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Radiologia • É a parte da ciência que estuda a visualização de ossos, órgãos e estruturas através do uso de radiações ionizante, gerando imagem. • Nas últimas décadas surgiram novos métodos de imagem, como: o Ultrassonografia; o Tomografia computadorizada; o Mamografia; • Ressonância magnética; o Outros Diagnóstico por imagem • É uma das especialidades médicas que se ocupa do uso das tecnologias de imagem para auxílio no diagnósticos. • Entre as tecnologias mais utilizadas, estão: o Radiologia convencional (RX); o Mamografia; o Ultrassonografia; o Tomografia computadorizada; o Ressonância magnética; o Densitometria óssea; o Tomografia por emissão de Pósitrons (Pet-CT); o Radiologia intervencionista ❖ OBS.: Exames que não usam radiação ionizante: ultrassonografia (utiliza ondas sonoras) e ressonância magnética (feita a partir de campo magnético) Radiologia convencional (RX): • A radiografia segue sendo a técnica de diagnóstico por imagem mais utilizada. • Método de menor custo e de maior disponibilidade. • Realizado em aparelho simples, com mesa e tubo de raios X, que irão atravessar a região anatômica e registrar a imagem/radiografia da região em estudo • Paciente deitado ou em pé; tubo de raio X é direcionado para a região em que se quer avaliar; feixes de raio X são liberados, e a imagem é formada • • Os raios X atravessam corpos; • Provocam fluorescência em certos materiais – cores diferentes para cada material, em escalas de preto/ branco/ cinza • São invisíveis; • Não são defletidos por campos magnéticos; • Os raios X propagam-se em linha reta – feixe segue caminho em que é direcionado ✓ A quantidade do feixe que é barrado (atenuado) por um objeto determina a densidade radiográfica das imagens: • Imagens “brancas” (Radiopacas): estruturas densas que barram totalmente os feixes de raios X. o Ex: osso • Imagens “pretas” (Radiotransparentes): Os feixes de raios X passam através do objeto e não são totalmente barrados. o Ex: ar pulmonar • Os tons de cinza representam áreas onde o feixe de raios X foi atenuado em escala variada. o Depende da densidade do órgão • As diferentes densidades dos tecidos do corpo humano são responsáveis pela formação da imagem. • Para interpretar a imagem radiográfica é importante considerar um bom conhecimento anatômico • A radiografia convencional mostra cinco densidades básicas: o Ar - preto o Gordura - cinza o Partes moles – cinza ▪ Tecidos moles – ex: fígado, baço, útero, bexiga o Osso - branco o Metal ou agentes de contraste – branco (mais branco que o osso) Raio X de tórax: Bolha gástrica dentro do estomago presente abaixo do pulmão esquerdo Densidade de tecidos moles – contorno das mamas Músculo cardíaco – densidade de tecido mole Incidência em PA: póstero-anterior Radiografia em perfil: metal pode ser piercing ou algo na blusa do paciente Radiografia de abdômen: • Ar mais abaixo: parte intestinal • Ar mais acima: bolha gástrica • Gordura: densidade mais próxima do ar • Densidade de líquido/ partes moles/ músculo: mais próxima da do osso (branca) Raio X de abdômen: • Bolhas de gás: intestino • Cateter duplo J: usado em tratamento de cálculo renal • Aparelho emite ondas sonoras, que saem pelo transdutor, que voltam na forma de imagem • Linear: avalia mama, testículo, tireoide • Convexo: rim, fígado; maioria das aplicações abdominais, pélvicas e obstétricas Ultrassonografia: • Método examinador-dependente, exigindo treinamento constante e uma conduta participativa do examinador (exame dinâmico). • Método de imagem que utiliza o eco produzido pelo som para ver em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas anatômicas. • Transdutores de US (2 MHz a 40 MHz): Geração do ultrassom e recepção de ecos. o Cada transdutor tem frequência de som diferente o Transdutor tem maior frequência quando se quer menor penetração • Frequência superior à capacidade de audição humana (20 HZ a 20 KHz). • FREQUÊNCIA = PENETRAÇÃO • FREQUÊNCIA = PENETRAÇÃO Hiperecogênica: nódulo mais branco que parênquima ao redor Imagem mais escura que estrutura ao redor – 2 Geralmente são nódulos Interior do nódulo – mesma densidade que estruturas vizinhas - 3 Não reverbera som; – 4 Ex: cistos • Prático • Inócuo ao paciente • Inócuo ao médico • Muitas aplicações em medicina – gravidez, abdômen, mama, transvaginal, Doppler (colorido para vasos), transfontanela (avalia parênquima cerebral da criança) ✓ Padrões de imagem: • Hiperecogênico – 1 – ecos de intensidade maior que parênquima adjacente • Hipoecogênico – 2 - ecos de intensidade menor que parênquima adjacente • Isoecogênico - 3 • Anecogênico – 4 – ausência total de ecos • Calcificação dentro do útero (primeira imagem) • Vesícula biliar normalmente apresenta líquido, sendo anecogênica, porem nesse caso há 2 estruturas hiperecogênicas (cálculos) em seu interior • Estrutura calcificada: branca, e há sombra preta atrás • A sombra é produzida pela absorção ou reflexão quase total do feixe de US, obscurecendo estruturas mais profundas • Imagem com líquido – mais esbranquiçado embaixo da estrutura • Foto 1: fígado com cisto • Foto 2: próstata • Aumento da intensidade do eco de estruturas que transmitem som de maneira excepcional, como cistos, bexiga com líquido, vesícula biliar e algumas massas sólidas • Imagens hiperecogênicas determinam: SOMBRA ACÚSTICA POSTERIOR • Imagens anecogênicas determinam: REFORÇO ACÚSTICO POSTERIOR o 1: Rim: estrutura hiperecogênica – porção calcificada – cálculo renal; com sombra acústica posterior o 2: Vesícula biliar: com estrutura hiperecogênica no interior – cálculo – embaixo dele há sombra acústica posterior o 3: Mama: estrutura anecogênica – cisto – com líquido no interior; líquido fica escuro no ultrassom; embaixo do cisto – reforço acústico posterior o 4: Estrutura anecogenica com reforço acústico posterior Mamografia: • Finalidade de estudar os tecidos mamários. • Detecção precoce do câncer de mama em mulheres assintomáticas (carcinoma ductal in situ ou carcinomas invasivos em estágio inicial). – exame de rastreamento • Assim como radiologia convencional, também utiliza radiação para obtenção de imagens 1 2 3 4 O nódulo seria visto no ultrassom; mas há nódulos na fase inicial que se apresentam como microcalcificações, que não poderiam ser vistos na ultrassonografia Por isso, a mamografia é ideal Faz-se compressão na mama da paciente Faz-se 2 compressões em cada mama • • RASTREAMENTO NA POPULAÇÃO GERAL: o EUA, CBR, FEBRASGO e SBM: À partir dos 40 anos, anualmente. o Países europeus e SUS: À partir dos 50 anos, bianual ✓ Incidências básicas: • Crânio caudal (CC): o CCD – crânio caudal da mama direita o CCE – crânio caudal a esquerda o Imagem arredondada o Compara-se lado direito com esquerdo Quadrante superior lateral Quadrante superior medial Quadrante inferior lateral Quadrante inferior medial • • Médio-lateral oblíqua: o Compressão lateral o Imagem em forma de V representa prolongamentos axilares o Compara-se mamas direita e esquerda • • 1 – superior 2 – inferior Lateral e medial estão misturados Junta superior/ inferior Só é possível identificar o que é medial/ lateral 3 – laterais 4 – mediais • Tomografia computadorizada: • Baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferentes composições absorvem os raios X de forma diferente. • Ao serem atravessados, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar). • Mais densos – mais brancos; menosdensos - mais escuros ✓ Escala de Hounsfield • A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. • O aparelho informa de forma numérica a densidade média • Limites entres -1000 até + 4000 • -1000 UH: ar; • -120 a -80 UH: gordura; • 0 UH: água; • 50 a 55 UH: músculo; • Acima de 300 UH: osso. • 4000/ 2000 metal ou constraste • Artefatos: Se referem aos componentes da imagem que não reproduzem de modo confiável estruturas anatômicas devido a distorção, adição ou supressão de informações. Na tomografia o metal distorce imagens No exemplo ao lado, o paciente sofreu ferimento por projétil de arma de fogo, e fragmentos de metal distorcem imagem, formando espículas ✓ Terminologia: • Hipodensa→ preto e cinza escuro • Isodensa→ semelhante ao tecido que o circunda • Hiperdensa→ branco • Para realizar o exame, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um anel de cerca de 70 cm de diâmetro. • À volta deste encontra-se um tubo de raios X, num suporte circular designado gantry. • Do lado oposto ao tubo encontra-se os detectores responsáveis por captar a radiação e transmitir essa informação para o computador ao qual está conectado • A tomografia computadorizada (TC), é uma sobreposição de imagens que representa uma secção ou “fatia” do corpo. • É obtida através do processamento por computador após expor uma região anatômica a uma sucessão de raios X • O ROI corresponde a uma figura geométrica colocada sobre a imagem, normalmente um círculo, e mede a densidade relativa do tecido segundo a escala de Hounsfield, a área correspondente em milímetros quadrados, e o seu desvio padrão. • Cortes transversais: Paciente tomou contraste oral hiperdenso (1) Cisto hepático hipodenso (2) Cisto renal (conteúdo liquido ou sangue); nesse caso é hipodenso (3) Ressonância magnética: • A ressonância magnética (RM) é um método do diagnóstico por imagem em crescente desenvolvimento. • Compreende o resultado da interação do forte campo magnético produzido pelo equipamento com os prótons de hidrogênio do tecido humano. • Não há emissão de radiação (raios X). • Nada de metal pode entrar na sala de ressonância por conta do campo magnético • Prótese não tem problema • Contraste para tecidos moles fornecido pela RM é melhor que outras modalidades de imagem • Tecidos diferentes absorvem e emitem a energia das ondas de rádio a taxas específicas, detectáveis e características • As imagens podem ser obtidas em qualquer plano anatômico, ao ajustar o campo magnético • Tempo de aquisição longo para diversas sequências de pulso • Disponibilidade limitada em certas regiões e alto custo • Contraindicado para portadores de implantes que sejam elétrica, magnética ou mecanicamente ativados • Estruturas ricas em sais minerais, como ossos e cálculos, e tecidos colagenosos, como tendões, ligamentos, fibrocartilagem e fibrose dos tecidos, tem pouco conteúdo de água, logo, tem poucos prótons em movimento para produzir o sinal de RM • ✓ Terminologia: • Hipointensa→ preto e cinza escuro • Isointensa→ semelhante ao tecido que o circunda • Hiperintensa→ branco • Hipercaptante x Hipocaptante (contraste) Densitometria óssea: • Método mais moderno e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparando com padrões para idade e sexo • É indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose. • A exposição à radiação é baixa. o Se assemelha a radiação solar • As partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur, a coluna lombar e o antebraço
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