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FANZINE GENERO TEXTUAL ATIVIDADE ESCRITA (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ
FACULDADE DE LINGUAGEM
CURSO DE LETRAS-HABILITAÇÃO EM PORTUGUÊS/2019
LETICIA DE SOUSA MARTINS, TERCILENE CALDAS LOPES
 TÍTULO: FANZINE COMO INSTRUMENTO DE ENSINO
Cametá-PA
2023
LETICIA DE SOUSA MARTINS, TERCILENE CALDAS LOPES
TÍTULO: FANZINE COMO INSTRUMENTO DE ENSINO.
Plano de atividade apresentado ao Curso de Graduação em Letras, habilitação em português de Linguagem, Campus Universitário do Tocantins/Cametá, Universidade Federal do Pará, da disciplina Ensino Aprendizagem em Português II, como requisito parcial à obtenção de nota complementar para conceito. 
Orientadora: Profa. Ma. Fernanda Varela
Cametá-PA
2023
INTRODUÇÃO
	Tendo em vista a análise de atividades de alunos do 3° ano do Ensino Médio - SOME de Belos Prazeres, foi possível identificar defasagens na formação de leitores críticos e que consigam ter conhecimentos específicos sobre gêneros textuais, e conseguinte interpretar e construir textos. Dessa forma, esse projeto parte da disciplina (Ensino aprendizagem em português II) ministrada dela docente Mestra Fernanda Varela. 
	Sabemos que o professor de Língua Portuguesa sempre encontra desafios para construir atividades que consiga despertar o interesse para a leitura/interpretação e produção textual do alunado, por sempre tentar seguir as leis postas pelas escolas ou seguir os passos dos livros didáticos, que o educador não consegue elaborar práticas de aulas criativas, ficando estagnado em um modo de ensino e não contemplando o contexto familiar, social e escolar do aluno. Desse modo, é de suma importância buscar novas formas de exercícios como meio de englobar a realidade do individuo para o ensino-aprendizagem, pois vivem em uma época em que tudo se transformou, com uso de novas tecnologias e a todo instante estão em contato com novos gêneros textuais que surgem.
	Nessa perspectiva, surge a seguinte pergunta: Que atividade o educador pode aplicar que consiga instigar os alunos ao interesse de ler, interpretar e produzir texto e ao mesmo tempo envolva a realidade do alunado?
	Assim, visando a situação/problema, buscamos por meio desse trabalho apresentar uma proposta de intervenção (Fanzine como instrumento de ensino para as aulas de Língua Portuguesa) que será apresentada por meio de uma sequência didática, baseada no modelo de Dolz, Noverraz e Schneuwly. Esse objeto de ensino é um elemento que se encaixa perfeitamente, para suprir a necessidade de ampliação de leitura critica, interpretação e produção textual[footnoteRef:1] [1: Disponível em: https://fanzineexpo.wordpress.com/o-que-e-fanzine/] 
A palavra fanzine vem da contração da expressão em inglês fanatic magazine, que significa em português revista de fãs. E o que isso significa? Significa que os fanzines são publicações feitas por pessoas e para as pessoas que gostam de um determinado tema em comum, sejam elas amadoras ou profissionais. Por seu conteúdo depender exclusivamente da paixão do fanzineiro – é como são chamadas as pessoas que publicam fanzines – pelo tema abordado, praticamente existem fanzines sobre qualquer tema que você puder imaginar: ficção-científica, música, literatura, culinária, aeronaves, e inúmeros outros, abordados sob as mais diversas formas: contos, poesias, documentários, quadrinhos e entre outros.
	Conseguinte, observa-se que a fanzine pode ser feita facilmente sem precisar de um aparato maior, visto que é uma produção autoral e que pode ser feito pelo educando de acordo com seu ponto de vista e locução, com a total liberdade de criar o que quiser conforme a escolha da sua temática. Para mais informações o seguinte PDF, tem como título (Oficina Zine1 - material do professor Ensino Médio) onde Moura e Peixoto explica o porquê da fanzine ser conhecida como contracultura, pelo fato de alguns assuntos não serem possíveis ser vinculadas nas mídias convencionais sociais, e essas pessoas buscam a fanzine como aparato de expressão, como o punk, o rock e os movimentos underground, e pontuam a importância de criar uma fanzine[footnoteRef:2] [2: Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/contents/seguranca/GestaoPesquisa/main/file_dmp/PraticasPedag2009/LP_EM_E.pdf] 
Quem produz um fanzine quer criar vias, meios de apropriar‐se e de dialogar com manifestações sem espaço de circulação. Por meio das publicações independentes, o zineiro conhece, aprecia, apreende e faz parte de diferentes manifestações: ele cria um diálogo que anteriormente não existia. (MOURA E PEIXOTO, p.1) 
Nesse sentido, esse gênero consegue explorar o máximo de atenção dos alunos, pois possibilita sensações totalmente diferentes, deixando eles a vontade para sua produção a partir de seus gostos. A partir disso, Moura e Peixoto discorrem da importância de se trabalhar a fanzine na escola[footnoteRef:3] [3: http://www.rededosaber.sp.gov.br/contents/seguranca/GestaoPesquisa/main/file_dmp/PraticasPedag2009/LP_EM_E.pdf] 
Portanto, ensinar a ler e a produzir fanzines é permitir que os alunos criem e estabeleçam um diálogo que normalmente não lhes é garantido: é permitir‐lhes ter voz no contexto de ensino/aprendizado a partir do seu próprio universo cultural. A partir da produção de um fanzine, o aluno pode escolher sobreo assunto que ele quer estudar, ler e produzir. Fato que faz dele uma forma particular de aprendizado, gerando um ambiente propício a expressões e apreciações estéticas variadas, já que só se pode apreciara partir de certos critérios estéticos. (MOURA E PEIXOTO, P. 1)
Sabemos, que para uma formação futura é necessário possuir habilidades e competências que englobe essas dificuldades que os educandos apresentam, por esse motivo para embasar esse trabalho, buscamos: ALMEIDA e BARBOSA (Prática de Leitura e Escrita. Oficina Zine1 - material do professor Ensino Médio), DELL’ISOLA (Leitura: inferências e contexto sociocultural.), GERALDI (O texto na sala de aula: leitura e produção.), MARCUSCHI (Produção textual, análise e gêneros de compreensão.), Fanzine. https://midiatividades.wordpress.com/ Acesso em: 09/03/2023, SPOTTI (A prática de leitura e da produção textual na escola através do fanzine.) e os documentos de BRASIL Ministério da Educação e do Desporto. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Língua Portuguesa), BNCC (Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular- Ensino Médio.).
