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@laismazzini Gestão De Compras Dentro do gerenciamento da cadeia de suprimentos a ênfase não é mais na compra individual das organizações, e sim no posicionamento para implementar as estratégias de produção e marketing com base no apoio dos fornecedores, no decorrer da cadeia. Para isso alguns fatores (focos) são considerados, conforme Tabela 4.2, a seguir. O processo de Centralização de Compras, como vantagem, as empresas que optam por este modelo têm como resultado maior controle sobre estas atividades, uma economia de escala, já que como concentra, muitas vezes, as compras de todas as unidades envolvidas, consegue fechar contratos em grandes quantidades, o que geralmente faz com que os valores tornem-se mais baixos e consequentemente a cadeia passe a ter uma grande oportunidade de lucrar mais, seja com a revenda destes produtos ou com a diminuição de custos no processo de fabricação. Nos modelos de Descentralização de Compras, elas realizam esta atividade em cada uma de suas unidades de negócio, assim, passam a ter controle individual em cada uma dessas unidades, que realizam seu controle e volumes, de acordo com as características de cada região, sem sofrer problemas por adquirir, em alguns casos, produtos que inicialmente poderiam não ser atrativos para aquela região ou conseguindo equilibrar de uma maneira mais racional as flutuações do mercado daquela região. Mas podemos entender, ainda, que, da mesma maneira que as negociações não necessariamente devem seguir um único modelo, esses processos também podem ser utilizados em conjunto, caso a caso. Após a escolha da internalização ou compra, pode-se optar por estratégias alternativas, tais como: @laismazzini a) compra pelo usuário: a descentralização e autonomia para o usuário realizar a compra de seu insumo; b) consolidação de volume: redução de fornecedores; c) integração operacional dos fornecedores: alianças e parcerias integrando processos e atividades; d) gerenciamento de valor: envolvimento do fornecedor desde o início do projeto. As compras ainda podem ser gerenciadas por meio da ponderação dos fatores relacionados a dificuldade de compra (risco) X importância estratégica. Conforme apresentado na Figura, denominada de matriz de estratégias de compras. É possível distinguir os tipos de compras e criar estratégias específicas: • Compras de não-críticos (de rotina): A estratégia de rotina se concentra na redução do esforço de aquisição para reduzir os custos. Exemplo: Diminuição de variedade (padronização). • Compras Gargalos: A estratégia é manter várias fontes de fornecimento, e firmar contratos de longo prazo. • Compras de Alavancagem: Consolidação de volumes e a integração operacional dos fornecedores podem ser as estratégias. • Compras Estratégicas (críticas): Compras concentradas em uns fornecedores específicos. Como em qualquer outra área, ou elo da cadeia de suprimentos, o setor de compras conta com o apoio de ferramentas tecnológicas para apoiar as tomadas de decisões de seus gestores e colaboradores. Podemos citar ao menos as mais conhecidas ou relevantes, como as redes EDI (troca eletrônica de dados), CRP (Programas de reposição continua) e VMI (Estoque Gerenciado pelo Fabricante). Mas, com toda certeza, em se tratando de ferramentas nesta área, seria impossível não ao menos citarmos o MRP I (Material Requeriments Planning), que, como o próprio nome já diz, refere-se ao Planejamento das Necessidades de Materiais. Essa ferramenta é de suma importância para o gerenciamento das atividades inerentes à aquisição de produtos e serviços. Com uma arquitetura que evoluiu ao longo dos anos, o funcionamento dessa ferramenta é realizado com base em um calendário (cronograma) de fabricação, utilizando-se de um logaritmo para calcular-se as necessidades de compra e produção relacionadas com uma linha do tempo, fazendo com que as ordens de compras e de serviços sejam emitidas e enviadas aos responsáveis pela sua produção ou aquisição. A base das cadeias de suprimentos @laismazzini automobilísticas são planejadas e executadas por este tipo de sistema, sem ele dificilmente poderia imaginar-se o volume de informações a serem processadas em planilhas ou tabelas feitas à mão, obviamente por se tratar de um segmento de mercado e processos de fabricação, que envolvem centenas ou milhares de peças e dados. Também como apoio para a tomada de decisão nos processos de compras, devemos conhecer o LEC – Lote Econômico de Compras –, uma formulação matemática que auxilia na tomada de decisão. Ele evidencia a quantidade que deverá ser adquirida (comprada) de forma a amenizar os custos de armazenagem (ou manutenção de estoque) e de pedido (aquisição), e o equilíbrio entre estes custos decidirá o lote (quantidade) ideal a ser comprada, veja na Figura, a seguir. Podemos considerar que esta técnica considera não apenas o custo unitário da compra, mas também o custo do pedido (mão-deobra, aluguel da área de escritório, taxas e impostos, sistema, diárias e locomoções necessárias para compra etc.) e o custo de armazenagem (despesas fixas: mão de obra, taxas e impostos, aluguel etc., e despesas variáveis: seguro, obsolescência, movimentação etc.). O resultado desta operação matemática é o que chamamos de Lote Econômico de Compras, quantidade de determinado produto que deverá ser adquirido pela empresa, fazendo com que ela economize. Mas ele apresenta restrições na sua aplicação, entre estas podemos citar que sua aplicação só será eficiente quando conhecermos a demanda, e ela for constante, não @laismazzini possuirmos restrições quanto ao tamanho dos mesmos, os pedidos não sofrem tantas alterações no chamado lead time. Referência: Gerenciamento da cadeia de suprimentos - Leonardo Ferreira Paula Regina Branco Carnacchioni Clério de Vietro Ricardo Scavariello Franciscato.
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