Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR i Direitos de autor (copyright) Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância (ISCED), e contém reservado todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância (ISCED). A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais em vigor no País. Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância (ISCED) Rua Dr. Almeida Lacerda No 211, Ponta-Gêa Beira - Moçambique Telefone: +258 23323501 Fax: 258 23324215 E-mail: info@isced.ac.mz Website: www.isced.ac.mz http://www.isced.ac.mz/ ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR ii Agradecimentos O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: Autor Dulcídia Carlos Guezimane Ernesto Coordenação Design Financiamento e Logística Ano de Publicação Local de Publicação Direcção Académica Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED) 2019 ISCED – BEIRA ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR iii Índice Visão geral 5 Bem-vindo ao Manual da Disciplina de Matemática Escolar ......................................... 5 Objectivos do Manual .................................................................................................... 5 Quem deveria estudar este manual ............................................................................... 5 Como está estruturado este manual.............................................................................. 6 Habilidades de estudo .................................................................................................... 8 Precisa de apoio? ......................................................................................................... 10 Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ............................................................................ 15 Avaliação ...................................................................................................................... 11 TEMA I: GENERALIDADES SOBRE FUNÇÕES 12 Unidade 1.1. Produto Cartesiano. ................................................................................ 12 Unidade 1.2. Relações ................................................................................................. 20 Unidade 1.3. Representação de Funções por meio de Diagrama de Venn ................. 30 Unidade 3.3. EXERCÍCIOS INTEGRADOS das unidades deste tema .............................. 36 TEMA II: PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES......................................................38 Unidade 2.1. Função Polnomial do 1º grau ................................................................. 38 Unidade 2.2. Função Polinomial do 2º grau ................................................................. 50 Unidade 2.3. Determinação de Pontos Máximos e Mínimos ...................................... 57 Unidade 2.4. Estudo do sinal da função quadrática .................................................... 66 Unidade 2.5. Outras funções Polinomiais....................................................................73 Unidade 3.3. EXERCÍCIOS INTEGRADOS das unidades deste tema .............................. 79 TEMA III: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 80 Unidade 3.1. Principais Relações Trigonométricas. Conversão de graus em radianos e vice-versa ..................................................................................................................... 80 Unidade 3.2. Principais Funções Trigonométricas de um ângulo agudo ..................... 86 Unidade 3.3. EXERCÍCIOS INTEGRADOS das unidades deste tema .............................. 94 TEMA IV: DOMÍNIO DE FUNÇÕES NUMÉRICAS Erro! Indicador não definido. Unidade 4.1. Domínio de Funções Numéricas ..................Erro! Indicador não definido. Unidade 4.2. EXERCÍCIOS INTEGRADOS das unidades deste tema ..... 98Erro! Indicador não definido. TEMA V: EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES Erro! Indicador não definido.9 Unidade 5.1. Equações do 1º e 2º grau ......................... Erro! Indicador não definido.9 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR iv Unidade 5.2. Inequações do 1º e 2º grau .........................Erro! Indicador não definido. Unidade 5.3. Equações Exponenciais e Logarítmicas................................................. 116 Unidade 5.4. Unidade 5.3. Equações Logarítmicas .................................................... 121 Unidade 5.4 . Inequações Exponenciais e Logarítmicas.......................................... 125 Unidade 5.4. EXERCÍCIOS INTEGRADOS das unidades deste tema ...........................135 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 1 Visão geral Bem-vindo ao Manual da Disciplina de Matemática Escolar Objectivos do Manual Ao terminar o estudo deste manual de Matemática Escolar, o estudante deverá ser capaz de:Construir o gráfico de uma função afim do 1o e 2o graus, achar os zeros dessas funções e coordenada do vértice de uma função do 2o grau,Identificar os diferentes tipos de funções, e dos respectivos gráficos dessas funções, determinar Domínios, imagagens e contradomínios, diferenciar as funções trigonomêtricas, e os respectivos gráficos,Resolver equações e inequações, e diferenciar os tipos de equações e os tipos de inequações. Quem deveria estudar este manual Este Manual foi concebido para estudantes do 1º ano do curso de Licenciatura em Ensino de Matemática do ISCED. Como está estruturado este manual O presente manual está estruturado da seguinte maneira: Conteúdos deste manual. Abordagem geral dos conteúdos do manual, resumindo os aspectos-chave que você precisa para conhecer a história da comunicação. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo, como componente de habilidades de estudos. Objectivos Específicos ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 2 Conteúdo deste manual Este manual está estruturado em temas. Cada tema, comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente unidades, cada unidade temática caracteriza-se por conter um título específico, seguido dos seus respectivos subtítulos. No final de cada unidade temática, são propostos 10 exercícios de fechados e 5 exercicios abertos. No fim de cada tema, são incorporados 10 exercícios fechados para avaliação e 5 exercicios abertos para auto-avaliacao. No final do manual estão incorporados 100 exercicios fechados para preparação aos exames. Os exercícios de avaliação são Teóricos e Práticos. Outros recursos O ISCED pode, adicionalmente, disponibilizar material de estudo na Biblioteca do Centro de recursos, na Biblioteca Virtual, em formato físico ou digital. Auto-avaliação e Tarefas de avaliação As tarefas de auto-avaliação para este manual encontram-se no final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, exercícios que mostram apenas respostas. As tarefas de avaliação neste manual também se encontram no final de cada unidade temática, assim como no fim do manual em si, e, devem ser semelhantes às de auto-avaliação, mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção e subsequentemente atribuição de umanota. Também constará do exame do fim do manual. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de avaliação é uma grande vantagem. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 3 Habilidades de estudo O principal objectivo desta secção, é ensinar a aprender aprendendo. Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso, é importante saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 1º - Praticar a leitura. Aprender à distância exige alto domínio de leitura. 2º - Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 3º - Voltar a fazer a leitura, desta vez para a compreensão e assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 4º - Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 5º - Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de estudo de caso, se existir. IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, respectivamente como, onde e quando estudar, como foi referido no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo a cada 30 minutos ou a cada 60 minutos? etc. É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um determinado período de tempo; deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só a seguinte quando achar que já domina bem o anterior. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 4 Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: saber com profundidade todos conteúdos de cada tema, no manual. Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama- se descanso à mudança de actividades). Ou seja, que durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias. Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto, mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente incapaz! Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobretudo, estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está a se formar. Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar durante a semana; face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 5 utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar. Precisa de apoio? Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de estudos impresso, pode suscitar-lhe algumas dúvidas como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, SMS, E-mail, Casos Bilhetes, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a preocupação. Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino à Distância (EAD), onde o recurso às TIC se tornam incontornável: entre estudante, estudante – tutor, estudante – CR, etc. As sessões presenciais são um momento em que caro estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigitada para acompanhar as suas sessões presenciais. Neste período, pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa. O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos a distância, é de muita importância na medida em que permite-lhe situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira fica a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade temática, no manual. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 6 Tarefas (avaliação e auto-avaliação) O estudante deve realizar todas as tarefas (actividades avaliação e autoavaliação), pois, influenciam directamente no seu aproveitamento pedagógico. Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Esteja sempre ciente de que a nota das avaliações conta e é decisiva para a admissão ao exame final da disciplina. As avaliações são realizadas e submetidas na Plataforma MOODLE. Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor. O plágio1 é uma violação do direito intelectual do (s) autor (es). Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um autor, sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). Avaliação Muitos perguntam: como é possível avaliar estudantes à distância, estando eles fisicamente separados e muito distantes do docente/tutor!? Nós dissemos: sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e consistente. Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu manual. Quanto ao tempo de contacto presencial, conta com um máximo de 10% do total de tempo do manual. A avaliação do estudante consta de forma detalhada do regulamento de avaliação. 1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 7 As avaliações de frequência pesam 25%e servem de nota de frequência para ir aos exames. Os exames são realizados no final da disciplina e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a disciplina. É definida a nota de 10 (dez) valores como nota mínima de aprovação na disciplina. Nesta disciplina, o estudante deverá realizar pelo menos 5 avaliações escritas sendo 2 fóruns e 3 testes (teóricos e práticos), e 1 (um) exame final. Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como ferramentas de avaliação formativa. Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento ds Cursos e Sistemas de Avaliação do ISCED. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 8 TEMA – I: GENERALIDADES SOBRE FUNÇÕES . UNIDADE Temática 1.1. Produto Cartesiano. UNIDADE Temática1.2. Relações UNIDADE Temática1.3. Representação de Funções por meio de diagrama de Venn. UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Producto Cartesiano Introdução Caro estudante, nesta unidade temática voçê poderá ter a oportunidade de fazer uma revisão dos conteúdos vistos ao longo do ensino secundário geral, mas de um maneira mais avançada, e com o grau de exigência maior. Ademais, as bases que terá neste conteúdo, dar-lhe-ão mais suporte, e uma garantia de nível inicial ao encarar os próximos tópicos da disciplina. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Conhecer, e reconhecer as correspondências existentes entre conjuntos, relação e função; Determiner ou indicar o domínio, contradomínio, imagem e objecto de funções e; Representar Funções. PRODUTO CARTESIANO Fonte: https//st2.depositphtos.com/2338593/i/950, acessado no dia 29/07/2019 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 9 Dados dois conjuntos A e B, SegundoVIEIRA (2010) pode-se considerar produto cartesiano de A por B, e designa-se por A x B, o conjunto de todos os pares ordenados (x, y), com Ax e By . Por exemplo, o produto cartesiano de 3,2,1A por 8,6,4,2B é dado por 8,3;6,3;4,3;2,3;8,2;6,2;4,2;2,2;8,1;6,1;4,1;,2,1BA E está representado graficamente na figura 1 (12 segmentos orientados de A para B, tantos quantos os pares ordenados). Figura 1: Produto Cartesiano De A Por B Tome nota Se temos dois conjuntos A e B, de tal forma que A tem h elementos e B tem y elementos, o produto cartesiano de AxB, ou BxA é formado por hxy pares ordenados. Portanto, no exemplo anterior tem-se que AxB= 3 x 4 = 12. Onde, 12 é o número de pares ordenados do produto cartesiano de AxB. 1. Se 𝐴 = Ø𝑜𝑢𝐵 = Ø, então o produto cartesiano 𝐴 × 𝐵 = Ø × 𝐵 = Ø, ou 𝐵 × 𝐴 = 𝐴 × 𝐵 = Ø 2. Se 𝐴 = 𝐵, o produto cartesiano de 𝐴 × 𝐵 = 𝐴 × 𝐴 = 𝐴2 3. O produto cartesiano de conjunto de números reais nos sugerem que: IRyIRxyxIR ;|,2 De um modo geral, SVIERCOSKI (2014) afirma que os números reais podem ser representados com recurso a uma recta numérica graduada por inteiros (ou simplesmente ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 10 recta graduada). Ademais, podem ter a sua representação por meio de um sistema cartesiano ortogonal (SCO), ou plano cartesiano ortogonal. Para PEMBERTON & RAU (2014) SCO é composto por duas linhas ou rectas orientadas perpendiculares, em que a recta horizontal corresponde ao eixo das abcissas (plano ox), e a recta vertical corresponde ao eixo das ordenadas (plano oy). E o plano que contém as duas rectas, plano xy. Figura 2: Representação Do Plano Cartesiano Exemplo Considere os pontos G e Q, tal que 𝐺(−2; −1)𝑒𝑄(𝑥; 𝑦). Represente-os num sistema cartesiano ortogonal. Figura 3; Representação dos pontos G e Q no plano cartesiano. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 11 Sabias que: O sistema de coordenadas cartesianas, mais conhecido por Plano Cartesiano Ortogonal, foi inventado por René Descartes com o objectivo de localizar pontos. As coordenadas cartesianas são representadas pelos pares ordenados (x; y). Por causa desta ordem ao localizarmos os pontos no SCO, devemos observar ou localizer primeiramente o eixo ox, e posteriormente o eixo oy. Qualquer ponto que não se encontre assente aos eixos, estará localizado nos quadrantes Figura 4: Representação dos Quadrantes A actualmente, a invenção do SCO é tida como a ferramenta mais importante na matemática, pois facilitou a observação do comportamento das funções em alguns pontos considerados críticos. Pode-se associar o plano cartesiano com a latitude e a longitude, temas relacionados á estudos geográficos, o GPS, pois o sistema de posicionamento global permite que saibamos a nossa localização exacta na terra, desde que tenhamos em mão um receptor de sinais GPS. Sumário Nesta unidade temática estudamos e discutimos fundamentalmente sobre o Produto Cartesiano entre dois conjuntos destintos. Os números reais admitem representatividade de varias forma, isto é, podem ser representados por meio de uma recta graduada ou por meio de um sistema cartesiano ortogonal(plano cartesiano). O plano cartesiano ortogonal é composto dor dois eixos ou rectas perpendiculares, nomeadamente a recta horizontal (designada recta das abcissas) que ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 12 compreende os elementos do eixo ox, e a recta vertical que compreende os elementos da recta das ordenadas, eixo oy. Dados dois conjuntos A e B, pode-se considerar produto cartesiano de A por B (A x B) ao conjunto de todos os pares ordenados ( x, y), com 𝑥 ∈ 𝐴 e 𝑦 ∈ 𝐵. No plano cartesiano ortogonal ou sistema cartesiano ortogonal (SCO), as coordenadas são representadas pelos pares ordenados ( x, y). E por consequência, sempres que quisermos localizar pontos no SCO, deve-se primeiramente localizar o eixo ox e de seguida o eixo oy. TAREFAS DE AUTO-AVALIAÇÃO Perguntas Localize os pontos no SCO. a) A(4, 3) b) B(1; 2) c) C( 3; -3) d) D(-3; -4) e) E(3; -3) Resposta comentada 1º Traçamos duas rectas perpendiculares, e nomeâmo-las de x e y conforme a figura anterior. De seguida iremos gradua a nossa recta com números inteiros. Partindo do numero 4 no eixo dos x traçamos uma perpendicular, e partindo do euxo dos y traça os uma paralela ao eixo dos x, até se cruzar com a recta que foi levantada perpendicularmente saindo do eixo dos x. o mesmo é aplicável aos outros casos. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 13 2. Analise o gráfico abaixo e responda as perguntas: a) Qual a ordenada do ponto E?