PÚBLICO-ALVO
Esse trabalho tem como foco os alunos do 3° ano do Ensino Médio - SOME de Belos Prazeres, pois foi nessa turma por meio de análise de algumas atividades que foi encontrado o problema, por conta disso se tornam o foco desse trabalho. Visou-se também esses alunos pelo fato de justamente estarem concluindo o ensino médio e provavelmente buscarem um curso superior pelo ENEM ou Instituições particulares, assim, necessitam de competências e habilidades necessárias para a prática de leitura/interpretação e produção textual para sua formação futura.
CONTEÚDOS PROVÁVEIS
	Nesse processo de propor a fanzine como instrumento de ensino, buscamos para a criação da SD, o modelo de Dolz, Noverraz e Schneuwly, que desencadeiam o passo a passo para a produção da SD, a partir de 6 aulas que se dividem em: 
· APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO (1°aula): Neste primeiro momento é de suma importância que o professor dialogue com os alunos, gerando perguntas norteadoras que instigue os educandos para o início de investigações sobre os gêneros textuais.
· PRODUÇÃO INICIAL (2° aula): Essa seção tem os seguintes objetivos: apresentar o gênero fanzine; possibilitar que os alunos identifiquem as características de um fanzine por meio da exploração de seu contexto de produção e dos elementos que compõe uma página de fanzine; apresentar aos alunos os zineiros (quem faz os fanzines e porque faz.) 
· MÓDULO 1 (3° aula): Essa seção tem o objetivo de apresentar aos alunos as múltiplas temáticas de um fanzine, associando-as ao movimento artístico conhecido como contracultura, para, em seguida, levá-los a pensarem em um tema de fanzine. Durante essa seção,trabalham-se também algumas questões de composição textual; incentiva-se a pesquisa e a produção a partir da temática escolhida pelos alunos e, por fim, a elaboração de resenhas, como uma produção típica do fanzine.
· MÓDULO 2 (4° aula): Essa seção tem o objetivo de possibilitar que os alunos produzam um fanzine. Primeiro, apresenta‐se o conceito de mapear o uso que os zineiros fazem dessa para subverter a arte gráfica e construir páginas provocadoras. Depois, introduz‐se a ideia da necessidade de produção de um “boneco”, como guia de confecção de um fanzine.
· MÓDULO 3 (5° aula): Essa seção é dividida em dois momentos e tem o objetivo de guiar, de maneira segura e bem estruturada, os alunos durante a confecção do fanzine. A primeira etapa dessa seção refere‐se à construção dos elementos textuais e imagéticos do fanzine. A segunda parte dedica‐se à construção efetiva dele: produção de um exemplar, seleção de textos e imagens e elaboração de resenhas etc.
· PRODUÇÃO FINAL (6° aula): Apresentação das confecções e a socialização do fanzine. Na primeira aula ocorrerá a revisão e mapeamento do material produzido ao decorrer da sequência didática e a composição dos materiais e conseguinte a dobradura do papel, grampear as páginas ou colar. E na última aula, deve ser proposto a realização de uma feira no colégio, com intuito de circulação das fanzines.
OBJETIVOS: 
	Para elencar os objetivos (geral e específicos), fez-se necessário primeiramente de acordo com a situação/problema encontrado nas atividades dos alunos do 3°ano do ensino médio, esquematizar as questões norteadoras:
1. Quais as práticas de ensino estão sendo trabalhadas para o desenvolvimento da leitura, interpretação e produção textual no 3° ano do ensino modular de Belos Prazeres? 
2. Que atividades estão sendo aplicadas para o ensino de gêneros textuais que englobe práticas de leitura/interpretação e produção textual?
3. Como a fanzine auxilia no ensino-aprendizagem da leitura/interpretação e produção textual?
Após a construção das questões norteadoras foi possível traçar os seguintes objetivos:
GERAL: INVESTIGAR as formas de ensino de gêneros textuais, leitura/interpretação e produção textual no 3° ano do ensino modular de Belos Prazeres, com base nisso UTILIZAR diferentes gêneros textuais (música, literatura, jogos etc.) contextualizando competências e habilidades desse alunado, e consecutivamente PROPOR a fanzine como instrumento de ensino nas aulas de LP, para DESENVOLVER temáticas que se aproximem do universo do aluno. 
