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Doenças infecciosas bacterianas dos animais domésticos ➔ Brucelose É uma doença transmissível, de caráter crônico, acomete diversas espécies de mamíferos domésticos e silvestres. É uma zoonose infectocontagiosa de distribuição mundial. ETIOLOGIA É um cocobacilo, gram-negativo, intracelular facultativo, não esporulado, não encapsulado, imóvel, aeróbica. Pode ter a morfologia rugosa ou lisa. Lisas lipossacarídeos➛ Rugosas polissacarídeos➛ EPIDEMIOLOGIA Possui distribuição mundial. foi erradicada da Austrália, Nova Zelândia, Japão e Canadá. ↳ Tipos de substratos Tempo de sobrevivência Instalações 4 meses Pasto 1-6 dias Solo úmido 100 dias Seco 1-2 meses Água fria 151-185 dias Potável 5-114 dias Poluída 1-5 meses Leite 15°c 38 dias 62,8-65,6°c 30 minutos 71,7°c 15 segundos Fezes esterco 5 dias Úmidas 4 meses Sensibilidade da brucelose ssp: ‣ Desinfetantes: álcool, hipoclorito de sódio, fenol, formol. ‣ Luz solar – Raio UV: morte em poucas horas. ‣ Temperatura: • Pasteurização lenta – 62,8 a 65,6°c/ 30 min. •Pasteurização rápida – 71,1°c / segundos. ➝ Hospedeiros preferenciais: Bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, cães e equinos. ➝ Fontes de infecção: Vias de infecção Meios de transmissão Feto, membranas e líquidos fetais Água e alimentos contaminados Descarga vaginal Aerossóis Leite Lambedura Urina e fezes Fômites e ordenha mecânica Sêmen Inseminação artificial ➝ Importância econômica: custos diretos e indiretos. ➝ Fatores de risco: Os bovinos são os portadores latentes, aquisição de animais, contato entre rebanhos, ausência de vacinação, densidade populacional, sexo. PATOGENIA Porta de entrada: digestiva/ venérea Mucosa ➞ ➞ Fagocitada Linfonodos regionais ➞ ➞ Via hemolinfática ➞ Linfonodo, baço, fígado, ⬇ articulações, olhos, ossos, cérebro. Órgãos reprodutivos: Testículo, útero, placenta, feto, glân- dula mamária. Placentite, necrose e destruição das membranas placentárias = ↳ Aborto/parto prematuro. Aumenta cortisol e estrógeno, diminui progesterona = ↳ Aborto/parto prematuro. SINAIS CLÍNICOS • Bovinos e bubalinos: Aborto no 1/3 da gestação. ‣ - 1° gestação: 65-70% de abortos. - 2° gestação: 15-20% de abortos. - 3° gestação: portadores. Retenção de placenta e metrite. ‣ Orquite e epididimite.‣ Prostatite e vesiculite.‣ Esterilidade. ‣ • Caprinos e ovinos: Transtornos reprodutivos. ‣ • Cães: Absorção fetal, abortos, natimortos, Descargas vaginais, Epididimite e prostatite, Linfadenite retrofaríngea e ‣ ingnal, Aumenta figado e baço, Uveítes, osteomelites, meningites, Glomerulonefrites, Dermatites piogranulomatosas. • Suínos: Morte embrionária cios irregulares. ‣ ⇾ Abortos (1/3 inicial ou ½ gestação). ‣ Natimortos. ‣ Testículos: edema, necrose e atrofia enfermidade.‣ ⇾ Infecção generalizada: órgãos, ossos, SNC.‣ Paralisia e atrofia de posteriores. ‣ • Equinos: O tipo de vírus que acomete os equinos é o B. Abortus. Os sinais clínicos são: Fístula de cernelha. ‣ PROFILAXIA Educação sanitária, controle de trânsito, destruição de fetos e anexos fetais, desinfecção de instalações, quarentena, cuidados na aquisição de animais, PNCEBT (programa nacional de controle e erradicação da brucelose e tuberculose animal). ‣ B. Canis: Higiene, gaiolas individuais, exame sorológico, quarentena, eutanásia (em cães), realizar reteste mensal por 3 meses. ‣ Vacinação: ➝ Vacina viva atenuada cepa S19 (vacina B19); 2ml, dose única, SC. A vacinação é feita em bezerras entre 3 e 8 meses (fêmeas bovinas e bubalinas). Bezerras vacinadas com a vacina B19 serão marcadas com o último número do ano de vacinação, no lado esquerdo da cara. *Instrução normativa (IN) nº 10 de 03/03/2017. IMPORTANTE: Não vacinar os machos e não usar antibióticos!! ➝ Vacina viva atenuada RB51; 2ml, dose única, SC. A vacinação é feita em bezerras a partir de 3 meses. É exclusiva para fêmeas BOVINAS. Bezerras vacinadas com RB51 serão marcadas com um “V” no lado esquerdo da cara. *Instrução normativa (IN) nº 10 de 03/03/2017. IMPORTANTE: Não vacinar os machos, vacas gestantes e não usar antibióticos. DIAGNÓSTICO • Métodos diretos: Isolamento e identificação do agente, Pesquisa direta do agente,Pesquisa de ácido nucleico, PCR, Eletroforese.