_____________ b) E a abscissa do ponto H?________________ c) Que ponto que tem como abscissa o número 3?____________ d) Que ponto ou pontos pertencem ao terceiro quadrante?__________ e) que pontos possuem somente coordenadas positivas?____________ TAREFAS PARA AVALIAÇÃO 1. Represente no Plano Cartesiano os produtos cartesianos abaixo: a) A = {1, 2, 3} e B = {0,4} b) A = ]1,4] e B = [2,5] 2. Sejam 4;2;0A e 3;1B . Represente A x B e B x A. a) Por um diagrama de venn; ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 14 b) Num Plano cartesiano Ortogonal. 3. Considere os conjuntos 3,2,1A e 4,3,2,0B . a) represente no diagrama de venn e de seguida no plano cartesiano as seguintes relações binárias de A para B. I. 2|, yxAxByxf II. xyAxByxg |; III. 1|; xyAxByxh UNIDADE TEMÁTICA 1.2. RELAÇÕES Fonte: https://www.google.com/imgres?imgurl=%3A%2F%2Fimagefreepik.com. Crianças no parque Introdução Na perspective de CAETANO & PATERLINI(2013), uma árvore genialógicaé uma representação dos ancestrais de uma pessoa. Por meio desta representação gráfica, pode-se mostrar as relações entre familiares, trazendo seus nomes e algumas vezes, fotos, datas de nascimento, de casamento e falecimento. Identificar relações é uma das tarefas mais importantes para quem estuda matemática(CAETANO & PATERLINI, 2013). Ademais, a Matemática como ciência https://www.google.com/imgres?imgurl=%3A%2F%2Fimagefreepik.com ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 15 investiga as relações entre os objectos abstractos, e cria alguns modelos através delas, capazes de descrever fenómenos naturais e sociais. Algumas dessas relações costumeiramente, chamamo-las de funções. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Conhecer, E Reconhecer As Correspondências Existentes Entre Conjuntos, Relação E Função; Determinar Ou Indicar O Domínio, Contradomínio, Imagem E Objecto De Funções E; Representar Funções. Partindo de princípio que vocês já estudaram na unidade anterior o que é produto cartesiano, como é feito o produto cartesiano entre dois conjuntos distintos e não vazios, como podemos representar um número real ou um par de números reais no sistema cartesiano ortogonal, chegou a vez de avançarmos e estudarmos como é que os conjuntos se relacionam, e de que forma podem ser representados. FUNÇÕES Sejam A e B, dois conjuntos quaisquer. DEFINIÇÃO Segundo SVIERCOSKI (2014), uma quantidade é uma função de outra quando, para cada quantidade da variável independente x, corresponde a um único valor denominado f(x), o conjunto no qual os valores de x podem ser tomados é chamado de domínio da função, e o conjunto dos valores que f assume para cada x é denominado imagem da função. Ou por outra,uma função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 (leia “f de A em B”) é uma regra (ou conjunto de instruções) que diz como associar a cada elemento de A, um único elemento de B. Exemplo a) A regra que associa a cada número natural n o seu successor 𝑛 + 1 é uma função; ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 16 b) A regra que associa cada número real 𝑥 ≥ 0, o número √𝑥 é uma função; c) A regra que associa 12 23 1 2 3 xx xx IRx é uma função. Pergunta: qual é o significado preciso de “regra que associa”? Pode-se considerar que relação seja um conjunto qualquer de pares ordenados SVIERCOSKI (2014). FIGURA 5: Representação de uma relação por diagrama de Venn Fonte: a autora Domínio e Imagem de Uma Relação De acordo com MAGGIO & NEHRING (2012),uma função 𝑓: 𝐴 → 𝐵Consta de três partes: um conjunto A, chamado de domínio da função(ao conjunto onde a função é definida), um conjunto B, chamado de contradomínio da função, ou o conjunto onde a função toma valores, e uma regra que permite associar, de modo bem determinado, a cada elemento 𝑥 ∈ 𝐴,um único elemento 𝑓(𝑥) ∈ 𝐵. Ou por outra, qualquer subconjunto de A x B diz-se uma correspondência de A para B. relativamente a cada par ordenado (𝑥, 𝑦) ∈ 𝐴 × 𝐵 diz-se que 𝑥 é objecto de y, e y é imagem dex. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 17 Figura 6: Ilustração do dominio e imagem de uma relação Fonte: http://www.matematicadidatica.com.br/RelacaoBinaria.aspx acessado em abril de 2019. Exemplo Sejam 𝐴 = {0, 1, 2} 𝑒 𝐵 = {−2, −1, 0, 1} a) Consideremos R1 a relação que associa A x B da seguinte forma : 𝑅1 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝐴 × 𝐵 ∶ 𝑦 2 = 𝑥2} = {(0, 0); (1, −1); (1, 1); (2, −2)} Dominio de R1 = A Imagem de R1 = B Uma relação f recebe o nome de função se para 𝑐𝑎𝑑𝑎𝑥 ∈ 𝑑𝑜𝑚𝑓, existe um único 𝑦𝑡𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒(𝑥, 𝑦) ∈ 𝑓. Exemplo http://www.matematicadidatica.com.br/RelacaoBinaria.aspx ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 18 O comprimento C de uma circunferência é função(isto é, depende) do seu raio r, exprime-se esta função pela fórmula 𝐶 = 2𝜋𝑟 Deste modo, a cada vez que é atribuído um valor a r, a letra C passa a ter um único valor, que é o produto de r pela constante 2π. Por isso, a cada valor de r corresponde um e um só valor de C. Diz-se então que a variável C é função da variável r e também que C é a variável dependente e r é a variável independente. Propriedades Uma relação R do conjunto A no conjunto B é uma função se: 1. O domínio da relação R, D(R)= A; 2. Para cada elemento 𝑥 ∈ 𝐷(𝑅), exisste um único 𝑦 ∈ 𝐵 tal que (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 A imagem da relação R, 𝐼𝑚(𝑅) ⊂ 𝐵. Exemplo2 Sejam dados os conjuntos 𝐴 = {0, 1, 2 }𝑒𝐵 = {0, 1, 2, 3, 4, 5}; consideremos a função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 definida por 𝑦 = 𝑥 + 1, ou seja, 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1. Para encontrar as imagens dos objectos que são elementos do conjunto A, faz-se a substituição dos elementos do conjunto A na função 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1, sendo assim: 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑥 = 0 ⇒ 𝑓(0) = 0 + 1 = 1 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑥 = 1 ⇒ 𝑓(1) = 1 + 1 = 2 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑥 = 2 ⇒ 𝑓(2) = 2 + 1 = 3 Figura 7: Representação da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 19 Deste modo acabamos por concluir que: Conjunto A é o domínio da função; O conjunto {1, 2, 3 }, que é um subconjunto de B, é denominado conjunto imagem da função, que indicamos dor Im. No exemplo acima, 𝐼𝑚 = {1, 2, 3} Sumário Nesta Unidade temática 1.2 estudamos e discutimos fundamentalmente sobre relações. A um conjunto qualquer de pares ordenados, chama-se relação. As relações podem ser representadas por diagramas de venn, ou por uma função no SCO. Diz-se que uma quantidade é uma função quando cada elemento de x, corresponde a um único elemento de f(x). O domínio de uma função é composto por todos os valores do eixo das abcissas (eixo ox). A imagem da função é composta pelo conjunto de valores que f assume para cada x. A representação 𝑓: 𝐴 → 𝐵 que se lê “f de A em B” é a regra que diz como associar cada elemento de A, a um único elemento de B. TAREFAS DE AUTO AVALIAÇÃO Questão 1 Dada a função f(x) = 2x – 3, o domínio {2; 3; 4} e o contradomínio composto pelos naturais entre 1 e 10, qual das opções abaixo representa o conjunto imagem dessas funções? a) {1; 3; 5} b) {1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10} ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 20 c) {4; 6; 8} d) {1, 2, 3; 4; 5} Resposta comentada Para determinar os valores da imagem será necessário aplicar cada valor do domínio na função. 1)2( f ; 3)3( f ; 5)4( f portanto a imagem é: {1. 3; 5}. Alternativa A Questão 2 Dada a função f (x) = 2x, com domínio igual ao conjunto dos números naturais, assinale a alternativa correcta relativa a seu domínio, contradomínio e imagem. a) O domínio dessa função possui todos os números inteiros; b) Não é possível usar essa função para qualquer fim, pois o seu contradomínio não está bem definido; c) A imagem dessa função é igual ao conjunto dos números pares não negativos; d) O contradomínio dessa função não pode ser o conjunto dos números naturais; Resposta alternativa C. Questão 3 Assinale a alternativa abaixo que apresenta o conjunto que não pertence ao domínio da função. 164)( xxf a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 Resposta comentada Qualquer valor abaixo de 4 torna essa questão inválida. Logo, o domínio dessa função não pode conter o número 2, que é menor que 4. Alternativa A ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 21 QUESTÃO 4 1) Dados os conjuntos A = {-2, -1, 0, 1, 2, 3} e B = {0, 1, 2, 3, 4}, determinar cada um dos conjuntos abaixo, representando-os em diagramas de flechas e no plano cartesiano. a) A relação R1, de A em B, dada por R = { (x,y) AxB/ y = 2x}. Resposta comentada R1 = {(0,0), (1,2), (2,4) Representação por diagrama No SCO b) A relação R2, de A em B, dada por R = { (x,y) AxB/ y = x - 2}. Resposta comentada R2 = {(2,0), (3,1)) Representação por diagrama Representação no SCO c) A relação R, de A em B, dada porR = { (x,y) AxB/ y = x²}. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 22 resposta comentada R3 = {(-2,4), (-1,1), (0,0), (1,1), (2,4)) Representação por diagrama de venn Representação no SCO Exercícios para AVALIAÇÃO 1. Dada a função , definida pela fórmula f(x)=2x²+1. Determine a sua imagem: 2. Dado o esquema abaixo, representando uma função de "A" em "B", determine: a) O Domínio: b) A imagem c) f(5) d) f(12) Respostas 1. Im={19, 9, 1, 11} 2. A) D={5, 12, 23} b) Im={7, 14, 25} c) f(5)=7 d) f(12)=14 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 23 UNIDADE TEMÁTICA 1.3. REPRESENTAÇÃO DE FUNÇÕES POR MEIO DE DIAGRAMA DE VENN. Introdução Foi Leibniz(1646 - 1716) quem primeiro usou o termo “função” em 1673 no manuscrito Latino “Methodus tangentium inversa, seu de fuctionbus”. Leibniz usou o termo apenas para designar, em termos muito gerais, a dependência de uma curva de quantidades geométricas como as sub tangentes e sub normais. Introduziu igualmente a terminologia de “constante”, “variável” e “parâmetro”. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Identificar uma função Representar uma função por meio de um diagrama de venn Classificar uma função quanto ao tipo. Representação de Funções Por Meio de Diagrama de Venn Na perspectiva de TIVANE 2011, um diagrama de setas representando uma relação de um conjunto A em um conjunto B é uma função se: Cada elemento de A parte uma e exactamente uma única seta. E, nenhuma seta termina em mais de um elemento de B. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 24 Não é função É função Não é função É função Figura 8: Identificação de funções Fonte: http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/engenhariaagricola/files/2010/06/Funcoes- dominio-e-imagem Classificação das Funções Função Injectiva Na perspectiva de TIVANE (2010), uma função é injectiva quando, objectos diferentes correspondem à imagens diferentes. De outro modo, diz-se que BAf : é injectiva se, para ∀𝑥1, 𝑥2 ∈ 𝐴, 𝑥1 ≠ 𝑥2 ⇒ 𝑓(𝑥1) ≠ 𝑓(𝑥2). Figura9: Representação De Uma Função Injectiva http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/engenhariaagricola/files/2010/06/Funcoes-dominio-e-imagem http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/engenhariaagricola/files/2010/06/Funcoes-dominio-e-imagem ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 25 Fonte: a autora Observação: f é injectiva se e somente se 212121 )()(,, xxxfxfAxx Função Sobrejectiva Ainda na perspectiva de TIVANE (2010)uma correspondência é sobrejectiva se o conjunto das imagens de f coincide com o conjunto de chegada. Ou seja, BAf : é sobrejectiva se im f = B. Figura 10: representação de uma função sobrejectiva Fonte: a autora Exemplo a) |)|,()(,: xxxfIRIRIRf nãoé sobrejectiva b) 𝑔: 𝐼𝑁 → 𝐼𝑁, 𝑔(𝑛) = { 𝑛 2 𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟 3𝑛 + 1 𝑠𝑒 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟 , é 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑗𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎 Função Bijectiva Diz-se que BAf : é bijectiva se for injectiva e sobrejectiva ao mesmo tempo. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 26 Figura 11: representação de uma função bijectiva Fonte: a autora Exemplo a) 𝑓: 𝐼𝑅 → 𝐼𝑅, 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 𝑐𝑜𝑚 𝑎 ≠ 0 é 𝑏𝑖𝑗𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎 b)𝑔: 𝐼𝑅 → 𝐼𝑅, 𝑔(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 𝑐𝑜𝑚 𝑎 0 𝑛ã𝑜 é 𝑏𝑖𝑗𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎 Sumário Nesta Unidade temática 1.3 estudamos e discutimos fundamentalmente sobre a classificação das funções. A função é considerada injectiva quando para quaisquer elementos x1 e x2 de A, )()( 21 xfxf implicar 21 xx . Ou seja, quando 21 xx , em A, implica )()( 21 xfxf . Ademais, ela é sobrejectiva nos casos em que o conjunto imagem é igual ao contradomínio; Chama-se de bijectiva quando é injectiva e sobrejectiva ao mesmo tempo. TAREFAS DE AVALIAÇÃO Perguntas Das funções que se seguem, classifique-as quanto á: Injectividade, Bijectividade e Sobrejectividade a) BAf : b) BAf : ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 27 c) RRf : definida por 2)( xxf d) RRf : definida por 2)( xxf e) Nf 4;3;2;1;0: definida por xxf 2)( f) 8;26;1: f g) 10;06;1: f h) 10;28;1: f Respostas ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 28 a) Bijectiva b) Injectiva c) Sobrejectiva d) Bijectiva e) Injectiva f) Bijectiva g) Injectiva h) Sobrejactiva EXERCICIOS do TEMA 1. Escreva o par ordenado que representa cada ponto assinalado no sistema cartesiano: 2. Desenhe no caderno um sistema cartesiano e represente geometricamente os pares ordenados: a) (- 4,5) b) (3,2) c) (5,-3) d) (0,-6) 3. Resolva as questões a seguir a) Qual a abscissa do par (-10,5)? b) qual a ordenada do par (5,-7) 4. Observe o quadrilátero MNPQ desenhado no plano cartesiano, escreva as coordenadas que representam os pontos M, N, P e Q. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 29 5. Os pares ordenados A(-2,2), B(4,2), D(-2,-2) e C(4,-2) são vértices do quadrilátero ABCD. Desenhe-o no plano cartesiano e responda: (dica: use o papel quadriculado para facilitar) a) Que tipo de quadrilátero é ABCD? b) Quantas unidades tem o seu perímetro? c) Supondo que cada unidade de comprimento seja 1 cm, qual é a área do quadrilátero ABCD? 6. Os pares ordenados A(-4,-3), B(-4,6) e C(5,-3) são três dos vértices de um quadrado ABCD. a) Represente em papel quadriculado um plano cartesiano e os pontos A, B e C. b) Uma com segmentos de reta os pontos A, B e C, nessa ordem, e complete o desenho do quadrado ABCD. c) Descubra e escreva as coordenadas do ponto D. d) Calcule a área do quadrado ABCD, considerando cada quadradinho de 1 unidade de lado como unidade de área. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 30 TEMA – II: PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES. Unidade Temática 2.1 Função Polinomial do 1º Grau UnidadeTematica 2.2 Função polinomial do 2º Grau (Quadráticas) Unidade temática 2.3 Determinação de pontos máximos e mínimos Unidade Temática 2.4 outras funções Polinomiais UNIDADE TEMÁTICA 2.1. Funções Polinomiais do 1º Grau Introdução Uma função afim, também conhecida como função polinomial de grau 1 ou função polinomial de primeiro grau é uma função do tipo baxxf )( , cujo gráfico é uma recta não perpendicular ao eixo das abcissas (eixo ox). É possivel determinar a direção da recta do gráfico de uma função afim a partir do coeficiente angular (a), que também é chamado usualmente de taxa de crescimento. Quando o valor de “a” é maior do que zero, temos uma função a fim crescente, e quando é menor do que zero, temos uma função a fim decrescente. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Identificar a fórmula geral de uma função afim; Esboçar uma função a fim; Identificar e distinguir uma função afim das demais funções; Identificar cada elemento de uma função afim. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 31 Função Linear de grau 1 ( Função Afim) A função linear caracteriza-se por representar um crescimento ou decrescimento constantes. Uma função é linear se qualquer mudança na variável independente causa uma mudança proporcional na variável dependente, SVIERCOSKI (2014). Isto é, uma função 𝑓: 𝐼𝑅 → 𝐼𝑅 chama-se função linear quando existem constantes reais a e b tais que 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, para todo 𝑥 𝜖 𝐼𝑅. O conjunto IR é o “maior” conjunto de valores para os quais é possível encontrar f(x). Sempre que o domínio não for especificado, estaremos a considerá-lo como conjunto IR. O valor de a é o coeficiente angular, e o de b, o coeficiente linear. Exemplo 1 Uma situação real que pode ser descrita por uma função afim é o preço a pagar por uma “boleia de taxi mota”: o valor da corrida depende da distância percorrida (em km) e dos valores constantes do km rodado e do período (sefor de dia, ou de noite). A distância percorrida em km é multiplicada por uma constante a(o valor do km rodado) e a esse produto adiciona-se o valor da constante inicial b (a taxa dependendoo do período). Resultando no preço a pagar. Assim, a distância percorrida é a variável independente x, e a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 ou 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 é o preço a pagar. Exemplo 2 𝑓: 𝐼𝑅 → 𝐼𝑅, 𝐹(𝑥) = −3 Figura 12 : Representação gráfica da função 𝐹(𝑥) = 3 Fonte: a autora ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 32 Observações: Pelo gráfico, pode-se observar que a = 0 e b = -3 O gráfico de função constante, já revela o seu comportamento independente do valor da variável x, o f(x) é sempre o mesmo. De um modo geral, se tomarmos uma função tal que: 𝑦 → 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏. Então 𝑥 = 0 → 𝑦 = 𝑏 𝑥 = − 𝑏 𝑎 → 𝑦 = 0 Portanto, partindo do pressuposto de que por dois pontos passa uma e apenas uma única recta, observa-se que os pontos (0, 𝑏) 𝑒 (− 𝑏 𝑎 ; 0)definem uma recta no plano. Esta recta é o gráfico da função f. Tomando como exemplo a representação gráfica que se segue, consideremos 𝑎 > 0 𝑒 𝑏 > 0. Figura 1: Representação gráfica da função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 com 𝑎 > 0 𝑒 𝑏 > 0 Fonte: TIVANE 2010 (Pag. 61) Tome nota Na figura anterio, podemos observar os ângulos AOB e bPQ, os dois são ângulos agudos designados por 𝜃. Nas classes anteriores do ensino secundário geral, certamente que já abordaram sobre as razões trigonométricas, deste modo podemos encontrar a tangente do ângulo 𝜃 (𝑡𝑎𝑛𝜃). ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 33 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 (𝑂𝑏) 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑂𝐴) 𝑒 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 (𝑄𝑃) 𝑚𝑎𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒(𝑏𝑃) 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑂𝑏 𝑏 𝑎 = 𝑎 𝑒 𝑡𝑎𝑛𝜃 = 𝑦 − 𝑏 𝑥 Igualando as duas equações temos que 𝑎 = 𝑦−𝑏 𝑥 . Observações: Uma função linear afim é crescente se o ângulo 𝜃 estiver compreendido entre 0 a 90 graus ( 0 < 𝜃 < 90°, ⇒ 𝑡𝑎𝑛𝜃 > 0 𝑒 𝑎 > 0) Uma função linear afim é decrescente se o ângulo 𝜃 estiver no compreendido entre 90 a 180 graus(90° < 𝜃 < 180°, ⇒ 𝑡𝑎𝑛𝜃 < 0 𝑒 𝑎 < 0) Esboço do Gráfico de uma função linear afim Para esboçarmos o gráfico cartesiano de uma função f, primeiramente atribuímos valores convenientes a x no domínio da função e, em um segundo momento, determinamos os correspondentes valores de y = f(x). e por fim, o gráfico é constituído pelos pontos representativos dos pares (x, y). Exemplo: Dada a função y = 2x, vamos esboçar o gráfico da função. 1º escolhemos alguns valores para o x 2º calculamos o valor correspondente para o y 𝑠𝑒 𝑥 = 0, ⇒ 𝑦 = 2 × 0 = 0 𝑠𝑒 𝑥 = 1, ⇒ 𝑦 = 2 × 1 = 2 𝑠𝑒 𝑥 = 2, ⇒ 𝑦 = 2 × 2 = 4 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 34 𝑠𝑒 𝑥 = 3, ⇒ 𝑦 = 2 × 3 = 6 X 0 1 2 3 Y 0 2 4 6 Nesta situação, representamos ponto a ponto a função Figura 14 : Representação dos pontos da função f(x) = 2x Fonte: a autora Exemplo2 Esboce ográfico da função 5 )( x xf X 0 10 F(x) 0 -2 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 35 Figura 15 : Gráfico da função 5 )( x xf Fonte: a autora Reflexão Considerando todos os conteúdos que já estudamos até então, sabe-se que uma das exigências das quais uma relação deve satisfazer para ser uma função, é de que a cada x deve corresponder um e somente um y, 𝑥 → 𝑦 = 𝑓(𝑥). Esta propriedade pode ser interpretada da seguinte forma: “ao levantarmos uma linha paralela ao eixo oy, e outra paralela ao eixo ox, elas irão se interceptar no gráfico, em um só ponto. Estudo do Sinal de uma função afim Na perspectiva de TIVANE (2010), estudar o sinal de uma função consiste em determinar os intervalos nos quais a função tem imagem negativa e os intervalos nos quais a função tem imagem positiva. Para tal, analisaremos dois casos: 𝑎 > 0; 𝑒 𝑎 < 0. Dada a função 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, se tomarmos 𝑦 = 0, teremos 𝑎𝑥 + 𝑏 = 0 ⇔ 𝑎𝑥 = −𝑏 ⟺ 𝑥 = − 𝑏 𝑎 analogamente, se 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 > 0, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥 > − 𝑏 𝑎 , de igual modo, se 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 < 0, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥 < − 𝑏 𝑎 , 1º Caso: 𝑎 > 0; 𝑥 > − 𝑏 𝑎 , Figura: gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, considerando 𝑎 > 0 Fonte: TIVANE 2010 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 36 2º Caso: 𝑎 < 0; 𝑥 < − 𝑏 𝑎 , FIGURA: Gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, considerando 𝑎 < 0 Sumário Nesta Unidade temática 1.1 estudamos e discutimos fundamentalmente a função polinomial de grau 1. A função polinomial do 1º grau é uma função do tipo baxy . É o tipo de função em que qualquer mudança na variável independent causa uma mudança proporcional na variável dependente. A obtenção dos pontos que perfazem o percurso da recta de uma função afim, é feito pela atribuição de alguns valores aleatórios para o x. E o y é obtido pelo cálculo por substituição dos valores de x na fórmula. Lembrem-se: por dois pontos quaisquer passa uma, e apenas uma única recta. O estudo do sinal de uma função consiste em determinar os intervalos para os quais a função tenha uma imagem negativa e os intervalos para os quais a função tem imagem positiva. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 37 TAREFAS DE AUTO AVALIAÇÃO Perguntas 1. Um automóvel desloca-se em uma estrada com velocidade constante. Sabendo que ele sai do km 15 e duas horas depois passa pelo km 175, faça o que se pede: a. Determine a velocidade desse automóvel; b. Escreva a função que representa esse movimento; c. Faça uma tabela relacionando o tempo transcorrido e o km em que ele se encontra; Respostas a. A velocidade: 80 km/h b. Função: y = 15 + 80x c. Tabela: 2. Sobre funções injectivas, sobrejectivs e bijectivas, julgue os itens abaixo em verdadeiro ou falso. I.Toda função injectiv é bijectiva; II.Quando elementos diferentes geraam imagens diferentes, temos uma função sobrejectiva; III.Toda função bijectiva admite inversa; IV.Quando a imagem é igual ao contradomínio temos uma função sobrejectiva. Tempo/h Km 0 15 1 95 2 175 3 255 4 335 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 38 a) VVVV b) FFVV c) VVFF d) FFFF RESPOSTA COMENTADA I. Falso – uma função pode ser injectiva, porém existir um elemento no contradominio que não esteja associado a um elemento do domínio, facto este que torna a função não sobrejectiva e consequentemente não bijectiva. II. Falso – o facto do elemento do domínio estar associado a um elemento igual ou diferente no contradomínio não é determinante na classificação das funções. III. Verdadeiro – uma função é bijectiva se e somente se possui uma função inversa. IV. Verdadeiro – se o contradomínio e a imagem são iguais, então todo elemento do contradomínio está associado a pelo menos um elemento do domínio e essa função é sobrejectiva. Solução: resposta B 3. Dada a função f(x) = –2x + 3, determine f(1). Resposta comentada Substituindo o valor de “x”, temos: 1323)1(21 f . 4. Dada a função f(x) = 4x + 5, determine x tal que f(x) = 7. Resposta comentada Solução. O valor procurado o elemento “x” do domínio que possui imagem y = 7. Temos: 2 1 4 2 24574754 7)( 54)( xxxx xf xxf Escreva a função afim baxxf )( , sabendo que: a) f(1) = 5 e f(-3) = -7 b) f(-1) = 7 e f(2) = 1 c) f(1) = 5 e f(-2) = -4 Resposta Comentada Solução. Cada par de valores pertence à lei da função afim (equação de uma reta). Temos: ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 39 a) 335 2 4 8 84 73 1533 73 )3(7 )3()3( )1()1( a bb ba ba ba ba baf baf Logo, a função é: 23)( xxf b) 275 5 3 15 153 12 1422 12 )2(7)2()2( )1()1( a bb ba ba ba ba baf baf Logo, a função é: 52)( xxf c) 325 2 3 6 63 42 1022 42 )2(5 )2()2( )1()1( a bb ba ba ba ba baf baf Logo, a função é: 23)( xxf . ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 40 UNIDADE TEMÁTICA 2.2. FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br. Acessado no dia 26 de junho de 2019 Introdução Vimos no capítulo anterior que um conjunto de dados constitui uma função linear quando a variação dos valores na imagem for proporcional á variação no domínio, sendo esta denominada taxa de variação. Porém, se isso não acontecer com seus dados, pode-se analisar uma segunda, uma terceira ou mais variações SVIERCOSKI (2014). Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Identificar uma função Quadrática; Calcular os zeros de uma função quadrática; Encontrar as coordenadas do vértice de uma função quadrática; http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 41 Função Quadrática Na visão de SVIERCOSKI (2014), Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a 0. Gráfico Para PEMBERTON & RAU (2014), o gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva chamada parábola. Em que D(f) = IR e CD(f) = IR Exemplo 1 Vamos ilustrar o esboço da parábola da função 𝑓(𝑥) = 𝑥2 + 2𝑥 + 1 Figura 16: Gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥2 + 2𝑥 +1 Exemplo 2f(x) = x² - 4x + 3 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 42 x Y = f(x) = x² -4x + 3 (x, y) 0 3 (0, 3) 1 0 (1, 0) 2 -1 (2, -1) 3 0 (3, 0) 4 3 (4, 3) Figura 17: Gráfico da função f(x) = x² - 4x + 3 Tome Nota Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que: a) se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima; b)se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo; Sendo assim, o valor de a vai definir a concavidade da parábola. Figura 18: Representação Gráfica Das Funcoes 12)( 2 xxxf e xxxg 2)( respectivamente. O chamado zero da função ou raiz da função, faz referência aos valores de x tais que f(x) = 0. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 43 As raízes da função são determinadas pela resolução da equação de segundo grau igualada a zero: ax2 +bx + c = 0 Portanto, determinar a raiz de uma função é calcular os valores de x que satisfazem a equação do 2º grau ax² + bx + c = 0, que podem ser encontradas através do Teorema de Bháskara, PEMBERTON & RAU (2014): a acbb x 2 42 1 a acbb x 2 4 , 2 2 Observe que a quantidade de raízes de uma função quadrática vai depender do valor obtido pela expressão: Δ = b2 – 4. ac, o qual é chamado de discriminante. Assim, Δ > 0 → a função tem duas raízes reais, logo intercepta o eixo x em dois pontos; Δ < 0 → a função não possui raízes reais, logo não intercepta o eixo x; Δ = 0 → a função possui apenas uma raiz real, logo intercepta o eixo x em apenas um ponto; https://brasilescola.uol.com.br/matematica/formula-bhaskara.htm ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 44 Exemplo: Determine o valor de m para que a função quadrática mxxxf 4)( 2 possua apenas uma raiz. Devemos ter como condição 0 , pois esta é que garante que tenhamos apenas uma raiz. 10440*1*44 04 2 2 mmm ab Sumário Nesta Unidade temática 2.2 estudamos e discutimos fundamentalmente a função polinomial de grau 2. Qualquer função f de IR em IR dada pela fórmula cbxaxxf 2)( , em que a, b e c são números reais e 0a , é chamada de função quadrática. O gráfico de uma função quadrática apresenta concavidade voltada para cima se 0a , e para baixo se 0a . Os zeros da função ou raízes de uma função quadrática são os valores que x assume tais que 0)( xf . Ao aplicar-se o Teorema de Bháscara, á priori quando temos 0 sabe-se que a função em estudo apresenta duas raízes reais portanto, intercepta o eixo x em dois pontos. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 45 Se 0 a função não possui raízes, logo, não intercepta o eixo x, e por fim se 0 a função possui apenas uma raiz real, logo, intercepta o eixo x em apenas um ponto. TAREFAS DE AUTO-AVALIAÇÃO 1. As seguintes funções são definidas em IR. Verifique quais delas são funções quadráticas e identifique em cada uma os valores de a, b e c: a) f(x) = 2x (3x - 1) b) f(x) = (x + 2) (x - 2) – 4 c) f(x) = 2(x + 1)² 2. Dada a função quadrática f(x) = 3x² - 4x + 1, determine: a) f (1) c) f( 2 ) e) f (h + 1) b) f (0) d) f(-2) f) x de modo que f(x) = -1 3. Determine, se existirem, os zeros das funções quadráticas abaixo: a) f(x) = x² - 3x c) f(x) = -x² +2x + 8 b) f(x) = x² +4x + 5 d) –x² +3x – 5 4.Para que valores reais de k a função f(x) = (k - 1)x² - 2x + 4 não admite zeros reais? ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 46 5. Os 180 alunos de uma escola estão dispostos de forma retangular, em filas, de tal modo que o número de alunos de cada fila supera em 8 o número de filas. Quantos alunos há em cada fila? 6. Esboce o gráfico da função f cuja parábola passa pelos pontos (3, - 2) e (0, 4) e tem vértice no ponto (2, -4); em seguida, verifique qual das seguintes sentenças corresponde a essa função: a) f(x) = -2x² - 8x + 4 b) f(x) = 2x² - 8x + 4 c) f(x) = 2x² + 8x +4 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 47 UNIDADE TEMÁTICA 2.3.Pontos Máximos e Minimos Introdução O ponto de máximo e ponto de mínimo de uma função do 2º grausão definidos pela concavidade da parábola, se está voltada para baixo ou para cima. O ponto máximo e o ponto mínimo podem ser atribuídos a várias situações presentes em outras ciências, como Fisica, Biologia, Administração, contabilidade e outras. Por exemplo, Fisica: movimento uniformemente variado, lançamento de projéteis; Biologia: na análise do processo de fotossíntese. Administração: estabelecimento de pontos de nivelamento, lucros e prejuízos. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Determinar pontos máximos e mínimos Encontrar o vértice de uma função quadrática. Determinação de pontos máximos e mínimos As raízes determinam quais os pontos onde o gráfico intercepta o eixo das abscissas (eixo x); o vértice pode ser o ponto de máximo absoluto ou de mínimo absoluto da função, ou seja, o maior ou o menor valor que a função pode assumir em todo o seu domínio o que determina um caso ou outro é a concavidade da parábola. Se a concavidade for voltada para baixo, a função apresenta ponto de máximo absoluto. Se a concavidade for voltada para cima, a função apresenta ponto de mínimo absoluto. A determinação do vértice da parábola ajuda na elaboração do gráfico e permite determinar a imagem da função, bem como seu valor máximo ou mínimo. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 48 As coordenadas do vértice da parábola são dadas por: aa b v 4 , 2 Em que: a b X v 2 e a Yv 4 As coordenadas do vértice V(x v , y v ) da função quadrática f(x) = ax² + bx + c podem ser calculadas de duas maneiras: 1ª Maneira: Utilizando as seguintes fórmulas: x v = a b 2 e y v = a4 2ª Maneira: * Para calcular o x v , obtemos as raízes x 1 e x 2 da equação do 2º grau e calculamos o ponto médio das mesmas. Assim: x v = 2 21 xx * Substituímos o valor do x v na função quadrática para que possamos obter a coordenada y v . Figura 19: Representação do vértice da parábola Exemplo 1: Considere a função f(x) = 2x² - 8x ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 49 Obtendo as raízes, teremos x 1 = 0 e x 2 = 4. Portanto, x v = 2 21 xx = 2 40 = 2 Substituindo x v = 2 na função, obtemos a ordenada do vértice: y v = f(x v ) = 2 (x v )² -8 (x v ) y v = f(2) = 2 . 2² - 8 . 2 = -8 * O vértice é o ponto (2, 8). * A função assume valor mínimo -8 quando x = 2 * Im(f) = {y │y 0} * Essa função não tem valor máximo. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 50 De modo geral, dada a função f: IR IR, tal que, com V (x v , y v ) é o vértice da parábola correspondente, temos então: a > 0 y v é o valor mínimo de f Im(f) = {y IR│y y v } Exemplo 2 f(x) = -4x² + 4x + 5 Sabemos que o vértice V de uma parábola dada por f(x) = ax² + bx + c, a 0, também pode ser calculado assim: V = (x v , y v ) = a b 2 , a4 . Neste caso, temos: f(x) = -4x + 4x + 5 x v = a b 2 = 8 4 = 2 1 y v = a4 = 16 96 16 )8016( = 6 V = (1/2, 6) * O vértice é o ponto (1/2, 6). * A função assume valor máximo 6 quando x = 1/2 * Im(f) = {y │y 6} * Essa função não tem valor mínimo. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 51 a < 0 y v é o valor máximo de f Im(f) = {y IR │y y v } Como esboçar o gráfico de uma função quadrática Exemplo1: Encontre as raízes da função y = x2 – 2x – 8, e esboce o seu gráfico. Resolução 36324)8.(1.4)2(4082 222 acbxx 2 2 62 1.2 362 4 2 62 1.2 362 2 222 1111 xxx xxx a b x Construção do gráfico : Ao construirmos o gráfico de uma função quadrática existem alguns aspectos a serem considerados, como por exemplo a concavidade da parábola (se é voltada para cima ou para baixo), como vimos anteriormente. Ademais, temos que a= 1 > 0 implica que a concavidade é voltada para cima. ∆ > 36, implica que a parábola intercepta o eixo em dois pontos e c = -8, é o valor o gráfico corta o eixo dos y . ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 52 Figura: Gráfico da função y = x2 – 2x – 8 2) Determine as raízes da função definida pela equacao y = x2 + x – 4 e esboce o gráfico. Solucao: 0154.1.4)1(0404 222 xxxx 0 ( não tem raízes reais em IR) Gráfico da parábola a = -1, implica que a concavidade é voltada para baixo ∆ = -15 < 0, significa que não intercepta o eixo dos x Figura 20: Gráfico da funcao y = -x2 + x – 4 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 53 Exemplo 3 Considere a equação y = x2 – x – 6, determine o vértice da parábola e construa o respectivo gráfico. Solução: 2 2 51 1.2 251 3 2 51 1.2 251 252416 2 1 2 x x xxy Portanto, as coordenadas do vértice da parábola serão dadas por: 4 25 ; 2 1 .4 ; .2 aa b V , então esbocemos o gráfico da parábola: 01a concavidade para cima 025 intercepta o eixo x em dois pontos. Figura 21: gráfico da função y = x2 – x – 6 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 54 Sumário Nesta Unidade temática 2.3 estudamos e discutimos fundamentalmente sobre os pontos máximos e mínimos de uma função quadrática. As raízes de uma função quadrática determinam quais os pontos em que o gráfico intercepta o eixo das abcissas. No entanto, o vértice da parábola pode assumir o ponto máximo ou o ponto mínimo bsoluto da função. Dada a função IRIRf : , tal que o vértice da parábola é ),( vv YXV , temos que vYa 0 é o valor mínimo de f pois vYyIRyf |)Im( e quando vYa 0 é o valor máximo de f pois vYyIRyf |)Im( . Exercícios de AutoAvaliação 1. Construa um esboço dos gráficos das funções quadráticas a seguir e indique o domínio e a imagem: a) f(x) = x2 – 4x + 3 b) f(x) = x2 – 6x + 8 c) f(x) = x2 – 2x d) f(x) = – x2 + 8x e) f) f(x) = – 2x2 Resposta comentada Para o esboço identifica-se: f(x) = 0 (zeros da função), f(0) (intersecção com o eixo Y) e as coordenadas do vértice. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 55 a) 1;2 4 4 ; 2 )4( 4 ; 2 ;1)Im( 33)0(4)0()0( 3 1 2 24 2 )3)(1(4164 0)( :34)( 2 2 1 2 aa b V f IRDf f x x xxf xxxf b) [,1[)( )( 1;3 )1(4 4 ; )1(2 )6( 4 ; 2 88)0(6)0()0( 4 2 2 26 2 )8)(1(4366 0)( :86)( 2 2 1 2 fIM IRfD aa b V f x x xxf xxxf ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 56 c) ) [,1[)( )( 1;1 )1(4 4 ; )1(2 )2( 4 ; 2 0)0(2)0()0( 2 0 0)2(0)( :2)( 2 2 1 2 fIM IRfD aa b V f x x xxxf xxxf ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 57 d) ]16,])( )( 16;4 )1(4 64 ; )1(2 )8( 4 ; 2 0)0(8)0()0( 8 0 0)8(0)( :8)( 2 2 1 2 fIM IRfD aa b V f x x xxxf xxxf e) ]0,])( )( 0;0 )2(4 0 ; )2(2 )0( 4 ; 2 0)0(2)0( 000)( :2)( 2 2 2 fIM IRfD aa b V f xxxf xxf 2. A função f(x) = ax2 + bx + c passa pela origem. Sabendo que f(–2) = 0, calcule o valor de ab babca 22 ? Resposta Comentada Se o gráfico de f(x) passa pela origem, f(0) = 0. Utilizando a informação que f(– 2) = 0 vem: ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 58 )0( 2 5 2 5 2 4 )2( )2()0)(2( ) 2420240)2.()2.(0)2() 00)0.()0.(0)0() 2 2 2 222222 2 2 a a a a aa aa aaaa ab babca iii ababbabafii ccbafi 3. O vértice da parábola y = 2x2 – 4x + 5 é o ponto: a) (2,5) b) 1 11, c) (-1,11) d) 1 3, e) (1,3) Resposta comentada Utilizando as fórmulas das coordenadas do vértice, temos: 3;1 8 ]24[ ;1 8 ]4016[ ;1 )2(4 )]5)(2(4)4[( ; )2(2 )4( 4 ; 2 542)( 2 2 aa b Vxxxf 4. A função f(x) = x2- 4x + k tem o valor mínimo igual a 8. O valor de k é: a) 8 b) 10 c)12 d) 14 e) 16 Resposta comentada O valor mínimo da função é a ordenada do vértice. Igualando o valor à fórmula, temos: 12 4 48 32164324168 )1(4 )])(1(4)4[( 8 4 4)( 2 2 kkk k a kxxxf ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 59 UNIDADE TEMÁTICA 2.4. Estudo do Sinal da função Quadrática. Introdução Estudar o sinal de uma função é determinar para quais valores reais de x as funções são positivas, negativas ou nulas. A melhor maneira de analisar o sinal de uma função é pelo gráfico. Como toda função polinomial tem como domínio todo conjunto IR e é sempre continua, suas imagens só podem mudar de sinal em suas raízes reais. Inicialmente determinamos as raízes reais (se existirem) do polinómio quadrático Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de Objectivos específicos Determinar o sinal deuma função quadrática, em períodos destintos. Analisar e implementar cada caso no estudo do snal da função. ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA Agora podemos estudar o sinal da função quadrática analisando qual e o comportamento das parábolas quando 0 e quando 0 , considerando também a variação do sinal do coeficiente linear. No estudo do sinal da função cbxaxy 2 , temos 6 casos a considerar. Os exemplos a seguir ilustram tais possibilidades. Caso 1: ∆< 0 e a > 0 Caso 2: ∆< 0 e a < 0 Os graficos das parabolas nestes casos nao interceptam o eixo Ox. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 60 Figura 12: Gráficos das parábolas onde: ∆< 0 , a > 0 (esquerda) e a < 0 (direita) Caso 3: ∆> 0 e a > 0 Caso 4: ∆> 0 e a < 0 Os gráficos das parábolas nestes casos interceptam o eixo →Ox em dois pontos (as raízes x1 e x2). Entãoy > 0 no caso 1 e y < 0 no caso 2. Figura 13: Gráficos das parábolas onde Δ > 0, a > 0 (esquerda) e a < 0 (direita) Caso 5: Δ = 0, a > 0 Caso 6: Δ = 0, a < 0 Figura 14: Gráficos das parábolas onde Δ = 0, a > 0 (esquerda) e a<0 (direita) Então y é positivo para todo x ≠ x1no caso 5 e y e negativo para todo x ≠ x1 no caso 6. 4.1. Regra síntese para questão do sinal ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 61 (i) Se Δ < 0 o sinal de y é o mesmo de a (ii) Se Δ = 0 o sinal de y é o mesmo de a (excepto para x = x1= x2quando y = 0) (iii) Se Δ > 0 O sinal de y nos intervalos (∞, 𝑥1) ; (𝑥1,𝑥2) e (𝑥2, ∞) obedecem ao esquema anterior. Exemplo 1 1º) Vamos estudar os sinais das seguintes funções: a) f(x) = x² - 7x + 6 b) f(x) = 9x² + 6x + 1 c) f(x) = -2x² +3x – 4 a) f(x) = x² - 7x + 6 a = 1 > 0 = (-7)² - 4 (1) (6) = 25 > 0 Zeros da função: x 1 = 6 e x 2 = 1 Então: * f(x) = 0 para x = 1 ou x = 6 * f(x) < 0 para x < 1 ou x > 6 * f(x) < 0 para 1 < x < 6 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 62 Portanto, f(x) é positiva para x fora do intervalo [1, 6], é nula para x = 1 ou x = 6 e negativa para x entre 1 e 6. b) f(x) = 9x² + 6x + 1 a = 9 > 0 = (6)² - 4 (9) (1) = 0 Zeros da função: x = -1/3 Então: * f(x) = 0 para x = -1/3 * f(x) > 0 para todo x - 1/3 c) f(x) = -2x² +3x – 4 a = -2 < 0 = (3)² - 4 (-2) (-4) = -23 < 0 Portanto, < 0 e a função não tem zeros reais. Logo, f(x) < 0 para todo x real, ou seja, f(x) é sempre negativa. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 63 Sumário Nesta Unidade temática 2.4 estudamos e discutimos fundamentalmente o estudo do sinal de uma função polinomial do 2º grau. Estudar osinal da função é determinar para quais valores reais de x as funções são positivas, negativas e nulas; No estudo do sinal da função do 2º grau temos 6 casos a considerar., no estudo do sinal da função é necessário considerar que: se 0 , o sinal de y é o mesmo que de a; se 0 , o sinal de y é o mesmo que de a excepto para x = x1 = x2 quando y = 2 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 64 UNIDADE TEMÁTICA 2.5 Outras Funções Polinomiais Introdução Além das funções do 1º e 2º grus existem outras funções polinomiais que merecem ser feitas menção. Para SVIERCOSKI (2014), quando se têm fenómenos que possam atingir valores mínimos e máximos no mesmo intervalo, deve-se pensar em outro modelo e então analisar os dados até uma terceira variação. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Distinguir uma função racional de uma função irracional; Identificar uma função cúbica; Identificar uma função racional; Identificar uma função fraccionária. Função Cúbica A função cúbica tem a equação geral dada por𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥3 + 𝑏𝑥2 + 𝑐𝑥 + 𝑑 com 𝑎 ≠ 0 (polinómio de grau 3) SVIERCOSKI (2014). Na figura que se segue, está represntada a função 𝑓(𝑥) = −𝑥3 + 𝑥2 + 2𝑥 + 1 em que D(f) = CD(f) = IR Figura 22: Representação gráfica da função cúbica Fonte: autora Função Racional Fraccionária ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 65 De um modo geral na visão de SVIERCOSKI (2014), é uma função f em cuja equação a variável x está no denominador e é definida como função racional, ademais, as funções racionais fraccionárias são funções que se podem expressar como quocientes de dois polinómios, isto é, expressam-se na forma: 01 1 1 01 1 1 2 ... ... )( )( )( bxbxbxb axaxaxa xq xp xf m m m m n nn Em que p(x) e q(x) são, respectivamente, polinómios de graus m e n e 0)( xq . Na figura que se segue, está representado graficamente a função racional 1 )( 2 3 x x xf , cujo domínio é 1,1\ IRD f , e o contradomínio .IRCD f Figura 23: Representação gráfica da função racional 1 )( 2 3 x x xf Fonte: autora Função Irracional Uma função algébrica diz-se irracional se não for racional. Entende-se por função racional uma função que pode ser representada por uma expressão algébrica que contém as operações de adição, subtracção, multiplicação e divisão mas não inclui extracções de raiz. Como por exemplo as funções : ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 66 𝑓(𝑥) = √𝑥 , 𝑔(𝑥) = 2𝑥 + √𝑥2 − 4𝑥 + 1 3 , ℎ(𝑥) = 𝑥 + √𝑥 √1 + 5𝑥2 São exemplos de funções algébricas irracionais. Ademais, deve-se salientar que a expressão algébrica 12 24 xx inclui uma extração de raix mas define uma função racional uma vez que: 1112 22224 xxxx Função Potência de expoente racional Sendo n um número natural, a potência de expoente natural n de um número real a define-se por: A partir desta definição é possível demonstrar pelo princípio de indução matemática as seguintes propriedades, supondo m e n números naturais: 1. 𝑎𝑚 ∗ 𝑎𝑛 = 𝑎𝑚+𝑛(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒) 2. 