ESPECÍFICOS: 
· IDENTIFICAR as formas de ensino de gêneros textuais, leitura/interpretação e produção textual no 3° ano do ensino modular de Belos Prazeres. 
· SELECIONAR diferentes gêneros textuais (música, literatura, jogos etc.) contextualizando competências e habilidades desse alunado. 
· PRODUZIR a fanzine como instrumento de ensino nas aulas de LP. 
· PROPOR temáticas que se aproximem do universo do aluno.
COMPETÊNCIAS E/ou HABILIDADES 
A partir da proposta de intervenção (fanzine como instrumento de ensino) espera-se que os alunos possam adquirir as competências e habilidades postas pela BNCC, uma vez que ela afirma:
Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. (BNCC, 2018, p.8)
Nesse parâmetro, busca-se apresentar as competências e habilidades da BNCC que está distribuída a cada passo da sequência didática, como forma de ampliar os conhecimentos do alunado, partindo desse pensamento que a BNCC (2018) expõe em seu documento “selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender;”. Assim, diante da importância de adequar cada uma delas na SD, que ficou distribuída da seguinte forma:
COMPETÊNCIAS UTILIZADAS NA SD:
1. Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e para continuar aprendendo.
2. Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitar as diversidades, a pluralidade de ideias e posições e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
6. Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
7. Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.
		SEQUÊNCIA DIDATICA
	COMPETENCIAS 
	HABILIDADES
	APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
	
 2 
3
	(EM13LP19) Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, temas/problemas/questões que despertam maior interesse ou preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma de identificar afinidades e interesses comuns, como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.
	PRODUÇÃO INICIAL
	
1 
6 
7
	(EM13LP45) Compartilhar sentidos construídos na leitura/escuta de textos literários, percebendo diferenças e eventuais tensões entre as formas pessoais e as coletivas de apreensão desses textos, para exercitar o diálogo cultural e aguçar a perspectiva crítica.
(EM13LP10) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, impressas e digitais, e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a ser produzido tenha um nível de aprofundamento adequado (para além do senso comum) e contemple a sustentação das posições defendidas.
	MODULO 1
	
1
	(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na recepção, considerando a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coesivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou consequência; tese/ argumentos; problema/solução; definição/exemplos etc.). 
	MODULO 2
	
1
3
	(EM13LP13) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando sua adequação ás condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e á imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada, mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempreque o contexto o exigir.
	MODULO 3
	
1
2
 6
	(EM13LP20) Produzir, de forma colaborativa, e socializar playlists comentadas de preferências culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, e-zines ou publicações afins que divulguem, comentem e avaliem músicas, games, séries, filmes, quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de dança etc., de forma a compartilhar gostos, identificar afinidades, fomentar comunidades etc. 
(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na recepção, com suas condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor previsto, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.)
	PRODUÇÃO FINAL
	
1
 3
	(EM13LP52) Produzir apresentações e comentários apreciativos e críticos sobre livros, filmes, discos, canções, espetáculos de teatro e dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e podcasts literários e artísticos, playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Sabemos que o ensino de língua hoje parte do texto, ele é o elemento primordial na construção de conhecimentos desenvolvidos no âmbito escolar para a formação dos alunos. As metodologias de ensino organizam-se em torno dos gêneros textuais, assim o trabalho com a leitura e com a produção textual, deveria fomentar nos alunos uma capacidade crítica, para assim com autonomia agir em sociedade. A dificuldade encontrada em cumprir esses objetivos, estão no modo como os textos estão sendo tratados em sala de aulas. 
Sabemos que um problema do ensino é o tratamento inadequado, para não dizer desastroso, que o texto vem recebendo, não obstante as muitas alternativas e experimentações que estão sendo hoje tentadas. Com efeito, introduziu-se o texto como motivação para o ensino sem mudar as formas de acesso, as categorias de trabalho e as propostas analíticas. (MARCUSHI, 2008, p.52)
Mesmo que as práticas de sala de aula tenham passado do trabalho com a pequena partícula, a palavra, para um todo, o texto, contextualizando esse ensino. Ainda persiste uma problemática, a maneira como esses textos são apresentados aos alunos, o que acaba engessando sua capacidade de desenvolver um conhecimento significativo, sua leitura não passa de oralização e sua produção textual acaba se resumindo somente nas respostas discursivas ou em redações, não expandindo-se para comtemplar outros gêneros textuais. 
O grande desafio ainda no ensino de língua portuguesa é possibilitar um ensino ao aluno em que ele desenvolva uma leitura reflexiva, onde possa ser crítico e posiciona-se na sociedade. Os trabalhos de leitura ainda desenvolvidos em sala de aula, são muitos limitadores, principalmente quando se fala de trazer para as práticas de ensino somente leitura de textos mecanicistas usados no ensino tradicional. Muitos desses textos são levados apenas com o intuito de trabalhar o ensino de gramática e a oralização deles, sem que se estimule uma leitura reflexiva e que leve o aluno a fazer questionamentos, tecer comentários e discutir criticamente a respeito da mensagem que contém no texto. 