‣ • Métodos indiretos: ‣ Sorologia; as técnicas mais utilizadas são: imunodifusão (rugosa), elisa, AAT, teste do anel do leite, soroglutinação lenta em tubos, 2-mercaptoetanol, fixação de complemento e polarização fluorescente. Definições: ➢ ‣ Foco: estabelecimento de criação no qual foi detectada brucelose ou tuberculose por meio de testes diretos ou indiretos. ‣ Médico veterinário cadastrado: médico veterinário que atua no setor privado, cadastrado no serviço veterinário estadual – SVE para executar a vacinação contra a brucelose. ‣ Médico veterinário habilitado: médico veterinário que atua no setor privado e que, aprovado em Curso de Treinamento em Métodos de Diagnóstico e Controle da Brucelose e Tuberculose, reconhecido pelo Departamento de Saúde Animal - DSA, está apto a executar determinadas atividades previstas no PNCEBT, sob a supervisão do serviço veterinário oficial. ➝ Produção, controle e distribuição de antígenos para diagnóstico de brucelose. – Antígeno acidificado tamponado, o antígeno para soroaglutinação lenta, o antígeno para teste de polarização fluorescente e o antígeno para o teste do anel em leite – A distribuição de antígenos será controlada pelo serviço veterinário oficial, devendo os mesmos serem fornecidos somente a médicos veterinários habilitados, a laboratórios credenciados e a instituições de ensino ou pesquisa. ‣ Antígeno acidificado tamponado (AAT)/rosa bengala: é uma prova de aglutinação rápida onde se usa um antígeno tamponado a um pH 3,65 e corado com rosa de bengala. A leitura indica a presença ou ausência de IgG, pois somente esta classe de imunoglobulinas é capaz de reagir com este antígeno em função do pH baixo. IgM IgM↓ ↑ ‣ Teste do anel do leite: É feito com uma amostra de leite cru, é usado para detectar rebanhos infectados ou potencialmente infectados. É um teste de triagem. Quando positivo o teste mostra um circulo azul. ‣ Soroaglutinação lenta em tubos (SALT) e teste do 2- mercaptoetanol (2-ME): É usado como teste confirmatório em animais reagentes ao teste de triagem ou para diagnóstico de casos inconclusivos ao teste do 2-mercaptoetanol, pois detecta especialmente IgG1, principal imunoglobulina resultante da contaminação por Brucella sp. . ‣ Animais reagentes ao AAT e/ou 2-ME: – Presença aglutinação: Animal reagentes – Animais não reagentes: negativos – Animais reagentes: 30 dias, ser submetidos a teste confirmatório ou destinados ao abate sanitário ou à eutanásia. Fêmeas submetidas a testes sorológicos de diagnóstico de brucelose no intervalo de 15 antes até 15 dias depois do parto ou aborto, cujos resultados sejam negativos, deverão ser retestadas entre trinta a sessenta dias após o parto ou aborto. ‣ Fixação de complemento - Recomendado pela OIE para transito internacional de animais - Detecção de IgG e IgM - Diferenciação de reação vacinal para infecção natural - Teste laborioso, complexo e exige pessoal treinado e laboratórios credenciados. TRATAMENTO O tratamento é inexistente em bovinos. Animais reagentes positivos para brucelose ou tuberculose serão ,marcados, pelo médico veterinário responsável pelo exame, a ferro cadente ou nitrogênio líquido, no lado direito da cara com um “P” contido num círculo, . Abate dos animais positivos:‣ É preciso notificar ao serviço de inspeção a chegada dos animais 12 horas antes. O animal deve ser abatido ou incinerado em até 30 dias. Cães: ➢ Antimicrobianos Dose Duração Minociclina + di-hidroestreptomicina 25mg/kg, a cada 24H, VO/ 4 semanas+ 10mg/kg IM, 2 vezes ao dia ou 20mg/kg, IM, 24h, 1º e 4º semana. 4 semanas Doxiciclina + Gentamicina ou estreptomicina 25mg/kg, 2x dia/4 semanas+ 2,2 mg/kg/ 1 semana 20 mg/kg, 24h/ 15 dias. 4 semanas Enrofloxacino 5mg/kg, 2x/30 dias, VO 4 semanas
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