𝑎𝑛 ∗ 𝑏𝑛 = (𝑎𝑏)𝑛(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑜𝑒𝑛𝑡𝑒) 3. (𝑎𝑚)𝑛 = 𝑎𝑚𝑛(𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎) A generalização do conceito de potência aos casos em que o expoente não é natural assenta na conservação destas propriedades. Assim, designando o expoente por , temos: Potência de expoente racional n m Pela propriedade 3 tem-se mnnn aaaa Da última igualdade, por definição de raiz de índice n de um número, define-se a potência de expoente racional por n maa . Potência de expoente nulo: Da propriedade 1 conclui-se: aaa aa nn *1 1 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 67 aaaaaa ** 0110 Pelo que se 0a , 10 a Potência de expoente negativo: Seja α um número racional positivo e 0a . De novo pela propriedade 1, 1* 0)( aaaa Donde sai que a a 1 Estamos agora em condições de poder prosseguir com o estudo da função potencia de expoente racional, a qual se define por 𝑓(𝑥) = 𝑥∝, com ∝ racional. Se ∝ é inteiro, estamos diante de uma função algebrica racional inteira ou fraccionária. Se ∝é uma fracção irredutível, a função potencia pode ser uma função algébrica racional ou irracional. Vejamos os exemplos a seguir: 1. Observe as funções 𝑓(𝑥) = 𝑥4 𝑒 𝑔(𝑥) = 𝑥5 representadas na figura a baixo Figura23: representação Gráfica das funções 𝑓(𝑥) = 𝑥4 𝑒 𝑔(𝑥) = 𝑥5 2. As funções 𝑓(𝑥) = 𝑥−1 = 1 𝑥 𝑒 𝑔(𝑥) = 𝑥−2 = 1 𝑥2 , representadas na figura a seguir ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 68 Figura 14: gráfico de função potência algébrica racional fraccionária 4. As funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 1 3 = √𝑥 3 𝑒 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 1 3 = 1 √𝑥 3 , representadas na figura a baixo Figura 15: Representação gráfica das funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 1 3 = √𝑥 3 𝑒 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 1 3 = 1 √𝑥 3 , ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 69 TEMA– III: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS UNIDADE Temática 3.1.Principais relações trigonométricas. Conversão de Graus em Radianos e vice-versa UNIDADE Temática 3.2 Principais Funções trigonométricas de um ângulo agudo UNIDADE TEMÁTICA 3.1.Principais relações trigonométricas. Conversão de Graus em Radianos e vice-versa Introdução A trigonometria nasceu aproximadamente a 300 a.C entre os gregos, para resolver problemas de astronomia. Suas primeiras aplicações práticas ocorrem só com Ptolomeu 150d.C o qual, além de continuar aplicando – a os estudos de astronomia, a usou para determinar a latitude e longitude de cidades e de outros pontos geográficos em seus mapas. Do mundo grego, a trigonometria passou, aproximadamente 400 d.C, para a índia onde era usada nos cálculos astrológicos (ainda eram problemas de astronomia). Por cerca de 800 d.C ela chega ao mundo islâmico, onde foi muito desenvolvida e aplicada na astronomia e cartografia. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Descrever as relações trigonométricas; Identificar medidas de ângulos e arcos em unidades distintas; Converter ângulos em radianos e vice – versa; Identificar as funções trigonométricas de um ângulo agudo. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 70 RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS Quando se observam fenomenos que se repetem periodicamente, como temperatura média diária, parte do dia com luz, organização das folhas em uma planta, etc., esses podem ser modelados por funções trigonométricas SVIERCOSKI(2014). Em trigonometria, os lados dos triângulos retângulos assumem nomes particulares, apresentados na figura ao lado. O lado mais comprido, oposto ao ângulo de 90º (ângulo reto), chama-se hipotenusa e os demais se chamam catetos. O cateto que forma o ângulo θ, na figura, com a hipotenusa é o cateto adjacente ao ângulo e o outro o cateto oposto. Os gráficos provenientes das funções trigonométricas podem ser gerados a partir de um círculo de raio igual a 1. Das relações dessas funções com o círculo unitário surgem as relações trigonométricas. Curiosidade Quando a trigonometria é usada para representar oscilações, os ângulos são medidos em radianos Definição Um radiano, é a medida de um ângulo centrado em um círculo unitário, cortando um arco de comprimento 1, medido no sentido anti-horário. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 71 Figura 24: Representação de 1 rd(um radiano) no círculo Um ângulo de 1 rd tem também comprimento de arco igual a 1. Como a circunferência tem 360º , as correspondências são dadas por: 𝟑𝟔𝟎° = 𝟐𝝅 𝒓𝒅, 𝒊𝒔𝒕𝒐 é, 𝟏𝟖𝟎° = 𝝅 𝒓𝒅 Daí tem-se que 1° = 2𝜋 360° = 0,01745 … 𝑟𝑑 𝑒 1 𝑟𝑑 = 360° 2𝜋 = 57,295° A conversão de graus em radianos, ou vice-versa, pode ser feita na máquina de calcular, ou usando a regra de três simples com as igualdades apresentadas anteriormente. Exemplo 1. Converta em radianos 150º.. Resolução: Usemos a correspondência dada anteriormente: 𝟑𝟔𝟎° = 𝟐𝝅 𝒓𝒅 rdrd rd x rd x rdx x rd 617,2 6 5 360 300 360 2150 2150360 150 2360 0 0 0 0 00 0 0 Nota: use 14,3 ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 72 2. Converta de graus rd 2 3 . Resolução: Como no exercício anterior, usaremos a correspondência: 𝟏𝟖𝟎° = 𝝅 𝒓𝒅 0 0 0 0 270 270 2 3 180 2 3 180 x rd rd x rdxrd rdx rd Sumário Os gráficos provenientes das funções trigonométricas podem ser construídos a partir de um círculo de raio igual a 1. Um radiano é a medida de um angulo centrado em um circulo unitário; Um angulo de 1rd tem também comprimento de arco igual a 1. Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 1. Converta para graus o arco de 6 7 radianos Resposta comentada: basta substituir 𝜋 = 180º 7 𝑋 180º 6 = 210. Por outro lado, pode- se usar a regra de trê simples: ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 73 2. Se um arco mede 75º, sua medida em radianos é: a) /12 b) 5 /12 c) 12 /5 d) 5 /6 e) /5 Letra B Mesmo raciocínio da questão anterior. 3. Complete a tabela. GRAUS RADIANOS GRAUS RADIANOS 0º 180º 30º 210º 45º 225º 60º 240º 90º 270º 120º 300º 135º 315º 150º 360º 4. Expresse em graus: a) rad 9 10 b) rad 8 11 c) rad 9 d) rad 20 e) rad 3 4 3. Determine em radianos a medida do ângulo formado pelos ponteiros de um relógio às 4 horas. ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 74 UNIDADE TEMÁTICA 3.2. PRINCIPAIS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS DE UM ÂNGULO AGUDO. Introdução Suponhamos, por exemplo, que queríamos medir a altura h de uma torre de farol que nos é inacessível, ou para a qual era incómodo e difícil efectuar directamente uma medição sobre a torre com fita métrica. Como fazer? Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Diferenciar as funções trigonometrias umas das outra; Identificar uma função seno; Identificar uma função cosseno; Identificar uma função tangente e; Identificar uma função tangente. Funções Seno e Cosseno Na perspectiva de SVIERCOSKI(2014) estas duas funções são definidas, usando-se o círculo unitário. Primeiramente analisa-se um ponto P arbitrário no plano, diferentemente da origem O, sobre o círculo unitário. Então, a posição de P é determinada univocamente pelo ângulo 𝛼 compreendido entre o eixo x positivo e a recta OP . ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 75 A partir desta relação pode-se estabelecer as funções seno e cosseno. Portanto, seno do ângulo 𝛼é o quociente do comprimento do cateto oposto ao ângulo 𝛼 pelo comprimento da hipotenusa do triângulo, ou seja, A cada valor de 𝛼, o seno associa um único valor de y. Usando a notação temos que: 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛 𝛼SVIERCOSKI (2014), E cosseno do ângulo 𝛼é o quociente do comprimento do cateto adjacente ao ângulo 𝛼 pelo comprimento da hipotenusa do triângulo, ou seja, OP x hipotenusa adjacente cateto )cos( Analogamente uma análise semelhante pode ser feita, porém com a projecção sobre o eixo x, definindo-se a função 𝑥 = cos 𝛼. OP y sen hipotenusa oposto cateto )( ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 76 Figura 26: Gráfico de Função Seno Figura 27: Gráfico da função cosseno. O domínio dessas funções é o conjunto IR. Os valores de x e y, entretanto, atingem um máximo de +1 e mínimo de -1. Assim, os conjuntos imagem coincidem, sendo 𝐼 = {𝑦 ∈ 𝐼𝑅/ −1 ≤ 𝑦 ≤ 1} As funções seno e cosseno são periódicas, com períodos de 360º ou 2π radianos. Características das funções Seno e Cosseno Resumidamente temos que: O gráfico das funções Seno e cosseno apresentam os valores máximo e mínimo da sua função, respectivamente iguais a 1 e -1. A função seno é positiva no 1º e 2º quadrantes e negativa no 3º e 4º quadrantes, enquanto que a função cosseno é positiva no 1º e 4º quadrantes, e negativa no 2º e 3º quadrantes. As funções seno e cosseno são periódicas de período 2 . Função tangente Se x é um número real tal que cos 𝑥 ≠ 0, define-se a função tangente como: cosadjacente cateto oposto cateto )tan( sen O significado geométrico de )tan( é a inclinação da recta unindo a origem (0, 0) a um ponto 𝑃 = (cos 𝛼 , 𝑠𝑒𝑛 𝛼) sobre o círculo unitário SVIERCOSKI (2014). ISCED MATEMÁTICA ESCOLAR 77 Figura 28: Gráfico de uma função tangente Características da função tangente A função tangente é positiva no 1º e 3º quadrantes, e negativa no 2º e 4º quadrantes; O período da função tangente é π; A imagem da função tangente é o conjunto do números reais IR. TERREMA DE PITÁGORAS O geómetra grego Pitágoras (570–501 a.C.) formulou o seguinte
Compartilhar