Para isso os PCNs (2001) discutem que é preciso superar essas perspectivas de leitura, a qual tem base em uma leitura apenas para decodificação, e isso acaba implicando na formação dos alunos, formando leitores que apenas convertem letras em sons, e que não compreendem o que estão lendo. Desse modo, a leitura acaba sendo um processo limitado somente a decodificação dos textos e como consequência dessa prática os alunos apresentam grandes dificuldades para compreenderem o que leem e para expandir essa leitura, fazer inferências aos textos, relacionar com diferentes textos e construir novos significados.
 As vezes a prática de sala de aula, contribui para esse déficit no ensino, isso ocorre quando os textos levados para a aula são apenas recortes de um todo, e para além disso, quando o professor trabalha uma aula superficial com os alunos, fazendo apenas a retirada das informações que estão contidas explicitamente no texto o que não proporciona aos alunos uma discussão que vá além da tentativa de decifração textual, conforme nos afirma Lajolo (1982, p.59).
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista. (Lajolo 1982ab, p. 59 apud Geraldi, 1999, p. 72)
Nessa visão, é notório como o contato com o texto e a realização de uma leitura eficiente provoca no leitor possibilidades comunicativas e de interação com a obra, o aluno pode reconhecer-se na leitura que está fazendo e assim consegue acompanhar o que o autor quer dizer ou simplesmente colocar suas perspectivas e tecer discussões a respeito do texto. 
Esse processo de interpretação e compreensão textual também não pode exigir do aluno uma interpretação pronta e acabada, que já está dita no texto, claro que o autor tem uma intenção e quis atribuir um significado ao escrever, mas as vezes essa limitação por parte da didática de ensino em relação a interpretação que o aluno faz ao ler pode prejudicá-lo, isso ocorre quando o professor não abre espaço para os alunos compartilharem o que de maneira subjetiva conseguiram apreender do texto. Só colocar os alunos em contatos com os mais variados tipos de textos não parece pertinente, é preciso possibilitar que ele faça interpretação a partir do seu contexto social e entender por que o aluno fez essa interpretação, para assim auxiliá-lo se necessário. 
É certo que a compreensão do texto, apresentada pelo aluno, deve adequar-se ao que o autor disse ou pretendeu dizer. Caso contrário, não estaria ele interpretando o texto. Por outro lado, não há um modelo fixo de interpretação. Muitas vezes, o "extrapolar" é extremamente válido, e muitas vezes o aluno é capaz de explicitar a forma como produziu a leitura. (DELL’ISOLA, 2011, p.5) 
Nessa perspectiva, é importante discutimos como a escola, em algumas situações, acaba reduzindo o processo interpretativo do aluno ao demarcar uma única interpretação como “certa” para o texto. Diante disso, é necessário pensar em como ajudar o estudante a desenvolver essa capacidade e como incentivar de fato a leitura de textos, com ênfase na possibilidade de o aluno colocar seu ponto de vista e tecer discussões pertinentes ao objeto de estudo. 
Outro limitador do processo educacional é a produção de textos com autonomia pelos alunos, isso ocorre pelo fato do aluno não ter um repertorio amplo de leitura e pela falta de contato com diversos gêneros textuais e fazer o estudo dos mesmos. Se o aluno não tem essa interação e não compreende como se constitui essa construção textual, dificilmente ele irá conseguir escrever bons textos, que englobem desde aspectos linguísticos até a configuração estrutural e de sentido deles. 
Nessa perspectiva, o trabalho em língua materna parte do enunciado e suas condições de produção para entender e bem produzir textos. Sem esquecer a língua, essa mudança do foco iria do significante à significação. Do enunciado à enunciação. Da palavra ao texto e deste para toda a análise e produção de gêneros textuais. E uma forma de chamar a atenção do aluno para a real função da língua na vida diária e nos seus modos de agir e interagir. Nesse percurso, nota-se que a língua é variável e variada, as normas gramaticais não são tão rígidas e não podem ser o centro do ensino. (MARCUSHI, 2008, p.55-56)
Com isso, vemos como é necessário que o processo de ensino e aprendizagem se estabeleça como uma prática social. Sabendo que os alunos estão cercados dentro e fora da escola de todo tipo de texto, e que eles estão carregados de informações e de alguma forma se comunicam com seu interlocutores e esses interlocutores fazem uso deles em suas atividades diárias, então um ensino precisa reconhecercomo é importante proporcionar a interação do aluno com os mais variados gêneros textuais, para assim, construir no aluno a capacidade de interpretação e compreensão textual, a qual permitirá que eles coloquem em prática o que aprenderam e construam bons textos.
Em muitas práticas de ensino, não há um bom preparo dos alunos para que mais tarde se tornem um escritor eficiente, muitas delas quando envolvem atividades de produção textual em sala de aula, resumem-se somente ao aluno responder as questões discursivas das atividades. Eles com poucas experiências de leituras acabam, na sua grande maioria, apenas extraindo a informação direta do texto, sem se preocupar com a necessidade de uma contextualização argumentativa. 
Outro grande desafio para construção de textos nas escolas é quando já se tem o trabalho com a produção textual, só que se consolida pela pouca liberdade que os alunos possuem de escrever, muita das vezes, pelo fato do aluno precisar entregar para o professor a atividade, ele desenvolve uma pressão e produz uma escrita muito presa ao que ele acha que o professor vai gostar ou vai considerar como certo, isso é encontrado nas palavras de Geraldini (1999) em que ele afirma que por esta razão os alunos se obrigam a escrever dentro dos padrões que eles mesmos inferem do professor, tem a ideia de que seus textos serão julgados ou avaliados pelo professor e isso acaba limitando sua criatividade e liberdade de escrita. 
