raios X, num suporte circular designado 
gantry. 
 Do lado oposto ao tubo encontra-se os 
detectores responsáveis por captar a 
radiação e transmitir essa informação 
para o computador ao qual está 
conectado. 
 A tomografia computadorizada (TC), é 
uma sobreposição de imagens que 
representa uma secção ou “fatia” do 
corpo. 
 É obtida através do processamento por 
computador após expor uma região 
anatômica a uma sucessão de raios X. 
 
Ressonância Magnética 
 A ressonância magnética (RM) é um 
método do diagnóstico por imagem em 
crescente desenvolvimento. 
 Compreende o resultado da interação do 
forte campo magnético produzido pelo 
equipamento com os prótons de 
hidrogênio do tecido humano. 
 Não há emissão de radiação (raios X). 
 Terminologia: 
 Hipointensa→ preto e cinza escuro 
 Isointensa → semelhante ao tecido 
que o circunda 
 Hiperintensa → branco 
 Hipercaptante x Hipocaptante 
(contraste) 
 
Densitometria óssea 
 Método mais moderno e inócuo para se 
medir a densidade mineral óssea e 
comparando com padrões para idade e 
sexo. 
 É indispensável para o diagnóstico e 
tratamento da osteoporose. 
 A exposição à radiação é baixa. 
 As partes de interesse na obtenção das 
imagens para diagnóstico são o fêmur, a 
coluna lombar e o antebraço.

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