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O fator de potência é uma medida da eficiência com que a energia elétrica é utilizada em um sistema elétrico. Ele é definido como a relação entre a potência ativa e a potência aparente; a potência ativa é a energia elétrica que é realmente utilizada para realizar trabalho útil, e a potência aparente é a energia total fornecida ao sistema elétrico. Um fator de potência baixo indica que uma quantidade significativa de energia elétrica está sendo desperdiçada, o que resulta em um aumento do consumo de energia e em custos mais elevados. Além disso, um fator de potência baixo pode causar uma série de problemas no sistema elétrico, como sobrecarga de transformadores, perda de tensão, aquecimento excessivo de cabos e equipamentos elétricos, além da redução da vida útil desses equipamentos. Considere a seguinte situação: Nesse contexto, dimensione os dois bancos de capacitores para o sistema. Nesse sistema, quando for necessário um nível baixo de compensação de potência reativa, um banco deve ser ativado e, quando houver a necessidade de maior compensação, os dois bancos devem ser ativados. Para o dimensionamento, determine os valores de capacitância, o valor de tensão e dos capacitores de cada banco, conectando os capacitores em estrela. Padrão de resposta esperado Como a correção de potência do Desafio deve ser feita em dois estágios, com um banco de capacitores ativo no horário de ponta (horário que exige pequena compensação de potência reativa) e com os dois bancos de capacitores ativos no horário fora de ponta (horário que exige uma maior compensação de potência reativa), é necessário que se dimensionem dois tipos de capacitores, de acordo com os seguintes passos: 1. Determinar a potência reativa nos dois horários. Q = Ssen(ϕ) Onde: ϕ é o ângulo do fator de potência. Horário fora de ponta: Q = 100,09kVAr Horário de ponta: Q = 30,51kVAr 2. Definir os valores de potência reativa máxima para que o fator de potência seja maior que 0,92. Q = Ssen(ϕ) ϕ = arcsen(0,92) Horário fora de ponta: Q = 74,46kVAr Horário de ponta: Q = 27,43kVAr 3. Definir quando os bancos de capacitores estarão ligados, denominá-los e determinar o valor de potência reativa que cada um deve compensar. O banco de capacitor (BC1) para menor compensação estará ligado no horário de ponta, devendo compensar um valor de 3,08kVAr; os dois bancos de capacitor (BC1 e BC2) estarão ligados no horário fora de ponta, devendo compensar um valor de 25,62kVAr, mas como o banco de capacitores BC1 já compensa 3,08kVAr, o banco BC2 deve compensar um valor de 22,55kVAr. 4. Calcular os valores das reatâncias capacitivas necessárias para a compensação descrita no passo 3, sabendo que, como o banco de capacitor é trifásico e está ligado a uma rede trifásica 220V/60 Hz e fechado em estrela, o valor da tensão em cada capacitor do banco será de 127V. Xc = (3V^2)/Q Onde: V é a tensão que será aplicada em cada capacitor. BC1: Xc = 15,72Ω BC2: Xc = 2,15Ω 5. Calcular o valor da capacitância dos capacitores, sabendo que a frequência da rede de alimentação é de 60 Hz. C = 1/(2πfXc) Onde: f é a frequência da rede de alimentação. BC1: C = 168,64µF BC2: C = 1235,99µF