Como consequências dessas práticas, a escola acaba formando sujeitos que não conseguem escrever textos com autonomia, sejam eles críticos, reflexivos ou literários. Tanto na sua leitura quanto na sua produção textual, o aluno que não tiver uma bagagem de leituras e contato com diversos gêneros, apresenta dificuldades de interpretar e construir novos textos. Pensando nessas fragilidades no ensino é preciso que se insira na sala de aula gêneros textuais distintos e gêneros textuais que façam parte da realidade do educando. 
Diante desse cenário, a Base Nacional Comum Curricular, orienta para o Ensino Médio, uma prática de ensino voltada para trabalhar as práticas de linguagem, a partir de um gênero textual digital. Isso devido aos alunos estarem inseridos no meio digital, e por essa cultura está cada vez mais presente em sociedade. Se o objeto de ensino é o texto, agora esse texto irá ser expandido para além do verbal chegando a manifestar diversas formas de linguagem, as multissemioses. Assim, é preciso colocar o aluno em contato direto com a sua realidade e mostrar para ele que aquilo que ele já tem contato e faz uso fora do ambiente escolar pode ser um aliado no seu processo de ensino e aprendizagem. 
Assim, propostas de trabalho que possibilitem aos estudantes o acesso a saberes sobre o mundo digital e a práticas da cultura digital devem também ser priorizadas, já que impactam seu dia a dia nos vários campos de atuação social. Sua utilização na escola não só possibilita maior apropriação técnica e crítica desses recursos, como também é determinante para uma aprendizagem significativa e autônoma pelos estudantes. Nessa perspectiva, para além da cultura do impresso (ou da palavra escrita), que deve continuar tendo centralidade na educação escolar, é preciso considerar a cultura digital, os multiletramentos, os novos letramentos, entre outras denominações que procuram designar novas práticas sociais e de linguagem. (BNCC, 2018, p.478)
A partir dessas orientações trabalhar com gêneros que os alunos já tem contato e usar essas novas formas de manifestação da linguagem em sala de aula, o professor precisa fazer desse recurso um aliado, percebendo-o como um incentivador da leitura e da produção de textos, isso porque as aulas vão partir de gêneros que muitos alunos conhecem. E se não conhecem, lhes será apresentado, pois em uma sociedade em que as pessoas estão cada vez mais em contato com as tecnologias de informação e comunicação-TIDICs imersas na cultura digital é necessário fazer uso dessas possibilidades nas aulas e incluir quem está de fora dessas práticas, pois fazem parte dos contextos sociais e comunicacionais da atualidade.
Com essas multiplicidades de gêneros multimodais, partindo da situação discutida acima, o trabalho com o gênero Fanzine é um bom instrumento para desenvolver a produção textual dos alunos, além de ser um gênero recomendado pela BNCC. O nome desse gênero é uma abreviação de fanitic magazine, que em português quer dizer fã de revista. É uma mídia artesanal, feita com desenhos, recortes e colagens. Pode ser considerada como como uma imprensa alternativa que divulga pequenos boletins de fãs, amadores e grupos de amigos[footnoteRef:4] [4: https://midiatividades.wordpress.com/] 
A escolha do “fanzine” deve-se ao fato de que é uma publicação despretensiosa que, dependendo do aspecto gráfico, pode ser sofisticada. Serve como uma imprensa alternativa para publicar pequenos boletins e com baixo custo de publicação que pode ser por fotocópia ou impressão digital. (SPOTTI E SANTOS, 2013 p. 140)
Através disso, observa-se o quanto a Fanzine é um gênero muito eficiente para se trabalhar a produção textual, pois devido a sua flexibilidade o aluno vai poder se colocar como atuante da sua própria escrita, isto é, como aquele que vai ter a liberdade para escrever sobre qualquer assunto não sendo limitado mais a seguir um modelo pré-estabelecido, mas sim desenvolver sua capacidade crítica e criadora perante a diversos assuntos.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esse trabalho tem por finalidade, apresentar uma proposta de intervenção, a partir de uma sequência didática que consiga ampliar as práticas de leitura/interpretação e produção de textos, a partir do gênero textual fanzine. 
1. CENÁRIOS E CONTEXTOS
A verificação da situação/problema foi vista em uma atividade escolar de alunos do 3° ano do ensino médio – SOME de Belos Prazeres que está vinculada a EEEM Osvaldina Muniz. Nesse sentido, buscamos o SOME pelo motivo das aulas serem ministradas em módulos e consecutivamente apresentar muitos déficits por conta do pouco tempo que os professores possuem para dá uma aula, e de fato é possível confirmar esses problemas, tendo em vista os exercícios de perguntas e respostas do alunado.
2. TIPO DE PESQUISA
Para essa pesquisa utilizamos a explicativa, pois é ela que tenciona os motivos do episódio, os fatos ou manifestações investigadas. É ela que busca achar as causas que atingem um dado evento. Dessa forma ANDRADE (2017) aplica que:
A pesquisa explicativa é um tipo de pesquisa mais complexo, pois, além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados, procura identificar seus fatores estudados, procura identificar seus fatores determinantes, ou seja, suas causas. (ANDRADE, 2017)
E nesse projeto buscamos analisar uma atividade e através dela buscar o fenômeno que atinge esse efeito e conseguinte traçar uma solução.
