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Técnicas De Previsão De Materiais


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@laismazzini 
 
Técnicas De Previsão De Materiais 
A demanda é o desejo, a intenção das pessoas (o mercado) em comprar um determinado bem 
ou serviço. Esta informação é primordial para criar um planejamento da produção, pois as 
informações de demanda é que norteiam o que, quando, e quanto produzir. 
As organizações buscam utilizar um processo metodológico para determinação de dados 
futuros baseados em modelos estatísticos, matemáticos ou econométricos ou, ainda, em 
modelos subjetivos apoiados em uma metodologia de trabalho clara e previamente definida, 
conhecida como previsão da demanda. 
A previsão da demanda é a base para o planejamento estratégico e de produção, permitindo 
que os gestores antevejam o futuro e planejem adequadamente suas ações em dois momentos 
distintos: 
• para planejar o sistema produtivo (longo prazo: produtos/serviços, instalação, 
equipamentos) e 
• para programar o uso (curto prazo: planos de produção, armazenagem e compras, 
sequenciamento) deste sistema produtivo. 
As demandas não têm um comportamento padrão e sua variação é decorrente de fatores 
relacionados aos consumidores e até mesmo em relação ao ciclo de vida do produto, podendo 
existir certa estabilidade ou tendência (crescente ou decrescente), ou ainda a sazonalidade, que 
pode ser considerada como picos identificados da demanda. 
Os comportamentos mais usuais da demanda são demonstrados na Figura. 
a) demanda estacionária seria aquela que tem pouca variação, exemplo sal de cozinha. 
b) demanda sazonal, são aquelas que possuem alterações pontuais (periodicidade), ou seja, 
situação que se repete em algumas épocas do ano. Exemplo: chocolate na época da pascoa, 
ou sorvete no verão. 
c) demanda com tendência pode ser dividida em duas situações: linear e não linear. 
A linear é aquela que sofre um crescimento, ou decrescimento, de forma contínua (na 
mesma proporção). 
E a tendência não linear é uma crescente ou decrescente, que acontece de forma 
repentina. Em ambas as tendências, geralmente estão atreladas ao ciclo de vida, início 
ou término. 
d) demanda que envolve tendência e sazonalidade, exemplo: uma nova linha de biquínis e 
maiôs, pode ter uma boa aceitação e uma crescente demanda, no entanto, no período de verão 
terá uma venda superior aos outros períodos. 
@laismazzini 
 
 
Outro fator a ser considerado é se a demanda é pontual ou repetitiva, esta última ainda pode 
ser: 
→ Demanda independente: Demanda de um item que não tem nenhuma relação com a 
demanda de outros itens, como a demanda de peças sobressalentes. Geralmente 
produtos acabados. 
→ Demanda dependente: são itens (geralmente componentes de um produto final) que 
dependem da demanda de outros itens (geralmente produto final). 
Para as demandas independentes são utilizadas técnicas quantitativas (através de dados 
matemáticos e dados históricos) e qualitativas (pesquisas direcionadas que levam a uma 
perspectiva de uma possível demanda), estes resultados são analisados e direcionados para uma 
estratégia de produção mais factível com a realidade, buscando produzir somente o necessário, 
ou seja, evitando o excesso e/ou falta de produto. 
Técnicas Qualitativas 
• Pouco tempo para coleta de dados, introdução de novos produtos, cenário 
político/econômico instável. 
• Questões estratégicas – em conjunto com modelos matemáticos e técnicas 
quantitativas. 
Técnicas Quantitativas 
• Séries Temporais – modelo matemático da demanda futura relacionando dados 
históricos de vendas do produto com o tempo. 
• Causais – associar dados históricos de vendas do produto com uma ou mais variáveis 
relacionadas à demanda. Exemplo: uma fabricante de cimento terá influência da 
construção civil (número de moradias construídas). 
Premissas de uma Previsão de Demanda: 
@laismazzini 
 
• Supõe-se que as causas que influenciaram a demanda passada continuarão a agir no 
futuro. Por isso utilizam-se dados anteriores para projetar o futuro. 
• As previsões não são perfeitas, pois não somos capazes de prever todas as variações 
aleatórias que ocorrerão. 
Para as demandas dependentes usualmente é utilizado o Material Requirement Planning 
(MRP), que calcula as necessidades em função da demanda independente. Geralmente o MRP 
funciona em função de softwares, devido à quantidade e complexidade dos produtos a serem 
produzidos e consequentemente gerenciados. O MRP, ou, MRP I é uma sigla referente às 
palavras, em inglês material requirement planning, que pode ser traduzido como planejamento 
das necessidades de materiais. 
O MRP surgiu da necessidade de se planejar o atendimento da demanda dependente, 
considerando informações oriundas da área de suprimentos (compras, recebimento e estoque). 
É um sistema lógico de cálculo que converte a previsão de demanda em programação da 
necessidade de seus componentes. A partir do conhecimento de todos os componentes de um 
determinado produto e os tempos de obtenção de cada um deles, podemos calcular o quanto e 
quando se deve obter de cada item, de forma que não haja falta e nem sobra no estoque. O MRP 
surge como um sistema de apoio às decisões, respondendo algumas perguntas básicas: 
• O quê? 
• Quanto? 
• Quando? 
Para que o MRP funcione são necessárias informações que alimentem o sistema, mas 
basicamente envolve as informações: demanda (independente), estrutura do produto (como o 
produto é composto); prazos (lead time) e quantidade atual do estoque. O MRP processa estas 
informações e as transforma em ordens de compra e produção (montagem e fabricação), e em 
ajustes referentes aos desvios da produção. 
 
 
 
Referência: Gestão da produção - Leonardo Ferreira.