3. MÉTODOS DE PESQUISA: Campo, documental.
Os métodos de pesquisas para a coleta de informação foram feitos de dois modos (campo e documental). Pois, a exploração documental é qualquer arquivo ou documento que contenha informação favorável para a coleta de dados, como: fotografias, jornais, revistas etc. Uma vez que a atividade foi vista a partir de uma foto enviada pelo WhatsApp e a pesquisa documental vista por Severino (2007, p. 122) que reafirma o que foi dito “[...] fonte documentos no sentido amplo, ou seja, não só de documentos impressos, mas, sobretudo de outros tipos de documentos, tais como jornais, fotos, filmes, gravações, documentos legais.” 
 Outro que se encaixa é a pesquisa de campo, pois visa arrecadar o máximo de informações teóricas que englobe o objeto de estudo. O analisador perde a direção de ter o controle das variáveis, para conseguir constatar e arrecadar referencias acerca do seu objeto de estudo.
Pode-se então afirmar que o objetivo de uma pesquisa de campo é entender a diferença entre um indivíduo e outro, a partir da análise da interação entre as pessoas de um grupo ou comunidade, extraindo dados diretamente por meio darealidade dos indivíduos. (GIL, 2002). 
Aqui nesse caso, a pesquisa de campo busca extrair diretamente da fonte a autenticidade de cada indivíduo posto na sociedade.
TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS: 
Nessa coleta de dados, foi posta a análise de conteúdo, visto que partiu de uma atividade escolar de alunos do 3° ano do ensino médio. No qual foi possível analisar e apontar as defasagens encontradas. 
Esse procedimento de pesquisa aplicada por Bardin (2011) se desencadeia em três tópicos: pró-análise, exploração do material, categorização ou codificação, tratamento dos resultados, inferências e interpretação.
4. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS: 
Nesse último ponto, foi utilizado a técnica de analise de dados qualitativa, pois ela inclui buscar e compreender uma situação de forma contextualizada, usando elementos particulares. Ela propende a ser mais difícil, porém pode ser usada de forma estimulante e agradável, trazendo dados mais qualificados.
Assim, Segundo Denzin e Lincoln (2006), a pesquisa qualitativa laça um questionamento dedutivo do mundo, e denota que seus observadores praticam esses instrumentos em seus contextos próprios, buscando compreender as manifestações em conteúdo dos sentidos que os indivíduos a eles aferem.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
	DATA
	ATIVIDADE REALIZADAS 
	INÍCIO
	FIM
	CH
	18/02/2023
SABADO 
	Análise da atividade para verificar a situação/problema
	10H
	14H
	3H
	19/02/2023
DOMING0
	Identificação das defasagens
	9H
	11H
	4H
	19/02/2023
DOMINGO
	Pesquisa do referencial teórico
	14H
	18H
	1H
	20/02/2023
SEGUNDA
	Elaboração da SD
	10h
	17H
	4H
	21/02/2023
TERÇA
	Elaboração da SD
	14h
	19H
	4H
	22/02/2023
QUARTA
	Pesquisa habilidades e competências,
	9H
	10H
	3H
	23/02/2023
QUINTA
	PROJETO INTEGRADO
	10H
	11H
	6H
	24/02/2023
SEXTA
	PROJETO INTEGRADO
	7H
	11H
	6H
	25/02/2023
SABADO
	PROJETO INTEGRADO
	7H
	12H
	6H
RECURSOS DIDÁTICOS
• Impressão ou cópia xérox do projeto (versão do aluno) para todos os alunos 
• Impressão das orientações para o professor 
• Acesso a um computador com internet (se não tiver internet buscar outros meios)
• Papel sulfite A4 
• Cartolina ou papel A4 
• Tesoura e cola 
• Grampeador 
• Cópias de reprodução dos fanzines.
AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Eduardo de Moura; BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Prática de Leitura e Escrita. Oficina Zine1 - material do professor Ensino 
Médio. Disponível em: 
http://www.rededosaber.sp.gov.br/contents/seguranca/GestaoPesquisa/main/file_dmp/PraticasPedag2009/LP_EM_E.pdf Acesso em: 05/03/2023
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Língua Portuguesa. Brasília (DF): MEC/SEF, 2001.
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular- Ensino Médio. Brasília, 2018. 
DELL’ISOLA, Regina Lúcia Péret. Leitura: inferências e contexto sociocultural. Belo Horizonte: Formato, 2011.
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula: leitura e produção. São Paulo, ártica, 1999. 
MARCUSCHI. Luiz Antônio. Produção textual, análise e gêneros de compreensão. São Paulo: Parábola. 2008.
Fanzine. https://midiatividades.wordpress.com/ Acesso em: 09/03/2023
SPOTTI, Carmem Véra; SANTOS, Alessandra. A prática de leitura e da produção textual na escola através do fanzine. Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos. Revista Philologus, Ano 19, N° 57 – Supl.: Anais da VIII JNLFLP. Rio de Janeiro: CiFEFiL, set./dez.2013.
APÊNDICES E ANEXOS
Segue anexado as atividades dos alunos do 3° ano do ensino médio - MODULAR de Belos Prazeres, na qual foi analisado e em sequência identificado as defasagens presentes no exercício de perguntas e respostas. Observa-se, na imagem ilustrada a falta de propostas de intervenção que consiga ampliar a leitura/interpretação e produção textual. Por essa observação, que trouxemos o título desse projeto “Fanzine como instrumento de ensino”.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
TÍTULO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA: Literatura como auxílio de ampliação para leitura/interpretação e produção textual.
PÚBLICO-ALVO: Alunos do 3° ano do ensino médio/MODULAR
NÚMEROS DE AULAS: 6 aulas
DURAÇÃO DE CADA AULA: 1h30min 
RECURSOS DA AULA: Impressão ou cópia xérox do projeto (versão do aluno) para todos os alunos, Impressão das orientações para o professor, acesso a computador com internet (se não tiver internet, buscar outros meios), Papel sulfite A4, cartolina, tesoura e cola, grampeador, cópias de reprodução dos fanzines.
FOCO DAS AULAS: Leitura/Interpretação e produção textual
ATIVIDADES ESCOLHIDAS: Produção de um fanzine.
 APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO (aula 1): 
Primeiro momento: 
No começo da aula o educador deve questionar aos seus alunos, se em algum momento da sua vida já se deparou com um filme por exemplo, que quis muito contar para alguém, sobre o enredo, os personagens e tudo que o filme lhe chamou atenção? Ou uma música que escuta por horas, refletindo a letra da música, as batidas sonoras? Desse modo o professor amplia o assunto com a seguinte falação: “Que muitas vezes temos essa mania incontrolável de compartilhar o que vimos, lemos, escutamos, pelo fato de querermos que a outra pessoa, sinta a mesma sensação e emoção por um determinado conteúdo.” Após essa explicação, o educador coloca os alunos a refletirem, e é nesse momento que ele apresenta, a fanzine, que é uma forma criativa de compartilhar essas experiências. Atentando para a possibilidade de a turma não ter conhecimento sobre o gênero, o professor como mediador apresenta o significado escrevendo a palavra fanzine no quadro, explicando de forma clara que é a aglutinação de fã + magazine, que em outras palavras significa: “revistas de fãs”. E que deixe os avisados que eles irão produzir individualmente uma fanzine no final.
Segundo momento
	Depois desse momento o professor apresenta aos educandos um vídeo do YouTube (Fanzine, o que é? Como fazer?) e pede para que eles anotem as informações que acharem importante.
Terceiro momento:
Em seguida o educador mostra uma fanzine em versão física para que os alunos possam ter acesso e conhecimento prévio de como é uma fanzine, uma vez que irão produzir sua revistinhas. E no final dessa aula o professor lança a proposta de que eles irão produzir uma fanzine individualmente, que já tragam para a próxima aula suas temáticas que sejam relacionadas a literatura, e que no decorrer dessas aulas eles aprenderão tudo sobre a fanzine.
DURAÇÃO: 1h30
COMPETENCIA: 2 e 3
HABILIDADES: (EM13LP19)
AVALIAÇÃO: A participação na sala.
RECURSOS: Datashow, notebook, piloto.
PRODUÇÃO INICIAL (2° aula): Essa seção tem os seguintes objetivos: apresentar o gênero fanzine; possibilitar que os alunos identifiquem as características de um fanzine por meio da exploração de seu contexto de produção e dos elementos que compõe uma página de fanzine; apresentar aos alunos os zineiros (quem faz os fanzines e porque faz.) 
Primeiro momento:
	Nesse momento o professor abre uma discussão, perguntando aos alunos o que sabem sobre fanzine, se já leram ou produziram algum e se conhecem alguém que os produza. E depois apresenta a seguinte atividade:
1. Veja uma página de fanzine e tente identificar o que o autor usou: colagem, desenho, computador... 
2. 2. Explore os elementos da página: 
3. Quais são as referências culturais externas (símbolos, dizeres que circulam em outros contextos etc.) presentes? 
4. Qual a temática que o autor está abordando?
5. Caso algum colega seu de classe já tenha feito um fanzine ou tenha costume de ler fanzines ele poderá acrescentar algumas informações sobre esse tipo de publicação. Registre aqui a contribuição do seu colega.
Segundo momento:
Peça que façam comentários preliminares sobre a página de fanzine (a discussão suscitada pelas questões propostas vai aprofundar a análise posteriormente. De início, a ideia e que apenas troquem as primeiras impressões). 
Atividade 2. E eu, sou fã do que mesmo? 
Como já dito, quem escreve um fanzine quer participar, agir e criar dentro de uma comunidade ou de um grupo sem espaço de comunicação ede divulgação na mídia oficial. E você, gostaria de falar sobre o quê? Existem muitos assuntos que ele pode abordar, estes são apenas alguns. Escolha um dos temas a seguir:
[ ] música
[ ] games 
[ ] quadrinhos
[ ] livros, contos, poesia
[ ] filmes, animações 
1. Existe, na verdade, uma possibilidade enorme de temas para você escolher. Só não se esqueça do seguinte: fanzine é uma ótima oportunidade de falar para todo mundo o que você sempre quis, mas nem sempre encontrou ouvidos disponíveis. Portanto, essa é a hora: os zineiros querem escutar você. Primeiro, diga com quais dos temas acima você mais se identificou. Em seguida, escreva porque você escolheu esse assunto e não outro. 
9Em seguida, faça uma lista a partir do tema que você escolheu. Pense em um título que indicará o assunto da sua lista: os 5 melhores filmes de terror; os 5 gibis de que
eu mais gosto; as músicas que eu mais escuto; os jogos de videogame mais emocionantes etc. Componha a sua lista e reflita sobre as qualidades que fizeram você escolher cada elemento que a compõem. Por exemplo: é novo; meus amigos ainda não conhecem; ele é divertido; meus amigos vão gostar de conhecer etc.
Título/tema da minha lista:
1o
2o
3o
4o
5º
Terceiro momento:
 Escolha um dos elementos que compõe a sua lista para compartilhar com os colegas. 
Para dividir essa informação com seus colegas é importante que você se prepare antes. Portanto, descreva sucintamente o objeto escolhido.
• O que ele é: uma música, uma banda, um game, uma história em quadrinhos, um livro, um contos, uma poesia, um filme, uma animação etc.?
• Como ele é? Ele é “legal”, emocionante e divertido? Seus amigos vão gostar? Por quê? Quais são as qualidades que podem chamar a atenção e atrair seus colegas? A novidade, a originalidade, a qualidade técnica etc.?
• Pense no que seria importante dividir com seus colegas. O que eles gostariam de saber sobre o que você escolheu? Escreva um pequeno parágrafo contendo as informações das questões anteriores: o que é, como ele é e por que você o escolheu.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________Por fim, forme pequenos grupos e dívida com seus colegas o que você escolheu contar. Troque informações e descubra que gostos vocês têm em comum e quais são diferentes. Tente observar: o que é, como é e a qualidade daquilo que seus colegas escolheram compartilhar.
DURAÇÃO: 1h30
COMPETENCIA: 1, 6 e 7
HABILIDADES: (EM13LP45), (EM13LP10)
AVALIAÇÃO: A participação dos alunos na sala.
RECURSOS: caderno, lápis, caneta.
MÓDULO 1 (aula 3): Essa seção tem o objetivo de apresentar aos alunos as múltiplas temáticas de um fanzine, associando-as ao movimento artístico conhecido como contracultura, para, em seguida, levá-los a pensarem em um tema de fanzine. Durante essa seção, trabalham-se também algumas questões de composição textual; incentiva-se a pesquisa e a produção a partir da temática escolhida pelos alunos e, por fim, a elaboração de resenhas, como uma produção típica do fanzine.
Primeiro momento:
Retome a aula anterior e questione os alunos sobre que tipo de texto circula em um fanzine. Em seguida, pergunte‐lhes sobre o que eles escreveriam em um fanzine. Anote os temas ditos pelos alunos na lousa e questione‐os sobre quais deles eles leriam. Relembre‐os de que toda publicação supõe um público: qual seria o público dos fanzines? Quem os lê? Procure mostrar que, em geral, são pessoas como mesmo interesse e gosto de quem escreve um fanzine.
Atividade 3. Do que falam os fanzines? Do que eu falaria no meu fanzine?
DURAÇÃO: 1h30
COMPETENCIA: 1
HABILIDADES: (EM13LP02)
AVALIAÇÃO: Verificar a produção textual
RECURSOS: caderno, lápis, caneta
MÓDULO 2 (4° aula): Essa seção tem o objetivo de possibilitar que os alunos produzam um fanzine. Primeiro, apresenta‐se o conceito de mapear o uso que os zineiros fazem dessa para subverter a arte gráfica e construir páginas provocadoras. Depois, introduz‐se a ideia da necessidade de produção de um “boneco”, como guia de confecção de um fanzine.
DURAÇÃO: 1h30
COMPETENCIA: 1 e 3
HABILIDADES: (EM13LP13)
AVALIAÇÃO: Interação e criatividade.
RECURSOS: caderno, lápis, caneta
MÓDULO 3 (5° aula): Essa seção é dividida em dois momentos e tem o objetivo de guiar, de maneira segura e bem estruturada, os alunos durante a confecção do fanzine. A primeira etapa dessa seção refere‐se à construção dos elementos textuais e imagéticos do fanzine. A segunda parte dedica‐se à construção efetiva dele: produção de um exemplar, seleção de textos e imagens e elaboração de resenhas etc.
DURAÇÃO: 1h30
COMPETENCIA: 1 e 6
HABILIDADES: (EM13LP20), (EM13LP01)
AVALIAÇÃO: Como possuem a leitura crítica e como constroem um texto, visando pontuações, ortografias etc.
RECURSOS: caderno, lápis, caneta
PRODUÇÃO FINAL (6° aula): Apresentação das confecções e a socialização do fanzine. Na primeira aula ocorrerá a revisão e mapeamento do material produzido ao decorrer da sequência didática e a composição dos materiais e conseguinte a dobradura do papel, grampear as páginas ou colar. E na última aula, deve ser proposto a realização de uma feira no colégio, com intuito de circulação das fanzines. 
DURAÇÃO: 1h30
COMPETENCIA: 1 e 3
HABILIDADES: (EM13LP52)
AVALIAÇÃO: Avaliando os fanzines produzidos, eles mesmos avaliarão a produção de seus fazines, serão os críticos..
RECURSOS: caderno, lápis, caneta

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